ESCOLA DE ENGENHARIA
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
ESCOLA DE ENGENHARIA
ESTUDO DE MECANISMOS DE ARREFECIMEN1O DE EMER-
GÊNCIA DO NOCLÍO DO REATOR PRODUTOR DE RADIO -
ISOTOPOS.
BELO HORIZONTE - M I N A S GERAIS
1 9 8 7
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NUCLEAR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NUCLEAR
CURSO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS NUCLEARES
AUTOR : FÁBIO CANÇADO LACERDA
ORIENTADOR : OMAR CAMPOS FERREIRA
ESTUDO DE MECANISMOS DE ARREFECIMENTO DE EMER-GÊNCIA DO NOCUEO DO REATOR PRODUTOR DE RADIO -ISÕTOPOS.
BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS
1 9 3 7
Tese apresentada a Universidade Federal de Minas Gerais, como nquisito parcial para obtenção do Grau de Mestre no Curso de PõsGraduação em Ciências e Técnicas Nucleares.
TITULO DA DISSERTAÇÃO: "Estudo de Mecanismos de Arrefecimento de Emergência
do Núclo do Reator Produtor de Radioisótopos".
NOME DC AUTOR : Fábio Cançado Lacerda
Dissertação defendida e aprovada pelabanca examinadora, constituída dos Senhores:
Prof. Jail- Carlos Mello. Doucor
Eng? Paulo de Carvalho Tófani, Doutor
Orientado-:Prof. Omar Campes Ferreira. Mestre
Area de Concentração: Tecnologia das Centrais Nucleares
Belo Horizonte , \k de setembro de 1987(Data defesa dissertação)
OFERECIMENTO
A minha família, pelo incentivo e ajudaque sempre me foram dedicados.
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Ornar Campos Ferreira pela orientação e
vrlicr.as sugestões e explicações que em muito contribuiram pa-
ro, o resuleado final desta dissertação.
Ao Professor Jair Carlos Mello pelo auxílio presta-
do na interpretação dos códigos de Computador, usados no cãlcu
Io da potência do Reator desligado e por diver:>as observações
ocasionais, corrigindo os rumos tomados.
Ao Colega Henrique Klein Pedroso pela ajuda presta-
Ua na solução du equação diferenciai do "Trans.; ente em Convec-
çáo Forçada".
A rainha irmã, Silvia Maria Lacerda Cançado pelos de
senhos que ilustram este trabalho.
Ao Professor Dr. Arysio Nunes dos Santos, L. D., pe
Io auxílio prestado na confecção do "Abstract".
Ao CNEN (Pronuclearj e a CAPES pelo auxílio finan -
ceiro (Eolsa de Estudo) durante a eLaborpção desta dissertação.
 nieu pai, José Machado Lacerda, e irinha mãe Lcpes
Ca.içado T.acerda, e aos meus ijmãos: Áurea Lacerda Cançado, Sí^
v.fi Mí-ria Lacerda Cançado, Agueda Lacerda Cançado, Tadeu Cança
r*_> Lacerda e Sardra Lacerda Cançado, com os quais pude contar
e me valeram tanto em todas as circunstâncias dando-me estímu-
lo para a realização deste trabalho.
Ao datilografa Newton Alves Soares pelos serviços
pres -ados.
Aos Professores, Funcionários e Colegas do Departa-
mento de Enger.lnaria Nuclear pela a j uri a e apoio prestado no pre-
sente trabalho.
Ar.fim, a todos aqueles que me incentivaram e auxi -
liaram na elaboração desta Tose.
SUMARIO
PÁGINA
- RESUMO. 1
- ABSTRACT. 2
I - INTRODUÇÃO. --- --- 3
Descrição do Reator Produtor de Radioisõto-
pos. 5
II - ANTE-PROJETO DO CIRCUITO PRIMÁRIO DE EXTRA-
ÇÃO DE CALOR: - 17A - Modos de funcionamento do Circuito Pri.
mário: 18
Funcionamento Normal. 18
Funcionamento em caso de vazamento no
Circuito Primário. 19
Funcionamento em caso de parada da Bom-
ba de Circulação. 19
B - Componentes do Circuito Primário. 19
C - Modelo de Cálculo do Coeficiente de
Transferência de Calor no Núcleo. 22
D - Bases de Projeto do Circuito Primário- 26
E - Variação de Pressão no Circuito Primá-
rio. 31
III - TRANSIÇÃO ENTRE A CONVECÇAO FORÇADA E A CON
VECÇAü NATURAL: 62
A - Variação de Potência após o Reator ser
desligado. 62
B - Regime Transitório de Vazão: 64
Circuito com a Válvula de Bloqueio aber
ta. 71
Circuito com a Válvula de Bloqueio fe-
chada. 76
SUMARIO
PÁGINA
IV - REFRIGERAÇÃO DO R. P. R. EM CONVECÇAO NA -TURAL:-- - - 79A - Introdução. /9
B - Parâmetros de Convecçêo Natural 80
C - Refrigeração do R. F. R. em Convecção
Natural com a Válvula de Bloqueio aber- •
ta. 91
D - Refrigeração do R. P. R. com a Válvula
de Bloqueio fechada. . 96
E - Limite Operacional do R. P. R. em Con-
vecção natural. 100
V - CONCLUSÃO. - 102
APÊNDICES
APÊNDICE A - BIBLIOGRAFIA. --- 105APÊNDICE B - DISTRIBUIÇÃO DE POTÊNCIA DO
R. P. R. 109APÊNDICE C - TEMPERATURA DO FLUIDO ARREFECE-
DOR E DE PAREDE NAS VARETAS DECOMBUSTÍVEL. 124
APÊNDICE D - a) O Fator de Atrito de Weis -bach em tubulações. 131
b) O Coeficiente de Descarga — 133APÊNDICE E - DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES
DO CIRCUITO PRIMÁRIO: 135a) Trocador de Calor. 135b) Tanque de Retenção. 143c) Bomba Hidráulica. — - — - — 144
SUMARIO PÁGINA
APÊNDICE F -
a) Dedução da Equação Diferen-
cial de Perda de Pressão em
Circuito. 148
b) Solução da Equação (III.28) -
Equação de Escoamento duran
te o Transiente em Convec -
ção forçada com a Válvula de
Bloqueio aberta. 154
APÊNDICE G - CIRCUITOS COMPLEXOS. • 163
APÊNDICE H - SOLUÇÃO DA INTEGRAL (11.27) -
Variação da Pressão Estática no
Circuito. 166
APÊNDICE I - PROPRIEDADES FlSICAS DA flGUA
NA LINHA DE SATURAÇRO. 170
1-lbUKAS DO TEXTO
PÃG.
FIGURA 1.1: VISTA ESQUEMÃTICA DO TOPO COM UM QUADRANTE
EM CORTE. (EDIFÍCIO DO REATOR). 8
FIGURA 1.2: CORTE VERTICAL DO POÇO. 9
FIGURA 1.3: ARRANJO FlSICO DO NÚCLEO. 10
FIGURA 1.4: ESTRUTURA DE CUPORTE DO NÜCLEO-GRADES. 11
FIGURA 1.5: VARETA DE COMBUSTÍVEL. 12
FIGURA 1.6: ELEMENTO DE COMBUSTÍVEL. 13
FIGURA 1.7: GRADES TERMINAIS DO ELEMENTO DE COMBUSTl -
VEL. 14
FIGURA 1.8: BARRA DE CONTROLE. 15
FIGURA 1.9: CANAL DE ESCOAMENTO ENTRE VARETAS DE COM -BUSTlVEL. 16
FIGURA 11 . 1 : CIRCUITOS DE REFRIGERAÇÃO NO NÚCLEO DO
R. P. R. EM CONVECÇÃO NATURAL. 57
FIGURA 11.2 : FLUXOGRAMA DO CIRCUITO PRIMÁRIO. 58
FIGURA II.3: PLANTA DO NlVEL DO SUB-SOLO. (EDIFÍCIO DOREATOR) . 59
FIGURA II.4: RESISTÊNCIA NORMALIZADA AO ESCOAMENTO NAS
VARETAS DE COMBUSTÍVEL. 60
FIGURA II.5: DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA NO CIRCUITO
PRIMÁRIO DE REFRIGERAÇÃO DO R. P. R. EM RE
GIME PERMANENTE DE CONVECÇÃO FORÇADA. 61
FIGURA II1.1: VARIAÇÃO DE POTÊNCIA NO R. P. R. APÔS
SER DESLIGADO. 77
FIGURA III.2i VAZÃO DE FLUIDO ARREFECEDOR NO R. P. R.
DURANTE A TRANSIÇÃO EM CONVECÇÃO FORÇADA
COM A VÁLVULA DE BLOQUEIO ABERTA. 78
FIGURA D.1: DIAGRAMA DE MOODY. 132
FIGURA D.2: COEFICIENTE DE DESCARGA PARA ORIFÍCIOS CIR
CULARES DE BORDAS ESQUADRIADAS COM TOMADAS
DE CANTO. 134
FIGURA E.l: CURVAS CARACTERÍSTICAS DA BOMBA CENTRÍFUGA DE BAIXAPRESSÃO ETA 150-26. 147
RESUMO
Neste trabalho, foram estudados mecanismos que pos-
sibilitassem um arrefecimento de emergência para o núcleo do
Reator Produtor de Radioisótopos (R. P. R.) sempre que necessá -
rio, quando o fca: desligado, baseados naconportamento termo - hidráulico
do refrigerante no circuito.
O fluido arrefecedor, em convecção forçada, através
sa o núcleo em sentido descendente passando por um "plenum" em
forma de campanula que fecha o núcleo percorrendo a seguir to-
do o circuito primário de refrigeração. Quando se desliga orea
tor a vazão de refrigerante passa por um período de ' transição
até ser atingido o regime permanente em convecção natural com
o fluido arrefecedor proveniente do "plenum" inferior atraves-
sando o núcleo em sentido ascendente.
Uma válvula de bloqueio será instalada na saída do
"plenum" inferior devendo fechar-se automaticamente no caso
de um acidente que envolva perda de fluxo no circuito primário.
A proposta atual visa avaliar a contribuição da circulação na-
tural por recirculação interna no núcleo (válvula de bloqueio
fechada) e via circuito de refrigeração externo ao reator (vál
vula de bloqueio aberta) como mecanismos naturais e auto-regu-
lados de extração do calor gerado pelos produtos de fissão após
o desligamento do reator.
ABSTRACT
In this work we study mechanisms for the emergency
cooling of the core of the Radioisotope Producing Reactor(R. P.
R.). In particular we study the thermal-hydraulic behaviour of
the coolant after reactor shut-down.
The coolant operates by forced convection, and flows
downward through the core passing into bell-shaped plenum that
encloses the core and proceeding across the primary cooling loop.
When the reactor is shut-down, t!»e coolant flow undergoes a
transient period until the steady state of natural convection is
reached, after which the coolant flows upwards from the lower
plenum.
A blocking valve will be installed at the exit of
the lower plenum, which will automatically shut in case of an
accident that will involve the loss of flow in the primary
circuit. The present work aims at evaluating the contribution of
natural conv3ction by natural recirculation in the core when the
blocking valve is close, and via the external coolant circuit
when the blocking valve is open. In particular, we study the
natural self-regulating mechanisms of extraction of the heat
generated by the fission product after reactor shut-down.
CAPITULO I
INTRODUÇÃO.
O Reator Produtor de Radioisõtopos (R. P. R) foi con
cebido para atender às finalidades de produção de radioisõtopos
e de experimentação em Física de Reatores, Física e Química das
Radiações. Trata-se de um reator do tipo poço, de 4 MW, modera-
do e arrefecido a água leve, tendo como combustível o diÓxido
de Urânio (U0-) enriquecido a 3,2%. O reticulado do núcleo e o
elemento de combustível são semelhantes aos de um reator PWR ,
guardando as características da malha quadrada e do. feixe de va
retas. Para atingir o elevado fluxo de neutrons térmicos reque-
rido para a produção dos radioisõtopos de maior uso na medici-
na, o reator é dotado de um refletor radial de grafita, conten-
do uma prateleira giratória de amostra, e de uma armadilha de
fluxo ("fluií trap") central constituida por uma coluna de água
de 15,5 cm de diâmetro. O arranjo físico do núcleo tem a forma
de prisma poligonal e a concordância desta geometria com a su -
perfície cilíndrica interna do refletor radial é produzida pela
colocação de recipientes de forma apropriada que poderão ser
usadas como câmaras para irradiações longas. Entre esses reci -
pientes e o refletor, existe um volume anular preenchido com
água.
A execução de experimentos em Física de Reatores re-
quer freqüentemente a introdução de detectores no núcleo e o re
manejamento de elementos de combustível para a mudança de confi.
guração, devendo-se portanto desimpedir ao máximo o espaço aci-
ma do núcleo.
A potência e o regime de operação especificados para
o reator exigem o arrefecimento por convecção forçada sendo a
água bombeada entre o poço e um trocador de calor externo, pas-
sando por um 'plenum" que delimita a área de escoamento no po -
ço, restringindo-a ao núcleo do reator para proporcionar boas
condições de projeto do sistema de extração do calor. Para man-
ter a desejada facilidade de acesso ao núcleo o "plenum" deve
ficar abaixo dele implicando a circulação descendente ao xongo
das varetas de combustível.
A circulação descendente é uma solução freqüente pa-
ra reatores de pesquisa mas requer cuidados no projeto pois con
traria a convecção natural, o que po^e acarretar instabilidade
de escoamento ou deficiência de arrefecimento nos transitó-
rios de desligamento acidental da bomba de circulação primária.
As temperaturas calculadas para o R. P. R. estão mui(2 3)
to distantes dos limites de segurança usuais ' . Considerou-
se entretanto, conveniente não haver ebulição da água no nú -
cleo pois a presença de bolhas de vapor dificultaria a inspec-
ção visual do mesmo durante experimentos especiais. Assim o
projeto conceituai do R. P. R. ' estabeleceu como limite de
temperatura no revestimento do combustível a temperatura de sa
turação da água ã pressão reinante no nücleo(p.-1,5 atm—>T -110 C)
e,também,deve ser evitado o aparecimento de vibração nos ele -
mentos de combustível,mantendo o refrigerante circulando a bai^
xa velocidade (menor que 1,5 m/s).
As características termo-hidráulica do reator foram
extraídas do Projeto Conceituai e estão consolidadas no Ca-
pítulo I - Descrição do Reator Produtor de Radioisõtopos.No Ca
pltulo II i feito o cálculo do circuito primário de extração de
calor a nível de anteprojeto. 0 Capítulo III é dedicado ao es-
tudo do regime transitório de vazão do fluido arrefecedor, de^
de o desligamento da bomba até o estabelecimento do regime de
circulação natural. No capítulo IV estuda-se o comportamento
do R. P. R. no regime permanente de circulação natural. As con
clusões são apresentadas no Capítulo V.
DESCRIÇÃO DO REATOR PRODUTOR DE RADIOISOTOPOS
A descrição do reator limitar-se-á aos aspectos de in
teresse para o estudo proposto. O reator está situado no fundo
de um poço cujo terço inferior se compõe de um cilindro circu -
lar reto e de um prisma de seção trapezoidal no qual se aloja a
coluna térmica (figuras 1.1 e 1.2). O reator compreende o nú -
cleo, o refletor radial e a estrurura de suporte. O núcleo é
constituído pelos elementos de combustível e pelas barras de
controle e o seu arranjo físico está mostrado, em planta,na fi-
gura 1.3. A estrutura de suporte é vista em planta e em eleva -
ção na figura 1.4.
0 elemento de combustível é composto por- varetas de
combustível montadas em estruturas de aço inoxidável. A vareta
é constituída por um tubo de zircaloy-2 contendo pastilhas de
IK)-• As figuras 1.5, 1.6 e 1.7 mostram respectivamente um corte
da vareta, uma perspectiva da estrutura e detalhes das grades
terminais de posicionamentc das varetas na estrutura. Os elemen
tos de combustível são abertos lateralmente, como os elementos
de um reator P. W. R., com as varetas de combustível formando
reticulado de geometria quadrada (figura 1.9).
As barras de c ontrole deslocam-se no interior de tu
bos-guia montados na estrutura de elementos de combustível espe-
ciais representados na figura 1.8. A referência oferece mais
detalhes sobre a constituição do núcleo, tais como a natureza e
disposição das barras de controle, posição de dispositivos expe
rimentais, como extratores de feixe, coluna térmica e irradiador
gama. Os dados relevantes são os seguintes:
- Poço do Reator (cheio de água destilada):
- altura total 8,80 m
- diâmetro da seção cilíndrica 2,75 ÍÍI
- altura da seção cilíndrica 3,00 m
- Refletor Radial (grafita):
- diâmetro interno 0,5227 m
- diâmetro externo 1,1227 m
- altura 0,800 m
-2- Passo do reticulaão = 1,1235 x 10 m
- Núcleo do Reator:
- diâmetro do cilindro envolvente — = 0,500 m
- folga antre o cilindro envolvente e
o refletor radial (canal anular) -= 1,135 x 10~ m
- diâmetro da câmara central de irra-
diação (canal central) = 0,155 m
- altura do núcleo = 0,80 m
- Elemento de Combustível padrão (Prisma de base quadrada):
- Número de elementos de combustível= 63
- Comprimento total do elemento de
combustível = 0,800 m
- Número de varetas por elemento de
combustível = 25 varetas/ele
. mento(5 x 5)
1
- Diâmetro do pino de sustentação das
varetas de combustível = 6,0 x 10 m
- Espessura das barras das grades de
sustentação das varetas de combustí
vel = 0,5 x 10~ m
- Varetas de Combustível (Zircaloy-2):_2
- Diâmetro externo = 0,95 x 10 m—2
- Diâmetro interno = 0,836x10 m_2
- Espessura = 0,057x10 m
- Comprimento ativo = 0,600 m
- Comprimento dos refletores axiais
(grafita) = 0,100 m
- Comprimento total = 0,800 m
- Número de varetas de combustível -= 1575- Pastilhas de Combustível (Oxido de Urânio enriquecido a 3,2è):
_2- Diâmetro externo = 0,8192x10 m- Altura = 0,02 m0 mapa de fluxo de nêutron foi obtido através do có-
digo "CITATION", usando o código "HAMMER" (a quatro grupos de
energia) para obter o espectro de neutrons. 0 Apêndice B apre -
senta os resultados de interesse extraídos deste código que per-
mite que se defina a distribuição de potência ao longo das vare
tas.
O reator em funcionamento normal possui as seguintes
características:
- Potência térmica nominal = 4,0 MW
- Massa de Oxido de Urânio 513 kg
- Massa de Urânio = 452 kg
- Massa de Oxido de Urânio por vare -
ta = 0,3257 kg/vare
ta
- "Burn-up" (queima) =6.0O0MVíd/ tone
lada de
Urânio
- Temperatura média do poço do reator
(Temperatura de entrada do refrige-
rante nos canais entre as varetas de
combustível) = 34 C
- Temperatura máxima permitida no re-
vestimento das varetas de combustí-
vel (Temperatura de saturação da
água na pressão de operação do nú-
cleo) » 110°C
NOTA RELATIVA AS FIGURAS 1.6, 1.7 e 1.8 - Essas figuras mostram
elementos de combustível com 16 varetas por elemento, (4 x4) , em
bora no texto sejam considerados elementos de combustível com 25
varetas por elemento ( 5 x 5 ) . Isto aconteceu porque o "Projeto
Conceituai do Reator Produtor de Radioisotopos" foi alterado nes_
te ponto depois que os cálculos já estavam prontos; como isto
muda apenas alguns valores numéricos e nlo a essência da dis -
sertação, foram mantidos os resultados no texto com esta ressal^
va relativa as figuras.
L.
Wtty&Jz&Ry'' ••'•vi
0 - NÚCLEO OO «MTtW ^)-CS7NVTUM rtLMCMOTM (?
0 ^ n > trwr @(7ym**io ({4)-MXSSO VERTICAL
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DO mimtuuxm
FIGURA I.I - VISTA ESQUEMATICA DO TOPO COM UM QUADRANTE EM CORTE (EDIFÍCIO DO REATOR)
CORTE INDICATIVO A-A
7IGURA 1.2 - CORTE VERTICAL DO POÇO
10
FIGURA 1.3 - ARRANJO FÍSICO DO NÚCLEO
13
- £STRUWRA SUPORTE DO NÚCLEO
1FIGURA 1.4 - ESTRUTURA DE SUPORTE DO NÚCLEO-GRADES
12
FIGURA 1.5 - VARETA DE COMBUSTÍVEL
13
FIGURA 1.6 - ELEMENTO DE COMBUSTÍVEL
injnq
•mar suntno*INTERIOR
FIGURA 1.7 - GRADES TERMINAIS DO ELEMENTO DE COMBUSTÍVEL
FIGURA 1.8 - BARRA DE CONTROLE
16
te(A
FIGURA 1-9 • CANAL DE ESCOAMENTO ENTRE VARETAS DE COMBUSTÍVEL
17
CAPÍTULO II
ANTE-PROJETO DO CIRCUITO PRIMÃRIO DE EXTRAÇÃODE CALOR.
O circuito de refrigeração remove a energia térmica
gerada no núcleo do reator pelas fissões nucleares ocorridas
nos elementos de combustível e dissipa este calor no meio ambi
ente exterior. Em funcionamento normal esta refrigeração deve-
ra se realizar pela circulação forçada da água do poço entre os
elementos de combustível, com o fluxo de água dirigido do topo
para o fundo do reator. A figura (II.5) mostra o esquema de ope
ração em convecção forçada do circuito primário de refrigera -
çao, que tem o fluxograma apresentado na figura (II.2).
O nücleo do reator deverá ser arrefecido por convec-
ção natural após o desligamento das bombas de circulação. Há
dois circuitos que podem, conjunta ou isoladamente, exercer es_
ta função; refrigerando os canais de combustível com o poço do
reator sendo a fonte fria: o primeiro é composto pelo circuito
primário e o segundo pelos volumes de água fria do nücleo (cã
mara central e o volume anular entre o nücleo e o refletor ra-
dial). A figura (Il.l) mostra estes circuitos. A refrigeração do
reator será feita por convecção natural, também, quando esti -
ver trabalhando em baixa potência(inferior a 500 kW).
A avaliação da taxa de extração de calor pelo circuito
primário, em convecção natural, envolve cálculos de variação de
pressão nos seus diversos componentes, sendo pois necessário co
nhecer as dimensões e a disposição destes componentes, que são de
terminados pelo requisito de arrefecimento na potência nominal
(4 MW) por circulação forçada da água.
O circuito primário compreende o núcleo do reator, o
"plenum" inferior(coifa), as tubulações,a(s) bomba(s) de circu
lação,o(s) trocador(es) de calor, o tanque de retenção, o volu
me do poço logo acima do núcleo, as válvulas e conexões. Even-
tuais derivações do circuito primário, como por exemplo para sis
temas do tratamento de água, não serão considerados neste estu-
do. Da mesma forma, os efeitos de sensores de temperatura,pres-
são e condutividade serão ignorados; apenas o efeito de um rota
18
metro do tipo disco será incluido nos cálculos de variação do
pressão.
0 tanque de retenção destina-se a aumentar o tempo
de residência ia água no circuito primário para permitir o de -
caimento do uLtrogênio-16, formado pela reação; 0 (n,p)N . 0
dimensionamento deste componente decorre da condição de que o
tempo de residência em +:odo o circuito primário seja,pelo me-
nos, igual a 10 meia-vidas deste i só topo de nitrogênio (t, ,^1,2s).
O tanque de retenção necessário neste circuito está dimensiona-
do no Apêndice (E.b).
A - MODOS DE FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO PRIMÁRIO.
- FUNCIONAMENTO NORMAL.
O reator em sua potência nominal (4,0 MW), tem o re-
frigerante (água) aspirado do poço através do núcleo do reator e
do "plenum" inferior c recalcada através do trocador de calor e
do tanque de retenção, retornando ao poço acima do núcleo.
No trocador de calor do tipo "Casco e Tubos", dimensionado no
Apêndice (Ea), a água do circuito primário circulando pelos tu-
bos , é arrefecida pela água de circuito secundário que circula
em contracorrente pela carcaça e que finalmente dissipa o calor
em uma torre de refrigeração.
As válvulas presentes no circuito são do tipo gaveta.
A válvula de bloqueio, instalada na linha de sucção da bomba per
manece inteiramente aberta neste modo de operação. Esta válvula
deve fechar o circuito primário no caso de vazamento de água nas
tubulações ou em outros componentes deste circuito. O comando de
fechamento desta válvula deve ser operado por uma chave elétrica
de bôia que ativa o motor da válvula e ao mesmo tempo envia si-
nais de desligamento automático do reator e da bomba de circula
ção. O circuito possui também válvulas de regulagem de vazão ins_
taladas na entrada e na saída da(s) bomba(s) de circulação,do(s)
trocador(es) de calor e do tanque de retenção; em operação nor-
mal será considerado que uma destas válvulas está parcialmente
(cerca de 3/4) aberta e a outra totalmente aberta. As válvulas
do tanque de retenção estando fechadas indicam que o refrigeran
19
te passa por uma trajetória alternativa que produz perda de pres
são semelhante (durante a manutenção).As válvulas do trocador de ca-
lor ou da bomba estando fechadas levam o escoamento para cs du-
plicatas de reserva destes equipamentos.
- FUNCIONAMENTO EM CASO DE VAZAMENTO NO CIRCUITO PRIMÁRIO.
Neste caso, fechada a válvula de bloqueio e desligados
o reator e a bomba de circulação, o calor residual deverá ser
removido por convecção natural entre o poço e o núcleo do rca -
tor.
- FUNCIONAMENTO EM CASO DE PARADA DA BOMBA DE CIRCULAÇÃO.
No caso da bomba de circulação parar por outras ra -
zões que não as mencionadas no caso anterior (por exemplo, por
falta de energia elétrica) a válvula de bloqueio não será acio-
nada mas o reator deverá automaticamente ser desligado. A vazão
de refrigerants decresce, por efeito do atrito e da pressão de
flutuação (diferença de pressão estática entre canais a diferen
tes temperaturas) até anular-se, iniciando-se então a circula -
ção natural em sentido inverso. A primeira fase é aqui denomina
da de "transição em circulação forçada"; a segunda fase, desde a
reversão do sentido de escoamento até o estabelecimento do reg^
me permanente de circulação natural, é a "transição em convec -
ção natural".
B - COMPONENTES DO CIRCUITO PRIMfiRIO.
Uma descrição sucinta do circuito primário de refri-
geração usado neste estudo, junto com algumas características fí
sicas e de funcionamento, além de dimensões relevantes de seus
componentes principais, estão dispostas no quadro (II.l) - "Com
ponentes do Circuito Primário de Refrigeração". Neste quadro os
equipamentos estão dispostos na seqüência em que são percorri -
dos pelo fluido arrefecedor na convecção forçada. A figura (II.2)
apresenta o fluxograma do circuito primário e a figura (II.3)
mostra uma planta do subsolo do "Edifício do Reator" com a pos-
20
Quadro I I . 1 - COMPONENTES DO CIRCUITO PRIMÁRIO DE REFRI-
GERAÇÃO
EQUIPAMENTO
Reator Produtor de Radioisõtopos (1575
varetas contendo Oxido de I'ranio, enri
quecido ã 3,2% refrigerado a água le -
ve). Comprimento - 0,80 m.
"Plenum" Inferior (coifa). Cccnprimen -
to - 0,5 m.
Tubulação. Comprimento 2,2 m.
Válvula de bloqueio Tipo: Gaveta (aber-
ta) , acionada por solenoide.
Tubulação. Comprimento 2,4 m.
Tê (usado como joelho na linha) * '
Válvula Tipo Gaveta (3/4 Aberta)
Tubulação. Comprimento - 0,40 m.
Bomba Tipo ETA 150-26; Altura total
0,7 m; diâmetro do flange de aspira-
ção Q^ = 0,20 m; diâmetro do flange
de pressão d _= 0,15; altura do flan
ge de pressão 0,30 m; Potência 4,85 Kv;
Válvula Tipo Gaveta (aberta)
Tubulação. Comprimento - 10 m
Tê (usado como joelho na linha)
Tubulação. Comprimento - 4,0 m
Válvula Tipo Gaveta (3/4 aberta)
Joelho padrão de 90°
DIREÇÃO
i—
UJ
VERTICAL/HORIZONTAL
i—
o
»—i
ce.
o
T
TEMPERATURA
Temperatura variá-
vel devido âs fis-
sões nucleares.
•RO
CA
DO
R
oz
ER
AT
UR
A
DE
E
NT
RA
DA
DE
CA
LO
R
FEM
P
(CONTINUA). . .
21
Quadro II.1 - COMPONENTES DO CIRCUITO PRIMÁRIO DE REFRI
GERAÇÃO
(CONTINUAÇÃO)..
EQUIPAMENTO DIREÇÃO TEMPERATURA
Trocador de Calor "Casco e T\ibos";
Comprimento - 6,0 m; diâmetro ex -
terno - 1,0 m; 1 passe nos 1377 tu
bos de 3/4" BWG 12
Joelho padrão de 90°
Válvula Tipo Gaveta (aberta)
Tubulação. Comprimento 1,0 m.
Te (usado como joelho na linha) * '
Tubulação. Comprimento 2,5 m.
Válvula Tipo Gaveta (3/4 aberta)
Tanque de Retenção (enterrado fora do
prédio); cilindro eqüilátero. diâme -
tro 1,88 ra.
Joelho padrão de 90°
Tubulação. comprimento 3,5 m.
Válvula Tipo Gaveta (aberta)
Joelho padrão de 90°
Rotámetro Tipo disco
Tubulação. Comprimento 8,0 m.
Joelho padrão de 90°
Tubulação. Comprimento 7,0 m.
Poço do Reator. Altura - 8,80 ra; diâme-
tro da seção cilíndrica d ^ = 2,75 m.;
Altura da seção cilíndrica 3,0m (Altura
efetiva A.h = 1,70 m -Fechado o circuito)
<
h-
z
o
M
•—«
CC
o
zc
HORIZONTALVERTICAL
VERTICAL
HORIZONTALVERTICAL
HORIZONTAL
VERTICAL
Temperatura variá-
vel devido ao res-
friamento promovi-
do pelo circuito se
cundário
CCoi-< 'UlCCoooO '-'D. (->
OO **Q OO
«C IICCZ3 CCt- CL
CC —-UlD.
Ul»-
O
o
nCC
a.i—
NOTAS: (1) Toda tubulação no circuito possui diâmetro interno igual a dt=0,20m.(*) Equipamentos entre estes 2 Tês estão duplicados.
22
sível localização dos principais componentes do circuito primá-
rio de refrigeração.
C - MODELO DE CALCULO DO COEFICIENTE DE TRANSFERENCIA DE CALORNO N0CLEO.
O estudo térmico do R. P. R. é um problema especial
pois ele difere dos demais reatores de pesquisa pelo arranjo f_í
sico do núcleo e dos reatores de potência pelos intervalos deva
riação dos parâmetros térmicos (temperatura, fluxo de calor, V£
locidade de escoamento do fluxo arrefecedor, etc). Os reatores
de potência tem sido extensa e intensamente estudados tanto do
ponto de vista de desempenho térmico (em condições normais de
operação) quanto do ponto de vista de segurança (condições aci-
dentais) . Estes estudos permitem estabelecer correlações empíri
cas que são incorporadas aos chamados códigos de cálculo termo-hi
dráulico.
0 uso de tais códigos para o caso do R. P. R. se afj.
gura indesejável por duas razões principais. A primeira razão ,
de fundo metodológico, é que se deseja manter uma visão analí-
tica do estudo e esta poderia ser obscurecida pelo uso de um pro
grama de cálculo já pronto. A outra razão é que estes programas
prontos teriam que ser adaptados âs condições prevalentes em rea
tores de pesquisa e que diferem substancialmente daquelas para
as quais os programas foram desenvolvidos. Entretanto, é válido
examinar correlações especificas e usá-las com o necessário es-
pírito crítico.
A configuração de transferência de calor no R. P. R.é
semelhante ã de um reator tipo PWR, em que o fluido arrefecedor
(água) escoa paralelamente a feixes de varetas de combustível .
Em um feixe há variações transversais do fluxo de calor decor -
rentes da distribuição das fontes de calor e dos parâmetros hi
drodinámicos (viscosidade, velocidade, etc). A individualiza -
ção térmica de uma vareta dentro do feixe, por exemplo a vareta
de maior potência, se faz através de fatores ligados âs distri-
buições transversais (fatores de canal quente).
23
Para configuração er. causa, um coeficiente n;édio pa-
ra o feixe pode ser obtido através da correlação de Weisir.an
valida para o regime turbulento de escoamento:
Nu = C1 Re0*8 Pr1/3 (II.1)
onde os números de Reynolds (Re) e Nusselt (Nu) sao calculados
com o diâmetro equivalente do feixe De~ e C' é uma constante que
depende da geometria do reticulado da vareta.Para o reticulado
quadrado,
C = 0,042 (SR/de) - 0,024 (II.2)
se 1,1 - SD/d - 1,3, onde SD ê o passo do reticulado e d é o
diâmetro da vareta. No case do R. P. R. , SD =1,1235*10 ni c-2
dg = 0,95 x 10 m, assim:
V d e = 1)18 t"-3>
Com estes dados a correlação se escreve:
Nu = 0,026 Re0'8 Pr 1 / 3 (II.4)
0 refrigerante próximo a vareta mais quente terá Nu
maior que o médio do feixe, já que o número de PrandtKPr) para
a agra varia lentamente com a temperatura e Re cresce rápida -
mente devido ã forte variação do coeficiente de viscosidade da
água com a temperatura.
Outro modelo do cálculo considera cada vareta indiv^
dualmente e a configuração de transferência de calor é cons
tituida por um canal fictício de escoamento que seria responsa
vel pelo arrefecimento da quarta parte de quatro varetas vizi-
nhas (figura 1.9). 0 "Canal" é paralelo a "vareta". Para este~ (10)
modelo a correlação proposta por Tcng-Weisman e formal-
mente idêntica a de Weisman (eq. II.1), para o coeficien-
te médio de feixe, porém o coeficiente C é
24
calculado por:
C = 0,0333 ( 2 ) + 0.0127 (H.5)V V
onde V é o volume ocupado pela água no reticulado
V, é o volume ocupado pelo combustível (incorporando o re-
vestimento) no reticulado.
O diâmetro equivalente (De) de um canal de escoamen-
to qualquer é dado por:
4 x A.De = 1 — (II.6)
PM
onde: A, é a Area de passagem do fluido no canal
P., é o Perímetro molhado no canal.
Para o canal de escoamento no R. P. R. (figura 1.9).
2 2 -2 2
A f « Sjj - (ir/4) de = (1,1235 x 10 c)
-2 2(ir/4) x (0,95 x 10 6) =
5,53 x 10" 5 mZ (II.7)
PM • 7ide = TT x 0,95 x 10"2 = 2,95 x IO"2 n (II.8)
Assim o diâmetro equivalente do canal de escoamento(De ) éc
25
De,. = * x 5>53 x ^ = 7,42 x IO" 3 m (II.9)C 2,98 x 1O'Z
O diâmetro equivalente do feixe (De-) é igual ao diâmetro do ca
nal (Dec) no R. P. R. pois a área de passagem de fluido e o
perímetro molhado no feixe são obtidos multiplicando-se a área
de passagem de fluido e o perímetro molhado no canal pelo núme-
ro de canais que compõe o feixe e substituindo estes valores na
fórmula que fornece o diâmetro equivalente (eq. II.6) o número
de canais ê cancelado.
0 volume ocupado pelo combustível (incluindo o revê;»
timento) no reticulado é:
2 2 2
Vf = (TT/4)<T L = (TT/4) x (0,95 x 10 £) x 0,60 =
= 4,25 x IO"5 m3 (11-10)
e o volume ocupado pela água no reticulado é:
= Af. x L = 5,53 x 10"5 x 0,6 =
= 3,32 x 10"5 m3 (11.11)
Com estes dados a correlação (II.l) fica:
Nu = 0 , 0 2 7 3 R e ° ' 8 P r 1 / 3 < H - 1 2 >
Vê-se pois que os dois modos de cálculo (eq. (II.4) eeq. (11.12))
darão resultados diferindo em cerca de 4% para uma n.esma tempe-
ratura. O segundo modo permite individualizar mais facilmente
cada vareta/ associando-se ao canal os valores das propriedades
do fluido correspondentes a sua temperatura neste canal.
As correlações discutidas são válidas no regime tur-
26
bulento e mais especificamente para Re > 10000. No casodoR,P.R.,
poderão resultar valores de Re na faixa de transição entre os
regimes laminar e turbulento, dada a preocupação de se operar
com a vazão mínima compatível com a restrição de temperatura no
revestimento de combustível para minimizar eventuais problemas
de vibração dos elementos de combustível
Para a faixa de transição, desde que Re > 6000,é pos
sível introduzir um fator de correção na correlação adotada, ob•r (14 )
scrvando que de acordo com correlações < apiricas t nesta
faixa:
h/Re r constante (11.13)
Uma função de acoplamento entre os resultados experimentais exi£
tentes para os regimes laminar e turbulento e incorporando a cor
relação de Sieder-Tate para efeito de variação da viscosidade
com a temperatura foi proposta por Hausen( .
Nu = 0,116 ( R e 2 / 3 - 125) P r 1 / 3 í~l + ( D e / L ) 2 / 3 l x
x (p f/y w)0' 1 4 (11.14)
onde: yf e u são a viscosidade do fluido arrefecedor ã tempera
tura média do fluido e da parede. A. parte a correção de visco
sidade, a função acima dá resultados ligeiramente superiores
(~ 4%) aos que se obtém com a correlação de Tong-Weisman corri-
gida pelo critério (11.13). Desta forma, será usada a correia -
ção de Tong-Weisman, mais conservadora, afetada porém da corre-
ção de viscosidade que não é importante no reator PWR (a
(du / dT) - 0.03/°Ç), m«R. P. R. (a 50°C,(TAj)x(du/dT)~0,17/0C).300°C, (l/u)x (du / dT) - 0,03/ C), mas tem peso pronunciado no
D - BASES DE PROJETO DO CIRCUITO PRIMÁRIO.
Os dados de entrada nos cálculos do projeto do cir -
cuito primário de refrigeração são a potência do reator, a tem-
27
peratura da água do poço ( = temperatura de entrada no reator =
- temperatura de saída dos tubos do trocador de calor), as tem-
peraturas de entrada e saída na torre de refrigeração e os para
metros termo-hidráulicos dos canais de combustível e dos demais
componentes do circuito primário (resistência ao escoamento,coe
ficiente de troca de calor, etc). As temperaturas foram fixa -
das a partir de dados meteorológicos do Rio de Janeiro, no mês
mais desfavorável (janeiro) para a operação da torre de refrige
ração (temperatura média de 24 C, umidade do ar 85%, temperatu-
ra de bulbo úmido de 21 C). Os valores convenientes, compatí
veis com o tamanho razoável do trocador de calor (ver ApêndiceEa),
são:
- Temperatura de entrada na torre de refrigeração (ou de saída
da carcaça do trocador de calor) 34°C. -
- Temperatura de saída na torre de refrigeração (ou de entrada da
carcaça do trocador de calor) 26°C.
Usando o mapa de fluxo da neutrons térmicos (Apêndi-
ce B) determinou-se a distribuição de potência nos canais de com
bustível. A vazão do fluido arrefecedor, que é considerada uni-
formemente distribuída no núcleo,ê então determinada, de modo
que a temperatura máxima no revestimento da vareta de maior po-
tência não ultrapasse o limite de 110 C. Pode-se então calcular
a vazão total e a temperatura do fluido arrefecedor na saída do
núcleo. A vazão mínima compatível com as restrições de tempera-
tura no revestimento do combustível foi obtida no final do Apên
dice C, como sendo igual a w . = 3,305 x 10 kq/s.canal que
implica em uma temperatura média de saída do refrigerante do rea
tor de T = 52,4 C. Para manter uma certa margem de segurança
com relação a temperatura do revestimento do combustível, sem
contudo, afastar muito da vazão mínima (que minimiza eventuais
problemas de vibrações nos elementos de combustível) no restante
deste trabalho, quando o R. P. R. estiver funcionando em regime
permanente de convecção forçada à potência nominal de 4,0 MW.se
rã considerado que a temperatura média de saída de fluido arre-
fecedor do núcleo é igual a T = 52,0°C. Nestas condições, usan-
do as fórmulas deduzidas no Apêndice C, serão calculadas os de-
mais parâmetros do projeto termo-hidráulico do R. P. R.
28
A vazão de refrigerante em cada canal entro as varetas de coa
bustivel <wc) (C = 4,174 kU.s/kg°C):
Cp {Ts " V 4'174 < 5 2 " 34>
3,38 x IO"2 kg/s . canal (11.15)
- A vazão de refrigerante no núcleo u - n w = 1575 x 3,38 x
x IO"2 « 53,2 kg/s (11.16)
onde n é o número de varetas de combustível no reator e p -
» 2,540 k.W,é a potência da vareta média do R. P. R.
0 valor máximo da temperatura de revestimento do com
bustivel, que serve como referência nos cálculos realizados nes
te trabalho, ocorre em reatores do tipo do R.P.R. no canal onde
o fluxo de neutrons ê máximo, isto ê, no canal associado a vare
ta de maior potência (dita, vareta "mais quente" p = 3,9?/? kW )
e por esta razão as características termo-hidráulicas,salvo quan
do dito em contrário, são calculadas para este local, sendo:
- L = 0,600 m o comprimento ativo da vareta de combustível.
- L = 0,720 m (B.28) comprimento extrapolado da vareta de combus
tível.
' -2 2- Aj, = 2,15 x 10 m (Ç,ll) Area extrapolada da vareta.
-Af = 5,53 x 10 m (JI.7) Area de escoamento de refrigerante
no canal.
- De = 7,42 x 10" m (Í1.9) Diâmetro equivalente do canal de es
coamento.
- Temperatura de saída do canal(T ):
pvoe C wc 4 ,174 x 3 , 3 8 x 1 0 " '
= 6 1 , 8 ° C ( 1 1 . 1 7 )
29
Temperatura Media do canal (T ):
To = 0.5 (Te • TSQ) = 0,5 (34 • 61,8) =
= 47,9°C (11.18)
- Velocidade média do fluido arrefecedor no canal (U )
(p (47,9) = 989,0 kg/«3):
ü = _C = 3,38 x I O ' 2
0 P(TQ)A f 989,0 x5 ,53 x 10"b
= 0,618 m/s.
- Número de Reynolds no canal (Re ) (\x (47,9) =
* 571,2 x IO"6 kg/m.s):
Re = "c X °ec = 3,38 x 10~* x 7,42 x IP"3
A. x p (i ) 5,53 x 10"5 x £.71,2 x 10'6
T O
7.940 (11.20)
O fluido no canal mais quente do R. P. R. está na fai
xa de transição entre o regime laminar e turbulento. O cálculodo
coeficiente de transmissão de calor (h) neste caso é feito através
da correlação de Tong-Weisman (equação(II.12)) afetada pela cor-
reção de viscosidade. Embora a correlação seja válida para
Re - 10000 pode ser corrigida pelo fator (11.13) de modo a ser
válida na faixa de Re -6.000. (K (47,9) = 64,5 x IO"5 kW/m°C e
Pr (47,9) = 3,70).
30
Rex0,0273xK(T 0 )x 10000"°'2(Pr ( T Q ) ) 1 / 3 u (TQ)
ec
7940 x 0,0273 x 64,5 x10~5 xlOOOO"0'2 x 3 ,70 1 / 3
7,42 x 10"3
.0,14 _
x ( 571,2 ,0.1 11.2
(IS, x 106)0-1 4(11.21)
onde viy é a viscosidade do refrigerante tomada a temperatura mêdia do revestimento da vareta.
'voT o = T e
2 W C C P
E_L A h ho
= 34 +
3,922
2 x 3,38 x 10"* x 4,174
2 x 0,72 x 3,38 x 10"2 x 4,174
0,6 x 2,15x10"Z
= 34 + 13,9 (11 .22)
_i
Os resultados obtidos através da reiteração entre a eq. (II.21)e
a eq. (11.22) são:
hQ = 5 , 0 2 k:W/°C m2 e ( T M ) Q = 91,4°C ( í u = 310,4 x 10"6 kg/m.s)
- Temperatura máxima no revestimento da vareta de combustívelTW(mãx)o
31
< W o = Tervo
h<A
= 34 + 3,9222 x 3 , 3 8 x l O x 4,174
1 +
+Cosec C ° ' 6 )x2x0,72
(* * 3» 3 8 x 10 x 4»174)2)5,02 x 2,15 xlO"Z
,7°C (11.23)
E - VARIAÇÃO DE PRESSÃO NO CIRCUITO PRIMÁRIO.
As variações de pressão no circuito primário são ca2culadas com as correlações usuais levando-se em conta a vazão derefrigerante e as variações de temperatura e as conseqüentes va-riações das propriedades físicas do fluido arrefecedor ao longodo circuito. As equações de conservação de "momentum" linear edemassa para regime permanente e fluido incompressTvel são formal-mente idênticas ãs das leis de Kirchhoff para circuitos elétri -cos, o que permite resolver os dois tipos de circuito com o mes-mo formalismo (veja Apêndice 6):
l Ap. = 0 (11.24)
Em qualquer circuito fechado e,
E H, - 0 (11.25)
em qualquer nõ da malha de circuitos. A variação de pressão (£p)i constituída por dois termos distintos:
32
Ap = Apa + ApH (11.26)
onde AP = variação de pressão cinética
A Pu = variação de pressão estática
A variação de pressão estática (Ap,,)entre dois pon
tos ê calculada através de:
í2
g P dZ (H.27)
estando as cotas ( Z ) referidas a um plano horizontal abaixo do
circuito. Ao percorrer a malha os aumentos de profundidade corres,
pondem a aumentos de pressão hidrostática que de acordo com a con
venção adotada no Apêndice G são considerados como variações nega
tivas.
A solução da integral (11.27) é estudada no Apêndice
H. Nos trechos isotérmicos tem-se:
ApH = - g P (T) AZ (H.l)
e nos trechos não isotérmicos tem-se:
APH = - g ?PiAZ1 = - g (pAZ) (H.12)
2onde: g = 9,81 m/s (aceleração da gravidade)
AZ = variação de cotas (m)
p = densidade na temperatura média do fluido
(kg/m3)2
(pAZ) = fator hidrostatico (kg/m )
O quadro (II.2) mostra onde ocorrem desníveis ( AZ )
e os sinais que os termos (pAZ) apresentam segundo ci convenção de
sinais do Apêndice G para o circuito primário de refrigeração do R.P.R.
33
O fator hidrostatico para os canais adjacentes ãs
varetas de combustível, (pAZ)R/ ê dado por:
(pAZ)R = AZLp(34) + AZnp + AZHp(TSR) =
= 0,1 x 994,3 + ü£ C994.3 + P ( T $ R O +
+ 0,1 p (TS R) = 397,7 + 0,4 P ( T S R ) (11.28)
onde: T C D é a temperatura na saída do canal. O fator hidrostãti
co no circuito externo de refrigeração (pAZ) , é dado por:
(pAZ)p = (AZp + AZ C B + AZb) P(TeTc) +
+ (AZpR - AZSB) p(34) =
= 5,50 p(TeTc>-6264 (11.29)
onde: Te,, é a temperatura na entrada do trocador de calor. O fa-
tor hidrostatico para o circuito primário de refrigeração do
R. P. R., (pAZ),é dado pela soma de (11.28) com (11.29):
(pAZ) = (PAZ)R + (pAZ)p = 0,4 x P(TSR) +
+ 5,50x.;p(TeTc) - 5866 (kg/m2) (11.30)
Seguindo a convenção de sinal apresentada no quadro (II.2) se o
fluido escoa em convecção forçada descendente (antes da reversão
do escoamento) no circuito primário de refrigeração, os sinais
nas relações (11.28), (11.29) e (11.30) devem ser invertidos.
34
Quadro II.2 SINAL
LOCAL
Canal adjacente à região ativa da vare -
ta (AZn)
Canal adjacente ao refletor de saída
(AZH)
Coifa do "Plenum" (AZ )
Coifa / Bomba (AZ~Q)
Entrada / Saída da Bomba (AZg)
Sub-solo / Entrada do Poço do Reator
Poço do Reator (AZpR)
Canal adjacente ao refletor de entrada
Canal anular e canal central do rea -
tor(1) (AZa)
COUVEC
FORÇA
da
—
-
-
-
-ÇftO
NATU
RAL
+
+
.-
ALTURAEFETIV;
(m)
0,60
0,10
0,50
5,00
0,40
8,00
1,70
0,10
0,80
TEMPERATURA
Variável
da saída do
canal do rea
tor (T S R).
de entrada no
trocador de
calor TeT
do poço do rea
tor
(TpR)= 34°C;p (34) =994,3
kg/m3
(1) Canais alternativos para escoamento do fluido ( em paralelo com relaçãoaos canais entre varetas de combustível).
As t r a j e t ó r i a s a l t e rna t i va s de escoamento de ref r igerante no in te r ior do R. P. R. (o canal cent ra l e o canal anularentre o núcleo e o r e f l e to r externo) onde a temperatura é cons-tante (TpR - 34°C), apresentam um fator h id ros t a t i co , (pAZ). ,igual a:
35
(pA2)A = - p (34) AZa = - 994,3 x 0,8 =
= - 795,4 kg/ro2 (11.31)
A variação cinética de pressão (Ap ) é função da va-
zão mássica (W) e está ligada a resistência que o circuito ofe-
rece ao escoamento, seja devido ao atrito ou mudando a velocida
de de escoamento (aceleração). Esta variação de pressão é deter
minada por:
Apa = — (11.32)3 *»
onde: pn é a densidade Io fluido na temperatura de referência2(temperatura média do poço p = p(34) = 994,3 Kg/m ) e K é a re
sistência normalizada ao escoamento.
A resistência norii ilizada ao escoamento (K), que se-
rá chamada de resistência, é constituída por todos os termos que
no cálculo da variação cinética de pressão (Ap_) sejam indepen-2dentes do quadrado da vazão (W ). As expressões usadas no cãleu
Io da resistência (K) tomam formas diversas, dependendo do Io -
cal e das circunstâncias em que se deseje seu valor, entretanto
uma variação de pressão devida ao atrito é sempre uma perda,no
sentido de escoamento do fluido c, segundo a convenção adotada
no Apêndice G, deve ser anotada com o sinal positivo.
A resistência no núcleo do R. P. R. (KM) é obtida con
siderando-se que os n = 1575 canais, em paralelo, entre as varetas de com
bustível, que o compõe são iguais de modo que (veja eq.(G.15)).
Kf) = Kc/n2 (11.33)
onde: K é a resistência no canal entre varetas de combustível
"média" (ou canal médio).
As resistências ao longo de um canal qualquer entre
36
varetas de combustível formam um circuito em série, figura (II.4),
cuja resistência equivalente é dada por:
AZ, 2 p AV+ ^ — +
Dec Af
, po f *Zn , po fH <TSR>
Dec Af Z P<TSR> Dec
+ °—*- (11.34)P(TSR) A f
onde o primeiro termo representa a resistência na entrada do ca
nal entre varetas de combustível, com Kp - 1,30 sendo o coefi -
ciente adimensional de perda de pressão nos orifícios da grade
de entrada do canal e Ar- a área de passagem na grade de entrada
do canal, que é calculada com base no desenho da grade deentrada-2como consta na figura (1.7) (Seja SD = 1,1235 x 10 roo passo
-3do reticulado no elemento de combustível, d = 6,0 x 10 m o
P5 _3diâmetro do pino de sustentação das varetas, £ = 0,5 x 10 m
a espessura das barras na grade de sustentação das varetas e
IV * 25 varetas/elemento combustível).
2 2= (1,1235 x IO"2) - ((n/4) x (6,0 x IO"3) +
6,99 x IO"5 m2 (11.35)
37
O segundo termo da equação (11.34) representa a re -
sistência na porção do canal adjacente ao refletor de entrada ccom AZ, - 0,10 n sendo a altura do refletor de entrada, D ,.
-3» 7,42 x 10 ra (11.9} sendo o diâmetro equivalente e A, = 5,53x
-5 2xlO m (II.7) a área de passagem do canal entre as varetas de
combustível e T R = 34 C sendo a temperatura na entrada do ca -
nal. O fator de atrito de Weisbach é calculado por uma das rela
ções do Apêndice D.a) como função do número de Reynolds nos ca -
nais.
c ()
Afy(T) vi(T)
w vazão de massa de refrigerante no canal (kfj/s)
u(T) viscosidade do fluido arrefecedor ã temperatura T (Kg/m.s).
O terceiro e o quarto termos de (11.34) representam
as resistências devidas a aceleração do refrigerante provocada
pela variação de temperatura e ao atrito_ao longo do comprimen-
to ativo do canal (AZ = 0,60 m) sendo AV a variação do volume
específico (inverso da densidade (p) do fluido entre a entrada
e a salda do canal.
- P(TER) - P(TSR)AV = V(TSR) - V(TER) = ^ i ü - (11.37)
SR ER P(TER) x p(TSR)
onde Trn é a temperatura de saída do canal. As propriedades fí-
sicas da água na seção ativa do canal devem ser tomadas como o
valor médio entre a entrada e a saída do canal. 0 quinto termo
de (11.34) representa a resistência na porção do canal adjacen-
te ao refletor na saída, com AZ.. = 0,10 m sendo a altura do re-
fletor de saída e finalmente o sexto termo representa a resis -
tência na saída do canal com K<- = 1 ,00 sendo um coeficiente ac i
mensíoral que mostra a fração da velocidade inicial do fluído
não recuperada na saída do canal.
38
Substituindo, em (11.34), os valores constantes
conhecidos para o R. P. R., teremos:
Kc(m"4) = 2,66 x IO8 + 4,41 x IO9 f(34) +
+ 6,50 x IO11 AV + 2,63 x IO13 (f/p)
+ (4,35 x IO12 f(TSR) + 3,25 x 10n)/p(TSR}
(11.38)
O canal central (ou armadilha de fluxo) e o canal anu
lar (ou "gap") entre o núcleo e o refletor radial externo, onde
o fluido arrefecedor escoa a temperatura média do poço do rea -
tor (T „ = 34 C ) , constituem trajetos em paralelo com os canais
entre varetas de combustível, que promovem, quando necessário ,
a refrigeração do núcleo por recirculação natural do refrigeran
te. Neste trabalho, considerou-se para efeito de cálculo da va-
riação de pressão que estes canais são semelhantes a tubos li -
sos, com uma placa plana localizada em sua salda, para restrin-
gir a vazão e evitar que, em convecção forçada, soja bombeada
um grande excesso de água que não é efetivamente usada na refri
geração do núcleo.
A resistência no canal central e no canal anular é
dada por:
K • ' (TpR^ L T + V »' (11.39)De Af Cd Aff
onde o primeiro termo mostra a resistência ao longo do canal e
o segundo a resistência devida aos orifícios nas placas perfura
das na saída do canal. Em (11.39) Lj = 0,80 m é o comprimento do
canal; L é a área de passagem no canal, A** a área de passagem
nus orifícios da placa perfurada e 8 a razão entre o diâmetro
39
equivalents do orifício (O-*) e o diâmetro equivalente do ca -
nal (De). 0 fator de atrito (f) ê obtido por uma das soluções a
presentadas no Apêndice (D.a) como função do número de Reynolds
no canal e o coeficiente de descarga dos orifícios (C .) é obti-
do através da figura (D.2), Apêndice(D.b),como função do número
de Reynolds nos orifícios e da razão 3.
O canal central é cilíndrico com um diâmetro de d =
• 0,155 m, uma área de passagem de:
Afcc = { n / 4 ) x
= 1,89 x IO"2 raZ (11.40)
e número de Reynolds ao longo do canal(Re ) dado por:
Re . dcc Hcc _ 0,155CC u(34) A f c c 742,2 x lO'^x 1,89 x IO'2
= 1,10 x 104 U (11.41)
onde W ( g/s) é a vazão massica no canal central. Neste traba
lho será considerado que no canal central B _ = 0,70, o que ira-c c
plica em um diâmetro equivalente de orifícios na placa de saí -
da,
dfcc = ecc x dcc = °»70 x 0,155 =0,1085m (II.42)
com uma área equivalente igual ã:
Affcc =
• 9,25 x 10"3 m2 (H.43)
40
e número de R e y n o l d s ! R e ^ ) igual ã:
R e . dfcc * Wcc _ °» 1 0 8 5 * Wccf c C u(34)xAffc(. 7,42 x 10~6 x 9,25 x 10~3
= 1,58 x IO4 W c c (11.44)
A resistência no canal central(K ) será dada por:G v
Kcc(m"4) = 1,44 x IO4 x fcc(34) +
+ (8881/Cdcc2) ' (11.45)
O canal anular é um anel cilíndrico entre o núcleo
(dfJ = 0,500 m)e o refletor radial externo d-rr = 0,5277 ro) que
tem diâmetro equivalente de:
D = d i r r~dN = 0,5227 - 0,5000 = 0,0227m (II.46)
uma área de passagem de:
Afg = (tf/4) x (d1?rr - dj) = (TT/4) x
x (0.52272 - O.5OOO2) = 1,82 x 10"2m2 (11.47)
e o número de Reynolds no longo do canal (Re ) dado por:
Re_ =
Deg x Wg 0,0227 x
g u(34)xAf 742,2 x IO"6 x 1,82 x 1 0 ^
= 1680 x W (11.48)
onde W (kg/s) é a vazão mássica no canal anular. Neste traba-
41
lho será considerado que no canal anular ft_ = 0,60, o que imp Li
ca em um diâmetro equivalente de orifícios na placa de salda do
canal anular de:
df = B x D = 0,60 x 0,227 = 1,362 xIO"2 m (11.49)
com uma área equivalente igual ã:
l f f g = (7T/4) x d f g x ( d f g + 2 x d N ) =
= ( T T / 4 ) x 1 ,362 x I O * 2 x ( l , 3 6 2 x 1 0 " 2 +
+ 2 x 0 , 5 0 0 ) - l , O 8 x l O " 2 m2 ( 1 1 . 5 0 )
e o número de Reynolds nos orifícios (Ref ) de:
d x W 1.362 x IO"2 WRef = — - * z
T g— - * z - = , _ ü __y(34) xA f f 742,2 x 10"° x 1,08 x 10"£
1699 W (11.51)
A r e s i s t ê n c i a do canal anular (K ) se rá dada por:
Kg(m'4) = 1,06 x lO 5 f g (34)+ (7462/Cd g2) (11.52)
O c i r c u i t o primário de re f r ige ração externa ao R.P.R.
é dimensionado de modo a r e f r i g e r a r o núcleo funcionando à potência
nominal de 4,0IW,coroa ttjua. •escoando em regime permanente de convecção
forçada, com vazão de w = 3,38 x 10 kg/s (11.15) em cada ca
nal en t re va re t a s de combustível .
42
Or resultados obtidos nos cálculos da resistência (K )
e do fator hidrostatico (pAZ) , para o canal médio entre varetas
de combustível são mostrados no quadro (II.3). Os 1575 canais en
tre varetas de combustível junto coro o canal central e o canal a
nular formam circuitos em paralelo, que a partir das relações (G.7)
e (G.8) formam o sistema de equações:
+ H
(11.53)
onde Ap é a variação de pressão (em um canal entre varetas de
combustível (c), no canal central (cc); e no canal anular (g)).
H é a vazão no circuito externo de refrigeração;
W., é a vazão no núcleo (W.. = n * (11.16));
W é a vazão no canal anular;
W ê a vazão no canal central,
QUADRO I I . 3 CANAL ADJACENTE A VARETA DE COMBUSTÍVEL "MfDIA
LOCAL
ENTRADA
SEÇÃO
ATIVA
SAlDA
T ( ° C )
34
Variável*a)
52
9 9 4 , 3
9 9 0 , 7
9 8 7 , 1
0
7 , 3 4 xlO""6
0
u ( k g / m . s )
742,2 x lO" 6
637,9 xIO"6
533,5 xIO"6
Re
6102
7100
8490
f ( 2 )
0,0363
0,0349
0,0333
SOMA
Kim"4)
4,26 x l O 8
9 , 3 1 x I O 8
4,77 xIO 8
18, 34 xIO8
(pAZ)(kg/m
- 99,4
-594 ,4
- 98,7
-792 ,5
(1) A temperatura varia continuamente(e - linearmente) entre 34°C e 52°C com as propriedades
físicas da água sendo tomadas em seu valor médio.
(2) Embora o escoamento esteja na transição entre o regime laminar e turbulento a relação
(D.3) é válida (veja figura D.l, curva "Smooth pipe"que é a representação gráfica desta
relação).
u>
44
A solução do sistema (11.53) ê apresentada no quadro
(II.4), onde a resistência no reator (KR), obtida a partir da
relação (G.9), ê:
-2(11.54)
cc
e o fator hidrostãtico do reator,(pAZ)R, é obtido a partir de:
(pAZ)R = (Ap - Apa)/g (II.5f.)
Supondo que o fluido arrefecedor se mistura perfeita
mente na "coifa" sua temperatura média, ou temperatura na entra-
da do trocador de calor (Te-p )será:
TeTc
(TpR x(Wcc + W g) + TSR
= (34 (9,34 * 9,66)+ 52 x 53,2)
72,2
= 47,3UC (11.56)
QUADRO II.4
UNIDADE
LOCAL
Canal central
Canal anular
Núcleo
Reator (R>
INTERIOR DO
(kg/S)
U
9,34
9,66
53,2
72,2
R. P. R.
(kg/m2)
(PAZ)
- 795,4
- 795,4
- 792,5
- 793,4
(m~4)
K
2,34 x IO4
2,18 x IO4
739
398
(N/m2)
A PH
7803
7803
7773
7783
A P a
1022
1022
1052
1042
8825
8825
8825
8825• ii '
cn
46
A figura (II.5) mostra a distribuição de temperatura
no circuito primário ae refrigeração. Cora os dados até aqui obt^
dos são dimensionados os diversos componentes do circuito primá-
rio, listados no quadro (II. 1), oque possibilita o cálculo da elev<i
ção de pressão a ser suprida pelas bombas de circulação, aplican
do-se a "lei das malhas de Kirchhoff" ao circuito fechado que com
preende o reator, a bomba, os tubos do trocador de calor, o tan-
que de retenção, a tubulação e válvulas.
Os trocadores de calor usados no circuito primário de
refrigeração são do tipo "Casco e Tubos", com água fria, provenj.
ente de torres de refrigeração (circuito secundário) passando pe
Io casco em contra-ccirente com a água destilada quente, prove -
niente do reator, passando pelos tubos. O trocador de calor, de-
finido no Apêndice (E.a) , possui 1377 tubos de 3/4" BWG-12(d^ + =
= 1,351 x 10 m) com LT~ = 6,0 m de comprimento que passam uma
vez pela carcaça (n = 1) e possuem área de escoamento eqüivilenP 2 ~~
te aos tubos de A ^ . j - = 0,197 m (E.16). A avaliação da resistência nos tubos do trocador de calor(Kjp) é feita considerando-se
as propriedades físicas do fluido arrefecedor â temperatura mé -0 14dia dos tubos ( T L J exceto no cálculo do fator 0. = (vi(T..)/uw) '
(11.57), onde ji.. é obtida ã temperatura média de parede dos tu -
bos (eq (E.2)). 0 fator de atrito (f) é calculado por uma das
relações apresentadas no Apêndice (D.a) como função do número de
Reynolds nos tubos do trocador de calor.
Re = d i t T C X W _ 1 ,351-X IO" 2 WtTC " » ( V " ° ' 1 9 7 »» ( T b t >
M ( T b t )
e a s s i m :
47
K f . " 4 l 1 , LTC X Hp f ( T b t ) PQ
K ( m ) = { c, f (m ) = «- {AftTC ditTC
1 6 x 1 x 994,3 x f ( t b t )
0.1972 1,351 x l O " 2 0 t ( T b t ) p (T b t )
1,14 x 107 f ( T )01 — ( 1 1 . 5 9 )
0 t ( T b t ) p ( T b t )
onde u(kg/m.s), P(kg/m ) e f e 0. são adimensi^nais.
0 tanque de retenção dimensionado no Apêndice (E.b)é
um cilindro eqüilátero cora dTD = 1,88 m (E.25) de diâmetro eárea
de escoamento de A Í T D = 2,78m (E.26) , que devido a sua localiza-
ção no circuito de refrigeração (entre o trocador de calor e o
poço do reator) estará sempre a temperatura de 34 C. A resistên-
cia no interior do tanque de retenção(Kyo) será:
v i '4\ L ™ X f(TPR* 1,88 ff34)
dTR x A X T / 1,88 x2,78^
= 0,129 f(34) (11.60)
onde o fator de atrito (f), obtido por uma das relações do Apên-
dice (D.a), é função do número de Reynolds no interior do tan -
que de retenção:
Re = dTR X W = 1,88 W
^ AfTR y ( T P R ) 2'78 x 742'2 x 10
= 911 x W (II.61)
Neste trabalho, toda a rede de tubulação do circuito
primário de refrigeração será composto por tubos de aço com diâ-
metro interno de dT = 0,200 m e área de escoamento (A-T) iguala:
48
AfJ = (TT/4) x dT2 = (TT/4) x O,2OO2 =
= 3,14 x 10~2 m2 (11.62)
Na avaliação da resistência nas tubulaçoes(K,.) écon-
veniente subdividir a rede de tubos em duas seções isotérmicas
distintas em série, A primeira com Lj-| = 10,0 m de comprimento
entre o "plenum" inferior do reator e a entrada do trocador de
calor com o refrigerante escoando ã temperatura de entrada do
trocador de calor (TeT ) e a segunda de comprimento Lj2 =
= 22»0m entre a salda do trocador de calor e o poço do reator com
o refrigerante escoando ã temperatura do poço (34 C) e assim:
, p(34) x LTR x f(T)K T(m
4)= T R
A f T2 dT p(T)
994,3
(3,14 x IO"2) x 0,20
5>04 X 10?
v 22,0 f(34)
994,3 p(TeTc)
+ 1 ,12 x 105 f(34) (11.63)
onde o fator de atrito (f), obtido a partir do Apêndice (D.a), é
função do número de Reynolds na tubulação:
Re_ = J. = JA f T u(T) 3,14 x 10"^ x p(T)
6» 3 7 x M (11.64)
MT)
49
Os acidentes de linha em um circuito são quaisquer
dispositivos que presentes na linha modifiquem a velocidade ou
direção de escoamento. O quadro (II.5) mostra a distribuição dos
dispositivos no circuito primário de refrigeração considerados
nos cálculos, além do valor do coeficiente adimensional de perda
de pressão por atrito no dispositivo (K) no caso de escoamento
turbulento na tubulação. A resistência devida a estes dispositi-
vos (K ) é dada por:
+KG3/4 * Kfi4/4>G3/4 * Kfi4/4
2KS4/4*KG3/4*KRD * KT j * 4 KJ
p(Tp R )
= 4 » 9 3 x 1 0 + 1 , 2 4 x IO 4 ( 1 1 . 6 5 )p ( T e T c )
No circuito primário de refrigeração externo ao R.P.R.
as áreas de passagem de refrigerantes não suo constantes.Es;
tas mudanças de área podem ser tratadas como acidentes de linha,eu
ja resistência está relacionada a um coeficiente adimensionalde per
da de pressão (K.), que em um mesmo local, dependendo do sentido
de escoamento, pode representar uma contração ou uma expansão, e
que é normalizada em relação a menor área de escoamento.
50
QUADRO 11 .5 DISPOSITIVOS,
DO R. P. R.
DISCRIMINAÇÃO
Válvula de Gaveta (G) Aberta
3/4 aber-ta
1/2 aber-ta
1/4 aber-ta
Rotlmetro (RD) (disco^1)
Joelho de 90° (padrão)(J)
Tê(usado como joelho) (Tj)
Curva de 180°(Volta Fechada)^
CURVAS E VÁLVULAS NO CIRCUITO
ReT > 2300 TEMPERATURA
K
0.17
0.9
4.5
24.0
7,0
0,75
1,0
1,5
Te í 3 ) T - 34°Cl eT> PR
2
2
0
0
0
1
2
0
2
1
0
0
1
4
1
0
(1) representando os dispositivos de nedida no circuito;
(2) veja uso no Capitulo IV;
(3) Te T c - fluido escoando ã temperatura de entrada no troca-
dor de calor.
51
O quadro (II.6) mostra as áreas de escoamento mais
relevantes no circuito externo ao R. P. R.
O coeficiente adimensional de perda de pressão, com
o fluido em regime turbulento, no caso de uma contração subi -(14)ta , e dado por
= 0,45 (1 - Ç) (11.56)
(14)e no caso de uma expansão súbita , por:
Kes * " d - S)2 (H.67)
onde o sinal negativo antes dos parâmetros indica um aumento na
pressão(resistência negativa) e:
£ = Menor Area de Escoaraento/Maior Area de Escoamento (11.68)
No regime laminar de escoamento a perda de prejs~ (12)
sao por contração ou expansão edespresivel . O quadro (II.7) ,
mostra os locais onde ocorrem as mudanças de áreas de escoamento
no circuito com os respectivos valores dos coeficientes K e K ,CS t?S
em regime turbulento. No circuito de refrigeração primária exter
no ao R. P. R., com o refrigerante em regime turbulento no canal
de menor área de escoamento/ a resistência devida ã contração e
expansão (K-r) é dada por:KCE
(11.69)AfPB'
onde o subscrito (.) pode indicar uma contração ou uma expansão
conforme o sentido de escoamento.
52
QUADRO 11.6 AREAS DE ESCOAMENTO NO CIRCUITO PRIMÁRIO
EXTERNO AO R. P. R.
LOCAL
Poço do Reator
"Plenum" inferior do reator
Tubulação
Flange de aspiração da bomba
Flange de pressão da bomba
Câmara de entrada e Saída do trocadorde Calor
Tubos do Trocador de Calor
Tanque de retenção
De(m)
2,75
0,5227
0,20
0,20
0,15
0,9906
1,351 xlO~Z(1)
1,88
Af(m2)
5,94
0,215
3,14 x10" Z
3,14 x10" Z
1,77 x10"Z
0,771
0,197
2,78
(PR)
(P)
(T)
(a.B)
(p.B)
[TC)
(tTC)
(TR)
(1) Diâmetro interno de 1 tubo do Trocador de Calor.
53
QUADRO 1 1 . 7 COEFICIENTE AOIMENSIONAL D" PERDA DE PRESSÃO
POR CONTRAÇÃO OU EXPANSÃO
LOCAL
"Plenum" infer ior do reator/tubulação
(K.p)
Tubuiação/flange asperaçao da boaba
(í.aB)Flange de pressão da bonba/tubulação
Tubulaçao/Trocador de Calor (K.T C)
Tubos do Trocador de Calor (K . t T C )
Tubulação/Poço do Reator (K.p R)
Tubulação/Tanque de Retenção.
0,146
1
0,5637
0,0407
0,2555
0,0053
0,0113
Kcs
0,384
0
0,196
0,432
0,335
0,448
- Kes
0,729
0
0,190
0,920
0,554
0,989
KTR = 0.533
Os resultados obtidos no cálculo da variação de pres
são nc circuito primário de refrigeração externo ao reator, com
o R. P. R. funcionando em regime perma: ante, ã potência nominal
de 4,0 MW, são mostrados no quadro (II.8), a seguir, para o troca
dor de calor, tanque de retenção e as tubulações.
! QUADRO I I .
UNIDADE
|
Tubo
Trocador de
Calor
Tanque de
Retenção
TUBO
8 CIF
m
L
10,0
6,0
1,88
22,0
ÍCUITO PRIMÁRIO DE REFRIGERAÇÃO EXTERNO AO R. P. I
°C
T
47,3
40,7
34
34
kg /m 3 ^
P
989,2
991,9
994,3
994,3
kg/m.s
y x IO 6
577,5
646,5
742,2
742,2
Re
7,96xIO 5
7661
6,58x IO4
6,20xIO 5
f
0,0175
O.O3S5
0,0240
0,0179
(pAZ) c p
kg/mZ
( P A Z )
- 5440,6
0
0
6242,1
823 ,5
( m ' 4 )
K
892
450
3,10 x I O " 3
2005
3347
N/mZ
APH
53372
0
0
-61451
- Kc?
* p a
2338
1180
8,13xlO"3
5256
A*CP
Ap
55710
1180
8,13xl(
- 5619!
695
cn
55
Ne quadro (II.9) são mostrados os resultados para os
acidentes de linha do R. P. R.
QUADRO II.9 ACIDENTES DA LINHA AO R. P. R.
TIPO
Válvulas, curvas e medidores
Contração e Expansão
Acidentes da Linha
K (m~4)
17.400
- 2267
15.135
AP^N/nT )
45J513
- 5.943
39.670
O fluido arrefecedor escoa através do circuito pri-
mário de refrigeração a uma vazão de W = 72,2 Kg/s (261 m /h),
em regime permanente, produzindo uma perda de pressão de:
Ap = ApR + Ap c p + = 8825 + 695 + 39670 =
= 49190 N/n/ (5,04 m.c.a) (11.70)
Esta variação de pressão no circuito é compensada por
uma bomba centrífuga de baixa pressão TIPO ETA 150-26, dimensio
nada no Apêndice (E.c), cujas características estão dispostas no
quadro (11.10), a seguir.
56
QUADRO 11.10 BOMBA CENTRÍFUGA DE BAIXA PRESSÃOETA 150-Z6
VAZÃO (Q)
Perda de Pressão (H)
Diâmetro de Flange de Aspiração (d . )
Diâmetro de Flange de Pressão (d )
Diâmetro do Rotor (<*rotor)
Espessura do Rotor (e r o t o r)
Velocidade do Rotor (n)
Eficiência da Bomba (n)
Potência (N)
Velocidade de Bombeamento (w )
(N/n>mãximo
Constante de proporcionalidade da Bomba (Cb)
Inércia do Rotor (I)
Meia Vida de Bombeamento (t )
InTcio de Cavitação (H$)
Pressão Máxima
261 m3/h
5,04 m.c.a.
0,200 m
0,150 m
0,230 m
0,045 m
1120 R P M
73,6%
4,850 kU
117,3 s"1
0,094
3,005 x 10~3ítg mZ
9,705 xlO"Z Kg mà
0,275 s
0,5 m.c.a.
10 atm
TROCADO* OC CALOR
MATOU
TANOUC OBRITINÇXO
I l l"W.INUM
( A) VÁLVULA K BLOQUtIO AMRTA ( I ) VÁLVULA 01 •LOQUflO FICHADA
R6URA II - 1 ' CIRCUITOS DE REFRIGERAÇÃO NO NÚCLEO DO R.PR. EM CONVECÇAO NATURAL
(li
POÇO DO REATOR
REATOR
\COI
VÁLVULA DE BLOQUEIO
j j VÁLVULAS
OOMBA TRQCAOOR OE CALOR
rs. JOELHO
fiROTlMETRO
JOELHOJOELHO
VÁLVULATANQUE OE
RETENÇÃO
FIGURA II - 2 « FLUXOGRAMA DO CIRCUITO PRIMÁRIO
OI00
TANQUE Df
RETENÇÃO
ESCALA
2 (*)
FIGURA I I - 3 PLANTA DO NÍVEL DO SUB-SOLO (EDIFÍCIO DO REATOR)
Oi(0
SAÍDA NA GRADE SUPERIOR
REFLETOR AXIAL SUPERIOR (10,0 cm)
REGIÃO ATIVA 00 CANAL ENTRE
VARETAS DE COMBUSTÍVEL (60,0 cm)
REFLETOR AXIAL INFERIOR (10,0 cm)
ENTRADA NA GRADE INFERIOR
FIGURA II - 4 • RESISTÊNCIA NORMAUZADA AO ESCOAMENTO NAS
VARETAS DE COMBUSTÍVEL
Tr » 34»C
REATOR
cow» tZ
BOMBA
'«-C
TUBO 0 0
TROCAOOR OE CAU3R
Vc'34-C TANQUE OE RETENÇÍO
FICURA 11-5 = DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURA NO CIRCUITO PRIMÁRIO DE REFRIGERAÇÃO
DO RR R. EM REGIME PERMANENTE DE CONVECÇAO FORÇADA
62
CAPITULO III
TRANSIÇÃO ENTRE A CONVECÇAO FORÇADA E A CONVECÇÃONATURAL
A - VARIAÇÃO DE POTÊNCIA APÔS O REATOR SER DESLIGADO*5>7 e 9).
Ao se desligar um reator sua potência não baixa ime -
diatamente a zero; ela cai rapidamente de acordo com o período
de reatividade negativa/ determinada pelos grupos de neutrons
atrasados ("delayed neutron") de meia vida mais longa. Os produ-
tos de fissão existentes no combustível continuam a decair por
longos períodos através de radiação beta e gama (a energia mi -
dia das partículas beta nos produtos de fissão é ~ 0,4 MeV edos
raios gama é ~ 0,7 MeV) que interagem rapidamente com o meio ,
convertendo sua energia em calor. Esta energia térmica, chamada
"Calor de decaimento", pode conter até 8% da potência total do
reator imediatamente após seu desligamento, e passada algumas
horas ela decai a aproximadamente 1% da potência em estado esta
cionãrio, pelo desaparecimento de produtos de fissão de vida cur
ta.
A taxa de decaimento de uma mistura complexa de pro-
dutos de fissão, em princípio, pode ser expressa em termos de
rendimentos de fissão e da constante de decaimento dos vários nu
clídeos presentes na mistura e assim permite calcular a energia
que eles liberam, entretanto, isto é impraticável pela complex^
dade das expressões resultantes. Mas com algumas aproximações e
simplificações é possivel avaliar uma solução para esta questão.
Uma estimativa quantitativa do calor de decaimento, em reatores
a urânio levando-se em consideração o calor produzido pelo de -
caimento beta do urânio-239 e netúnio-239, é dada pela relação(23)empírica :
63
•it) = P(t)/Pft = 0,1 {(t + 10)"0' 2 -
- (t + t + 10)"0>;>+ 0,87
- (t + 2 x I O 7 ) 0>2
(t +t + 2x!0')7,-0,2
(III.l)
válida no período de resfriamento (t) entre 1,0 seg e 200 seg
Se t > 200 seg então,
• (t) =P(t)
x 0,095 x t"0*26 (III.2)
Para t < 1,0 seg não foi encontrada nenhuma relação empírica que
calcule •(t)» a r a zão entre a potência atual (devida ã radia -
ção beta e gama), P(t), e a potência antes do desligamento do
reator (P ). O tempo de funcionamento do reator (t ), que como
o tempo de resfriamento do reator (t), deve ser medido em segun
dos, nas equações (III.1) e (III.2), é calculado exi função da
massa de urânio no reator em funcionamento normal, M = 452 kg,
e da queima B = 6,0 MWd/kg.U apartir da relação:
tQ(dias) =B x Mv = 6,00 x 452 =
4,00
= 678 dias (5,86 x10' seg) (III.3)
Após o desligamento do reator, se um resfriamento ade
quado não for providenciado, o calor de decaimento pode causar
superaquecimento e fusão localizada no combustível com liberação
de produtos de fissão voláteis no meio ambiente.
64
B - REGIME TRANSITÓRIO DE VAZÃO.
Um reator funcionando em regime permanente tem a va-
zão de refrigerante no circuito primário mantida em regime de
convecção forçada por meio de bombas hidráulicas. Se por qual -
quer motivo estas bombas deixarem de funcionar, a vazão de re -
frigerante. diminui durante um certo período sob efeito do atrito e da
pressão de flutuação (diferença de pressão estática entre ca -
nais a diferentes temperaturas) até anular-se, no instante em que
ocorre a reversão no escoamento com a vazão passando a crescer
sob efeito da força de gravidade até que se atinja o"regime per
manente" de convecção natural. Nesta seção será deduzida uma
equação que descreve o comportamento da vazão mássica de um
fluido (W) em um circuito fechado no período entre o desligamen
to da bomba (t = 0) e a reversão de escoamento (t = t R ) .
A equação diferencial que descreve a circulação de
fluidos em circuito fechado é determinada através de relações
de perda de pressão no circuito com o auxilio das leis de
Kirchhoff aplicadas a escoamento de fluido. No Apêndice F foi
deduzida uma equação que fornece a perda de pressão (Ap) em um
circuito:
. dW KW2AP = (-=-) — + — + g (pAZ) -
Af dt 2p'
- 9 p'Hp(W) (F.25)
Com o primeiro termo da equação (F.25) mostrando a
influência da variação temporal da vazão (dW/dt) na variação de
pressão total do circuito (AP) onde (L/A*) é a razão entre o
comprimento equivalente (L)e a área de escoamento equivalente
(A,) do circuito; o segundo termo mostra a perda de pressão dinâ
mica no circuito com W sendo a vazão mássica no circuito, p' a
densidade do fluido arrefecedor na temperatura de referência K a
resistência normalizada ao escoamento equivalente ao circuito; o
65
terceiro termo mostra a variação total de pressão estática no cir
cuito, com (pAZ) sendo a variação total de fator hidrostatico no
circuito e g = 9,81 m/s (aceleração da gravidade); e finalmente
o quarto termo mostra a influência das bombas na variação de pres
são do circuito, onde H (H) ê o ganho de pressão no bombeamento.
A "lei das malhas de Kirchhoff" (Apêndice G ) , estabelece que:
ipi = 0 (G.5)
e, segundo a convenção de sinais adotada, termos com sinal nega-
tivo conduzem a um ganho de pressão, e termos com sinal positivo
conduzem a uma diminuição de pressão.
A fase inicial da transição de escoamento transcorre
no período em que as bombas, apesar de desligadas, ainda exercem
por inércia, influência sobre o escoamento. 0 efeito de decaimen
to da velocidade de bombeamento (u) é representado, com boa apro
ximaçao por:
(W) = ( — ) 2 H° (III.4)
onde H representa o ganho de pressão por bombeamento em regime
permanente e, u a velocidade de bombeamento com a bomba em re-
gime permanente.
A equação diferencial que descreve a circulação de
fluidos em um circuito durante a transição em convecção forçada,
é:
)Af dt 2pp
- g P1 (—)2 H° - o (in.5)
0 ganho de pressão com o bombeamento em regime per-
66
manente (H ) ê dado por:
H° = -°—° ° (III.6)9 P1 (2 p1)
e segundo o Apêndice (E.c):
t / t p )
(E.34)
onde o subscrito (o) designa valores no estado estacionarão em
convecçio forçada (t = o); t é o tempo transcorrido após des-
ligar a bomba e t a meia vida de bombeamento, que mede o tempo
necessário para que a velocidade de bombeamento (w) reduza-se a
metade de seu valor em estado estacionário (w ). Substituindoo
(III.6) e (E.34) em (III.5), obtem-se a equação diferencial para
o escoamento de fluidos durante a transição em convecção força -
da:
g ( p A Z ) -)Af dt 2p'
o W^ + g(2p')(pAZ)0 0 ° = 0 (III.7)
(2 p')(l + t/t p)7
A resistência normalizada ao escoamento (K) é função
do número de Reynolds (vazão do fluido). No circuito primário de
refrigeração externo ao reator, a resistência ao escoamento pre-
dominante é a devida aos chamados acidentes de linha (curvas,vál
vulas, etc.) e no interior do reator predominam as resistências
devidas aos orifícios nas saidas dos canais. Estas resistências
são pouco dependentes da vazão/ de modo que em condições normais
de operação, o vaio.v de K pode ser considerado constante, embora
nos casos que necessitem precisão, seja necessário levar em con-
67
sideração tal dependência com a vazão. A análise em ante-projeto
do circuito primário de refrigeração supõe que a resistência nor
malizada ao escoamento (K) permanecerá constante durante a tran-
sição em convecção forçada, com valor igual ao do regime perma -
nente (estado estacionario).
O efeito da flutuação térmica no circuito, medido
através do termo, g (p&Z), ê variável no tempo. Neste estudo, o
efeito da flutuação térmica no circuito é superestimado conside -
rando-se o termo g(pAZ), constante coro valor igual ao regime per
manente de convecção forçada, g (pAZ) , deste modo superestima -
se a potência no reator.
Na solução de equações do tipo da equação (III.7),de
ve-se agrupar as constantes e definir novas variáveis e constan-
tes, de modo a compactar a equação original sem que ela perca as
suas propriedades. Dividindo os termos da equação (III.7) por2
(K W /2 p1 + g (pAZ) e definindo as novas variáveis como,
íí = W/WQ (III.8) e T = (1 + t/t J (III.9), obtem-se:
) :2 K p l K ( L / V 3 t tò +
f " %M I t «a ^ J _»
1 + (2 x g x p' x (PAZ)O/Ko w£ K0
x U o x t p d T
Zgp'(pAZ) ,+ K ° } - ' = 0 ( I I I . 1 0 )
de onde são definidas as constantes do circuito. A meia vida do
circuito (t. ), que fornece o tempo necessário para reduzir a me-
tade o escoamento inicial em um circuito sem bomba , é uma
constante de tempo definida por:
2 x p' x (L/Af)t = L_ (III. 11)
K o * W o
A razão entre a meia vida do circuito (t.) e a meia-
vida de bombeamento (t ) é chamada o e define uma constante que
68
fornece a razão entre a energia inicial do escoamento e a energia
"efetiva" inicial da bomba(16).
a = tL / tp (III.12)
A razão entre a variação de pressão estática e a va-
riação de pressão dinâmica (atrito, aceleração, etc), no circui-
to em estado estacionãrio (t = 0) é mostrado através da constan-
te B2.
2 2 p' g (pAZ)(T = ? (III.13)
Ko Wo
A equação (III.10) está em uma forma (segundo aproxi
mações estabelecidas nesta seção e no Apêndice F) onde apenas a
vazão (W) varia com o tempo e reordenando seus termos, obtem-se:
* f > = 0 (III. 14)d T a a a T
uma equação diferencial não linear de primeira ordem válida no in
tervalo 0 - t - tR, onde tR é o tempo necessário para atingir o
regime de convecção natural;quando em escoamento inicialmentedes
cendentes ocorre a reversão no sentido de escoamento de fluido.
Aplicando em (III.14) a mudança de variável,
Q = a U7U (III.15)
obtem-se a equação diferencial linear de segunda ordem.
U" - ]>- (V~j u « o(3~ + I) ,&*t
_ a x x a J
69
(III.16)
que, através da mudança de variável:
ü - (111.17)
se transforma na equação diferencia]:
9"(T) + T g'(x)
a 4g(T) = o (III.18)
fazendo na equação acima,v =(Q/a) x (II1.19), e chamando:
r =
1/2(III.20)
chega-se a equação diferencial de Bessel de ordem r,
2
dv' dvg -_ (III. 21)
A definição de r torna improvável que seu valor seja
um número inteiro; assim a solução geral de (III.21) é:
g ( v ) - c 1 j r ( v ) + c 2 J _ r ( v ) (111.22)
onde C, e C« são constantes de integração e J (v) a função de
Bessel de primeira classe de ordem r, definida pela série:
70
í-n n fv/2)( >
j (v) = Z —LJJ [HÂl (III.23)n = 0 nl r (r + n + 1)
onde r(x) representa a função gama de x e n é um contador.
A solução (III.22) deve ser posta como função da va-
riável íl, definida em (III.3), que possui significado físico me-
lhor definido que g. Assim,após alguns artifícios matemáticos, obtém - se
a solução geral da equação diferencial para o escoamento de flu_i
do durante a transição em convecção forçada em um circuito com
bombas hidráulicas.
! Jr(v) + C J (v)ft(v) = 0 { — + — } (III.24)
2v Jr(v) + C J_r(v)
onde C = C~/C, (III.25) é a constante de integração da equação di
ferencial de primeirü ordem (III.14), cuja solução se procura.As
derivadas das funções de Bessel de primeira classe , são da -
das por:
J r(v) = (r/v) J r(v) - 0 r + 1 ( v ) (III.26)
«L r(v) = (r/v) J_ r(v) + J . ( r + 1 ) ( v ) (III.27)
e a solução {III.24) fica sendo:
- B (i^-1 - ^ - ( ^ ^ ) ) } (IH.28)2v J (v) + C J (v)
Com a constante de integração (C) sendo calculada a
partir da condição inicial: "O circuito funcionando em regime per
manente, convecção forçada (t = 0), tem-se a razão entre a vazão
atual e a vazão inicial igual a 1 (íl = 1)". Assim:
71
J r ( v Q )
J-(r+l)<vo>
(III.29)
onde: ç » fã (2r + 1) - 2 1/(26) (III.30)
com (v ) sendo obtido a partir de (III.19) coin (t = 0) .
CIRCUITO COM A VÁLVULA DE BLOQUEIO ABERTA.
No circuito de refrigeração primária do R.P. R. ao
se desligar as bombas hidráulicas, a válvula de bloqueio na en -
trada do "plenum" inferior deve permanecer aberta (ela, normal -
mente, sõ é fechada em caso de rompimento do circuito) e o arre-
fecimento do núcleo deverá ser feito com o fluido percorrendo to
do o circuito primário de refrigeração. No instante do desliga -
mento das bombas (t = 0) a vazão de refrigerante no circuito é
W = 72,2 Kg/s (Quadro II.4), com distribuição de temperatura mi
dia do fluido mostrada na figura (II.5), e uma variação total do
fator hidrostático, (pAZ) , dado por:
= (pAZ)cp + (pAZ)R =
= 823,5 - 793,4 = 30,1 kg/m2 ( I I I . 31 )
e uma r e s i s t ênc i a normalizada ao escoamento equivalente do c i r -cui to (K ) , dado por:
« = KD + KrD + KDI = 398 + 3347+15135 =
= 18830 m"4 ( I I I .3? . )
72
Os componentes do circuito primário de refrigeração
que possuem dimensões relevantes no cálculo da razão entre o
comprimento equivalente (L) e a área de escoamento equivalente,
(A f), são apresentados no quadro (III.1). o valor de (L/Af)éob
tido através de uma composição entre as relações (G.10) , vali -
das para circuito em paralelo, e (G.14) válida para circuitos em
série, e com o fluido percorrendo o circuito de refrigeração em
convecção forçada, é dada por:
(-k., . • ,-L., + ,-k., • ,_L, •A
,
) T =,8,71 + 1,89 + 1,82) x 10"2v
0,800
-1
(6i00_) + (JJS88_) + {_ltJ0_) 32
0,197 2,78 5,94 3,14 x 10'
= 1057 m-1
(III.33)
A temperatura média do poço do reator, tomada como
referência, é T p R = 34°C. O valor da constante 3 no circuito é:
2 p' g(pAZ)
18880 x 72,2"
= 5,97 x 10"3(3 = 7,72 x 10~2) III.34)
meia vida deste circuito (t. ) de refrigeração é:
_ 2 p ' ( L / A f ) _ 2x994,3xX l * i - - — i ir i
1057
KoWo 18880x72,2= 1,54 s ( I I I . 3 5 )
73
QUADRO 11 I.I DIMENSÕES DE
PRIMÁRIO
COMPONENTE
Canais entre varetas combus-
tível (c)
Canal central
Canal anular
Poço do Reator
(cc)
(g)
(PR)<Z>
Trocador de Calor (TC)
Tanque de Retenção (TR)
Tubulação (T)
: COMPONENTES
L (m)
0,800
1,70
6,00
1,88
32,0
DO Cl
8,
1,
1,
3,
RCUITO
Af(mZ)
71 x IO'2
89 x IO"2
82 x IO"2
5,94
0,197 (
2,78
14 x IO" 2
(D
3)
(1) Srea equivalente aos 1575 canais entre varetas de combus-
tível .
(2) Considerando como altura efetiva do poço, a altura entre
o reator e o local onde a tubulação entra no poço prove-
niente do circuito externo.
(3) Area equivalente aos 1377 tubos do trocador de calor.
74
e como para as bombas hidráulicas "ETA 150-26", presentes no
circuito, a meia-vida de bombeamento e t = 0,275 S (E.36), a
constante a deste circuito é:
a = tL/tp = 1,54/0,275 = 5,60 (III.36)
A ordem r da função de Bessel, neste circuito va -
le:
= ( g 2 •»• 1 , 1 ) l / 2 . ( 1 + 5,97 x 10~3 h y / 2 _
Q2 4 5,60Z 4
= 0,531 ( I I I . 3 7 )
a constante ç usada no cálculo da constante de integração C
vale:
fo (2 r + 1) - 2~| ["5,60 (2 x 0,531 + 1) -2~]
2 6 2 x 7,72 x 1O-2
= 61,75 (III.38)
A constante de integração C, calculada pela equa -
ção (III.29), e o comportamento da vazão (Í2) durante a trans^
ção em convecção forçada com a válvula de bloqueio aberta, oL
tida pela equação (III.28), são obtidos através do programa pa
ra a calculadora "Texas TI-58" apresentado no Apêndice (F.b).
A constante de integração vale C = 0,04383 (III.39); o com -
portamento da va/.ão (ü) e da potência do reator ( ) no tempo
durante esta fase da transiçãc é mostrado no quadro (III.2).A
convecção natural predomina no circuito (tempo de reversão)
t^ = 30,89 s (III.40) após o desligamento das bombas (edorea
tor) .
75
QUADRO ( I I I . 2 ) TRANSIÇÃO EM CONVECÇAO FORÇADA COM
VflLVULA DE BLOQUEIO ABERTA
a
1 ,000
0,900
0,800
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
t (s)
o <D
0,33
0,59
0,90
1,30
1,85
2,64
3,92
6,35
12,31
30,89 ( 2 )
1 ,00000
-
-
-
0,05805
0,05748
0,05669
0,05554
0,05367
O.C5O22
0,04409
(1) Convecçao forçada - regime permanente;
(2) Instante da reversão do escoamento.
76
CIRCUITO COM A VÁLVULA DE BLOQUEIO FECHADA.
O fechamento da válvula de bloqueio, ã saída do
"plenum" inferior do R. P. R. (programado ou não) acarreta fe
nomenos no circuito, como o chamado aríete hidráulico, que
tornam impróprio o uso da equação (F.25) para o cálculo de
suas variações de pressão. O aríete hidráulico consiste em
uma batida na linha quando uma coluna de fluido ê subitamente
parada, acarretando um acréscimo de pressão associada ã desa-
celeração do fluido, com parte da energia cinética do fluido
em movimento, sendo consumida na deformação elástica das pare
des do tubo e na compressão do fluido. O fluido se . comporta
como um piston com o aumento de sua pressão, correspondendo
ao efeito de inércia deste "piston". Estes efeitos dificultam
o estudo da transição, em convecção forçada no circuito, fu -
gindo aos objetivos de estudo desta dissertação. Estes fenôme
nos, geralmente, são de curta duração e será considerado,quan
do necessário, que a convecção natural predomina no circuito
(temoo de reversão), 1,00 S após o fechamento da válvula de blo
queio (e desligamento do reator).
77
PUW)
10.000
40001
&000
rooo
P.*4000kWP(l,00)-C33.9bWPO0.M)>l7«.4hW
FIGURAIII-I-VARIAÇÃO DE POTÊNCIA DOR.PR.APO's SER DESLIGADO
W.«72.8kB/e
VSO.ttt
FIGURA 111-2- VAZÃO DE FLJÜIDO ARREFECEDOR NO R.PR. DURANTE A TRANS1ÇAO EM CONVECÇAO FORÇADA COM A VÁLVULA DE BLO •QUEIO ABERTA.
79
CAPITULO IV
\
REFRIGERAÇÃO DO R. P. R. EM CONVECÇAO NATURAL
A - INTRODUÇÃO.
No Capitulo III estudou-se o regime transitório
em convecção forçada, iniciado pelo desligamento do reator
e da bomba de circulação, com o objetivo de estimar a potên-
cia do reator ao se estabelecer a convecção natural. Com os
dados obtidos ê possível avaliar a adequação do mecanismo de
convecção natural na remoção do calor residual gerado pelo
decaimento radioativo dos produtos de fissão.
Na realidade, a sucessão de eventos iniciada com
o desligamento do reator e da bomba é bastante complexa: a
temperatura da água no núcleo decresce inicialmente, devido
ã rápida queda de potência do reator e ã variação mais len-
ta da vazão da água, voltando a subir nas vizinhanças da r£
versão do sentido de escoamento, quando a vazão tende a ze-
ro e a potência decresce lentamente, podendo então ocorrer
a ebulição da água. Devido ã baixa potência doreator(~230 kW) ,
a aceleração da retirada de calor acarretada pela ebulição
e a condensação do vapor logo acima do núcleo (ou mesmo na
sua porção superior), parece pouco provável que se configu-
re uma situação de risco para a integridade do combustível.
Neste capítulo determina-se a temperatura máxima
no revestimento do combustível, em regime permanente de cori
vecção natural nas hipóteses da válvula de bloqueio permane
cer aberta ou fechada. Avalia-se, de forma simplificada, a
potência máxima que o reator poderá trabalhar em convecçãona
tural.
80
B - PARÂMETROS DE CONVECÇfiO NATURAL.
Para calcular o coeficiente de transferência de
calor em convecção natural a bibliografia levantada (3, 5 ,
6, 7, 8, 9, 10, 26, 27, 28, 29, 30 e 33)se refere a configura -
ção de escoamento muito diferentes das vigentes no R. P. R.
seja pela natureza do fluido arrefecedor (gás), pela potên-
cia das varetas, pela diferença típica de temperatura entre
as paredes e o fluido ou ainda pelo confinamento do feixe .
Na falta de informação mais recentes, o coeficiente de trams
ferência de calor (h) será obtido através de uma relação em
plrica que calcula o número de Nusselt (Nu) para fluidos não
metálicos ascendendo lentamente em dutos
Nu = — = 0,067 Gr 1 / 3 Pr 0' 4 3 (IV. 1)k(Tf)
válida no intervalo 3 x 10 - Gr Pr < 10 ,onde:
L = altura aquecida do canal.
k(Tx) = condutividade térmica do fluido.
Pr = número de Prandlt.
Gr = número de Grashof, dado por:
L39 3(Tf) (T - Tf)Gr = L ü 1 (IV.2)
o (Tf
com:o
g = 9,81 m/s - aceleração da gravidade.
B (Tr) - coeficiente de expansão volumétrica do
fluido.
81
v(Tf) - viscosidade cinemâtica do fluido.
(T.) - temperatura média do fluido no canal.
(T ) - temperatura da parede.
A correlação (IV.1) dá para o reticulado aproxi-
madamente triangular do Triga (r - 1.2) resultados compatl -
veis com a experimentação (29, 30) .
A equação de perda de pressão, desenvolvida no
Apêndice F, em regime permanente de escoamento, para um cir-
cuito que não contenha bombas se reduz a:
Ap = -KJL + g (pAZ) • (IV.3)2 p1
onde K é a resistência normalizado ao escoamento do trecho ,
p' densidade do fluido na temperatura de referência e (p&Z)é
o fator hidrostático do trecho com p sendo a densidade média
do fluido no trecho e AZ a variação da cota entre a entrada
e a saída do trecho. Para um circuito fechado:
= 0 (IV.4)
e se o circuito é composto de vários trechos como o caracte-
rizado em (IV.3):
E Ki W? + 2p' g l p.j AZi - 0 (IV.5)
A semelhança formal entre esta equação e a lei
de Ohm para circuitos fechados permite tratar o circuito hi-
dráulico pelo algoritmo de Kirchhoff relacionando a vazão e
a perda de pressão dos trechos. Em trechos do circuito que
contenham deiivações aplica-se o conceito de resistência equi
82
valente, como exposto no Apêndice G, que torna possível repre
sentar o circuito como sendo composto de trechos em série e es
crever:
K W2 + 2p' g (pAZ) = 0 (IV.6)
onde K ê a resistência ao escoamento equivalente do circuito
e a somatória no segundo termo, por brevidade é substituidape
los parênteses e passa a ser denominada de fator hidrostãti-
co do circuito (pAZ). o cálculo das vazões se reduz então ã re
solução de circuitos compostos por resistências e "hidromctân
cias", sendo pois ponto de partida a identificação destes ele
mentos dos circuitos.
As resistências ao escoamento dos circuitos envoi,
vidos neste trabalho foram calculadas no Capítulo II para o
regime de circulação forçada. Na circulação natural sob gra -
dientes de temperatura moderados (por exemplo, no canal de rea
tor o gradiente é da ordem de 50°C/m) as velocidades de escoa
mento são da ordem de grandeza do cm/s e o regime de escoamen
to poderá se apresentar como laminar em trechos de pequeno dia
metro equivalente, como o são os canais de combustível e o
volume anular que separa o núcleo do refletor externo. Portan
to é necessário partir de hipóteses sobre o regime de escoa -
mento para calcular as resistências e reiterar os cálculos ca-
so se verifique "a posteriori" a inadequação do suposto. Nes-
ta situação, variações de pressão e coeficientes de transfe -
rência de calor deverão ser calculados através do formalismo
baseado no conceito do diâmetro equivalente que requer o uso
de correlações específicas de cada configuração de escoamen -
to.
A perda de pressão em convecção natural tem sido
extensamente estudada, para feixes confinados, em conexão com
a estocagem de elementos de combustível irradiados (24, 25,26,
27 e 28). Para feixes não confinados e na geometria que inte-
rassa a este trabalho não se encontrou referência específica.
Infore-Sf, do artigo de Rehme , a possibilidade de se assi
83
milar o sub canal de feixe não confinado a sub-canal central
de feixe confinado cuja configuração de escoamento fica def_i
nida pelo número de Reynolds (Re) e pela razão entre o passo
de reticulado (SJ e o diâmetro da vareta (d ).
= SD/d. (II.3)
O fator de atrito (f) que se avalia no regime Ia
minar, em tubos de seção circular, pela conhecida lei de Ha-
gen-Poiseuille (veja equação D.2), torna-se fortemente depen
dente de parâmetros geométricos do "canal" que se associa a
um tipo de reticulado de varetas de combustível (quadrado,he
xagonal, e t c ) . Nos canais entre varetas de combustível do
R. P. R., r1 = 1,18 (II.3), e o fator de atrito em regime Ia
minar no feixe não confinado será calculado por :
onde:
Re
134 w.Rec -
M(T)
(IV.7)
(11.36)
com:
p(T) sendo a viscobidade do fluido arrefecedor.
w a vazão mássica no canal entre varetas de com
bustível, dada nor:
wc " (IV.8)
sendo:
ty(t) - razão entre a potântia atual c a potência
inicial da vareta de combustível.
p - potência inicial da vareta.
84
Tçr - temperatura de saída do canal.
ler ° 34 C - temperatura de entrada do canal.
C = 4,174 kW.s/kg °C - Calor específico do flui.
do.
A resistência normalizada ao escoamento em um
canal entre varetas de combustível(K ) é obtido através da
relação (11.38) com o fluido em regime laminar por:
K (nf4) = :' 7 5 » l p 1 1 - 3,88 x IO8
P (TSR)
{ 9,38 x IO6 + 1,26 xWc
x IO13 v(TSR) } (IV.9)
onde P(Trn) é a densidade do fluido e v(T<-n) a viscosidade ei
nemática do fluido. A resistência ao escoamento associada a
todos os n canais do núcleo (KJ é dada por:
(IV.10)
onde K é a resistência ao escoamento no canal do reator re-
lacionado a vareta de combustível de potência média.
Em convecção natural o fluido proveniente do ca-
nal anular (g) e do canal central (cc) que estão a 34 C, e
do circuito de refrigeração externo ao reator se misturam no
"plenum" e entram nos canais entre as varetas de combustível
promovendo seu arrefecimento. A mudança de direção de escoa-
mento do fluido proveniente do canal anular e canal central
será representada como uma "Curva a 180° (sem retorno)" ,
KIQQ = 1,5 (Quadro II.5), a ser adicionada às resistências ao
85
escoamento destes canais.
O canal anular possui a forma aproximada de um
anel cilíndrico, com Re = 1680 W (11.48). Cálculos prelimi
nares mostram que,nas condições de fcncionamento do R. P. R.,
em convecção natural, o regime de escoamento do fluido no ca-
nal anular pode estar na transição, mas de modo geral perma-
nece na região laminar. Nesta geometria o fator de atrito(f )
(14 9
( _ 9 6 _ = 0,0572
9 Reg Wg
e a resistência normalizada ao escoamento no canal anular(K ),
obtida através da relação (11.52), é dada por:
Kn(m"4) - 1,06 x IO5 f +
9 9 r Adg Afg
-2 2 ~onde A- = 1,82 x 10 m (11.47), W e a vazão massica no
• y J
canal anular e Cj é o coeficiente de descarga nos orifíci-
os na placa de saída do canal anular que é obtida através da
figura (D.2)
os dado por:
figura (D.2) com B = 0,60 e número de Reynolds nos orifíci-
Re. = 1699 W (11.51)
As correlações (IV.7) e (IV.11) são conservado -
ras em comparação com a fórmula de Hagen - Poiseuille(D.2),
pois conduzem a maior perda de pressão e portanto a menor va -
zão.
0 canal central tem forma cilíndrica com Re =4 CG
1,10 x 10 Wcc (11.41); cálculos preliminares mostram que,
86
nas condições de funcionamento do R. P. R. em convecção natu-
ral o escoamento do fluido neste canal ê turbulento, sendo o
fator de atrito (fcc) obtido através da equação (D.3):
fcc = 0,00560 + 0,0255 W c c"0' 3 2 (IV.13)
A resistência normalizada ao escoamento no canal
central (K ), através da relação (11.45), é dada por:
Krr(»"4) = 1,44 x 104 fcc
„ ^ (IV. 14)cc ud
-2 2onde A, = 1,89 x 10 m (11.40), W é a vazão mássica no
canal central e L é o coeficiente de descarga nos orifíci-
os na placa de saída do canal central que é obtido através da
figura (D.2) com B = 0,70 e número de Reynolds nos orifíci-c c
os dado por:
Re f c c = 1,58 x IO4 Wcc (11.44)
Neste trabalho será considerado que ao se atingir o
regime permanente em convecção natural o circuito primário de
refrigeração externo do R. P. R. forma um circuito isotérmico
à temperatura de 34°C. Nos tubos do trocador de calor o flui-
do escoa, isotermicamente e concorrente com o fluido do casco
que, também, manterá constante sua temperatura média, T, =
= 30 C, não importando o que venha a acontecer ãs vazões no
circuito primário e secundário. Nestas condições a temperatu-
ra média de parede dos tubos do trocador de calor é (T )». =
= 32,0°C (por E.2) o que implica 0t = 0,9945. O número
de Reynolds nos tubos do trocador de calor obtido de (11.58) é:
87
Re T C = 92,4 U (IV.15)
Cálculos preliminares mostram que o escoamento no
interior dos tubos do trocador de calor ê laminar e o fator
de atrito (f-rr) ® obtido através da equação de Hagen-Poise -
uille.
fTr = —Hi- = ?-i22± (IV.16)R e K W
e a resistência normalizada ao escoamento nos tubos do troca
dor de calor em regime permanente de convecção natural será
dada por:
K J C = 7.989/W (IV. 17)
com W sendo a vazão do fluido arrcfcccdor no circuito exter-
no ao R. P. R. A perda de pressão no interior do tanque de
retenção, como pode ser testado através da equação (11.59)»é
desprezível em relação ao restante do circuito. O número de
Reynolds nas tubulações do circuito externo é obtido a par -
tir de (I". .63) como sendo:
ReT = 8.583 W (IV.18)
em regime permanente de convecção natural. Cálculos preliminares
mostram que o escoamento nas tubulações é turbulento, assim
a resistência ao escoamento nas válvulas e conexões do cir -
cuito apresenta valor constante de K = 17.358 m (IV.19) ,
calculada a partir de (11.64), e a resistência ao escoamento
devida a contrações e expansões também apresenta valor cons-
tante de K-E = - 695 m (IV.20), calculada a partir de
(11.68); já o fator de atrito nas tubulações (f,) é obtido
a partir da equação (D.4).
88
fT = 0,0140 + 0,0235 W" 0 > 4 2 (IV.21)
que substituído em (11.62) fornece a resistência normalizada
ao escoamento nas tubulações(KT):
KT = 2.282 + 3.335 W~0*42 (IV.22)
A resistência normalizada ao escoamento equiva -
lente ao circuito primário externo ao R. P. R. (K) eiu regime
permanente de convecção natural é dada por:
K =
(IV.23)= 18.945 + 1-^^- +
Na refrigeração do R. P. R. em regime permanente
de convecção natural o interior do núcleo, com sua temperatu
ra variável devido ao calor de decaimento residual consti -
tui a "perna quente" do circuito, enquanto o restante do cir-
cuito de arrefecimento permanecendo ã temperatura do poço
do reator (34 C) constitui a "perna fria" do circuito. Es_
ta diferença de temperatura i o agente propulsor da convec -
ção natural no circuito, de modo que nos dois mecanismos de
arrefecimento do núcleo do R. P. R. estudado (válvula de blo
queio aberta ou fechada), o fator hidrostático em convecção
natural (pAZ)^ deduzido a partir de (11.28), (11.29) e (11.30)
com a convenção de sinal adequada, usado no cálculo da varia-
ção total de pressão estática do circuito, é dado por:
( P A Z ) N = 0,4 p(T S R ) - 397,7 (kg/m 2) (IV.24J
89
onde p(Trn) é a densidade do fluido ã temperatura de saldado
reator(T$R)
Os circuitos hidráulicos que promovem a refrige-
ração do R. P. R. em convecção natural escritos na forma apre
sentada em (IV.6), formam um sistema de equações, que junto
com a equação da continuidade,
WN - E W. (IV.25)
permite o cálculo das vazões nas diversas partes río circuito
(Wj, = vazão no núcleo do reator) .
O formalismo até aqui apresentado permite a ob -
tenção da vazão de fluido arrefecedor necessário para refri-
gerar o canal "médio" do reator (w ). O cálculo da temperatu
ra máxima de parede (T - ), conforme exposto no Apêndice C,
entretanto é feita para o canal "mais quente" do reator. A
relação entre os canais "médio" e "mais quente" do R. P. R.
(uma vez conhecidas a vazão (w ), a resistência normalizada ao
escoamento (R ) e a temperatura de saída (Tj.) no canal "mé -
dio", e, considerando que a razão entre a potência da vareta
"mais quente" e da vareta "média" (r = 1,54 (B.ll)) se mante-
nha inalterada após o desligamento do reator) é obtida apli-
cando-se 3 estes canais as leis de Kirchhoff para circuitos
hidráulicos. Assim chega-se a equação:
( V 5 x 10 . 3,88 x IO8 ) w2 + (9,38 x IO6 +P (Tso)
+ 1,26 x IO13 v (Tso))w0-Kcx(w}2 +
+ 7803(p(TS0) - P(TS))= 0 (IV.26)
onde w é a vazão no canal "mais quente" e T g a temperatu-
ra de saida do fluido.
90
A rotina I, descrita a seguir, permite calcular a
temperatura máxima de parede no R. P. R.
1 - Substitua em (IV.26) os valores conhecidos.
2 - Calcule a potência da vareta "mais quente" (p ), sendo
pv a potência da vareta "média".
P v o = r pv = 1,54 pv (IV.27)
3 - Arbitre um valor para a temperatura de saída do canal
"mais quente" (T<-0) e obtenha as propriedades físicas do
refrigerante.
4 - Substitua, p ij>(t), em (IV.8) pelo valor obtido em (IV.27)
e calcule a vazão (w ).
5 - Substitua os valores encontrados em (3) e (4) na equação
(IV.26), se o resultado encontrado for:
- maior que zero a temperatura arbitrada é baixa,volte pa
ra (3);
- menor que zero a temperatura arbitrada ê alta,volte pa-
ra (3);
- igual a zero a temperatura arbitrada é correta.
6 - Calcu.le a temperatura média do fluido no canal (Tj«):
1 -. _ii> + 17 (IV.28)
e obtenha as propriedades físicas do refrigerante.
7 - Arbitre um valor para a temperatura máxima de parede(TWQ).
8 - calcule o coeficiente de transmissão de calor (hQ) a par-
tir de (IV.1) .
9 - Calcule a temperatura máxima de parede (Two) através da
91
relação deduzida no Apêndice C:
0,120 p
+
wo
3,720 x IO5 w*
1 + 1,035 ( 1 +
(IV.29)
10- Repita os passos de (7) a (9) até que o valor arbitrado
em (7) seja encontrado em (9).
A condição adotada neste trabalho para saber se
um mecanismo de refrigeração pode ou não ser usado no arrefe-
cimento do R. P. R. é da temperatura máxima de parede no ca -
nal "mais quente"(T) ser inferior a 110°C.mix
C - REFRIGERAÇÃO DO R. P. R. CM CONVECÇAO NATURAL COM A VAL -VULA DE BLOQUEIO ABERTA.
Se as bombas de circulação do circuito primariode
refrigeração do R. P. R. são desligadas, sem que haja necess^
dade de fechar a válvula de b^íueio, o reator deve ser auto-
maticamente desligado e a remoção do calor residual feita por
convecção natural após o período de transição estudado no Ca-
pítulo III. Aplicando as "leis de Kirchhoff" a este sistema ,
observa-se que a refrigeração do núcleo, em convecção natural,
com a válvula de bloqueio aberta será obtida através de 3 cir-
cuitos :
Circuito a - formado pelos 1.575 canais entire varetas de com -
bustível e o j«nal anular.
Circuito b - formado pelos 1.575 canais entre varetas de com -
bustível e o canal central.
K
K
K
W
9
cc
c
N
W2
gw2
cc-2wc
=
Circuito c - formado pelos 1.575 canais entre varetas de com -
bustível e o circuito de refrigeração externo ao
R. P. R.
A figura (II.Ia) mostra esquematicamente estes cir
cuitos . nos quais as resistências (K) e as vazões (W) são obtidas
através do sistema de equações (extraido de IV.6)):
(IV.30a)
(IV.30b)
* ° (IV.30c)
n wr = W n + V + W (IV.30d)
onde w é igual a vazão no canal entre vareta de combustível
média.
A solução deste sistema de equação é obtida se -
guindo-se a rotina II:
(1) - Arbitre o valor da vazão no circuito externo ao rea
tor (W).
2
(2) - Calcule o valor de K.W a partir da equação (IV.23).
(3) - Substitua o valor encontrado em (2) nas equações (IV.30).
(4) - Arbitre um valor para C . na equação (IV.12).
(5) - Substitua o valor encontrado em (4) na equação (IV.30a).
(6) - Calcule a vazão no canal anular (W ) .
(7) - Calcule Cd com a ajuda da figura (D.2), se este valor
for diferente do arbitrado em (4), volte a este item.
(8) - Arbitre um valor para CJ na equação (IV.14).
(9) - Substitua o valor encontrado em (8) na equação (IV.30b).
(10)- Calcule a vazão no canal central (W ).
(11)- Calcule Cd com a ajuda da figura. (D.2) , se eite va -
lor for diferente do arbitrado em (8), volte a este
item.
93
(12)- Calcule a vazão no canal entre varetas de combustível
"média" (wc) através de (IV.30d).
(13)- Com o tempo de reversão de escoamento (tR) obtido no
Capítulo III, (III.40), calcule através da equação
(III.1) a potência na vareta de combustível "média"nes_
te instante.
(14)- Calcule a temperatura de saída do fluido arrefecedor ,
no canal "médio", (T<-) a partir da equação (IV.8) e ob
tenha as propriedades físicas do refrigerante.
(15)- Calcule o valor de (pAZ) através da equação (IV.24).
(16)- Calcule o valor de K w a partir da equação (IV.9).
(17)- Substitua o valor encontrado em (16) na equação(IV.30c),
se o resultado for:
- maior que zero a vazão arbitrada é alta, volte para
o item (1);
- menor que zero a vazão arbitrada ê baixa, volte para
o item (1);
- igual a zero a vazão arbitrada está correta.
(IB)- Uma vez conhecidos os valores característicos do ca -
nal "médio", através da "rotina I" obtem-se os valores
característicos do canal "mais quente" e a temperatura
máxima de parede no R. P. R., (T,,)_- .
w ni a x
Os resultados obtidos pela "rotina II" nos cálculos en
volvendo a refrigeração do R. P. R. em convecção natural com
a válvula de bloqueio aberta são apresentados a seguir:
VAZÃO NO CIRCUITO EXTERNO AO REATOR - W = 0,795 kg/s.
VAZÃO NO CANAL ANULAR - W = 0,915 kg/s.
VAZÃO NO CANAL CENTRAL - W,.. = 0,870 kg/S.
- VAZÃO NO NOCLEO - W^ = 2,580 kg/S(IV.31)
TEMPO NECESSÁRIO PARA REVERTER 0 ES-
COAMENTO (INÍCIO DA CONVECÇÃO NATU -
RAL) - tR 30,89 s.
94
- Potência Residual do Reator - P = 176,4 kW
- Resistência Normalizada ao Es~ 4-4
coamento no Canal Anular - K = 2,515 x lü n9 (IV.32)
- Resistência Normalizada ao Es- 4-4
coamento no Canal Central - K = 2,777 x 10 mcc (IV.33)
- Resistência Normalizada ao Escoamento no Circuito Externo
K = 3,3(IV.34)
ao Reator - K = 3,320 x IO4 nf4
- Resistência Normalizada ao Escoa --4mento Equivalente ao Núcleo - K,. = 4.263 m
Os valores característ' ~':~ 9ri o canal "médio" e pa
ra o canal "mais quente" do R. P. R. são apresentados no Qua
dro (IV.1). Nestas condições o coeficiente de transmissão de
calor no canal "mais quente" é h = 0,512 kW/ C m e a tem-
peratura máxima de parede é (T ) - = 70,8 C, mostrandoque
este mecanismo é capaz de arrefecer o R. P. R. nos limites de
segurança.
NOTA: 0 coeficiente de descarga nos orifícios de saída do
canal anular é C . = 0,73 e o coeficiente de descar-
ga nos orifícios de saída do canal central ê C. c = 0,62.
QUADRO
(IV.1)
REFRIGERAÇÃO DO R. P. R. EM
CONVECÇAO NATURAL COM A VAL_
VULA DE BLOQUEIO ABERTA
Potência (kW) (py)
Temperatura de salda
do fluido (°C) (Ts)
Temperatura média do
fluido (°C) (T)
Vazão do fluido (kg/s) (w )
Resistência normaliza~~ -4da ao escoaraento(K ) (m )
Fator hidros tático (pAZ) (kg/m )
VALORES CARACTERÍSTICOS DO CANALCANAL "MÉDIO"
0,112
50,4
42.2
1,639 x IO"3
1,057 x IO 1 0
- 2,53
CANAL "MAIS QUENTE"
0.173
52,9
43,5
2,191 xlO"3
7,949 xIO 9
- 3,03
tn
D - REFRIGERAÇÃO DO R. P. R. COM A VÁLVULA DE BLOQUEIO
FECHADA.
No caso de um acidente que ocasione vazamento no
circuito primário de refrigeração, a válvula de bloqueio deve
ser automaticamente fechada e o reator e as bombas de circula
ção desligadas e a remoção do calor residual feito por convec
ção natural apôs o período de transição descrito no Capitulo
III. Aplicando-se a este sistema as "leis de Kirchhoff", ob -
serva-se que a refrigeração do núcleo, em convecção natural ,
com a válvula de bloqueio fechada será obtida através de 2
circuitos: (Fig. Il.l.b).
Circuito a - formado pelos 1575 canais entre varetas de com -
bustível e o canal anular.
Circuito b - formado pelos 1575 canais entre varetas de com -
bustível e o canal central.
Este mecanismo, também, chamado de "Recirculação In
terna", tem suas resistências (K) e vazões (W) determina -
das através do sistema ds equação (extraídas de (IV.6));
K Wg + Kc vi2c + 2 g p'(pAZ) = 0 (IV.36a)
Kcc W L + Kc "c + 2 9P'(P A Z) = 0 (IV.36b)
WN - n wc= W c c + W g (IV.36C)
A solução deste sistema de equação é obtida seguin
do-se a rotina III:
(1) Obtenha a potência da vareta de combustível "média".
(2) Arbitre a vazão do núcleo (W N).
(3) Calcule a vazão do canal entre varetas de combustível "mé-
dio" (w ) através da primeira igualdade em (IV.36c).
97
(4) Calcule a temperatura de saída do canal "médio" (Ts) a pa£
tir da equação (IV.8) e obtenha as propriedades físicas do
refrigerante.
_ o(5) Calcule o valor de K (w) a partir da equação (IV.9).
(6} Calcule o valor de 2 p* g(pAZ) a partir da equação (IV.24).
(7) Substitua os valores encontrados em (5) e (6) no sistema
de equação (IV.36).
(8) Arbitre um valor para Cd na equação (IV.36).
(9) Substitua o valor encontrado em (8) na equação (IV.36a).
(10) Calcule a vazão no canal anular (W ).
(11) Calcule C. com a ajuda da figura (D.2), se este valorfor
diferente do arbitrado em (8), volte a este item.
(12) Arbitre um valor para C. na equação (IV.14).
(13) Substitua o valor encontrado em (12) na equação (IV.36b).
(14) Calcule a vazão no canal central(W ).
(15) Calcule C. com a ajuda da figura (D.2), se este valor
for diferente do arbitrado em (12), volte a este item.
(16) Calcule a vazão no núcleo (W.,) a partir da segunda igual-
dade de (IV.36c).
(17) Compare o resultado encontrado em (16) com (2), se:
- (16) > (2) a vazão arbitrada é pequena, volte a (2).
- (16) < (2) a vazão arbitrada ê grande, volte a (2),
- (16) = (2) a vazão arbitrada está correta.
(18) Uma vez conhecidos os valores característicos do canal"mé
dio" através da "rotina I" obtém-se os valores característi -
cos do canal "mais quente" e a temperatura máxima de pa-
rede no R. P. R., ( T W ) B - X .
Os resultados obtidos pela "rotina III" nos cálcu-
los envolvendo a refrigeração do R. P. R. em eonvecção natural
com a válvula de bloqueio fechada são apresentados a seguir:
- vazão no núcleo: W = 2,566 kg/s (IV.37)
98
- Potência residual do reator
(t = 1 seg): P = 233,5 kW
- Vazão no canal anular: W = 1,325 \~ ~>.
- Vazão no canal central: ^rc~ ^ »241 kg/s.
- Resistência normalizada ao4 -4
escoamento no canal anular: K = 2,433x 10 m (IV.38)
- Resistência normalizada ao4 -4
escoamento no canal central: K =2,773x10 m (IV.39)
- Resistência normalizada ao
escoamento equivalente do
núcleo: KN= 4,157 m"4 (IV.40)
Os valores característicos para o canal "médio" e
para o canal "mais quente" do R. P. R. são apresentados no Qua
dro (IV.2). Nestas condições o coeficiente de transmissão de ca
lor no canal "mais quente" é h = 0,562 kW/ C m e a tempera-
tura máxima de parede é (T ) - =79,5 C, mostrando que este
mecanismo é capaz de arrefecer o R. P. R. nos limites de segu-
rança .
NOTA; 0 coeficiente de descarga nos orifícios de saída do ca -
nal anular é C. = 0,70 e no canal central é C . = 0,62.
QUADRO
(IV.2)
REFRIGERAÇÃO DO R. P. R. EM CONVECÇAO
NATURAL COM A VÁLVULA DE BLOQUEIO FE-
CHADA
Potência (kW) (py)
Temperatura de salda do fluido( C) (T<-)
Temperatura média do fluido (°C) (f)
Vazão do fluido (kg/s) (wc)
Resistência normalizada ao escoa -
mento (m~4) (Kc)
Fator hidrostãtico (kg/m ) (pAZ)
VALORES CARACTERÍSTICOS DO CANAL
CANAL "MÉDIO"
0,145
55,0
44,9
1 ,629 x I O " 3
1,031 x I O 1 0
- 3,59
CANAL "MAIS QUENTE"
0,229
58,5
46,2
2,242 x IO"3
7,540 x 10 9
- 4,12
VO
100
E - LIMITE OPERACIONAL DO R. P. R. EH CONVECÇfiO NATURAL.
O funcionamento do R. P. R., em baixa potência, po
de utilizar a convecção natural com circulação ascendente do
refrigerante no núcleo para remover o calor residual liberado
pelos produtos de fissão, mantendo desligadas as bombas de cir
culação. Na busca dos limites operacionais do R. P. R., em
circulação natural, considera-se o arrefecimento do núcleo
através do mecanismo de recirculação interna (válvula de blo-
queio fechada), porque esta é a situação mais desfavorável.
O valor limite da potência do R. P. R., funcionan-
do em convecção natural, é obtido variando-se o valor da po -
tência da vareta de combustível "média" (considerando-se que
a razão entre a potência da vareta "mais quente" e a vareta
"média", r = 1,54 (B.ll), se mantém constante na rotina III)
até que se atinja na parede da vareta "mais quente" a tempera
tura limite de (T ) - = 110°C. Os valores obtidos através des
te processo são apresentados a seguir:
- POTÊNCIA LIMITE DE OPERAÇÃO DO R. P. R. ,
EM CONVECÇÃO NATURAL:
- VAZÃO NO CANAL ANULAR:
- VAZÃO NO CANAL CENTRAL:
- - VAZÃO NO NÜCLEO:
Os valores característicos do canal "médio" e do
canal "mais quente" são mostrados no Quadro (IV.3). Com esta
potência e vazões obtem-se para o canal "mais quente" do
R. P. R., T = 110°C e h = 0,716 kW/°C m2.w o
p =
VWcc^
WN =
51
1,
1,
3,
7 kW
874
741
615
kg/s
kg/s
kg/s
QUADRO
(IV.3)
LIMITES OPERACIONAIS DOR. P. R.
Potência (kW)
Temperatura de salda do
fluido (°C)
Temperatura média do
fluido (°C)
Vazio do fluido (kg/s)
(Pv)
(V
(T)
(wc)
CANAL
0
68
51
2,295
VALORES"MÉDIO
,328
,3
,1
x IO"3
CARACTERÍSTICOS DOti CANAL "MAIS
0,507
71.9
52,9
3,208 x IO'3
CANAL
QUENTE"
o
102
V. CONCLUSÃO.
Um reator nuclear, após ser desligado, ainda ne-
cessita de refrigeração, pois a fissão do urânio gera os cha
mados produtos de fissão, que sofrem decaimento radioativo,
(com emissão de partículas betae raios gana) produzindo calor ,
que se não for devidamente removido pode levar a fusão
dos elementos de combustível,o que ocasionaria a liberação
de produtos de fissão voláteis no meio ambiente. Os mecanis_
mos de arrefecimento do núcleo do Reator Produtor de Radio-
isótopos apôs seu desligamento estão baseados na circulação
natural do refrigerante internamente ao núcleo (caso em que
a válvula de bloqueio devido, por exemplo a um acidente de
perda de refrigerante, precise ser fechada) e também com a
circulação natural através do circuito de refrigeração ex -
terno ao reator (quando a válvula de bloqueio permanece aber
ta) .
Um circuito primário de refrigeração (simplifi -
cado) com as principais características que este deve pos -
suir para promover o arrefecimento do R. P. R. em funciona-
mento normal (dentro dos limites estabelecidos) foi descri-
to, em ante-projeto, no Capítulo II. Através deste circuito
são estabelecidas as condições necessárias de circulação do
refrigerante e de arrefecimento do núcleo durante a transi-
ção entre o regime de convecção forçada e natural (Capítulo
III), e na convecção natural em regime permanente (Capítulo
IV) .
As correlações usadas nos cálculos de perda de
pressão (das vazões) e do coeficiente de transmissão de ca-
lor (das temperaturas)' durante a convecção forçada e a con-
vecção natural, uma vez que a bibliografia pesquisada não
forneceu dados específicos a um reator com as característi-
cas do R. P. R., foram correlações clássicas com correções
que levassem em consideração a geometria e algumas caracte-
rísticas termo-hidráulicas de circuito conforme o regime se
apresentasse laminar ou turbulento. Na região entre o regi-
me laminar e turbulento, optou-se sempre pelo tratamento do
103
escoamento no regime que se encontrava mais próximo com as
correções necessárias.
No período de transição que se estabelece entre
o instante que se desliga o reator (t = 0) até o estabeleci,
mento do regime permanente de convecção natural (t )
tência do reator (que pai instantaneamente em seu desliga -
mento a - 8% do valor inicial) diminui lentamente segundo
relações empíricas {equações (III.I) e (III.2)) que levam
em conta o calor residual produzido pelo decaimento radio -
ativo dos produtos de fissão. Enquanto isto a vazão de re -
frigerante primeiro diminui (transição em convecção força -
da) até anular-se no instante que ocorre a reversão de es -
coamento (tp)voltando a crescer em seguida (transição em con
vecção natural) até atingir o regime permanente de convec -
ção natural. A transição em convecção forçada com a válvula
de bloqueio aberta, segundo um modelo simplificado {áes
crito no Apêndice F) tem duração de cerca de 31 seg. Com a
válvula de bloqueio fechada o modelo simplificado, devido a
fenômenos como "Golpe de Ariete", não é mais válido e as
sim adotou-se o tempo de 1,0 seg. como representativo desta
fase da transição. A transição em convecção natural não foi
estudada em nenhum dos dois mecanismos, pois mesmo em um
circuito de refrigeração simples como o considerado neste
trabalho conduz a relação bastante complexas.
A refrigeração do R. P. R., em convecção natural,
com a válvula de bloqueio fechada é obtida com uma vazão
de refrigerante de WB = 2,57 kg/s, que entra nos canais en-
tre ás varetas de combustível a 34 C e sai a - 56 C sendo
que Wrt = 1,33 kg/s vem do canal anular e W = 1,24 kg/s doca
nal central, A potência do reator considerada neste cálcu-
lo foi de 234 kW (1 seg. após seu desligamento) e a tempera
tura máxima de parede atingida no canal "mais quente" é de
cerca de ( T , ) ^ = 80°C.
A refrigeração do R. P. R., em convecção natural,
com a válvula de bloqueio aberta é obtida com uma vazão de
refrigerante de W = 2,58 kg/s, que entra nos canais entre
104
queas varetas de combustível a 34 C e sai a - 50°C sendo
H = 0,91 kg/s provém do canal anular, W r - 0,87 kg/s do
canal central e W = 0,80 kg/s do circuito primário de refri
geração externo ao reator. A potência considerada no reator
neste cálculo foi de 176 kW (- 31 seg. apôs seu desligamen-
to) e a temperatura máxima de parede atingida no canal"mais
quente" ê de cerca de (T ) - : 71 C. A temperatura máximaW mò X
de parede na vareta de combustível "mais quente" ficou mui-
to abaixo dos 110 C, temperatura considerada como limite pa-
ra o R. P. R-, nos dois mecanismos de refrigeração conside-
rados, portanto eles podem ser usados no arrefecimento do
reator.
O limite operacional do R. P. R. em convecção na
tural, tendo em vista trabalhos realizados a baixa potência,
foi obtido para a condição de funcionamento mais desfavorá-
vel (com a válvula de bloqueio fechada). A condição limite
de operação foi encontrada com uma vazão de refrigerante de
cerca de W,. ~ 3,6 kg/s entrando no reator a 34 C e saindo
a - 68 C, usado no arrefecimento de cerca de 517 kW de po -
tência no R. P. R.
105
APÊNDICE A
BIBLIOGRAFIA.
(1) "Projeto Conceituai do Reator Produtor de Radioisõto -
pos". Departamento de Engenharia Nuclear/UFMG, (1982).
(2) FERREIRA, Omar C. et ai "Cálculo Termo-hidrãulico para
Ante-Projeto de Reator a H20 - U0 z (3,5S)".Nota Téc-
nica ENRN - 01/81, UFMG (1981).
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Triga Mark I Reactor". Gulf General Atonic Project
8035 - l/fevereiro/1970. "Steady-State Reactor Power".
pp.3.26, 3.45.
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sicas" R. P. R. - DEN-01/83 (1983).
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York (1967).
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Graw Hill Book Company, Inc. if Edição. New York.(1957).
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cranton. New York (1971).
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ton Publishing Company. Buchanan. Georgia (1979).
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(10) LAMARSCH, John, R. "Introc" jction to Nuclear Enginering".Ia. Edição.Addison-Wesley Publising Company-ReadingMassachusetts (1975).
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Edição. Guanabara II. Rio de Janeiro (1980).
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(13) KRASNOSCHIOKOV, E. A. et SUKOMIEL, A. S. "Problemas deTermo Transferência", pp. 306-307. Editorial Mir.(1977).
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(15) Caderno de Curvas Bombas Centrífugas ETA-KSB. Tamanhos32-12 até 300-35,60 Hz, 1150. IB et 1150. 4B.
(16) BURGREEN, David. "Flow Coastdown in a Loop After Pum -ping Power Cutoff". Nuclear Science and Engineering6, 306-312 (1959).
(17) ABRAMOVITZ, Milton et STEGUM, Irene A. "Handbook of Matematical Functions".Inc. New York (1965).tematical Functions", if Edição. Dover Publications
(18) CONTE, S. D. "Elementos de Analise Numirica" 2? Edição.Editora Globo. Porto Alegre. (1975).
(19) KREITH, Frank. "Princípios da Transmissão de Calor" 3?Edição. Editora Edgard Blücher Ltda. São Paulo(1977).
107
(20 ) Informação Pessoal do Pro f . J a i r Carlos M e l l o .
( 21 ) DREW, T. B; K00, E. C. e t MacADAMS, W. H. Vrans AlChE,
2 8 , 5 6 , 5 6 - 7 2 ( 1 9 3 2 ) .
(22) WILSON, R. E.; MacADAMS, W. H. et SELTZER, M. Ind.Eng.Chem. 14, 105-119 (1922).
(23) PATTERSON, D. R. et SCHLITZ, R. J. "The Determinationof Heat Generation in Irradiated Uranium",Expt N9 11.School cfNuclear Science and Enginnering ArgonneNational Laboratory. Agosto (1955).
(24) REHME, K. et TRIPPE G. "Pressure Drop and VelocityDistribution in Rod Bundles with Spacer Grids".Nuclear Engineering Design, 62,349-359. North HollandPublishing Company (1980).
(25) REHME, K. "Simple Method of Predicting Friction Factorsof Turbulent Flow in Non-Circular Channels". Int.J.Heat Mass Transfer. Vol. 16 pp. 933-950. PergaraonPress. Great Britain (1973).
(26) DAVIS, L. P. et PERQNA, J.J. "Development of FreeConvection Flow of Gas in a Heated Vertical OpenTube". Int. J. Heat Mass Transfer. Vol.44, pp. 889-903. Pergamon Press. Great Britain (1971).
(27) DAVIS, L. P. et PERONA, J. J. "Development of FreeConvection Axial Flow Through a Tube Bundle". Int.J.Heat Mass Transfer. Vol. 16, pp.1425-1438. PergaroonPress. Great Britain (1973).
(28) KEYHANI, M.; KULACKY, F. A. et CHRISTENSEN, R. N. "Ex-perimental Investigation of Free Convection in aVertical Rod Bundle. A General Correlation forNusselt Numbers". Journal of Heat Transfer. Vol.107,pp. 611-623. Agosto 1985.
108
(29) SOARES, Perpétua Atayde. "Medida do Coeficiente de Tem-peratura do Reator Triga Mark I, por Analise de Ruí-do". Belo Horizonte, 1975 (Tese apresentada ã Uni-versidade Federal de Minas Gerais, para obtenção doGrau de Mestre, em Ciências e Técnicas Nucleares.Publicação Nuclebrãs/IPR-351).
(30) ROEDEL, Guilherme. "Estudo de Dinâmica do IPR - RI porMeio de Excitações Pseudo-Aleatõrias de Reatividade".Belo Horizonte, junho de 1979 (Tese apresentada â Un_[versidade Federal de Minas Gerais para obtenção doGrau de Mestre em Ciências e Técnicas Nucleares).
(31) "Directory of Nuclear Reactors-Research Reactors" AI EA -
Vol. HI/1970.
(32) BROUN, A. I. et MARCO, S. M. "Introduction to HeatTransfer". Me Graw Hill Book Company Inc. (1958).
(33) PRESSER, K. H. "Stoffiibergang und Druckverlust anParallel Angestromten Stabbiindein in Einem GrossenBereich von Reynoids-Zahlsn und Teilungs verHaltnissen". Int. J. Heat Mass Transfer. Vol. 14(1971).
109
APÊNDICE B
DISTRIBUIÇÃO DE POTÊNCIA NO R. P. R.
O fluxo de neutrons em uma vareta de combustível é
proporcionai a densidade de potência (Q) e não é constante. A
variação axial do fluxo de neutrons e conseqüentemente da densi^
dade de potência de uma vareta de combustível dependem de sua
posição radial no núcleo, entretanto a área transversal de uma
vareta é pequena se comparada a do núcleo, de modo que a varia
ção radial do fluxo de neutron em uma vareta pode ser negligen-
ciada, sendo possível a individualização de uma vareta de com -
bustível representando apenas pela variação axial do fluxo de neu
trons ou da densidade de potência
O códigoCITATIOa^acoplado ao códiyo HAI«ER^20\aqua -
tro grupos de energia (para a obtenção do espectro de neutrons),
calcula, entre outros parâmetros, a distribuição da densidade de
potência na região ativa de uma configuração de reator do tipo
do R. P. R. O código subdivide a região ativa do reator, a par-
tir de seu plano central (Z = 0) em K = 15 camadas iguais de ai.
tura &IK = 2,000 cm (o código trabalha coin meia vareta, conside
rando a outra metade simétrica) e radialmente em i = 9 seções
circulares concêntricas (as 3 primeiras seções possuem áreas
aproximadamente iguais entre si, assim também acontecendo as 6
últimas seções). O resultado obtido através dos códigos, para a
distribuição de densidade de potência neste reator, está apre -
sentado na tabela B.l.
O reator estudado pelo código possui:
- 7,752) •n fSR 1,1235*
-1.406 varetas de combustível (B.l)
que estão distribuídas no interior do reator, a partir de seu
no
centro, como mostrado na tabela B.2. No centro do reator, está o
canal central {"flux trap") com um raio externo R ^ = 7,75 cir ,
onde não há nenhuma vareta de combustível; esta região vazia po-
deria conter até:
n=, 7
1.1235\ = 149,488 varetas de com-
bustivel. (B.2)
TABELA
)
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
EQ.
R.(cm)
B.
77
76
75
74
72
70
67
64
61
57
52
48
44
41
45
930
62
7,
1,
1 DENSIDADE DE POTÊNCIA
ALTURA (K) DA REGIÃO
5
,14
,68
,78
,42
,62
,38
,70
,69
,06
,13
,84
,35
,14
,66
,53
,12
,01
750
805
7
54,41
54,10
53,46
52,51
51,25
49,67
47,79
45,61
43,13
40,38
37,39
34,32
31,63
30,80
36,56
663,01
44,20
9,555
1,504
8
47
47
46
45
44
43
41
39
37
35
32
30
27
27
33
581
38
11
1,
,48
,21
,65
,83
,73
,36
,73
,84
,69
,30
,72
,08
,86
,52
,73
,73
,78
,06
331
9
43
43
42
42
41
39
38
36
34
32
30
27
25
25
32
536
35
12
2,
,61
,36
,85
,10
,10
,86
,37
,65
,69
,52
,17
,79
,83
,72
,04
,66
,78
,40C
841
10
41 .
41,
41 ,
40,
39,
38,
36,
35,
33,
31,
29,
26,
25,
25,
31,
517,
34
15
2,:
(W/cm
ATIVA
93
69
21
50
55
37
96
32
47
40
18
92
071
02
23
82
52
,24
)90
1
40
40
39
39
38
37
35
34
32
30
28
26
24
24
30
503
33
17
2,
3)NA REGIÃO
DO REATOR.
1
.64
,41
,95
,27
,36
,24
,89
,33
,57
,61
,49
,35
,59
,57
,59
,86
,59
,63
102
12
40,00
39,78
39,34
38,68
37,81
36,73
35,44
33,95
32,27
30,41
28,41
26,39
24,72
24,67
30,34
498,94
33,26
19,73
1,898
( i )
- 13
41 ,
41,
40,
40,
39,
38,
36,
35,
33,
31,
30,
28,
26,
26,
31,
520,
34
21
1,-
A
31
10
66
01
16
09
83
38
76
98
08
18
61
44
35
94
73
,63
'45
14
47
47
46
46
45
44
42
41
39
37
36
34
32
32
35
609
40
23
1,
,42
.19
,73
,05
,15
,04
,74
,26
,63
,88
,08
,32
,39
,53
,87
,78
,65
,376
624
í TABELA
Quantida
de de va
retas a-
cumula -
da
Rv J (cm)
B.
1
1
2 l DISTRIBUIÇÃO
REGIÃO SEM VARETAS
6
7
12
19
18
37
24
61
DAS VARETAS
30
91
36
127
DE COMBUSTÍVEL
22,488
149,488
7,750
NO REATOR
REGIfiO
; 19 ,512
19
8,240
COM VARETAS
48
67
9,337
54
10
21
,434
60
181
11,532
REGIÃO COM VARETAS
66 -. 72
247 I 3191
(12,629 tl3,727
78
397
14,825
84
481
15,922
90
571
17,020
96
667
18,118
102
769
19,215
108
877
20,313
114
991
21,411
120
1111
22,509
126
1237
23,607
132
1369
24,704
36,488
1406
25,000
101,512
112
e:
A potência gerada em uma vareta de combustível (p )
L/2
7-L/2
Q(Z)xA xdZ (B.3)
onde Q(Z) = densidade de potência na posição Z ao longo da va
reta de combustível;
A = área da seção reta da pastilha de combustível (regi-
ão ativa da vareta);
L = comprimento ativo da vareta de combustível(7)
A relação entre a densidade de potência (Q) e a al_
tura (Z) de uma vareta de combustível depende do tipo do rea-
tor, podendo complicar bastante a solução da integral em (B.3).
A distribuição da potência ao longo de uma vareta de combustí
vel no código é obtida separando e tratando o segmento da vare-
ta de combustível, onde a variação de (Q) pode ser aproximada
por uma função simples e linearizada da posição (Z). Esta fun
ç ã o é ( 2 0 ) :
(v.K.j)
j ) ' R
1))
Sn AL, (B.4)
onde, o lado direito da equação (B.4) representa a potência na
seção (j), que corresponde a uma vareta de combustível, na
região (i) fornecida pelo código.
Pf v -n = potência da altura (K) na vareta (j);
2SR AL.,
= volume de uma célula de combustível;
SR = 1,1235 cm = passo do reticulado;
113
Qne <\ densidade de potência da altura (K) na região (i) do
reator;
R. raio interno da região (i) do reator;
(K> ^ + "* )) (K> i) = variação relativa da densidade de poR - R(i + 1) i tência na região (i) do reator;
R - R- j — — ^ = posição relativa da s^ção (j), no interior da se
2çao (i) do reator;
R, .« = raio externo da seção circular (j) de espessura iguall»» J) _ ^
ao comprimento de uma célula de combustível, dado
por:
2 " > 1 / 2
" ( v , j ) $R . R2v (v, (j - D) (B.5)
n , -v = n ú m e r o d e v a r e t a s d e c o m b u s t í v e l n a s e ç ã o ( j ) .l " » J /
A tabe la (B.2) i ros t ra , também, o número de va re ta s p r e -
sentes em cada seção ( j ) do r e a t o r , assim como os respec t ivos
valores de R, .» .
A potência média de cada seção r a d i a l equiva len te a uma
vareta de combustível (PR , ) é obt ida subs t i t u indo na equação
(B.4) os va lores de densidade de potência r a d i a l média (Q^)/
que es tão expostos na t abe la ( B . l ) . A tabe la (B.3) mostra os
resul tados da d i s t r i b u i ç ã o de potência média de cada "vare ta"
(PR .) e o valor da potência "média" radial do reator calculado pelo código.
A potência da vareta de canbustivel "média" (pR). do reator, é dada por:
numero de seções axiais dap = (vareta de combustível } x - = 2>922 kW (B.6)
v número de seções radiais equivalentesa varetas de combustível
TABELA B.
j
P(R, j )
R i + r R i
3 DISTRIBUIÇÃO RADIAL "MCDIA"
1
150,4
0,490
2
136,8
1,587
1,805
3
107,6
0,879
1,504
4
96,6
0,463
1,331
5
9 0 , 2
0,229
DE POTÊNCIA
õ
89,6
1,327
7
89,0
2,425
2,841
(W) NO
8
86,8
0,681
REATOR CALCULADO PELO CÓDIGO
9
86,3
1,779
2,390
10
8 4 , 7
0,487
11
84,5
1,584
2,102
12
84,5
0,580
13
85,6
1,678
1,898
14
91,4
0,879
1,745
MEDIA
9 7 , 4
PR
1364,0
115
A potência nominal do reator estudado pelo código ê
portanto:
P' = n pv = 1406 . 2,922 kl* = 4108 kW (B.7)
O R . P. R. tem uma potência nominal de 4000 kW pro-
duzida em 1575 varetas de combustível. Como as demais caracte
risticas neutrônicas, térmicas e o arranjo físico são iguais
as do reator calculado pelo código, pode-se usar os resulta -
dos obtidos ali como sendo do R. P. R. , mediante a introdução
de um fator de correção na equação (B.4). Para o reator do cõ
digo produzir uma potência nominal de 4,0 MW, como o R. P. R.,
sem alterar a distribuição de potência em seu interior, o nú-
mero de varetas de combustível deve ser de:
, _ 4000 _ 4000
5 2 922 -r (B'S)Kv ' combustível
e o fator de correção (fc) que deve multiplicar a equação(B.4)
para obter a distribuição de potência nas varetas do R. P. R.
ê:
= 0,869 (B.9)1575
A tabela (B.4) apresenta a distribuição de potência
em meia vareta para o R. P. R. Na primeira coluna desta tabe-
la está a distribuição de potência da vareta "mais quente" e
na última coluna está a distribuição de potência axial da va-
reta "média" do R. P. R. É importante conhecer-se a razão en-
tre a potência máxima (coluna j = 1 e linha K = 1 na tabela
B.4) e a potência média (coluna p e linha p.na tabela B.4)
(R):
116
R =!o = J62.= lt92
p 84,6
e a razão entre a potência da vareta "mais quente" (coluna
j = 1 e linha E. na tabela B.4) e a potência da vareta "média"
coluna p e linha Z. na tabela B.4) (r) para o R. P. R.
r . 2 x 1,961 . 3^922 . } >2 x 1,270 2,540
O volume ocupado por uma pastilha de combustível
Interior das vare
pastilha de combustível)é:
(AV ) no interior das varetas, com d = 0,8192 cm (diâmetro da
IT d2 AL. IT . 0.81922 . 2,000 _
1,054 cm3 (B.12)
Assim a densidade de potência máxima (Qn) do R.P.R.
és
= í °_ = JA? = 153,7 W/cm3 (B.13)0 AV 1,054
e a densidade de potência média (Q) é:
Q = J L _ = 84'6 = 80,3 W/cm3 (B.14)
AV 1,054
TABELA 8,4 DISTRIBUIÇÃO DE POTÊNCIA (W) EM MEIA VARETA PARA 0 R. P. R.
K ^ ^
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
n12
13
14
15
1
162
161
160
157
153
148
143
136
130
120
111
102
93
88
97
2
147
146
145
142
139
134
129
124
117
109
101
93
85
81
91
3
115
114
113
111
108
105
101
96
51
85
79
73
67
65
78
4
103
102
101
99
97
94
90
86
82
76
71
65
60
60
73
5
96
95
94
92
90
87
84
80
76
71
66
61
57
56
70
6
95
94
93
92
89
87
83
80
76
71
66
60
56
56
70
7
94
94
92
91
89
86
83
79
75
70
65
60
56
56
70
8
92
91
90
88
86
84
81
77
73
69
64
59
55
55
68
9
91
90
89
88
86
83
80
77
73
68
63
59
55
54
68
10
89
88
88
86
84
82
79
75
71
67
62
58
54
54.
67
11
89
88
87
86
84
81
78
75
71
67
62
58
54
54
67
12
88
88
87
85
83
81
78
75
71
67
63
58
55
55
67
13
89
89
88
86
84
82
79
76
72
68
64
60
56
56
68
14
94
94
93
91
89
87
84
81
77
73
69
65
62
61
71
h
1444
1434
1420
1394
1361
1321
1272
1217
1155
1081
1006
931
865
851
1025
Pv
103
102
101
100
97
94
91
87
83
77
72
67
62
61
73
(cont inua) . . . '
(continuação) ..
TABELA B.4 I DISTRIBUIÇÃO DE POTÊNCIA <W) EM MEIA VARETA PARA 0 R. P. R.
hRv,j-Ri
1
1
1961
131
0,490
2
1783
119
1,587
1,805
3
1401
93
0,879
1,504
4
1259
84
0.4G3
1,331
5
1175
78
0,229
6
1168
78
1,327
7
1160
77
2,425
2,841
8
1132
76
0,681
9
1124
75
1,779
2,390
10
1104
74
0,487
11
1101
73
1,584
2,102
12
1101
73
0,580
13
1117
75
1,678
1,898
14
1191
79
0.878
1.74F
17777
1185
1270
84,6
119
Um reator cilíndrico finito sem refletor possui ra-
zão entre a potência máxima e a média de R = 3,64 que é
maior que o valor encontrado para o R. P. R. (reator refleti -
do), em (B.10), isto mostra que a potência se distribui de um
modo mais uniforme em reatores com refletor. Algumas fórmulas
usadas no texto, como os cálculos de temperaturas do fluido ar
refecedor e de parede nas varetas de combustível, foram deduzjL
das considerando-se um reator cilíndrico com distribuição lon-
gitudinal de fluxo de neutrons cossenoidal. Um reator de tipo
do R. P. R., onde a potência cai a zero na fronteira ativa do
núcleo (L), pode ser tratado desta forma desde que se conside
re uma nova distribuição de fluxo de neutrons, que de acordo
com consideração de Física de Reatores, se anula na chamada
fronteira extrapolada do núcleo (L1), isto é,0 = OemZ = - L'/2.
0 efeito de um refletor na distribuição de fluxo de nêu
tron é quantitativamente ivaliado pelo conceito de economia de
refletor ("reflector savings") (6), que é definida como a dife
rença entre a dimensão de um núcleo nú (L1) e a dimensão de um
núcleo refletido (L) com a mesma estrutura e combustível. Para
uma vareta de combustível cilíndrica (direção axial),
6 = (L' " L> (B.15)
A economia de refletor (5) aparece no exterior do
núcleo e por mer.or que seja pode representar uma economia subs
tancial de volume e massa de combustível* '. Para se avaliar o
comprimento de extrapolação (L1) usado nas equações de distri-
buição de fluxo de neutrons e conseqüentemente de distribuição
de potência em reator é necessária uma expressão que forneça
a economia de refletor. A maior parte do refletor no R. P. R.
é constituída por água leve, além disto o código usado con
sidera os demais componentes do refletor, como a grafi -
ta, diluídas na água pois não estão em quantidade suficiente
120
para serem tratados como refletores infinitos, por estes mo-
tivos o cálculo de (6) sõ levará em conta o principal consti-
tuinte do refletor. Em se tratando de reatores refletidos e
moderados a água, R. W. Deutsch desenvolveu uma fórmula empí-
rica para obter a economia de refletor (6)1 :
6(cm) = 7,2 + 0,10 (M2 (cm2) - 40,0) (B.16)
onde M, area de migração térmica no núcleo.
2 2M T = L^ + x T (B.17)
Tj idade do neutron térmico no moderador (para a
água T T (20°C) = 27 cm2);
2 -Lj area de difusão térmica da mistura moderador/con
bustível,
L2 = —IS— (B.18)Lj M área de difusão térmica do moderador (para a águaL,M(20 C)
:
= 8,1 cm 2);
£ seção de choque macroscópica de absorção média;
p densidade;
M massa molecular;
o seção de choque microscópica de absorção media,o
(subscritos, (M) moderador e ( f) combustível).g . (20°C) = 0,9780 fator_não l/v para U235 (neutrons térmi -
cos T = 20°C).
Uma vareta de combustível padrão do R. P. R. contém
7 kg de urânio <
a F, = 3,2% em um volume,
My = 0,3257kg de urânio enriquecido (õa = 680,8 barn, M =235)
121
V = " dP *" = * (°»8192 x TO" 2) 2 0.6 =
= 31,624 x 10~6 m3 (B.ZO)
assim.. r MJ \ _ = 3,2 0,3257, J_\_ =
T 100 Vp 100 31,624 x10~°
(B.21)
Como a temperatura média da água (o = 0,664 barn ,
M = 18), considerada cotorefletor, no interior do reator ê de
aproximadamente 43°C (= 316°K,p = 991,0 kg/m ) em funciona-
mento normal, convecção forçada, deve-se corrigir os valores
de T-j-:
n QQQ O O QQQ O O
T,(P) = TT(20°C) (liiii)^ = 27 (^^£-}^ =1 ' P(T) 991,0
= 27,40 era2 (B.22)
e de LTM:
(T. p) . LT2H (20°C) W ()
p(T) 298
= 8,1 (998»2 ) 2
910991,0 298
= 8,84 cm2 (B.23)
Substituindo (B.21) e os demais valores conhecidos
em (B.17), temos:
Z = 329,6 x 18 x 0,978 x 680,8 =
991,0 x 235 x 0,664
= 25,4 (B.24)
122
Levando-se (B.23) e (B.24) em (B.18) obtem-se
área de difusão térmica (l,)no núcleo de R. P. R.,
l? = ^84 = 0 3 3 CB2 (B.25)1 1 + 25,4
2a área de migração térmica (My) no núcleo do R. P. R. fica
sendo de:
y + Ty = 0,33 + 27,40 = 27,73 cm2 (B.26)
e finalmente substituindo (B.26) em (B.16) obtem-se o valor
da economia de refletor (5) no R. P. R.:
5 = 7,2 + 0,10 (27,73 - 40,0) = 6,00 cm (B.27)
o que implica que o comprimento extrapolado (L') de uma vare-
ta de combustível no R. P. R. é:
L1 = L + 2 ô = 72,0cm (B.28)
A variação axial da densidade de potência (Q(2)) em
uma vareta de combustível de dimensões e composição uniforme,
em um reator refletido que possua distribuição de fluxo de
neutrons cossenoidal onde o valor máximo (Qo) ocorre no plano
central (Z = 0), é dada por:
Q(Z) = Qo cos (^) (B.29)
e a potência da vareta(p ) é obtida substituindo (B.29) em
(B.3) e resolvendo a integral entre os limites de integração
Z = - L/2:
123
p * 2__E s e n (IL_) (B.3O)w 2L'
No R. P. R., onde a pastilha de combustível padrão
tos área transversal (A ) de:
A « 1-ÍB = * (0,8192 x IO" 2) 2 =
= 5.2? x IO"5 u2 (B.31)
o valor da densidade de potência maxims (Qo) que considera
distribuição axial de fluxo de neutron cossenoidal é dado, pa-
ra a vareta de combustível "mais quente" por:
2A L1 sen(w L/211)
3,922 ir
2 x 5,27 x IO"5 x 0,72 sen (w 0,6/2 x 0,72)
= 1,68 x IO5 kW/a3 (B.32)
Os valores permisslveis de Q são ditados, em última
análise, pela temperatura máxima no revéstimento(T) da vare
ta de combustível para uma dada vazão (w) e coeficiente de
transferência de calor (h) do fluido arrefecedor
124
APÊNDICE C
TEMPERATURAS DO FLUIDO ARREFECEDOR E DE PAREDE HAS
VARETAS DE COHBUS TVEL.
A temperatura do fluido arrefecedor (T,) em um ca -
nal de escoamento no reator aumenta continuamente ao longo
da vareta de combustível a ele associado. Considerando o ba -
lanço de energia em uma seção do canal de altura dZ, o ganho
de calor sensível pelo refrigerante (sem mudança de fase) em
dZ é equivalente ao calor gerado em um elemento infinitesimal
da vareta de combustível.
w Cp dTf = Q Ap dZ (Cl)
onde w vazão de fluido arrefecedor no canal;
C calor específico do fluido ariefecedor;
dT, variação de temperatura no fluido arrefecedor entre
2 e 2 + dZ;
Q densidade de potência da vareta de combustível;
área d
tível.
A área da seção transversal ativa da vareta de combus-
A temperatura do fluido arrefecedor (T») em um ponto
qualquer ao longo da vareta de combustível é obtida combinan-
do a equação (B.29) (a saber: Q = QQ cos ( 4) )e a equação(C.l)
e integrando entre os limites Z= -L/2 e Z.
* cPy
dTf = Qo v cos (ff> dZ (c-2)
125
onde T temperatura de entrada do fluido arrefecedor no ca-*
nal de escoamento;
Q_ densidade de potência máxima na vareta de combustí-
vel;
L comprimento ativo da vareta de combustível;
L' comprimento extrapolado da vareta de combustível.
assim,
7T C p Wsen (—) + sen (- -
L' 2L'(C.3)
No final do Apêndice B foi demonstrada uma relação
entre a potência de uma vareta (p ) do R. P. R. e a densidade
da potência máxima (Qo) desta vareta se ela estivesse em um
reator com distribuição axial de fluxo de neutron cossenoidal,
a saber:
A n L'—2 sen
2 L1(B.30)
assim, substituindo (B.30) em (C.3), a temperatura do fluido
arrefecedor (Tr) se torne em:
2 C p w1 + sen (—) x
L'
x cosecTTL > j
2 L' j(C.4)
A temperatura de saída do fluido arrefecedor (T$) é ob
tida fazendo-se Z = L/2 em (C.4):
Ts ' Te + (C.5)
e a temperatura média do fluido arrefecedor (T^) no canal
126
através da qual serão obtidas as propriedades físicas do re -
frigerante, serã dada por:
Tf = -S ^ = T • "— (C.6)f 2 e 2 w C_
A vazão do fluido arrefecedor (w) que percorre o ca
nal de escoamento será:
3£ (C.7)
<Ts - V Cp
Na avaliação da variação de temperatura no revesti-
mento das varetas de combustível em um reator cilíndrico com
distribuição cossenoidal de fluxo de nêutron na direção axial,
a taxa de transferência de calor entre o revestimento e o re-
frigerante em um ponto arbitrário Z ao longo da vareta de com
bustlvel por unidade de área superficial de revestimento ê da
do por h (T - T,). Como o coeficiente de transmissão de ca -
lor (h) é considerado constante ao longo da vareta de combus-
tível a diferença entre a temperatura de revestimento da vare
ta (T ) e a temperatura do fluido arrefecedor (T-) é direta -(7)mente proporcional a densidade de potência (Q) no ponto ,is
to permite que se escreva:
" V = (Tw " V o COS
mas,
^0 \ dZ * h PM <Tw " V o dZ <C'9>
onde P» perímetro molhado do revestimento (nas varetas do
R. P. R. P = 2,98 x 10 m);M
(T -Tx) diferença de temperatura entre o revestimento davareta e o refrigerante em z = 0.
127
Combinando as equações (C.3), (C.8) e (C.9) e reor
denando o resultado, obtem-se:
= T - Tw w e ir w C
sen ( — ) + sen (-^-L1 2L1
ir w C
h PM Lcos C
L'(CIO)
onde AT diferença entre a temperatura do revestimento da va
reta (T ) e a temperatura de entrada do refrigerante (T ) .Mas
lembrando de (B.30) e considerando:
Ai! = P.. L1 = 2,98 x 10"2 x 0,72 =
= 2,15 x IO'2 m2(Cll)
como sendo a área extrapolada da vareta:
W w e 2 w C{CoSec
2L1
sen (I?) +TT W C
cos)L1 h A L1
+ 1 } (C12)
A temperatura média do revestimento de uma vareta de
combustível (T ) é dada por:w
" TL/2
'-L/2dZ (C.13)
Substituindo (C.12) em (C.13) e efetuando a integra-
ção:
128
Tw ' Te 2 w C L h(C.14)
0 valor de M passa por urn máximo em algum pontowacima do plano médio da vareta de combustível, este máximo re
presenta a maior temperatura superficial (T - ) da vareta. O
local em que o máximo aparece ê encontrado derivando a equa -
ção (C.12) em relação a Z e igualando o resultado a zero:
•tfZm- it w CCotg (_•«) = _ - E
L ' * \
(C15)
O ponto de temperatura máxima de revestimento na va
reta de combustível (Z - ) ê:
L'Zmãx = —
h A h
T T W C(C.16)
A temperatura máxima de revestimento (T - ) em um
dado canal ê obtida substituindo (C.16) em (C.12) e após algu
mas simplificações obtem-se:
wmãx " e 2 w C 2L1 L'
(C17)
mas, uma relação trigomêtrica diz:
Cosec2(1rZmãx/L1) = 1 + Cotg2 (*ZmSx/L') (C.18)
Substituindo (C.15) em (C.18) e levando este resul-
tado em (C.17) obtem-se:
129
wmãx e + 2 w C.1 +Cosec (—) x
2L'
TT W C
h A"(C.19)
Quando ura reator, como o R. P. R. está funcionando,
em regime de convecção forçada, a vazão se distribui uniformo
mente entre todos os canais e ê obtida através da equação (C.7)
fazendo p = p (potência da vareta média, para o R. P. R.p =
= 2,540 kW) e Ts = T
s (temperatura de saída do fluido arrefe-
cedor no canal médio, calculada a partir de (C.5). Neste caso,
a temperatura máxima de parede das varetas acontecerá no ca -
nal onde o fluxo de neutrons é máximo (o canal associado a va
reta de potência máxima), que no R. P. R. são os canais imedia
tamente vizinhos ao canal central ("flux trap").
A temperatura máxima permissível no revestimento ex
terno da vareta de combustível mais quente do R. P. R. (p =
= 3,922 klf, L = 0,6 m e L1 = 0,72 m) é de 110°C, pois a água
leve pressurizada a 1,5 atm, usada como fluido arrefecedor ,
por razão de conveniência, não deve entrar em ebulição. A vazão
de refrigerante Vi.) associada a esta temperatura máxima de
parede é a vazão mínima permitida nos canais do reator em fun
cionamento normal (convecção forçada).
Os valores limites de operação do R. P. R. são ob^i
dos, a seguir. O coeficiente de transmissão de calor (h) é cajL
culado pela correlação de Tong-Weisman e a vazão de refrige -
rante (w) é obtida por^reiteração, com (C.19) após se fazer
T - = 110°C (com T = 34°C - temperatura na entrada do canal
e C = 4,174 kW s/kg °C). O valor mínimo da vazão no R.P.R. éP _ _ o
kg/s canal e o do coeficiente de transmijsw m i n = 3,305 x IO"2
são de calor é h . = 4,95 kW/m
de
2 oC. Substituindo os valores
in e hmjn em (C.14) a temperatura média do revestimento
na vareta mais quente é de (Tllrt)_- = 92,5 °C e a temperaturaW O llla X
de saída do canal mais quente é obtida levando-se w in emmin
130
(C.5) com py = 3,922 kH o que resulta em 1%Q = 62,4 C. A tem-
peratura de saída do refrigerante dos canais do reatorê obti.
da de (C.5) com pw = 2,540 kU e w = w - „ e é igual â (T )mãx =rt v min s
=52,4 C.A vazão mínima (W • ) necessária para o arrefeci -
mento do K. P. R. (reator que possui 1575 varetas de combustT
vel) será dada por:
"min = 1 5 7 5 * «nin = 1 5 7 5 * 3' 3 0 5 x 1 0-2
= 52,05 kg/s. (C.20)
Substituindo os valores encontrados acima em (C.19):
Twmáx - 3 43,922
2 x 3 ,305 x 1O' Z x 4 ,1741 +
+CoSec2 x 0,72 L
= 110,0°C
(Trx3,305xl0~ 2x4,174v 2
4,95 x 2,15 x 10"Z
1/2
(C.21)
Verifica-se que eles conduzem â temperatura máxima
de parede no canal mais quente a atingir o valor limite admiti
do no R. P. R.
131
APÊNDICE D
a - O FATOR DE ATRITO DE WEISBACH EM TUBULAÇÕES^11
Quando um fluido escoa isotermicamente em uma tubula
ção, sua pressão diminui. Em um escoamento isotérmico esta per-
da de pressão (Ap) é função do número de Reynolds (Re) e da ru-
gosidade do tubo. Usando um valor adimensional que designe o fa
tor de atrito (f) o cálculo da queda de pressão (Ap) em um flui
do escoando em um tubo é feito a partir de características do
fluido e da geometria (diâmetro e comprimento) do tubo.
O cálculo do fator de atrito (f) leva cm considera -
ção o tipo de regime a que o fluido está submetido no interior
da tubulação, tornando-se necessário o cálculo do número de
nolds neste local.
D. URe = ! (D.l)
Af y(T)
onde U é a vazão de fluido que escoa pelo canal, u(T) viscosi-
dade do fluido ã temperatura média do canal (T), D o diâmetro
equivalente e A, a área de escoamento no canal.
0 regime de escoamento é considerado laminar se Re -
-2300 e turbulento se Re - 8100;no intervalo de transição usan -
do-se as relações para o regime mais próximo.
No caso de escoamento laminar onde se supõe que o
fluido esteja estacionãrio (ou aproximadamente) na parede do
tubo, a perda de pressão (Ap) não é influenciada pela rugosida-
dc, c o fator de atrito (f) £ calculado pela chamada "Equação de
Hagen-Poiseuille".
f = 64/Re (D.2)
132
Já com o fluido escoando em regime turbulento devem
ser usados os chamados "Diagramas de Moody" que fornecem os fa-
tores de atrito como função do número de Reynolds e da rugosi -
dade do canal de escoamento (figura D.l). Para tubos lisos e ca
nos comerciais de ferro ou aço polido existem relações empíri -
cas que permitem calcular o fator de atrito sem o uso de gráfi-
cos e diagramas. Um tubo possui acabamento mais liso do que um
cano e, portanto, produz uma perda de pressão menor do que a do
cano se todos os outros fatores permanecerem constantes. A equa-
ção para o fator de atrito (f), em escoamento turbulento, num
tubo liso (como são considerados os canais no reator) com erro
de até 5% é, segundo Drew, Koo e McAdams ' dada por:
0,00560 + 0,500 x Re~ 0 > 3 2 (D.3)
O 003 l)0iOOQ.-OOl0000*OCCl[OOOOM
i , GQIWIC4 HW O 000*
- - H totmrc'Oi 5'ffi O'-.;.] *ouaM iff» 0000>)
:::;;::;;; ;í;:::::;:::lüt.;.:::t..: .1: i n i L i
F I G U R A 0.1 - D I A G R A M A DE M O O D Y
13 3
Para tubos polidos ca ferro comercial ou de aço a re
lação usada, com um erro de até 10%, segundo Wilson, McAdams e
Seltzer v ' e dada pox:
f - 0,0140 + 1,056 x R e " 0 ' 4 2 (D.4)
(Neste caso estão os tubos do trocador de calor, o tanque de re
tenção e as tubulações).
b - 0 COEFICIENTE DE DESCARGA (12)
O coeficiente de descarga (Cj) é definido como a ra-
zão entre oNescoamento real e o escoamento teórico descontados
os efeitos de fricção e contração na corrente de fluido. Para um
dado tipo de orifício o coeficiente de descarga (CJ i função
da razão (3) entre o diâmetro equivalente do orifício (D,) e do
canal ã montante (D ):
3 = Df/De (D.5)
e do número de Reynolds no orifício (Re*):
Df x WcRe = —L £ (D.6)r Affy(T)
onde u(T) é a viscosidade do fluido ã temperatura de entrada no
orifício, w a vazão no canal ã montante e A** a área de passa-
gem no orifício.
Na região de escoamento laminar Re- - 50) o coefici-
ente de descarga (CJ) é proporcional â / Re/~, e para Re*
- 20000 o coeficiente de descarga é praticamente constante sendo
que para orifícios circulares de bordas esquadriadas com tomadas
134
de canto este valor é C. : 0,620 (D.7). Na região de transição
(50 < Re* < 20000), as medidas devem ser feitas coro mais prudên
cia, e geralmente, apresentam coeficiente de descarga maiores
que os valoresditos acima. A figura (D.2) apresenta curvas pa-
ra o coeficiente de descarga (C.) em orifícios circulares de bor
da esquadriadas com tomadas de canto em função da razão 3 e do
número de Reynolds no orifício (Re^).
/'• '• - , .1- °' 6 C >
. / •
- ' • • • / • •
FIGURA D.2 - COEFICIENTE DE DESCARGA PARA ORIFÍCIOSCIRCULARES DE BORDAS ESQUADRIADAS COMTOMADAS DE CANTO
135
APÊNDICE E
DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES DO CIRCUITO PRIMÁRIO
a - Trocador de Calor.
Os trocadores de calor usados no circuito de refri-
geração do R. P. R. são do tipo "Cascos Tubos". No casco passa
rá água fria proveniente do circuite secundário usada para di£
sipar o calor proveniente do circuito primário. Nos tubos pas-
sa água quente proveniente do reator para ser resfriada e de-
volvida ao poço do reator. Os fluidos, quente e frio percorrem
o trocador de calor em contra-corrente.
O trocador de calor deve ser capaz de dissipar o ca
lor rejeitado no R. P. R. quando está funcionando em regime per
manente ã potência nominal de P = 4000 kW. Nos tubos do troca
dor de calor circula água destilada, W = 72,2 kg/s, entrando a
Te-, = 47,3 C e saindo a TSj = 34 C e no casco do trocador de
calor passa água fria proveniente de torres de refrigeração,en
trando a Te = 26 C e saindo a Ts = 34 C. Nestes intervalosdec c
temperatura, o calor especifico da água é praticamente constan
te C = 4,174 kl1/ s/kg°C), assim a vazão de refrigerante no cas
co (m) é obtida aplicando-se o principio de conservação de
energia:
m == 72,2 (47,3 - 34) =
Cp (Tsc - Tec) (34 - 26)
= 120,0 kg/s (E.l)
No dimensionamento do trocador de calor as proprie-
dades físicas da água são tomadas à temperatura média do casco
136
(Th ) e dos tubos (T h t), exceto no cálculo de u que ê calcula
da na temperatura de parede dos tubos,
dada por:
segundo Kern (11)
T )Vtiog(Tb t/T b c)
(E.2)
A tabela (E.l) fornece as propriedades físicas da
água usadas no dimens ionamento, onde a temperatura de parede dos
tubos é (T w) t = 35,1°C (uw = 725,0 x IO"6 kg/m.s).
O trocador de calor possui nT = 1377 tubos com diâ-
metro externo de do1. = 1,905 x IO"2 m (3/4H) , BWG 12 (diâmetro
-2interno d-T = 1,351 x 10 m) e comprimento de Ljp =6,0 m.dis
tribuidos em passo triangular de S = 2,381 x 10 m (15/16")den
tro de uma carcaça com diâmetro interno de D- = 0,9906 m(39")
e N = 2 chicanas fracionárias com cortes de 25% para melhor
controlar a transmissão de calor e o escoamento.
TABELA E.l -
Tb (°C>
Cp (kW s/kg °C)
p(kg/m3)
V x IO6 (mz/s)
k x IO5 (kW/m°C)
Pr
Vi x 10 (kg/m s)
0 = ( V / P W )0 ' 1 4
TUBOS(t)
40,7
4,174
991 ,9
0,652
63,6
4,26
646,5
0,984
CASCO (c)
30,0
4,174
995,7
0,805
61,8
5,42
801 ,5
1 ,014
O trocador de calor possui uma área total de troca
de calor,
137
= nT « d e y L = 1377 x w x 1,905 x l ü ~ 2 x 6 , 0 0 =
= 494 a 2 ( E . 3 )
tomando como referência a área externa dos tubos, com uma dife
rença média logaritmica de temperatura, AT :
- (TeK - Tsc) - (TsTC - Tec)
log [ (Te T C -T$ c ) / (Ts T C - Tec)
( 4 7 , 3 - 34) - (34 - 26) = 1 0 > 4 <> c { £ 4 )
log [ ( 4 7 , 3 - 3 4 ) / ( 3 4 - 26)
e um c o e f i c i e n t e g l o b a l d e t r a n s f e r ê n c i a d e c a l o r t e ó r i c a (U)
d e :
ü = P ° _ = 4 0 Q 0 = 0 , 7 7 9 kW/m2 °C ( E . 5 )ATC Al 494 x 1 0 , 4
Um trocador de calor só é operacional em um circui-
to se a condição,
1.0 - X - 1,1 (E.6)
é obedecida, sendo:
X = -5- (E.7)U
com U sendo o coeficiente de transmissão de calor em serviço.
A troca de calor em um trocador de calor acontece através da pa
rede dos tubos, entre o fluido que escoa em seu interior e o
fluido que escoa na carcaça. Como as áreas de troca de calor ,
interna e externa dos tubos, são diferentes, no cálculo de coe
138
ficiente de transmissão de calor em ser\iço (U ),(dado por:
Us = l/RTS (E.8)
onde R-c é a resistência térmica do trocador de calor em servi
ço); deve-se tomar uma delas como referência (neste caso, a
área externa), e sempre que un termo for relativo a outra área
(area interna) multiplicá-lo por um fator de correção (f ):
. * deT LTC B ^eT s 1,905 =, d i T L T £ . d.T 1,351
Os tubos de trocador de calor sao feitos de aço ( k =
tén(11)
= 0,0451 k.H/ra C) e apresentam uma resistência térmica a condu
ção de calor através de sua parede(R.)dada por
deT . log(f) 1.905 x IO"2 log(l,410)_ » S_ = =
2 . k 2 x 0,0451
= 0,073 m2 °C/kW (E.10)
0 escoamento de um fluido, com o tempo forma depõs_i
tos de impurezas sobre a superfície do tubo em contato com ele.
A resistência térmica devida a estas incrustações (RJ)/ deve
ser medida no trocador de calor durante sua
manutenção, entretanto em cálculos preliminares que não exijam
precisão são usados valores de resistências médias, segundo os
meios :
- Água de torre de refrigeração (tratada) ... R J O = 0,176m C/k:W;
- Água destilada Rdi = 0,088m2 °C/kW.
Assim a resistência de deposição no trocador de ca-
lor (Rd) é:
139
Rd = fc Rdi + Rde = 1'410 x °' 0 8 8 +
+ 0,176 = 0,300 m2 °C/kW (E.ll)
A área de escoamento na carcaça do trocador de calor
(A- ) é dada por:
L S " d PTAfc = ( ± ) ( ^ ) DtC N + 1 S 1C
= (—-—) (15/16 " 3 / 4) 0,9906 = 0,396 h.2 (E.12)2 + 1 15/16
O diâmetro equivalente da carcaça (Dpr) de um troca
dor de calor cujos tubos de (3/4") estão distribuídos em passo
triangular de 1 in é D = 1,397 x 10~ nr ' e o número de Rey_
nolds é:
Re = °ec " = 1,397 x IO"2 x 120,0 _c Afcu(30) 801,50 x IO6 x0,396
= 5.282 (E.13)
A resistência de convecção externa (R ) no troca -
dor de calor é obtida em função de um coeficiente j u que varia(11)com o numero de Reynolds na carcaça
j H (5.282) = 38 (E . 14)
e' D -2R _ uec _ 1,397 x 10 LCe JH K P r
F / 3 0 C 38 x 61 ,8 x 10" 5 5,42 l/3 1,014
= 0,333 m 2 °C/kW (E . 15)
140
A área de escoamento nos tubos do trocador de ca -
lor (Affjr) é dada por:
_ nT * diT 1,377 x T X (1,35ix IO" 2) 2
AftTC ~ = " =
4 4
= 0,197 in2 (E.16)
e o número de Reynolds por:DeT H -2
Qa _ e 1,351 x 10 c x 72,2
AftTC V í40»65) 6 4 6 » 5 x 10'6x 0,197
= 7.643 (E.17)
A resistência de condução interna (Rfi) é calculada
com base na correlação de Colburn para escoamento turbulento
do fluido arrefecedor , sendo dada por:
C1 0,027 Re0'8 Pr1/3 K 0,.c
1 , 4 1 0 x 1 , 3 5 1 x 1 0 " 2
0 , 0 2 7 x 7 6 4 3 ° ' x 4 , 2 6 I / 3 x 6 3 , 6 x 1 0 " 5 x 0 , 9 8 4
= 0,544 m2 °C/kW ( E . 1 8 )
A resistência térmica do trocador de calor em serv_i
ço é dada pela somatória das resistências térmicas no trocador
de calor.
RTS = Rk + Rd + Rce + Rci = °' 0 7 3 + °' 3 0 0 + °' 3 3 3 +
+ 0,544 = 1,250 m2 °C/kW (E.19)
O trocador de calor tem um coeficiente de transmis-
141
são de calor em serviço igual a, U$ =0,800 kW/m2 °C ( X =1,027),
que mostra que ele e operacional neste circuito sob o aspecto
de transmissão de calor.
Trocadores de calor do tipo casco e tubos admitem ,
nos tubos e na carcaça, uma perda de pressão de no máximo Ap =p
= 10 psi (69.000 N/m ). O fator de atrito no interior da carca-
ça do trocador de calor é obtido como função do número de Rey-
nolds na carcaça ' e vale:
fc (5.262) = 0,345 (E.20)
e a perda de pressão no casco é:
fccasco - d g 7 2
1 eT pc Mfc
0,346 x 0.9906 x (2 + 1) x12O,O2
2 x 1 ,905 x IO"2 x 1 ,014 x0,396Z x 995,7
2.455 N/m2 (E.21)
A resistência ao escoamento normalizada nos tubos do
trocador de calor K,- é calculada no texto principal, já que
estes fazem parte do circuito primário de refrigeração como sen-4 "~
do igual a Ky^ = 450 m (Quadro II.8), assim sendo a perda depressão nos tubos do trocador de calor,
o
Y W 2A p = H Ç = 450 x 72,2 = 1>182 22 p(34) Z X 9 9 4' 3
O trocador de calor é também viável sob o aspecto
da perda de pressão.
A tabela (E.2) apresenta as principais caracterlsti
cas do trocador de calor, aqui dimensionado, funcionando em re
gíme permanente, dissipando uma potência de 4,0 MW.
142
TABELA E.2 CARACTERÍSTICAS DO TROCADOR DE CALOR DIMENSIONADO
TIPO: CASCO E TUBOS (ESCOANDO EM CONTRA-CORRENTE)j TUBOS
Vazão ( k g / s )
Tempera tu ra de e n t r a d a ( °C)
Tempera tu ra de saTda (°C)
D iâmet ro i n t e r n o (m)
Area de Escoamento (m )
Perda de p ressão ("i/m )
Quan t idade
Passes no t r o c a d o r
Comprimento (m)
Tempera tu ra na parede dos tubos
D i f e r e n ç a média logari tmica de temperatura
Passo e n t r e os tubos
Número de chicanas f racionár ias com cortes 25%
C o e f i c i e n t e global de transferência de calor
C o e f i c i e n t e de transmissão de calor em serviço
72,2
47,3
34
1,35 x IO"2
(3/4"BWG12)
0,197
1 .183
1377
1
6,0
CASCO
120,0
26
34
0,996 (39")
0 ,396
2455
1
1
6,0
35,1°C
10,4°C
15 /16 " (Tr iangular)
2
0,779 k W / r / °C
0,800 kW/m2 CC
143
b - Tanque de Retenção.
O tanque de retenção é usado no circuito com o pro-
pósito de reter o fluido proveniente do reator o tempo sufici-
ente para que o nível de radiação induzido decaia a um pata
mar compatível com a segurança. Em geral, considera-se que o
tempo de retenção t~ no tanque deve ser no mínimo 10 meias-vi-
das do nuclícleo radioativo de maior atividade aí presente.Para
a água destilada este núclideo é o nitrogênio-16 (N ), com
uma meia vida de t,,~ = 7,2 s, formada pela reação nuclear:
O16 (-., P)
O tempo de retenção necessário é:
in = 1 0 x lM2 = 1 0 x 7' 2 = 7 2 s e g
O volume mínimo eficaz do tanque de retenção com o
reator funcionando em regime permanente (W =72,2 kg/s(II.85)
e TJR = 34°C) é de:
tp W 7? y 7? ? 1V . = - 2 — 5 - = u x /d»d = 5,23 mJ (E . 24 )min p(T T R) 994,3
Considerando-se o tanque de retenção como um cilín
dro equilátero (altura (h-rn) = diâmetro (dyn))» obtem-se:
dTn = h 3
TR = hTR / 4 V • /TT = / 4 x 5,23/irmin
= 1,88 m (E.25)
e uma área de escoamento (A jjde:
144
ApTR = * dTR / 4 = *H>88)2/4 = 2,78 m2 (E.26)
A variação de temperatura no interior do tanque de
retenção é governada pela equação diferencial:
L_ (E.27)dt tR
cuja solução é:
TTR(t) = Te(t) - (Tfi(t) - To)e("tQ/tR) . (E.28)
onde T-.p(t) temperatura média no tanque de retenção no tempo t;
Tp(t) temperatura na entrada do tanque de retenção no tem
po t;
T temperatura média no tanque de retenção em t = 0;
Í2 razão entre a vazão de fluido arrefecedor no tan -
que de retenção em t e t = 0.
A equação (E.27) é válida porque o tanque de re -
tenção, quando o circuito permite uma variação de temperatura
em seu interior, tem vazão baixa comparada ao seu volume o que
permite considerar uma mistura perfeita do fluido e também por
o tanque possuir grande inércia térmica.
c - Bomba Hidráulica.
Em um circuito fechado, no qual se deseja manter um
fluido em regime permanente, a uma certa vazão, deve ser manti
da em funcionamento pelo menos uma bomba hidráulica com potên-
cia suficiente para vencer as perdas de pressão.No circuito pri
mário de refrigeração do R. P. R., as bombas devem vencer, no
145
mínimo, a perda de pressão em operação normal, H = 5,04 mca, com
o fluido escoando na vazão de U = 72,2 kg/s (261 m 3/h) (II.85) .
Em um catálogo de bombas hidráulicas encontra-se o tipo de
bomba adequada ao circuito. A"bomba centrífuga de baixa pres-
são" tipo ETA 150-26 que tem as curvas características reprodu
zidas na figura (E.l) preenche as necessidades do circuito p^i
mãrio de refrigeração do R. P. R. Ela possui as seguintes ca -
racteristicas:
- diâmetro de flange de pressão d . = 0,150 m;
- diâmetro de flange de aspiração d . = 0,200 m;
- diâmetro do rotor d~. = 0,230 ra;
- espessura do rotor Iny. - 0,045 m;
- velocidade do rotor n = 1120 RPM;
- eficiência da bomba n - 73,6?á
A bomba funcionando em regime permanente tem uma po
tência (N) de:
0,73b
e uma velocidade de bombeamento (w ):
u 0 = n TT/30 = 1120 TT/30 = 117,3 rad/s (E.30)
O movimento do rotor de uma bomba mecânica é gover-
nado pela equação diferencial:
I ^ + Cw 2 = 0 (E.31)dt
onde I - momento de inércia do rotor, t - tempo, u - velocida-
de de bombeamento e C - uma constante de proporciona-
lidade que é calculada pela condição de contorno:"Em
146
regime permanente (dw/dt = 0) o torque de retardamen2 ~
to da bomba (Cu ) é igual a potência da bomba (N) di-
vidida pela velocidade de bombeamento (w )M,assim:
4.850 -1 ?— * = 3,005 x 10 J kg m£ (E.32)( 1 1 7 , 3 ) J
O momento de inércia do rotor da bomba (I) é cal-
culado supondo que o rotor, de aço inoxidável (pRh =7.850 kg/m ),
seja um cilindro sólido em rotação em torno do eixo, (seja :
mp. - massa do rotor).
dRd = * dRb £Rb pRb
8 32
7T x O.23O4 x 0,045 x 7850
32
9.7C5 x 10~2 kg m2 (E.33)
E a solução da equação diferencial (E.31) é:
_ÜL. = ! (E.34)
% í1 + l/tp}
onde o subscrito (o) indica valores no estado estacionario
(t = 0) e t uma constante característica da bomba, chamada tem
po de meia vida de bombeamento que mede o tempo necessário pa-
ra que a velocidade de bombeamento (u) se reduza a metade de
seu valor em estado estacionario (w_):
9 ' 7 0 5 x ] f 2 - 0,275s (E .35"3 117C w 0 3 , 0 0 5 x I O " " 3 x 1 1 7 , 3
147
Hot ar I l.h-gti'i j 7
de apuração para a re'---.r
'131)0
931631/40/1120
FIGURA E.1 - CURVAS CARACTERÍSTICAS DA BOMBACENTRIFUGA DE BAIXA PRESSÃOETA 150-26
148
APÊNDICE F
a - DEDUÇÃO DA EQUAÇÃO DIFERENCIAL DE PERDA DE PRESSÃOEM CIRCUITO.
A formulação de modelos hidráulicos para o núcleo e
o circuito primário de refrigeração referentes ao escoamento do
fluido arrefecedor em estado estacionario e transitório são ne
cessãrios em estudos associados a acidentes em reatores.A equa
ção diferencial de um canal individual de escoamento, compatí-
vel com o modelo proposto para o circuito primário, é obtida a
plicando-se balanços de massa e de energia a um fluido incom -
presslvel e usando relações empíricas entre a vazão mássica e
a perda de pressão em canais, instalações e outras configura -
ções presentes no circuito, junto com as leis de Kirchhoff pa-
ra circuitos hidráulicos.
O modelo hidráulico do transiente ê estabelecido a-
través da equação macroscópica da continuidade:
-*- í P dv • íat jv A
(pn.v) 34 = 0 (F.l)
e do balanço de energia mecânica, em um sistema de coordenadas
estacionarias:
J _ ( (£*!) 3V • / (£*í n . v) H - -\ (v . Vp) 9V3 t J v 2 y , z y v
H I (pv . g) dV - Ey + Ep ( F . 2 )
149
onde V ê o volume do fluido; i a superfície do volume (V); n o
vetor unitário normal a d«S; p é a densidade; v a velocidade e^
calar e, v a velocidade vetorial do fluido; Vp é o gradiente de
pressão no circuito;"g" o vetor força gravitacional; E a taxa de
dissipação de energia mecânica por atrito e E a taxa de gera-
ção de energia mecânica pela bomba hidráulica.
Sendo % uma distância ao longo do eixo central em um canal de
escoamento idealizado; então:
dV - A(£)dí. (F.3)
onde A(£,) é a área de escoamento em t. Em nível macroscópico,a
velocidade vetorial perpendicular a direção do eixo central(í)
pode ser negligenciada e, a velocidade vetorial paralela a %
em muitos cálculos envolvendo escoamento turbulento em uma só
fase apresenta um perfil nitidamente achatado, tornando possí-
vel aproximar v e v por quantidades que são funções apenas da
distância (£) e do tempo (t):
v = v(JL, t) (F.4) e v = v(fc,t) .1 (F.5)
Nestas condições, também, podem ser negligenciadas
as variações de pressão (P) e da densidade de fluido (p)na di.
reção perpendicular ao escoamento:
p = p(£,t) (F.6) e P = P(i,t) (F.7)
As equações de balanço, (F.I) e (F.2) podem ser re-
escritas tomando-se a velocidade escalar (v) positiva na dire
ção l e considerando as suposições para o tratamento do volume
(V) entre a entrada (í. ) e a saída (l ) do circuito.
150
P(£s,t) v(£s,t) A(£s) - p(£e,t) v(£e,t) A(£e) +
+ — / P (*,t) A(£)d£ = 0 (F.8)
1/2 p ( * s , t ) C v ( £ s > t ) ^ J A ( i s ) - 1/2 P ( £ e , t ) [ ; v ( £ e , t ) ^ J A ( £ e )
r£
ti e1/2
'*s= EP " Ev
- 9 ( p(*,t)x vz(£,t)xA(£) d£ (F.9)
Jle
2onde g é a intensidade do vetor gravitacional (9,81 m/s ) e v
a componente vertical de v.
Em circuitos onde a pressão não varia rapidamente e
possa considerar-se a densidade no canal independente do tempo
(fluido incompressivel), na ausência de ebulição,pode supor-se
que 3p/3t = 0, assim (F.6) pode ser escrita na forma p = p(í,) (F. 10)
O balanço de massa, (F.8), se reduz a:
P( *s ) v(ls,t) A(£s) = p(S.e) v(*e,t) A(£e) (F.ll)
mas l pode ser calculada arbitrariamente no circuito, assim a
massa de fluido que passa em £ por unidade de tempo (p(í,) v(£,t)A(&)
é independente da distância i. h vazão de massa em um ponto qual
quer ao longo do circuito é dada por:
N(t) = p(iL) v(t,t) A (A) (F.12)
O balanco de energia mecanica, (F.9) , pode ser
crito sob uma forma mais manejavel usando as aproximacoes para
fluido incompressivel:
n 1
(pA);W(t] dK.
P(t) dt
w(t: 9"( 1 '
= 0 (f 13)
onde os subscritos (s) e (e) designam valores obtidos em ^ e
A . Dividindo-se todos os termos de (F.13) por W(t) e reorde -
nando-os:
<*P(P)
PA dt= 0
onde: L = (F.15);
152
H = -B (F.19)p
Os três primeiros termos de (F.14) formam a chamada
"Equação de Bernoulli" usada para escoamento sem atrito em es-
tado estacionario. A adição dos três últimos termos explica,a-
proximadamente, o efeito inercial e viscoso do fluido além de
tratar o circuito em presença de bombas hidráulicas.
O termo E expressa a perda de energia por unidade
de massa do fluido devida ao atrito (viscosidade), sendo des -
crita através da relação:
E = -5— = -1 (JL)' (F.20)2 2
£ PA
onde l é um coeficiente empírico de perda de pressão por atri2 "~
t o e (v /2) ê a energia cinética do fluido por unidade de mas-
sa. As expressões que descrevem o coeficiente de perda de prej;
são por atrito (t ) são avaliadas empiricamente para diversas
situações (regime laminar ou turbulento) e instalações (tubos,
válvulas, curvas, instrumentos, etc.) ao longo do circuito, e£>
tando tabelados em diversos locais. O termo (g.H ) indica o au-
mento da energia mecânica incorporada por unidade de massa do
fluido quando impulsionado pela bomba, com H (altura manométrica)inP ~"
dicando o ganho de pressão por bombeamento.
Em transientes onde o inventário de refrigerante no
circuito permaneça constante o gradiente de densidade ao longo
da trajetória de escoamento tende a ser pequeno, contanto que
não haja ebulição local do fluido. Nas condições normais de ope
ração do R. P. R. esta suposição é razoável, levando a seguin-
te simplificação:
p(p)
153
(F.21)
Pe -
Definindo-se a perda de pressão no canal como, Ap =
Ps (F.22), a equação (F.14) pode ser reescrita na forma
de uma soma das contribuições de perda de pressão devida a
inércia, a aceleração e ao atrito no fluido,das variações de
pressão estática e do ganho de pressão por bombeamento:
Ap = — —
A dt 2 p (A)2
V2P (A)2
Hp(W) +g p <ZS " Z e ) (F.23)
Os termos que calculam a perda de pressão por atri-
to e devidas a contração ou expansão de escoamento (termo de
aceleração do fluido em locais onde haja significativa mudança
na densidade) podem ser agrupados de modo a se obter um coef i
ciente que é chamado de resistência normalizada ao escoamen -
to (K).
K = -i + (-
Ã2(F.24)
A equação que descreve o modelo de escoamento adota
do neste trabalho é:
A dt 2p
- gpHp(W) (F.25)
onde o termo g(pAZ) representa a variação de pressão estática
no circuito e AZ = Z - Z (variação total de altura no circui
154
to). A entrada e a saída de um canal assim como a perda de pres
são são definidas em termos de uma suposta direção de escoa -
mento. Na equação (F.25) representa-se W por W|W|, para levar
em conta as situações em que ocorra reversão de escoamento.
A equação (F.25) ê válida tanto em convecção força-
da quanto em convecção natural; entretanto, quando ocorre a re-
versão de escoamento, em circuitos que possuam válvulas, bom -
bas e outras conexões afins, em geral, a resistência normaliza
da ao escoamento (K) sofre, nestes locais, variações (muitas ve
zes radicais) , sendo muitas vezes necessário recalcular seu va
lor. o valor de, g(pAZ), também varia continuamente durante a
transição entre a convecção forçada e a convecção natural.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O tratamento matemático usado para ob-
ter a equação (F.25) não se aplica a transientes rápidos, on-
de fenômenos acústicos são importantes (ariete hidráulico); a
situações onde haja mudança de fase (evaporação) ou ainda a rá-
pida despressurização que provoque rápida mudança de dens i
dade no fluido (auto-evaporação) > causando grandes desvios nos valores: da
resistência normalizada ao escoamento (K), que em cálculos menos
precisos é considerada praticamente constante.
b - SOLUÇÃO DA EQUAÇAOdII .28) - EQUAÇÃO DE ESCOAMENTO DURANTE
0 TRANSIENTE EM COHVECÇftO FORÇADA COM A VÁLVULA DE BLO
QUEIO ABERTA.
A equação do escoamento durante o transiente em con
vecção forçada, com a válvula de bloqueio aberta é dada por:
n ( v ) . 6 { 2 _ r ~ L i - J r + i < v > ' C J - ( r + i ) < v > j2v Jr(v) + CJ.r(v)
(III.28)
0 programa para calculadora TEXAS TI-5b descrito no
155
Quadro (F.l) calcula a razão entre a vazão atual e a va-
zão inicial (Q) no circuito em um dado tempo (t) durante atran
sição em convecção forçada pressupondo o conhecimento prévio
das constantes do circuito: a (eq.III.12), B (equação III.13) ,
<5 (eq.III.30)e da ordem da função de Bessel (r) (eq.III.20).As
funções de Bessel requeridas nestas equações não são disponl -
veis em tabelas devendo ser calculadas através da série:
J p ( v ) = Z K '' \ v / c l (III.23)
j=o j : r (r + j + i)
pela subrotina A. A função gama T(x) é obtida com um erro esti
mado d e e ( x ) - 5 x ! 0 , se 0 - x - I, pela equação :
r(x+l) => 1 -0,5748646 x + 0,9512363 x2 -
- 0,6998538 x3 + 0,4245549 x4 -
- 0,1010678 xB (F.26)
e sabe-se que: T(x+1) = xr(x) (F.27)
0 Quadro(F.2) mostra como estão ocupadas as memóri-
as da calculadora requeridas pelo programa. Na última coluna es
tão os valores iniciair das memórias para os cálculos do texto.
A constante de integração:
V + l(vo) " * Jr <%>C = -JT—1-!—2 n 2 (111.29)J. ( r + 1 )(v 0) + 6 J_r(v0)
é calculada pela subrotina C com as funções de Bessel de v sen
do obtidas através do programa principal com t - 0.
No caso de precisar calcular o tempo (t) necessário
para atingir determinada vazão (Q) durante a transição em con-
vecção forçada, este programa pode ser aplicado como interme -
diário no algoritmo do "Método da Posição Falsa" que con -
156
siste era:
- Seja £ o erro admitido no valor de t, de modo a obter-se,
f(t) = 0 (F.28)
(1) Escolher dois valores paia t, de modo que:
fit,) f(to) < 0 (F.29)
(2) Determine o próximo valor de t a partir de:
t , f(t ) - t f(t ,)
Se |tn + 1 - t j < e ou |t R + 1 - t ^ l < £ , então tn+1 é a so-
lução.
(4) Se (3) não acontecer, então:
caso f(t , ) . f(t ) < 0 mantenha t e substitua t -j por
caso f (*„+]) • (t _•]) < ° mantenha t , e substitua t por
t , e calcule o próximo valor através de (F.30).
157
QUADRO F.I I PROGRAMA SOLUÇÃO DA EqUAÇAO (III.28)
LOC. COD. TECLA LOC. COD. TECLA
000001
002
003
004
005
006
007
008
009
010
011012
013
014015
016
017
018
019
020
021
022
023
024
025
026
027
028
029
030
031032
033
6543
1585
43
14
54
65
43
13
95
42
00
71
1543
10
42
22
43
054219
71
11
42
01
711543
10
9442
22
XRCL15
+
RCL
14
1X
RCL13
=
STO00
SBRE
RCL
10STO
22RCL05
STO19SBRA
STO01
SBRE
RCL
10
+ /-
STO22
034035
036
037
038
039
040
041
042
043
044
045
046
047
048
049
050
051052
053
054055
056
057
058
059
060
061
062
063
064065
066
067
4306
43
19
71
11
42
02
71
15
43
11
42
22
43
07
42
19
7111
42
03
7115
43
11
94
42
22
43
08
4219
71
(continua)..
RCL06
STO19
SBR
A
STO02
SBRE
RCL11
STO
22
RCL07
STO19
SBR
A
STO03
SBRE
RCL11
+ /-
STO22
RCL08
STO19
SBR
m
158
QUADRO
LOC .
F.l
COD.
PROGRAMA
TECLA
SOL UÇAO DA(Continuação) ...
EQUAÇÃO (III. 28)
LOC. CÕD. TECLA
068069
070
071
072
073
074
075
076077078
079
080
081
082
083
084
085
086
087
038
089
090
091
092
093
094
095
096
097
098
099
100
1142
04
43
12
65
43
13
65
53
43
23
55
43
00
75
53
43
03
7543
16
65
43
04
5455534301
35
43
16
ASTO04
RCL12
XRCL13
X
(RCL23
7
RCL00
-
(RCL03
-
RCL16
XRCL
04
)•7
(
RCL01
RCL16
101102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116117118119
120
121
122
123
124
125
126
127
128129130
131132
133
1
6543
02
95
91
81
76
15
00
42
09
01
42
18
01
42190
42
21
92
761153
01
7504
65
53
43
09
55
02
'continua).
XRCL02
=
R/SRST
2nd LbLE0
STO09
1
STO18
1
STO19
0
STO21
INV SB-R2 nd LbL
A(
1-
4X(
RCL09
-
2
159
(continuação)...
QUADRO
LOC.
134135
136
137
138
139140
141
142143
144
145
146
147148
149
150151
152
153
154155
156
157158
159160
161
162163
164165
166
F.l
COD.
54
22
59
54
65
43
00
4553
43
2285
02
65
43
09
54
65
43
1865
43
19
9542
20
44
21
01
44
09
53
43
PROGRAMA SOLUÇÃO
TECLA
)INV
2 nd Int
)X
RCL00
yx
(RCL22
+
2X
RCL09
)•
RCL
18
RCL19
=
STO20
SUM211
SUM
09
(RCL
DA EQUAÇÃO
LOC.
167
168
169170
171
172
173
174
175
176
177178
179
180
181
182
183
184185
186
187188
189190
191
192193
194
195
196
197
198
199
(III.
COD.
09
85
4322
54
49
19
4309
49
1843
2050
77
1143
2192
761248
1365
43
1755
4313
95
4217
00
28)
TECLA
09
+
RCL22
)2 nd Prd
19
RCL09
2 nd Prd
18
RCL
202 nd | X !
2 nd x- t
ARCL21
INV SBR
2 ndLbL
B2nd Exc
13X
RCL
17••
RCL13
=
STO17
00
(continua)...
160
(continuação)...
QUADRO
LOC.
200
201
202
203
204205
206
207
208
209
210
211
212
213
F. 1
COD.
81
76
13
53
43
03
75
43
17
65
43
01
54
55
PROGRAHA
TECLA
RST
2 nd LbL
C
(RCL03
-
RCL17
XRCL01
)
SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO
LOC.
214
215
216
217
218
219
220
221
222
223
224
225
226
227
228
(III
COD.
53
43
04
85
43
17
65
43
02
54
95
42
16
42
81
-28)
TECLA
(RCL04
+
RCL17
X
RCL02
)=
STO16
INV SBR
RST
161
QUADRO F . 2 CONTEODO DAS MEMÓRIAS DA CALCULADORA
MEMÓRIA
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
(3)
18
19
20
21
22
23
t
CONTEÚDO
z < • >
J r
J - r
Jr+1
J - ( r + l )
r ( r + l )
r ( l - r )
r ( r+2)
r ( - r )
n ( Z )
r
r+1
Zo
C
ô
n I
rJ
I J
r
(2r+1)/4
Precisão* '
VALOR INCIAL
0,88763
1,88833
1,35895
- 3,55618
0
0,531
1,531
0,0773
1
0,00690
0,02510
61,754
T
1
0
0,5155
5 x IO"5
(continua)...
162
QUADRO F . 2 j
0 )
(2)
(3)
(4)
Z = v / 2 ;
Contador;
AuxTliares na
Precisão do
C0NTE0DO
subrotina
cálculo.
DAS MEMÓRIAS
A;
DA CALCULADORA
( c o n t i n u a ç ã o ) . . .
163
APÊNDICE G
CIRCUITOS COMPLEXOS.
As equações de conservação de "momentum" linear e de
massa se escrevem,para o regime permanente e fluido incompres -
slvel,
Jdp = 0 (G.l)
div v~* = 0 (G.2)
onde v vetor velocidade do fluido;
dp variação de pressão no circuito.
Na integral estão incluidas as variações de pressão
estática e cinética para um circuito fechado sem derivação, com
posto de trechos de seção constante. É cômodo escrever:
• dp = Z Api = 0 (G.3)
Wi = constante (6-4)
sendo W. a vazão mássica no trecho i;
Ap. a variação de pressão no trecho i.
Para circuitos complexos contendo derivações, as leis
de conservação se aplicam como as leis de Kirchhoff,aplicadas ã
circuitos hidráulicos:
Z Ap. = 0 (G.5)i 1
164
em qualquer malha simples e,
E W. = O (G.6)
em qualquer nó. A partir de (G.5) e (G.6) podem ser definidas as
seguintes relações válidas para circuitos hidráulicos que pos -
suam n canais;
- em paralelo (como nos tubos do trocador de calor e nos canais
no interior do reator):
Ap = Ap, = = Ap = constante (G.7)
Wp =Z Wi - (G.8)
) " 2 (G.9)
(— )D = ( " (—
A f p i-1 A f
onde o subscrito (p) designa valores equivalentes para canais em
paralelo, e
- em série (como o restante do circuito primário de refrigera -
çãc) :
= Wn - constante (G.ll)
(6.12)
(G.13)
u
APS
Ks
L
Af
1n
= E
n= E
Ap.
K i
n
i = l, L
16S
onde o subscrito (s) designa valores equivalentes para canais
em série; s^ndo (K-) a resistência normalizada ao escoamento e
(L/A,), a razão entre o comprimento equivalente (L) e a area de
escoamento (A-) do trecho (i) no circuito.
Na aplicação das leis de Kirchhoff arbitra-se um sen
tido de percurso, na malha simples, e computam-se neste sentido
as variações de pressão, conveneionando-se tomar como positi -
vas as diminuições e como negativas os aumentos de pressão. O
sentido de circulação em cada trecho é também arbitrado, sendo
verificada "a posteriori" a adequação do sentido arbitrado.
OBSERVAÇÃO: Se os n canais que formam o circuito hidráulico
forem iguais e estiverem em paralelo, então:
K =4 (G.15)r
Wp = n W. (6.16)
e se estiverem em série, então:
Ks = n K. (G.18)
Ap =n Ap. (G.19)
e» (-i_) = Ht (G.20)Af
S Af
166
APÊNDICE H
SOLUÇÃO DA INTEGRAL (11.27) (VARIAÇÃO DA PRESSÃO ES-
TATICA NO CIRCUITO).
A variação de pressão estática (ApH) entre dois pon-
tos ê calculada através de:
,2
A P H = - J 9 pdZ (11.27)I1
estando as cotas dZ referidas a um plano horizontal abaixo do2
circuito. Nesta integral, g = 9,81 m/s (aceleração da gravida-
de) e p é a densidade do fluido. Em trechos isotérmicos do cir-
cuito, p é constante e a solução da integral é:
APH = " 9P(T) AZ (H.l)
onde T é a temperatura do fluido e, AZ = Z2 - Z^, é a altura do
trecho.
As variações de temperatura da água, no circuito pri
mário de refrigeração do R. P. R. (no trocador de calor e no rea
tor) são pequenas de modo que pode-se linearizar a função:
p - P-° = P 0 H " &(T - TJI] (H.2)1 + B(T - To) °- °
onde p ê a densidade da água na temperatura de referência T ;
p, ê o coeficiente de expansão volumetrica da água,
e calcular a densidade média ( p ):
167
p dZ = p. 1 - 3(T -T Q) dz
(H.3)
No trocador de calor ê válida a aproximação:
T - To = aZ (H.4)
Substituindo (H.4) em (H.3), calcula-se a densidade
média da água no trocador de calor.
P = P, 1 — I 3aZ dZ = P. 1 -
2AZ= P, 1 -
(z2 +
Mas, a(ZP + Z,) = (T, + T-, ) - 2 T2 x '1
(H.5)
(H.6)
assim:
P = P,T2 + T
- To )
= P,
(H.7)
onde 3 é calculada na temperatura média da água no trecho.
No canal ativo do reator, de comprimento L = I^-T-TI
a temperatura média da água varia segundo a lei (veja ApêiidiceC)
168
T - T.
-L/2
cos (—)dZL1
(H.8)
onde Q ê a densidade máxima de fonte de calor;
A a área da seção reta de combustível;
w a vazão mássica de água no canal;
C o calor específico da água;
L' o comprimento extrapolado da vareta (ver Apêndice B -
a partir da equação (B.15)).
Resolvendo a integral em (H.8) obtêm-se a solução mostra-
da pela equação (C.3), a saber:
Qn A L 1
T T O DT - j = a
O _ r- . .
sen {-=—) + sen (—2L1 L1
que ao ser substituída em (H.3) e integrando entre Z, = - L/2 e
Z2 = L/2, dá:
P = P, 1 - VTT C p W
sen(^)2L1
L1
LIT
- -
TrZcos —
L'
L/2^
1
-L/2|(H.9)
como cos a = cos (-a) tem-se que:
P = P, 1 -ir C w 2L
( H . 1 0 )
mas.pv =
2Q An L1
0 psen
2L- ) (B.3O) e T , - T =i T O 2wC.
(C.6)
169
assim:
P = P, 1 -6 P.
2 wC.= P, " B (Tf-To) (H.U)
Vê-se portanto que, tanto no caso de variação linear
de temperatura com a distância, (caso aproximado do trocador de
calor (equação (H.7)) quanto para o caso de distribuição cose -
noidai de densidade de fonte de calor (com o valor máximo ocor -
rendo no plano médio do reator (equação (H.ll)) a densidade mé-
dia da água no trecho (p) ê a que corresponde ã média aritméti-
ca entre as temperaturas extremas deste trecho. Sendo por esta
razão, lícito adotar como solução para a integral (11.27), nos
trechos não isotêrmicos do circuito, a solução:
Ap. - g PAZ (H.12)
APÊNDICE I
PROPRIEDADES FlSICAS DA fiGUA NA LINHA DE SATURAÇÃO*13
t
(°c) •0
10
20
30
34
40
50
60
70
80
90
100
110
P
(kg/m 3 )
999,9
999,7
998,2
995,7
994,3
992,2
988,1
983,2
977,8
971,8
965,3
958,4
951 ,0
(kW.s / °C.kg)
4,212
4,191
4,183
4,174
4,174
4,174
4,174
4.179
4,187
4,195
4,208
4,220
4,233
k .10 5
(kW/(m.°C))
55,1
57,4
59,9
61 ,8
62,5
63,5
64,8
65,9
66,8
67,4
68,0
68,3
68,5
y . 1 0 6
( kg /m.s )
1 .788
1 .306
1 .004
801 ,5
742,2
653,3
549,4
469,9
406,1
355,1
314,9
282,5259,0
v . 1 0 5
(m 2 / s )
1,789
1,306
1 ,006
0,805
0,747
0,659
0,556
0,478
0,415
0,365
0,326
0,295
0,272
8 . IO4
(V1)- 0,63
+ 0,70
1 ,82
3,21
3,47
3,87
4,49
5,11
5,70
6,32
6,95
7,528,08
Pr
13,67
9,52
7,02
5,42
4,98
4,31
3,54
2,98
2,55
2,21
1,95
1,751 ,60
t = Temperatura ( C)
C = Calor Específico(kW.s/°C.kg)
k = Coeficiente de Condutividade
Térmica (kW/m°C)
Q = Coeficiente de Dilatação Vo-
lumétrica (°C1)
= Densidade (kg/m )
V =
Viscosidade Cinemática (m /s)
Viscosidade Dinâmica (kg/m.s)
Pr =Número de Prandlt