Epidemiologia de Infecções Fúngicas Hospitalares
description
Transcript of Epidemiologia de Infecções Fúngicas Hospitalares
Epidemiologia de Infecções Fúngicas Hospitalares
Marcio NucciProfessor Adjunto, Departamento de Clínica Médica, Unidade de
Hematologia e Transplante de Medula Óssea
Chefe, Laboratório de Micologia, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil
Rede Nacional de Candidemia 12 centros CDC
Pooled Mean Incidence of Candidemia in 12 Brazilian Hospitals
Incidência de Candidemia em diferentes estudos
Caracteristicas de 397 Episódios de Candidemia em 12 Hospitais Brasileiros Hospitals
Mortalidade Atribuída à Candidemia
Patogenia da Candidíase Invasiva
Fatores de Risco para Candidíase Invsiva
Etiologia de candidemia nos EUA
Diminuição na Incidência de Candidemia por Candida albicans em UTI no Hemisfério Norte
Candida glabrata: Patógeno Emergente em UTI no Hemisfério Norte
MIC de Candida para Fluconazol
Distribuição espécies em 145 Episódios de Candidemia
Distribuição especies de Candida spp em sangue Hospital Geral, São Paulo
Distribuição espécies de Candida spp de sangue Hospital Geral, Porto Alegre
Candida sp. e resistência ao azol
índice
continua
índice
Episódios de candidiase hematogênica em pacientes com câncer
Efeito do uso do Fluconazol na Incidência de Candidiasis
Candidemia no TMO com e sem o uso de Fluconazol
Resistência a fluconazol em Candida spp em diferentes séries
Atividade In vitro da Anfo B contra espécies de isolados de Candida
Distribuição de MICs para Anfo B de Candida albicans e Espécies não-albicans
Atividade In vitro da Anfo B contra espécies de isolados de Candida
Atividade In vitro do Fluconazol contra espécies de isolados de Candida
Distribuição de MICs para Fluconazol de Candida albicans e Espécies não-albicans
Distribuição de MICs para Fluconazol de Candida glabrata e Outas Espécies
Atividade In vitro do Fluconazol contra espécies de isolados de Candida
Atividade In vitro do Voriconazol contra espécies de isolados de Candida
Epidemiologia de candidemia no Brasil
Rede Nacional de Candidemia 11 centros CDC
Colombo AL, 44th ICAAC, 2004 [abstract M-1030]
11 centros, 22 meses de coleta prospectiva
Incidência de candidemia em 11 hospitais brasileiros (712 casos)
Colombo et al. J Clin Microbiol 2006 (in press)
Incidência de Candidemia em diferentes estudos
Autor, Pais, ano taxa/1,000 adm.
Richet, France, 1998 0.17
Sandren, Norway, 1998 0.17
Marchetti, Switzerland, 2003 0.27
Tortorano, Italy, 2002 0.38
Jarvis, USA, 1995 0.50
Asmundsdottir, Iceland, 2002 0.55
Gudlaugsson, USA, 2003 0.53
Alonso-Vale, Spain, 2003 0.81
Viudes, Spain, 2002 0.76
Colombo, Brazil, 2004 2.49
Brasil: incidência >2x maior!!!
Colombo et al. J Clin Microbiol 2006 (in press)
Caracteristicas de 712 Episódios de Candidemia em 11 Hospitais Brasileiros Hospitals
Variáveis No.
No. de pacientes 712
Idade (anos), media 41 (0-96)
Sexo M:F 56% / 44%
Duração (d) hospitalização antes da candidemia, media
20 (0-385)
Pacientes ITU 317 (44%)
Câncer 195 (27%)
Cirurgicos 281 (39%)
Mortalidade 385 (54%)
Colombo et al. J Clin Microbiol 2006 (in press)
Mortalidade Atribuída à Candidemia
0
10
20
30
40
50
60
70
1983-1986 1997-2001 UTI
Mo
rtal
idad
e cr
ua
(%)
Casos Controles
38% (26-49) 49% (38-60)
5% (-8-19)
Pareamento Fatores de risco Fatores de risco APACHE
Gudlaugsson et al, Clin Infect Dis 2003;37:1172-7Blot et al. Am J Med 2002;113:480-5
Nucci et al. Clin Infect Dis 2001;33:1959-67
• FeridasColonização do TGI(endógena)
Contaminação de soluções IV(exógena)
Colonização da pele (exógena)
• Cateter
Colonização do trato urinário(endógena/exógena?)
Patogenia da Candidíase Invasiva
Nucci & Anaissiel. Clin Infect Dis 2001;33:1959-67
Patogenia da Candidíase Invasiva
TGI
antibióticosLesão
seleção
CandidaCandida species species
translocação
infecção
Microbiota Microbiota comensalcomensal
Doença
Nucci & Anaissiel. Clin Infect Dis 2001;33:1959-67
Disseminação Duração de neutropenia Uso de cateter Azotemia Hemodiálise Idade
Lesão na mucosa
Aumento na colonização
Fatores de Risco para Candidíase Invasiva
Uso de antibióticos Número Vancomicina Carbapenem
Hiperglicemia Colonização em diferentes sítios Colonização por espécies não-albicans
Nutrição parenteral total Quimioterapia intensa Radioterapia Cirurgia Doença do enxerto contra o hospedeiro
Etiologia de candidemia nos EUA3. 863 leveduras isoladas de 1999 a 2001
Pfaller et al. Clin Microbiol Infect 2004;10(Suppl 1):11-23
%Espécies
2,4Outras
2,1C. krusei
9,6C. tropicalis
13,2C. parapsilosis
18,3C. glabrata
54,4C. albicans
Diminuição na Incidência de Candidemia por Candida albicans em UTI no Hemisfério Norte
Trick et al. Clin Infect Dis 2002;35:627-30
0
2
4
6
8
10
89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99
Ano
Ca
nd
ide
mia
po
r 1
0.0
00
dia
s
de
CV
C
C. albicans C. não-albicans
Candida glabrata: Patógeno Emergente em UTI no Hemisfério Norte
00,10,20,30,40,50,60,70,80,9
89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99
Ano
Can
dide
mia
por
10.
000
dias
de
CV
C
Trick et al. Clin Infect Dis 2002;35:627-30
MIC de Candida para Fluconazol
1 1 1
32
64
0
32
64
C. albicans C. tropicalis C. parapsilosis C. glabrata C. krusei
Susceptível SDD ou resistente
Distribuição espécies em 145 Episódios de Candidemia
Species No. (%)
C. albicans 53 (37)
C. parapsilosis 36 (25)
C. tropicalis 25 (24)
C. rugosa 8 (5)
C. glabrata 6 (4)
C. krusei 2 (1)
Colombo et al. Diagn Microbiol Infect Dis 1999;]
Distribuição espécies em 721 Episódios de Candidemia
Species No. (%)
C. albicans 291 (40,9)
C. tropicalis 149 (20,9)
C. parapsilosis 146 (20,5)
Pichia anomala 44 (6,2)
C. glabrata 35 (4,9)
C. krusei 8 (1,1)
Others 39 (5,5)
Colombo et al. J Clin Microbiol 2006 (in press)
Distribuição especies de Candida spp em sangue Hospital Geral, São Paulo
Espécies N=86 (%)
C. albicans 43 (50)
C. parapsilosis 15 (17)
C. tropicalis 10 (12)
C. guilliermondii 8 (10)
C. glabrata 2 (2)
C. krusei 1 (1)
Costa et al. J Hosp Infect 2000;45:69-72
Distribuição espécies de Candida spp de sangue Hospital Geral, Porto Alegre
Espécies N=120 (%)
C. albicans 58 (48)
C. parapsilosis 31 (26)
C. tropicalis 16 (13)
C. glabrata 4 (3)
C. krusei 2 (2)
Antunes et al. Rev Inst Med Trop S Paulo 2004;46:239-41
Candida sp. e resistência aos azóisImpacto do longo uso de antifúngicos
Sensivel Resistência primária Resistência adquirida
fluconazol
Substituição espécies Sensiveis
por menos sensiveis or espécies
resistentes
C. albicans → C. krusei
fluconazol
Desenvolvimento de resistência
em espécies primariamente sensiveis
C. albicans → C. albicans
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
1988 1989 1990 1991 1992
C. albicans
C. tropicalis
C. glabrata
C. krusei
Ep
iso
des
/ 1,
000
adm
issi
on
s
Year
Abi-Said et al. Clin Infect Dis 1997;24:1122-8
Episódios de candidiase hematogênica em pacientes com câncer
Efeito do uso do Fluconazol na Incidência de Candidíase
C. albicans
C. tropicalis
C. glabrata
C. krusei
OR 0 0.5 1 5 10 40 80
Abi-Said et al. Clin Infect Dis 1997;24:1122-8
Candidemia no TMO com e sem o uso de Fluconazol
Marr et al. JID 2000;181:309-16
0
10
20
30
40
50
60
70
alb tropic paraps glabr krusei
No Flu FluNo. cases
Resistência ao FluconazolApós o uso de fluconazol
C albicans 7%C glabrata 99%C krusei 100%
Resistência a fluconazol em Candida spp em diferentes séries
Pfaller et al. J Clin Microbiol 2002;3551-7
Programa Ano Número % Fluco Resistência
C.albicans C.glabrata C.parapsilosis C.tropicalis
CDC 1992-93 394 1 14 0 2
CDC 1998-2000 944 1 10 0 6
Sweeden 1994-1998 233 0 40 15 (??) 0
Quebec 1996-1998 442 1 9 0 0
Sentry 1997-2000 2047 1 7 0 1
EIEIO 1998-2001 254 0 10 0 0
Atividade In vitro da Anfo B contra espécies de isolados de Candida
Species Range (µg/mL)
MIC 50 (µg/mL)
% Resistant
C. albicans (83) 0.125 – 2 0.5 2.4
C. tropicalis (48) 0.125 – 1 0.5 0
C. parapsilosis (41) 0.125 – 2 1 4.9
Colombo et al. Med Mycol 2003;41:235-9
Distribuição de MICs para Anfo B de Candida albicans e Espécies não-albicans
Colombo et al. Med Mycol 2003;41:235-9
MIC
P<0,0001
Sensível Resistente
5 (9%)
1 (3%)
%
0 0,125 0,25 0,5 1 >1
Albicans
Não-albicans
Atividade In vitro da Anfo B contra espécies de isolados de Candida
Species Range (µg/mL)
MIC 50 (µg/mL)
% Resistant
C. albicans (291) 0. 125 – 1 0.5 0
C. tropicalis (149) 0.125 – 1 0.50 0
C. parapsilosis (146) 0.25 – 1 1 0
C. glabrata (35) 0.25 – 1 0.5 0
Colombo et al. J Clin Microbiol 2006 (in press)
Atividade In vitro do Fluconazol contra espécies de isolados de Candida
Species Range (µg/mL)
MIC 50 (µg/mL)
% Resistant
C. albicans (83) 0.125 – 16 0.25 0
C. tropicalis (48) 0.125 – 8 0.50 0
C. parapsilosis (41) 0.125 – 4 1 0
Colombo et al. Med Mycol 2003;41:235-9
Distribuição de MICs para Fluconazol de Candida albicans e Espécies não-albicans
Colombo et al. Med Mycol 2003;41:235-9
MIC
Sensível Resistente
2 (6%)1 (4%)
% P=0,03
SDD
0 0,03 0,12 0,25 0,5 1 2 4 8 16 32 64
Albicans Não-albicans
Distribuição de MICs para Fluconazol de Candida glabrata e Outas Espécies
Colombo et al. Med Mycol 2003;41:235-9
MIC
Sensível Resistente
% P=0<0,0001
SDD
0 0,03 0,12 0,25 0,5 1 2 4 8 16 32 64
Glabrata Outras
Atividade In vitro do Fluconazol contra espécies de isolados de Candida
Species Range (µg/mL)
MIC 50 (µg/mL)
% Resistant
C. albicans (291) 0.125 – 64 0.25 0.3
C. tropicalis (149) 0.125 – 32 0.5 0
C. parapsilosis (146) 0.125 – 8 1 0
C. glabrata (35) 2 - 64 8 6
Colombo et al. J Clin Microbiol 2006 (in press)
Atividade In vitro do Voriconazol contra espécies de isolados de Candida
Species Range (µg/mL)
MIC 50 (µg/mL)
MIC 90 (µg/mL)
C. albicans (291) 0.03 – 4.0 0.03 0.03
C. tropicalis (149) 0.03 – 0.5 0.03 0.06
C. parapsilosis (146) 0.03 – 0.25 0.03 0.06
C. glabrata (35) 0.03 – 2.0 0.125 1.0
Colombo et al. J Clin Microbiol 2006 (in press)
Epidemiologia de candidemia no Brasil
•Incidência 2x mais alta que no hemisfério Norte
•↑ incidência (?)
•Predomínio de espécies não-albicans
•C. albicans, C. tropicalis e C. parapsilosis respondem por ~90% dos casos
•C. glabrata e C. krusei infreqüentes (<5%)
•Resistência rara!!!