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Energias Renováveis e
Desenvolvimento Sustentável
Novas tendências na produção de energia a partir de fontes
renováveis
Disciplina de Projecto FEUP
Supervisor: António Baptista
Monitor: José Ferreira
Equipa: MMM518
Data de realização: 14/10/09
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Energias Renováveis e
Desenvolvimento Sustentável
Novas tendências na produção de energia a partir de fontes
renováveis
Trabalho realizado por:
Diogo Martins Moía
Francisco Boia Martins
Francisco Ricca Torres
Luís André Neiva
Patrícia Inês Carvalho
Realizado em 14/10/2009
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Resumo
Este relatório trata do problema cada vez mais grave da dependência mundial
dos combustíveis fósseis. O seu objectivo é transmitir aos seus leitores as diferentes
fontes energias renováveis. O trabalho consiste na comparação entre as energias já em
uso em grande massa e as energias emergentes já utilizadas ou por implantar em
Portugal, sendo elas respectivamente as energias fotovoltaica, eólica, hídrica e das
ondas, células de combustível, e centrais de concentração de radiação solar.
Na obtenção da informação deste relatório a ferramenta utilizada foi
essencialmente a internet, pois consideramos que o seu acesso é de extrema facilidade e
é uma rede que contém informação actual e sítios credíveis de grande qualidade
informativa e por vezes de autoria de especialistas de renome mundial.
Com este relatório conseguimos concluir que Portugal é o terceiro país da
Europa em matéria de percentagem de produção de energia a partir de fontes
renováveis. Conseguimos também apurar que Portugal tem investido fortemente nas
energias renováveis convencionais e começa a aderir e desenvolver novas tendências de
produção de energia a partir de fontes renováveis, exemplo disso é a central Pelamis na
Póvoa de Varzim, que foi a primeira a nível mundial.
Apesar dos investimentos portugueses neste campo de energias, consideramos
que Portugal devia apostar agora nas células de combustíveis e centrais de concentração
de radiação solar de modo a sermos cada vez menos dependentes dos combustíveis
fosseis de maneira a salvar o que resta do nosso planeta.
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Agradecimentos
A equipa gostaria de agradecer á Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto pela implementação desta cadeira pois consideramo-la bastante importante na
integração pessoal nesta nova etapa da vida.
Achamos também pertinente aproveitar para agradecer ao nosso supervisor, Sr.
Eng. António Monteiro Baptista, e monitor, José Ferreira, por se disponibilizarem a
ajudar-nos e guiarem-nos no Projecto Feup.
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Índice
1. Introdução ................................................................................................. 5
2. Energia Fotovoltaica .................................................................................. 6 2.2 Desvantagens ................................................................................................. 7 2.3 Energia fotovoltaica em Portugal .................................................................... 7
3. Energia Eólica ............................................................................................ 8 3.1 Vantagens ...................................................................................................... 9 3.2 Desvantagens ................................................................................................. 9 3.3 Energia Éolica em Portugal .............................................................................. 9
4. Energia Hídrica ........................................................................................ 10
5. Energia das Ondas ................................................................................... 12
6. Células de Combustível ............................................................................ 14
Tipos de Células de Combustível ................................................................ 14 6.1 Vantagens .................................................................................................... 15 6.2 Desvantagens ............................................................................................... 15 6.3 Células de combustível em Portugal .............................................................. 15
7.Sistemas de Concentração de Energia Solar ............................................... 16 7.1 Sistema de Concentração de Energia Solar .................................................... 16
8. Conclusão ................................................................................................ 17
9. Referências bibliográficas ........................................................................ 18
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1. Introdução
Nos últimos anos uma preocupação praticamente mundial acerca da poluição e
respectivas consequências. Como tal há uma necessidade de desenvolver e de
implementar novas tecnologias não poluentes de obtenção de energia, sendo o objectivo
principal tornar o Homem cada vez menos dependente dos combustíveis fósseis. A
resposta a este problema é a produção de energia a partir de fontes renováveis, ou seja,
energias renováveis. As energias renováveis são fontes inesgotáveis de energia obtidas
da Natureza que nos rodeia, como o sol ou o vento. Exemplo disso são as tradicionais
energias eólica, hídricas e solar.
Com a urgência mundial de diminuir a libertação de poluentes para o ambiente,
o objectivo do nosso trabalho é dar a conhecer as novas tendências de produção de
energia a partir de fontes renováveis tendo em conta as já referidas anteriormente.
Apesar das suas enormes e óbvias vantagens, há quem considere que estas
também trazem grandes desvantagens, como a causa de impactos visuais negativos no
ambiente e produção excessiva de ruídos. A maior parte dessas tecnologias têm um
custo elevado, uma das razões pela qual certos países continuam a investir nas energias
renováveis.
Havendo uma grande variedade de tecnologias neste campo, optamos por
abordar aquelas que às quais estão associados maiores investimentos e/ou aquelas que
nos parecem ter maior projecção num futuro próximo. As energias escolhidas foram a
eólica, hídrica, solar, maremotriz e células de combustível.
Está também presente neste trabalho levantamentos estatísticos e numéricos
destas energias em Portugal.
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2. Energia Fotovoltaica
Os painéis fotovoltaicos são utilizados para produzir energia eléctrica a partir da
luz solar. Este tipo de energia renovável é dos mais convencionais actualmente, sendo já
possível encontrar muitas habitações e outras instalações equipadas com este tipo de
tecnologia.
Fig.1 – exemplo de painel fotovoltaico
O painel fotovoltaico é constituído por uma placa de células solares formadas
principalmente por silício (material semicondutor) que transforma a luz solar em
energia eléctrica. Os reguladores/controladores controlam o fluxo de energia entre o
gerador e a bateria (sistema de armazenamento da energia), protegendo-a de sobrecargas
ou descargas. Uma vez que os painéis produzem corrente contínua, e a maioria de
electrodomésticos funcionam a corrente alternada, é necessário um conversor. Após a
conversão, o utilizador possui electricidade para as suas necessidades.
Fig.2 – exemplo de funcionamento de um sistema de painéis fotovoltaicos
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2.1 Vantagens
- Alta fidelidade e durabilidade aproximadamente 25 anos - não precisam de muita manutenção visto que é um processo automatisado
qualidade ambiental, é silencioso e não plui
2.2 Desvantagens
- Elevado custo de instalação - Baixo rendimento no processo de conversão - Ocupa grandes áreas de terreno
2.3 Energia fotovoltaica em Portugal
Em Amareleja, Alentejo, foi criada a maior central do mundo de painéis fotovoltaicos. É
um investimento de 261M €. Com uma capacidade total de 46 MW, ira produzir 93M
de kWh por ano, o que equivale ao consuma de 30 mil famílias, o que permite evitar a
emissão de cerca de 90 mil toneladas de CO2 anualmente (LUSA, 2008)
Esta central possui 2. 520 seguidores solares, o equivalente a 262.080 módulos
fotovoltaicos numa área de 250 hectares.
Fig. 3 – central fotovoltaica de Amareleja
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3. Energia Eólica
O aquecimento desigual da atmosfera provoca criação de zonas de baixa pressão
junto à superfície terrestre. Consequentemente, massas de ar mais frio preenchem essas
zonas dando origem ao vento.
Apesar de só nos últimos anos, este recurso estar a ser encarado como possível
alternativa ao uso de fontes energéticas não
renováveis, desde há muitos anos que os agricultores
se servem da energia eólica para bombear água dos
furos usando moinhos de vento, assim como para
girar a mó dos moinhos transformando o milho em
farinha.
Este tipo de energia consiste no
aproveitamento da energia cinética do vento para
produzir energia eléctrica e mecânica, utilizando
aerogeradores e aeromotores, respectivamente. Estes consistem basicamente em
turbinas eólicas acopladas a geradores no caso dos primeiros ou motores no caso dos
segundos.
No caso da energia eólica
aplicada como tentativa de
substituição aos meios convencionais,
o resultado da transformação é energia
eléctrica. Esta é obtida do seguinte
modo: o vento faz girar as pás da
turbina que por sua vez fazem rodar
um eixo. Este põe em funcionamento
campos magnéticos, dentro de um
gerador, que convertem a energia
rotacional em electricidade.
Para maximizar o
aproveitamento de energia eléctrica,
toda a máquina no topo da torre está
equipada com um sistema hidráulico
que acompanha a direcção do vento
fazendo com que este atinja as pás de
frente.Estes são colocados
estrategicamente em locais que,
beneficiando de obstáculos
geográficos, condições do solo e
condições atmosféricas, procuram
rentabilizar ao máximo a fonte de
energia. Fig. 4 – Esquema de funcionamento de uma turbina
Os tipos de turbinas variam consoante a direcção do eixo de rotação (vertical ou
horizontal), forma e número de pás que constituem o rotor.
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3.1 Vantagens
- Tecnologia conhecida e fiável
- Não poluente
- Energia limpa e inesgotável
- Possibilidade de utilização em locais remotos
- Coexistência com outras actividades como a agricultura
- Os aerogeradores não necessitam de abastecimento de combustível e requerem
escassa manutenção, uma vez que só se procede à sua revisão em cada seis
meses.
- Contribui para reduzir a elevada dependência energética do exterior e não
recorre à importação de combustíveis.
3.2 Desvantagens
- Difícil de prever produção, devido à sua intermitência
- Impacto visual e ruído
- Efeitos na vida animal (aves e gado)
- Depende de condições climatéricas
- Necessita de grandes espaços
- Afecta a paisagem
- Dificuldade no armazenamento da energia produzida
3.3 Energia Éolica em Portugal
Em Portugal, a utilização da energia eólica para a produção de electricidade teve
início em 1986 com a construção do primeiro parque eólico, localizado na Ilha de Porto
Santo, Madeira. Desde então que tem havido um forte investimento, no nosso pais, em
aerogeradores e consequentemente num aumento de energia “limpa” produzida.
Actualmente, Portugal é o nono país com maior produção eólica instalada. Estima-se
que em Portugal 15% da energia eléctrica provenha do vento. (PUBLICO, 2008)
Fig. 5 – Esquema de centrais éolicas em Portugal
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4. Energia Hídrica
A energia hídrica é a energia proveniente do movimento das águas doces.
Quando chove nas colinas e montanhas a água concentra-se em rios, ribeiras e correntes
que se deslocam para o mar. A energia é produzida por meio do aproveitamento do
potencial hidráulico existente nos rios, utilizando desníveis naturais, como quedas de
água, ou artificiais, produzidos pelo desvio do curso original do rio.
Fig. 6 – Barragem de Miranda
A produção deste tipo de energia é principalmente efectuada através de centrais
hidroeléctricas de maior ou menor dimensão (as maiores são geralmente chamadas
barragens hidroeléctricas e as mais pequenas são geralmente chamadas PCHs –
pequenas centrais hídricas), que consistem na construção de pequenos açudes ou
barragens, que desviam uma parte do caudal do rio, para lho devolver num local
desnivelado (onde são instaladas as turbinas), produzindo assim electricidade, que é
depois distribuída pela rede eléctrica. Esta forma de gerar electricidade é semelhante ao
que se fazia antigamente nos moinhos de água que moíam os cereais
Fig. 7 – Exemplo de funcionamento de uma central hidroeléctrica
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4.1 Vantagens
- Baixo nível de ruído e vibrações
- Eficiente e não poluente
- Pouco impacto ambiental, nomeadamente através da colocação de
escadas de água para que os peixes possam transpor a barragem
- Baixo custo em comparação com os beneficios obtidos
4.2 Desvantagens
- Elevado custo imediato no caso das barragens de maior dimensão
- Pode implicar o desalojamento de pessoas, destruição de habitats e
alteração do ciclo da água
- A disponibilidade anual deste recurso depende da pluviosidade e do
regime de funcionamento (com ou sem armazenamento)
4.3 Energia hídrica em Portugal
Actualmente, em Portugal cerca de 22% da electricidade consumida no País tem
origem hídrica, sendo que o potencial de aproveitamento esteja concentrado no Norte e
Centro do país. No entanto só aproveitamos 46% do nosso potencial hídrico.
No nosso país, o aproveitamento hidroeléctrico tem lugar em cerca de uma
centena de grandes barragens e em aproximadamente 800 mini-hídricas (barragens de
média e pequena dimensão), sendo a maior a barragem do Alqueva que produz 250MW
e tem um desnível de 96 metros.
Fig. 8 - Barragem do Alqueva
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5. Energia das Ondas
Actualmente, em Portugal e no Mundo, a energia das ondas é uma tecnologia
emergente ainda em fase de experimentação, mas que promete grandes expectativas para o
futuro.
Fig. 9 – central de energia das ondas no Pico, Açores
Foi no Pico, Açores, que se construiu um dos primeiros modelos experimentais de
aproveitamento desta energia a nível mundial.
Este tipo de tecnologia denomina-se por Coluna de Água Oscilante (CAO). A onda
faz variar a coluna de água dentro da estrutura. Este variação faz com que a coluna de ar
dentro da estrutura sofra variações de pressão, criando um fluxo de ar que passa através de
uma turbina que esta associada a um gerador eléctrico. Deste modo a energia das ondas é
transformada em energia eléctrica
Fig. 10 – Exemplo de funcionamento de uma central de ondas
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5.1 Vantagens
- Produz grandes quantidades de energia
- Tem um rendimento elevado comparado com outras tecnologias
- Adapta-se a Portugal pois é uma região costeira oceanica tem uma orla
marítima de grandes dimensões
5.2 Desvantagens
- Elevados custos unitários, de instalação e de manutenção
- Depende de factores climatéricos
5.3 Energia das Ondas em Portugal
Mais recentemente, e como a maior prova da emergência desta tecnologia em
Portugal, temos a instalação do modelo Pelamis (em baixo) ao largo da Póvoa de
Varzim. Este sistema tem um custo de 2.5 M € cada unidade, e gera cerca de 750 kW.
Cada unidade consegue produzir energia para sustentar cerca de 500 habitações.
Fig. 11 – central do tipo Pelamis
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6. Células de Combustível
O Hidrogénio é o elemento químico mais abundante no Universo, o mais leve e
o que contém o maior valor energético, cerca de 141 KJ/g. Este composto, constituído
quimicamente por um único electrão em torno do núcleo, parece ser capaz de muito,
pois ao ser extremamente leve, as suas forças de ionização são baixas permitindo extrair
o electrão que orbita, ionizando o hidrogénio. Este electrão é suficiente para se produzir
uma corrente eléctrica. Além de abundante, permite através de células de combustível
produzir electricidade e retornar vapor de água, eliminado a emissão de gases de efeito
de estufa na produção de electricidade. A nível dos transportes permite através de
motores diferentes suplantar os motores de combustão em eficiência e consumo, sem
mencionar o factor "emissões zero".
As células de combustível são sistemas electroquímicos que convertem a energia
de uma reacção química directamente em energia eléctrica, libertando calor. Funcionam
como as baterias primárias, mas tanto o combustível como o oxidante são armazenados
externamente, permitindo que a célula continue a operar desde que o combustível e o
oxidante (oxigénio ou ar) sejam fornecidos. Cada célula consiste num electrólito entre
dois eléctrodos (o ânodo e o cátodo).
Tipos de Células de Combustível
•Células de Combustível de Membrana de Permuta de Protões
•Células de Combustível de Ácido Fosfórico
•Células de Combustível de Carbonato Fundido
•Células de Combustível de Óxido Sólido
Fig. 12 – Exemplo de funcionamento de uma célula de combustivel
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6.1 Vantagens
- Elemento mais abundante no universo;
- Fonte renovável de energia;
- Não é tóxico, corrosivo ou cancerígeno;
- Por não conter nenhum átomo de carbono não emite CO2, não
contribuindo para a degradação da camada de ozono;
- Embora seja inflamável, tem rápida dispersão e alto coeficiente de
difusão;
- Possui quantidade de energia por unidade de massa maior que qualquer
outro combustível conhecido;
- A sua utilização em Células a Combustível produz apenas energia e
água.
6.2 Desvantagens
- Nunca se encontra isolado na natureza, encontra-se sempre combinado
com outros elementos;
- Os processos de extracção são poluentes;
- Encontra-se sob a forma gasosa, para estar sob a forma liquefeita é
necessário estar a -250ºC
- O seu armazenamento ocupa muito espaço e rende pouco;
- Sendo o elemento mais pequeno pode escapar de qualquer deposito por
muito bem selado que ele esteja;
6.3 Células de combustível em Portugal As células de combustível em Portugal ainda não passam de projectos de
demonstração ou de investigação a nível dos Institutos de Investigação ou
Departamentos universitários.
De todos os projectos levados a cabo nestas instituições, a que tem mais
relevância é o Projecto CUTE (Clean Urban Transport for Europe), cujo objectivo é
desenvolver e demonstrar um sistema de transporte livre de emissões e com baixo ruído
que tem um grande potencial para reduzir a emissão de gases de efeito de estufa.
Para se atingir este objectivo haverá um total de 27 autocarros que circularão no
Porto e que serão construídos pela EvoBus baseados no modelo Citaro da Mercedes
Benz.
Fig. 13 – Protótipo a hidrogénio da Mini
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7.Sistemas de Concentração de
Energia Solar
A tecnologia CSP (Concentrating Solar Power), ainda não utilizada em Portugal
mas com mais de 20 bilhões de dólares de investimento nos USA e a criação da maior
central CSP na Austrália, é uma variante da tecnologia fotovoltaica, mas, em vez de
usar directamente a energia solar que capta, reflecte-a e concentra-a num só ponto ou
linha, criando assim um raio de grande potência. Para criar tal raio, usa lentes e espelhos
que estão sistematicamente orientados para o sol, através dum sistema que garante a sua
correcta posição, acompanhando o movimento terrestre ao longo do dia. Desta forma
rentabiliza-se ao máximo a energia proveniente do sol.
A implementação da tecnologia CSP pode ser feita de diferentes maneiras:
Sistema reflector fresnel, linear trough e torre solar:
Nos sistemas linear trough e reflector fresnel a energia é concentrada numa só
linha. A luz solar é reflectida através de vários espelhos para um tubo semelhante aos
utilizados nos painéis fotovoltaicos normais. No interior desse tubo existe um liquido
que é aquecido devido ás altas temperaturas que o tubo atinge, sendo depois conduzido
para um permutador. O vapor de água obtido passa por uma turbina, fazendo-a girar. A
energia eléctrica é obtida através de um gerador acoplado á turbina. O que os distingue
são os espelhos usados em cada sistema, no reflector fresnel espelhos planos e no linear
trough espelhos curvos.
Já no sistema de torre solar, a luz é toda reflectida para um só ponto, onde se
encontra o mesmo líquido usado pelos
outros dois sistemas, tendo o líquido
um destino comum a todos eles.
O líquido usado é sal derretido e
garante uma enormíssima vantagem a
estes três sistemas pois tem a
capacidade de reter calor até 12 horas.
Sendo assim, quando é noite, as
turbinas continuam a trabalhar
utilizando o excesso de calor absorvido
durante o dia. O sal derretido não e
tóxico nem inflamável sendo portanto a
sua utilização bastante segura. Fig. 14 – Exemplo de funcionamento de um sistema de concentraçaõ solar
7.1 Sistema de Concentração de Energia Solar
Um estudo conduzido pelo Greenpeace juntamente com a Associação Térmica
Solar Europeia de Electricidade (ESTELA) e pela Agência Internacional de Energia
(IEA) revelou que em 2050, os desertos de todo o mundo podem fornecer 25% das
necessidades eléctricas mundiais. O estudo tem como base os sistemas CSP e diz que
seriam capazes de gerar cerca de 1500 GW.
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8. Conclusão Com este trabalho pudemos concluir que, actualmente, existe uma grande
preocupação pelas emissões de gases prejudiciais ao ambiente e pelo esgotamento dos
recursos naturais existentes no nosso planeta. Com isto, certos países desenvolveram e
continuam a desenvolver tecnologias que permitem a redução dos gases poluentes e a
dependência, por parte do Homem, dos recursos naturais, tais como o gás natural e o
petróleo.
Portugal é dos países que mais tem investido em fontes de energia renovável,
tais como eólica, hídrica e fotovoltaica. Estas tecnologias já se tornaram convencionais
no nosso país e produzem cerca de 30 % de energia eléctrica consumida pelos
portugueses. No âmbito de aumentar esta percentagem, Portugal foi o primeiro país do
mundo a construir uma central maremotriz capaz de produzir energia a partir das ondas
do mar. Apesar de ser ainda uma tecnologia emergente, deixa grandes expectativas para
o futuro como fonte de energia eléctrica.
No entanto, a nossa opinião é que Portugal podia investir em certas fontes de
energia que ainda estão em desenvolvimento como é o caso do hidrogénio pois este
elemento é o mais abundante do universo e também o mais energético, logo seria a fonte
de energia mais acertada para apostar. E a sua aplicação nas células de combustível faz
com que as emissões deste sejam apenas vapor de agua.
Deste modo, conclui-se que Portugal está no bom caminho para um futuro livre
de emissões de gases poluentes e energeticamente independente de fontes não
renováveis. No entanto ainda há um grande caminho a percorrer pois, apesar de tudo,
Portugal, e o resto do Mundo, ainda se encontraram bastante dependentes dos recursos
naturais que poluem o ambiente ou se encontram em via de extinção.
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9. Referências bibliográficas http://ec.europa.eu/energy/library/599fi_pt.pdf
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/biologia/biologia_trabalh
os/energiasalternativas.htm
http://www.mundoportugues.org/content/1/1314/governo-portugues-aposta-energia-
hidrica/
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/470146
http://www.cylex.pt/pesquisar/portugal/regiao-/localidade-/cp-/l1cy1-p_regiao1cy1-
_localidade1cy1--cp1cy1-_nome1cy1-fotovoltaica-s1.html
http://www.neo.aaualg.pt/Energiadasondas.htm
http://www.energiasrenovaveis.com
http://www.energiasrenovaveis.com/DetalheConceitos.asp?ID_conteudo=26&I
D_area=6&ID_sub_area=18
http://www.energiasrenovaveis.com/DetalheConceitos.asp?ID_conteudo=52&I
D_area=6&ID_sub_area=18
http://www.energiasrenovaveis.com/DetalheConceitos.asp?ID_conteudo=27&I
D_area=6&ID_sub_area=18
http://www.energiasrenovaveis.com/DetalheConceitos.asp?ID_conteudo=13&I
D_area=3&ID_sub_area=7
http://www.stefanelli.eng.br/webpage/celula-combustivel/celula-a-combustivel.html
http://resistir.info/energia/mito_hidrogenio.html
http://www.efacec.pt/PresentationLayer/efacec_projecto_00.aspx?idioma=1&area=2&c
ompetenciaid=0&projectoid=117
http://www.agencialusa.com.br/index.php?iden=14705
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1350948&idCanal=57