EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOR

8
EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIO Por Claudio Antonelli ARTIGO PARA PUBLICAR Título do trabalho: O EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOR Autor(es): Claudio Antonelli - Graduado em Administração de Empresas e especialista em Comércio Exterior; Sócio fundador da empresa CIDE – Consultores & Associados desde 1985; empresa especializada em Comércio Exterior e á fornecer soluções na área de gestão comercial e financeira com ações “hands on”, parceira da Fundação Hugo Simas da UFPR na área de projetos sustentáveis: http://claudioantonelli.wordpress.com/ . Professor da Faculdade de Tecnologia da Opet nas disciplinas de Comércio Exterior e Comércio Exterior na Logística; Membro do conselho consultivo da GLG - Gerson Lehrman Group de NY na área de finanças corporativas https://councils.glgroup.com/Profile/Summary.aspx ; Membro da Equipe de Consultores da THE ORACLE especializada em qualificação empresarial http://www.theoracle.com.br/equipe.php ; Assessor corporativo da All do Brasil no projeto Ecomidia- www.ecolmidia.com.br " e pela abertura do mercado sulamericano para exportação de displays comerciais ; Treinador corporativo na área de Comércio Exterior da unidade avançada da Somar Trading S/A ; Corretor de exportação de commodities para a empresa norte americana Dynamic Merchandising de NY. Atuou durante muitos anos como consultor da Frazer GmBH da R.F.A e da empresa Alexander Proudfood - Systems Corporation USA em projetos para aumento da produtividade, desenvolvimento de planos de negócios,auditoria financeira, automação industrial e recursos humanos em empresas como: Robert Bosch, Mannesman Demag, Pffaf, Wolkswagem caminhões, Tecelagem Guimarães, Cia Hering, Carbonífera Criciúma, Aisa do Grupo Allosuiss, Grupo Ultragas e Grupo Unibanco. Como Assessor e Consultor especializado em Relações Internacionais, representou várias empresas do Brasil no exterior, (contribuindo para o aumento de suas exportações em cenários distintos de negócios). Amadilson Soares de Paula, especialista na área de Comércio Exterior; professor de disciplinas como Introdução ao Comércio Internacional, Técnicas de Negociação Internacional, Tópicos Especiais em Comércio Internacional e Diagnóstico e Elaboração de Projetos de Exportação, atuou como coordenador de Estágios e orientador de projetos; Pós-graduado em Marketing. RESUMO O QUE É SER UM EMPREENDEDOR

Transcript of EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOR

Page 1: EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOR

EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOPor Claudio Antonelli

ARTIGO PARA PUBLICAR

Título do trabalho: O EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIORAutor(es):

Claudio Antonelli - Graduado em Administração de Empresas e especialista em Comércio Exterior; Sócio fundador da empresa CIDE – Consultores & Associados desde 1985; empresa especializada em Comércio Exterior e á fornecer soluções na área de gestão comercial e financeira com ações “hands on”, parceira da Fundação Hugo Simas da UFPR na área de projetos sustentáveis: http://claudioantonelli.wordpress.com/ . Professor da Faculdade de Tecnologia da Opet nas disciplinas de Comércio Exterior e Comércio Exterior na Logística; Membro do conselho consultivo da GLG - Gerson Lehrman Group de NY na área de finanças corporativas https://councils.glgroup.com/Profile/Summary.aspx; Membro da Equipe de Consultores da THE ORACLE especializada em qualificação empresarial http://www.theoracle.com.br/equipe.php; Assessor corporativo da All do Brasil no projeto Ecomidia- www.ecolmidia.com.br " e pela abertura do mercado sulamericano para exportação de displays comerciais ; Treinador corporativo na área de Comércio Exterior da unidade avançada da Somar Trading S/A ; Corretor de exportação de commodities para a empresa norte americana Dynamic Merchandising de NY. Atuou durante muitos anos como consultor da Frazer GmBH da R.F.A e da empresa Alexander Proudfood - Systems Corporation USA em projetos para aumento da produtividade, desenvolvimento de planos de negócios,auditoria financeira, automação industrial e recursos humanos em empresas como: Robert Bosch, Mannesman Demag, Pffaf, Wolkswagem caminhões, Tecelagem Guimarães, Cia Hering, Carbonífera Criciúma, Aisa do Grupo Allosuiss, Grupo Ultragas e Grupo Unibanco. Como Assessor e Consultor especializado em Relações Internacionais, representou várias empresas do Brasil no exterior, (contribuindo para o aumento de suas exportações em cenários distintos de negócios).

Amadilson Soares de Paula, especialista na área de Comércio Exterior; professor de disciplinas como Introdução ao Comércio Internacional,  Técnicas de  Negociação  Internacional, Tópicos Especiais em Comércio Internacional e Diagnóstico e Elaboração de Projetos de Exportação, atuou como coordenador de Estágios e orientador de projetos; Pós-graduado em Marketing.

RESUMO

“O QUE É SER UM EMPREENDEDOR”

De acordo com Joseph A. Schumpeter - " O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e matérias.

" Outro conceito, da Amar Bhide/ Harvard Business School define que " trata-se simplesmente daquele que localiza e aproveita uma oportunidade de mercado, criando à partir daí um novo negócio."

Ambos os conceitos levam-nos a pensar nas atitudes das pessoas empreendedoras: são inovadoras, inquietas, criativas, ousadas, além de terem sempre a sua visão voltada para o futuro. Por isso, elaboram todo um planejamento que vai permitir-lhes criar as condições vitais para o alcance dos seus objetivos, e têm sempre em mente que é importante alcançá-los tanto no plano profissional, quanto no familiar e pessoal. ABSTRACT

Page 2: EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOR

EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOPor Claudio Antonelli

“WHAT IS TO BE AN ENTREPRENEUR”

According to Joseph A. Schumpeter - "The entrepreneur is one who destroys the existing economic order by introducing new products and services, the creation of new forms of organization or the exploitation of new resources and materials.

"Another concept of Amar Bhide / Harvard Business School states that" it is simply one who finds and takes a market opportunity to create a new business from there. “

Both concepts lead us to think about the attitudes of business people: they are innovative, restless, creative, bold, and always have their vision toward the future. Therefore, develop a whole plan that will enable them to create the conditions essential to achieve their goals, and have always in mind that it is important to achieve them in both professional, as in family and personal

INTRODUÇÃO

Este artigo visa relatar a experiência coletiva de desenvolvimento do empreendedorismo, onde criam sempre oportunidades e se envolvem com elas, entregando-se de corpo e alma para alcançar seus objetivos.

Para alguns, o sucesso dos negócios é pura sorte, mas para o empreendedor, é apenas o resultado de sua visão acompanhada de uma ação, pois todos os dias são feitos para se realizar algo. Não ficam reclamando do sol ou da chuva, pois estão ocupados em atingir o que planejaram para sua vida. Os obstáculos que surgem são retirados de sua frente com trabalho e garra, não servindo nunca como “desculpas” para afastá-lo de seus objetivos. A ousadia é outra característica de pessoas de sucesso. Até mesmo porque, para empreender no Brasil só mesmo com muita garra e perseverança. As dificuldades são extremas e poucas pessoas têm coragem para enfrentar os desafios que surgem em seu caminho. Por isso, o verdadeiro empreendedor não pode, em primeiro lugar, buscar o lucro, porque ele será o resultado das ações da empresa. Ele tem que estar sempre ligado ao mundo, buscando cada vez mais novos conhecimentos para enfrentar os desafios.

Então qual será a razão de alguns empreendimentos serem bem sucedidos e outros fracassarem? Entre os diversos motivos, estão a falta de planejamento, pesquisa, conhecimento do negócio e do mercado.

Outro fator é que existem pessoas que não possuem características comportamentais empreendedoras necessárias para os negócios como coragem para assumir riscos, persistência, planejamento, rede de contatos, comprometimento, entre outras; ou se as têm, não as identificaram ou as

Page 3: EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOR

EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOPor Claudio Antonelli

aprimoraram para se lançarem no mercado. Além disso, deve-se ter um profundo conhecimento do negócio em que deseja empreender.

Muitas pessoas têm idéias, porém ficam somente nelas, não passando nunca para a ação, atitude necessária para transformá-las em realidade fazendo as coisas acontecerem. E isto somente ocorrerá se a pessoa tiver uma verdadeira paixão por aquilo que faz, pois este é o combustível necessário para entusiasmar-se por seu projeto de vida.

O verdadeiro empreendedor é um campeão que não desiste jamais pois acredita em sua capacidade, e vê os fracassos como oportunidade de aprender cada vez mais. Não fica esperando a vida passar. Ele somente tem olhos para o futuro, sendo capaz de investir todo seu tempo na realização de seus sonhos! Enquanto não se levantarem e tomarem uma atitude que as levem a alcançarem seus objetivos, as pessoas ficarão na platéia, aplaudindo aquelas que tiveram coragem de subir no palco da vida!!! Em qual dos dois lugares você quer ficar?

EM SEGUNDO LUGAR VAMOS TER UMA VISÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR COM AS MEPs.

O rápido crescimento no número de pequenas e médias empresas emergentes no cenário sócio-econômico brasileiro, comparado à falta da criação de uma política organizacional voltada para o mercado global, nos leva a identificar e analisar, através de um diagnóstico sistêmico, tanto da empresa como a do empreendedor, os fatores inibidores que minimizam a capacidade da empresa em ultrapassar as fronteiras nacionais. É sabido que no século atual, todos os sistemas e instituições estão em processo de transição das formas operacionais vigentes nas décadas passadas para uma nova forma de funcionamento na cultura de cada empresa, associação ou órgãos governamentais.

Transformações tão profundas e inexoráveis, que tornou a dinâmica dos negócios de tal forma acelerada, que dezenas de  líderes empresariais, cujas riquezas se acumulavam linearmente, anos após anos, passaram a repensar o modelo que até então os sustentavam e a todos os seus colaboradores. De certa maneira, esse “repensar” não demandou sacrifícios tão extremados, como aos que aconteceram em anos anteriores; de especial modo, na Revolução Industrial, mas muitos se aproveitaram destas "surpresas inevitáveis" da era moderna para alçar vôos rumo à consolidação de seus empreendimentos, enquanto outros, surpreendentemente, foram vencidos pelo efeito devastador da globalização, vendo seus negócios banidos do cenário empresarial, conseqüências que já eram previstas por especialistas como Galbraith & Lawler III (1995), quando alertavam que as empresas não haviam sido criadas para atuar dentro de um ritmo de mudanças tão acelerado como se mostra atualmente, quanto à sua estrutura e práticas gerenciais, razão pela

Page 4: EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOR

EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOPor Claudio Antonelli

qual se tem buscado refletir sobre a pluralidade estratégica para que os  pequenos negócios e negócios emergentes alcancem êxitos, especialmente no âmbito da cultura internacionalista. 

AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS  E A GLOBALIZAÇÃO

 As pequenas e médias empresas representam  mais de 98% do total de empresas existentes no Brasil - algo em torno de 5 milhões de empresas - e respondem por cerca de 60% dos empregos gerados, participando com 43% do faturamento total dos setores industrial, comercial e de serviços. Serviços, respondem ainda por cerca de 1 % do total das exportações do país.  

Considerando que uma das prioridades da política econômica brasileira é o incremento das exportações; percebe-se a falta de políticas governamentais específicas e que deveriam ser inseridas no contexto da realidade mundial, lançando instrumentos que pudessem viabilizar o aumento no volume dos produtos negociáveis no mercado externo; embora isto não comporte ainda um julgamento de valor. Políticas de governo à parte, a pesquisa e desenvolvimento(P&D), tão comentados e necessários no processo de inserção dos negócios no cenário internacional, não deve prescindir à elaboração, análise e aplicação dos conceitos e técnicas universais de gestão empresarial. Urge uma mudança de cultura, o aumento de capacidade, de competitividade e de um rápido crescimento no número de pequenas e médias empresas e empresas emergentes no cenário sócio-econômico brasileiro, comparado à falta da criação de uma política organizacional voltada para o mercado global, nos leva a identificar e analisar, através de um diagnóstico sistêmico, tanto da empresa como a do empreendedor, os fatores inibidores que minimizam a capacidade da empresa em ultrapassar as fronteiras nacionais. 

 A qualidade dos pequenos empresários que fazem parte do desenvolvimento econômico, não somente do Brasil, mas da América Latina das empresas emergentes apresentam quadros alarmantes; de cada três empresas criadas, duas fecham as portas; Em se tratando das pequenas empresas, a estatística é ainda mais desesperadora: 99% delas abrem falência prematuramente, justamente por falta da capacidade de implementar um conjunto de ações gerenciais no ambiente interno do empreendimento.

Não se duvida que as empresas, com características globais,  devem viver a lógica da melhor qualidade ao menor preço, como resultado de sua internacionalização, envolvendo os três principais níveis de atividades corporativas: estratégia/estrutura, cultura e pessoas, respaldas por sólidos investimentos e a aplicação e domínio de novas tecnologias. 

Page 5: EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOR

EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOPor Claudio Antonelli

 ALTO DESEMPENHO NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS E COMPETÊNCIAS MÚLTIPLAS AO NEO-EMPREENDOR

 Uma nação se mantém economicamente estável pelo volume de bens e serviços nacionais que transitam fora de seus limites territoriais, bem como pelo enaltecimento dos valores comunitários, grupos de negócios altamente capacitados, conhecimentos técnicos, parcerias universidades-empresas, lealdade às organizações, estratégias e políticas industriais ativas que promovem o crescimento. Portanto, pode-se afirmar, categoricamente, que o comércio exterior é um dos fatores primordiais do progresso de qualquer nação, cujo ponto de partida se concentra nas atividades empresariais bem ordenadas e planejadas. Enquanto a globalização "derruba paredes" entre negócios nacionais e povos, a figura do empowerment, que faz a mesma coisa entre níveis hierárquicos dentro das empresas, impulsiona a ascendência de novos empreendedores, com espírito global, inovador e visão múltipla. E eles podem estar sendo produzidos aqui. Têm a "Cara Brasileira". E por serem brasileiros, são os responsáveis diretos pela "Marca Brasil",  imagem unitária que precisa ser perpetuada sob a égide destes guerreiros globalizados, cada qual com seus projetos de internacionalização em empresas pequenas, médias e grandes, que esperam ansiosamente pelo início da batalha da competitividade e eficácia. Bem articulados, espera-se destes neo-empreendedores que articulem ações que reproduzam para o Brasil, um milagre da produtividade em tempos modernos, tal qual na era do Toyotismo - administração científica - elevando a "Marca Brasil" à uma potência mundial, fazendo-a consolidar e se fortalecer, a medida em que tais organizações empresariais sejam, gradativamente, inclusas no comércio mundial, ampliando o percentual de participação das PMEs na estatística das exportações brasileiras. Aristóteles dizia que "as coisas necessárias e úteis devem ser em função das coisas belas”.  Isto posto, o neo-empreendedor deve entender o que é necessário e útil para o consumidor local e internacional e após isto, produzir bens e serviços que alcancem e satisfaçam ao mais exigentes e contraditórios indivíduos existente nas mais variadas partes deste planeta. Sinônimo de sucesso absoluto! Estabelecer objetivos, determinar  metas, desenvolver planejamentos e criar soluções geram resultados diferentes numa Seattle de Bill Gates ou numa Tókio de Akio Morito, mas numa compreensão geral, significa que o verdadeiro neo-empreendedor brasileiro deve viver como nômade nestas aldeias globais. De "único e local", para ser "plural e global", e continuamente coberto pelo manto da humildade, competência, inovação e flexibilidade...tomando o genuíno C.H.A da brasilidade: CONHECIMENTO,HABILIDADE E ATITUDE!

Page 6: EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOR

EMPREENDEDORISMO NO COMÉRCIO EXTERIOPor Claudio Antonelli

 

 DE MASI, Domenico, O Ócio Criativo, São Paulo: Ed. Sextante, 2000. FILHO, Luciano Sabóia Lopes, Como tornar sua Empresa Competitiva e Globalizada, São Paulo: Makron Books, 2000 IMD, TUCK Centennial, HEC e Templeton College Oxford, Dominando os Mercados Globais, Makron Books. 2001 

LUDOVICO, Nelson. Comercio Exterior: Preparando sua empresa para o mercado global, São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 

MACIEL, Graccho Machado; LIMA, Leila Maria Moura. Consórcio de Exportação,  São Paulo: Aduaneiras, 2002. MORAN, Robert T.; HARRIS, Philip Rl; STRIPP, William G., Desenvolvendo Organizações Globais, São Paulo: Futura, 1996. NEVES, Marcos Fava e SCARE Roberto Fava, Marketing e Exportação, São Paulo: Ed. Atlas, 2000 SCHMITT, Guillermo R.  Turnaround, A reestruturação dos Negócios. Ed. Makron Books, 1994 SEBRAE, Cara Brasileira: a brasilidade nos negócios. Um caminho para o "made in Brazil", Brasília: Ed. Sebrae, 2002.