Emirados árabes unidos

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Turismar Viagens Emirados Árabes Unidos e o Mundo Islâmico Fevereiro 2012 Islamismo Arábia Saudita Emirados Árabes Unidos Bahrein Qatar Kuwait Omã Iêmem Egito Jordânia Mauro Friedrich – Guia de Turismo

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Estudo sobre os países do Mundo Árabe, Islamismo e Emirados Árabes Unidos

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Turismar ViagensEmirados Árabes Unidos e o Mundo IslâmicoFevereiro 2012

IslamismoArábia SauditaEmirados Árabes UnidosBahreinQatarKuwaitOmãIêmemEgitoJordânia

Mauro Friedrich – Guia de Turismo

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Conhecer o mundo islâmico Para os ocidentais, em especial os brasileiros, o mundo islâmico ainda guarda (até hoje) muitos

segredos para serem conhecidos. Esse “desconhecimento” vem em parte de disputas medievais de poder e influência cultural entre países ocidentais europeus e países orientais islâmicos.

A antiga Europa medieval temia a força militar dos povos islâmicos, representados pelos turcos otomanos, cujo império foi se expandido com lutas sangrentas e conquistando territórios no que na época chamava-se de “Oriente Próximo”, e hoje, após a II Guerra Mundial, conhecemos como “Leste Europeu”.

Assim como a cultura do antigo império romano, associada à cultura grega, serviu de base para a constituição das leis e costumes da maioria dos povos europeus ocidentais, o islamismo e a língua árabe são os fundamentos culturais do antigo Oriente Médio e norte da África, modernamente denominado de “ mundo árabe”.

Como sempre acontece, as duas culturas (cristãs e islâmicas) tem fortes diferenças, mas também influenciam e modificam-se entre si.

São incontáveis as contribuições da cultura islâmica à cultura ocidental: no campo da Matemática, na Linguística, na Medicina, na Astronomia e em tantos outros.

Conhecer o mundo islâmico é a oportunidade de ver “a atual realidade” sob outro ponto de vista, geralmente ignorado pelos pensadores ocidentais.

O convidamos a deixar em casa suas opiniões pré-concebidas e a explorar um mundo novo de conhecimentos, que na verdade são bem antigos no Oriente.

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Islamismo & Maomé Islam (a palavra é oriunda do verbo árabe aslama (submeter) e significa “submissão”) – religião monoteísta dos árabes e também do

patriarca dos judeus, Abraão (que deu origem às tribos judáicas). A religião nasceu no século VII, entre as tribos nômades árabes com as revelações divinas feita ao Profeta Maomé ( o último dos profetas de Deus). Para o Islam, Deus é Allah, o único Deus, e não concebem a idéia católica de Santíssima Trindade (Deus/ Jesus/ Espirito Santo).

Corão – (al quram – em árabe – “o discurso”). Texto em árabe formal (de difícil compreensão pelos leitores mais modernos) das revelações de Alah (Deus) ao profeta Maomé, através da palavra do Anjo Gabriel. É dividido em 114 suratas (ou capítulos). O complemento de sua leitura é a Sunna, que reúne os discursos do profeta Maomé (de compreensão mais fácil). Os textos do Corão foram revelados a Maomé pelo anjo Gabriel, por ordem de Deus. Maomé (que era iletrado) decorou os textos e os repassou a seus seguidores, mais cultos, e então foram escritos em língua árabe. Desde então o texto do Corão é imutável e originalmente divulgado em língua árabe (o que foi decisivo para a difusão da cultura árabe no mundo islâmico). Nem mesmo as traduções do mesmo texto em outras línguas são consideradas pelos muçulmanos textos legítimos do Corão.

Muçulmanos – (palavra oriunda do árabe muslim – submisso) os que professam a religião do Islam; significa “os submetidos à vontade de Deus”. O sentido é claro, o verdadeiro muçulmano é que se declara “submisso à vontade de Deus”.

Maometanos – os muçulmanos seguidores de Maomé. Termo criado pelos europeus está em desuso e é considerado ofensivo aos muçulmanos, que consideram seguir a religião de Deus (Allah) e não uma religião criada por Maomé.

Hanyfas – tribos árabes de monoteístas que se conservaram na fé islâmica.

Muhamed (foto) (ou Maomé – em português, Mahomeh – em françês, Maoma, em espanhol – o nome em árabe significa “altamente louvado”) – (nasceu em Meca 25/08/570 e faleceu em Meca em 632 DC aos 62 anos de idade), considerado pelos muçulmanos “o último dos profetas de Deus” (depois de uma série de profetas: Adão, Abraão, Moisés, e Jesus). Foi órfão muito cedo, tornou-se mercador e aos 25 anos casou-se com sua prima Kadija (já viúva e 15 anos mais velha do que ele). Aos 40 anos, teria tido uma visão do Anjo Gabriel, que lhe revelava ter sido o enviado de Deus – Allah, em árabe). Passou a pregar não uma nova religião, mas a mesma do Antigo Testamento, e considerava Jesus um grande profeta a ser obedecido (mas não na condição de “filho de Deus”).

Nos estados muçulmanos não há separação de poderes entre o estado e a religião, pois as leis islâmicas (sharia) abrangem a vida pública e privada dos indivíduos.

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Cronologia Ocidente X Islã I

Século VII - Povos árabes chegam ao norte da África, expandindo a cultura e a religião muçulmana para além da Península Arábica.

711 a 1492 - Invasão muçulmana da Península Ibérica Vindos do norte da África, mouros tomam a Península Ibérica, onde permanecem até a expulsão pelos reis católicos Fernando e Isabel.

1095-1291 - CruzadasIncentivados pelo papa, cristãos rumam para o Oriente Médio para conquistar Jerusalém e a Terra Santa dos muçulmanos.

1453 a 1918 - Queda de Constantinopla/ Império Otomano/ Moderna Turquia/ I Guerra MundialEx-capital do Império Bizantino, Istambul é tomada pelo sultão Mehmet II, permanecendo sob domínio dos turcos otomanos até a I Guerra Mundial.

1830-1945 - Imperialismo europeu/ Inglaterra/ França/ Alemanha/ Italia/ Belgica/ HolandaImpulsionadas pela Revolução Industrial, potências européias ocupam e exploraram a África e o Oriente Médio até os movimentos de independência.

1930 - O mundo ocidental começa se industrializar e a demanda por consumo de petróleo e energia começa a aumentar com a chegada de automóveis e veículos movidos a gasolina e óleo diesel. Grandes empresas exploradoras de poços de petróleo nos EUA e na Europa iniciam prospecções em regiões remotas do planeta, em busca de reservas subterrâneas de petróleo, que começam a ser encontradas nos países árabes do Oriente Médio.

1930 – 1945 - A Europa enfrenta o seu segundo maior conflito bélico, com reflexos em todos os países do mundo. Os equipamentos bélicos mais modernos aposentam a tração por animais (cavalos e mulas) e passam a usar cada vez mais veículos automotores. O desenvolvimento da industria aeronáutica, fator fundamental para garantia de vitórias militares nos campos de batalha, também exige o consumo de petróleo. As regiões onde este recurso natural era (e ainda é ) mais abundante estãol exatamente no território do chamado “mundo árabe”.

Décadas de 1950 e 1960 - Graças a exploração, refino e transporte de petróleo, pequenos e grandes países árabes cuja economia era baseada na exploração de produtos agrícolas, pastoreio e extrativismo (de baixo valor agregado) tornam-se ricos e poderosos, na condição de fornecedores da principal fonte de energia barata disponível no planeta.

Década 1970 e 1980 - Países árabes organizam empresas e entidades, nos moldes ocidentais, para garantir a máxima rentabilidade do negócio petrolífero. Surge no mundo o movimento Ecologista, que prevê que o consumo desenfreado de recursos naturais (petróleo, inclusive) não irá durar para sempre, pois as fontes serão exauridas. Iniciam-se as primeiras atitudes de conter o consumo, com aumento de preços do produto e limitação de produção anual. A Economia mundial, ainda não preparada tecnologicamente para as mudanças necessárias, sofre um baque com a chamada “crise do petróleo” iniciada em 1973.

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Cronologia Ocidente X Islã II

1920 -1948 - Imigrantes judeus da Europa Oriental iniciam um processo de ocupação de territórios palestinos, região que históricamente já fora ocupada pelo povo judeu na Antiguidade, e nos tempos modernos reunia considerável população de origem árabe, sem que houvesse a organização de um Estado organizado. Em 1948, Isarel obtém na ONU o reconhecimento internacional de Estado soberano no território palestino. Os demais estados árabes, vizinhos ao novo Estado de Israel, discordam da solução e iniciam-se intensos conflitos armados e guerras na região.

Década de 1970 – Políticamente os estados árabes também não estavam completamente de acordo entre si. Os Emirados Árabes eram conhecidos como “Estados da Trégua”, pois a região era dominada pela influência política da Grã-Bretanha. Após várias tratativas,, 7 dos 11 emirados locais se reunem como um só estado soberano com o nome de Emirados Árabes Unidos.

1991 - Guerra do Golfo Iraque invade o vizinho Kwait, provocando reação militar dos Estados Unidos, que fazem tropas comandadas por Saddam Hussein recuar.

2001 - 11 de SetembroLiderados por Osama bin Laden, terroristas islâmicos seqüestram aviões nos Estados Unidos e projetam as aeronaves contra alvos em Nova York e Washington, causando mais de 3.000 mortes. É o maior atentado da História. Para caçar os responsáveis, os EUA invadem o Afeganistão.

2003 - Guerra do IraqueEstados Unidos invadem o Iraque e derrubam o ditador Saddam Hussein. Começa período de democratização do país, minado por seguidos atentados contra americanos e a população civil.

2004 - Atentado de MadriBombas explodem em trens metropolitanos da capital espanhola na manhã 11 de abril, matando 200 pessoas e ferindo outras 1.500. O atentado é atribuído a terroristas islâmicos.

2005 - Atentado de LondresBombas explodem em trens e ônibus na capital da Inglaterra no dia 7 de julho de 2005, matando 50 pessoas e ferindo mais de 700. Como em Madri, os autores dos ataques seriam islâmicos radicais.

2006 - Explosão de ira Islâmicos radicais saem às ruas de cidades do Oriente Médio contra charges (publicadas na Dinamarca) que retratam o profeta Maomé. Em Beirute, no Líbano, edifícios são incendiados.  

2011 - Em fevereiro, surge uma revolta na Tunísia, onde jovens reb elam-se contra o governo ditatorial que governava o país por 3 décadas. O movimento social expande-se graças a comunicação via internet (de fácil acesso e de baixo custo). Em poucas semanas, outros países árabes, Egito, Líbia, Iemen, Síria, Jordânia, Bahrein se vêem envolvidos por revoluções sociais e políticas. Caem governos no Egito. Na Jordânia, o rei apressa-se em aprovar mudanças sociais. O movimento passa a ser conhecido como “Primavera Árabe”.

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Primavera árabe 2011

O mundo árabe (ou muçulmano) concentra-se em países do norte da África, Oriente Médio e Ásia. Praticamente, o único país nesta região do mundo que é governado por um sistema democrático é Israel (onde

há populações muçulmanas e judaicas). Todos os demais são governados por regimes monárquicos com dinastias hereditárias (sheiks, sultões, emires) ou simplesmente por ditadores, que geralmente são também chefes militares ou líderes religiosos.

Este quadro político tem sido assim, pelo menos, desde o século XIX, quando países europeus (Grã-Bretanha, França, Espanha, Alemanha, Itália etc) implementaram uma política de colonização de muitas destas nações. E muitos dos atuais problemas políticos da região advém desta política.

Os países ocidentais europeus enocontraram nos países árabes seus principais fornecedores de combustível para suas indústrias e veículos, sem se preocupar em integrar este países nos valores das sociedades ocidentais. Um dos mais complexos resultados é a marginalização da população mais pobre, “condenada” ao eterno desemprego (altíssimo na região).

Em Fevereiro de 2011, iniciou-se na Tunísia (país norte-africano, comandado por um ditador militar) uma revolução sangrenta, quando a população jovem (a maioria desempregada e sem perspectivas de futuro melhor no país) passou a reivindicar mudanças no regime de governo.

O movimento alastrou-se pelos países árabes, provocando novas revoluções violentas na Líbia, no Egito, na Síria, no Iemen, no Bahrein, o que levou a imprensa ocidental a classificar o movimento de “Primavera Árabe”, numa alusão as revoluções na República Tcheca contra o comunismo soviético nos anos 1950/1960, chamada de “Primavera de Praga”.

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Conceitos de fé do Islamismo Crença em um único Deus (Allah), o mesmo Deus dos Judeus e dos

Católicos. Crença nos Anjos, seres que só agem por ordem divina. O Anjo

Gabriel foi o instrumento de Deus para revelar o Corão a Maomé. Crença nos livros Sagrados revelados por Deus (Bíblia e Torá,

inclusive), mas consideram o Corão a obra mais fiel à vontade de Deus, por não ter sido jamais alterada ou subvertida em seu texto desde o século VI.

A segunda fonte de textos sagrados do Islamismo é a Sunah, coletânea de ensinamentos aprovados por Maomé pessoalmente.

Crença nos profetas e mensageiros de Deus, incluindo nesta condição: o primeiro homem bíblico, Adão; Noé; Abraão, Ismael, Isaac, Jacó, Moisés e até mesmo Jesus (considerado um importante profeta de Deus, mas não o seu filho encarnado, como a crêem os católicos).

Crença que Maomé foi o “último dos profetas de Deus”, e portanto nenhum outro profeta ou mensageiro divino surgirá na História Humana.

Crença no Dia do Julgamento Final, quando os seres humanos ressuscitados, serão finalmente “julgados” por Deus de seus atos e pecados. (Os católicos defendem que no Dia do Juízo Final o juiz será Jesus Cristo).

Crença na pré-destinação divina na vida dos Homens. Deus é o criador de tudo e de todos, sabe de tudo, e têm o supremo poder sobre todas as coisas.

Observação dos 5 “pilares” da fé islâmica: Testemunhar a fé islâmica/ Rezar 5 vezes ao dia/ Prover apoio aos necessitados (caridade)/ Jejuar no mês de Ramadam/ Peregrinar a Meca pelo menos 1 vez na vida, se tiver condições de saúde e de finanças.

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Há 1,120 bilhão de muçulmanos no mundo(fonte: Revista Veja)

50 países tem o Islamismo como religião majoritária.

1 bilhão são islamitas sunitas e 120 mil islamitas xiitas.

Em 1400 anos de existência, o islamism0 converteu a sua fé 1/5 da humanidade.

15% dos muçulmanos são árabes. (2007)

17% dos muçulmanos estão na Indonésia.

69,5% dos mulçumanos estão na Ásia; 27% na África , 3% na Europa e 0,5% nas Américas e Oceania

Fiéis no mundo: Cristãos: 1,9 bilhões

(33%) Muçulmanos: 1,120

bilhões (20%) Hindus: 800 milhões

(13%)

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O islamismo é a religião que mais cresce no mundo de hoje.(fonte: Revista Veja)

O fenômeno do crescimento é explicado por que o islamismo expande-se nos países norte-africanos, onde o crescimento populacional é maior que a média dos países europeus. O crescimento do número de seguidores do islamismo é mais vegetativo, do que por consequência de proselitismo ou difusão dos preceitos islâmicos entre outras culturas não-islâmicas.

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PaísFuso Horário (RIO)

Área

KM2

População

(2005)

Capital/ Pop. Idiomas Moeda

Nacional

Arábia Saudita 2,149 milhões 23,5 milhões Riad

4,5 milhões

Árabe Rial Saudita

Bahrein+ 6 HORAS

678 677 mil Manama

148 mil

Árabe Dinar do Bahrein

BHD

Emirados Árabes Unidos

+ 7 HORAS

83,6 mil 2,9 milhões Abu Dhabi

980 mil

Árabe Dirrã

AED

Egito+ 6 HORAS

1 milhão 81,7 milhões (2008) Cairo

10,3 milhões

Árabe Lira Egípcia

EGP

Qatar 11,4 mil 840 mil Doha

400 mil

Árabe Rial do Qatar

Iêmem+ 6 HORAS

527 mil 19,3 milhões Sana

1,2 milhões

Árabe Rial do Iêmem

IMR

Irã 1,648 milhão 68 milhões Teerã

11,150 milhões

Persa/Árabe Rial

Iraque 434 mil 24,5 milhões Bagdá

5 milhões

Árabe/ Curdo Dinar

Jordânia+ 6 HORAS

89 mil 5,3 milhões Amã

3 milhões

Árabe Dinar

JOD

Kuwait 17 mil 2,4 milhões Kuwait City

151 mil

Árabe Dinar

Líbano 10,4 mil 3,5 milhões Beirute

2,1 milhões

Árabe/ Francês Libra Libanesa

Omã+ 7 HORAS

212 mil 2,9 milhões Muscat Árabe Rial do Omã

OMR

Síria 185 mil 17,3 milhões Damasco

2,6 milhões

Árabe/ Curdo Libra Síria

Tunísia 163 mil 9,7 milhões Túnis

2,1 milhões

Árabe/ Francês Dinar

TND

Países Árabes modernos

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Calendários e horários na cultura muçulmana. Os muçulmanos adotam o calendário lunar para assuntos da cultura árabe, mas

seguem também o calendário ocidental (Gregoriano).

Horário de funcionamento de escritórios oficiais (repartições públicas) – De Sábado a Quarta-feira, das 7,30 hs da manhã até 14,30 hs.

Quintas e sextas-feiras são considerados “finais de semana” na cultura árabe, não havendo expediente comercial ou funcionamento de escritórios de órgãos públicos. Sextas-feiras é considerado “dia de descanso”, como o domingo para o mundo ocidental.

Horário de funcionamento dos escritórios comerciais privados – De Sábado a quarta-feira, das 7,30 às 14,30 hs. Horário das quintas-feiras é das 8 horas da manhã às 13 horas.

Os bancos funcionam de sábado a quarta-feira, das 8 às 12 horas (somente pela manhã).

Os mercados populares e shopping centers funcionam das 8 às 13 horas e das 16 às 21 horas.

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A cultura árabe

Enquanto as civilizações européias viveram o período da Idade Média, sofrendo com várias restrições sobre o livre pensamento em todos os campos do conhecimento humano, impostas por autoridades políticas e religiosas da Igreja Católica, os árabes desenvolveram uma cultura, aproveitando os ensinamentos oriundos de vários povos que conquistavam.

Uma das maiores contribuições no campo científico foi o desenvolvimento de complexos conceitos da Matemática, por estudiosos de origem árabe ou oriental.

Os algarismos indu-arábicos (1,2,3 etc) e formulação do conceito do número zero (0), criado por um matemático muçulmano na Índia, são de longe a contribuição da cultura árabe mais difundida em todo o mundo.

No campo da Medicina, apontamos Avicena, que compilou trabalhos do cânone da Medicina, reunindo antigos conhecimentos neste campo, aproveitados até hoje.

Nos finais do século XI inicia-se o declínio da ciência árabe, levando os povos ocidentais a imaginar que ela tenha acabado de vez. Tal idéia persiste até os dias atuais, mais por preconceito do que por realidade.

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Denominações de líderes islâmicos Califa – título usado inicialmente pelo sogro

de Maomé, a partir de 632 (após a morte do Profeta), como “sucessor religioso do profeta”. Significa em árabe: representante ou herdeiro. O título de Califa era usado predominante no Império Otomano, e foi oficialmente abolido em 1924, com a instituição da República da Turquia. Era considerado o chefe supremo do Islamismo.

Sultão - (do termo árabe: autoridade, poder) – Títulos de nobreza de certos governantes autônomos (que não dependiam de outros líderes) muçulmanos. Abaixo da categoria de Califa.

Emir - muitas vezes escrito como Amir (do árabe, comandante). Título de nobreza, atribuído inicialmente aos descendentes de Maomé, chefes de tribos de beduínos e outros nobres do mundo islâmico.

Sheik – (termo em árabe: o mais velho) – designação atribuída aos líderes mais idosos das tribos beduínas ou um líder religioso muçulmano (geralmente, também idoso). A palavra também é sinônimo de Ulemás (líderes religiosos islâmicos).

Mulah – (termo em árabe: o guardião) – designação de líderes religiosos islâmicos ou líderes locais de mesquitas em posição de destaque na hierarquia das lideranças locais.

Imam – Na religião islâmica é o líder de uma comunidade ou mesquita, geralmente encarregado de chamar os fiéis para as orações diárias (são 5 por dia), ou professores de religião islâmica.

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Os nomes próprios no Oriente Médio

Na Antiguidade, nas terras do Oriente, era costume dar um nome próprio a pessoa e como “sobrenome” mencionava-se a cidade onde nascera ou era de origem de sua família. Simbòlicamente, os nomes continham significados do caráter ou aspectos da pessoa nomeada.

Exemplos: Jesus Cristo = Jesus de Nazaré; Jesus, o Nazareno; Jesus da Galiléia (embora Jesus tenha nascido em Belém, na Judéia, sua família tinha

origem na pequena cidade de Nazaré, na Galiléia) O Apóstolo Paulo = Paulo de Tarso ou Saulo de Tarso. Maria Magdalena = Maria nascida na cidade de Magdala, na Galiléia.

O sistema adotado pelos povos árabes, inclui no nome próprio a partícula Bin (que significa “filho ou filha de ...”) e al (que destaca o nome de família). No sistema árabe de nomear os filhos, há destaque para a ancestralidade e a família ou local de origem (tribo ou comunidade) da pessoa.

Os povos do Oriente Médio costumam “ocidentalizar” seus nomes e sobrenomes, para uso em preenchimento de formulários em países de culturas não-islâmicas. Um dos primeiros países a adotar este costume por lei foi a Turquia, nos anos 1920, por reformas culturais, sociais e políticas lideradas pelo então presidente do país, Mustafá Kemal Ataturk.

O nome (ou também chamado “nome cristão” ou “nome de batismo”) é uma tradição católica, pois “oficialmente” só se recebe o nome após o batismo católico, dado pelos pais da criança.

O sobrenome (ou nome de família) era uma tradição formal de demonstrar a ancestralidade do indivíduo junto à sociedade da época. Era usado pelas pessoas da classe dominante no Império Romano Antigo, para demonstrar a “importância e posição social” de determinado indivíduo. O costume de usá-lo formalmente só se consolidou na Europa a partir do século 12. Os mais comuns designam a origem (de família ou de lugar), a ocupação ou trabalho, ou fato ou episódio ligado à pessoa.

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Península Arábica na Ásia Território de mais de 3 milhões de km2 de área

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Estreito de Ormuz

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Emirados Árabes Unidos

Federação de 7 emirados desde 1971 que eram também conhecidos como “ Estados em Trégua” (Truce States)

Abu Dhabi – o mais rico de todos e compreende 87% de todo o território

Dubai – o segundo mais importante.

Sharjah – o terceiro emirado mais importante

Ajman

Al Fujairah

Ras al-Khaimah

Umm al-Qaiwain

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Emirados Árabes Unidos

Moeda: Dirham (AED)

USD 1 = AED 3,60

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Histórico dos Emirados Árabes Século VII – Região era habitada por pescadores, marinheiros e caçadores de

pérolas que converteram-se ao Islamismo. Um destes grupos, os Carmathians, desenvolveram um reino sob comando de um

sheik, cuja força militar conquistou a cidade de Meca (na atual região da Arábia Saudita), considerada o centro do islamismo na península arábica.

Século XIX - Com a desintegração do reino dos Carmathians, sua população torna-se pirata e ameaça a integridade dos reinos de Omam e do Sultanato de Muscat, provocando a intervenção de forças britânicas na região.

1820 – Os Britânicos conseguem impor uma trégua parcial na região. 1830 – A família do sheik Maktoum inicia a liderança dos povos da região. 1853 – É estabelecida uma trégua permanente na região. A costa que era chamada

de Costa dos Piratas passa a chamar-se Costa dos Estados em Trégua. Os Britânicos conseguem organizar 9 pequenos estados na região, porém sem administrá-los diretamente como colônias inglesas, denominando-os Estados da Trégua no Golfo Pérsico.

1948 – As atividades de pesca e coleta de pérolas se exaurem na região. Líderes dos emirados assumem o controle militar da região e o controle econômico dos poços de petróleo da Aramco (empresa norte-americana e saudita American Arabian Company) que prospectavam a região.

1958 a 1968 – Descobertas de jazidas de petróleo na região dos EAU dá início ao período de incremento da economia local, a reformas sociais e políticas.

1961 – Construção da primeira estrada pavimentada do país em Abu Dahbi. 2/12/1971 - Dia da Independência e criação dos Emirados Árabes, reunindo 6 deles.

O emirado de Ras Al Kaiamah ingressou na federação em 1972.

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Governo dos EAU

3/11/ 2004 - O Sheikh Khalifa bin Zayed Al Nahyan foi eleito Presidente dos EAU, após a morte do Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahyan, que ocupou estas funções desde a fundação do estado até ao seu falecimento, no dia 2 de Novembro de 2004.

Cada emirado tem o seu próprio governo, mas todos seguem as leis nacionais nos assuntos estratégicos nas áreas de economia e segurança. Em todos eles, os cargos de governo pertencem às famílias dirigentes na hierarquia muçulmana.

Não há distinção entre assuntos religiosos, privados ou de governo – todos regulados pela Lei Islâmica.

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Dubai População: 1,570 milhões de

habitantes

1833 – Até este ano, pertencia ao Emirado de Abu Dhabi.

Hoje – É o segundo maior e mais importante emirado dos EAU.

Sua economia atual baseia-se apenas 5% em petróleo e cerca de 33% em atividades turísticas.

Jebel Ali Port – o maior e mais importante porto do Oriente Médio, desde 1970

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Sharjah É o terceiro mais importante emirado

dos EAU, e sua capital (também chamada de Sharjah) é vizinha a Dubai.

População: 891 mil habitantes (2008) Área: 2.590 Km2, que representa 3,3%

do território total dos EAU. São 16 km de costa e 80 km de extensão territorial ao interior. É o único dos emirados que tem litoral no Golfo Pérsico e no Golfo de Omã.

O emirado é considerado capital cultural do país (e do mundo árabe também), graças a suas mesquistas e museus.

Seu território já era habitado há mais de 5 mil anos passados, com as populações mais ricas da região.

É governada atualmente pelo Sheik Sultão al-Qasim.

Outras cidades do emirado: Khor Fakham (porto na costa leste no Golfo de Omã), Diba e Porto Khalid.

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Sharjah Foto 1 – Palácio do Emir

com o monumento do Corão (livro aberto).

Foto 2 e 3 - Shopping center.

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Abu Dhabi (“pai da gazela”, em árabe)

População: 860 mil habitantes O mais rico e maior dos emirados, embora

seja o segundo em número de habitantes. Sua economia é baseada na extração e

exploração do petróleo.

Até a primeira metade do século XX, o emirado vivia do comércio e criação de camelos e de extração e pesca de pérolas.

1958 – Primeiro poço de petróleo é descoberto no emirado.

1961 – Primeira estrada pavimentada é construída no emirado.

1966 – Sheik Sayed, com o apoio do governo inglês, assume o poder do emirado.

1971 – Com saída dos ingleses do Golf Pérsico, o EUA ganha independência política.

2006 – Morre o Sheik Sayed

Hotel Palace (foto ao lado) e a Mesquita Branca são 2 pontos de destaque na cidade

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Al Fujairah (EAU) Área: 1.150 km2 (cerca de 1,5% da área territorial dos EAU), compreende um

território quase que completamente montanhoso (com alto indíce pluviométrico), enquanto nos demais emirados o relevo é formado por desertos.

Compra de terras no país são vetadas a estrangeiros e visitantes. Estrangeiros também não podem ser donos de mais de 49% de ações de empresas ou cotas de capital social de negócios no país. Apenas empresas circunscritas a Zona Franca Comercial dos EAU são excetuadas destas leis.

Como nos demais emirados, Al Fujairah tornou-se numa moderna cidade com construções de edifícios em estilo ocidental.

População: 130 mil habitantes ( o penúltimo dos emirados em número de habitantes)

Forma de governo: Monarquia muçulmana. Atual chefe do governo: Sheik Hamad Bin Mohammed Al Sharqi (assumiu em 1974

com a morte de seu pai)

Economia: Indústria local de cimento, mineração e extração de pedras, usadas em construção civil, atividade em larga expansão nos EAU. Taxas de desemprego na população local são entre 50 a 60 por cento da força ativa (em geral jovens do sexo masculino). As rodovias, construídas a partir da década de 1970, são as únicas vias de acesso no país. As atividades portuárias são estratégicas na economia do país, devido a sua localização na rota de navios comerciais para o Golfo Pérsico.

Mesquita de Al Bidya (foto acima), a 38 km da cidade de Al Fujairah, é o mais importante achado arqueológico do emirado.

A cidade de Diba (abaixo) foi antigo centro comercial da civilização fenícia.

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Al Fujairah É o penúltimo emirado em termos de número de

habitantes no país e está localizado no litoral do Golfo de Omã.

Embora com cidades modernas, Al Fujairah ainda preserva muito do modo de vida tradicional dos antigos árabes.

O relevo do emirado é montanhoso no lado oeste e é banhado pelo mar da Arábia (Golfo de Omã). Ao contrário dos demais 6 emirados, cujo relevo é basicamente áreas desertas e planas, Al Fujairah é cercado por montanhas altas, que praticamente servem de barreira natural da fronteira oeste do emirado.

Essas características naturais amenizam o clima no emirado, que dispõe de farta agricultura o ano todo., que é a base da economia local (bem diferente dos emirados mais ricos).

Nos últimos 30 anos, o emirado recebe ajuda ajuda econômica do governo central dos EAU, que construiu a única rodovia que existe no emirado (foto)

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Estreito de Ormuz

O estreito de Ormuz é a passagem natural de ligação marítima entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã, no mar da Arábia.

Suas margens estão divididas entre o litoral do Irã e parte do Sultanato de Omã.

Diariamente transitam navios comerciais carregando 15 milhões de barris de pétróleo, extraído do Golfo Pérsico (representa 35% do comércio mundial de petróleo, consumido pelos países ocidentais.)

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Península Arábica

A área marcada em azul no mapa é o extenso e desabitado deserto (também chamado de “empty quarter” – o quarteirão vazio) ao sul da Arábia Saudita, com fronteiras ainda não demarcadas com os Emirados Árabes Unidos, o Omã e o Iêmen.

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Arábia Saudita

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Arábia Saudita (em resumo)

Nome oficial: Reino da Arábia Saudita (Al-Mamlaka al-’Arabiya as-Sa’udiya). Também chamado o “Reino das 2 mesquitas sagradas”, em referência a Medina e Meca, as duas cidades

mais sagradas do Islamismo.Capital: Riad. Localização: sudoeste da Ásia.

Nacionalidade: saudita.

Área: 2.153.168 km2. (o maior país da península arábica, onde ocupa 80% do território e é o 14º. maior do mundo em território). As fronteiras terrestres com os Emirados Árabes Unidos e o Iemem não estão precisamente demarcadas até hoje. A fronteira com o Omã tem sido objeto de um tratado bi-lateral de demarcação desde 2000.

Clima: Temperaturas acima de 55 graus no verão . Noites frias no deserto pois a areia dispersa calor rapidamente.. Neve no inverno.

População: 27,6 milhões (estimada em 2007). Densidade: 9,94 hab./km2.

Língua oficial: árabe. Composição étnica: árabes e afro-asiáticos. Religião: maioria islâmica. Nenhuma outra religião pode ser publicamente praticada no país.

GOVERNO Sistema de governo: monarquia islâmica hereditária. A lei básica de Governo de 1992 determina que o país seja governado por filhos e netos do primeiro rei saudita.Nas eleições locais, somente homens podem votar. O Corão é a Constituição do país, regido pelas leis islâmicas (Sharia).

Chefe de Estado e de governo: rei Abdullah bin Abdul Aziz Al Saud (desde 2005) Legislativo: não há.

Principais partidos: não há partidos.

ECONOMIA Mineração: o petróleo e o gás natural são os recursos mais importantes do país.

Indústria: petróleo, produtos petroquímicos, metais, cimento, fertilizantes. Agropecuária: legumes e verduras, cereais, tâmaras, uvas, cabras, camelos, ovelhas. Exportação: petróleo e derivados. (correspondem a 75% da renda do país).

Moeda: rial saudita.

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Os 13 emirados da Arábia Saudita(QUE SE SUB-DIVIDEM EM GOVERNADORIAS)

Emirado/ Capital

AL BAHAH – AL BAHAH CITY

FRONTEIRA NORTE - ARAR

AL JAWF – AL JAWF CITY

MEDINA – MEDINA CITY

AL QASIN – BURAIDAH

HA’IL – HÁ’IL CITY

ASIR – ABHA

PROVINCIA DO LESTE - DAMMAM

AL RIAD – AL RIAD CITY

TABUK – TABUK CITY

NAJRAN – NAJRAN CITY

MAKKAH – MECA

JIZAN – JIZAN CITY

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Histórico da Arábia Saudita

3 mil anos AC – Diversos povos já habitam os desertos da Península Arábica, sendo a mais notável a civilização de Dilmun, que existiu ao longo da costa do Golfo Pérsico e era contemporânea dos Sumérios e dos antigos Egípcios.

620 DC – O profeta Maomé funda o Islamismo e as cidades árabes de Meca e Medina assumem grande importância religiosa, e conseqüentemente os seus líderes políticos passam a ter maior importância na sociedade árabe.

1744 – O primeiro estado saudita surge na Arábia Central com um líder local Mohamad Bin Saud, que junta-se ao líder religioso Muhamad Abd Al-Wahhab e cria uma nova entidade política.

1842 – Segundo estado saudita.

1902 – O Rei Abdul Aziz Al-Saud, descendente do primeiro Saud e aos 22 anos de idade, toma da família rival, Rashid, a cidade de Riad (atual capital do país) que era a capital de sua dinastia, Saud, e dá início ao moderno estado da Arábia Saudita.

1913 – 1926 – O rei Saud conquista os territórios de Nejd e Hijaz tornando-se rei de Hijaz, e em 1927, rei de Nejd.

1927 – A Grã-Bretanha, força européia imperialista que dominava a região, reconhece, pelo Tratado de Jidá, a independência do reino Saudita.

1932 – Todas as regiões são unificadas num só reino com o nome de Arábia Saudita. No mesmo ano é descoberto o petróleo na região por empresa dos EUA.

Décadas de 1940 a 1960 – Cresce a produção petrolífera na região e os sheiks sauditas enriquecem, estabelecendo um estado baseado na religião muçulmana, proibindo a prática pública de qualquer outra religião.

1973 – A guerra árabe-israelense provoca embargo dos países produtores de petróleo (em sua maioria árabes) contra os países consumidores (EUA e países europeus).

1990/91 – A Arábia Saudita apóia o Kuwait na Guerra do Golfo. Tropas dos EUA ocupam o Kuwait e expulsam as forças do Iraque, que os invadia.

2005 – O Rei Abdullah bin Abdul Aziz Al Saud (foto abaixo) assume o trono com a morte do Rei Fahd, da qual era o príncipe herdeiro.

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Os membros da família Saud (estimados em 7 mil a 25 mil pessoas) são os governantes da Arábia Saudita, embora cerca de 200 deles sejam as pessoas chaves que exerçam algum tipo de poder no país.

Dinastia Saud que, em meados do séc. XV, havia dominado uma pequena área ao redor da aldeia de Dariah, ocupou uma posição secundária nas disputas de poder até meados do séc. XVIII. Nessa época, o governante saudita Muhammad ibn Saud formou uma aliança com o reformador religioso muçulmano Muhammad ibn Abd al-Wahhab, líder da seita vaabita (uma das muitas em que se divide o islamismo).

Ibn Abd al-Wahhab condenava o crescente abandono dos ensinamentos do Islamismo na Arábia e pregava a obediência do povo às leis muçulmanas. O movimento vaabita rapidamente tomou conta da maior parte da Arábia.

A família Saud ampliou o Estado saudita, assumindo o controle das regiões convertidas ao Vaabismo. No início do séc. XIX, o governante otomano do Egito atacou o Estado saudita para pôr fim à sua expansão.

A família Saud lutou para reconquistar os territórios perdidos nesse conflito e, por volta de 1843, seu Exército havia reconquistado a maior parte da Arábia.

Depois de 1865, disputas entre clãs provocaram guerra civil na região e o conseqüente enfraquecimento do poder saudita. Por volta de 1891, a maior parte da Arábia encontrava-se dividida entre os diversos chefes tribais e os otomanos.

Abud al-Raman ibn Saud viu-se obrigado a exilar-se no Kuwait.

A dinastia Saud

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Fundação da moderna Arábia Saudita 1902 a 1932

Em 1902, Abd al-Aziz ibn Saud (foto – na Conferência de Yalta em 1945 com o presidente dos

EUA, Franklin Roosevelt), filho de Abud, apoiado pelos vaabitas, comandou do Kuwait uma ofensiva e conquistou a cidade de Riad (atual capital da Arábia Saudita e geograficamente localizada no centro do país).

Durante os anos que se seguiram, Ibn Saud empenhou-se na conquista do território anteriormente governado por seus antepassados e no restabelecimento do movimento vaabita. Tornou-se o rei dos sauditas.

Em 1932, proclamou a união do Reino da Arábia Saudita.

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O petróleo na região do Golfo Pérsico até 1950 1932 – A primeira reserva de petróleo do Golfo Pérsico é descoberta no

atual emirado do Bahrein. Socal (Standard Oil of California cuja denominação atual é Chevron), uma empresa norte-americana, inicia longas negociações com o governo da Arábia Saudita para implantar a exploração comercial do produto.

1933 – Em sociedade com o governo saudita e a Socal, forma-se a empresa Casoc (Californian Arabian Standard Oil) iniciando-se a prospecção de petróleo na costa leste do reino saudita (região próxima ao Golfo Pérsico).

1938 – Primeiro poço de petróleo comercial é explorado em Dhahran e o óleo crú é enviado para Bahrain.

1939 a 1945 – Houve considerável atraso nos investimentos em prospecção de petróleo, em função do envolvimento dos EUA na II Guerra Mundial.

1944 – Casoc muda o nome para Aramco (Arabian American Oil Company). 1948 – A Esso (atual Exxon) e a atual Mobil tornam-se sócias da Aramco. 1949 – A produção de petróleo registra franca expansão. 1950 – 1.700 km de oleoduto - Trans-Arabian Pipe Line (Tapline) – são

concluídos ligando os campos petrolíferos da área do Golfo Pérsico ao Líbano e às costas do Mar Mediterrâneo. Governo dos EUA aprova incentivos fiscais reduzindo impostos sobre 50% dos lucros sobre negócios com petróleo no país.

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O petróleo na região do Golfo Pérsico 1950 a 1994 1956 – A Aramco torna-se uma das maiores empresas do mundo

no campo de prospecção e refino de petróleo. 1966 – Novas tecnologias de prospecção de petróleo em

plataformas marítimas começam a ser usadas. 1980 – O Governo saudita torna-se dono de 100% das ações da

Aramco, estatizando a empresa. 1982 – Aramco comemora seus 50 anos de existência 1984 – Aramco compra seus 4 primeiros navios super-petroleiros. 1987 - Completa-se a expansão do sistema de oleoduto – Pipeline

– que passa a ter capacidade de transportar 3.2 milhões de barris de óleo por dia.

1989 – Novas jazidas de petróleo de alta qualidade são descobertas ao sul de Riad

1991 – Guerra do Golfo Pérsico incendeia inúmeros poços de petróleo, com grande perda da produção.

1992 – Capacidade do Pipeline aumenta para 5 milhões de barris de óleo por dia.

1994 – Capacidade de produção sustentável dos poços chega a 10 milhões de barris de óleo por dia.

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Riad (jardins, em árabe)Capital da Arábia Saudita

População: 5 milhões de habitantes (2008)

Riad - tem sido um antigo oásis no meio do deserto há mais de 1.500 anos. O nome da cidade desde o século XVII, Riad, significa “jardins” em língua árabe.

A cidade tem 4.292 mesquitas.

1744 – Os líderes árabes Wahhab e Saud unem-se e iniciam lutas contra outro líder na península arábica, Dawwas, para unificar as tribos beduínas num só reino sob legislação muçulmana.

1774 – 1818 – Dawwas é derrotado e Saud toma a cidade de Riad, estabelecendo o 1º. Estado Saudita, fazendo de Diryad (uma cidade próxima) como sua capital.

1818 – Muhamad Ali do Egito, liderando forças Otomanas (turcas), combate a família Saud e encerra o primeiro estado saudita.

1823 - 1891 – Turk in Abdalhah funda o segundo reino Saudita e escolhe Riad como nova capital.

1865 - 1891 – Membros do clã Al Rachid tomam Riad em 1865 e levam o fim do segundo reino Saudita em 1891. O forte Al Masmak (foto ao lado) é construído nesta época.

1902 -1932 – O rei saudita Abdulaaziz Ibn Saud vence o clã Al Rachid, retoma a cidade de Riad, e 30 anos depois, em 1932, funda o moderno reino da Arábia Saudita.

Torre Burj Al Mamlakah – Kingdom Center (foto ao lado)302 metros de altura – a mais alta da Arábia e 37ª. mais alta do mundo. Abriga a mesquita mais alta do mundo.

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Meca (Makkah, em árabe)

Cidade sagrada e centro das peregrinações muçulmanas. Capital do Hejaz

População: 1,6 milhões de habitantes Local da construção da Caaba (o Cubo), cuja tradição

atribuiu ao trabalho do patriarca Abrahão ( o mesmo dos Judeus).

Século II – O geógrafo egípcio Ptolomeu já registrava a existência da cidade, que era considerada sagrada, antes mesmo do aparecimento de Maomé.

570 - Local de nascimento do profeta Maomé, o líder do Islamismo.

610 - aos 40 anos de idade, Maomé teve uma revelação profética em uma caverna do monte Hira (próxima à cidade), onde o Arcanjo Gabriel lhe teria aparecido e ordenado que prega-se as leis de Deus.

622 – Maomé é perseguido pela suas crenças pelos comerciantes de Meca e foge para a então Yatreb, atual Medina (que passou a ser chamada de “A Cidade do Profeta”). É o ano inicial do calendário islâmico.

630 – Maomé inicia uma jihad (guerra santa) contra os ricos comerciantes de Meca. Meca se rende sem batalhas, e Maomé destrói todas as imagens politeístas da Caaba, conservando apenas a “pedra negra” (que se acredita ser um pedaço de meteorito muito antigo).

632 – Maomé morre, mas conseguiu unir os povos árabes numa só religião , tornando-os mais fortes do que os antigos laços tribais ou familiares.

Meca é uma cidade de acesso quase restrito aos fiéis muçulmanos, e sua grande mesquita é o centro de peregrinações religiosas de multidões de muçulmanos que devem ir lá, ao menos uma vez na vida e dar 7 voltas em volta da Caaba.

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Medina(Al-Madinah, em árabe)

População: 1,3 milhões de habitantes. Localizada a 338 Km ao norte da cidade de Meca.

Cidade sagrada do islamismo, também chamada de Cidade do Profeta Maomé.

622 – Maomé foge da perseguição de sua cidade natal, Medina, e vai refugiar-se em Yatreb (nome antigo da cidade de Medina).

Em Medina, Maomé consegue consolidar seus ensinamentos aos fiéis e começa a reunir grande número de seguidores, que irão dar base de sustentação ao islamismo nos países árabes.

Medina foi a primeira cidade a ser regida pelos princípios teocráticos da nova religião fundada então por Maomé.

Maomé está enterrado em Medina.

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Kuwait (“pequena fortaleza”)

Capital: Kuwait City (151 mil habitantes) Área territorial: 17,8 mil km2 População: 2,4 milhões de habitantes Século XVIII – Criação do emirado com clãs árabes vindos de Najd

(na atual Arábia Saudita). Desenvolveram-se através do comércio portuário e do contrabando de mercadorias com o Império Persa.

Século XIX – Os britânicos desestabilizaram os xeiques locais e assumiram a política exterior do país.

1920 – 1930 – O Kuwait era exportador de pérolas naturais e um dos países mais pobres do mundo. O mercado de pérolas naturais tinha sido abalado pela criação de pérolas artificiais cultivadas.

1930 – 1940 – Descobertas de grandes reservas petrolíferas na região torna o Kuwait num dos países mais ricos do mundo. O Iraque, país vizinho, passa a reivindicar direitos históricos sobre o território do Kuwait. O Kuwait é o 34º país mais rico do mundo, devido as reservas de petróleo e gás natural. Tem 10% das reservas de petróleo do mundo (96 bilhões de barris) que gera 90% das exportações do país e 75% da renda do governo do país, mas importa ou dessaliniza 75% da água potável que consome. O país não tem água e não consegue desenvolver a agricultura.

1961 – O xeique Abd Allah al-Salim al Sabbah obtêm a independência do país junto aos britânicos e se auto-proclama Emir do Kuwait.

1977 – O país fica sob o poder do emir Jaber al-Ahamad al Sabbah. 1990 – O Iraque sob o comando do ditador Saddam Hussein invade

o Kuwait e anexa seu território. 1991 – Uma força militar de coalização os EUA enfrenta o Iraque,

gerando a Guerra do Golfo, derrota o Iraque e desocupa o Kuwait. O Kuwait pagou mais de USD 5 bilhões em obras de reparos na infa-estrutura do país.

2003 – Nova guerra contra o Iraque e EUA. O Kuwait serve de base para as tropas americanas.

Page 43: Emirados árabes unidos

O emirado do Bahrein é formado por um arquipélago de cerca de 30 ilhas e ilhotas no Golfo Pérsico, sendo a maior delas medindo 48 km de cumprimento e 16 km de largura. A superfície total do país é de 692 km2, e a sua maior altitude (localizada na maior ilha) é de apenas 130 metros.

Moeda: Dinar do Bahrein (BHD) EURO 1 = BHD 0,49 BHD 1 = EUROS 2 Capital do país: Manama População de 688 mil habitantes, dos quais 288 mil

são estrangeiros que trabalham no país.

As ilhas do Bahrein sempre foram cobiçadas, compradas e vendidas desde a Antiguidade devido a sua posição geo-estratégica na costa do Golfo Pérsico.

1521 – 1602 – Os portugueses ocuparam as ilhas, dentro da política de expansão mercantilista da coroa portuguesa, que estabeleceu diversos portos comerciais no Oriente. Além de porto, era importante centro de produção de pérolas.

1602 - Com ajuda de tropas britânicas, o Império Persa toma as ilhas.

1783 – O Bahrein conquista sua independência do Império Persa, mas no século XIX se tornará um protetorado comercial e militar do Império Britânico.

1932 – Descoberta de petróleo em Awalli, no centro da Ilha

1971 – O país torna-se num emirado independente, depois que a Grã-Bretanha resolve retirar-se da região, criando novos estados indenpendentes.

1973 – É estabelecida a Constituição e o governo monárquico muçulmano que vige até hoje.

1986 – Uma única ponte rodoviária de 25km une a ilha principal a Arábia Saudita. Há outra em projeto, de 40 km de extensão, para ligar-se ao Qatar.

60% das exportações do país e 30% do PIB estão ligadas a atividades de prospecção e refino de petróleo (refina óleo da Arábia Saudita também). As antigas atividades piratas dos nativos foram sendo substituídas por frota mercante. Hoje o país é importante centro financeiro e comercial.

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Qatar (ou Catar) O Catar é um dos muitos novos emirados na Península Arábica. Depois de ser dominado

pelos Persas durante milhares de anos e, mais recentemente, pelo Bahrein, os turcos otomanos e os britânicos, o Catar transformou-se num país independente a 3 de Setembro de 1971. Ao contrário da maior parte dos emirados vizinhos, o Qatar recusou tornar-se parte da Arábia Saudita ou dos Emirados Árabes Unidos.

A descoberta de petróleo, com início na década de 1940, transformou por completo a economia da nação. Antes, o Catar era uma região pobre, dependente da pesca e da extração das pérolas, com pobreza generalizada. Hoje, o país tem um nível de vida elevado e todas as amenidades de uma nação moderna.

Capital: Doha (400 mil habitantes)

Área territorial: 11 mil km2

População: 1,450 milhões de habitantes

Forma de Governo: Monarquia islâmica

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Omã (ou Omão)

O país é constituído de 3 territórios descontínuos: extremidade oriental da Península Arábica, Enclave de Madha (nos Emirados Árabes Unidos), e a Península de Musandam (no estreito de Ormuz que separa o Golfo Pérsico do Golfo de Omã e é ponto estratégico para a navegação comercial).

Capital: Mascate (Muscat) (foto) Moeda: Rial de Omã (OMR) EURO 1 = OMR 0,48 Área territorial: 212.460 KM2 População do país: 2,9 milhões de habitantes

(2004), sendo 42% abaixo de 14 anos de idade e 55% de homens. 70% da população ativa do país é formada por mão de obra estrangeira.

Forma de governo: Sultanato (monarquia absoluta) da dinastia Al’Said que governa o país há mais de 250 anos.

Idioma: Árabe Religião predominante: Islamismo tradicional

(Hebaditas)

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Muscat – Omã(Mascate)

A Corniche (foto acima), com sua área comercial, e a residência oficial do Sultão do Omã, Al Alam Palace (1972), usado atualmente somente para recepções (foto abaixo), são dois pontos turísticos de Muscat, a capital do Omã. Há também as fortalezas de Mirani (1587) e Jalali (atualmente renovada), construídas pelos portugueses no século XVI, pontos estratégicos na defesa do principal porto do Golfo de Omã numa época em que a pirataria era o mais rendoso negócio na região.

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Histórico de Omã Na Antiguidade, foi satrapia (província

governada por um rei) do Império Persa e posteriormente da Dinastia Sassânida.

632 – O Omã livra-se deste tipo de poder do Império Persa e passa a caracterizar-se com a cultura árabe.

751 – Os Ibadis (ou Hebaditas) criam o Emirado de Omã, que passa a ser governado por imames. O país era apenas um território incrustado no sul do deserto árabe.

1508 – 1659 – Portugueses ocupam o porto de Mascate (o mais importante do Omã), e e dali são expulsos pelos turcos otomanos 151 anos depois. Os portugueses tinham como único objetivo garantir o porto para apoio de suas esquadras comerciais para Goa.

1659 – 1741 – Os turcos otomanos ocupam o Omã e são expulsos pelo Sultão Bin Sultan Al Busaid.

1741 – 1891 – É o período de ouro do sultanato, que expande seu território, criando colônias no Oceano Índico (Zanzibar e Comores na África e Baluchistão na Ásia).

Século XIX – O país é um entreposto de escravos e armas, e com o fim da escravidão sua economia entra em declínio, dependendo do comércio de camelos e da agricultura.

1891 - 1971 - O país entra em colapso e perde seus domínios territoriais, passando a ser um proterorado do Império Britânico.

Década de 1930 – Descobertas de poços de petróleo na região trazem novas opções de exploração econômica, que refletirão na alteração do padrão de vida do país.

1970 – Sultão Quaboos assume o trono, depondo o pai, com poderes absolutos e apoio dos ingleses.

1971 – O Omã torna-se novamente um país independente, assumindo mais uma vez o sultanato como forma de governo (é o único do Golfo Pérsico a ser governado por um sultão). Passa a ser chamado de Omã, abolindo os nomes de Mascate e Omã

2000 – Graças a exploração do petróleo, o país enriquece e desenvolve-se como uma nação moderna.

2001 – Portos do Omão foram usados como base para navios da marinha dos EUA, como base para ataques ao Afeganistão e ao Iraque, em sua procura por Osama Bin Laden.

2003 – Registra-se a primeira eleição para o Conselho Consultivo do páis, orgão que integra o poder legislativo e auxilia o poder executivo do soberano, Sultão.

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O Omã atual O país mantêm

os laços culturais tradicionais dos povos árabes desde o ano 632 (língua árabe e religião islâmica), preservando também seu sistema de governo.

No campo econômico, desenvolveu-se em 40 anos com a prospecção e refino de petróleo, adotando o padrão de arquitetura dos países ocidentais.

O PIB de Omã em 2007 é estimado em USD 38,9 bilhões.

O sultão Qaboos Bin Said Al Said assumiu o poder em 1970, destronando o pai, mas modernizou o país. Até então o país não usava a energia elétrica era quase medieval. Ele ainda governa até hoje.

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Salalah - Omã Salalah é a segunda maior

cidade do país, situada na costa (sendo seu porto a 20km da cidade e zona franca, além de um dos mais movimentados do Mar das Arábias e dirigido pela empresa dinamarquesa Maersk).

Dorfha é o antigo nome da cidade.

Circundada por montanhas, Salalah também é mundialmente conhecida pelas suas essências (incensos - frankenincense e mirra), retirados de plantas das montanhas e comercializados há mais de 2 mil anos. Somente 4 países do mundo tem árvores de incenso (uma resina endurecida): Omã, Iemem, Índia e Paquistão.

Não há rios permanentes no país, mas o wadis são córregos temporários, volumosos nos períodos de chuvas (de Junho a Setembro).

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Incenso e a mirra na Antiguidade O Incenso (retirado da bowelia ou olíbano) e

a mirra (camiphorra) são duas resinas vegetais petrificadas (secas), bastante usadas na Antiguidade (em especial no Egito) em processos medicinais, aromáticos e na mumificação de corpos.

O Incenso (ou frankincense) é também uma resina vegetal petrificada, que nada tem em comum com os produtos modernos a que chamamos genéricamente de incenso (que um produto barato feito com quaisquer substâncias químicas comerciais).

As árvores de onde tais resinas eram retiradas só nascem em locais do sul da península arábica e em alguns países africanos e asiáticos.

Tal raridade na sua obtenção e o alto custo do transporte em caravanas na Antiguidade, justificavam o alto preço do produto, sendo os antigos egípcios os que mais os consumiam

O incenso e a mirra eram considerados caras especiarias do oriente. Eram usados em crematórios em atividades de culto religioso, como remédios de aplicações terapeuticas, e também como aromatizadores.

Os dois produtos foram oferecidos como “presentes” pelos reis Magos no nascimento de Jesus Cristo (conforme menciona o texto bíblico), simbolizando a grandeza do fato do nascimento de Jesus. Pelo seu valor na época, incenso e mirra seriam presentes dignos de reis.

A queima de incenso e mirra sempre foi envolta de mistérios religiosos. Ua preparação secreta era feita pelos sacerdotes, que conheciam suas propriedades medicinais e espirituais.

Page 51: Emirados árabes unidos

Iemêm (República do ...)

População: 22 milhões de habitantes Área territorial: 527 mil km2 Capital: Sana Língua: Árabe Moeda: Rial do Iêmem (IRL) (USD 1 = IRL 200 a 250) Religião: Islâmica (religião oficial e praticada por 99% da população) Sistema de governo: República presidencialista. Economia: 95% das rendas do país vem da exportação de petróleo, mas mesmo assim é o país

mais pobre do Oriente Médio e o décimo país mais pobre do mundo. Século VII AC – O reino de Main já existia e exportava incenso e mirra para o Egito no século XV AC, foi o primeiro reino

que se tem notícia no Iemêm Século X AC – O reino da rainha de Sabá teria ocupado e extendido-se por parte do território do atual Iemêm. Ano 70 DC – Com a destruição do segundo grande Templo de Jerusalém (e de grande parte da cidade também) pelas

tropas romanas do Imperador Tito, colonos judeus vieram refugiar-se no Iemêm. Século IV – Chegada dos primeiros cristãos. Década de 630 DC – Islamização do território do Iemêm, assim como na península arábica e da maior parte do norte do

continente africano. 1830 – Os Britânicos ocupam o Iemêm do sul e o transformam em protetorado do Adem, e colônia britânica em 1937,

enquanto os turcos consolidam seu poder no Iemêm do Norte. 1962 – República Árabe do Iemêm (islamita) – antigo Iemêm do Norte 1970 – República Popular do Iemêm (marxista) – antigo Iemêm do Sul 22/05/1990 – Unificação dos dois países com o nome de República do Iemêm.

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Adem (porto de..., no Iemêm)

É o principal porto de petroleiros do sul Iemêm numa península, e um dos mais importantes da região do Golfo de Aden, que permite transportar os produtos de uma grande refinaria de petróleo nas vizinhanças (em Little Adén), que foi controlada pela empresa britânica, British Petroleum.

População atual do Adem é de 590 mil habitantes.

O antigo porto é formado por antiga cratera de um vulcão extinto, tendo sido usado pelo Reino de Asuam desde o 5º. ao 7º. milênio AC.

O lugar sempre foi um importante centro de passagem do comércio entre a Ásia e Europa, há mais de 3 mil anos, e portanto sempre esteve no centro das atenções de chefes militares das nações que desejavam ampliar seu poder pelas rotas comerciais do Oriente. Até mesmo os navegadores portugueses por aqui passavam nos idos do século XVI, em suas rotas de navegação comercial para suas colônias nas Índias (Goa e Macau).

No século I AC tinha o nome de “Arábia Felix”, dado pelos romanos, pois era ponto de baldeação do comércio que entrava ou saía do Mar Vermelho.

19/01/1839 – A Companhia Britânica da Índia Oriental desembarcou ali fuzileiros navais britânicos para conter a pirataria contra seus navios mercantes. Adem é a metade da rota entre o Canal de Suez (aberto em 1869) e os principais portos indianos (na época, também colônias britânicas). Até 1/04/1937, Adém foi governado como uma colônia britânica. Os ingleses só saíram oficialmente do país em 1967.

Adém foi administrado pelos ingleses como uma extensão de suas colônias na Índia. Aden (foto ao lado) na década de 1950, quando era importante porto livre de impostos (tax free).

Adém é um dos maiores portos naturais do mundo, com uma área aproximada de 70 Km2 de área de navegação em águas protegidas de correntes marinhas. O porto é dividido em porto interno e externo.

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Rainha de Sabá Embora não haja provas históricas de sua real existência, a rainha de Sabá (foto acima ao lado),

Bilqis ou Balqis (na tradição islâmica) ou Nicaula (para Flávio Josefo, antigo historiador romano de origem judaica), e Makeda ou Magda (para os Etíopes), assumiu o trono aos 15 anos de idade após a morte de seu pai (um descendente direto de Sem, filho do patriarca Noé). Conforme as tradições de sua época, deveria permanecer virgem enquanto vivesse (até o momento de seu bíblico encontro com o rei Salomão, da Judéia em 950 AC). Supõe-se que ela viveu no século X AC.

Parte dos relatos conhecidos obre ela, datam do século 6 DC, no Talmude ( coletânea de tradições orais do povo judeu e livro sagrado dos Judeus onde se narra o Velho Testamento bíblico, e o seu encontro com o Rei Salomão no ano 950 AC, apresentando-a como mulher jovem, negra e bonita, embora sem nunca citar seu verdadeiro nome), e no Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos) que menciona a sua cidade natal Marid.

O reino de Sabá era próspero e ponto de encontro de caravanas de mercadores da Antiguidade. A rainha era bastante inteligente e versada em filosofia e misticismo. Soube da existência do Rei Salomão (e de sua grande sabedoria) através do chefe de suas caravanas comerciais, e resolveu empreender uma viagem de 6 meses, numa grande caravana com 800 animais (carregada de ricos presentes para o rei Salomão) para conhecê-lo.

O encontro da rainha de Sabá e o sábio rei judeu Salomão é descrito no Velho Testamento. Ela o interrogou sobre vários assuntos e charadas, e Salomão não deixou pergunta sem resposta.

Contam os textos judaicos que a Rainha de Sabá foi seduzida pelo Rei Salomão (quadro ao lado), e lá permaneceu meses na Judéia, retornando o seu reino já grávida do filho de Salomão, Menilek (que se tornaria em Menelek I, o primeiro imperador etíope e fundador da dinastia de imperadores etíopes)

O reino de Sabá, acredita-se, tenha existido nos territórios da atual Etiópia (no continente africano) e do Iêmem (sul da península arábica). O templo de Bilquis (foto ao lado no centro) em Marib (a 120 km da capital Sana), no Iêmem, construído no século XVII AC, foi usado por 1 mil anos e é umas das evidências que ali teria sido a capital de seu reinado no Egito e no sul da Arábia também.

MUSEU NACIONAL DO ADEN - apresenta coleções arqueológicas do período do antigo reino da Rainha de Sabá.

CISTERNA DO ADEN (foto abaixo) – antigo sistema de represamento de águas das chuvas (no período chuvoso), construído a mão no período do reino da Rainha de Sabá, com o objetivo de evitar inundações na cidade e coletar água potável. O complexo de cisternas está localizado próximo ao sopé da montanha, tendo a cidade de Aden logo abaixo.

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Sana (capital do Iemêm)

Sana ou Sanaa (foto), a capital do país e importante centro comercial do Oriente Médio desde o século IV, está no interior do país, nas montanhas, a 2.210 metros de altitude, e tem população de 1,7 milhões de habitantes.

Seu bairro histórico é considerado pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade desde 1986, e um dos mais antigos do mundo.

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Somália País africano População: 8,2 milhões de habitantes (estimativa

de 2005) Área territorial: 637 mil km2 (o 42º. Maior país do

mundo) Línguas: Somali, árabe e italiano Capital: Mogadíscio Forma de governo: Há um presidente que não

consegue governar o país, que é controlado por várias facções de guerrilheiros e senhores da guerra.

É considerado o país mais pobre do mundo. 1960 – O país foi formado da união de dois

proterorados (um italiano e outro britânico). Desde a década de 1990 – o país sofre com

conflitos e guerras civis. 1992 – Forças da ONU, encabeçadas pelos EUA,

tentam criar condições de alguma estabilidade política no país, mas sua atuação foi um fiasco; os EUA abandonaram o país em 1993, e em 1995 as forças da ONU se retirava do país.

PIRATARIA MODERNA NO GOLFO DE ADEN Devido a indigência em que se encontra o

governo do país, a prática de pirataria no Golfo do Aden (região de grande movimento na rota comercial de navios mercantes de todo mundo) tornou-se a atividade criminosa mais rentável do páis desde 2004. Os piratas são cerca de 1 mil homens armados (em geral ex-pescadores e desempregados), divididos em grupos separados, e que usam lanchas rápidas para interceptar navios mercantes, e depois exigir o pagamento de resgate das empresas dos navios.

Até mesmo um super-petroleiro saudita da empresa Aramco foi tomado pelos piratas e pagou o resgate em 2008.

Em agosto de 2008, foi formada uma força tarefa naval especial, CTF 150 (com navios de guerra de vários países), baseada no Djibuti, para combater a pirataria na Golfo de Adem e no Mar da Arábia.

Abril de 2009 – Os piratas somalis atacam um navio mercante dos EUA, tomando como refém o seu capitão, alojado num pequeno barco no meio do mar. Dois navios de guerra da Marinha dos EUA lançaram o contra-ataque, e após alguns dias de cerco ao pequeno barco, conseguiram matar os piratas a tiros e resgatar o capitão com vida.

A pirataria na região existe há mais de 2 mil anos, mas com as armas atuais, seus ataques estão cada vez mais perigosos

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Mar Vermelho(da Bíblia à História...)

Golfo do Oceano Índico, que recebe o nome de Mar Vermelho

Comprimento: 1.900 km Largura: 300 km Profundidade média: 500 metros (com boa visibilidade até

200 metros) Profundidade máxima: 2.500 metros Superfície de água: 450.000 km2 Temperatura média da água: 23 a 29 graus. Meio ambiente de 1.000 espécies de invertebrados, 200

espécies de corais e 300 espécies de tubarões. Suas águas são azuis, e recomendáveis para prática de

mergulho submarino. O nome mar Vermelho foi atribuído em função de algas

que aparecem em quantidade na superfície e tomam a coloração da água em vermelho.

A travessia do Mar Vermelho é episódio bíblico relatado no livro de Exôdo 11 - 14, quando Moisés (de descendência judaica, mas criado no Egito desde bebê) lidera e liberta os judeus escravizados em sua fuga do Egito para a Terra Prometida (o atual território de Israel). O processo do êxodo teria durado 40 anos, e criou fundamentos bíblicos para a existência do território de Israel na atual região da Palestina.

No Monte Sinai, segundo o Antigo Testamento a Bíblia, Deus entregou as Tábuas da Lei a Moisés com os Dez Mandamentos.

Pesquisadores modernos afirmam que o local da travessia bíblica do povo judeu, descrita no livro de Exôdo, teria sido na extremidade do Golfo de Aqaba, atual região fronteiriça entre Egito, Israel e Jordânia (área marcada no mapa). Uma forte ventania teria ocasionado o episódio milagroso da separação das águas do mar, permitindo a passagem da multidão liderada por Moisés (foto abaixo).

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O Brasil e a criação do moderno estado de Israel em 1947

Na História, os judeus foram expulsos da Palestina e dispersados pelo mundo a partir do ano 70 DC, vencidos pelas tropas do impérador romano, Tito, que destruiu o Templo de Jerusalém ( lugar mais sagrado dos judeus), da qual só sobrou até hoje o chamado Muro das Lamentações (cujo nome original é Muro Oriental).

O retorno dos judeus ao território palestino começou através de migração de famílias judaicas (em sua maioria oriunda de países soviéticos e do Leste Europeu) à Palestina controlada pelos ingleses, a partir de uma decisão do Movimento, Sionista Internacional, em reunião na Suíça, em 1897.

Em 1900, 20 colônias judaicas já existiam na Palestina. Em 1909 foi criado o primeiro Kibutz judaico na Palestina. Em 1914, o número de colônias judaicas chegada a 40.

Em 16/09/1947, diante do grande número de judeus já vivendo no território palestino e contrariando os poderosos interesses diplomáticos dos países islâmicos, a ONU aprova moção de criação oficial do Estado de Israel na Palestina.

Em 1947 o ex- governador do Rio Grande do Sul e 1º. embaixador brasileiro na ONU, Oswaldo Aranha (foto ),foi o presidente da 1ª. Conferência Geral da ONU em 16/09/1947, e foi também um dos primeiros representantes oficiais de um país a votar a favor da criação do Estado de Israel na Palestina a partir de 1948. Graças a esse fato, seu nome é reverenciado pelo Estado de Israel. A moção foi aprovada pelos países membros da ONU com 33 votos a favor, 13 contra, 10 abstenções e 1 ausência.

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Djibuti

1862 – Os franceses tomam o território do Djibouti, que torna-se parte da Somália Francesa em 1888. Essa colônia francesa era uma contra-partida ao poderio político dos ingleses em Aden, importante porto da outra extremidade do Golfo de Aden, portal de entrada e saída do Mar Vermelho.

Século XIX – Nações européias (Grã-Bretanha, França, Itália, Alemanha, Bélgica e Portugal) disputavam entre si a posse e poder político em diversas regiões e nações africanas, no Oriente Médio e na Ásia. Processo político denominado como “Colonialista”, que só deu sinais de sua exaustão a partir da década de 1960.

1967 a 1977 – O país tinha o nome de Território Francês dos Afars e dos Issas, e mudou para o mesmo nome da capital após a sua independência.

27/06/1977 – O Djibouti torna-se a última colônia francesa africana a declarar sua independência e entra para a Liga Árabe.

O país é muito pobre, sua história é cheia de conflitos armados e recente tentativas de golpe de estado.Economicamente, sobrevive como porto que liga-se por ferrovia ao país vizinho, Etiópia.

2008 – O país sedia a frota naval internacional para combater a pirataria moderna no Golfo do Aden.

País africanoÁrea territorial: 26 mil KM2População: 600 mil habitantes (estimativa de 2008), a maioria dos habitantes do país pertencem a 2 grupos étnicos principais: Afars e IssasLínguas: Francês e árabeReligião: 94% de muçulmanos.República semi-presidencialista.Capital: DjiboutiMoeda: Franco do Djbouti

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Eritréia País africano População: 4,9 milhões de habitantes Área territorial: 121 mil km2 Capital: Asmara República presidencialista, unicameral. Na prática é uma

ditadura, governada pelo mesmo presidente, Isaias Afwerk, desde 1993.

A Eritréia foi considerada em 2008 como o país que menos respeita os Direitos Humanos.

A Eritréia é o mais novo país da África, que foi colônia africana da Itália (de 1890 a 1941), colônia inglesa (1941 a 1952) e alcançou sua independência em 1991.

O país tem poucos recursos naturais e sua economia é muito pobre.

O país está às margens do Mar Vermelho, que de certa forma lhe empresta o nome (Erithos, em grego, significa vermelho).

O território do país poderia ter sido parte do antigo reino da rainha de Sabá.

Na Antiguidade, ali surgiu a civilização Axum, que foi uma das mais poderosas na região do Mar Vermelho.

Século III DC - Os europeus chamavam o país de Etiópia (termo genérico adotado para todas as terras ao sul do Egito), que também adotou o catolicismo ortodoxo por esta época.

Idade Média – A civilização Axum é debilitada pelo surgimento do islamismo na Península Arábica. O território da Eritréia foi dominada pelos árabes e depois pelos turcos otomanos.

1941 – 1952 – O território permanece sob o domínio da Grã-Bretanha.

1952 – A ONU decide formar uma federação entre a Eritréia e a Etiópia.

1961 – O Imperador da Etiópia, Hailé Selassié, desfaz a federação e anexa a Eritréia à Etiópia, dando início a uma guerra de 30 anos para a libertação do país.

1991 – Declaração de Independência da Eritréia. 1993 – Reconhecimento do novo país pela ONU. 1995 – Arqueólogos descobrem no pais o crânio de um

hominídeo mais antigo do mundo, com 1 milhão de anos de idade. O país é local dos vestígios mais antigos da presença do homem no mundo. Também foram encontrados no país vestígios da evolução dos elefantes (um fóssil do animal com 27 milhões de anos de idade).

1998 a 2009 – Novos conflitos armados entre Eritréia e Etiópia, sobre questões fronteiriças, leva o assunto ao Tribunal em Haia. A Eritréia aceita a decisão do Tribunal,mas não a Ethiópia. O conflito persiste até hoje, com a zona em conflito patrulhada por tropas de paz da ONU.

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Sudão País africano População: 39 milhões de habitantes. Área Territorial: 2,5 milhões de km2 Línguas: árabe e o inglês Capital: Cartum Forma de governo: Ditadura, desde 1989. Moeda: Dinar Sudanês Na Antiguidade, o Sudão era chamado de

Núbia. Século VII – Islamização do Sudão, assim

como em diversos países do norte da África.

1820 a 1822 – É tomado pelo Egito, e posteriormente pelos ingleses que também ocuparam o Egito.

1885 – Os ingleses são expulsos do Sudão.

1898 – Os ingleses retomam o Sudão. 1953 – O Sudão obtém autonomia limitada. 1/1/1956 – Independência do Egito e da

Grã-Bretanha.

O Sudão é o maior país da África e está em guerra civil há quase 50 anos, entre muçulmanos e não-muçulmanos (no sul do país). O país é extremamente pobre, sofre com temporadas de prolongadas secas, escravização humana, estupros, e já perdeu 2 milhões de pessoas, mortas pelas secas ou pelos combates.

Os guerrilheiros da Frente Islâmica Nacional já exterminaram quase toda a população nativa do oeste do país, matando 400 mil pessoas e expulsando de suas aldeias cerca de 2 milhões de nativos.

Desde 2003 até hoje – Observa-se o chamado Conflito de Darfur, onde a população árabe tem feito constante extermínio da população negra na regiãoi central do país

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Canal de Suez (moderno) O canal tem 163 km de extensão e média de 146 metros de largura

(sendo a largura mínima de 358 metros nos Lagos Amargos, ao centro do canal), com profundidade média de 15 a 25 metros, todo ao nível do mar (não tem eclusas) e liga o porto egípcio de Said (no Mar Mediterrâneo) ao porto de Suez (no Mar Vermelho). Permite uma via de navegação mais rápida entre a Ásia e a Europa (mapa ao lado), sem necessidade de contornar a África pelo Cabo da Boa Esperança.

Na obra de sua construção, trabalharam 1,5 milhão de operários egípcios em regime de semi-escravidão, dos quais 125 mil morreram de cólera devido as más condições de trabalho e do meio ambiente hostil.

25/04/1859 a 16/11/ 1869- Período da construção do moderno canal, pela empresa de Suez, de Fedinand Marie de Lesseps (foto acima), diplomata (foi cônsul francês no Egito) e empresário. Ele também tentou construir o Canal do Panamá a partir de 1878, na Colômbia, mas devido as inúmeras dificuldades técnicas., desistiu da empreitada.

17/02/1867 – Primeiro navio atravessa o canal, ainda em obras.17/11/1869 – Cerimônia de inauguração do Canal com a presença do Imperador francês,

Napoleão III. 24/12/1871 - Premiére no teatro do Cairo da ópera , Aída, composta em 4 atos por Giuseppe

Verdi (foto ao lado, embaixo à esquerda), atendendo ao pedido do governo egípcio para compor uma obra específica para celebrar a abertura do Canal de Suez.

1875 – Capitalistas britânicos adquirem as ações do capital egípcio na companhia do Canal de Suez. Com a renda obtida, o Egito paga parte de sua dívida externa, e perde o controle sobre o canal.

1882 – Tropas britânicas instalaram-se em suas margens para proteger o canal.1889 – A Companhia do Canal de Suez, de Ferdinand Lesseps, vai à falência na França,

causando grandes prejuízos aos seus acionistas. Lesseps é julgado e condenado a 5 anos de prisão, mas não cumpre a pena devido a seu estado de saúde precário..

1936 - 1956 – A zona do Canal de Suez é estabelecida sob domínio britânico1956 – Para construir a Represa de Assuã no rio Nilo, o presidente do Egito, Gamal Abdel

Nasser (foto à direita), nacionalizou o canal, em busca das fontes de renda geradas pela navegação ali. A nacionalização unilateral do canal virou uma espoliação dos interesses capitalistas ingleses, que desde aquela época tinham relações comerciais estratégicas com suas colônias na Ásia (em especial nas ìndias) e Oriente Médio e tinham no Canal de Suez uma importante via de na navegação. Houve retaliação das forças inglesas em retomar o canal, pois anos antes o Egito vendera as suas ações do canal aos ingleses. Na tentativa de impor-se, o Egito afundou vários navios no canal, tornando-o uma via bloqueada até o ano de 1975.

1967 – 1975 – Após a Guerra dos Seis Dias entre Israel e Egito, mantém-se o Canal fechado à navegação mundial por 8 anos consecutivos.

1979 e 1982 – Obras de extensão e dragagem do canal.

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Navegando no Canal de Suez Os navios transitam no Canal de Suez em

grupos de 40 a 50 embarcações por dia em cada sentido do canal, e em fila indiana.

Há completa sincronização de operações entre os “comboios” de navios, saindo de Porto Said (no mar Mediterrâneo) e de Porto Suez (no mar Vermelho), de modo que se encontrem nos Lagos Amargos (ponto mais largo do estreito canal), onde os comboios de direções opostas se cruzam.

O comboio de Porto Suez (do mar Vermelho para o mar Mediterrâneo) partem diàriamente no período das 3 às 11,30 hs da manhã. O comboio de Porto Said (no sentido inverso) aguarda a partida do comboio de Porto Suez para que comece também a sua travessia.

Na cidade de Ismailia, próximo aos Lagos Amargos há a troca de equipe de pilotos de navios (cada equipe cumpre um trecho da navegação).

Todas as operações de navegação no extenso canal de 162 km de comprimento é rigorosamente acompanhada pelos pilotos de navegação local.

A ordem de posição dos navios nos comboios obedecem critérios, que levam em consideração o porto de partida e de destino dos navios, e se são navios de cargas ou passageiros (o que também de certa forma vai determinar o tempo de cada navio estará dentro do canal).

A velocidade dos navios navegando no canal é de 7,6 nós (cerca de 14 km/h), e o tempo médio de cada navio para completar a travessia é entre 11 e 14 horas (já incluído o tempo de parada e eventual espera do combio em direção oposta nos Lagos Amargos).

O pagamento pela travessia é baseado na tonelagem do navio.

O Canal de Suez é a principal fonte de renda nacional do Egito, graças ao intenso trânsito de embarcações comerciais ligando a Europa a Ásia.

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Batalhão Suez – primeira força de paz brasileira na ONU. O Batalhão Suez (foto), do Exército

Brasileiro (janeiro 1957 a julho de 1967) participou da primeira missão de paz internacional do Brasil como Força Especial da ONU em Suez, formado por vários países que ali ficou até 1974. Mais de 6 mil soldados brasileiros participaram dos 20 contingentes enviados à Suez em 10 anos de atuação das forças brasileiras naquela força internacional de paz.

Apesar do nome do batalhão, sua área de atuação foi a Faixa de Gaza (trecho estreito do litoral mediterrâneo na fronteira entre Egito e Israel), local densamente povoado pelos palestinos, e área de disputas bélicas até os dias de hoje.

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Egito (república do...) Capital: Cairo (a mais populosa do país com 6,7 milhões de habitantes) Alexandria (foto abaixo) a 2ª. Maior cidade do Egito com 3,3 milhões de habitantes. Moeda: Libra ou Lira Egípcia (EGP) (USD 1 = EGP 5) (EURO 1 = EGP 7) População: 81,7 milhões de habitantes (2008) 99% da população vive em apenas 5%

da área total do país, às margens do rio Nilo ou no Delta do Nilo. Área territorial: 1 milhão Km2 (pouco maior que o estado do Mato Grosso) é 29º.

maior país do mundo, localizado no continente africano. Nos desertos, as dunas de areia chegam a alcançar 30 metros de altura.

Origem do nome: Egito (terra negra, oriunda do rio Nilo) Forma de governo: República Semi-presidencialista – Presidente: Hosni Mubarak 10 mil anos AC – Vestígios das primeiras comunidades humanas as margens do rio

Nilo. 8 mil anos AC – Vestígios de desertificação do meio ambiente do Egito. 6 mil anos AC – Início da agricultura organizada pelos povos egípcios e da

construção de grandes edifícios da Antiguidade. 3.150 anos AC – Primeiro reino unificado do Egito. 343 ac – Reinado do último faraó nascido no Egito Século 1 – São Marcos evangeliza o Egito na religião católica. Ano 639 DC – O Egito é tomado pelos árabes islamitas (islamização do país) 1517 a 1914 – O Egito é ocupado pelos otomanos 1798 – Napoleão Bonaparte conquista o Egito. 1869 – O Egito torna-se o centro da navegação mundial com o Canal de Suez. 1882 – Os ingleses tomam o controle do Governo do Egito para proteger seus

interesses no Canal de Suez. 22/02/1922 – Os ingleses declaram unilateralmente a Independência do Egito. 1979 – O Egito foi o primeiro país árabe a reatar relações diplomáticas com Israel.

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Porto de Safaga – Egito (Bur Safaga, em árabe)

Porto comercial e turístico de Safaga está a 20 km da cidade de Safaga e a 60km da cidade de Hurghada.

É um pequeno resort para atividades de esportes sub-aquáticos (centro de mergulhos submarinos e kitte-surfers) e centro terapêutico, em suas praias de águas límpidas do Mar Vermelho.

Os recifes de corais da ilha de Tobia Arbaa são as principais atrações da vida marinha do lugar.

As praias de areia negra e suas águas de alto índice de salinidade são usadas como tratamento terapêutico, tornando o lugar muito freqüentado por turistas.

O lugar é considerado como a Riviera Egípcia. Safaga é um centro exportador de fosfatos, e há serviços de cruzeiros

regulares entre a cidade e o porto da Jordânia – Aqaba e portos na Arábia Saudita.

O porto de Safaga é o ponto de partida para a excursão ao Vale dos Reis, em Luxor (localizado a 220 km de distância, cerca de 3,30 hs de viagem rodoviária).

A região é cercada de montanhas e clima desértico, seguindo a estrada em direção a Luxor.

Outro ponto de interesse turístico é Mons Claudianus (foto ao lado), localizada a 48 km da cidade na estrada para Qena, uma antiga mina de quartzo negro que foi explorada pelos antigos romanos no território ocupado do Egito, e que servia de colônia penal também, visto que os que ali trabalhavam na mineração eram escravos dos romanos.

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Vale dos Reis (Wadir el-Muluk em árabe) (Luxor – Egito)

O vale dos Reis está na margem ocidental do Rio Nilo, oposto a Tebas (atual Luxor), separados em Vale Ocidental (West Valley) onde estão as principais tumbas dos faraós, e Vale Oriental (East Valley).

Durante 500 anos foram construídos ali as principais tumbas de faraós e nobres do antigo Egito durante a XVIII e XX dinastia.

Com as últimas descobertas de 2005 e 2008, o vale tem agora 67 tumbas e câmaras funerárias escavadas na rocha (desde simples câmaras até complexos com 120 câmaras como a KV# 5 dos filhos de Ramsés II - na 18ª. Dinastia), muitas delas são abertas à visitação pública.

Os antigos Egípcios (um dos povos mais supersticiosos do mundo) costumavam decorar as câmaras funerárias de seus faraós com incrustações e esculturas, com temas inspirados na mitologia egípcia. Graças a isso, apesar da maioria das tumbas terem sido profanadas e saqueadas desde os tempos antigos, pode-se conhecer melhor a cultura daquela antiga civilização através de sua arte.

O Vale dos Reis tem sido objeto de estudos arqueológicos desde o século XVII e continuam até hoje, incluindo trabalhos de restauração.

As tumbas recebem a sigla KV (King’s Valley) e um número para sua identificação nos mapas.

A mais famosa das tumbas é a KV#62 (ao lado da tumba KV#9), ou a Tumba de Tutankamom (18ª. Dinastia), faraó ali enterrado há 3.487 anos, que foi oficialmente descoberta em 4/11/1922 pelo explorador e arqueólogo britânico, Howard Carter. Entre fevereiro de 1923 e novembro de 1930, a tumba seria escavada e pesquisada, revelando magníficos objetos de arte do Egito antigo, quase todos expostos atualmente no Museu do Cairo. O famoso sarcófago de Tutankamon era feito de 110,4 kg de ouro puro, e sua múmia vestia uma máscara de ouro puro (foto ao lado, acima) e pedras preciosas pesando no total 11 kg. A tumba está aberta à visitação pública desde 2007, e o número de visitantes diários é limitado a 400 pessoas. Desde 1979 a Unesco a registrou como Patrimônio da Humanidade.

A MALDIÇÃO DE TUTANKAMON - A descoberta da tumba ficou ligada a fatos macabros sucessivos (como a morte de Lord Carnavon, que havia patrocinado a pesquisa de Carter, poucos dias após a descoberta da múmia, sem ter tido a oportunidade de vê-la pessoalmente); e a morte de outras pessoas ligadas ao Lord e ou eventuais visitantes da tumba no meses consecutivos. No dia da abertura oficial do sarcófago (foto ao lado, embaixo), o canário do professor Howard Carter foi engolido por uma serpente (animal que os egípcios supunham ser o guardião do faraó contra seus inimigos). A imprensa da época “explorou” popularmente os episódios, dando origem ao famoso mito da “Maldição da Tumba”. Fato curioso foi que explorador Howard Carter, o primeiro a entrar na famosa tumba após 3.400 anos, só veio a falecer em Londres em 1939, 17 anos após a sua mais famosa descoberta.

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O Vale dos ReisOs antigos egípcios acreditavam em vários

deuses, e consideravam o seu rei, o Faraó, filho do Deus Sol.

Acreditavam também em uma nova vida após a morte, e portanto desenvolveram técnicas de embalsamamento de corpos, para preservá-los para a a nova vida.

Assim sendo, além da preservação do corpo do Faraó, as tumbas mortuárias serviam como depósitos dos seus tesouros, que seriam usados na pretensa vida futura.

Com a morte de um Faraó, encerrava-se uma dinastia do trono egípcio, sendo os nobres que o servia, entre outros servos mais humildes e familiares, mortos também e colocados em tumbas próximas aos faraós mortos.

No Egito antigo foram construídas primeiramente túmulos em forma de pirâmides de pedra (das quais existem hoje no país 122 delas, sendo as 3 mais importantes localizadas no Cairo – Keóps, Quefrén e Miquerinos).

Os túmulos reais egípcios, por guardarem tantos tesouros valiosos, passaram a ser alvo de saqueadores, e a forma de construção de túmulos passou de pirâmide para cavernas, escondidas em vales. Embora mais discretos, também passaram a ser alvo de saqueadores de tesouros.

O Vale dos Reis é a expressão mais conhecida deste tipo de túmulo sob cavernas, sendo objeto de estudos arqueológicos até hoje.

O túmulo mais famoso do Vale dos Reis é do faraó TUTANKAMON (que morreu ainda menino e teve pouca importância política no Egito antigo), porém sua tumba foi descoberta em 1922, com 3.487 anos de existência, e sem ter sido profanada pelos saqueadores, o que lhe resguardou os tesouros e a preciosa máscara funerária do faraó.

O atual túmulo de Tutankamon, embora famoso, está vazio. Seus tesouros são expostos no Museu do Cairo.

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Luxor – Egito(antiga Tebas)

A cidade moderna de Luxor (foto abaixo) surgiu das ruínas da antiga capital do Império Novo Egípcio, Tebas (1.550 a 1069 AC), e está localizada a 670 Km ao sul da cidade do Cairo, tendo atualmente cerca de 400 mil habitantes.

O Rio Nilo separa a cidade em duas: a margem oriental, outrora a parte da cidade destinada aos vivos e onde estão os templos mais significativos do período, e a parte ocidental, que na Antiguidade era destinada aos mortos, onde estão as necrópoles dos nobres e faraós egípcios. Somente os construtores das tumbas podiam viver na região daquela margem do rio.

Os templos: de Luxor com as estátuas colossais do faraó Ramsés II (foto maior); de Karnak – a fortaleza (foto acima), um dos maiores do Egito; e o templo funerário da rainha Hatchepsut (da 18ª. Dinastia e a 1ª.mulher chefe de governo do mundo) (foto abaixo), parcialmente escavado na rocha com 3 andares, mas seu interior é vazio.

As necrópoles egípcias de Luxor estão no segundo lugar de importância arqueológica, após as pirâmides no planalto de Gizé, próximo à cidade do Cairo.

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Sharm El Sheik(Península do Sinai – Egito)

Sharm el Sheik é um resort turístico construído pelos judeus no deserto na década de 1960, está no sul da Península do Sinai (quando a região estava sob o controle do estado de Israel) e é também um resort turístico para milionários europeus, voltado às atividades sub-aquáticas (mergulho). Há centenas de gigantescos (com mais de 1.200 apartamentos) hotéis sofisticados e luxuosos na cidade, beirando o litoral.

O parque nacional de recifes Ras Mohamed é considerado um dos melhores lugares do mundo para prática de mergulho submarino.

Naama Bay é a sua praia mais famosa e repleta de hotéis de luxo, resturantes e shoppings.

A cidade é visitada por turistas o ano inteiro, mas no mês de abril é a alta temporada da região, devido ao grande número de turistas europeus que vão passar lá o feriado da Páscoa.

As praias são loteadas pelos inúmeros hotéis turísticos a cada 50 ou 100 metros ( demarcadas com barracas, cadeiras e guardas-sol), e para freqüentá-las é preciso ser hóspede do hotel que a demarcou ou pagar uma taxa de ingresso à praia.

Tudo é muito distante e mesmo os prédios distam 200 a 300 metros uns dos outros, e não se recomenda andar a pé pela cidade, devido também as altas temperaturas que atingem a região.

O famoso Monte Sinai está a 150 Km de Sharm el Sheik, sendo considerado local sagrado por 3 religiões monoteístas: o judaismo, o catolicismo e o islamismo. Segundo os textos bíblicos, Moisés, patriarca dos judeus e líder do êxodo dos judeus do Egito para a “Terra Prometida”, teria recebido de Deus as Tábuas das Leis (os 10 mandamentos) naquele monte.

Novembro de 2008 – a cidade foi ponto de encontro de lideranças mundiais na tentativa de estabelecer um cessar-fogo entre Israel e o movimento palestino Hammas, na Faixa de Gaza.

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Alexandria - Egito

Alexandria é o mais importante porto (de embarque de algodão e de pescados) do Egito no Mar Mediterrâneo, localizado no delta do Rio Nilo. É a segunda maior cidade do país (com 3,5 milhões de habitantes) e a cidade comercial mais importante.

Alexandria foi fundada na Antiguidade, em 331 AC, pelo Imperador da Macedônia (antiga Grécia) Alexandre Magno (ou Alexandre, o Grande), o mais célebre conquistador do mundo antigo.

Seus territórios formaram um dos mais ricos impérios de toda a história antiga, indo dos Balcãs à Indía, incluindo o Egito.

A cidade tornou-se um importante centro cultural, filósofico, científico e comercial da Idade Antiga no Mediterrâneo, graças a sua fabulosa Biblioteca (hoje substituída por uma construção moderna, foto acima). Somente depois, Roma Antiga tomou esta posição na história, superando Alexandria.

O moderno porto de Alexandria (foto abaixo à esquerda), a nova Biblioteca de Alexandria (2 fotos à direita) (inaugurada em Out.2002) tem 11 andares, a maior sala de leitura do mundo com 38 mil metros quadrados de área e custou USD 212 milhões,

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Alexandria antiga

Mesquita de Abbas al-Mursi (foto de suas torres), um dos monumentos do mundo islâmico dedicado também a Santo Alexandre, o patrono dos pescadores e marinheiros.

A famosa Biblioteca de Alexandria foi fundada em 330 AC pelo sucessor de Alexandre Magno, Ptolomeu I, uma das maravilhas do mundo antigo, reunia mais de 700 mil pergaminhos originais que chegavam a cidade. O prédio e biblioteca original existiram por 7 séculos (de 280 AC a 416 DC – quando foi destruída por um incêndio), tornando Alexandria a capital da cultura no mundo ocidental em sua época.

O Farol de Alexandria (ilustração), construído em 280 AC tinha 120 metros de altura. Foi destruído por um terremoto.

Anfiteatro romano Kom-el-Dekka (foto ao lado), influência do poderio do Império de Roma a partir do século I AC.

Forte Quait Bey (foto abaixo, à direita) foi construído no local onde existiu o Farol de Alexandria.

Palácio de Verão do Rei Faruk (foto abaixo, ao lado) com os Jardins de Montaza, à beira mar.

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Cairo – Egito (em árabe Al-Qahira:a forte, a vencedora)

Atual capital do Egito moderno e a maior cidade do mundo árabe e a 15ª. maior cidade do mundo; tem 10 milhões de habitantes na região metropolitana e cerca de 17,2 milhões na área da Grande Cairo.

Conhecida pelos egípcios como “Mãe de todas as cidades” ou “Cidade dos Mil Minaretes”.

É cidade irmã de São Paulo e de Manaus no Brasil, entre outras.

Recebeu 9,1 milhões de turistas em 2006. O Museu do Cairo (foto abaixo) guarda os tesouros

do antigo Egito, sendo um dos mais importantes do mundo.

116 AC - A parte da cidade chamada de “Velho Cairo” foi fundada quando os romanos reconstruíram uma antiga fortaleza persa, junto ao rio Nilo.

969 DC – Passou a ser capital do Egito árabe. 1517 – Ocupada pelos turcos otomanos. 1798 a 1801 – Ocupada pelas tropas francesas de

Napoleão. 1805 a 1882 – Foi capital de um Império

independente de um oficial turco otomano Mehmet Ali.

1882 a 1922 – Ocupada pelos britânicos, até que o Egito conseguiu sua independência.

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Planalto de Gizé (ou Giza) (Cairo)

O Egito tem 122 pirâmides, consideradas como tumbas dos antigos faraós. Destas, 3 são destacadas no planalto de Gizé (antiga necrópole de Menfis e atual cidade do Cairo) como uma das maravilhas do Mundo Antigo, juntamente com a Esfinge.

Pirâmide de Queóps – construída em 2.550 AC em homenagem ao Rei Kufu, do antigo reinado do Egito. É a mais alta de todas, com 160 metros de altura (49 andares), e também chamada de Grande Pirâmide. Foi a mais alta estrutura já construída pelo homem, só superada pela Torre Eiffel em Paris, concluída em 1900 (apenas 4.400 anos depois da construção da pirâmide de Queóps). Sua base pode cobrir facilmente 7 quarteirões da cidade de Nova Iorque nos EUA. Trabalharam nela 30 mil operários, movendo 2 milhões de blocos de pedra de 2,5 toneladas de peso, durante 20 anos. É a única a ter 3 câmaras mortuárias.

Pirâmide de Quefren - construída em homenagem ao irmão de Queóps; Quefrén, que também foi faraó da Quarta Dinastia de 2520 a 2494 AC. Ele também mandou construir a Esfinge. Sua pirâmide tem a ponta ainda com o revestimento de pedra original. É a segunda maior pirâmide egípcia e tem 143 metros de altura. O sarcófago do faraó foi encontrado pelos arqueólogos em 1818, mas sua múmia não estava mais lá.

Pirâmide de Miquerinos – construída em homenagem ao faraó Menkauré (ou Miquerinos), filho de Quéfrem, que reinou entre 2.514 e 2.486 AC durante a IV Dinastia e morreu antes de ver terminada a sua pirâmide (ficou inacaba). Um terço de sua estrutura foi coberta de granito de Assuão, um material mais nobre do que o utilizado nas 2 outras pirâmides. Tinha originalmente 66 metros de altura (é a terceira maior pirâmide egípcia), mas hoje tem apenas 62 metros de altura e uma base de 11.807 metros quadrados. Um sarcófago da pirâmide, que estava na pirâmide, foi encontrado nos tempos modernos e enviado de barco a Londres, mas este naufragou nas costas de Portugal, perdendo-se no mar.

Esfinge - Construída entre 3 mil a 10 mil AC, é uma das maiores estátuas do mundo, lavrada em uma só pedra calcária com 20 metros de altura e 57 metros de comprimento. A palavra esfinge (corpo de leão e cabeça humana) vem da mitologia grega, e significa “estrangular”, - destino dado a todos os que não conseguiam decifrar os seus mistérios. Somente em 1925, a estátua foi completamente escavada das areias que a cobriam até os ombros.

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Jordânia(Reino Hashemita da Jordânia)

População: 5,9 milhões de habitantes (grande parte formada por refugiados palestinos da região da Cisjordânia)

Área Territorial: 89 mil km2, divididos em 12 governadorados (mapa ao lado).

Capital: Aman Monarquia Constitucional – Rei Abdulah II (atual monarca desde

7/02/1999) Moeda: Dinar jordaniano (Euro 1 = JOD 0,89) Fuso horário em relação ao Brasil: + 6 horas. O território da atual Jordânia foi sempre ocupado por civilizações

antigas. Petra (foto abaixo), a cidade de pedra, é um dos mais importantes exemplos arqueológicos destas civilizações.

A Jordânia é um país pequeno em área, tem poucos recursos naturais, é servido apenas por 1 porto marítimo e zona franca no Golfo de Aqaba (Mar Vermelho). Suas principais fontes de renda: turismo histórico, produção de fosfatos e receitas por direitos de passagem de oleodutos, contribuições de outros países árabes.

Dos países árabes, é um dos que mais se aproximam do mundo ocidental, em relação a costumes e laços diplomáticos com países ocidentais.

636 – Os árabes conquistam o território jordaniano do Império Bizantino.

1517 – 1918 – O Império Otomano conquista a região. 1918 – Os turcos otomanos são vencidos e o território

incorporado à Palestina Britânica. 1922 – Após a I Guerra Mundial, os britânicos resolvem dividir

em dois o território do Mandato Britânico da Palestina, criando o emirado da Transjordânia (alterado o nome em 1950 para Jordânia), sob a regência do monarca Abdulah I - até julho de 1951 ( avô do finado Rei Hussein e bisavô do atual rei).

1946 – Independência da Grã-Bretanha. 1956 – 1999 – Governo do Rei Hussein, marcado por guerras

árabe-israelenses.

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Petra (do grego Petrus, pedra) é um enclave arqueológico da atual Jordânia, localizada nas encostas do no vale do Wadi (rio sasonal) Araba, que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba.

1200 AC – a região de Petra é ocupada pelos Edomitas, recebendo o nome de Edom.

Século IV AC – Região era parte da rota comercial de caravanas entre Damasco (na Síria) e a Península Arábica. Foi colonizada pelos Nabateus ( beduínos árabes), o que forçou os Edomitas a migrarem para o sul da atual Palestina.

312 AC – Ano considerado como de fundação de Petra, que torna-se a capital dos Nabateus, centro cultural com influência greco-romana, e centro de passagem das especiarias do Oriente para o Ocidente (em especial o comércio de incenso e mirra).

64/ 63 AC – Os romanos conquistam a região e anexam ao Império Romano.

363 DC – Grande terremoto destrói a metade da cidade de Petra 395 DC – O Imperador Romano Constantino funda o Império Romano

Bizantino, e Istambul torna-se sua capital com o nome de Constantinopla. Petra continua a prosperar como posto de encontro de caravanas comerciais.

551 DC- Um terremoto ainda mais forte arrasa a cidade, e desta vez Petra não mais se recupera, pois as rotas comerciais estavam em decadência, e a cidade não tinha mais o mesmo interesse do passado.

Século XIII – O sultão do Egito, Baybars, visita Petra como curiosidade, mas a cidade já está em ruínas.

1812 - Johann Ludwig Burckhardt, explorador suíço que desenvolveu pesquisas em diversos países árabes, sendo o primeiro europeu a redescobrir Petra.

1985 – Petra torna-se “Patrimônio da Humanidade” pela Unesco. 2004 – É construída a estrada de acesso à Petra para visitas turísticas. 7/07/2007 – Petra é eleita em evento realizado em Lisboa, uma das

sete novas maravilhas do mundo, numa eleição por internet.

Petra

A capital dos

Nabateus