EMEFEM Dom Luís do Amaral Mousinho JORNAL LITERÁRIO … · Os alunos da modalidade ... me superar...
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Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
FRASES DE EFEITO
SOBRE A DENGUE
Os alunos da modalidade
EJA também participaram da
elaboração das frases de efeito
sobre a Dengue. Todos se
mostraram bastante interessa-
dos e o resultado foi gratifi-
cante. Confira algumas frases
abaixo:
ALUNOS DO 7º EJA A
“Dengue não está com nada!
Viver bem é a grande sacada”.
(Jefferson Ribeiro de Jesus)
“Com Dengue, fico muito
dengoso, frágil, infeliz, doente
e sem gozo”. (Bruno César)
“Vamos limpar a cidade .Não
fique em cima do muro. Va-
mos encarar o presente, pois
não queremos Dengue no fu-
turo”. (José Eurico)
“Muitas vidas a Dengue já
levou. Muitas ainda levará!
Vamos nos conscientizar e a
Dengue erradicar”.
(Maria Ap. Lopes)
“Saúde é o que interessa
O resto não tem pressa”.
(Paulo Cintura – comedi-
ante – Escolinha do Pro-
fessor Raimundo)
PREZADO LEITOR, BEM-VINDO AO PRIMEIRO JORNAL DIGITAL DA MODALIDADE EJA.
Paráfrase da Música “Paratodos” (Chico Buarque) Confira letra da música de Chico Buarque e, a seguir, a paráfrase feita pelos alunos do Ensino Médio.
A educação de jo-
vens e adultos (EJA) é
a modalidade de ensino
nas etapas dos ensinos
fundamental e médio da
rede escolar pública
brasileira e adotada por
algumas redes particu-
lares que recebem os
jovens e adultos que
não completaram os
anos da educação bási-
ca em idade apropriada
por qualquer motivo
(entre os quais é fre-
quente a menção da
necessidade de trabalho
e participação na renda
familiar desde a infân-
cia). No início dos anos
90, o segmento da EJA
passou a incluir tam-
bém as classes de alfa-
betização inicial.
Fonte: www.rankbrasil.com.br/
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro.
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Link: http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/paratodos.html#ixzz3FSUWj4Xo
Elaborado, produzido e revisado pela Profª de Língua Portuguesa Fátima Aparecida de Oliveira Alvares com a colaboração de produções textuais do Ensino Médio EJA da Profª Valéria Lice e da Profª Mayra Cantarella Silva. Apoio da equipe gestora: Maria Angela Mattos de Carvalho – diretora / Rosângela Bulgarelli T. Contim- assistente de direção / Sandro Luiz Sartório- assistente de direção e Adi Mellin Ferreira - coordenadora da EJA.
EMEFEM Dom Luís do Amaral Mousinho
JORNAL LITERÁRIO DO MOUSINHO EJA: ENCONTRO DE GERAÇÕES
Se eu fosse notificada que
meu filho iria nascer com para-
lisia cerebral tudo seria muito
difícil. Seriam tantas as mudan-
ças, sem falar na aceitação: será
que amaria este filho? Meu
Deus, foi justo ele ter nascido
assim: sem iniciativa própria,
sem movimentos, sem fala, ou
seja, totalmente dependente de
mim? Eu mereço, por quê?
SEMANA DA INCLUSÃO
"Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo" (Drummond)
na vida familiar, escolar e
social do seu filho.
Ao nascer meu filho, fui
informado de que era portador
de Síndrome de Down. Inici-
almente, foi um choque muito
grande em todos. Antes de
levarmos o Guilherme para
casa, fizemos uma reunião
familiar para nos preparar.
Não foi tão difícil recebê-lo
entre nós, porque tínhamos
amigos de clube com
filhos portadores desta
deficiência, fato que faci-
litou muito a nossa convi-
vência com o pequeno. E
assim a vida foi passan-
do...com muito carinho,
amor...carinho, amor en-
tre todos da família.
(Sr. Augusto C. Vascon-
celos, 6ª EJA A.)
Tema da aula: Quando
você encontrar uma pessoa
deficiente...
Ao nascer o seu filho, e
sendo ele portador de neces-
sidades especiais, qual será
o seu projeto de vida a partir
desta realidade? A partir da
deficiência que hipotetica-
mente escolherá, descreva o
que mudaria na sua vida e
quais seriam as expectativas
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EJA: ENCONTRO DE GERAÇÕES
Meu pai era ribeirãopretano
Minha mãe era paulista
Meu avô, italiano
Minha família toda mista.
Foi assim que começou
Nesta terra abençoada
Ribeirão Preto mudou
Toda nossa caminhada.
Com carinho se formou
Toda nossa parentela
Filhos, netos e bisnetos
Todos nesta cidade bela.
(Alessandra , 3º EJA A.)
Meu avô é italiano
Minha mãe é maranhense
Moro em Ribeirão Preto
Buscando uma profissão crescente.
Minha vida é uma montanha
Tem seus altos e baixos
Com minha fé, tornou-me forte
Para não virar um fracasso.
(Rannelly, 3º EJA B.)
Oh...Oh...Oh...!
Pois eu sou Pernambucano,
Os meus pais também o são.
Hoje vivo na Ribeirão Preto,
Que adotei no coração.
Mas , confesso, tenho muita saudade,
De rever o meu sertão.
São reflexões que eu teria,
mas teria que levantar a
cabeça, seguir em frente e
me superar a cada dia, des-
cobrindo que sou capaz,
que todos são capazes quan-
do há amor verdadeiro!
(Everalda Garcia de Almei-
da, 6ª EJA A.)
A verdadeira deficiência é aquela que prende o ser
humano por dentro e não por fora, pois até os incapaci-
tados de andar podem ser livres para voar.
(Thaís Moraes)
Ainda sobre a Semana da Educação Inclusiva, outras atividades foram temas desta renomada
semana. A atividade que segue foi tema desenvolvido em todas as salas. O objetivo da aula foi colocar o aluno em um outro-
-eu com algum tipo de deficiência. A partir do nome escrito em uma folha A4 dobrada, (Simetria dos Nomes), e do recorte
sobre o contorno (com a folha ainda dobrada), abriu-se a dobra e foi feito o desenho do outro-eu, pintado e com frases sobre
a necessidade de cada um, sendo portador de uma deficiência. Seguem dois trabalhos abaixo:
O que foi a Semana da Educação Inclusiva na EJA?
A semana do dia 22 a 26 de setembro foi palco de reflexões sobre educação especial e inclusão de alunos com deficiência
na rede regular. A S.E.I. é uma iniciativa da Secretaria Municipal da Educação, com o objetivo de envolver a população
discente em ações pedagógicas, a fim de ser reforçado o direito das pessoas com deficiência na participação plena e efetiva em
igualdade de condições no ensino regular.
Foram várias as atividades pedagógicas trabalhadas. A EJA não ficou de fora, muito pelo contrário: todas as salas do
Ensino Fundamental – EJA Noturno (5ª A, 6ªA, 7ªA, 7ªB), fizeram atividades sobre a Inclusão. A 5ª série A, em especial, foi
prestigiada com uma aula/palestra, ministrada pelas professoras intérpretes em Libras (Língua Brasileira de Sinais) Andréa
Message e Flaidiane Viana dos Santos. As intérpretes abordaram todo o conceito sobre o uso da Libras, desde como identificar
um bebê surdo e quais as providências a tomar à inserção da Comunidade Surda na Comunidade de Ouvintes e vice-versa.
É importante ressaltar que na série em questão há dois alunos surdos – Marcos Reis Pereira do Carmo e Breno Benedito B.
do Nascimento, os quais interagem de forma significativa com os temas da aula de português e com a classe, sempre com a
ajuda da querida professora Andréa. As professoras finalizaram a aula/palestra com uma belíssima exposição do alfabeto em
Libras utilizado no Brasil. Abaixo, da esquerda à direita, profªs Andréa (Libras), Fátima (Português) e Flaidiane. (Libras).;
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EJA: ENCONTRO DE GERAÇÕES
PRODUZINDO FÁBULAS
EJA: ENCONTRO DE GERAÇÕES
Fonte: www. portaldoprofessor.mec.gov.br
PARA REFLEXÃO
O mestre disse a um dos seus alunos: Yu, que-
res saber em que consiste o conhecimento? Con-
siste em ter consciência tanto de conhecer uma
coisa quanto de não a conhecer. Este é o conheci-
mento... Confúcio
Fábula é uma composição literária em que os personagens são geralmen-
te animais, forças da natureza ou objetos, que apresentam características hu-
manas, tais como a fala, os costumes, etc. Estas histórias são geralmente feitas
para crianças e terminam com um ensinamento moral de caráter instrutivo.
A fábula é uma narrativa em prosa ou poema épico breve de caráter morali-
zante, protagonizado por animais, plantas ou até objetos inanimados. Contém
geralmente uma parte narrativa e uma breve conclusão moralizadora, em que os
animais se tornam exemplos para o ser humano, sugerindo uma verdade ou refle-
xão de ordem moral. http://www.significados.com.br/fabula/
O urubu e o gambá
Certo dia, o sossegado gambá estava a passear exalando,
por onde passava, seu mau cheiro. O que ele não esperava
era a chegada do seu pior inimigo, o urubu, que fora atraí-
do pelo fedor de sua comida favorita.
Num voo rasante o urubu tentar pegar a presa, mas,
para a surpresa do faminto de asas, o gambá lança no pre-
dador seu cheiro nada perfumado, momento em que o
urubu fica todo confuso com o próprio cheiro, desistindo,
assim, de se alimentar naquele momento.
Reflexão moral: Não se julgue melhor a ninguém.
(Professora Fátima Alvares)
Produção feita pela professora para estimular os
alunos às produções textuais.
O gato e o pássaro
Em um apartamento vivia um gato e um pássaro. O
gato vivia infernizando a vida do coitado, além de sempre
tentar fazer dele sua refeição e rir por ele viver em uma
pequena gaiola . Um dia, como de costume, o gato pulou
na gaiola do indefeso e a derrubou. O felino, não perce-
beu, na hora do bote, que a gaiola havia se quebrado na
queda, dando a tão esperada liberdade ao pobre. O pássaro
em livre voo foi embora , mas, antes, não esqueceu de
agradecer quem o libertou.
Reflexão moral: Às vezes, queremos prejudicar alguém,
mas ajudamos sem querer. (Isabella Stocco Pagiatto - 6ª
EJA A)
A cobra e o sapo
Num dia quente de verão, uma cobra estava com
muita fome; não sabia mais o que fazer para se saciar.
Depois de muito pensar, decidiu “Vou convidar o sapo
para um jantar bem saboroso aqui em casa. Mal sabe ele
que será o prato principal.”
Convite feito e aceito, mas com muita desconfiança
por parte do convidado. Mesmo assim o anfíbio se pôs
muito elegante e partiu rumo à casa do seu anfitrião.
Chegando lá, percebeu que a falsa amiga estava com
o bote armado, mas, esperto como ele era, deu seu salto
olímpico e caiu em uma lagoa ao lado da casa; momen-
to em que se virou para a espertinha e disse: “Você ain-
da passará muitos dias com fome, sua maldita!”
Reflexão moral: Às vezes, nem sempre o prato princi-
pal é o mais saboroso. (Gean Carlos Santos Souza - 6ª
EJA A)
Para refletir
Viver e não ter a vergonha de ser
feliz,
Cantar,
A beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e
será,
Mas isso não impede que eu repita:
É bonita, é bonita e é bonita!
(Gonzaguinha)
MINHAS DEFINIÇÕES SOBRE ...
EJA: ENCONTRO DE GERAÇÕES
AMOR: Quando se conhece alguém e este alguém liga no dia seguinte e no dia seguinte e no dia seguinte ...
MEDO: Ganhar na loteria acumulada sozinha e morrer de alegria antes de receber o prêmio.
VIDA: Poderia ser eterna ...
DINHEIRO: Não traz a felicidade...manda buscar!
MORTE: Não deveria ser tão misteriosa, porque ela tem que nos levar. Para onde?
FAMÍLIA: É o real motivo para continuar a viver, lutar, cuidar e amar muito!
AMIGO: Sem, não teria graça. Ajuda e atrapalha na medida certa.
TRABALHO: Cansativo, porém nobre...Faz parte da sobrevivência.
PAIS: Meu alicerce. Saudades, pois já se foram!
FILHOS: É tudo na vida!
(Heloisa Helena - 2ª EJA A)
ANALISANDO POEMA
O poema “Toada do amor”, de Carlos Drummond de Andrade, mostra-nos que o amor é um
ciclo de brigas e reconciliações. Como uma toada, o amor é uma melodia única, não guarda ran-
cor; está sempre perdoando. Na visão do autor, o amor é bandido, cachorro, não tem vergonha na
cara. Quando amamos, sempre reclamamos das brigas, porém não sabemos viver sem amor. Sem
ele a vida fica vazia, sem graça, como a alimento insulso. Como todo final de filme de amor, o eu
lírico pede para Mariquita não deixar de brigar com ele, pois das brigas e reconciliações é que se
(re)conhece o verdadeiro amor.
Vamos ver se estou certa na minha definição, lendo abaixo o poema de Drummond:
Toada do Amor
E o amor sempre nessa toada!
briga perdoa perdoa briga.
Não se deve xingar a vida,
a gente vive, depois esquece.
Só o amor volta para brigar,
para perdoar,
amor cachorro bandido trem.
Mas, se não fosse ele, também
que graça que a vida tinha?
Mariquita, dá cá o pito,
no teu pito está o infinito.
Disponível em www.escritas.org/pt/poema/10962/toada-do-amor
(Miriam de Paula Silva - 3º EJA B)
“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar se-
não amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-
te é que te amo?” (Fernando Pessoa)