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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 12 DE DEZEMBRO DE 1914 NUM. 1625 *^jj-}7yl.i;ja_...»j»..__ui«i.a,:u__i*-*-'-i*i«.i'.-'-<,)yi. --i //^_-^-'M'''!K,^^^^^_m^^%ia -*$»s SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADO 1%'UMl.BSO AVG.B.SO - 8O® reis Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N, 218 »* Telephone N. 3515 ____ ^^_9_. ES I /5E> ^H i \ mÈÍÊs' IY fw^}-—-"ÇE- "•'¦• í°s'es acceita com umas pernas tão finas ?...__sSs_&íííí___ ^7^^T_3 '(. I V^V—)—Que tem isso? Não é a primeira coisa que se põe para os lados?' -'Y J^S-V^J ELIXIR EE 10 GO: Do pharma.eii.ico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Vende-se om todas as Pharmacias e Drogarias.

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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 12 DE DEZEMBRO DE 1914 NUM. 1625

*^jj-}7yl.i;ja_...»j»..__ui«i.a,:u__i*-*-'-i*i«.i'.-'-<,)yi. --i//^_-^-'M'''!K,^^^^^_m^^%ia -*$»s

SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADO1%'UMl.BSO AVG.B.SO - 8O® reis

Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N, 218 »* Telephone N. 3515

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mÈÍÊs'

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fw^}-—-"Ç — E- "•'¦• í°s'es acceita com umas pernas tão finas ?... __sSs_&íííí___ ^7^^T_3'(. I V^V—) —Que tem isso? Não é a primeira coisa que se põe para os lados? ' -' Y J^S-V^J

ELIXIR EE 10 GO: Do pharma.eii.ico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis"Vende-se om todas as Pharmacias e Drogarias.

r 2 =gg (-) O RIO NU (-) 12 dc Dezembro de 1914

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Anno

EXPEDIENTEi n do ç- t

« Bi 14» NUFUNDADO EM 1893

ASSIGNATURAS. . 125000 | Semestre.Exterior: Anno 20Í000

J

7*000

Numero avulso, 200 réisNos Estados e no interior, 300 reis

Toda a correspondência, seja deque espécie fòr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

JB3BsgB3aa-.ag.ai5gS|aE^BB.-3!5-3

A criançaLá numa certa villa — Edade media,Numa manhã de luz e de alegria,Aportava uma pobre companhiaDe drama, de opereta e de comedia.

A gente dessa villaEra dos mais serenos pensamentos

E duma paz tranquillaEm qualquer um dos seus commettimentos.

A companhia tendo analysadoO caracter do povo a que chegara,Prevendo boa casa, enchente rara,Começou ensaiando com cuidadoUra drama que cahisse em seu agrado.

Aconteceu que a peçaEm que os artistas punham toda a espr'ança,Mettia em seu enredo uma criança;

E afinal era essaUma difficuldade tal nesse momento,Que os artistas um pouco contrafeitosNão se mostravam mais tão satisfeitos;

. Iam abandonando tal intentoQuando tudo se fez mesmo a calhar:Uma. boa senhora do logarSalvou tudo emprestando uma sobrinha,Uma garota esperta e bonitinhaDe uns olhares travessos e maganos,

Um anjinho,Um carinhoDe seis annos !-. —

Uma das damas dessa companhia"Conseguira implantar a um pacataz,— Certo amor misturado a sympathia —

No peito de um rapaz.Elle então nesse amor fez mil loucurasE tão escalavradas diabruras,Que chamara a attenção superior

Do regedorE do barbeiro;Do seu prior.

Fora a velhota o grande sustentaculoNuma hora de duvidas sem fim.E tudo se arranjou, até que emfimAnnunciou-se a noite do espectaculo.

Chegada que é a noite da funeção,O theatro está cheio como um ovo 1Que é sempre nisto de uma diversãoQue sé percebe o gosto do Zé Povo.

Uma orchestra de cinco figurantes:Bombo, pratos, tambor, flauta e rabeca,

Delicia os papalvos circumstantesCom desconcertos abracadabrantes,Num descompasso atroz, que é uma seca !

Sobe o panno por fim. Mas por vingançaDo destino que é forte cm covardiaQuando devia entrar a tal criança

Ninguém a viaCriança não havia I

Por causa disso parou-se tudo cm scenaE.uquanto todo aquelle pessoalProcurava o diabo' da pequenaMas da pequena nem menor signal I

Cortou-se o acto ao meio. O panno veiu abaixo,Cá fora o Zé Povinho ficou pasmoAnte aquelle tremendo desencaixoQue lhe tirava todo o cntl.usias.no...Entretanto lá dentro uma balburdia 1Farejava-se o mínimo recantoHavia até um certo quê de espantoPor uma coisa tão... estapafúrdia.

Afinal a menina appareceu !Fora lá fora p'ra fazer pipi...A vontade chegou : ella entendeuQue não podia fazer isso ali...

Mas um carpinteiroMalandro e matreiroDe muita coragem, . rAinda bufavaE continuavaNa espionagem.

E quando tudo estava serenadoSolta o gajo de lá um grande brado :

«Aqui 1 cá está emfim !»E dizendo, indicava um camarim.

Metteu se a porta dentro : que hão de ver?O rapaz que agradara a tal actrizAgarrado á mulher, mas com tal gana

Que pareciaQue não... dormiaHa uma semana 1

(O que elle fez, ninguém pode saberQue a tal respeito a Historia nada diz),

Pergunta o director: «Que faz ahiSeu bigorrilhas, seu indecentão,Como outro igual no mundo inda não vi ?Ao director assim disse elle então,

Amarellado e vago,Atrapalhado e gago :

«Eu cá tive esta única lembrança:Vendo que a tal menina não se via *Quiz ver si com esta moça poderiaArranjar inda a tempo... uma criança !»

ALBUQUERQUE.

® m

Já está á venda o n. 5 da «CollecçãoAmorosa», intitulado SANDWICH, minuciosanarrativa de uma recem-casada que, escre-vendo a uma amiga ausente, pinta ao vivotodas as scenas de amor que praticou com omarido desde a noite do casamento.

Preço, 500 réis ; pelo Correio, 800 réis.Os pedidos de fora, que só serão atten-

didos quando vierem acompanhados da res-pectiva importância, devem ser dirigidos a

ALFREDO VELLOSO

UMA DOENTE

O coiniiieiidador Urucubaca, velho de ses-senta annos, compareceu um dia no cônsul-torio do Dr. " * * afamado especialista demoléstias de senhora, e pediu-lhe o obséquiode acoinpanlial-o afim de ver uma doente.

O doutor proniptamente accedeu e como velho coinmendador entrou em casa deste,que lhe apresentou a enferma, uma linda mo-cinha de dezoilo annos no máximo.

Indolentemente reclinada numa chaiselongite, a moça sorriu-se para o medico, lan-çando-Ihe um olhar melancólico que bemtraduzia o estado dc sua alma alanceadapelo secreto mal que a torturava.

O doutor, depois de interrogal-a com ofim de obter informações sobre o seu estadogeral, examinou-lhe a lingua, tomou-lhe opulso, auscultou-a.

Findo o exame, voltou-se para o com-inendador que ali ficara, de pé, a seguir-lheos movimentos, e disse :

Esta moça precisa casar quanto antes 1Mas... doutor... ella é casada...Casada ? ! Com quem ?Commigo...

? !T.

Agisa «BafionczaNão ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a côr que se desejaE' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas : Andradas, 4.3 a 47 eHospicio, 164 e iéé.

Por que?«Umasenhora discreta aluga

um quarto a um cavalheiro derespeito para descansardurante o dia».

(Do Jornal do Commercio)Por que a senhora discretaQue os desejos não tem fartos,Não faz a obra completaDando ao velhote os dois quartos ?

SURICO.

líÈÉÈk NSkjlíl Sl^ESn I' 2sBBf \t

Rua <Io Hospício 3 18 Rin de •ünaifâro

Eu posso afiançar-lhe que a senhoranunca encontrou um homem tão forte como eu.O senhor falta com a verdade 1 Sóquem usar o Peitoral de Angico Pelotense éque pôde considerar-se forte e feliz.

Dois contra uma "L1° volume da collecção colorida

Preço de cada exemplar Rs. .$500 - Pelo Correio Rs. 2$000

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=11 12 de Dezembro de 1914 =|2H (-) O RIO NU (-) È— 3 :

CD

No theatro Republica estreou no pas-sado dia 8 a companhia Galhardo com arevista O 31, que agradou em cheio.

A companhia entrou com o pé direito ecertamente fará ruidoso suecesso nesta ca-pitai. ., . ,

em- Na entrevista enviada ao Correio daManhã, o Dr. Carlos Leal não se esqueceude chaleirar o Paschoal Scgreto.

Mas que águia nos saiu o Carlos !«ar Chegaram finalmente até nós os ca-

nliões da companhia do «31».O Carlos Leal, com certeza, enganou-se;

aquillo era para mandar para os alliados enão para trazer para cá...

es- Disse-nos a Chica Martins que a vidade bordo foi péssima, pois chegaram todosos passageirosaseralimentadoscom cenouras.

Imaginem si eu, vez de cenouras o dis-penseiro scisma de lhes dar bananas.

esr Ainda éissim o que a bordo se sentiumais mal foi o Jayme Silva; este declarou-nos que passou fome de cachorro.

Pois admira... isto é, admira que a Chicaconsentisse em semelhante barbaridade.

«a- E vocês já viram como o Leal vemsympathico ?

O' filho ! como nós nos alegramos comtal belleza... de hortaliça !...

«b- Os contratadores do «31» não gostei-ram muito quando viram entre os da com-panhia o Gomes.

E' mania dos contratadores que o popularactor tem parentesco com o Dudú.

ís" Uma novidade : o Salles Ribeiro veiucom cara de tisico.

Disse-nos o doutor Carlos Leal. que orapaz ficou assim desde que receou que ogoverno portuguez o apanhasse para ir comosoldado para a guerra.

irar E por falar em guerra :Todos os actores da companhia do «31»

affirmam que não voltarão á terra emquantoexistir a conflagração européa.

Olhem que bons patriotas, hein ?irar Ao contrario delles a Chica Martins

garantiu-nos que o seu prazer é ir pYOrópa!O Pé Espalhado que o diga.sar O clássico Plácido vem resolvido a

metter os collegas num chinelo.Com elle... nem o doutor Carlos Leal

escapa!tzr Tivemos, pelo actor Gomes, explica-

ção do atrazo com que chegou o vapor Pe-rou, que trouxe a companhia do 31: a causaúnica foi o Carlos Leal, que, ao partir deLisboa, começou a escrever a entrevista quedevia entregar ao Felix do Correio no dia dachegada. Como essa entrevista era um longofitm de engrossamento aos seus antigos im-migos Galhardo e Paschoal, a coisa tornou-sedifficil p'ra burro, de fôrma que o Leal aindanão a tinha prompta na dia em que o Peroudevia entrar a bahia de Guanabara.

O Carlos Leal então pediu ao commau-dante que retardasse a viagem por seis dias,tempo de que elle precisava para terminaro grandioso film. E assim foi feito.

«sr Sabemos que, mim concurso fressu-reiro que houve ultimamente em Lisboa, aFrancelina da companhia do 31 tirou o pri-meiro logar. - .

Adquiriu assim a Francelina o direito deser a fan...chula de todas as suas collegasda companhia.

^^mjmm**mãfkParece que finalmente foi resolvido o maior

problema da vida actual.Parece ? Não ! E' cerlo.Já uma pessoa hoje cm dia poderá andar

bem enroupado sem despender grandes quan-tias. '. , ..

O difficiUprobiema acaba de ser resolvidopela populanssima Alfaiataria Guana-liara, á rua da Carioca S4=, onde qualquerpessoa achará por preços os mais baratos, rou-pas e fazendas que satisfaçam o mais exigentee pechincheiro íreguez.

MARCA nEtJISTRAOAEnviam-se instrucções e acceitam-se pedidos

do interior, dando-se agencia.

«ar Recebemos do illustre poeta HugoMacedo uma carta cheia de parvoices, asquaes por muito que nos esforçássemos, naopudemos comprehender.

Calculamos que o Sr. Hugo quer fazer-nos comprehender que é a maior siumdaaepoética nacional dos nossos tempos.

Acreditamos e, para honral-o, e cominegualavel prazer que publicamos estesversos, que lhe são dedicados pelo seu col-lega K. Baço :

Tanta luz me fere a vista,De tanta luz não preciso,Para dizer que a coristaEmilia tirou-te o juizo.

Quero luz cm teus amores,Quero que sejas poeta,Quero de teu cérebro esplendoresE não asneiras, pateta !

Para encontrar tanta luzSó nos olhos das dos anjosQue pelo beiço conduzEstes beocios marmanjos.

Que agradeça agora, como deve, o poetadas coristas.

«s- Não é verdade que a bilha compiadapela Julinha Martins esteja quebrada.

Elles enganaram-se.sw Corre o boato no S. José de que se-

rão dentro em breve dispensados oito per-sonagens da troupe.

Entre esses, corre como certo que estaincluido o cantador Roldão. .

«sr Na noite do beneficio da Belmira oMattos foi segurar na boneca com uma cari-nha que era mesmo de ama secca.

Muito procura fazer-se engraçado, ofiteiro Alattos.

ss O Barbozinha andou ha dias espa-lhando cabeçadas á porta do S. José.

Apenas entrou para a companhia, quizlogo fazer figura. .

szr Consta que a Angelina do S. Josénão escapará ao corte.

O lgnacio Antônio anda éttrapalhado paraver de que maneira lhe ha de garantir ospirões. ¦'-.- ,, ,

«sr No S. Pedro anda tudo avaccalhado...desde que o Souza deu para ir passear aoLeme de automóvel com a Adelina.

tw O gabirú mal encarado, do S. José,que havia desapparecido por alguns dias,voltou a oecupar a sua cadeira 6, fila A.

Um suecesso 1

JOÃO RATÃO.

Au Pilou de Ia Mode ¦ Grande deposito de calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e estran-getro pare: I omens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Te-lephone 3.660.

Trepaeões

Andam agora alvoroçados os funeciona-rios públicos com os cortes que o novogoverno pretende fazer-Ihes.

E não é para menos, que esse negociode corte é o diabo.

Aqui este seu criado que, por causa de umpequeno corte, apanhado quando exercia assuas funeções, esteve 8 dias em uso de nitratode prata 1

Francamente, eu dou razão aos func-cionarios públicos.

Ora imaginem vocês um camarada robusto,moço, vendendo saude ás canadas... sercortado I

E cortado no que elle tem de melhor...o ordenadozinho. (Não é o que vocês pen-savam, não !)

E depois, muito me admiro que o governose resolvesse a cortar nos funecionarios.

Sim, ainda si fosse nas funecionarias...Sempre ouvi dizer que as mulheres é que

andam no corte.

E para prova disto, cito aqui o caso daMiquelina, uma italiana e tanto, com unsolhos e uma boca divinaes e que muitagente julga que ella vive muito socegadinhacom o seu zinho.

Pois bem ; a Miquelina está cortando....

E' para essa zinha e outras que por ahiandam no corte que se inventou o matadouro,vulgo chato ou hospedaria.

Reforçando o que acabo de dizer, tenhomais a affirmar que a gente faz a corte a umafunecionaria, ella quasi sempre acaba nocorte.

CAP1RÃO EUTICO.

C©P.SEILírS<D>

«Um senhor deseja mandaruma pensão para casa de umasenhora sem compromissospara sustento de dois.»

(Do Popularissimo)

Um conselho ao tal senhorDou aqui no Rio Nu: "'- —Em vez de sustentadorVá ralar vidro co'o... pescoço.

BARR1GUINHA.

«r-v'"''""'.^aV-fo-"^^

'17'Ír7fi.¦fe1 —-. 4 =EM <-) O RIO NU (-) g§: rggj 12 de Dezembro de 1914 g

Perfil... pérfidoMARIETTA DA «COSTE»

Não ha mais sensação quando ella passa,Ha somente um sorriso dc ironia •E Marietta da Coste e Companhia**»Já vai perdendo a «cotação» na praça.Para ganhar o pão que o diabo amassa,O amargurado pão de cada dia,Traja uma blusa de modesta cassaE uma saia de seda... da Turquia.E passa á noite, só, desilludida,De mãos nos bolsos, num vai-vem eterno,Procurando um «marchante» na Avenida.Mandou toda a vergonha para o inferno,E «cava» agora «honestamente» a «vida»Fazendo o jogo todo no «moderno».

MAS D-AZIL.

mi

WÈÊk. OI aqui que annunciou?Sim, Sra. foi aqui.Pois eu vinha...Onde é que você já esteve

empregada ?Em casa do seu coronel Bulhões.Aquelle que é casado com aquella

moça loura ?Não Sr. elle é viuvo. Eu não gosto de

servir em casa que tem mulher.Tem algum attestado ?Tenho o meu attestado de vaccina.Não é isso. Não tem um attestado do

seu patrão dizendo porque é que sahiu dacasa ?

Não, Sr. elle mandou-me embora semme dar nada.

Que é que você tinha feito lá ?Eu tinha feito todo o serviço, cozi-nhava, lavava...

Não é isso. Que é que você tinhafeito para ser despedida ?

Eu, nada, não Sr. Elle sahiu do em-prego ao meio dia, veiu para casa e meencontrou com o caixeiro da venda na salade jantar... Ficou zangado. Entretanto, elleque todas as noites trazia mulheres... Poisdisse que não queria que eu mettesse homenslá dentro. Eu também não gostei. Uma mu-Iher quando é livre tem o direito de metterhomens onde muito bem quizer.Então você, pelo que vejo, é de-muitaforça? ., v-.-_

Ah, lá isso é verdade. Etgsouçforteífo Sr. quer ver •§¦:-¦ -'..„"

Como se chama? ''-""=.,.. . ¦. ;y"Josephina. ¦',:'"'..:.'-

Josephina de que?Josephina Maria da Conceição.E você é asseiada 1E' o que?!...Pergunto si você é limpa.Sou sim, senhor. O Sr. quer ver ?Não, não quero vêr nada. Eu pergunto

si você é limpa no serviço?Ah I não ha perigo. Lavo-me sempre

toda antes de fazer qualquer coisa. Foi umcostume que o outro patrão me poz.Está bem. Você pôde vir amanhã.

Sim, Sr. Agora quero lhe perguntaruma coisa.

Que é ?A sua cama é de colchão de arame?Ora essa I Que tem você com isso ?E' que eu não acho meio de me acos-

fumar com esses colchões. Parece-me sempreque vou cahir quando me deito.

Não lenho nada a ver com isso. Aminlia cama agrada-me. Você arranje-se lána sua como quizer.Na minha ?

Sim, na sua, no quarto lá de dentro,Ali! eu vou dormir lá dentro ?Pois então ?Ah I então, o Sr. desculpe, mas a

casa não me serve. Já vejo que o Sr. nãoestá acostumado a ter criada...

V.

Esquecimento imperdoável

«Collete para senhora —Acha-se no escriptorio destejornal á disposição de quem operdeu, um collete dc senhora,encontrado em um auto.»

(Jornal do Brazil)

Palavrinha que este esquecimento mefaz lembrar o caso do sujeito que se esqueceudas ceroulas na... rua !

Realmente, para que uma dama deixeficar o collete no auto, é preciso que ella otenha desapertado... desapertado e despido...despido e ficado com as coisas que Deus lhedeu a provocar e satisfazer a cobiça alheia.

Em todo o caso não se me dava de sero auto... unicamente com a senhora semcollete, bem entendido I

SURICO.

Licor TibainaO melhor petrifica-— dor do s&ngtte *-*

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

Já está á venda o n. 12 dos contos rapi-dos— O brinquedo — empolgante narraçãode um noivo duplamente feliz.

^[p Siinttc

Madame de La Mixordière havia, hapouco, regressado da sua viagem ao Brazil.

No seu elegante boudoir, ella contava aMme. Pipinière, uma galante loura, e a Mme.de Carabãs, um raio de uma velha surda comodez portas, as suas impressões de viagem.Madame de Carabás fazia esforços para ouviro que diziam... Vãos intentos I De quandoem vez sahia-se com um disparate que faziarir as outras duas. E madame de La Mixor-diére :

Não imaginas, querida amiga, como ébello o Brazil! Que deliciosa e pujantenatureza! Florestas magestosas, rios cauda-losos... E a flora ?! Que delicia I Que fruetas,então ! Nada te direi! Nem imaginas I Sabo-rosos pecegos, deliciosos cambucás e aindamais — bananas — as melhores que tenhocomido e as maiores...- E' cada uma assim...

E madame explicava com as suas peque--ninas mãos rosadas, o tamanho das bananas...Assim...Neste ponto a surda madame de Carabás

julgando pelo gesto ter comprehendido tudo[approximou a sua cadeira, e, fazendo da mãocometa acústica perguntou, cheia de interesse:E... e... como se chamava esse bellohomem ?...GYPSI.

rBibliotheca do "Rio Nu"

As pessoas »|:í interior <_iic nos fi-*<¦¦ ]I«'«I'<1«>- «•«' <«II1«I Sil VIM!. l|,-tofloM os livras <|ito eoiiipAcni o iti-Itlii.tlii-ca ii» KIO \S'. ijiisa.-ao ilr¦ un .-.ltiitiMii-iil.il quo não piulc- so.-leito nas ciicommeitdn.s parcella-«Ins. itl«S .-« presente «lar Ilil.lin-tliccn consla de % ti volumes, quevendidos nm a nm ficam para osleitores do inferior, mima despeza

tiilnl do Ü-l$800.Ili-sili-. poi-cm. <|iu- ii |M-iIiilo auranjalOIMISos livros «In tlil.liulliecn, po*demos enviar os 52 (i YOI.tL1II.tt pelaimportância dc

181000sem nutras tli-spi-zas. jli.uclh-s ifiit-se t.iii/i ri-iii aproveitar dessa nu,.I.i.|.-in lavam suas eiioommeililas.aeou.p.inliailas da respectiva im-

portancia. a

ALFREDO VELLOSOItua fio BB»!>,_).c.o - •<»as

Kit» Ri; JANEIRO

PEUDOES©

«Um senhor viuvo e bemcollocado precisa de uma se-nhora dè respeito para tomarconta de uma casa com trescrianças..

(Do Popularissimo)Si o viuvo encontrou o que annunciaRealizando, assim, sua esperança,Peço á senhora toda a bizarriaQue me tome também esta criança.

SURICO.

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALCirande e Extraordinária Loteria do Natal

Sabbado, 19 do corrente, ás 3 horas da tarde313 — 2»

Inteiros em meios 38Í600.Inteiros em quinquagesimos 40f000

Quinquagesimos a $800Bilhetes á venda om todas ascasas Loterlcas

raC.!D>Pl¥EC_;._0Ao subir no bonde a RitaMostrou-me a linda perninha...Ai que perna tão catita I... 'Ao vel-a me senti mal...Fiquei mesmo tão pateta,Que fui p'r'a a casa a correrE lá, quasi sem querer,Fiz com gosto uma... careta.

ZÉ.

12 de Dezembro de 1914 (-) O RIO NU (-)

Carta á «Zizinha»

Zizinha:— Amável priminhn,E certo que tu desejas

Casar commigo ?... Não sejasTão tola, assim ; tão bobin/m'.Pois tu não vês que, na Crise,Que, em toda a parte, se notaPode alguém se casar?... Dize?..Só mesmo um grande idiota !...P'ra não julgares que minto,Ou que, ao nó mostro-me esquivo,Da Grande Crise, eu te pintoUm bem fiel Quadro-vivo :O feijão preto — esse pratoDe resistência, chamadoNinguém o compra barato...Só quando seja bichado...A carne secca, já custa,A vôa, mais que um páosito...Só custa menos um tusta,Si é dura, mais do que um... dito..E o bacalháo ?... De ingeril-o,Mui raramente eu me gabo I...E' mais de um páo, cada kilo...De barbatanas e rabo I...Batatas : — Um dinheirão I...(Ainda mais, as de Lisboa)A's vezes, dez podres são,E só se leva uma boa !...Isto é quanto aos comestíveis;E quanto á casa?... Redobra!...— Os Senhorios Terríveis,São máos; são ruins, como cobra!.E a cozinheira!,.. A ama sêcca,A supra-dita... a molhada ;Qual dellas, a menos pêcca...Na respectiva soldada ?...E a filharada?.:. PareceInútil ser que eu te diga

Que, ás vezes,Saturem dois..

mesmo acontecede barriga!...

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9

¥siniiH'

— POR —

DE NOVAES

_ Elle, entretanto, julgou que ainda de-via resistir á tentação e replicou, com avoz tremula:

Mas. . . D. Sinhá...O que é que tem ainda a allegar,

Sr. Santos ?. . .Mas. . . é que. . .Eu não quero que o senhor se mude,

ouviu ? Eu não quero !. . .E, em dois tempos, a esposa do hespa-

nhol achava-se em camisa, uma lindacamisinha de cambraia, através da qualse viam as suas fôrmas deliciosas. . . Ellaacerescentou :

Quer mais claro ?O Sr. Santos, estatelado, contempla-

va-a em silencio.Não queira — disse D. Sinhá — que

o leve á conta de um beocio. Venha ameus braços, ande !

Temos mais: — A sogra, o sogro,Os tios... e, finalmente,Algum prlminho... Que, um logro,Nos pregue... iiinoceiiteinente...Por isso deixa, Zizinha,Que o tempo corra... deslize...Pois : — Serei teu, serás minha,Depois que finde esta Crise.

Camarada, Amigo Velho,De hoje e sempre :

ESCARAVELHO.

Tônico JaponezPara perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas : Andra-das, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

«Pessoa séria, collocada nocommercio, deseja protegermuito oceultamente com pe-quena mensalidade, moçabranca sem .compromissos.»

(Jornal do Commercio)-Tens um desejo grande, elevado;Por um moça bem papafina ? .:'.Tens ahi mesmo, de ti aoiíadoV •-.->.¦

Vai dar na... grossa!" .,;¦'.'•¦BARRIGUINHA.

Está á venda —A PULGA— Grande sue-cesso da nossa esplendida collecção.

cranssHPiifara de ESTHE..aÍjp|j-"*

Abel Tezo—Só conhecemos uni remediqfque é este : dê-lhe fricções continuas comT á-mão direita.

Fazendo isso, a moleza virá, fatali,:: ,te.D. Mariquínhas — Na sua idade ainda

muita gente boa agüenta a truta. E olhe quenão é nada máo uma senhora levar uma tru-tinha para o seu tabaco.

Filhinha — Achamos simplesmente quea menina faz mal; alisar a cabecinha de umprimo é sempre um consolo... para o primo.

Seu Coisa — Esse processo é gratnma-tical e é o melhor. Chame, pois, a sua na mo-rada, e leve-a para o seu chateau e conjuguecom ella o verbo «pôr», no presente do indi-cativo.

Não se esqueça, porém, para maiorsatisfação, de addicionar antes do verbo ospronomes «me» «te» «se» «nos» e «vos».

Verá como é bom...JOÃO DURO.

Dr. Ubaldo Veiga, fM^^àlrias, suas {orriplicacc.es e conseqüência!. Moléstiasda mulher, corrimentot, ele. Applica 60G. 914,e 1116. Cura das gonorrhéas agudai e thronitaspelos processos mais modernos.

Com. Rua Gonçalves Dias 73, das 3 ás 6, todos os diu.

k=

E logo!Sempre que vou visitarA galante Mariquínhas,Sinto logo coceguinhasE tenho de me cocar.

ZE.

Naquelle dia o Sr. Santos faltou aoserviço, pois D. Sinhá só o deixou emliberdade duas horas depois.

Coubera ao felizardo inquilino do 15a honra de saciar a fome em que a mu-lher do hespanhol se debatia desde queadoecera. Ella mesma, mais para nãoperder o inquilino do que para satisfazeras exigências da sua carne moça,estuante,transgredira as ordens do medico, que lheprohibira qualquer contacto com o mari-do emquanto não ficasse radicalmentecurada.

E, como para se pôr á vontade com asua consciência, ao deixar o quarto doSr. Santos, murmurou de si para si:

— Afinal, o doutor prohibiu-me queen tivesse contacto com meu marido. . . eo Sr. Santos não é meu marido. . . Omedico, com certeza, fez essa prohibiçâoporque sabe que o Alonso é um monstro,mas o Sr. Santos não o é. . .

Arrependimento

Descia D. Sinhá as escadas, de voltada sua entrevista com o inquilino do 15,quando se encontrou com o criado, oManoel.

senhora custou

elle estava com

O labrego, com ar brejeiro, encarou-a,notando-lhe a desordem dos cabellos e obrilho desusado dos olhos.

Então, patroazinha, o Sr. Santossempre se muda ?. . .

Não, Manoel.Também. . . a

convencel-o, hein ?Sim... porque

razão.-* -Duas horas, hein, patroa !A moça sentiu subir-lhe o rubor ás

faces, mas, recobrando immediatamenteo sangue frio, disse :

Não admitto insinuações, ouviu ?Poderia ter gasto quatro horas em vez deduas, e você não tem nada com isso, seulabrego !

Bem, patroa. . . Não vale zangar...Eu disse isso sem segunda intenção, por-que o Sr. Santos é teimoso e difficil deconvencer. . .

Mette-te com a tua vida e não temettas onde não és chamado, sinão po-nho-te na rua!

Continuou a descer e recolheu-se aoseu quarto.

(Continua)

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-55V ..„

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(-) O RIO NU (-)

Tua. Boneca(A' MA. S.)

Tua boneca, tão bonitinha,Vai ser agora bem baptisada,já arraujaste bella madrinha,

. Que grande festa ! Que patuscada !

Eu gentilmente, fui convidado,P'ra ser padrinho ! Quanta honraria IE lá no dia do baptisado,Vai haver festa, muita alegria!

Porém depressa, minha alegria,E' transformada em dissabores,Em vez de risos que eu anteviaEm vez de doces, vinhos e flores,

Vejo somente muita tristeza,. Em volta desta minha afilhada,

Pois a coitada I Quanta torpeza !Já tão criança, vem aleijada.

Na sua cara tão redondinha,Tão redondinha como um repolho,De tal belleza, tirando a linha,Falta-lhe um olho ! Falta-lhe um olho 1

Não é somente esse o defeitoQue tem a tua pobre boneca...Eu digo, embora mui contrafeito,Que a pobrezinha é bem careca...

E é só por isso que hoje desistoDe ser padrinho de um aleijão,Nâo se magoe por causa disto,Mas não embarco nesse arrastão.

R1MLA.

H tlple lig*©i_mLogo que a Lili ouviu dizer que se estava

1 organizando uma companhia de zarzuelas,foi ter á residência do emprezario D. Basilioe pediu-lhe que a escripturasse.

E' preciso, primeiramente, que a-senhora me responda a umas tantas per-

guntas,, ."¦ .— Pois não 1 Estou ás suas ordens.

Em que theatros trabalhou ?No Casino, na Maison, no Parque e

¦ em todos elles as minhas pernas bem feitase o meu corpo esbelto causaram suecesso.

Felicito-a 1 Mas a senhora tem vozpara a zarzuela?

Sim, senhor; sou tiple ligeira...Ah I Sim ? Então cante alguma coisa

para eu ouvir.Lili cantou, pessimamente, um trecho do

Rey que rabió.'¦ •¦ — Parece-me que a senhora tem umdefeito na voz—disse o emprezario.

Deveras ?Sim.Eu ainda" não tinha notado... E póde-se

corrigir esse defeito?Póde-se... Dá licença que a ausculte ?

Pois não !Desabotoou rapidamente a blusa e deixou

a descoberto uns seios branquissimos, tur-gidos e... tentadores.

D. Basilio, depois de admirar a seugosto aquelle encanto, encostou a orelhaesquerda em um dos seios e disse :

Tussa 1Lili obedeceu.

Tussa com mais força... Assim...E que tal ?Não é nada o tal defeito; pode curar-se

tomando ovos quentes. Agora, queira ter abondade de me mostrar as suas applaudidaspernas e algo mais, para que eu possa garan-

hh 12 de Dezembro de 1914

tir ao publico que a senhora não usa pos-ticos... , . .

Em dois tempos a tiple sc despojou detoda a roupa, conservando apenas a camisa,de um tecido finíssimo e transparente, atravésda qual se via, com todas as minúcias, oseu corpo de uma correcção adorável.

D. Basilio, depois de percorrer com oolhar esbrazeado aquellas linhas esculpturaes,disse :

Bem. Já sei que é tiple, que tem umacara linda, umas peruas lindas, um corpoigualmente lindo... Agora, eu vou ali paraaquelle quarto e, quando eu a chamar, asenhora deve acudir correndo...

Para que?Para que eu verifique si a senhora e,effectivamente, ligeira...

X. r.

iWmM SIHCONTOS RÁPIDOS

Linda collecção de contos rápidos a'300 réis cada exemplar com uma bellae suggestiva gravura impressa em papelcouché.

Os doze primeiros desses contos in-titulam-se : O tio empata, A mulher defogo, D. Engracia, Faz ludo..., A ViuvaAlegre, O menino do Gouveia, A Pulga,O Correio do Amor, Dolores, FamíliaModerna, Na Zona... e O brinquedoconstituindo uma preciosa bibliothecade leitura rápida e... estimulante.

Cada exemplar custa, pelo Correio,500 réis; mas quem quizer obter a col-lecção completa dos doze enviará ape-nas a importância de 4$500.

Pedidos, acompanhados das respe-ctivas importâncias a

ALFREDO VELLOSO218, Rua do Hospício - Rio dc Janeiro

A gancho..,«AMSTERDAM, 30 (A. A.)-Com-

municam de Berlim que o GeneralVon der Goltz foi dispensado docargo de governador geral da Bélgicae enviado para servir como conse-lheiro de Mahomet-Pachá.

Foi nomeado para o logar degovernador geral da Bélgica o Gene-ral Von Bising».

(Dos Jornaes)De governante da Bélgica,Von der Goltz foi dispensado,P'ra servir Mahomet-Pachá.E, em seu logar, foi nomeadoUm outro Von... Bisingá. ¦.A nós, que nos' importavaEssa tal mudança sua ?...Pois que ambos vão: — Um, á favaE o outro-dito... á tabtía 1...

GUIM D'HASTE.

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheiimatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

..... ...iSfífc.-

A Encrenca EuropicaTelegrammas de primeiríssima

Systema Mar... conico desfiadoCD

LlSDOA, 10 —As coisas aqui estão pretas.O presidente tem cavado verde ao ver aroxura do tombo do ministério, por causado perigo allemão.

Petroqrad, 10 — A policia prendeu umacanhoneira russa que andava pelas ruas dacidade a aconselhar o publico á revolução.

Paris, 10— Mr. Poincaré telegraphou aoDr Carlos Leal, pedindo para lhe mandartodos os canhões existentes na companhiado «31».

Londres, 10 (á meia noite menos oitodias)-Para distrahir as idéas o rei Jorge foihoje caçar minhocas com um canhão de grossocalibre.

Matou 900, que vai mandar de presenteao kaiser.

Constantinopla, 10 —Ha doze dias queo sultão está sentindo uma dor de barrigafilha da... policia. ,

Os turcos estão todos malucos, a torçade tanto cuidar do homem.

Berlim, 10 —Disse o kaiser que quandoquizer morrer irá ao Rio de janeiro fazeruma viagem na estrada de ferro Central doBrazil.

Todo o mundo deseja isso.

Vienna, 10 — Chegou a esta cidade o reiAlberto, da Bélgica, e ficou admiradissimoao encontrar, em vez de gente, gallinhaspretas.

O phenomeno é assombroso, mas já seesperava de ha muito que os austríacos semetamorphoseassem nessas aves.

Berlim, 10 — A esta hora o kaiser estátomando um banho de agua fria a ferver.

A imperatriz está lhe lavando os colla-rinhos.

COZINHA ECONÔMICA...< Para os tempos da Carestia)

PICADINHO A LA «CALOTTE»

Num bom-bondoso açougueiro,A gente compra um bom kiloDe carne. E diz-lhe: — TranquilloFique... Eu lhe mando o dinheiro...

Depois, ao Zé da Quitanda,Baixinho diz-se : — Abre o olhoCom os caloteiros I... E manda,Lá para casa, um repolho...

E uns dois testões de carvão...— Que, a mulher tem peitos fracosE soffre do co.. .ração...Não pôde apanhar cavacos.

Vai-se, ápois, com sacrifício,A' venda, ali, do Carvalho,E morde-se o bom petricio :No cebolório e no alho.-..

Depois, a carne, com geito,Pica, a gente. E pica... pica...E, um picadinho perfeito,A Ia calote, assim fica.

VATEL JÚNIOR.

Safe...Sí'

12 de Dezembro de 1914

\afsy3 ttMgjrltfr.o» ytMUSSiá"CD

AVISO— O "Rio Nu" não tem repórter ai-gum nas zonas para dar ou não darnotas nesta secção ; todo aquelle quese apresentar como tal é um intrujãoe deve ser tratado como merece.

Na zona chieA nota que publicámos no nosso numero

de 21 do mez passado sobre o «picareta»Genesio não se refere ao Sr. Genesio deLima Câmara.

Este senhor esteve em nossa redacçãoonde nos exhibiu o seu cartão de visitas emque, por baixo do nome, sele: «.Inspectordos Telegraphos».

Ora, quem tem um emprego não é «pica-reta» e tornava-se desnecessária a rectifica-ção, pois todos que conhecem o Sr. LimaCâmara sabem que elle é funecionario pu-blico; mas já que S. S. insistiu, fazemos-lhea vontade.

<w Dizem que o Miguel Pinto Pelado, dazona Lavradio, deu agora para viciado, poisabandonou a Arthurina Bolachina da Lapapara avaccalhar-sc com a Isaura Bacalháo,da zona Lavradio.

Tome cuidado, seu Miguel, com a mo-lestia ingleza dessa funecionaria; do con-trario, ficará sem os poucos fios de cabelloque possue!ifâr Fomos informados de que o Leal cos-tuma fazer constantes passeios ao Meyer,demorando.-se sempre no «Portuense» deonde aprecia a partida dos bondes de Ca-chamby com vivo interesse.

Que irá fazer ali essa águia ? Recom-mendamol-oao «Pirata-Móí», com a seguinteinformação : é um bom rufa tambores !

,r£- o Nono dos «Fenianos» anda roxopor causa da Olympia Minas Geraes.

Ora, seu zinho, você custou, mas semprearranjou uma mãizinha! Deus o conserveassim por alguns annos I

ís" O Julinho do 26 anda se fazendo detrouxa com a Belmira do S. José, a ver siconsegue um bilhete de ida e volta para ospaizes conflagrados.

Desista disso, seu gabiríi, que a gaja ésabida I

&& O Cícero não dá uma folga quandovê a Zaira da zona Hospicio 249 nos Fenianos.

Que urucubaca, hein, sua funecionaria?isr A Corina Cotinha deu-se ao luxo de

fingir familia quando dá os seus passeiosna zona Ouvidor.

Que fileira!IG? a Laurinha Mosquito Emproado andadizendo que agora vai dansar le tango emJuiz de Fora e por isso vai morar na Tina'Taiti.

Gentes, não me toques!ts* O Santos marca biscoitos anda fazendo

propaganda de que ganhou cento e oito contosbancando a campista.

Ahi, seu garganta ! O Pachá Djanira éque não enguliu a pílula I

tar Ficou rabioso o Leal, quando viu anossa ultima notacom relação alnháLabareda.

Então você julgava que nós andávamosdormindo? Peor seria si nós contássemosuma fita desenrolada com uma zinha do 167zona Lavradio I

H3r Não tem fido descanso o gorduchoMiguel com a mania de querer matar meiomundo por causa da sua Arthurina.

Desista disso, seu gordão, e veja si des-cobre um remédio para lhe nascer cabellos !

*& Contou-nos o Carlinhos que o Pitotafez uma alliança com o velho da sua adoradamãizinha Célia, para fins ignorados.

Pobre velho! Em pouco estará tuber-culoso, pois vai agora passar tambem acomer rosquinhas!

*& O dentista Zizi da zona Lapa con-jlagrou-sc com a sua pequena, devido á uru-cubatina que lhe entrou no corpo, pois a gajaexige que logo após o casório elle vá dar umpasseio á Orópa.

Livra I•w No dia do anniversario do menino

Belém, foi servida lauta mesa de... doces.O Mimi e o Janjão tambem tomaram partena festança.

Estes picaretas são perigosos !"af O Zé Laranja da zona Passagem anda

desgostoso da vida por causa de amoresmal correspondidos.

Com certeza a sua cila não lhe tem pas-sado os arames. Emfim... cavationes etllvrorum!

atar o Turquinho da zona Passagemtambem anda atacado da urucitbatina.

Por isso o gajo muniu-se de ama figa Ir=3" Tem sido encontrado em grossas

cavações com uma conhecida mulata o giganteRomacino da zona General Severiano.

Que bicho Itar A Carmem polaca da zona Riachuelo

14 contractou alargamentos de tubos com oAlbino Careca, ficando tão viciada que assuas companheiras, na hora do trabalho, che-gam a bater na porta perguntando si é neces-sario chamar a «Assistência», obtendo semprecomo resposta: não... não.,, vizinha!

Você é um felizardo, seu Albino !itãT O Mondrongo da casa de pasto da

zona Malvino Reis anda tiririca para des-cobrir quem contou certas coisas ao «RioNu», sobre a Argentina.

A indignação do Mondrongo é porquedissemos que o cara anda com os pés sujos.Pois si isso é verdade ! Vá á zona Meyerseu Mondrongo e pergunte á Argentina.

-) O RIO NU (

LÍNGUA DE PRATA.

Licor TibainaO melhor petrifica--» dor do satigits --

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Está á venda o N. 11 dos Contos Rapi dosintitulado: Na Zona... Apavorante novellarealista. — Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

v %M I t_£ É <&

CD.. .o menino Belém com o queixo inchado

procurando ferro. ¦....na praia de Botafogo o Mimi e o

Janjão ás beijocas com as meninas da zonaCopacabana...

...o Zé Laranja chorando as suas maguascom a portuguezinha...

...o Antônio do «S. José» atrapalhadopor causa da Angelina Corista ser cortada...

...o Antônio Vira Bosta recebendo ossessenta fachos. . .

...oJoão Rochinha atraz da hespanholaCarmen...

.. .o Mattos avacealhando-se todo quandoleu o «Rio Nu»...

.. .um certo chateou da zona Passagemtransformado em matadouro de veados...

...o Leal apreciando as rosquinhas quelhe dá todas as noites a Isaura Bacalháo dazona Lavradio...

.. ,o mondrongo da zona Malvino Reisdando o desespero por causa das notaspublicadas na secção zona chie...

VÊ TUDO.

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: ...

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