Eletrônica linear parte 1

126
Ivan King 1 Introdução - Diodos, Fontes Introdução - Diodos, Fontes

Transcript of Eletrônica linear parte 1

Page 1: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 1

Introdução - Diodos, FontesIntrodução - Diodos, Fontes

Page 2: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 2

A eletricidade ⇒ movimento dos elétrons. Para uma lâmpada acender ⇒ elétrons se movimentam Idem para motores, campainhas, eletroímãs,

transformadores ⇒ intensa participação dos elétrons. E o que são elétrons? um dos componentes básicos da

estrutura da matéria ⇒ variam em número conforme a matéria sob análise.

Os elétrons fazem parte dos ÁTOMOS, assim como prótons, nêutrons e outros componentes denominados de sub atômicos (quarks, mésons, pions, etc.).

Page 3: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 3

Propriedades básicas da matéria ⇒ Isolantes e Condutores. Isolante ⇒ os elétrons praticamente não têm mobilidade

nenhuma no seu interior Condutora ⇒ movimentação intensa. Isto acontece por causa das propriedades elétricas do átomo. O modelo tradicional do átomo apresenta um núcleo,

composto dos prótons e nêutrons, e uma nuvem ao redor do núcleo composta pelos elétrons. Esta nuvem tem camadas, que são as camadas K, L, M, N, O, P e Q, denominada de eletrosfera, que tem a seguinte configuração máxima de elétrons em cada camada:

Page 4: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 4

CAMADA Nº MÁXIMO DE ELÉTRONS K 2 L 8 M 18 N 32 O 32 P 18 Q 8

Page 5: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 5

Diferentes átomos apresentam camadas na eletrosfera com quantidades diferentes de elétrons.

O que faz uma matéria ser diferente de outra ⇒ distr ibuição de prótons, nêutrons e elétrons ⇒ fará a diferença entre um material e outro, um elemento químico e outro.

Quanto mais elétrons existirem em um átomo ⇒ mais camadas existirão na eletrosfera ⇒ menor será a força de atração exercida pelo núcleo ⇒ mais l ivres serão os elétrons da últ ima camada ⇒ mais instável eletricamente

será o material ⇒ mais CONDUTOR de eletricidade ele será.

Page 6: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 6

Quanto menos elétrons na eletrosfera ⇒ menos camadas ⇒ maior será a força de atração exercida pelo núcleo ⇒ menos elétrons l ivres na últ ima camada ⇒ mais estável eletricamente será o material ⇒ mais ISOLANTE elétrico ele será.

Condutores ⇒ componentes metálicos, como o cobre, a prata, o alumínio, o zinco, o latão, o ferro.

Isolantes ⇒ ar seco, o vidro, a mica, a borracha, a madeira, o amianto, a baquelite.

Page 7: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 7

E existe um grupo de materiais intermediário, que não são nem bons condutores nem bons isolantes ⇒ semicondutores ⇒ tem estrutura química cristalina, podendo sob certas condições se comportar ou como condutores ou como isolantes.

Os semicondutores mais conhecidos ⇒ Silício e Germânio.

Existem outros, que são resultado de combinações químicas, que apresentam características semicondutoras .

Page 8: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 8

Os átomos se agrupam na natureza formando moléculas, que podem ser de um único átomo (Ferro) ou de átomos diferentes (Água – dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio).

Se o átomo é estável ⇒ elétrons apresentam-se nas respectivas camadas ⇒ molécula também será estável (condutora, isolante ou semicondutora).

Se o átomo é instável ⇒ irradia energia e perde seus elétrons ⇒ moléculas e o material são denominados de radioativos.

O que determina a condutividade ou não ⇒ quantidade de camadas na eletrosfera. A última camada tem um nome especial: camada de VALÊNCIA.

Page 9: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 9

As camadas internas uma vez completas, não se modificam, não cedem nem recebem elétrons . Observe que um elétron pode girar em torno de dois núcleos quando encontra os átomos simetricamente dispostos, e apenas os elétrons da camada de valência (os elétrons de valência) têm condições de participar de fenômenos químicos e elétricos.

Assim na VALÊNCIA teremos um átomo estável quando este apresenta sua últ ima camada (a de Valência) completa, ou seja, a primeira camada (K) possui os 2 elétrons e as restantes com no mínimo 8 elétrons.

Essa camada de valência na natureza só se apresenta completa (com 8 elétrons) no caso dos gases nobres (argônio, criptônio, xenônio, hélio, etc.). E lembre-se: a órbita da camada de valência não pode sustentar mais de 8 elétrons.

Page 10: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 10

ELETROVALÊNCIA ⇒ quando um átomo cede definitivamente um elétron para o átomo vizinho

COVALÊNCIA ⇒ quando os átomos partilham seus elétrons na camada de valência, de modo a completá-las na molécula.

Semicondutores ⇒ Silício e Germânio têm estrutura química cristalina ⇒ em sua camada de valência, 4 elétrons

A última camada apresenta 8 elétrons ⇒ átomos formam ligações covalentes para atingir os 8 elétrons regulamentares, e assim formando uma estrutura cristalina.

Cada átomo se encontra unido a 4 átomos vizinhos por uma ligação covalente ⇒ não há elétrons l ivres para a condução elétr ica.

Esses semicondutores ⇒ denominados de ÍNTRINSECOS.

Page 11: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 11

A figura nos mostra o átomo de Silício. O núcleo e as duas primeiras órbitas formam sua parte central, que tem uma carga líquida de + 4 por causa dos 14 prótons no núcleo e os 10 elétrons nas duas primeiras órbitas. Veja que a órbita externa tem apenas 4 elétrons, o que nos diz que o silício é um semicondutor .

Page 12: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 12

Para aparecer elétrons livres ⇒ teremos que romper essas l igações covalentes ⇒ aplicando energia suficiente para tal rompimento via luz, calor, etc.

Page 13: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 13

Rompendo a ligação covalente ⇒ ocorrerá a l iberação do elétron

no espaço vazio ⇒ aparece uma lacuna ⇒ como uma carga positiva móvel que se movimenta de um lado a outro do cristal.

Page 14: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 14

Ao longo do tempo ⇒ recombinação entre elétrons e lacunas (ou buracos), eliminando dessa maneira dois portadores móveis ⇒ nem o elétron l ivre nem a lacuna ficarão l ivres indefinidamente . Guarde esta informação, que será bastante útil mais adiante.

ELEMENTOS TRIVALENTES ⇒ todo elemento químico que em sua camada de valência apresenta um total de 3 elétrons (Alumínio, Índio, Boro).

ELEMENTOS TETRAVALENTES ⇒ todo elemento químico que apresenta em sua camada de valência um total de 4 elétrons.

ELEMENTOS PENTAVALENTES ⇒ todo elemento químico que apresenta em sua camada de valência um total de 5 elétrons (Antimônio, Fósforo, Arsênio).

Page 15: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 15

DOPAGEM ⇒ processo utilizado para a constituição de elementos semicondutores do tipo P ou N, através da adição junto ao Silício ou Germânio de quantidades bem reduzidas de impurezas. Entenda-se por impureza qualquer material que não é semicondutor.

Se ao Ge (ou Si), que é material tetravalente, adicionarmos uma pequena quantidade de material tr ivalente ⇒ os elétrons desse elemento formarão ligações de valência com os elétrons do Ge ou Si

O fato desse elemento ser trivalente ⇒ em uma das ligações covalentes faltará um elétron, pois esse elemento colaborou com apenas 3 elétrons, e assim haverá o aparecimento de uma lacuna (carga positiva), podendo entrar nesse espaço um elétron de uma outra união.

Page 16: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 16

O elemento assim formado é denominado de P ⇒ excesso de lacunas, que são cargas posit ivas.

Para formarmos o elemento N ⇒ impureza pentavalente ⇒ força aparecimento de um elétron que não estará realizando l igações ⇒ semicondutores são tetravalentes e a impureza pentavalente.

Sobrando um elétron, carga negativa, o elemento é denominado de N ⇒ semicondutores EXTRÍNSECOS.

Page 17: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 17

Um pedaço de semicondutor tipo N tem a mesma utilidade de um resistor de carbono, bem como o do tipo P.

Mas se um fabricante dopa um cristal ⇒ metade dele seja do tipo N e a outra metade do tipo P, ocorre um fato novo: uma borda, entre os tipos n e p, que é chamada de JUNÇÃO PN.

A figura ⇒ semicondutor tipo N, à direita, onde cada círculo com sinal positivo representa um átomo pentavalente e o sinal de menos é o elétron livre que foi fornecido para o semicondutor. No lado esquerdo da figura, visualizamos os átomos trivalentes e as lacunas do semicondutor tipo P, onde cada sinal de menos dentro do círculo representa um átomo tr ivalente e cada sinal de mais é uma lacuna na sua órbita de valência.

Page 18: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 18

Observe que cada parte do material está eletr icamente neutro ⇒ número de sinais de mais é igual ao de sinais de menos.

Page 19: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 19

O que acontece se é produzido um material onde uma metade do cristal é do tipo N e a outra do tipo P? Haverá uma região de junção, que é a borda onde as duas regiões se encontram, e este cristal se denomina de DIODO DE JUNÇÃO.

• Por causa da repulsão entre eles ⇒ elétrons livres no lado N tendem a se espalhar em todas as direções, e alguns deles se difundem através da junção. Quando elétron livre penetra na região P ⇒ se torna um portador minoritário, e com tantas lacunas ao redor, tem pouco tempo de vida, caindo em uma lacuna, que desaparece e este elétron passa a ser um elétron de valência.

Page 20: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 20

Cada vez que um elétron se difunde pela junção ⇒ gerará um par de íons. Quando o elétron sai do lado N ⇒ deixa para trás um átomo pentavalente que é brevemente uma carga negativa, e passa a ser um íon positivo.

Após a migração, o elétron cai em uma lacuna e faz com que o átomo trivalente que o capturou passe a ser um íon negativo. Cada par de íons positivo e negativo na junção é chamado de dipolo, e a cada geração de dipolos um elétron livre e uma lacuna saíram de circulação. Como o número de dipolos aumenta, a região próxima à junção fica vazia dos portadores, e a essa região chamaremos de camada de depleção.

Cada dipolo possui um campo elétrico entre o íon positivo e o íon negativo. Assim, quando elétrons livres adicionais penetram na região da camada de depleção, este campo elétrico tenta empurra-los de volta para a região N.

Page 21: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 21

A intensidade do campo elétrico aumenta à medida que os elétrons cruzam a junção, até que o equilíbrio seja atingido. Numa primeira aproximação, isto significa que este campo elétrico interrompe a difusão de elétrons por meio da junção.

Este campo elétrico entre íons é equivalente a uma ddp que chamamos de barreira de potencial , e à temperatura de 25 °C é aproximadamente igual a 0,3 volts para diodos de Germânio e 0,7 volts para diodos de Silício. O valor dessa barreira de potencial depende da temperatura da junção, quanto maior mais elétrons livres e lacunas, que reduzirão a largura da camada de depleção, o que eqüivale a diminuir a barreira de potencial.

Uma regra utilizada nos diz que a barreira de potencial diminui 2 mm para cada ºC de aumento de temperatura, seja Germânio ou Silício.

Page 22: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 22

A figura acima mostra a foto de um diodo comercial típico e a de baixo mostra uma fonte alimentando a um diodo.

Page 23: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 23

Na figura anterior temos a POLARIZAÇÃO DIRETA, onde o terminal negativo da fonte está ligado ao material do tipo N e o posit ivo ao material do tipo P.

A corrente flui facilmente neste tipo de circuito, porque a bateria força os elétrons e lacunas a se moverem em direção à junção, pois quando os elétrons livres se movem para a junção, íons positivos são gerados na extrema direita do cristal, puxando elétrons do circuito externo para o cristal, ou seja, elétrons livres podem sair do terminal negativo da fonte e circular para a extrema direita do cristal.

Esses elétrons entram na extrema direita do cristal, enquanto a massa de elétrons na região N move-se na direção da junção. A borda esquerda desse grupo em movimento desaparece quando atinge a junção, pelo efeito de recombinação com as

lacunas.

Page 24: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 24

Quando os elétrons desaparecem na junção eles se tornam elétrons de valência, e como tais se movem através das lacunas na região P. Ou seja, os elétrons de valência no lado P se movem afastando-se da junção.

Quando os elétrons de valência alcançam o extremo esquerdo do cristal, deixam o cristal e passam para o circuito externo circulando até o terminal positivo da fonte. Esta análise foi feita levando em conta o sentido real da corrente elétr ica , e não o convencional, marcado por uma seta na figura.

Vemos que a corrente circula l ivremente em um diodo polarizado desta maneira, que é a POLARIZAÇÃO DIRETA.

Page 25: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 25

Analisando a figura acima, vemos que a fonte está invertida em relação à análise anterior, ou seja, o terminal negativo da bateria está conectado ao lado P e o terminal positivo, ao lado N, na configuração que denominamos de POLARIZAÇÃO REVERSA.

Nesta configuração, o terminal negativo atrai as lacunas e o terminal positivo, os elétrons livres, afastando-se da junção, aumentando a largura da camada de depleção. A corrente, assim, não circula.

Page 26: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 26

Após a estabilização da camada de depleção, existe uma pequena corrente com a polarização reversa, pois a energia térmica gera pares de elétrons livres e lacunas incessantemente.

Sempre existirão alguns poucos portadores minoritários nos dois lados da junção. Muitos se recombinarão com os portadores majoritários, mas aqueles dentro da camada de depleção podem não existir o suficiente para cruzar a junção.

Quando isso ocorre, uma pequena corrente circula pelo circuito

externo.

Page 27: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 27

Suponha que a energia térmica tenha gerado um elétron livre e uma lacuna próxima da junção. A camada de depleção empurra o elétron livre para a direita, forçando um elétron a deixar a extrema direita do cristal.

Essa lacuna extra no lado P admite a entrada de um elétron pela extrema esquerda do cristal, que cai na lacuna.

Page 28: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 28

Energia térmica constantemente gera pares de elétrons e lacunas dentro da camada de depleção ⇒ aparece uma pequena corrente contínua pelo circuito externo.

Essa corrente reversa provocada pelos portadores minoritários produzidos termicamente é chamada de corrente de saturação. É simbolizada por Ig,, e o nome saturação significa que não poderemos obter mais portadores minoritários do que os gerados pela energia térmica .

Mesmo aumentando a tensão reversa, não aumenta o número de portadores minoritários gerados termicamente ⇒ ocorre exclusivamente em função da temperatura.

Um diodo de silício apresenta uma corrente de saturação menor que um diodo de germânio com as mesmas formas e dimensões.

Page 29: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 29

Os diodos apresentam tensões nominais máximas. Existe um valor limite da aplicação da tensão reversa que um diodo pode suportar antes de ser destruído.

Aumentando a tensão reversa ⇒ atingirá a tensão de ruptura.

Diodos de retificação ⇒ a tensão de ruptura é atingida além dos 50 Volts.

Ao atingir a tensão de ruptura ⇒ enorme número de portadores minoritários aparece repentinamente na camada de depleção ⇒ diodo conduz fortemente.

Esses portadores ⇒ gerados pelo efeito avalanche, que ocorre em tensões reversas altas.

Existe pequena corrente reversa de portadores minoritários ⇒ o aumento da tensão reversa ⇒ provoca a aceleração dos portadores minoritários ⇒ colidem com os átomos do cristal.

Page 30: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 30

Quando portadores minoritários adquirem energia suficiente ⇒ podem chocar-se e liberam elétrons de valência ⇒ produzem elétrons l ivres.

Esses novos portadores minoritários ⇒ somam-se aos já existentes e colidem com outros átomos.

O processo é geométrico ⇒ porque elétron livre libera um elétron de valência obtendo, portanto, dois elétrons l ivres.

Esses dois elétrons livres ⇒ liberam mais dois elétrons, obtendo 4 elétrons livres ⇒ processo continua até que a corrente reversa se torne alta .

A próxima figura ⇒ visão ampliada da camada de depleção. A polarização reversa força o elétron a se mover para a direita e, a medida em que se movimenta, adquire aceleração. Quanto maior a tensão reversa, maior será a aceleração .

Page 31: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 31

Se a velocidade do elétron obtiver energia suficiente ⇒ arranca o elétron de valência do primeiro átomo e o leva para uma órbita maior.

Isso resulta em dois elétrons livres, que aceleram e deslocam outros dois elétrons, tornando o número de portadores minoritários muito alto e fazendo o diodo conduzir intensamente.

Page 32: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 32

Elemento l inear: é aquele em que a variação de variável na entrada produz variação l inear na saída .

Elemento não l inear: é aquele em que a resposta a uma variação linear na entrada não corresponde uma variação l inear na saída

Resistores são exemplos de variação linear: lei de OHM. Diodos (e demais semicondutores) são exemplos de variação

não l inear. Figura a seguir: exemplifica o citado.

Page 33: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 33

Page 34: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 34

A figura abaixo mostra o símbolo do diodo retificador e uma representação mostrando seu sentido direto de condução e o reverso.

O fluxo da corrente (convencional) direta ⇒ ânodo para cátodo O ânodo é o lado P do diodo, e o cátodo o lado N. O símbolo lembra uma seta que indica o sentido

convencional da circulação da corrente, de ânodo para

cátodo.

Page 35: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 35

O circuito elétrico da polarização direta é mostrado a seguir:

Page 36: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 36

A figura mostra a curva elétrica do diodo:

Page 37: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 37

O gráfico I x V do diodo ⇒ este é um dispositivo não l inear. Acima da tensão de joelho, (para o diodo de Si ela é igual à

barreira de potencial, aproximadamente 0,7 V, e para o de Ge, 0,3 V) a corrente aumenta rapidamente ⇒ pequenos aumentos de tensão provocam enormes aumentos de corrente

Vencida a barreira de potencial tudo o que impede a corrente ⇒ resistência das regiões P e N, cuja soma é chamada de resistência de corpo do diodo. Em símbolos,

r B = r p + r n

Esta resistência depende do nível de dopagem e das dimensões das regiões P e N, ⇒ seu valor típico é menor que 1 Ω .

Page 38: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 38

Diodo retificador ⇒ conduz bem na polarização direta e conduz mal na polarização reversa.

Diodo retificador Ideal ⇒ funciona como um perfeito condutor (resistência zero) quando diretamente polarizado e como um perfeito isolante (resistência infinita) ao ser reversamente polarizado.

Primeira aproximação:

Page 39: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 39

Segunda aproximação:

Page 40: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 40

Terceira aproximação ⇒ incluída a resistência de corpo, r B. A figura abaixo mostra o efeito de r B na curva do diodo ⇒ o

diodo entra em condução ⇒ a tensão aumenta linearmente ou proporcionalmente com o aumento da corrente.

Quanto maior a corrente ⇒ maior a tensão ⇒ a queda IR em r B aumenta a tensão total do diodo.

Page 41: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 41

Circuito equivalente para esta terceira aproximação ⇒ chave em série com a barreira de potencial de 0,7 V e a resistência r B.

Tensão aplicada maior que 0,7 V ⇒ diodo conduz. Tensão total no diodo ⇒ VD = 0,7 +IDrB.

Page 42: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 42

Pergunta: qual a carga líquida do átomo de silício se ele perder um de seus elétrons de valência? E se perder todos os 4?– Resposta: inicialmente este átomo está neutro, pois possui

14 prótons e 14 elétrons. Se perder um elétron de valência, torna-se um íon positivo, com carga de +1; se perder os 4, é um íon positivo com carga de +4.

Pergunta: se um cristal puro (intrínseco) de Si tiver um milhão de elétrons livres na sua estrutura interna, quantas lacunas devem existir?

PERGUNTA: qual é a barreira de potencial de um diodo de Si quando a temperatura na junção for de 100 ºC?– Se a temperatura na junção for de 100 º C, a barreira de potencial

diminui para (100 – 25) x 2 mV = 150 mV = 0,15 V, e seu valor passa a ser de Vb = 0,7 – 0,15 = 0,55 V.

Page 43: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 43

PERGUNTA: um diodo de silício tem uma corrente de saturação de 5 nA e uma corrente de fuga de superfície de 10 nA. Qual a corrente reversa total quando a tensão reversa for dobrada para 30 V?

A corrente de saturação permanece constante, uma vez que não houve variação de temperatura. Já a de fuga segue a lei de Ohm, se dobra a tensão ela irá dobrar também, e assim Is = 5 nA + 20 nA = 25 nA

PERGUNTA: seja um diodo com rp = 0,13Ω e rn = 0,1Ω. Qual o valor de sua resistência de corpo (ou ôhmica)?

PERGUNTA: seja Vs = 10V, Vd = 0,7V e R = 1 KΩ. Qual a corrente do diodo?

PERGUNTA: a tensão no diodo 1N4001 é de 0,93 V quando a corrente é de 1A. Qual a potência dissipada no diodo?

Page 44: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 44

PERGUNTA: usando o diodo ideal na figura abaixo, calcule a corrente na carga (a resistência), a potência na carga, a potência no diodo e a potência total .

Este diodo está polarizado diretamente. Agora o substitua por uma chave fechada, e assim temos um simples circuito série com uma fonte de tensão de 10 Volts e uma resistência de carga de 1 KΩ. Calcule a corrente no circuito e depois a potência na carga, que será de 100 mW, no diodo será de 0 W e a total, que é a soma das duas, de 100 mW.

Page 45: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 45

PERGUNTA: para o mesmo circuito, use a segunda aproximação e calcule os valores de potência na carga, no diodo e total.

Visualizando o circuito como uma chave fechada e duas baterias em oposição, teremos I = 9,3 mA, VL= ILx RL = 9,3 V, VL = Vs – VD = 9,3 V, PL = 86,5 mW, PD = 6,51 mW e PT = PL + PD = 93 mW

Page 46: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 46

Os diodos retificadores e de sinal ⇒ são os tipos de diodos mais comuns.

Retificação ⇒ não é a única função de um diodo. Utilizar diodos de retificação e de sinal na zona de ruptura ⇒ os

danificará. Diodo ZENER ⇒ componente de silício otimizado

para operar na região de ruptura ⇒ diodo de ruptura ⇒ principal elemento dos reguladores de tensão ⇒ circuitos que mantém a tensão na carga quase constante, independentemente da alta variação na tensão de linha e na resistência de carga.

Page 47: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 47

Símbolo esquemático do diodo zener e gráfico I x V do diodo zener:

Page 48: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 48

Variando o nível de dopagem de um diodo de silício ⇒ diodos zener com tensões de ruptura de cerca de 2V até 200V

Zener opera nas regiões ⇒ direta, de fuga e reversa. Na região direta ⇒ como um diodo comum ⇒ inicia condução

perto dos 0,7 V. Na região de fuga ⇒ corrente nele é pequena e reversa. Num diodo zener ⇒ ruptura apresenta a curva do joelho muito

acentuada, seguida de uma linha quase vertical em corrente. Observe que a tensão é quase constante, aproximadamente

igual à Vz sobre a maior parte da região de ruptura. As folhas de dados geralmente especificam o valor de Vz em uma corrente particular de teste e IZT.

Page 49: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 49

Zener operando na sua região de ruptura ⇒ apresentará uma pequena queda de tensão, produzida pela passagem da corrente por sua resistência de corpo e também a tensão de ruptura.

Um aumento de corrente ⇒ produz um l igeiro aumento de tensão, da ordem de alguns décimos de Volts até 1 V.

O citado acima é importante para projetos ⇒ não afeta quando se está verificando defeitos.

Geralmente ignoramos a resistência zener .

Page 50: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 50

Modo alternativo de desenhar o circuito com os pontos de terra:

Se o circuito é aterrado, fica mais simples a obtenção de medição nos seus nós em relação à terra. A corrente sobre a resistência Rs é a diferença entre a tensão na fonte e a tensão no zener. Isto é a aplicação pura da lei de Ohm:

Esta corrente é a mesma corrente que circula no zener. Porquê?

RsVzVsIs −=

Page 51: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 51

Regulador Zener com carga – Zener com carga ⇒ opera na região de ruptura e mantém a

tensão na carga constante. – garantia que esteja operando na região de ruptura ⇒ fórmula

aplicada para garantir este aspecto é

– Esta é a tensão que existe quando o zener é desconectado do circuito ⇒ deve ser maior que a zener, do contrário não ocorrerá a ruptura.

VsRlRs

RLVth •

+=

Page 52: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 52

– Quando o zener é desconectado do circuito resta um divisor de tensão que consiste de Rs em série com RL.

– A corrente neste divisor é .

– A tensão na carga sem o zener é igual à corrente anteriormente

calculada multiplicada pela resistência da carga. Daqui em diante ⇒ zener opera na região de ruptura . Na figura ⇒ corrente no resistor em série é dada por corrente no resistor ⇒ é a mesma, haja ou não um resistor de

carga. Em outras palavras, se você desconectar o resistor de carga, a

corrente no resistor em série ainda será igual à tensão no resistor dividida pela resistência.

RlRs

VsI

+=

Rs

VzVsIs

−=

Page 53: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 53

Zener ⇒ também é chamado de regulador de tensão ⇒ mantém uma tensão na saída constante , embora a corrente nele varie.

Para operação normal ⇒ polarizar o zener diretamente

Para operar na ruptura ⇒ polariza reverso ⇒ tensão da fonte Vs deve ser maior que a tensão de ruptura zener. Um resistor Rs em série é sempre utilizado para limitar a corrente do zener num valor abaixo de sua corrente máxima nominal ⇒ zener queimaria

Page 54: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 54

• Idealmente ⇒ tensão na carga RL é igual à tensão no zener, porque a resistência de carga está em paralelo com o zener ⇒ VL = VZ. • Assim ⇒ corrente na carga ⇒

Rl

VlIL =

Page 55: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 55

no zener ⇒ Is = Iz + IL. Zener e a resistência de carga ⇒ em paralelo. Soma de suas correntes ⇒ igual à corrente total, que é a

mesma do resistor em série ⇒ equação ⇒ I z = I s - I L. Equação ⇒ a corrente no zener não é mais igual à corrente no

resistor em série ⇒ por causa do resistor em série a corrente no zener agora é igual à corrente no resistor em série menos a corrente na carga.

Page 56: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 56

PERGUNTA: qual o valor do resistor limitador de corrente do zener da figura dada? Supor o zener para regular 6V e potência de 400 mW

– Vz = 6v; Pz = 0,4W– I = P/V ⇒ I = 0,4 / 6 = 66mA– R = V/I ⇒ R = 6 / 66m ≅ 90 Ω ⇒ valor comercial de 100 Ω

Page 57: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 57

tabela ⇒ uma das séries de diodos zener muito usada: BZX79C– BZX79C2V1 ⇒ tensão de zener = 2,1 V– BZX79C12V ⇒ tensão de zener = 12 V

Page 58: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 58

Energia elétrica no Brasil ⇒ 127 Vrms ou 220 Vrms, a depender da região, com uma freqüência de 60 Hz.

VpVrms 707,0=

Page 59: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 59

Tensão de linha ⇒ muito alta para a maioria dos equipamentos eletrônicos.

Transformador ⇒ abaixa o nível da tensão para valores adequados ao funcionamento dos diodos, transistores e circuitos integrados.

Page 60: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 60

Transformador sem carga ⇒ A bobina da esquerda é o enrolamento primário e tem N1 espiras, enquanto que a bobina da direita é o enrolamento secundário e tem N2 espiras.

Linhas verticais entre as espiras ⇒ espiras estão enroladas em um núcleo de ferro.

Page 61: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 61

A tensão induzida no enrolamento secundário ⇒

Se o transformador tem um coeficiente de acoplamento k próximo de 1 ⇒ bom acoplamento magnético ⇒ todo o fluxo magnético produzido no enrolamento primário penetra no enrolamento secundário.

Enrolamento secundário com mais espiras que o enrolamento primário ⇒ tensão induzida no secundário maior que no primário ⇒ relação de espiras é maior que 1, o transformador é chamado de elevador.

Enrolamento secundário com menos espiras que o enrolamento primário ⇒ tensão induzida no secundário menor que no primário. ⇒ relação de espiras é menor que 1 e o transformador é chamado de abaixador.

11

22 V

N

NV •=

Page 62: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 62

Agora ⇒ resistência de carga ligada ao secundário do transformador.

Por causa da tensão induzida no enrolamento secundário ⇒ existe uma corrente na carga.

Se este transformador for ideal (k=1, sem perda de potência no enrolamento nem no núcleo) ⇒ potência da saída é igual à da entrada: P2 = P1, ou V2.I2 = V1.I1.

Page 63: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 63

Vamos rescrever esta equação como

Daí podemos escrever que

Desta equação deduzimos

Num transformador elevador, a tensão no secundário é maior que no primário, mas a corrente é menor, e vice-versa.

DICA:– Toda vez que falarmos em relação de espiras, sempre se

considera N 2 / N 1.

1

2

1

2

2

1

N

N

V

V

I

I ==

21

21 I

N

NI •=

12

12 I

N

NI •=

Page 64: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 64

Capacitores ⇒ componentes que armazenam energia sob a forma de um campo eletrostático.

Também resistem à mudanças de tensão sobre seus terminais.

Deixam passar ⇒ altas freqüências, bloqueiam ⇒ baixas freqüências.

Ou seja, deixam passar CA, não deixam passar CC. Dividem tensão. Sua unidade de medida: FARAD ⇒ representa a quantidade

de energia que o capacitor pode armazenar . Quanto maior o valor da capacitância, maior a

capacidade de energia que o capacitor armazena.

Page 65: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 65

Reatância Capacitiva ⇒ oposição que um capacitor oferece ao fluxo de corrente alternada.

Quanto > a capacitância < a reatância. Quanto > a freqüência < a reatância. Assim, a reatância é inversamente proporcional à freqüência e

à capacitância. Sendo X c a reatância capacitiva em Ω (ohms), π = 3,14, f a

freqüência em Hertz (Hz) e C a capacitância em Farads (F), a equação abaixo nos exibe a expressão matemática da reatância capacitiva:

fC21Xcπ

=

Page 66: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 66

Capacitores ⇒ elemento importante para a filtragem de correntes contínuas pulsantes .

O circuito de filtragem ⇒ após o circuito de retificação. Circuito de filtro mais simples ⇒ figura. Durante meio ciclo ⇒ tensão nos terminais de entrada é

positiva. Corrente flui em RLe em C.

Page 67: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 67

Tensão de entrada cai a zero ⇒ capacitor começa a descarregar via RL ⇒ corrente de descarga mantém a tensão sobre RL.

Desde que o circuito seja adequadamente projetado ⇒ capacitor do filtro descarrega pequena parte de sua energia antes de chegar o próximo pulso positivo.

Capacitor se carrega ⇒ a cada pulso positivo

Page 68: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 68

Saída da fonte de alimentação com filtro ⇒ figura. Linha pontilhada ⇒ saída do retificador sem o filtro. Linha cheia ⇒ tensão de saída filtrada.

Page 69: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 69

Capacitor de fi l tro– Para projetar, é necessário escolher um capacitor que tenha valor

suficiente para manter a tensão de ondulação com um valor pequeno. Mas quanto pequeno? Vai depender do valor do capacitor que você está tentando usar.

– Com a diminuição da ondulação, o capacitor aumenta e torna-se mais caro. Já que há o compromisso entre uma pequena ondulação e um alto valor de capacitor, a maioria dos projet istas usa a regra dos 10%, que diz que você deve escolher um capacitor capaz de manter a tensão de ondulação pico a pico em aproximadamente 10 % da tensão de pico .

– Se a tensão de pico for de 15V, escolha um capacitor que mantenha a tensão de ondulação de pico a pico em 1,5 V.

Page 70: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 70

Retificadores sem filtro ⇒ cada diodo conduz a cada semiciclo

Retificadores filtrados ⇒ cada diodo conduz por um tempo muito menor que o semiciclo .

Quando a chave de alimentação é ligada pela primeira vez ⇒ capacitor está descarregado ⇒ leva apenas um quarto de ciclo para carregar até o valor de pico do secundário.

Após esta carga inicial ⇒ o diodo conduz por breves momentos, próximo à tensão de pico ⇒ fica cortado durante o resto do ciclo.

A fórmula a seguir ⇒ valor da tensão de ondulação expressa em valores do circuito:

fC

IVr =

Page 71: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 71

Vr ⇒ a tensão de ondulação pico a pico I ⇒ a corrente CC na carga f ⇒ a freqüência de ondulação C ⇒ a capacitância. Pressuposições em relação à tensão de ondulação de pico a

pico ⇒ menor que 20% da tensão de carga. Acima desse ponto ⇒ não se deve usar esta equação, por

inserir um alto valor de erro. O principal objetivo do filtro capacitivo é nos apresentar uma

tensão cc estável ⇒ muitos projetistas escolhem valores de circuito que mantenham a tensão de ondulação na carga abaixo de 10%.

Page 72: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 72

Fusíveis Em um transformador ideal, as correntes são dadas por .

Com tal equação, você pode dimensionar o fusível para a proteção do circuito.

Por exemplo, se a corrente na carga for de 1,5 A e a relação de espiras de 9:1, então teremos ou I1=0,167 Arms.

Ou seja, o fusível deve ter o valor de 0,167 A, mais 10% no caso de aumento da tensão da linha, mais 10% aproximadamente para as perdas no transformador (que produzem um corrente extra no primário).

Um fusível de 0,25 A portanto pode ser adequado, sua função é prevenir danos no circuito no caso de um curto circuito acidental.

1

2

2

1

N

N

I

I =

9

1

5,1

1 =I

Page 73: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 73

A figura a seguir ⇒ esquema em bloco de um processo de retificação de corrente,

Page 74: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 74

o retificador de meia onda ⇓

No semiciclo positivo da tensão no primário ⇒ enrolamento secundário tem um semiciclo da senóide em seus terminais e com isso o diodo está polarizado diretamente.

No semiciclo negativo da senóide no primário ⇒ enrolamento secundário tem também um semiciclo negativo em seus terminais, polarizando reversamente o diodo, e o semiciclo positivo aparecerá no resistor de carga, mas não o semiciclo negativo.

Page 75: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 75

A figura mostra a tensão na carga, este tipo de forma de onda é chamado de sinal de meia onda, por que foi retirado o semiciclo negativo. A tensão na carga tem apenas os semiciclos positivos e com isto a corrente é unidirecional, circulando pois em um só sentido, sendo assim contínua pulsante.

A freqüência do sinal de meia onda é igual à freqüência da linha, que é de 60 Hz. Período T é igual ao inverso da freqüência, e assim o período do sinal de meia onda tem o período de . Este é o intervalo de tempo entre o início de um semiciclo positivo e o início do próximo semiciclo positivo.

msT 7,160167,0601 ===

Page 76: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 76

Se você ligasse um voltímetro cc no resistor de carga no circuito abaixo, ele indicaria uma tensão cc que pode ser escrito como V d c= V P/Π = 0,318 V p, onde V p é o valor de pico do sinal de meia onda no resistor de carga.

Por exemplo, se a tensão de pico fosse de 34 V, o voltímetro cc indicaria Vdc = 0,318 x 34 = 10,8 Vdc. Esta tensão cc é chamada algumas vezes de valor médio do sinal de meia onda, porque o voltímetro cc lê a tensão média de um ciclo completo.

Page 77: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 77

O retificador de onda completa ⇒ tem uma tomada central no enrolamento secundário.

Devido a este tap, o circuito é equivalente a dois retificadores de meia onda: O retificador superior retifica o semiciclo positivo de tensão do secundário, enquanto que o inferior faz o mesmo para o semiciclo negativo da tensão do secundário.

O diodo superior conduz no semiciclo positivo e o inferior no negativo, e assim a corrente retificada na carga circula durante os dois semiciclos, de forma unidirecional .

Page 78: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 78

A figura mostra um transformador com uma relação de espiras de 5:1. A tensão de pico no primário é igual a Vp1 = 120 / 0,707 = 170V. A tensão de pico no secundário é Vp2= 170/5 = 34 V. Como a tomada central está aterrada, cada semiciclo do enrolamento secundário tem uma tensão senoidal com um valor de pico de 34/2 = 17 V. Assim, a tensão de pico ideal na carga de apenas 17 V ao invés dos 34 V.

Na figura temos a forma de onda de tensão na carga. Este tipo de forma de onda é chamado de sinal de onda completa. Por causa da lei de Ohm, a corrente na carga de 1 KΩ é também um sinal de onda completa com valor de pico de 17 mA.

Page 79: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 79

Se conectarmos um voltímetro cc na resistência de carga, ele indicará uma tensão cc de 2V p / Π que é equivalente a V d c = 0,636 V p, onde Vp é o valor de pico do sinal de meia onda na resistência de carga. Se a tensão de pico fosse de 17 V, a leitura seria de 10,8 Vcc.

A freqüência do sinal de saída é o dobro da freqüência de entrada. Por que? Lembre-se da definição de um ciclo completo: uma forma de onda completa seu ciclo quando ela começa a repeti-lo. Como a tensão da linha tem um período de 16,7 ms, a tensão retificada na carga tem um período de 8,33 ms. A freqüência será de 120 Hz. Ou seja, a freqüência na saída é duas vezes a freqüência da entrada: f o u t = 2 f i n.

Page 80: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 80

Retif icador de onda completa em ponte ⇒ com 4 diodos podemos eliminar a necessidade de uma tomada central aterrada.

Vantagem ⇒ a tensão retificada na carga é o dobro daquela que teria o retificador de onda completa com tomada central.

Page 81: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 81

No semiciclo posit ivo da tensão da linha ⇒ diodos 1 e 2 conduzem, produzindo um semiciclo positivo no resistor de carga.

No semiciclo negativo da tensão de linha ⇒ diodos 3 e 4 conduzem, produzindo outro semiciclo positivo no resistor de carga.

Resultado ⇒ sinal de onda completo no resistor de carga.

Page 82: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 82

É possível encontrar no comércio uma ponte de diodos, conhecido como ponte de Graetz, que em um arranjo único substitui os 4 diodos em ponte para a retificação de onda completa

Page 83: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 83

Este dispositivo de Graetz permite a construção do ROC, sem a necessidade de um transformador com Tap Central

Page 84: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 84

Na figura vemos um transformador com relação de espiras de 5:1. – A tensão de pico no primário é igual a Vp1 = 120 / 0,707 = 170V.

– No secundário, será Vp2 = 170 / 5 = 34 V. – A tensão total do secundário está aplicada aos diodos em

condução que estão em série com o resistor de carga.– A tensão na carga tem o valor ideal de pico de 34 V, que é o dobro

do retificador em onda completa anteriormente apresentado.

Page 85: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 85

A forma de onda na carga ⇒ idêntica à do retificador de onda completa com tomada central.

A freqüência do sinal retificado ⇒ 120 Hz. Lei de Ohm ⇒ corrente na carga de 1 KΩ é um sinal de onda completo

com valor de pico igual a 34 mA. Se usarmos a segunda aproximação com o retificador em ponte ⇒ há

dois diodos em série em condução com o resistor de carga durante cada semiciclo ⇒ deveremos subtrair a queda de dois diodos em vez de um apenas ⇒ a tensão de pico na segunda aproximação é Vp = 34 – (2x0,7) = 32,6 V.

A queda adicional por causa deste segundo diodo ⇒ uma das poucas desvantagens do retificador em ponte.

Vantagens ⇒ saída em onda completa, tensão ideal de pico igual à tensão de pico do secundário, e não necessidade de enrolamento secundário com tomada central. para converter a tensão CA em tensão CC adequada ao uso dos dispositivos semicondutores.

Page 86: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 86

A tensão de saída de um retificador aplicada a uma carga ⇒ pulsante, em vez de estável.

Durante um ciclo completo na saída ⇒ a tensão na carga aumenta a partir de zero até um valor de pico e depois diminui de volta a zero.

Esse tipo de tensão CC não é a adequada para a maioria dos circuitos eletrônicos, e sim uma tensão estável ou constante, similar à produzida por uma bateria ⇒ precisamos de um filtro.

Page 87: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 87

Filtrando o sinal de meia onda:– Diodo ideal como uma chave ⇒ colocamos um capacitor em

paralelo ao resistor de carga. – Antes de ligar a alimentação ⇒ o capacitor está descarregado ⇒

tensão de carga é zero. – Durante o primeiro quarto do ciclo da tensão no secundário, ⇒

diodo está polarizado diretamente (funciona como uma chave fechada) ⇒ carrega o capacitor até o valor da tensão de pico Vp.

Page 88: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 88

Logo após o pico positivo ⇒ o diodo para de conduzir (a chave abre).

Por que? ⇒ capacitor tem uma tensão Vp. Como a tensão no secundário é ligeiramente menor que Vp, o diodo fica polarizado reversamente

Com o diodo agora aberto ⇒ o capacitor descarrega através da resistência de carga.

A constante de tempo de descarga (RLC) é muito maior que o período T do sinal de entrada ⇒ o capacitor perde apenas uma parte de sua carga durante o período em que o diodo estiver em corte.

Page 89: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 89

Quando a tensão da fonte for atingir novamente o valor de pico ⇒ diodo conduzirá brevemente ⇒ recarregará o capacitor até o valor da tensão de pico ⇒ sua tensão será aproximadamente igual à tensão de pico do secundário.

A tensão na carga agora é uma tensão CC mais estável, quase constante.

A única diferença para uma tensão CC pura é a leve ondulação (ripple) causada pela carga e descarga do capacitor. Quanto menor, melhor.

Ao se aumentar a constante de tempo de descarga RLC ⇒ se obtém isto.

Page 90: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 90

Uso do retificador de onda completa, com tap central ou em ponte ⇒ freqüência da ondulação será de 120 Hz ao invés de 60 Hz ⇒ o capacitor é carregado duas vezes e descarrega-se apenas a metade do tempo, conforme figura abaixo ⇒ a ondulação é menor e a tensão de saída é mais próxima da tensão de pico.

Page 91: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 91

PERGUNTA: a tensão de alimentação é de 120 Vrms. Qual é a tensão de pico?

PERGUNTA: um transformador abaixador tem uma relação de espiras de 5:1. Se a tensão no primário for de 120 Vrms, qual a tensão do secundário?

PERGUNTA: se um transformador tem relação de espiras de 5:1, e sua corrente de secundário for 1A, qual a corrente no primário?

Page 92: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 92

O transformador tem uma relação de espiras de 5:1, e é ligado na rede comercial.

Qual será a sua tensão de pico? – será de 170V.

Qual a tensão de pico do secundário? – será de 34 V

Qual a tensão de pico na carga?– igual a 34 V.

e a RMS na carga?– 24 V

Page 93: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 93

O retificador de onda completa abaixo tem uma tensão de entrada de 240 Vrms com uma freqüência de 50 Hz. Se o transformador abaixador tiver uma relação de espiras de 8:1, qual será a tensão na carga? E a freqüência de saída?

– Vp1= 340V;– Vp2= 42,5V;– Vrl = 21,2V;– Fout = 100hz

Page 94: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 94

Suponha que um retificador em ponte tenha uma corrente de carga de 10mA e uma capacitância de filtro de 470 µF. Qual a tensão de ondulação de pico a pico de um filtro com capacitor? O que você supôs para realizar este cálculo? Por que?

– VR= 0,177 VP; f= 60 Hz; freqüência da rede de alimentação no Brasil.

fCIVR =

Page 95: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 95

O circuito da figura funciona normalmente, com uma tensão eficaz no secundário de 12,7 V, uma tensão na carga de 18 V e uma tensão de ondulação de 318 mV. Se o capacitor de filtro abrir, quais os valores de tensão que este defeito produzirá no circuito?

– Se o capacitor de filtro abrir, o circuito passa a ser um retificador de onda completa sem filtragem. Se você usar um voltímetro ca para medir a tensão eficaz no secundário do transformador, ele deveria indicar 12,7 V, pois o defeito é mais adiante no circuito. Como não há filtro, a tensão na carga é um sinal de onda completo com um valor de pico de 18 V. Se o voltímetro cc for conectado à carga, ele deve indicar 11,4 V (63,6% de 18V). Se você usar um osciloscópio na carga, a forma de onda apresentada é uma onda senoidal completa retificada, com o valor de pico de 18 V, e valor médio de tensão de 11,4V.

Page 96: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 96

Regulagem: medida da capacidade da fonte em manter a tensão de saída constante apesar da variação da carga.

Parte não regulada de uma fonte de alimentação: transformador, retificador e filtro.

A tensão alternada da entrada também pode variar . É necessária a obtenção de uma tensão de referência : queda

de tensão constante sobre um diodo ZENER

Page 97: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 97

A ondulação na carga ⇒ figura ⇒ a saída da fonte de alimentação alimenta um regulador zener.

Esta fonte produz uma tensão média com uma ondulação. Idealmente, o zener reduz a ondulação a zero, porque a tensão

na carga é constante e igual à tensão zener.

Page 98: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 98

Exemplo ⇒ a fonte de alimentação produz uma tensão média de 20 V com uma tensão de ondulação de 2 Vpap.

Tensão de alimentação ⇒ valor mínimo de 19 V até 21 V. A variação na tensão de alimentação ⇒ altera corrente no

zener ⇒ não produz quase efeito nenhum na tensão da carga. Se levarmos em conta a pequena resistência do zener ⇒ existe

uma pequena oscilação no resistor de carga ⇒ muito menor que a original vinda da saída da fonte de alimentação.

O novo valor da tensão de ondulação é dado pela equação

Esta equação ⇒ fornece um valor aproximadamente preciso da tensão de ondulação pico a pico ⇒ Origina-se da visualização do zener substituído por sua segunda aproximação.

Em relação à ondulação ⇒ circuito age como um divisor de tensão formado por Rs em série com Rz.

)()( entVrRzRs

RzsaídaVr •

+=

Page 99: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 99

PERGUNTA: Vs = 18 V, Vz = 10 V, Rs = 270 Ω e RL= 1 KΩ. O zener está operando na região de ruptura?

Desconecte “mentalmente” o zener, e o que resta é um divisor de tensão de 270 Ω em série com um resistor de 1KΩ. A corrente no divisor é mA

KI 2,14

27,1

18 ==

Multiplique esta corrente pela resistência da carga para obter a tensão de Thèvenin, e teremos 14,2 mA x 1K = 14,2 V. Como esta tensão é maior que a tensão do zener, ele operará na região de ruptura quando for reconectado ao circuito.

Page 100: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 100

PERGUNTA: qual o valor da corrente zener na figura?

Is= 8/270 = 29,6 mAIL=10/1K=10mAIz= 29,6 – 10 = 19,6 mA

Page 101: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 101

PERGUNTA: considere 1N961 o zener na figura , cuja resistência é de 8,5 Ω, e seja Rs = 270 Ω, qual a tensão de ondulação na carga se a tensão de ondulação na fonte for de 2V?

)()( entVrRzRs

RzsaídaVr •

+= mV61061,02

5,278

5,8 ==•=

Page 102: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 102

PERGUNTA: o que faz o circuito na figura ?

Circuito com pré-regulagem.

Page 103: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 103

Calcule, para VP=120VRMS, VS=20VRMS, VZ=12V, R=1,2KΩ e diodos em 2ª aproximação:– relação de espiras;– tensões de pico no primário, secundário. Qual a tensão da carga?– Correntes no zener e na carga;– tensão de ondulação no filtro.

V1V2

Page 104: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 104

VL=12V IL=12mA IZ ≈ 0,4mA

1

6

20

120

2

1 ===NN

VV

S

P PRMS

P V,,

VPVP 1707070

120

7070≈==

PRMS

P V,,

VSVS 287070

20

7070≈==

PR V,x

mC.fIV 430

47060

12 =µ

==

Page 105: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 105

Outro modo de fazer a Regulagem ⇒ utilizando circuitos reguladores integrados.

São colocados após o capacitor de filtro não é necessário o diodo Zener: este vem incorporado ao

circuito

Page 106: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 106

Os circuitos integrados básicos de Regulagem são encontrados com diversas tensões.

A figura abaixo apresenta o circuito com o 78L05, de 5 volts.

Page 107: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 107

O regulador integrado L200 é outro exemplo. Figura apresenta suas duas formas de encapsulamento.

Page 108: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 108

Figura ⇒ circuito completo de fonte de alimentação estabil izada e regulada, ajustável .

Capacidade máxima de corrente é de 3,5 A saída varia de 1,2 V à 25 V

Page 109: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 109

Figura: Regulador de tensão chaveado– saída com tensão constante de 5 V.– CI precisa de um bom radiador de calor

Page 110: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 110

Fonte simétrica:– tensão vai depender dos CIs reguladores– 7806 ⇒ + 6V, 7906, - 6 V– 7809, 7812, 7815 ⇒ + 9V, +12 V, +15 V– 7909, 7912, 7915 ⇒ - 9v, - 12 V, - 15 V– secundário com tensão pelo menos 2 V maior que a saída e

corrente de 1 A.

Page 111: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 111

OUTRAS APLICAÇÕES DE DIODOS Multipl icadores de tensão.

– Circuito com dois ou mais diodos retificadores ⇒ produzem uma tensão média igual a um múltiplo do valor da tensão de pico (2Vp, 3Vp, 4Vp, etc...).

– Essas fontes de alimentação ⇒ usadas em dispositivos de alta ou baixa corrente, como os tubos de raios catódicos.

Page 112: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 112

– No pico do semiciclo positivo, D1 fica polarizado reversamente e D2, diretamente. Como a fonte ca e C1 estão em série, C2 tentará carregar até uma tensão de 2Vp, como mostra a figura da esquerda:

– Colocando agora a resistência de carga RL, a figura da direita mostra que o capacitor descarregará por esta resistência de carga. Se a carga é de alta resistência, teremos uma alta constante de tempo (RLC) e a tensão de saída será o dobro da tensão de entrada, que vem do enrolamento secundário do transformador.

Page 113: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 113

Dobrador de tensão de meia onda.– Abaixo o diagrama de um dobrador de tensão.

– No pico do semiciclo negativo, D1 fica diretamente polarizado e D2, reversamente ⇒ o capacitor C1 carrega com tensão de pico Vp com a polaridade mostrada na figura

Page 114: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 114

Utilidade ⇒ Para produzir altos valores de tensão (centenas de volts ou mais) ⇒ transformadores com altos valores de tensão no secundário ⇒ são volumosos e caros.

É opção mais barata ⇒ ocupa menos espaço. Circuito ⇒ dobrador de meia onda porque o capacitor de

saída carrega apenas uma vez durante um ciclo Freqüência de ondulação ⇒ 60 Hz.

Page 115: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 115

Dobrador de tensão de onda completa ⇒ no semiciclo positivo da fonte ca ⇒ capacitor C1 carrega até o valor de pico com a polaridade mostrada.

No próximo semiciclo ⇒ capacitor C2 carrega até o valor de pico com a polaridade mostrada.

Para cargas leves, a tensão final ⇒ 2 V p.

Page 116: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 116

Dobrador de onda completa ⇒ cada um dos capacitores na saída é carregado durante cada semiciclo.

Teremos uma ondulação de saída de 120 Hz. Desvantagem ⇒ falta de um ponto comum entre a

entrada e a saída ⇒ o terminal do resistor de carga ⇒ a fonte fica em flutuação.

No dobrador de meia onda ⇒ aterramento do resistor de carga é um ponto comum com um dos terminais da fonte ⇒ vantagem em certas aplicações.

Page 117: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 117

Circuitos tripl icadores e quadruplicadores de tensão ⇒ ação derivada da ação do dobrador e do triplicador, respectivamente.

Em teoria ⇒ poderíamos adicionar seções indefinidamente ⇒ a ondulação piora a cada seção adicionada.

Multipl icadores de tensão ⇒ não são usados nas fontes de alimentação de baixos valores, que são as mais comuns.

Multiplicadores ⇒ utilizados para a produção de alta tensão, de

centenas e até milhares de Volts .

Page 118: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 118

Limitador (ou Ceifador).– Diodos utilizados nas fontes de alimentação ⇒ retificadores ⇒

potência nominal acima de 0,5 W ⇒ otimizados para o uso em 60 Hz.

– Diodos de pequeno sinal ⇒ tem baixa potência (abaixo de 0,5W, e com correntes na ordem de mA até A) ⇒ são usados tipicamente em freqüências acima de 60 Hz.

– Circuitos de pequenos sinais ⇒ limitador ⇒ corta uma parte do sinal de tensão acima ou abaixo de um valor pré-determinado.

– Utilidade ⇒ formação de sinais ⇒ proteção de circuitos que recebem sinais.

Page 119: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 119

Na figura ⇒ limitador positivo ⇒ o corte é feito na parte positiva do sinal ⇒ saída apresenta todos os semiciclos positivos cortados.

• Durante o semiciclo negativo ⇒ diodo está reversamente polarizado e aparece como uma chave aberta. • Na maioria dos limitadores ⇒ resistência de carga RL é no mínimo 100 vezes o valor do resistor em série, RL.

Page 120: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 120

A forma de onda de saída ⇒ cortada dos semiciclos posit ivos.

Invertendo o diodo ⇒ teremos o corte dos semiciclos negativos. Usando a segunda aproximação ⇒ o valor do corte não se dá

em 0V, mas sim próximo dos 0,7V, ou – 0,7V (Porque?). Limitador Polarizado

– Valor do ceifamento ⇒ V+0,7 volts.

Page 121: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 121

Tensão de entrada for maior que V+0,7 ⇒ diodo conduz ⇒ saída é mantida em V+0,7.

Tensão de entrada for menor que V+0,7 ⇒ diodo abre e o circuito passa a ser um divisor de tensão.

Resistência da carga ⇒ maior que a resistência série ⇒ fonte é quase ideal ⇒ toda a tensão de entrada irá aparecer na saída.

A figura ⇒ combinação de limitadores positivo e negativo ⇒

saída uma onda com a aparência de uma onda quadrada.

Page 122: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 122

Grampeador Posit ivo.– Grampeador positivo de corrente contínua ⇒ no primeiro semiciclo

negativo da tensão de entrada ⇒ diodo conduz

• No pico negativo ⇒ o capacitor se carrega com Vp, com a polaridade mostrada.

Page 123: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 123

– Imediatamente após o pico negativo ⇒ o diodo corta, ⇒ a constante de tempo R LC é feita deliberadamente muito maior que o período T do sinal de entrada ⇒ o capacitor permanece quase totalmente carregado durante o tempo em que o diodo permanece em corte

• Para uma primeira aproximação ⇒ capacitor age como uma bateria de Vp Volts ⇒ a tensão na saída é um grampeador de sinal positivo.

Page 124: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 124

Na figura ⇒ sinal como ocorre normalmente ⇒ devido à queda de 0,7V do diodo em condução ⇒ tensão no capacitor não será exatamente de Vp ⇒ circuitos não são perfeitos ⇒ aparecendo picos negativos de – 0,7V.

• Invertendo a posição do diodo ⇒ a polaridade do capacitor é invertida ⇒ circuito passa a ser um grampeador negativo. • Uso ⇒ receptores de TV ⇒ usam um grampeador cc para acrescentar uma tensão cc ao sinal de vídeo ⇒ restaurador cc.

Page 125: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 125

figura ⇒ Mostra alguns tipos de diodos, com a identif icação de seus terminais

Page 126: Eletrônica linear   parte 1

Ivan King 126

No semi ciclo positivo ⇒ D2 e D3 conduzem, D1 e D4 em corte, e no semi ciclo negativo D1 e D3 estão em corte e D1 e D4 conduzem ⇒ corrente cc ou corrente média nestes diodos é metade da corrente cc na carga ⇒ I D = 0,5 I L

esta corrente média é a corrente nominal do diodo ⇒ se o diodo tem corrente nominal ID = 1A, a corrente da carga IL não pode ser maior que 2 A.