EFEITOS DA PARTICIPAÇÃO EM PROJETO DE EXTENSÃO ... · O objetivo da presente pesquisa foi...
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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física
José Maria de Omena
Pamela de Souza Oliveira
EFEITOS DA PARTICIPAÇÃO EM PROJETO DE
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA QUALIDADE DE
VIDA DE MULHERES COM OBESIDADE
LINS - SP
2019
JOSÉ MARIA DE OMENA
PAMELA DE SOUZA OLIVEIRA
EFEITOS DA PARTICIPAÇÃO EM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA
QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM OBESIDADE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física sob a orientação do Prof. Dr. José Alexandre Curiacos de Almeida Leme e orientação técnica da Profa. Ma. Jovira Maria Sarraceni.
LINS - SP
2019
Dedico este trabalho, principalmente a Deus que me fortaleceu todo o tempo, aos
meus pais e aos meus filhos, a minha irmã Daniela e a todos meus irmãos,
sobretudo a minha esposa Edneia, pelo seu amor e compreensão que me ajudaram
a conquistar este objetivo nesta etapa da minha vida. À minha amiga de TCC,
Pamela, onde neste tempo de muito trabalho e preocupações, aprendemos que
precisamos muito um do outro. Repartimos as dificuldades, dividimos as alegrias e
multiplicamos a paciência e a cooperação.
José Maria de Omena
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele não teria chegado onde
cheguei, grata por todas as benções sem ao menos merecer, tudo pela sua graça.
Pamela de Souza Oliveira
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu saúde e vida para realizar este projeto
de concluir esse curso que tanto almejei. Aos professores que estiveram presentes
nestes anos de estudos, com ênfase aos meus orientadores José Alexandre e
Jovira. Agradeço aos meus colegas de sala com destaque: Augusto, Geovane,
Gabriela, Michelle, Yves e Simone que colaboraram com as coletas e sempre foram
companheiros em que se pode contar.
José Maria de Omena
Agradeço a Deus por ter idealizado e sonhado com tudo isso antes mesmo de eu
nascer, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para o meu
crescimento profissional. Agradeço ao meu parceiro de TCC José Maria pelo
companheirismo e paciência e também ao professor José Alexandre pelas
orientações.
Pamela de Souza Oliveira
RESUMO
O objetivo da presente pesquisa foi investigar os efeitos de oito meses de participação em projeto de extensão na qualidade de vida mulheres com obesidade. A população do estudo foi composta por dez (10) mulheres, participantes do projeto de extensão “Intervenção interdisciplinar para melhoria da qualidade de vida de pessoas com obesidade”, com idade entre 20 a 55 anos. Para ingresso no projeto, as participantes estavam com obesidade graus I e II, ou seja, IMC entre 30 e 40 kg/m2. A pesquisa foi iniciada somente após a aprovação do comitê de ética em pesquisa e as participantes responderam ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e seguiram-se as recomendações e princípios enunciados na resolução 466/2012 e 510/2016. A avaliação se iniciou com uma anamnese e o (IPAQ) International Physical Activity Questionnaire para avaliar o nível de atividade física. Para a avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde foi utilizado o instrumento “Rand 36-Item Health Survey”, sendo um questionário multidimensional, formado por 36 itens, englobado em 8 componentes ou domínios. As coletas se deram em duas etapas, no início e final do período letivo de 8 meses de participação no projeto. Após a aplicação do teste de normalidade kolmolgorov-Smirnoff, os dados foram analisados para identificação de diferença estatística através do teste t de Student pareado (dados paramétricos) ou WilCoxon pareado (dados não paramétricos) para comparação intragrupo e teste t de Student (dados paramétricos) ou Mann-Whitney (dados não paramétricos) para comparação intergrupos. Para essas análises foi utilizado o software SPSS®. Nos resultados foi encontrada melhora da qualidade de vida após a participação no projeto de extensão, mesmo sem alteração na massa corporal ou IMC. Como as participantes já estavam no projeto anteriormente, já havia passado por processo de redução da massa corporal e a melhora da qualidade de vida tem importante significado para a atuação interdisciplinar. Desta forma, pode ser concluído que a participação no projeto interdisciplinar promoveu melhora na qualidade de vida de mulheres com obesidade. Palavras-chave: Obesidade. Exercício Físico. Qualidade de Vida.
ABSTRACT
The aim of this research was to investigate the effects of eight months of participation in an extension project on quality of life women with obesity. The study population was composed of ten (10) women, participants of the extension project "Interdisciplinary intervention to improve the quality of life of people with obesity", aged between 20 and 55 years. To enter the project, the participants were obese grades I and II, that is, BMI between 30 and 40 kg/m2. The research was initiated only after the approval of the research ethics committee and the participants responded to the Free and Informed Consent Term (TCLE) and followed the recommendations and principles set out in resolution 466/2012 and 510/2016. The evaluation began with an anamnesis and the (IPAQ) International Physical Activity Questionnaire to evaluate the level of physical activity. For the evaluation of health-related quality of life, the "Rand 36-Item Health Survey" instrument was used, and a multidimensional questionnaire, consisting of 36 items, encompassed in 8 components or domains. The collections took place in two stages, at the beginning and end of the school period of 8 months of participation in the project. After applying the kolmolgorov-Smirnoff normality test, the data were analyzed to identify statistical difference using the paired Student t test (parametric data) or paired WilCoxon (nonparametric data) for comparison intragroup and student t test (parametric data) or Mann-Whitney (nonparametric data) for intergroup comparison. SPSS software ® was used for these analyses. In the results, quality of life was found after participation in the extension project, even without alteration in body mass or BMI. As the participants were already in the project before, they had already gone through the process of reducing body mass and improving quality of life has important significance for interdisciplinary action. Thus, it can be concluded that participation in the interdisciplinary project promoted improvement in the quality of life of women with obesity. Keywords: Obesity. Physical exercise. Quality of life.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11
CAPÍTULO I - OBESIDADE ...................................................................................... 14
1.DEFINIÇÕES DE OBESIDADE ............................................................................. 14
1.1 Epidemiologia da Obesidade ............................................................................... 15
1.2 Alterações Anatômicas Devidas ao Efeito da Obesidade ................................... 17
1.3 Alterações Fisiológicas Causadas pela Obesidade ............................................. 18
1.4 Efeitos Psicológicos e Sociais na Obesidade ...................................................... 18
1.5 Principais Doenças Relacionadas ao Processo de Obesidade ........................... 20
CAPÍTULO II – EXERCÍCIO FÍSICO ........................................................................ 22
1 DEFINIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO .................................................................... 22
11 Conceitos de Atividade Física e Exercício Físico ................................................. 22
1.2. Riscos e Meios de Minimizar os Riscos na Pratica de Exercício Físico ............. 24
1.3 Benefícios da Pratica de Atividade Física e Exercício Físico .............................. 24
1.4 Prescrição do Exercício para Pessoas com Obesidade ...................................... 26
CAPÍTULO III - QUALIDADE DE VIDA E A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ............ 28
1 DEFINIÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ................................................................ 28
1.1 Meios de Avaliar a Qualidade de Vida ................................................................ 30
1.2 Qualidade de Vida e Saúde................................................................................. 32
1.3 Projeto de Extensão (Intervenção) ...................................................................... 33
1.4 Atuação da Educação Física no Projeto de Extensão ......................................... 36
CAPITULO IV - A PESQUISA .................................................................................. 37
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 37
1.1 Exercício Físico ................................................................................................... 39
1.2 Qualidade de Vida ............................................................................................... 41
1.3 Objetivos ............................................................................................................. 42
1.4 Metodologia ......................................................................................................... 43
1.4.1 Procedimentos éticos ....................................................................................... 43
1.4.2 Avaliações ........................................................................................................ 43
1.4.3 Análise dos dados ............................................................................................ 44
1.5 Resultados .......................................................................................................... 44
1.6 Discussão ............................................................................................................ 46
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............................................................................. 48
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 49
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
ANEXOS ................................................................................................................... 57
Anexo A - Termo de Consentimento Livre Esclarecido (T.C.L.E) .............................. 58
Anexo B - Parecer Consubstanciado do CEP ........................................................... 60
Anexo C - Questionário Rand 36-Item Health Survey ............................................... 62
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Cursos do Centro Universitário UnISALESIANO que compõem o projeto de
extensão “Intervenção interdisciplinar para melhoria da qualidade de vida de
pessoas com obesidade emagrecer com saúde” ...................................................... 35
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Caracterização da amostra em idade (anos) e altura (m) do grupo de
mulheres com obesidade participantes durante oito meses de intervenção no projeto
de extensão ............................................................................................................... 45
Tabela 2: Massa Corporal (Kg) e Índice de massa corporal (IMC-kg/m2), do grupo de
mulheres com obesidade antes e após oito meses de intervenção no projeto de
extensão .................................................................................................................... 45
Tabela 3: Aplicação do Questionário Rand 36-Itens, no grupo de mulheres com
(n=10), Pré e Pós-intervenção e valor estatístico de “P” < 0,05 .................................. 46
Tabela 4: Caracterização da amostra nas Dimensões que o Questionário Rand 36-
Itens aborda Pré e Pós-intervenção .......................................................................... 46
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABESO – Associação Brasileira para estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica
ACSM – Colégio Americano de Medicina do Esporte
AF – Atividade Física
AVDs – Atividades de Vida Diária
AVC – Acidente Vascular Cerebral
BN – Bulimia Nervosa
CE – Consumo Energético
DCV – Doença Cardiovascular
DM – Diabetes Mellito
FITVP – Frequência, Intensidade, Tipo, Tempo, Volume e Progressão
GE – Gasto Energético
IMC – Índice de Massa Corporal
IPAC – Internacional Physical Actvity Questionarie
LME – Lesão Musculo Esquelética
OMS – Organização Mundial da Saúde
QV – Qualidade de Vida
SF-36 – Form Hearth Survey
SI – Sensibilidade Insulinica
SM – Síndrome Metabólica
TCLE – Termo de Consentimento Livre Esclarecido
WHOQOL – World Health Organization Quality of Life
11
INTRODUÇÃO
A obesidade antes vista apenas em países desenvolvidos, atualmente está
presente também nos subdesenvolvidos e nos em desenvolvimento também. Isto
também ocorre dentro do país onde as regiões com menor índice de
desenvolvimento tiveram um aumento considerável no número de pessoas com
excesso de peso e obesidade. Diversos levantamentos feitos no Brasil apontam para
um quadro crescente e assustador em relação a esta epidemia que abrange
crianças e adultos (D´OLIVEIRA; VIEIRA, 2008).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade tornou-
se problema de saúde pública, já que as consequências para a saúde são muitas e
variam do alto risco de morte precoce a sérias doenças não letais, todavia
debilitantes, que refletem diretamente na qualidade de vida (ORGANIZACIÓN
MUNDIAL de LA SALUD, 1998).
Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) a definição de
obesidade é dada pelo (IMC) Índice de Massa Corporal de 30 kg • m–2 ou mais, e a
adiposidade elevada no abdômen tem relação direta com a (SM) Síndrome
Metabólica tanto para que um indivíduo com sobrepeso ou obesidade reduza seu
peso corporal, o gasto energético (GE) deve exceder o consumo energético (CE),
sendo que com a diminuição da adiposidade ocorrem reduções clinicamente
significativas em vários fatores de risco de Doenças Crônicas (RIEBE, 2018).
O exercício físico praticado com regularidade de forma bem prescrita pode
melhorar os índices de qualidade de vida de idosos promovendo maior
independência, aumento de força, resistência, equilíbrio, coordenação motora e
melhoria nas relações interpessoais devido às funções fisiológicas, sociais e
psicológicas estarem preservadas (FERRETTI et al. 2015).
Tavares; Nunes; Santos (2010) apontam que a obesidade pode ser definida,
de forma resumida como uma condição caracterizada pelo excesso de gordura
corpóreo sendo resultado do balanço energético positivo e que provoca decorrências
à saúde, com perda importante na qualidade e no tempo de vida.
Conforme Ferretti et al., (2015) observou-se em estudo que o exercício físico
regular para os idosos tanto para o gênero masculino quanto feminino, aumenta a
força, o equilíbrio e a coordenação motora, promovendo alterações benéficas na
qualidade de vida, proporcionando melhor autonomia nas atividades de vida diária e
12
contribuindo para a reintrodução no contexto social para muitos idosos que
perderam a mobilidade e motivação em interagir em grupo.
O exercício físico bem orientado mesmo com intensidade leve a moderada
contribui de forma positiva em vários aspectos da saúde, melhorando também o
humor na fase de menopausa e na chegada do envelhecimento, podendo ocorrer
melhoria na qualidade de vida (TAIROVA; De LORENZI 2011).
De acordo com o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM). O
balanço metabólico do individuo no ciclo de gasto calórico deve ser grande para
adequar a pratica de exercícios físicos ao cotidiano preparando o organismo para
manutenção da perda de peso, sendo que o gasto energético deve sobressair ao
consumo energético a fim de obter resultado positivo para perda de calorias (RIEBE,
2018).
O exercício físico contínuo pode trazer benefícios para a qualidade de vida de
indivíduos inclusive com doenças crônicas (POSSAMAI et al., 2014).
E ainda, “o termo qualidade de vida incorpora questões de condições de estilo
de vida, como desenvolvimento sustentável e direitos humanos e sociais, abordando
ainda a subjetividade e seu caráter de múltiplas dimensões” (POSSAMAI et al.,
2014, p.392).
A medida da qualidade de vida tem se tornado grande aliada quando se trata
de intervenção terapêutica, serviços e práticas de interferência na área da saúde
além de ser um importante indicador devido ao impacto físico e psicossocial que
incapacidades ou enfermidades podem causar na vida dos pacientes e familiares
(NASCIMENTO et al., 2016).
A metodologia utilizada pelo Projeto de Extensão trás um programa de
exercícios físicos. Estes são realizados três vezes na semana de maneira
complementar às outras disciplinas. Além da Educação física o projeto é composto
pelos cursos: Nutrição, Enfermagem, Estética, Fisioterapia, Psicologia e Direito. Por
ser um trabalho multi e interdisciplinar torna-se de grande interesse a investigação
através da pesquisa no projeto de extensão “intervenção interdisciplinar para
melhoria da qualidade de vida de pessoas com obesidade”.
O presente estudo tem a proposta de investigar os efeitos da participação em
projeto de extensão universitária na qualidade de vida de mulheres com obesidade.
Descrever as intervenções que ocorrem no projeto analisando os efeitos da
participação no programa com os resultados do Rand 36-Itens em cada uma das
13
dimensões. Através do trabalho interdisciplinar acredita-se que ocorram benefícios
na qualidade de vida de mulheres com obesidade participantes do projeto.
O estudo foi submetido na Plataforma Brasil atendendo a resolução 466/2012
e 510/2016 do Ministério da saúde e avaliado e aprovado pelo comitê de Ética e
Pesquisa do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Araçatuba. As
participantes foram cientificadas da pesquisa, assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.
Este trabalho se divide em quatro capítulos visando alcançar os objetivos
propostos.
O capítulo I traz as definições de obesidade, epidemiologia da obesidade,
alterações anatômicas devido ao efeito da obesidade, alterações fisiológicas
causadas pela obesidade, efeitos psicológicos e sociais na obesidade e principais
doenças relacionadas ao processo de obesidade.
O capítulo II aborda a definição de exercício físico, conceitos de atividade
física e exercício físico, riscos e meios de minimizar os riscos na pratica de exercício
físico, benefícios da pratica de atividade física e exercício físico e prescrição do
exercício para pessoas com obesidade.
O capítulo III traz a definição de qualidade de vida; meios de avaliar a
qualidade de vida; qualidade de vida e saúde; projeto de extensão (intervenção) e a
atuação da educação física no projeto de extensão.
O capítulo IV esta composto pela pesquisa realizada na clinica de Educação
Física do Centro Universitário Católico Auxilium- UniSALESIANO, a metodologia, os
resultados, a discussão, a proposta de intervenção e a conclusão do trabalho.
14
CAPÍTULO I
OBESIDADE
1 DEFINIÇÃO DE OBESIDADE
De acordo com Tavares; Nunes; Santos (2010) a obesidade pode ser
definida, de forma resumida como doença caracterizada através do excesso de
gordura corpóreo sendo resultado do balanço energético positivo e que provoca
decorrências à saúde, com perda importante na qualidade e no tempo de vida.
Para Dias, Campos (2008, p.106) “Obesidade e sobrepeso são definidos
como acúmulo anormal ou excessivo de gordura capaz de prejudicar a saúde”.
Por isso o diagnostico deve ser precoce e a intervenção bem estruturada, e
para isso o Colégio Americano de Medicina e Esporte (ACSM) traz que a definição
de pessoa com obesidade se dá pelo Índice de Massa Corporal de 30 kg • m–2 ou
mais, e que a obesidade abdominal está diretamente ligada à Síndrome Metabólica.
Também que para um indivíduo com sobrepeso ou obesidade, reduzira seu peso
corporal, o gasto energético deve exceder o consumo energético (RIEBE, 2018).
Nesse sentido Marcondes et al., diz:
A obesidade é uma condição clínica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no organismo, causando prejuízos à saúde. É considerada uma doença genética, multicausal, na qual interagem fatores ambientais, psicossociais, culturais, hereditários, alimentares,
hormonais e metabólicos, resultando em balanço energético (2003, p. 359).
A Obesidade é caracterizada por fatores endógenos sendo eles, genéticos,
endócrinos, psicogênicos, medicamentosos, neurológicos e metabólicos e por
fatores exógenos sendo, a alimentação, estresse e inatividade física. Dessa forma a
etiologia da obesidade é multifatorial e por isso deve ser tratada cuidadosamente e
de preferência com uma intervenção interdisciplinar e multiprofissional das áreas de
saúde (Dâmaso, 2003).
De acordo com Lima et al., (2018, p.57) “A obesidade é definida pelo acúmulo
de tecido adiposo no organismo, resultante da quebra do balanço energético,
15
também podendo ser causada por doenças genéticas e/ou endócrino-metabólicas”.
A obesidade é uma patologia e pode ser caracterizada pelo excesso de tecido
adiposo localizado em todo o corpo, ou em partes específicas. Em crianças os
problemas de se constituir diagnósticos de algumas patologias relacionadas à
obesidade infantil se dão pela difícil adaptação de classificação utilizada para o
adulto. A obesidade é um fator de risco para doenças cardiovasculares no adulto,
mas que podem ter se originado lá na infância, pois, uma criança que carrega um
excesso de massa corpórea tem chances aumentadas de desenvolver a obesidade
e/ou até diversas doenças depois de adulto (BRAVIN et al., 2015).
1.1 Epidemiologia da Obesidade
A obesidade antes vista apenas em países desenvolvidos, atualmente está
presente também nos subdesenvolvidos e nos que estão em desenvolvimento. Isto
também ocorre dentro de um país, onde as regiões menos desenvolvidas tiveram
um aumento considerável no número de pessoas com excesso de peso e
obesidade. Diversos levantamentos feitos no Brasil apontam para um quadro que
assusta em relação a esta epidemia que abrange crianças e adultos de todas as
classes sociais (CREF4/SP, 2018).
Devido ao avanço tecnológico que foi ocasionando alterações no modo de
trabalho e na vida cotidiana das pessoas e também pelas mudanças na prática de
exercício físico e na maneira de alimentação, juntamente com o acúmulo de pessoas
deixando área rural e vindo viver nos grandes centros urbanos, são pontos
importantes para justificar o crescente número de indivíduos com obesidade no
Brasil (ESQUINAZI et al., 2011).
A obesidade precisa de análise cuidadosa, pois, causa danos severos ao
organismo alterando o funcionamento fisiológico de diversos Sistemas do corpo
humano. “Interferindo em órgãos e sistemas, os produtos do tecido adiposo ativam
processos inflamatórios silenciosos, mas com resultados devastadores para a
homeostasia do organismo” (LIMA et al., 2018, p.63).
Para Dâmaso (2003) a obesidade tinha relação direta com pessoas bem
estabelecidas financeiramente e com o que era belo, visto que a desnutrição e a
fome eram o oposto de tudo isso, porém atualmente este quadro está totalmente
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diferente devido à obesidade ser considerada como um dos principais problemas de
saúde pública. Por estar associada à diversas doenças crônicas, a obesidade tem
sido foco de muita pesquisa, para identificar e classificar a pessoa com sobrepeso
ou obesidade, avalia-se a relação peso/altura através do Índice de Massa Corporal
(IMC).
De acordo com Sotelo; Colugnati; Taddei:
Sabe-se que a obesidade na infância e adolescência tende a continuar na fase adulta, se não for convenientemente controlada, levando ao aumento da morbimortalidade e diminuição da expectativa de vida. Desta forma, a detecção precoce de crianças com maior risco para o desenvolvimento de obesidade, juntamente com a tomada de medidas para controlar este problema, faz com que o prognóstico seja mais favorável a longo prazo. Quanto maior a idade e maior o excesso de peso, mais difícil será a reversão da obesidade em função dos hábitos alimentares incorporados e alterações metabólicas instaladas (2004, p. 238).
Conforme a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome
Metabólica (ABESO), a obesidade está distribuída por todo o país, tendo as taxas
percentuais aumentadas gradativamente em todas faixas etárias. O quadro é visto
com preocupação, pois as crianças estão seriamente comprometidas devido ao
excesso de alimentos industrializados que consomem, do grande tempo que passam
envolvidas com aparelhos eletrônicos e do estilo de vida sedentário que atualmente
estão adotando (ABESO, 2008/2009).
De acordo com Eskinazi et al., (2011) o Brasil tem apresentado números
alarmantes de pessoas diagnosticadas com sobrepeso e obesidade, e vários são os
fatores que podem ocasionar a instalação desta patologia, sendo apontado: o
genético, o nutricional, o sedentarismo e também o fator social. Na população idosa
a inatividade física se reflete na perda da independência nas atividades de vida
diária (AVDs), tornando a pessoa idosa menos ativa socialmente e com isso mais
suscetível às doenças crônicas que são ocasionadas ou potencializadas pelo estado
de obesidade.
A obesidade é uma patologia crônica e sua predominação cresceu fortemente
nas últimas décadas, principalmente nos países em desenvolvimento. Sua causa é
multifatorial e depende da interação de elementos genéticos, fisiológicos sociais,
comportamentos habituais e culturais. A obesidade tornou-se problema de saúde
pública, já que as consequências para a saúde são muitas e variam do alto risco de
17
morte precoce a sérias doenças não letais, todavia debilitantes, que refletem
diretamente na qualidade de vida (TAVARES; NUNES; SANTOS, 2010).
1.2 Alterações Anatômicas Devidas ao Efeito da Obesidade
Dâmaso (2003) diz que a obesidade é capaz de interferir no processo normal
da marcha, podendo diminuir as amplitudes de flexão dos joelhos, quadris e
tornozelos de pessoas com esta patologia. Além disso, as dores caudadas pelas
mudanças anatômicas obrigam o organismo a fazer correções na postura, o que
pode causar alteração na pisada e com isso prejudicar a marcha. Em crianças e
adolescentes os danos são maiores devido ao corpo estar em formação óssea e
maturacional, podendo acontecer deformações anatômicas nessas estruturas
(BRANDALIZEI; LEITE, 2010).
Neste tema é apontado que:
Sobre o musculoesquelético, os estudos descrevem alterações osteomusculares decorrentes da obesidade se devem principalmente às contínuas e altas pressões exercidas nas articulações, desgastando os ossos até torná-los frágeis e quebradiços e levando
a um quadro de deformidades e fraturas ósseas (LIMA et al., 2018, p.62).
A obesidade altera a forma dos órgãos e vísceras criando o Compartimento
do tecido adiposo visceral, isso ocorre em outros locais, como no tecido adiposo
intratorácico e tecido adiposo abdominal por exemplo. O tecido adiposo localizado
entre a derme e a aponeurose e fáscia dos músculos, quando em excesso deixam
de cumprir seu papel de armazenamento controlado e proteção, passando a
oferecer riscos à saúde, modificando a anatomia estrutural e funcional do corpo
humano (MANCINI, 2018).
A obesidade altera o funcionamento normal da derme e epiderme devido às
alterações dermatológicas. O aparecimento de estrias e celulites causam mudanças
na anatomia funcional do individuo. Além de modificar visualmente a aparência, tais
patologias impedem o fluxo normal dos líquidos subcutâneos responsáveis pela
manutenção e expurgação da derme, deixando o ambiente mais suscetível à
infecções (MENDONÇA, RODRIGUES, 2011).
18
1.3 Alterações Fisiológicas Causadas pela Obesidade
A obesidade causa alterações significantes no organismo modificando seu
funcionamento através das adipocinas que agem na origem do acúmulo de gordura
corporal. Essas alterações afetam diretamente a função do sistema cardiovascular e
do sistema endócrino-metabólico, porém pode prejudicar também o sistema
respiratório devido a interação negativa entre as substâncias químicas e os tecidos
do organismo (LIMA et al., 2018).
A obesidade começa a instalar-se quando o gasto energético não excede o
consumo energético, principalmente quando este é menor que o consumo calórico.
Essa moléstia relaciona-se com diversos fatores, não apenas com uma causa
específica. São encontrados os fatores psicológicos, ambientais, socioeconômicos,
alimentação inadequada, sedentarismo, distúrbios hormonais, genéticos e outros
(BOUCHARD, 2003).
Para Nahas (1999) o excesso de gordura corporal deixa o organismo exposto
a diversas patologias, pois altera o funcionamento de diversos sistemas do corpo
humano. As células adiposas que têm a função de depósito energético quando
passam a ter o acúmulo exacerbado de energia, começam a aumentar de tamanho
ou até mesmo de quantidade, sendo chamada de hipertrofia e hiperplasia celular,
respectivamente, causando desequilíbrio no controle energético e danos fisiológicos
no organismo.
1.4 Efeitos Psicológicos e Sociais da Obesidade
O ser humano apresenta diferentes maneiras de reação com o acúmulo de
gordura corporal, inclusive o Colégio Americano de Medicina e Esporte (ACSM)
aponta que o acúmulo de tecido adiposo em indivíduos Americanos onera os cofres
públicos dos EUA em quase 10% dos recursos destinados à saúde. A obesidade e
suas morbidades trazem gastos diretos e indiretos sendo superiores a US$ 190
bilhões anualmente (RIEBE, 2018).
Na vida adulta, o excesso de gordura que infiltra os tecidos e órgãos promove lenta substituição lipofílica, com efeitos compressivos, que sabidamente se relacionam à diminuição da qualidade de vida, pois
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interferem em aspectos psicológicos, aumentado os riscos de transtornos depressivos e multiplicando as chances de desenvolvimento precoce de outros transtornos emocionais bastante comuns entre os obesos. Já na terceira idade, devido à diminuição do turnover fisiológico, a constituição morfológica é lentamente substituída por tecido adiposo, tornando a “adipolização” um fenômeno inerente ao idoso – ou seja, a lenta e progressiva substituição de estruturas diversas por adipócitos faz parte do envelhecimento (LIMA et al., 2018, p.60).
A obesidade afeta psicologicamente os indivíduos acometidos pelo excesso
de peso corporal de maneira individual e particular, tanto que alguns não sentem o
peso psicológico da obesidade, enquanto que outros sentem de forma acentuada os
transtornos dela. A ansiedade provoca sintomas percebidos pelo corpo, tencionando
a musculatura, provocando canseira e desânimo exagerados (CATANEO,
CARVALHO, GALINDO, 2005).
Mancini, (2018, p. 722) destaca que;
O Behavioral Risk Factor Surveillance System, que inquiriu 217.379 adultos, concluiu que adultos com depressão atual ou diagnóstico de depressão ou ansiedade foram significativamente mais propensos a ter comportamentos pouco saudáveis tais como tabagismo, obesidade, inatividade física e consumo excessivo de álcool. A razão de chances ajustada para depressão e obesidade foi de 1,6 versus 1 para os indivíduos não obesos, aumentado com a gravidade do transtorno depressivo maior. A prevalência de transtorno depressivo maior, moderado ou grave aumentou de 6,5% com IMC normal para 25,9% com IMC > 35 kg/m2. A prevalência de obesidade foi de 25,4% entre os que não tinham transtorno depressivo maior versus 57,8% naqueles com transtorno depressivo maior moderado a grave. Apesar da ausência de nexo causal entre a obesidade e o transtorno depressivo maior, intervenções adequadas para perda de peso podem melhorar a depressão e a qualidade de vida.
Neste sentido é aceitável pensar o quanto de interferência que a obesidade
produz no sistema psicológico do indivíduo com excesso de tecido adiposo corporal
(LIMA et al., 2018).
De acordo com Segal (1998), a obesidade atinge de maneira brutal os
aspectos psicológicos de pessoas acometidas por essa patologia, de forma que as
situações observadas são desastrosas à saúde. Entre as atitudes tomadas, os jejuns
prolongados, seguidos por altas cargas de exercícios provocam danos tão severos
que chegam a comprometer o individuo de manter-se fisicamente ativo, e com isso o
transtorno psicológico gerado pode se tornar maior que o já observado
20
anteriormente. Quando o individuo obeso perde sua autoestima pode apresentar
quadro de depressão e com isso vir a desenvolver Bulimia Nervosa (BN) sendo
caracterizado como transtorno psiquiátrico que o faz adotar o uso de drogas
antidepressivas por conta própria.
1.5 Principais Doenças Relacionadas ao Processo de Obesidade
A Obesidade tem relação direta com diversas doenças crônicas, sendo que o
acúmulo de tecido adiposo visceral ocasiona mudanças no comportamento de
órgãos responsáveis pela produção e controle de hormônios, alterando o correto
funcionamento do organismo. Dentre as patologias que parece vir com o excesso de
tecido adiposo, temo: doenças cardíacas coronarianas e cardiovasculares
juntamente com a hipertensão, o diabetes e a dislipidemia são extremamente
preocupantes por poder ocasionar altas taxas de morbidade e mortalidade
(Bouchard, 2003).
Conforme Hernandes; Valentini, (2010, p.56),
Tendo em vista que a obesidade hoje é considerada como uma doença, a mesma raramente age sozinha, agravando então muitos outros riscos como a hipertensão, doenças pulmonares, artrite, gota, toxemia na gravidez, problemas psicológicos, baixa tolerância a calor, função e tamanho do coração dentre outros demais fatores podendo então influenciar de forma negativa na condição de saúde do individuo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade tornou-
se problema de saúde pública, já que as consequências para a saúde são muitas e
variam do alto risco de morte precoce a sérias doenças não letais, todavia
debilitantes, que refletem diretamente na qualidade de vida (OMS; 1998).
A obesidade carrega junto com ela uma série de doenças associadas que
atingem o coração chegando até as doenças metabólico-hormonais, sistema
vascular, sistema nervoso, sistema respiratório, pele, função psicossocial, sistema
digestório, doenças osteomusculares, rins, neoplasia e outras comorbidades que
podem em alguns casos serem fatais. A diminuição do tecido adiposo traz benefícios
e reduz o risco em acometer tais doenças (MANCINI, 2018).
Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM), “para todas
as idades e etnias, o sobrepeso e a obesidade estão associados a um aumento do
21
risco de diversas doenças crônicas, incluindo DCV, DM, alguns tipos de câncer e
alterações musculoesqueléticas” (RIEBE, 2018, p.297).
Teichmann et al.,(2006) analisaram em um estudo os riscos que o acúmulo de
peso excessivo causam ao público feminino apontando os fatores apresentados pela
pesquisa através da investigação entre sobrepeso e obesidade relacionados as
doenças crônicas e a vários componentes, como classe social, idade, estado civil,
hereditariedade, estado emocional, ocupação, entre outros que potencializam os
riscos destas patologias.
Conforme aponta o CREF4/SP, (2018, p.14) “a obesidade aumenta o risco do
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, alguns casos de
câncer, dislipidemias e apneia do sono”.
De acordo com estudos a obesidade na população idosa contribui para o
aumento dos riscos com patologias crônicas, como a Síndrome Metabólica e doença
Cardiovascular, tanto em homens como em mulheres. Sendo que no publico
feminino parece ocorrer maior tolerância à obesidade, mesmo com um percentual de
indivíduos obesos pouco maiores, sendo uma explicação para o aumento de
longevidade das mulheres em relação aos homens (ESQUINAZI et al., 2011).
22
CAPÍTULO II
EXERCÍCIO FÍSICO
1 DEFINIÇÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO
O ser humano desde sua existência vive a prática do exercício físico. Nos
primórdios durante a caça, a prática de atividade estava presente, contudo, diante
da modernidade o ser humano deixou um pouco isso de lado devido ao serviço ser
mais tecnológico, assim como o uso de veículos automotores (FÉDÉRATION
INTERNATIONALE DE MÉDECINE SPORTIVE, 1997).
Com um mundo mais industrializado, deixou de acreditar na importância da
saúde, não direcionando uma parte de seu tempo para a prática de exercícios, tendo
como consequência problemas de saúde. Por outro lado, na atualidade, a tecnologia
é muito utilizada para inspirar pessoas na prática de exercícios, trazendo este
universo à sociedade novamente (FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE
MÉDECINE SPORTIVE, 1997).
O exercício físico é a realização de uma atividade física, mas de forma
sequencial, com o auxílio de um profissional que irá auxiliar em relação às atividades
a serem realizadas, o tempo dos exercícios, tendo como base o perfil de cada
indivíduo (BAJERSKI, 2007).
Para Fonseca Junior, Sá, Rodrigues, Oliveira, Fernandes Filho (2013) o
exercício físico deve ser visto como uma ferramenta que precisa fazer parte do
tratamento clínico da obesidade, visto que seus efeitos provocam alterações no
metabolismo causando débito energético. Os tipos de exercícios podem variar entre
aeróbicos e resistidos, sendo os aeróbicos mais indicados para o emagrecimento.
1.1 Conceitos de Atividade Física e Exercício Físico
A atividade física se diferencia de exercícios físicos e para compreender essa
diferença será feita uma conceituação de ambos. A atividade física de forma geral se
refere à movimentação executada em diferentes contextos, como durante uma
brincadeira, em jogos, na hora da recreação, ao praticar exercícios, esportes, dentre
23
outros, de forma resumida, quando o corpo está em movimento está sendo realizada
uma atividade física, é a junção da movimentação que faz com que se gaste energia
(BAJERSKI, 2007).
A atividade física é entendida como qualquer movimento realizado pelo corpo o qual requisite a musculatura esquelética, portanto voluntário, resultando num gasto energético acima dos níveis de repouso, incluindo atividades do trabalho, atividades da vida diária (como comer, se vestir, tomar banho, limpar o quintal), o transporte e atividades de lazer. (BAJERSKI, 2007, p. 12).
A atividade física é constituída como uma forma do próprio indivíduo entrar
em contato com ele mesmo é o meio que este faz com que se tenha uma paz
interior, pois traz satisfação a quem a pratica, refletindo assim na expressão
corporal, é na atividade física que você vai colocar suas frustações, problemas,
conquistas, a tensão do dia e das dificuldades ( SILVA; VALENTE, 2012).
Como mencionado, a atividade física é a junção do movimento corporal que é
produzido pelos músculos esqueléticos na qual se resulta num gasto energético,
com isso também se conclui que todos os seres vivos, realizam atividades para
manter a sua vida (BANKOFF; ZAMAI, 2013).
Nas palavras de Caspersen, 1985 (APUD MAGALHÃES 2011, p, 30):
Atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pela contração dos músculos dos músculos esqueléticos e que resulta em um aumento substancial em relação dispêndio de energia em repouso.
Diferenciando da atividade física, o exercício físico já é uma atividade física
metódica, em que se há planejamento para sua execução, tendo assim uma
estrutura e uma repetição com o objetivo de atingir um objetivo, sendo como uma
melhoria na respiração, na massa magra, aumenta a resistência entre outros,
contudo o exercício físico é específico, assim se diferenciando da atividade física
(BANKOFF; ZAMAI, 2013).
O exercício físico é atividade física planejada, estruturada, repetitiva e cujo propósito é a manutenção ou melhora de uma ou mais capacidades, como flexibilidade, equilíbrio, agilidade, velocidade, força, resistência e coordenação. (LEME, 2013, p. 17).
24
Por mais que todo exercício físico seja uma atividade física, nem toda
atividade física é um exercício físico, existem alguns elementos que são comuns
entre a atividade física e o exercício físico, contudo quando se fala de uma prática
não necessariamente se está falando de outra como mencionado anteriormente
(GOLDNER, 2013).
1.2 Riscos e Meios de Minimizar os Riscos na Prática de Exercício Físico
Segundo Riebe (2018) os riscos relacionados com a prática de exercícios são
as lesões musculoesqueléticas (LME) e doenças cardiovasculares (DCV), podem ser
potencializados com o aumento exacerbado da intensidade do exercício físico, sem
os devidos cuidados com sua prescrição. Os riscos por LME se dão em maior
número quando ocorre contato físico entre indivíduos, já as DCV ocorrem com
pessoas, que mesmo sendo jovens, apresentam casos na família ou que se
apresentem com alguma situação preexistente, como alguma anomalia
musculoesquelética.
O exercício físico prescrito e acompanhado por profissional competente pode
contribuir para a diminuição dos riscos com patologias metabólicas graves e também
nas cardiovasculares, sendo uma boa opção a ser utilizada no programa de
exercícios com o propósito de diminuir os sintomas de dores, o que ocorre devido ao
melhor condicionamento físico adquirido para realizar as atividades funcionais
diárias (LOPES et al., 2014).
De acordo com as Diretrizes do Colégio Americano de Medicina e Esporte
(ACSM) como meios de minimizar os riscos para a prática de exercício físico, pode
ser empregada; a triagem para pré-participação em exercícios físicos e avaliação
pré-exercício. Essas ferramentas contribuem pra que o Profissional de Educação
Física possa elaborar e prescrever com mais segurança. Isso diminui os riscos
ligados às lesões musculoesqueléticas (LME) e doenças cardiovasculares (DCV),
que não forem diagnosticadas quando o indivíduo iniciar ou progredir no programa
de exercícios. Com maior segurança e melhores possibilidades de acerto poderá
avançar o treinamento de acordo com os objetivos do cliente (RIEBE, 2018).
1.3 Benefícios da Prática de Atividade Física e Exercício Físico
25
Conforme Ferretti et al., (2015) observou-se em estudo que o exercício físico
regular para os idosos tanto do gênero masculino quanto feminino, aumentar a força,
o equilíbrio e a coordenação motora, promove alterações benéficas na qualidade de
vida, proporcionando melhor autonomia nas atividades de vida diárias (AVDs) e
contribuindo para a reintrodução do individuo no contexto social. Para muitos idosos
que perderam a mobilidade e motivação em interagir em grupo, ter de volta essa
independência é essencial para melhorar sua autoestima e com isso a qualidade de
vida.
“Benefícios importantes para a saúde podem ser obtidos ao se realizar uma
quantidade moderada de AF na maior parte dos dias da semana, quando não em
todos” (RIEBE, 2018, p.1).
A atividade física bem orientada mesmo com intensidade leve a moderada
contribui de forma positiva em vários aspectos da saúde, causando menor risco de
lesão durante sua prática, melhorando também o humor na fase de menopausa e na
chegada do envelhecimento, podendo ocorrer melhoria na qualidade de vida do
praticante (TAIROVA E DE LORENZI, 2011).
De acordo com Mancini (2018);
O exercício físico é o principal fator responsável pelo aumento do gasto calórico que favorece o balanço energético negativo, já que, em condição aguda ao esforço, o gasto calórico pode aumentar até 10 vezes em relação ao repouso. Entre os possíveis efeitos benéficos do exercício físico no tratamento de indivíduos obesos estão incluídos aumento na taxa de lipólise sem aumento compensatório da ingestão alimentar, aumento na sensibilidade insulínica (SI) e redução dos processos inflamatórios mediados pelo aumento de adiponectina, além de redução de citocinas pró-inflamatórias.
O Colégio Americano de Medicina e Esporte afirma que a melhoraria dos
níveis de saúde é consequência do aumento da prática de exercício físico. Esta
sendo regular com maior volume ou com mais carga, pode oferecer mais benefícios
aos adeptos que a praticam menos ou que são sedentários. Os indivíduos com
obesidade ou sobrepeso necessitam de avaliação e prescrição cuidadosa para que
não tenham lesões e os efeitos dos exercícios sejam notados (RIEBE, 2018).
Por isso Bravin diz que:
As evidências associam a prática de exercícios à melhora da
26
composição corporal e à promoção de potencialidades fisiológicas que envolvem modificações positivas no que diz respeito à promoção de saúde e ao condicionamento físico7. Utilizado como umas das estratégias na prevenção da obesidade na infância e adolescência, o exercício físico tem papel adjuvante no tratamento da obesidade, pois o gasto calórico proveniente da atividade física se mostra como grande aliado na perda de massa corporal, sendo também fator contribuinte para aumento nos níveis de aptidão física (BRAVIN et al., 2015, p.41).
A prática de exercício físico regular traz diversos benefícios ao praticante e
tem impacto direto para diminuir taxas de mortalidade prematura por obesidade,
doenças cardiovasculares, acidente vascular encefálico, osteoporose, diabetes
mellitus tipo 2, síndrome metabólica, e alguns tipos de câncer. Ainda melhora as
funções cardiovascular e respiratória, reduz os fatores de riscos para doenças
cardiovasculares, diminuição da morbidade e mortalidade e melhoria de diversos
fatores psicológicos, como o estresse e baixa autoestima (RIEBE, 2018).
1.4 Prescrição do Exercício para Pessoas com Obesidade
De acordo com Riebe (2018) o indivíduo que está com quadro de obesidade e
vai iniciar um programa de exercícios, deve ter prescrito seu treinamento físico com
olhar para a perda de peso. Porém, sem esquecer-se da condição inicial que se
encontra, ou seja, a intensidade deve ser observada atentamente. A duração
recomendada é de 150 min de atividade moderada no inicio, sedo que a progressão
é necessária para continuar a perder peso. Para um programa de exercícios onde
além da perda de peso, o indivíduo visa segurança, para tal o Colégio Americano de
Medicina e Esporte (ACSM) preconiza o uso do princípio da Frequência,
Intensidade, Tempo, Tipo, Volume e Progressão (FITT-VP) que deve ser adaptado
aos objetivos do indivíduo.
Em relação à prescrição de exercícios para adolescentes obesos, os de característica aeróbica, de longa duração e com baixa intensidade combinados a exercícios resistidos com alto número de repetições aparentaram ser mais efetivos para a manutenção do peso, enquanto exercícios aeróbicos de longa duração e intensidade moderada a alta, totalizando de 155 a 180 min/semana, foram mais efetivos para reduzir a quantidade de gordura corporal. Nessa população específica, o estímulo para diminuir comportamentos sedentários, principalmente o tempo em frente da TV ou do computador, também parece exercer grande influência no emagrecimento, embora exista
27
uma quantidade muito pequena de estudos controlados que abordem
o tema na adolescência (MANCINI, 2018, p.1264).
A prescrição do exercício para pessoas com obesidade deve abranger
aspectos que vão desde os cuidados com lesões até a eficácia do treino para
manutenção da perda de peso. Devido à complexidade de fatores que a obesidade
instaurada oferece, também é necessária uma intervenção complexa, ou seja,
multidisciplinar para que os efeitos da prescrição possam de fato ser notados nos
indivíduos, quando não há o emagrecimento que possam ser vistos nos testes
laboratoriais e na melhoria da qualidade de vida (BOUCHARD, 2003).
Mancini (2018) afirma que a prescrição do exercício deve estar pautada em
contemplar a manutenção do ganho de peso, concorrendo para que não ocorra
acréscimo de tecido adiposo, também buscando o emagrecimento, visto que o
objetivo inicial deva estar baseado neste quesito, no entanto, após alcançar este
patamar o que deve ser feito é uma nova avaliação, para se elaborar uma nova
prescrição com foco na manutenção do peso ideal, sendo este de acordo com os
parâmetros de saúde e com o objetivo de cada pessoa.
28
CAPÍTULO III
QUALIDADE DE VIDA E A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
1 DEFINIÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA
Atualmente o conceito de qualidade de vida é bastante comentado na
sociedade moderna. A cada dia um número maior de pessoas buscam métodos e
ferramentas para proporcionar a melhora da qualidade de vida em que estão
atualmente (SILVA; VALENTE, 2012).
Com isso, diversas situações são levadas em consideração para que esse
conceito possa ser melhorado da questão vivenciada, sendo que discussões a
respeito da saúde vêm como um dos assuntos principais quando a referida situação
é tratada, pois a mesma busca a diminuição da mortalidade com o respectivo
aumento da expectativa de vida (SILVA; VALENTE, 2012).
Desta forma, o indivíduo que busca a qualidade de vida está preocupado com
sua satisfação de forma generalizada, ou seja, situações que proporcionem saúde,
felicidade, satisfação pessoal, condições e estilo de vida, englobando a renda,
propriamente dita e, inúmeros outros aspectos relacionados a ela, podem
representar ou não ao indivíduo essa melhora, sendo que o estudo de cada uma das
situações poderá apresentar o que de fato irá contribuir com a melhora pretendida
(PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012).
Diante disso, verifica-se a importância da análise de diversas questões a
respeito do entendimento deste discutido conceito:
No entanto, é importante salientar que muitos estudos se limitam exclusivamente a descrição de indicadores sem fazer relações diretas com a qualidade de vida, ou seja, tomam características como escolaridade, ausência dos sintomas das doenças, condições de moradia unicamente como indicadores de qualidade de vida sem investigar o objetivo disso para as pessoas envolvidas. Se, de um lado isso contribui para as possibilidades de investigações em grandes grupos, deixa de considerar a subjetividade particular de cada ser humano na questão de poder avaliar o quão boa é sua própria vida (PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012, p. 2).
Por isso, para que possa ser avaliada a qualidade de vida de cada indivíduo
29
se faz necessário observar situações peculiares e individuais de cada um, visto ser
uma questão a análise específica de cada pessoa, englobando situações culturais,
sociais, valorativas e de padrões de vida de cada um especificamente, sempre
buscando sobremaneira a melhora positiva da característica da qualidade de vida
avaliada subjetivamente (SILVA; VALENTE, 2012).
Para que o entendimento a respeito deste conceito possa ser melhor
compreendido Day; Jankey apud Pereira; Teixeira; Santos (2012, p. 2) subdividem
esse entendimento em 4 grandes vertentes como sendo: a econômica, psicológica,
biomédica e holística (DAY; JANKEY, 1996 apud PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS,
2012)
A primeira categoria está relacionada com o fator social do indivíduo, tendo
como característica principal garantir a boa qualidade de vida ao cidadão,
proporcionando situações mínimas para que possam atingir a felicidade pessoal,
sendo que a violência, a criminalidade, a instrução, a renda e a moradia são fatores
determinantes para se auferir o quão boa é a qualidade de vida de um cidadão
(PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012).
Já a análise psicológica irá determinar as vontades futuras do indivíduo,
levando-se em consideração a situação comparativa da vida em que ele tem
atualmente com a vida que ele gostaria de ter e o que gostaria de se tornar, bem
como a constatação da sua vida atual e a sua passada, analisando como é colocada
no ambiente em que vive e frequenta (PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012).
No tocante a questão biomédica, a qualidade de vida está atrelada
basicamente à saúde do indivíduo, sendo que enfermidades e doenças, bem como
intervenções médicas e acompanhamentos são levados em consideração, sendo
que apesar da questão da saúde e da qualidade de vida sejam usadas como
sinônimos, as mesmas têm características diversas, muito embora, possam se
complementar (PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012).
Por fim, a vertente holística está relacionada de maneira mais abrangente,
verificando-se a junção de diferentes aspectos sendo analisados individualmente em
cada pessoa, visto que pode haver diferenciação de um sujeito para outro, sendo
que situações como valores, inteligência e interesse são consideradas importantes
para esta análise (PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012).
Pelo exposto, conclui-se que o conceito da qualidade de vida é bastante
abrangente e de difícil definição, pois o mesmo não está atrelado somente a
30
questões de saúde do indivíduo, sendo muito mais abrangente do que isto, vez que
envolve diversas questões relacionadas a vida da pessoa propriamente dita
(PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012).
1.2 Meios de Avaliar a Qualidade de Vida
Nos últimos anos, houve um aumento na invenção de instrumentos que
avaliam a qualidade de vida e em inúmeras patologias. Conforme apontamento de
Baar apud Sinzato (2005, p. 40) estes instrumentos são classificados de duas
formas: genéricos e específicos (BAAR apud SINZATO, 2005).
Em relação à qualidade de vida genérica, Campos compreende que:
Os instrumentos genéricos são utilizados na avaliação da QV da população em geral. Em relação ao campo de aplicação, usam-se questionários de base populacional sem especificar enfermidades, sendo mais apropriadas a estudos epidemiológicos, planejamento e avaliação do sistema de saúde. Os instrumentos específicos são capazes de avaliar, de forma individual e específica, determinados aspectos da QV, proporcionando maior capacidade de detecção de melhora ou piora do aspecto em estudo. Sua principal característica é a sensibilidade de medir as alterações, em decorrência da história natural ou após determinada intervenção. Podem ser específicos para uma determinada população, enfermidade, ou para uma determinada situação. (CAMPOS, 2008, p. 4).
Para que se tivesse um centro definido dos instrumentos de avaliação a
Organização Mundial de Saúde (OMS) formou um grupo de qualidade de vida que
juntos criaram um questionário World Health Organization Quality of Life
(WHOQOL), no início foram criadas duas mil perguntas que após um tempo
trabalhando foram reduzidas para trezentas e destas finalizaram com cem, com o
tempo foi se aprimorando e então criado o WHOQOL-100, pois eram 100 perguntas,
depois evoluindo pra o WHOQOL-BREVE que era então composta por 26 questões
(SINZATO, 2005).
Outra opção de instrumento é o questionário de qualidade de vida Rand 36-
itens Health Survey conhecido como RAND, que tem por finalidade apresentar um
questionário genérico validado a fim de avaliar a qualidade de vida direcionando-a
saúde, contudo bem compacto quando comparado aos demais (REIS, 2012).
Contendo as mesmas questões do SF-36 o Questionário de Qualidade de
31
Vida Rand 36-Itens (RAND) possui pontuação simplificada é de domínio público,
este instrumento foi bastante verificado e mostrou fantástica conexão interior e
reprodutibilidade segura (REIS, 2012).
O SF-36 que inicialmente foi projetado com 149 questões e seu teste foi feito
com mais de 22 mil pessoas, porém foi compreendido que o projeto era muito
extenso e então foi adaptado um novo questionário contendo o total de 18 questões,
que eram direcionados a saúde e capacidade física (SINZATO, 2005).
Em relação às questões SINZATO aponta que:
O SF-36 é um questionário multidimensional formado por 36 itens, englobados em 8 escalas ou componentes: capacidade funcional (10 itens), aspectos físicos (4 itens), dor (2 itens), estado geral de saúde (5 itens), vitalidade (4 itens), aspectos sociais (2 itens), aspectos emocionais (3 itens), saúde mental (5 itens) e mais uma questão de avaliação comparativa entre as condições de saúde atual e a de um ano atrás. Avalia tanto os aspectos negativos da saúde (doença ou enfermidade), como os aspectos positivos (bem-estar ou QV). (SINZATO, 2005, p. 42).
Ao responder o questionário estes serão avaliados e dados uma escala,
sendo numerado de 0 a 100, tendo zero como o pior resultado e cem como o
melhor, no quesito saúde (SINZATO, 2005).
Para melhor compreensão do que é o SF-36, Pereira; Teixeira; Santos
explicam que:
O SF-36 é um instrumento do tipo genérico criado por Ware e Sherbourne, originalmente na língua inglesa norte-americana. No Brasil, teve sua tradução e validação cultural realizada. O instrumento é constituído de 36 itens, fornecendo pontuação em oito dimensões da qualidade de vida: capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. A pontuação varia de 0 (pior resultado) a 100 (melhor resultado). (PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012, p. 7).
Compreendendo a respeito das modalidades de avaliação da qualidade de
vida, é importante frisar sendo de grande valia investir sempre no que envolve a
saúde, pois a quantidade de pessoas obesas vêm aumentando a cada dia, porém
cresce o interesse em melhorar a questão da saúde e prevenção de doenças, para
isto é necessário uma avaliação de como está a saúde de cada indivíduo para que
em cima disto possa ser trabalhada sua melhoria, a fim de sair da obesidade
32
(SINZATO, 2005).
1.3 Qualidade de Vida e Saúde
A saúde começou a ser destaque em meados dos anos 80, na qual se tinha
metas de saúde para todos, no início dos anos 2000, sendo essa organização
instituída na primeira organização internacional em respeito a promoção de saúde,
que foi realizada no ano de 1986 por organizações internacionais, tendo como
influentes estudantes do Canadá, Estados Unidos da América e a Europa Ocidental
(CAMPOS, 2008).
A saúde é uma extensão para quem quer ter uma qualidade de vida, pois uma
complementa a outra, para isso é preciso ter uma boa alimentação, junto à práticas
de exercícios como também sempre realizar exames para analisar a saúde do
corpo. Quando se fala em promoção de saúde está dizendo sobre promovê-la, fazer
com que as pessoas sejam conscientizadas de sua importância e para isso é preciso
um envolvimento de diversas áreas para que seja grande o número de pessoas que
terão o conhecimento (CAMPOS, 2008).
A expressão promoção de saúde está associada a um conjunto de valores: qualidade de vida, saúde, solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria, entre outros. Refere-se também a uma combinação de estratégias: ações do Estado (políticas públicas saudáveis), da comunidade (reforço da ação comunitária), de indivíduos (desenvolvimento de capacidades e habilidades pessoais), do sistema de saúde (reorientação do sistema de saúde) e de parcerias intersetoriais. Isto é, trabalha com a ideia de responsabilização múltipla, seja pelos problemas, seja pelas soluções propostas. (CAMPOS, 2008, p. 5).
O objetivo ao determinar a qualidade de vida, direcionada a saúde nada mais
é que trabalhar com a redução de vulnerabilidade e riscos à saúde em relação ao
modo em que se vive, como condições de trabalho, um melhor ambiente social, uma
boa estrutura educacional, lazer, acesso a serviços médicos, disponibilidade de
atividades físicas (CAMPOS, 2008).
A qualidade de vida e saúde não está direcionada apenas ao fato de uma boa
alimentação e uma prática de atividade física, mas sim em todo o conjunto de como
uma pessoa consegue e leva sua vida, tudo o que está ao seu redor traz impacto na
sua saúde (SILVA; VALENTE, 2012).
33
Ter qualidade de vida não se limita a se proteger de doenças e realizar
métodos que farão com que prolongue o tempo de vida, mas sim a forma com que a
vida é vivida, tendo que essa ser de qualidade (SILVA; VALENTE, 2012).
1.4 Projeto de Extensão (Intervenção)
Atualmente verifica-se que a obesidade é um problema considerado
mundialmente de saúde pública. Referida situação ocorre principalmente em razão
da substituição da musculatura magra do indivíduo pela gordura corporal devido à
má alimentação e ausência de atividade física, podendo acarretar diversas
patologias para aquele que se encontra acima do peso (ANTUNES, 2018).
Apesar de todos saberem do risco trazido pela obesidade, a mesma vem
crescendo gradativamente no Brasil, sendo que as consequências deste fato
também são notadas em razão do maior número de doenças apresentadas no
período analisado (BRASIL, 2017).
A atividade física apresenta a possibilidade de melhora do quadro da
obesidade. A prática de exercícios regulares no combate ao sedentarismo
proporciona a melhora na qualidade de vida tanto no auxílio ao emagrecimento,
como na diminuição dos efeitos causados por ela, reduzindo a gordura corporal,
liberando serotonina e melhorando a disposição (SINZATO, 2005).
Em contrapartida, é imprescindível saber que para a melhora da qualidade de
vida seja verificada e a obesidade de fato combatida, a alimentação apresenta papel
primordial nesse processo. A combinação do açúcar, gorduras ruins e carboidratos
que têm alto índice glicêmico contribuem para o excesso de peso no indivíduo,
sendo que a escolha de alimentos saudáveis, comida limpa e o controle das calorias
ingeridas de alta qualidade irão proporcionar ao indivíduo a melhora da sua questão
de peso e a diminuição da gordura corporal (SINZATO, 2005).
Verifica-se que a alimentação adequada em conjunto com a atividade física
são os dois principais fatores para o combate e controle da obesidade, entretanto
existem outros mecanismos e técnicas que podem auxiliar neste caso: drenagem
linfática, técnicas fisioterápicas, terapias, utilização de manipulados e diversas
outras que não farão com que o indivíduo emagreça por si só, mas irão auxiliar na
redução da gordura corporal durante o processo de perda de peso (ALVES et al.,
2011).
34
Por este motivo o Projeto de Extensão de Intervenção interdisciplinar
“Emagrecer com Saúde” vem com a finalidade primordial de proporcionar uma
melhora na qualidade de vida destes indivíduos, apresentando diversas situações
como avaliação nutricional, atividades físicas e terapias alternativas para toda a
região que irá contribuir para a redução da gordura corporal e a consequente
melhora da sua saúde e redução dos incidentes relacionados com a obesidade na
região (SINZATO, 2005).
Diante disso, os objetivos deste projeto de extensão são direcionados aos
alunos envolvidos e à sociedade, com a finalidade de proporcionar para estas
condições a redução da obesidade, melhoria na qualidade de vida, diminuição do
peso e da gordura corporal e implementação de uma alimentação mais benéfica,
sendo que os alunos serão responsáveis para que possibilitem que essas situações
sejam disponibilizadas para o efetivo acolhimento das pessoas envolvidas no projeto
que tenham o objetivo de combater a obesidade (LEME, 2013).
Neste projeto participam os alunos do Curso de Educação Física como forma
de estudar e se aprofundar na Disciplina Curricular e alavancar a aprendizagem
através da vivência da realidade prática diária. Além disso, também participam
alunos de outros Cursos para completar o atendimento a esses indivíduos
específicos (LEME, 2013).
Com isso, para o tratamento da obesidade uma série de terapias serão
usadas para o combate deste problema e das inúmeras complicações oriundas em
razão do excesso de peso como câncer, AVC, infarto, problemas musculares,
diabetes, dificuldades de locomoção e respiração, gordura no fígado, problemas
estomacais, dentre outros. Referidas situações acontece em razão de o indivíduo
manter como seu estilo de vida uma dieta com excesso de calorias e pobre em
nutrientes, o que fará com que ocorra o excesso de peso e todas as complicações
advindas da mesma (ALMEIDA, 2015).
Como plano de ação para o desenvolvimento desta atividade, diversos
Cursos fazem parte do citado Projeto de Extensão de forma interdisciplinar, para que
possa promover um resultando ainda mais impactante na vida destas pessoas que
precisam eliminar peso para atingir uma qualidade de vida satisfatória, sendo que
cada um dos Cursos envolvidos apresentam planos de ação com seus objetivos e
metodologias para a obtenção do resultado pretendido (MAGALHÃES, 2011).
Verificam-se os mais diversos Cursos que fazem parte do projeto e, de acordo
35
com sua área de atuação, desenvolve atividades e procedimentos que irão contribuir
direta ou indiretamente no auxílio da população com obesidade em toda região e,
em especial, disponibilizar ferramentas que facilitem, auxiliem e tornem o processo
menos doloroso, mais rápido e mais fácil de ser alcançado (LEME et al., 2016).
Figura 1 - Cursos do Centro Universitário UnISALESIANO que compõem o
projeto de extensão “Intervenção interdisciplinar para melhoria da qualidade de vida
de pessoas com obesidade emagrecer com saúde”.
Fonte: (Projeto de Extensão, p.7, 2019).
Conforme se verifica na Figura a atuação da Equipe multidisciplinar é
importante para que, trabalhando em conjunto, promova o resultado mais rápido e
satisfatório, com o oferecimento de diversas atividades em conjunto para atingir o
resultado final pretendido (LEME et al., 2016).
Diante disso, temos neste Rol de atuação as mais diversas áreas para que o
indivíduo que está em processo de emagrecimento não se sinta desamparado e
possa ter o auxílio dos mais diversos procedimentos, desde a elaboração da sua
dieta, a planilha com exercícios físicos, os cuidados com sua saúde e as terapias
manuais e psicológicas para que atinja seu resultado e consiga eliminar peso,
ganhar saúde e qualidade de vida (ALMEIDA, 2015).
Projeto de extensão
"Emagrecer com saúde"
Educação Física
Nutrição
Estética
Fisioterapia Enfermagem
Direito
Psicologia
Biomedicina
(Projeto piloto experimental)
36
1.5 Atuação da Educação Física no Projeto de Extensão
Conforme anteriormente mencionado a obesidade é causada primordialmente
em razão do excesso de gordura ingerida em detrimento ao de calorias gastas,
sendo que tal situação pode ocasionar diversas doenças graves e que coloca em
risco a própria vida do indivíduo (SINZATO, 2005).
Atualmente a obesidade vem crescendo a cada dia e um dos fatores que
contribuem para este fato é o sedentarismo. As atividades físicas em conjunto com
uma alimentação saudável proporcionam ao indivíduo melhores condições de vida e
saúde, sendo que a mesma pode ser usada como tratamento ou prevenção da
obesidade (SINZATO, 2005).
A verificação da intervenção disciplinar para a melhora da qualidade de vida
de pessoas com obesidade tem inúmeros objetivos gerais em todas as áreas, bem
como os específicos em cada uma das disciplinas mencionadas (SINZATO, 2005).
Desta forma, a Educação Física tem proporcionado o desenvolvimento nos
três pilares acadêmicos, sendo eles: o ensino, a pesquisa e a extensão (LEME et al.,
2016); sendo que os projetos de extensão e, em especial o projeto de extensão
“Intervenção interdisciplinar para melhoria da qualidade de vida de pessoas com
obesidade” ocorre no Centro Universitário Católico Auxilium- UniSALESIANO,
proporciona aos participantes alterações em sua rotina diária e no meio em que vive,
auxiliando no controle da obesidade e na melhoria das doenças por ela causadas
(LEME et al., 2016).
A participação da Educação Física visa proporcionar situações para que os
participantes tenham amparo para cuidar da sua saúde, com a introdução da
atividade física através de diversos eventos desenvolvidos pelo próprio Centro
Universitário para toda a sociedade (LEME et al., 2016)
Os objetivos particulares da Educação Física neste projeto de extensão são
direcionados aos discentes para colocar os conhecimentos teóricos em prática,
aperfeiçoar os conhecimentos obtidos durante o desenvolvimento do curso e à
sociedade para reverter os prejuízos trazidos pela obesidade e pela ausência de
atividade física, promover a melhoria na qualidade de vida e saúde, receber
orientações dos estagiários e docentes do Centro Universitário (LEME et al., 2016).
37
CAPITULO IV
A PESQUISA
1 INTRODUÇÃO
A obesidade pode ser definida, de forma resumida como doença
caracterizada através do excesso de gordura corpóreo sendo resultado do balanço
energético positivo e que provoca decorrências à saúde, com perda importante na
qualidade e no tempo de vida (TAVARES; NUNES; SANTOS, 2010).
Para Dias, Campos (2008, p.106) “Obesidade e sobrepeso são definidos
como acúmulo anormal ou excessivo de gordura capaz de prejudicar a saúde”.
Por isso o diagnóstico deve ser precoce e a intervenção bem estruturada, e
para isso o Colégio Americano de Medicina e Esporte (ACSM) traz que a definição
de pessoa com obesidade se dá pelo Índice de Massa Corporal de 30 kg • m–2 ou
mais, e que a obesidade abdominal está diretamente ligada à Síndrome Metabólica.
Também que um indivíduo com sobrepeso ou obesidade reduza seu peso corporal,
o gasto energético deve exceder o consumo energético (RIEBE, 2018).
A obesidade antes vista apenas em países desenvolvidos, atualmente está
presente também nos subdesenvolvidos e nos que estão em desenvolvimento
também. Isto também ocorre dentro de um país, onde as regiões menos
desenvolvidas tiveram um aumento considerável no número de pessoas com
excesso de peso e obesidade. Diversos levantamentos feitos no Brasil apontam para
um quadro que assusta em relação a esta epidemia que abrange crianças e adultos
de todas as classes sociais (CREF4/SP, 2018).
Devido ao avanço tecnológico que foi ocasionando alterações no modo de
trabalho e na vida cotidiana das pessoas e também pelas mudanças na prática de
exercício físico e na maneira de alimentação juntamente com o acúmulo de pessoas
deixando área rural e vindo viver nos grandes centros urbanos, são pontos
importantes para justificar o crescente número de indivíduos com obesidade no
Brasil (ESQUINAZI et al.,2011).
A obesidade tinha relação direta com pessoas bem estabelecidas
financeiramente e com o que era belo, visto que a desnutrição e a fome eram o
38
oposto de tudo isso, porém, atualmente este quadro esta totalmente diferente devido
à obesidade ser considerada como um dos principais problemas de saúde pública.
Por estar associada a diversas doenças crônicas, a obesidade tem sido foco de
muita pesquisa, para identificar e classificar a pessoa com sobrepeso ou obesidade,
avalia-se a relação peso e/altura através do Índice de Massa Corporal (IMC)
(DÂMASO, 2003).
Dâmaso (2003) diz que a obesidade é capaz de interferir no processo normal
da marcha, podendo diminuir as amplitudes de flexão dos joelhos, quadris e
tornozelos de pessoas com esta patologia. Além disso, as dores caudadas pelas
mudanças anatômicas obrigam o organismo a fazer correções na postura, o que
pode causar alteração na pisada e com isso prejudicar a marcha. Em crianças e
adolescentes os danos são maiores devido ao corpo estar em formação óssea e
maturacional, podendo acontecer deformações anatômicas nessas estruturas
(BRANDALIZEI; LEITE, 2010).
A obesidade altera a forma dos órgãos e vísceras criando o compartimento do
tecido adiposo visceral, isso ocorre em outros locais, como no tecido adiposo
intratorácico e tecido adiposo abdominal, por exemplo. O tecido adiposo localizado
entre a derme, aponeurose e fáscia dos músculos, quando em excesso deixam de
cumprir seu papel de armazenamento controlado e proteção, com isso passam a
oferecer riscos para a saúde modificando a anatomia estrutural e funcional do corpo
humano (MANCINI, 2018).
A obesidade altera o funcionamento normal da derme e epiderme devido às
alterações dermatológicas. O aparecimento de estrias e celulites causam mudanças
na anatomia funcional do individuo. Além de modificar visualmente a aparência, tais
patologias impedem o fluxo normal dos líquidos subcutâneos responsáveis pela
manutenção e expurgação da derme deixando o ambiente mais susceptível a
infecções (MENDONÇA, RODRIGUES, 2011).
De acordo com Lima et al., (2018), a obesidade causa alterações significantes
no organismo, modificando seu funcionamento através das adipocinas que agem na
origem do acúmulo de gordura corporal. Essas alterações afetam diretamente a
função do sistema cardiovascular e do sistema endócrino-metabólico, porém pode
prejudicar também o sistema respiratório devido a interação negativa entre as
substancias químicas e os tecidos do organismo.
A obesidade começa a instalar-se quando o gasto energético não excede o
39
consumo energético, principalmente quando gasto energético é menor que o
consumo calórico. Essa moléstia relaciona-se com diversos fatores, não apenas com
uma causa específica. São encontrados os fatores psicológicos, ambientais,
socioeconômicos, alimentação inadequada, sedentarismo, distúrbios hormonais,
genéticos e outros (BOUCHARD, 2003).
O ser humano apresenta diferentes maneiras de reação com o acúmulo de
gordura corporal, inclusive o Colégio Americano de Medicina e Esporte (ACSM)
aponta que o acúmulo de tecido adiposo em indivíduos Americanos onera os cofres
públicos dos EUA em quase 10% dos recursos destinados à saúde. A obesidade e
suas morbidades trazem gastos diretos e indiretos sendo superiores a US$ 190
bilhões anualmente (RIEBE, 2018).
Conforme aponta o CREF4/SP, (2018, p.14) “a obesidade aumenta o risco do
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, alguns casos de
câncer, dislipidemias e apneia do sono”.
Esquinazi et al., (2011) diz que de acordo com estudo que a obesidade na
população idosa contribui para o aumento dos riscos com patologias crônicas, como
a Síndrome Metabólica e doença Cardiovascular, tanto em homens como em
mulheres, sendo que no público feminino parece ocorrer maior tolerância à
obesidade, mesmo com um percentual de indivíduos obesos pouco maiores, sendo
uma explicação para o aumento de longevidade das mulheres em relação aos
homens.
1.1 Exercício Físico
O ser humano desde sua existência vive a prática do exercício físico. Nos
primórdios durante a caça a prática de atividade estava presente, contudo diante das
modernidades, o ser humano deixou um pouco de lado a prática dos exercícios,
devido ao serviço ser mais tecnológico, assim como o uso de veículos automotores
(FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE MÉDECINE SPORTIVE, 1997).
O exercício físico é a realização de uma atividade física, mas de forma
sequencial, com o auxílio de um profissional que irá auxiliar em relação às atividades
a serem realizadas, o tempo dos exercícios, tendo como base o perfil de cada
indivíduo (BAJERSKI, 2007).
Para Fonseca Junior, et al., (2013) o exercício físico deve ser visto como uma
40
ferramenta que precisa fazer parte do tratamento clínico da obesidade, visto que
seus efeitos provocam alterações no metabolismo, causando débito energético. Os
tipos de exercícios podem variar entre aeróbicos e resistidos, sendo os aeróbicos
mais indicados para o emagrecimento.
Segundo Riebe (2018) os riscos relacionados com a prática de exercícios são
as lesões musculoesqueléticas (LME) e doenças cardiovasculares (DCV), podem ser
potencializados com o aumento exacerbado da intensidade do exercício físico, sem
os devidos cuidados com sua prescrição. Os riscos por LME se dão em maior
número quando ocorre contato físico entre indivíduos, já as DCV ocorrem com
pessoas que mesmo sendo jovens apresentam casos na família ou que se
apresentem com alguma situação preexistente, como alguma anomalia
musculoesquelética.
Conforme Ferretti et al., (2015) observou-se em estudo que o exercício físico
regular para os idosos tanto do gênero masculino quanto feminino, aumenta a força,
o equilíbrio e a coordenação motora, promove alterações benéficas na qualidade de
vida, proporcionando melhor autonomia nas atividades de vida diárias (AVDs) e
contribuindo para a reintrodução do indivíduo no contexto social. Para muitos idosos
que perderam a mobilidade e motivação em interagir em grupo, ter de volta essa
independência é essencial para melhorar sua autoestima e com isso a qualidade de
vida.
O indivíduo que está com quadro de obesidade e vai iniciar um programa de
exercícios, deve ter prescrito seu treinamento físico com olhar para a perda de peso.
Porém sem esquecer-se da condição inicial que se encontra, ou seja, a intensidade
deve ser observada atentamente. A duração recomendada é de 150 min. de
atividade moderada no início, sendo que a progressão é necessária para continuar a
perder peso. Para um programa de exercícios onde além da perda de peso, o
indivíduo visa segurança, para tal o Colégio Americano de Medicina e Esporte
(ACSM) preconiza o uso do princípio; Frequência, Intensidade, Tempo, Tipo, Volume
e Progressão (FITT-VP) que deve ser adaptado aos objetivos do indivíduo (RIEBE,
2018).
Mancini (2018) afirma que a prescrição do exercício deve estar pautada em
contemplar a manutenção do ganho de peso, concorrendo para que não ocorra
acréscimo de tecido adiposo também buscando o emagrecimento, visto que o
objetivo inicial deva estar baseado neste quesito. No entanto após alcançar este
41
patamar o que deve ser feito é uma nova avaliação para se elaborar outra prescrição
com foco na manutenção do peso ideal, sendo este de acordo com os parâmetros
de saúde e com o objetivo de cada pessoa.
1.2 Qualidade de Vida
Atualmente o conceito de qualidade de vida é bastante comentado na
sociedade moderna. A cada dia um número maior de pessoas buscam métodos e
ferramentas para proporcionar a melhora da qualidade de vida em que estão
atualmente (SILVA; VALENTE, 2012).
Desta forma, o indivíduo que busca a qualidade de vida está preocupado com
sua satisfação de forma generalizada, ou seja, situações que proporcionam saúde,
felicidade, satisfação pessoal, condições de vida e estilo de vida, englobando a
renda, propriamente dita e, inúmeros outros aspectos relacionados com a vida
podem representar ou não para o indivíduo a sua melhora na satisfação da
qualidade de vida, sendo que o estudo de cada uma das situações poderá
apresentar o que de fato irá contribuir com a melhora pretendida (PEREIRA;
TEIXEIRA; SANTOS, 2012).
Por isso, para que possa ser avaliada a qualidade de vida de cada indivíduo
se faz necessário observar situações peculiares e individuais de cada um, visto ser
uma questão de análise particular, englobando situações culturais, sociais,
valorativas e de padrões de vida de cada um especificamente, sempre buscando
sobremaneira a melhora positiva da característica da qualidade de vida avaliada
subjetivamente (SILVA; VALENTE, 2012).
Para que se tivesse um centro definido dos instrumentos de avaliação a
Organização Mundial de Saúde (OMS) formou um grupo de qualidade de vida que
juntos criaram um questionário World Health Organization Quality of Life
(WHOQOL), no início foram criadas duas mil perguntas que após um tempo
trabalhando foram reduzidas para trezentas e acabaram com cem e com o tempo foi
se aprimorando e então criado o WHOQOL-100, pois eram 100 perguntas e depois
evoluindo pra o WHOQOL-BREVE que era então composto por 26 questões
(SINZATO, 2005).
Outra opção de instrumento é o The Medical Outcomes Study 36-item Short-
Form Health Survey, conhecido como SF-36, que tem por finalidade apresentar um
42
questionário genérico, a fim de avaliar a qualidade de vida direcionada a saúde.
Contudo bem compacto quando comparado aos demais (SINZATO, 2005).
“O Questionário de Qualidade de Vida Rand 36-Itens (RAND) possui as
mesmas questões do SF-36, porém com pontuação simplificada e de domínio
público” (REIS, 2012).
O objetivo ao determinar a qualidade de vida, direcionada a saúde nada mais
é que trabalhar com a redução de vulnerabilidade e riscos à saúde em relação ao
modo em que se vive, como condições de trabalho, um melhor ambiente social, uma
boa estrutura educacional, lazer, acesso a serviços médicos, disponibilidade de
atividades físicas (CAMPOS, 2008).
A qualidade de vida e saúde não está direcionada apenas ao fato de uma boa
alimentação e uma prática de atividade física, mas sim em todo o conjunto de como
uma pessoa consegue e leva sua vida, tudo o que está ao seu redor traz impacto a
sua saúde (SILVA; VALENTE, 2012).
Com isso, para o tratamento da obesidade uma série de terapias será usada
para o combate deste problema e das inúmeras complicações oriundas em razão do
excesso de peso como: câncer, AVC, infarto, problemas musculares, diabetes,
dificuldades de locomoção e respiração, gordura no fígado, problemas estomacais,
dentre outros. Referidas situações acontece em razão de o indivíduo manter como
seu estilo de vida uma dieta com excesso de calorias e pobre em nutrientes, o que
fará com que ocorra o excesso de peso e todas as complicações advindas da
mesma (ALMEIDA, 2015).
Pelo exposto, conclui-se que o conceito da qualidade de vida é bastante
abrangente e de difícil definição, pois o mesmo não está atrelado somente a
questões de saúde do indivíduo, sendo muito mais abrangente do que isto, uma vez
que envolve diversas questões relacionadas à vida da pessoa propriamente dita
(PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012).
1.3 Objetivos
O estudo teve o objetivo de investigar os efeitos da participação em projeto
de extensão para mulheres com obesidade na qualidade de vida. Descrevendo as
intervenções que ocorrem no projeto de extensão “intervenção interdisciplinar para
melhoria da qualidade de vida de pessoas com obesidade”. Analisou os efeitos da
43
participação no programa com os resultados do Rand 36-Itens (RAND). Verificou a
influência da participação no projeto em cada uma das dimensões do Rand 36-Itens
(RAND).
1.4 Metodologia
Este estudo se caracteriza como uma pesquisa descritiva que investigou se
existe alteração da qualidade de vida de mulheres com obesidade, participantes do
projeto de extensão universitária, “intervenção interdisciplinar para melhoria da
qualidade de vida de pessoas com obesidade” através da prática regular e orientada
de um programa de exercícios físicos na percepção de qualidade de vida.
A população do estudo foi composta por mulheres, participantes do projeto de
extensão, com idade entre 20 a 55 anos. Para ingresso no projeto, as participantes
estavam com obesidade graus I e II, ou seja, Índice de Massa Corporal (IMC) entre
30 e 40 kg/m². O recrutamento foi realizado por convite individual na clinica de
Educação Física do Centro Universitário Católico Auxilium UniSALESIANO-Lins.
A metodologia utilizada pelo Projeto de Extensão trouxe um programa de
exercícios físicos que foram realizados três vezes na semana de maneira
complementar às outras disciplinas. Além da Educação física o projeto é composto
pelos cursos de: Nutrição, Enfermagem, Estética, Fisioterapia, Psicologia e Direito.
Por ser um trabalho multi e interdisciplinar torna-se de grande interesse a
investigação através da pesquisa no projeto de extensão “intervenção interdisciplinar
para melhoria da qualidade de vida de pessoas com obesidade”.
1.4.1 Procedimentos éticos
O estudo foi submetido na Plataforma Brasil atendendo a resolução 466/2012
e 510/2016 do Ministério da saúde, avaliado e aprovado pelo comitê de Ética e
Pesquisa do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Araçatuba. As
participantes foram cientificadas da pesquisa, e assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.
1.4.2 Avaliações
44
O projeto de extensão realiza no início e final de cada semestre letivo (4
meses) um conjunto de avaliações para uso interno do projeto com objetivo de
aprimorar a prescrição do exercício. Os dados utilizados nesta pesquisa são
extraídos de questionários aplicados nestas avaliações. Todos os questionários são
realizados na forma de entrevista sendo as questões apresentadas pelo estagiário
(graduando) que acompanha a participante no projeto de extensão.
A anamnese foi utilizada para analisar características sociodemográficas,
comportamentais e de saúde das participantes e o para avaliar o nível de atividade
física foi utilizado o (IPAQ) International Physical Activity Questionnaire. Ambos
foram realizados apenas no início do semestre e para esta pesquisa, foram
utilizados para caracterização da amostra.
Para a coleta de peso e altura foi utilizada uma Balança Digital (TANITA) e
Estadiômetro (SANNY), no Laboratório de Esforço Físico da Clínica de Educação
Física do Unisalesiano de Lins. O índice de massa corporal é encontrado pela
fórmula: IMC = peso (Kg)/ altura(m)².
Para a avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde foi utilizado o
instrumento Rand 36-Item Health Survey, O Questionário de Qualidade de Vida Rand
36-Itens (RAND) possui as mesmas questões do SF-36, porém com pontuação
simplificada e de domínio público (REIS, 2012).
O instrumento “The Medical Outcomes Study 36 – Item Short Form Health
Survery-Short Form - SF-36” (CICONELLI et al., 1999). O SF-36 é um questionário
multidimensional, formado por 36 itens, englobado em 8 componentes ou domínios.
(LEMOS et al., 2006). Os dados foram coletados das participantes do projeto no
inicio e final do período de intervenção que durou 8 meses com intervalo de 1 mês
de férias da participação no projeto.
1.4.3 Análise dos dados
Após a aplicação do teste de normalidade kolmolgorov-Smirnoff, os dados
foram analisados para identificação de diferença estatística através do teste t de
Student pareado (dados paramétricos) ou WilCoxon pareado (dados não
paramétricos) para comparação intragrupo e teste t de Student (dados
paramétricos) ou Mann-Whitney (dados não paramétricos) para comparação
intergrupos. Para essas análises foi utilizado o software SPSS ®.
45
1.5 Resultados
Na tabela 1 foram estudadas 10 participantes com a média de idade de 47,3 e
desvio padrão de 8,9 anos e altura média de 1,60 m e desvio padrão de 0, 05 m.
Tabela 1- Caracterização da amostra em idade (anos) e altura (m) do grupo de mulheres com obesidade participantes durante oito meses de intervenção no projeto de extensão.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2019.
Com relação à média da massa corporal a tabela 2 mostra que pré as
participantes estavam com 87,9 kg e desvio padrão de 14,8 e pós de 87,6 e desvio
padrão de 14,9, já o índice de massa corporal (IMC) apresentou pré 34,1 e desvio
padrão de 4,1 e pós 33,9 e desvio padrão de 4,2.
Tabela 2- Massa Corporal (Kg) e Índice de massa corporal (IMC-kg/m2), do grupo de
mulheres com obesidade antes e após oito meses de intervenção no projeto de
extensão.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2019. P<0.05 *Pré≠Pós
Quanto a aplicação do questionário Rand 36-Itens, percebe-se na avaliação
global do instrumento que as médias dos resultados da intervenção pré 116,3,
desvio padrão de 15,4 e pós 124,6 desvio padrão de 11,8 com o P<0,05, mostra
significância, como indica os valores apresentados na tabela 3.
IDADE
Média e DP
ALTURA
Média e DP
GRUPO
(n=10)
47,3 ± 8,9
1,60 ± 0,05
Variáveis
Grupo (n=10)
Pré- Intervenção
Média e DP
Pós- Intervenção
Média e DP
Massa Corporal (Kg)
87,9 ± 14,8
87,6 ± 14,9
Índice de massa corporal
(IMC- kg/m²)
34,1 ± 4,1
33,9 ± 4,2
46
Tabela 3- Aplicação do Questionário Rand 36-Itens, no grupo de mulheres com
(n=10), Pré e Pós-intervenção e valor estatístico de “P” < 0,05.
Pré- Intervenção
Média e DP
Pós- Intervenção
Média e DP P *
Resultados do
Questionário
Rand 36-Itens
116,3 ± 15,4
124,6 ± 11,8
0,02 *
Fonte: Elaborada pelos autores, 2019. P<0.05 *Pré≠Pós
A tabela a seguir mostra os resultados obtidos através de análise de cada
variável do questionário Rand 36-Itens, a média para cada domínio do questionário
são apresentadas na tabela 4.
Tabela 4- Resultados da amostra nas Dimensões que o Questionário Rand 36-Itens
aborda Pré e Pós-intervenção.
Variáveis Pré-Intervenção
Média e Desv. Pad. Pós-Intervenção
Média e Desv. Pad.
Capacidade física 25,1 ± 3,3 27,7 ± 2,2
Aspecto físico 7,1 ± 1,4 7,5 ± 1,1
Dor 9,1 ± 2,2 9,3 ± 1,9
Estado Geral de saúde 20,4 ± 2,7 19,6 ± 3,8
Vitalidade 17,3 ± 3,5 19,6 ± 2,7
Aspectos sociais 8,3 ± 1,9 8,9 ± 1,4
Aspectos emocionais 5,7 ± 0,5 5,2 ± 1,05
Saúde mental 23,8 ± 4,1 26,4 ± 3,2
Estado comparativo de saúde
1,5 ± 0,70 1,5 ± 0,9
Fonte: Elaborada pelos autores, 2019.
1.6 Discussão
O propósito deste estudo foi verificar como o exercício físico em conjunto com
47
as demais disciplinas do projeto de extensão universitária, “intervenção
interdisciplinar para melhoria da qualidade de vida de pessoas com obesidade” teve
influência na qualidade de vida de mulheres com obesidade. Visto que, a obesidade
é considerada uma doença multifatorial e que diversos estudos apontam melhores
resultados quando a intervenção é multidisciplinar.
A pesquisa através do questionário Rand 36-Itens buscou apresentar o
estado inicial que as participantes estavam nas seguintes dimensões: aspectos
físicos, capacidade funcional, sociabilidade, dor, aspectos emocionais, bem-estar,
vitalidade, percepção individual da saúde, todas abordadas pelo instrumento tanto
no inicio quanto no final da pesquisa.
A coleta de dados se deu em duas etapas, sendo uma no início, outra no final
da intervenção. Para aplicação do questionário Rand 36-Itens as participantes foram
orientadas sobre o preenchimento, porém aconteceu de maneira individual. O
responsável pela pesquisa interviu somente para orientar em alguma dúvida
apresentada. Também foi aferido o peso e a altura das participantes, para
determinar o Índice de Massa Corporal (IMC), no começo e fim da investigação.
Os achados nesta pesquisa se mostram relevantes, visto que, a interferência
foi interdisciplinar contando com um programa de exercícios físicos que foram
realizados três vezes na semana de maneira complementar as outras disciplinas. O
questionário Rand 36-Itens é um instrumento bastante completo, com isso a análise
das dimensões fornece elementos que atingem as dimensões físicas, emocionais e
sociais. Portanto, foi bom para verificar se houve melhora na qualidade de vida
destas mulheres participantes após a intervenção. Na análise da massa corporal e
IMC não foram significantes nos achados. No entanto, este não foi o foco do estudo,
tornando-se interessante uma abordagem futura neste tema.
Esta pesquisa corrobora com a de Lopes et al.,(2014), que encontraram
diferença significativa na melhora da Qualidade de Vida em seu estudo em mulheres
com sobrepeso e obesidade no período pós-menopausa. Panda, Cardoso, Figueiró
(2014), mostraram em seu estudo que a prática regular de exercícios físicos dirigidos
influencia positivamente na percepção da qualidade de vida das praticantes e que os
domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, avaliados pelo
instrumento Whoqol-Bref que mostraram diferenças estatisticamente significativas.
O presente estudo apresenta dados de que o exercício físico juntamente às
outras áreas evolvidas no projeto de extensão contribui com a qualidade de vida,
48
melhora o humor, aprimora a capacidade física, ajuda na socialização, no
relaxamento mental, pois ele beneficia a saúde, ocasiona maior disposição e
beneficia o aspecto físico. Baseado no questionário Rand 36-Itens sobre os
benefícios da prática regular de exercício físico para a manutenção e/ou
desenvolvimento da qualidade de vida, os dados relatados por todas as participantes
da pesquisa foram extremante importantes, demonstrando que entre os motivos que
levam as pessoas a praticar exercício físico estão a qualidade de vida, a força
muscular, autoestima, saúde e a estética.
49
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Com base na pesquisa realizada recomendamos para mulheres com
obesidade à continuidade do treinamento de exercícios físicos com intensidade de
leve a moderada, sendo treinamento aeróbio e treinamento resistido três vezes na
semana uma hora por sessão inserida em atuação interdisciplinar. Este modelo de
intervenção parece ser eficiente para melhorar a qualidade de vida de pessoas com
obesidade.
50
CONCLUSÃO
Através dos resultados do presente estudo sugere-se que a participação,
durante oito meses no projeto de extensão “Intervenção interdisciplinar para
melhoria da qualidade de vida de pessoas com obesidade,” promoveu melhoria da
qualidade de vida de mulheres com obesidade. Esta melhora foi avaliada pelo
instrumento Rand 36-Itens, o resultado aponta que o protocolo desenvolvido no
projeto de forma interdisciplinar pelos cursos de Educação Física, Nutrição,
Enfermagem, Estética, Fisioterapia, Psicologia, Biomedicina e Direito alcança seu
principal objetivo que é a melhora na qualidade de vida, independente da redução de
massa corporal.
Nesse sentido, demonstra-se a necessidade da elaboração de programas de
treinamentos físicos por parte dos profissionais da área de saúde, contribuindo para
uma melhor qualidade de vida desta população. Devido à importância dos
conhecimentos adquiridos com este estudo e também às limitações do mesmo,
sugerimos que sejam realizados novos estudos, a fim de complementar os dados
apresentados fornecendo mais parâmetros para avaliar a qualidade de vida de
mulheres com obesidade.
REFERÊNCIAS
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ANEXOS
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa:
______________________________ (Colocar o Título).
A JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: O motivo que nos
leva a propor este estudo .......................................................................(doença, assunto,
alteração, etc. Descreva de forma breve e em linguagem acessível os motivos, importância,
etc), a pesquisa se justifica.............................. (escreva de forma breve e em linguagem
acessível e a importância da pesquisa). O objetivo desse projeto é........................... (coloque
o seu principal objetivo em linguagem acessível). O (os) procedimento(s) de coleta de dados
será da seguinte forma:.................................................. (explicar como serão coletados os
materiais biológicos, os dados, entrevistas, questionários (descrever quanto tempo para
responder o questionário/entrevista), e a frequência que os participantes serão requisitados).
DESCONFORTOS, RISCOS E BENEFÍCIOS: A sua participação neste estudo pode
gerar algum tipo de desconforto quanto............................ (descrever os tipos de
desconfortos), os riscos................................ (descrever os riscos e as medidas para
minimizá-los - Lembre-se que em toda pesquisa há riscos). Os benefícios esperados
são......................................
FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA:
..............................................................(Explicar com detalhes como serão encaminhados e
acompanhados os participantes da pesquisa, caso apresente o problema pesquisado.
Exemplo: Caso você apresente algum problema em seus exames clínico, preventivos, de
rotina, etc. Você será acompanhado(a) e encaminhado(a) para tratamento adequado ao tipo
de doença da seguinte maneira: a) ____________, b) ____________,
c)__________,custeados pelo pesquisador ou informar a entidade/instituição, porém não
poderá ser custeado pelo participante da pesquisa. (Caso sejam fornecidas medicações aos
participantes do estudo, se estas revelarem-se eficazes como forma de tratamento, há a
obrigatoriedade de se continuar a fornecê-las ao participante enquanto se faça necessário)
GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE
SIGILO: Você poderá solicitar esclarecimento sobre a pesquisa em qualquer etapa do
estudo. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a
participação na pesquisa a qualquer momento, seja por motivo de constrangimento e/ou
outros motivos. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar
qualquer penalidade ou perda de benefícios. O(s) pesquisador(es) irá(ão) tratar a sua
identidade com padrões profissionais de sigilo. Os resultados do..........................................
(exame clínico, laboratorial, da pesquisa, outro) serão enviados para você e permanecerão
confidenciais. Seu nome ou o material que indique a sua participação não será liberado sem
a sua permissão. Você não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa resultar
deste estudo. Este consentimento está impresso e deve ser assinado em duas vias, uma
será fornecida a você e a outra ficará com o pesquisador(es) responsável(eis). Se houver
mais de uma página, tanto o pesquisador quanto o participante deve rubricar todas as
páginas.
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO: A
participação no estudo, não acarretará custos para você e será disponibilizado
ressarcimento em caso de haver gastos com transporte, creche, alimentação, etc, tanto para
você, quanto para o seu acompanhante, se for necessário. No caso de você sofrer algum
dano decorrente dessa pesquisa você tem direito à assistência integral e gratuita
..................................................... (deve ser explicado ao indivíduo: como, onde e quem ele
deve recorrer).
Assinatura do participante de pesquisa ou impressão dactiloscópica (se necessário).
Assinatura:
Nome legível:
Data _______/______/______
................................................................................
Assinatura do(a) pesquisador(a) responsável
Data _______/______/______
ANEXO C - “Questionário de Qualidade de Vida RAND 36-Itens”