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Efeito da temperatura em escoamentos de Fluidos não Newtonianos Profa. Mônica F. Naccache Profa. Mônica F. Naccache, PUC-Rio

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Efeito da temperatura em escoamentos de Fluidos não

Newtonianos

Profa. Mônica F. Naccache

Profa. Mônica F. Naccache, PUC-Rio

Resumo

•  Efeito das temperaturas nas funções materiais

•  Solução das equações de conservação em escoamentos não isotérmicos

•  Problema típico de transferência de calor

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Influência da temperatura nas funções materiais

•  As funções materiais dependem da constituição química do fluido, da temperatura e da pressão

•  Exemplo: viscosidade

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Método das variáveis reduzidas: curva mestre

•  Observa-se que o comportamento qualitativo da viscosidade independe da temperatura

•  Plota-se:

ηr × ˙ γ r

aT =η0(T)T0ρ0η0(T0)Tρ

ηr =η ˙ γ ,T( )η0 T0( )η0 T( )

=η ˙ γ ,T( )T0aTT

˙ γ r = aT ˙ γ

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τ r ˙ γ ,T0( ) = τ ˙ γ ,T( ) T0ρ0Tρ

ηr =τ r˙ γ r

N1,r ˙ γ ,T0( ) = N1 ˙ γ ,T( ) T0ρ0Tρ

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•  Outros exemplos:

Exemplos variação de propriedades reológicas com temperatura

•  Mel:

µ = 2.95 ×10−16 exp 22108 /RT( )

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Exemplos variação de propriedades reológicas com temperatura (cont.)

•  Suco de laranja concentrado:

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• variação de K

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η = 4,646 ×10−9 exp 5668,3T

%

& '

(

) * ̇ γ −0.226

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Propriedades de polímeros fundidos

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Solução das equações de conservação em escoamentos não isotérmicos

•  As equações de conservação devem ser resolvidas de forma acoplada, a menos que as propriedades possam sem consideradas ctes

∇ • v = 0

ρDvDt

taxa var. QML

= −∇pForça pressãopor un. vol.

+ ∇ • η ˙ γ ( )Força viscosa porun. vol.

+ ρgForça gravitacional

ρcpDTDt

taxa var. en. internapor un. vol.

= ∇ • k∇T( )

fluxo energia por conduçãopor un. vol.

+12η ˙ γ : ˙ γ ( )

taxa conversão en.mecânica para térmica(diss. viscosa) por un. vol.

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- Escoamento confinado- CL se desenvolve com restrição- Regiões de entrada e desenvolvida- Escoamento em dutos circulares:

- Efeito viscoso é sentido ao longo de todo o escoamento- Escoamento desenvolvido: u=u(r)- Comprimento de entrada: Lent

Escoamentos Internos

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τ(2πrdx) − {τ(2πrdx) +ddr

τ (2πrdx)[ ]dr} +

p(2πrdr) − {p(2πrdr) +ddx

p(2πrdr)[ ]dx} = 0

−1rd rτ( )dr

= r dpdx

τ = −µdudr

Fluido Newtoniano:

µrddr

r dudr

"

# $

%

& ' =

dpdx

u(r) =1µdpdx

r 2

4+ C1 ln r + C2

CC : u(r0) = 0 dudr r= 0

= 0

⇒ u(r) = −14µ

dpdxr0

2 1− rr0

"

# $ $

%

& ' '

2*

+

, ,

-

.

/ /

-  Perfil de velocidades num tubo circular:-  Hip.: Escoamento laminar, regime permanente, propriedades constantes, esc. desenvolvido

v = 0∂u∂x

= 0

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CL térmica-  T(r,x) no escoamento desenvolvido depende da CC-  Desenvolvimento térmico no esc. laminar: Lent,t/D ≈0.05RePr-  Pr > 1: Lent/D < Lent,t/D-  Pr < 1: Lent/D > Lent,t/D-  Pr >100: Lent/D << Lent,t/D

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Análise térmica

- Temperatura de mistura (ou de bulk):

Tb = Tm =1

˙ m cv

ρucvTdAA∫

- Lei de Newton de resfriamento: qs" = h (Ts-Tm)

- Desenvolvimento térmico do escoamento:

θ =Ts(x) − T (r, x)Ts(x) − Tm(x)

∂θ∂x

= 0 … Temperatura adimensional

para 2 CC, (Ts=cte ou qs=cte. Obs.: se qs=cte, Ts=Ts(x))

- Como θ independe de x, então:

∂θ∂r r=R

=−∂T /∂r

r=R

Ts −Tm≠ f (x)

qs"= −k∂T∂r r=R

= h(Ts − Tm) ⇒ hk≠ f (x) h independe de x, se

as propriedades são ctesProfa. Mônica F. Naccache, PUC-Rio

- Para o caso em que qs" = cte, na região desenvolvida:

dTsdx

=dTmdx

mas ∂T∂x

=dTsdx

−Ts −TTs −Tm

dTsdx

+Ts − TTs − Tm

dTmdx

⇒ ∂T∂x

=dTmdx

(independe de r)

- Para o caso em que Ts = cte, na região desenvolvida:

dTsdx

= 0

⇒ ∂T∂x

=Ts −TTs − Tm

dTmdx

= f (r)

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Balanço de Energia

dqconv + ˙ m (cvTm + pv) − ˙ m (cvTm + pv) + ˙ m d(cvTm + pv)dx

dx#

$ % &

' ( = 0

⇒ dqconv

taxa de troca decalor por convecção

= ˙ m d(cvTm + pv)fluxo de energia térmica devida ao fluxo massa + trabalho líquido realizado pelo fluido ao se movimentaratravés do VC

Para gases ideais: pv=RTm , cp=cv+R

⇒ dqconv = ˙ m c p dTm

Para líquidos incompressíveis, cv=cp e v é muito pequeno (d(pv)<<d(cvTm))

⇒ dqconv = ˙ m c p dTmProfa. Mônica F. Naccache, PUC-Rio

Integrando a equação acima ao longo de todo o tubo:

qconvcalor total transferido ao tubo

= ˙ m cp (Tm,s −Tm,e )

Num elemento diferencial de fluido:

dqconv = q"s PdxP - perímetro da superfície (tubo circular : P = πD)

⇒dTm

dx=

q"s P˙ m c p

=P

˙ m c p

h(Ts − Tm)

•  Se Ts>Tm, calor é transferido ao fluido e Tm cresce com x•  Se Ts<Tm, calor é transferido pelo fluido e Tm cai com x

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Solução para fluxo de calor na superfície constante

qconv = ˙ m c p (Tm,s −Tm ,e) = q"s (PL)

Além disso:

dTm

dx=

q"s P˙ m c p

= cte

⇒ Tm(x) = Tm ,e +q"s P˙ m c p

x

•  Na entrada Ts-Tm cresce com x, porque h=h(x) cai com x (qs" = h (Ts-Tm)=cte)•  Na região desenvolvida, h=cte e Ts-Tm também

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Solução para temperatura na superfície constante

ΔT ≡ Ts − Tm

dTm

dx= −

d(ΔT)dx

=P˙ m c p

hΔT

d(ΔT )ΔTΔTe

ΔTsai∫ = −P˙ m c p

hdx0

L∫

⇒ ln ΔTsai

ΔTe

'

( ) )

*

+ , , = −

PL˙ m c p

1L

hdx0

L∫

⇒ ln ΔTsai

ΔTe

'

( ) )

*

+ , , = −

PL˙ m c p

h L ⇒ΔTsai

ΔTe

=Ts −Tm ,sai

Ts − Tm,e

= exp −PL˙ m c p

h L'

( ) )

*

+ , ,

ou Ts − Tm,x

Ts − Tm,e

= exp −Px˙ m c p

h x'

( ) )

*

+ , , •  (Ts-Tm) cai exponencialmente

com x

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Fluxo de calor

qconv = ˙ m cp (Ts −Tm,e )=ΔTe

− (Ts −Tm,sai)=ΔTsai

$

%

& &

'

(

) )

⇒ qconv = h AsΔTlm

onde ΔTlmdiferença média logaritmicade temperatura no tubo

≡ΔTsai − ΔTe

ln(ΔTsai /ΔTe )

- Se ao invés de conhecermos Ts, conhecemos a temperatura do fluido externo em contato com a superfície (T∞) ou a temperatura da superfície externa (Tse), a expressão acima continua válida, substituindo h por U (coeficiente global de troca de calor) e Ts por T∞ ou Tse

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Escoamento laminar em tubos circularesFluido Newtoniano

- Equação da energia na camada limite hipóteses: reg. permanente, propriedades constantes, dissipação viscosa desprezível

u∂T∂x

+ v∂T∂r

=αr∂∂r

r∂T∂r

$

% &

'

( )

- escoamento totalmente desenvolvido: v=0, ∂u/∂x=0 e qs"=cte

1r∂∂r

r ∂T∂r

#

$ %

&

' ( =

2umα

dTmdx

#

$ %

&

' (

= cte

1− rR#

$ %

&

' (

2+

, -

.

/ 0

⇒ T(r,x) =2umα

dTmdx

#

$ %

&

' ( r2

4−

r4

16R2

+

, -

.

/ 0 + C1 lnr + C2

CC : r = 0, T é finito ⇒ C1 = 0

r = R, T(R) = Ts(x) ⇒ C2 = Ts(x) − 2umα

dTmdx

#

$ %

&

' (

3R2

16

⇒ T(r,x) = Ts(x) − 2umR2

αdTmdx

#

$ %

&

' (

316

+1

16rR#

$ %

&

' (

4

−14

rR#

$ %

&

' (

2+

, -

.

/ 0

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- Utilizando este resultado podemos determinar:

Tm(x) = Ts(x) − 1148

umR2

α

$

% & &

'

( ) ) dTmdx

Tm(x) − Ts(x) = −1148

q"s Dk

h =4811

kD⇒ NuD ≡

hDk

= 4.36 (q"s = cte)

Nusselt = constante !

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- Com a CCT de temperatura da superfície constante (Ts=cte), a equação de energia fica:

1r∂∂r

r∂T∂r

#

$ %

&

' ( =2umα

dTmdx

#

$ %

&

' ( 1− r

R#

$ %

&

' ( 2+

, - -

.

/ 0 0 Ts −TTs −Tm

Da solução da equação acima (por método iterativo):

NuD=3.66

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Região de entrada

•  Nu →∞ em x=0•  Nu x Gz independe de Pr no problema de desenvolvimento térmico•  Nu depende de Pr no problema de desenvolvimento simultâneo (Nu cai com Pr e tende ao resultado do problema de desenvolvimento térmico quando Pr →∞)

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- Solução do problema térmico na região de entrada, considerando perfil de velocidade desenvolvido (p.ex., altos Pr como é o caso óleos- Problema combinado: desenvolvimento hidrodinâmico e térmico simultâneo

Escoamento de fluido Power-Law no interior de tubos com temperatura da parede constante – região entrada

T0

T1

Rr

x

x = 0 :

T = T0

vx = vmax 1−rR#

$ %

&

' ( 1/ n+1)

* +

,

- .

/

0 1

2 1

r = R, x > 0 :T = T1

vmax =τRk

#

$ %

&

' ( 1/ n R1/ n +1

Obter a distribuição de temperatura para baixos x (troca de calor restrita a regiões perto da parede)Hipóteses: Escoamento hidrodinamicamente desenvolvido Regime permanente Propriedades independentes da temperatura Fluido Power-law

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Eq. energia para baixas velocidades (desprezando o termo de dissipação)

ρcpvmax 1− rR$

% &

'

( )

1/ n+1*

+ ,

-

. / ∂T∂x

convecção

= k 1r∂∂r

r ∂T∂r

$

% &

'

( ) +

∂ 2T∂x 2

*

+ ,

-

. /

condução

CC : r = 0 T é finito r = R T = T1

x→−∞ T→ T0

x→ +∞ T→ T1

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•  Adimensionalizando e usando o método de combinação de variáveis:

φ ξ( ) dθdς

=1ξ∂∂ξ

ξ∂θ∂ξ

'

( )

*

+ , +

1Pe2

d2θdς 2

desprezível qdo κ baixo(polimeros)

θ ς = 0( ) =1 θ ξ =1( ) = 0 θ ξ = 0( )→ finito

θ =T −T1

T0 −T1

ξ =rR

ς =κ / ρc p( )x

v xR2 Pe =

ρc pv xRκ

=RePr

φ =vx

v x=

1/ n + 31/ n +1'

( )

*

+ , 1−ξ1/ n +1( )

d2θdχ 2 + 3χ 2 dθ

dχ= 0

χ =1−ξ

9ς / 1/ n + 3( )3θ χ = 0( ) = 0 θ χ →∞( ) =1

⇒θ =1

Γ 4 / 3( )e−χ 3 dχ

0

χ

∫Profa. Mônica F. Naccache, PUC-Rio

Fluxo de calor e número de Nusselt

qw = h Tb −T1( )

Tb =T(r,x)vxdA∫

vxdA∫

Nu =2hRκ

=2

Γ 4 / 3( )1/ n + 3( )v xR

2

9 κ / ρcp( )x3

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Observações

•  O desenvolvimento anterior pode ser utilizado para outras situações (outras CC, outras geometrias, outras aproximações)

•  Exemplo: solução considerando o efeito do aquecimento por dissipação viscosa:

ρcpvmax 1− rR$

% &

'

( )

1/ n+1*

+ ,

-

. / ∂T∂x

convecção

= k 1r∂∂r

r ∂T∂r

$

% &

'

( ) +

∂ 2T∂x 2

*

+ ,

-

. /

condução

+ ηdudr$

% &

'

( )

2

geração energiapor dissipação viscosa

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Escoamento de Couette - entre 2 placas paralelas infinitas

•  Hipóteses:Propriedades ctesEscoamento desenvolvidoEsc. no plano xy: w=0,Regime permanenteFluido Newtoniano , T=T(y)

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∂ /∂x = 0( )

∂ /∂z = 0

∂T /∂x = 0

Eq. conservação de massa:

∂u∂x

+∂v∂y

= 0⇒ ∂v∂y

= 0 v = cte = 0

ρ u∂u∂x

+ v∂u∂y

$

% &

'

( ) = −

∂p∂x

+ µ∂ 2u∂x 2

+∂ 2u∂y 2

$

% &

'

( ) + ρgx

ρ u∂v∂x

+ v∂v∂y

$

% &

'

( ) = −

∂p∂y

+ µ∂ 2v∂x 2

+∂ 2v∂y 2

$

% &

'

( ) + ρgy

⇒ −∂p∂y

− ρg = 0 p = f (x) − ρgy

P = p + ρgy⇒∂P∂y

=∂p∂y

+ ρg = 0 ∂P∂x

=∂p∂x

=dPdx

dPdxg( x )

= µ∂ 2u∂y 2$

% &

'

( )

h( y )

= cte(= A)⇒ u =Aµy 2

2+C1y +C2

Eq. conservação de QML: €

v = u ˆ e x+ v ˆ e y+ w ˆ e z = u(y) ˆ e x

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CC : y = −a u = 0y = a u =U

⇒ u = −dPdx

a2

2µ1− y

2

a2$

% &

'

( ) +

U21+

ya

$

% &

'

( )

um = −13dPdx

a2

µ+3U4

τ = µdudy

=dPdx

y + µU2a

Casos particulares: U=0 dP/dx=0

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f =−(dp/dx)D1/2ρum

2

Cf =τ

1/2ρum2

fator deatrito:

Coeficientede atrito:

Equação da Energia

ρcp u∂T∂x

+ v∂T∂y

$

% &

'

( ) = k

∂ 2T∂x 2 +

∂ 2T∂y 2

$

% &

'

( ) + µφ + ˙ q

µφ = µ∂u∂y

+∂v∂x

$

% &

'

( )

2

+ 2 ∂u∂x$

% &

'

( )

2

+∂v∂y$

% &

'

( )

2+

, - -

.

/ 0 0

1 2 3

4 3

5 6 3

7 3

⇒ 0 = kd2Tdy 2

$

% &

'

( ) + µ

dudy$

% &

'

( )

2

T = −µk

dpdx

$

% &

'

( )

2y 4

12+

dpdx

Uy 3

6aµ+

U2a$

% &

'

( )

2 y 2

2

+

, - -

.

/ 0 0

+ C1y + C2

CC : y = −a T = T0 (placa inferior)y = a T = T1 (placa superior)

θ =T − To

T1 − To

=12

1+ya

+

, - .

/ 0 +

µ cp

kU 2

cp T1 − To( )18

1 − y 2

a2

$

% &

'

( ) +

13

µ cp

kU [dp / dx a2 /(2 µ)]

cp T1 − To( )ya−

y 3

a3

$

% &

'

( ) +

13

µ cp

kdp / dx a2 /(2 µ)( )2

cp T1 − To( )1 − y 4

a4

$

% &

'

( )

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Número de Prandtl: razão entre difusividades de momentum e térmica

Número de Eckert: caracteriza a energia gerada por dissipação

T − ToT1 − To

=121+

ya

#

$ % &

' ( + Pr E 1

81 − y 2

a2)

* +

,

- . +

13Pr U [dp / dx a

2 /(2 µ)]cp T1 − To( )

ya−y 3

a3)

* +

,

- . +13Pr

dp / dx a2 /(2 µ)( )2

cp T1 − To( )1 − y 4

a4)

* +

,

- .

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Outras soluções

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Problema típico de transferência de calor

Suponha que no processo de transporte de um fluido de perfuração, o mesmo tem que ser resfriado de 80 a 250C. A vazão mássica é igual a 50 g/s. A reologia do fluido é bem representada por uma função viscosidade do modelo de Bingham, com tensão limite de escoamento igual a 5 Pa e viscosidade plástica igual a 0,05 Pa.s. As outras propriedades do fluido são: massa específica de 1052 kg/m3, calor específico de 3150 J/kgK, e condutividade térmica de 0,25 W/mK. Pretende-se resfriar o fluido passando-o por uma serpentina imersa em um banho d’água agitada a 150C. Calcule o comprimento de serpentina necessário, considerando 2 diâmetros: 35 mm e 4 mm. Calcule a potência de bombeamento para as duas situações.

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Solução•  Calor necessário para resfriar o fluido:

•  Diferença média logaritmica de temperatura:

•  Velocidades médias para os 2 diâmetros:

Q = ˙ m c Tbi −Tbo( ) = 50 ×10−3 × 3150 × 80 − 25( )= 8662,5W

ΔTc =Tbi −Tw( ) − Tbo −Tw( )

lnTbi −Tw( )Tbo −Tw( )

=80 −15( ) − 25 −15( )

ln 65 /10( )= 29,4C

v1 =˙ m

ρ πD12 / 4( )

=0,05

1052 ×π 0,0352 / 4( )= 0,44m / s

v2 =˙ m

ρ πD22 / 4( )

=0,05

1052 ×π 0,0042 / 4( )= 34,04m / s

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Estimativa do número de Reynolds (para definição do regime de esc. e cálculo de Nu)

•  Para o cálculo de Re, deve-se determinar uma taxa de deformação característica do escoamento e então calcular a viscosidade avaliada neste valor

•  Da literatura, obtêm-se a tensão cisalhante na parede para o esc. de um fluido de HB (com n=1, Bingham) num duto circular:

τR − τ 0µP

=2vD

= ˙ γ c( ) 1121− τR

τ 0

%

& '

(

) * −13τRτ 01− τR

τ 0

%

& '

(

) *

2

−141− τR

τ 0

%

& '

(

) *

3

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•  Resolvendo para as 2 situações:

τR1 =11,61Pa > τ 0( )→ ˙ γ c1 =132,30 s−1

τR 2 = 3410,65 Pa > τ 0( )→ ˙ γ c2 = 68112,92 s−1

ηc1 =τ 0˙ γ c1

+ µP =5

132,3+ 0,05 = 0,09 Pa.s

ηc2 =τ 0˙ γ c2

+ µP =5

68112,92+ 0,05 = 0,05 Pa.s

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Re1 =ρv1D1ηc1

=1052 × 0,44 × 0,035

0,09=186,46 laminar

Re2 =ρv2D2

ηc2

=1052 × 34,04 × 0,004

0,05= 2860 turbulento

No regime laminar, Nu é função da reologia. No regime turbulento, o efeito NN é reduzido, e Nu é função de Re e Pr. O número de Pr=μc/κ, relaciona as difusividades de momentum e térmica, e é adimensional.

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•  Esc. laminar de fluido de Bingham no tubo, CC Tw constante, Nu pode ser estimado através de:

•  Assim, Nu1=4,24€

Nu = 3,66 +1,132 τ 0τR

−1,054 τ 0τR

$

% &

'

( )

2

+ 3,558 τ 0τR

$

% &

'

( )

3

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•  No escoamento turbulento em dutos:

Nu = 0,0152Pr1/ 3Re(1−0,155)

Pr2 =ηc2cκ

=0,05 × 3150

0,25= 630,92

⇒ Nu2 =108,61Assim os coeficientes de troca de calor são dados por :

h1 = Nu1κD1

= 30,26 W /m2K

h2 = Nu2κD2

= 6788,20 W /m2K

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•  Área de troca de calor e comprimento da serpentina:

A1 =Q

h1ΔTc=

8662,530,26 × 29,4

= 9,74m2

A2 =Q

h2ΔTc=

8662,56788,20 × 29,4

= 0,043m2

A = πDL

⇒ L1 =A1πD1

= 88,58 m

L2 =A2πD2

= 0,34 m

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•  Perda de carga e potência de bombeamento

Δp1 =4L1τR1

D1

=4 × 88,58 ×11,61

0,035=1,175 ×105 Pa

Δp2 =4L2τR 2

D2

=4 × 0,34 × 3410,65

0,004=1,160 ×105 Pa

Ρ1 =˙ m ρΔp1 =

0,051052

×1,175 ×105 = 5,58W = 0,0075HP

Ρ2 =˙ m ρΔp2 =

0,051052

×1,160 ×105 = 55,11W = 0,074HP

Profa. Mônica F. Naccache, PUC-Rio

Conclusões

•  Com o duto 1, o comprimento (maior custo de material) e volume ocupado são bem maiores (V1= 0,085m3; V2=0,043x10-4m3) , mas a potência de bombeamento é bem menor.

•  Se a estimativa fosse feita considerando fluido Newtoniano, os erros (principalmente em esc. laminar) seriam grandes.

Profa. Mônica F. Naccache, PUC-Rio