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EDUCOMUNICAÇÃO 1 César Augusto Soares da Costa 2 Nadiane Carolina Momo Spencer 3 RESUMO Este trabalho teve por objetivo apresentar aos educadores que lecionam na 8ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Neli Betemps em Candiota/RS, as possibilidades que os Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVAs) possuem para o melhor desenvolvimento dos conteúdos e assimilação do aluno. Para tal foi realizada uma oficina para que vivenciassem o uso dos OVAs e pudessem apropriarem-se dos repositórios e consequente utilização. Também visou integrar o uso dos OVAs ao programa Um Computador por Aluno (UCA) no qual a escola possui. Os educadores tiveram o período de um semestre letivo para assumir o desafio e demonstrar os resultados através de relatórios que comprovassem a eficácia do projeto. Palavras-chave: Educadores, Objetos Virtuais de Aprendizagem, UCA, Repositórios. 1 INTRODUÇÃO Despertar no educador um espírito de inquietação perante o modelo tradicional de ensino é um desafio. Um desafio que requer habilidade e persuasão. Mesmo os mais habituados às tecnologias são despreparados para usá-las, até mesmo porque os bancos acadêmicos não contemplam disciplinas que se aprofundam sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Então, como propor suas utilizações sem amparo pedagógico e estrutural? De acordo com Assmann (2000) o receio dos educadores em aceitar este novo cenário tecnológico e usar as TICs “tem muito a ver com a insegurança derivada do falso receio de estar sendo superado/a, no plano cognitivo, pelos recursos instrumentais da informática”. Enfim, há uma competição subjacente e 1 Trabalho final apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação da Universidade Federal do Rio Grande /FURG no semestre 2012/1. 2 Professor Orientador no Curso de Especialização em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação da Universidade Federal do Rio Grande /FURG. 3 Aluna no Curso de Especialização em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação da Universidade Federal do Rio Grande /FURG.

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EDUCOMUNICAÇÃO 1

César Augusto Soares da Costa2

Nadiane Carolina Momo Spencer3

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo apresentar aos educadores que lecionam na 8ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Neli Betemps em Candiota/RS, as possibilidades que os Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVAs) possuem para o melhor desenvolvimento dos conteúdos e assimilação do aluno. Para tal foi realizada uma oficina para que vivenciassem o uso dos OVAs e pudessem apropriarem-se dos repositórios e consequente utilização. Também visou integrar o uso dos OVAs ao programa Um Computador por Aluno (UCA) no qual a escola possui. Os educadores tiveram o período de um semestre letivo para assumir o desafio e demonstrar os resultados através de relatórios que comprovassem a eficácia do projeto. Palavras-chave: Educadores, Objetos Virtuais de Aprendizagem, UCA, Repositórios.

1 INTRODUÇÃO

Despertar no educador um espírito de inquietação perante o modelo

tradicional de ensino é um desafio. Um desafio que requer habilidade e persuasão.

Mesmo os mais habituados às tecnologias são despreparados para usá-las, até

mesmo porque os bancos acadêmicos não contemplam disciplinas que se

aprofundam sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Então, como

propor suas utilizações sem amparo pedagógico e estrutural?

De acordo com Assmann (2000) o receio dos educadores em aceitar este

novo cenário tecnológico e usar as TICs “tem muito a ver com a insegurança

derivada do falso receio de estar sendo superado/a, no plano cognitivo, pelos

recursos instrumentais da informática”. Enfim, há uma competição subjacente e 1 Trabalho final apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em

Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação da Universidade Federal do Rio Grande

/FURG no semestre 2012/1.

2 Professor Orientador no Curso de Especialização em Tecnologias da Informação e Comunicação na

Educação da Universidade Federal do Rio Grande /FURG.

3 Aluna no Curso de Especialização em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação da

Universidade Federal do Rio Grande /FURG.

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absurda entre as TICs e os professores, quando na verdade haveria de haver uma

integração plena. O teórico expõe ainda que a sociedade de informação não deve

ser considerada apenas quando tratamos de educação, mas também nos cenários

empresariais, de relações humanas, etc, enfim, a nossa sociedade moderna é a

sociedade de informação.

A sociedade da informação é a sociedade que está atualmente a constituir-se, na qual são amplamente utilizadas tecnologias de armazenamento e transmissão de dados e informação de baixo custo. Esta generalização da utilização da informação e dos dados é acompanhada por inovações organizacionais, comerciais, sociais e jurídicas que alterarão profundamente o modo de vida tanto no mundo do trabalho como na sociedade em geral. (ASSMANN, p.2, 2000)

Como podemos perceber há duas discussões que correm paralelamente no

campo da educomunicação no Brasil. A primeira versa sobre como incorporar uma

educação construtivista e atrativa à sociedade moderna de informação e a segunda,

sobre como provocar os agentes do saber, ou seja, os professores/educadores, a

engajarem-se neste novo contexto sem o receio de parecerem obsoletos ou

desnecessários. A discussão compõe artigos de diversos teóricos anualmente e a

dificuldade e aplicabilidade de ambas vertentes é nitidamente desafiadora e

vagarosa. Portanto, acreditar que o meu mero trabalho pudesse de alguma forma

cativar meu público-alvo foi uma crença inóspita.

Um dos maiores percalços encontrados na tarefa de demostrar a importância

das TICs para a nova educação, é o de quebrar com o paradigma que a escola é a

fonte única de aprendizado e que o “ir à escola” conforme Kenski (1997) é o tempo

determinado de aprendizado. Pelo contrário, a nova sociedade de informação

aprende nas instituições sociais, aprende com a mídia, aprende com as tecnologias

e faz do saber um elemento não linear, e sim, uma fonte de capacidade de subsistir

na sociedade moderna.

Uma das soluções para esse impasse está na possibilidade de o professor também assumir um papel na equipe produtora dessas novas tecnologias educativas. Outra é a de que os cursos de formação de professores se preocupem em lhes garantir essas novas competências. Que ao lado do saber científico, do saber pedagógico, seja oferecida ao professor a capacidade de ser agente, produtor, operador e crítico das novas tecnologias educativas. (KENSKI, 1997, p. 70).

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Buscamos na apresentação das atividades situá-las como uma aliada, tanto

às práticas docentes como a qualquer instrução necessária quanto ao uso dos OVAs

e TICs. Detalhamos todo o procedimento de como os professores poderiam utilizar

os repositórios, assim como sugerimos utilizações na sala de aula.

Sendo assim, a presente pesquisa que tem como título Educomunicação foi

estruturada em quatro tópicos que veremos a seguir. No primeiro, assinala-se e

discute brevemente os conceitos de educação, comunicação e ação que justificam a

relevância deste estudo. O segundo apresenta uma conceituação teórica acerca os

ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) que foi embasou este estudo, onde

destacamos a relevância das tecnologias na educação e do papel da pesquisa na

formação docente. No terceiro, aborda-se a narrativa da experiência realizada,

trazendo a metodologia utilizada na coleta de dados, sua análise e o demonstrativo

gráfico do estudo. Para isso, iniciamos com a realização do Projeto de Ação na

Escola (PAE) no qual captamos realidade da turma e dos professores para que eles

conhecessem os resultados e em cima das aspirações de seus educandos,

pudessem elaborar um plano de trabalho. Por fim, finalizamos a pesquisa com as

considerações finais do nosso estudo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Educação, Comunicação e Ação

Os sistemas educacionais da atualidade apontam, cada vez mais, para a

imbricação com a comunicação. Para que o ciclo educacional se concretize é

necessário que o professor emita o conteúdo e o aluno seja um receptor ativo e

questionador, capaz não só de receber a informação, mas também de pensá-la.

Júnior e Silva (2010) expressam que a tecnologia está a favor do progresso,

inclusive da educação e, reforçam também a exemplo de demais teóricos, a

importância do preparo dos professores.

O professor consolida-se como um mediador, que não apenas instrui, mas

que reflete através das TICs, conteúdos e informações no processo de transformá-

los em conhecimento. Então surge a ação dentro da educomunicação que segundo

Júnior e Silva (p. 87, 2010), “Implica em colocar em prática as novas tecnologias na

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sala de aula. A ação, em nosso caso, coloca em prática um novo estilo de promover

aulas com o uso das inúmeras tecnologias que o mundo pode oferecer”.

Para mediar, o professor precisa estar apropriado de todo o conteúdo e

tecnologia que irá utilizar, porém, o sistema atual de ensino não os prepara

adequadamente e insiste em formar profissionais dentro da escola clássica.

Pela análise das teorias pode-se notar que a aplicação das tecnologias nas salas de aula é conveniente, porém parte do ponto de que há a necessidade de se implantar uma estrutura adequada para que o investimento não se perca. Ademais, os professores precisam de preparo adequado. Não adianta impor o uso de computadores, meios impressos, DVDs entre outros, se o profissional que deveria transmitir conhecimentos não está apto a lidar com essas novas tecnologias. (JÚNIOR E SILVA, 2010, p. 89)

2.2 Conceituando AVAs

Não se pode transferir para a mídia ou para as TICs o papel de educar, pois

um professor e sua figura frente às classes sempre será essencial para conduzir os

processos de aprendizagem. Desta forma entende Schlemmer (2011) que aponta o

professor que:

Assume o papel de animador da inteligência coletiva dos grupos com os quais está interagindo, centrando sua atividade no acompanhamento e na gestão das aprendizagens: problematizando, desafiando, incitando a curiosidade, a troca de saberes, proporcionando a autonomia no processo da aquisição de novos saberes, desenvolvendo a cooperação, a mediação relacional e simbólica, etc. (SCHLEMMER, p. 8)

Ou seja, esse novo professor urge de uma era digital e ressurge de uma era

tradicional. Ele é convocado a estar ciente dos processos tecnológicos e ainda

compreendê-los e aplicá-los. Tudo reflexo de um momento em que, conforme

Schlemmer (2011), a integração crescente entre mentes e máquinas está alterando

fundamentalmente o modo pelo qual nascemos, vivemos, aprendemos, trabalhamos,

produzimos, consumimos, sonhamos, lutamos ou morremos.

Nesta era digital, os avanços são impostos de forma vertiginosa em todos os

setores, na medicina, comunicação e não seria e nem teria porque ser diferente na

educação. Há um novo perfil de aluno, novas vontades, mentes digitais,

conhecimentos selecionados. A sala de aula precisa ser mais ou tão interessante

quanto às redes sociais, precisa instigar a curiosidade dos sujeitos “aprendentes” e

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fazer com que queiram permanecer pelo prazer do conhecimento. É neste sentido

que Vieira e Vaniel (2011) reforçam o papel dos Ambientes Virtuais de

Aprendizagem (AVAs) tão presentes nesta nova era da mediação pedagógica:

Articulados com outros recursos como: sites, slides e audiovisual colaboram para a transformação das práticas pedagógicas, desde que os professores estejam abertos a essas possibilidades de uso das tecnologias digitais, buscando aguçar no educando a pesquisa constante de novos recursos para sua aprendizagem, possibilitando-o a (re) construir seus conhecimentos de forma interativa. (VIEIRA e VANIEL, 2011, p. 6)

Em termos práticos e objetivos, AVAS são softwares, utilizados como

ferramentas de ensino e aporte aos professores e alunos. O Sócrates, Moodle e o

Solar são alguns exemplos de experiências bem sucedidas, especialmente para a

Educação da Distância (EAD).

Mas para que os AVAS sejam realmente esse aporte interessante e uma

alternativa dinâmica, é preciso, como bem pondera Haguenauer (2003), que “sua

adoção como suporte ao ensino presencial, dependa fortemente da existência de

uma infraestrutura adequada e de uma proposta pedagógica eficiente, fatores

primordiais na promoção de uma melhoria significativa do processo ensino –

aprendizagem”.

O apontamento acima expressa o que de fato ocorre na maioria das escolas

brasileiras. Ou há um professor desinteressado em aperfeiçoar-se lecionando em

uma escola com todos os recursos tecnológicos, ou, há um professor digital em uma

escola onde os computadores são obsoletos ou inexistentes e a conexão com a

internet precária.

Essa escola sem tecnologia, sem espaços virtuais não é mais uma instituição

atraente. Ao contrário dos tempos remotos em que a escola já foi talvez, a única

fonte de saber, hoje em dia é apenas um dos nichos de aprendizado, pois, a

identidade do sujeito, sofre forte influência do contexto das instituições das quais

participa, ou seja, da família, amigos, grupo social (clube, atividades

extracurriculares, grupo ideológico ou religioso) e também através da mídia.

Parte integrante da formação infantil está instituída de modo subjacente pela

mídia, nos meios de comunicação como um todo. Torna-se cada vez mais comum o

uso do cinema, televisão e outros meios como materiais didáticos e de integração

das crianças também em atividades fora da escola. Com o avanço da tecnologia e

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mudanças sociais rápidas, a escola se defronta com o desafio imediato e

fundamental: formar verdadeiros cidadãos, capazes de analisar o mundo, cada vez

mais tecnológico, e construir opinião própria, com a consciência de seus direitos e

deveres.

Como a escola é agora mais um meio burocrático onde se está na maioria

das vezes por mera determinação da sociedade é preciso que a instituição se

reformule e proporcione espaços de expressão, assim como aponta Gutiérrez (1994,

p. 69), “Obrigar um jovem a expressar-se unicamente por meio da linguagem verbal

é enclausurá-lo em um estereótipo insuportável. Os processos expressivos dos

meios (pintura, fotografia, filmadora, etc.) ampliam consideravelmente as vias de

expressão do educando”. O teórico é prolixo ao afirmar que os meios de

comunicação atuais são a fonte onde se autoexpressam os jovens.

Mas o processo de consolidação dos AVAS, como as plataformas, blogs,

sites, OVAs chats entre outros é delicado e requer habilidade do professor que não

pode deixar dominar-se pelos avanços tecnológicos e precisa estar atento aos

caminhos direcionados a pesquisas e demais projetos de aprendizagem.

Costa e Franco (2010) atentam para a facilidade dos AVAS, que ao mesmo

tempo em que tem se disseminado no contexto da educação a distância, “não exige

dos professores um domínio mais aprofundado de informática, sendo necessárias

apenas poucas horas de cursos de formação a partir do uso do ambiente”.

Enfim, as possibilidades são infinitas e se apresentam como alternativas

interessantes, desde que o professor tenha iniciativa e haja espaço técnico

disponível para execução dos projetos através dos AVAS.

2.3 A (Res) significando a importância da pesquisa para o professor

Todas as atividades que envolvem tecnologia tornam-se realmente

interessantes, no sentido em que possibilitam uma ressignificação dos conteúdos e o

que é mais importante, integra de fato o aluno no processo de aprendizagem,

quando através da própria ação enquanto estudante, os conteúdos são

aprofundados e tornam-se ainda mais interessante. Esta apropriação se dá através

da educação pela pesquisa, na qual ao mesmo tempo em que os alunos vão

pesquisando sobre um determinado conteúdo, eles também vão aprendendo sobre

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ele. É um processo organizado, mas que tem a flexibilidade da construção coletiva

do conhecimento.

Assim denotamos que cada vez mais o professor além de docente, precisa

ser um pesquisador. Um novo professor precisa emergir das profundezas do

radicalismo tradicional. As características tecnológicas, as TICs e, principalmente o

perfil do aluno, exige da atividade docente um novo trabalho pedagógico, sem deixar

é claro, de utilizar-se dos recursos que sempre foram bem-vindos, mas integrando-

se a toda possibilidade tecnológica existente.

Galiazzi e Moraes (2002) apresentam muito bem essa necessidade, quando

expressam que os professores precisam migrar de “licenciados de objetos a sujeitos

de ação pedagógica”. Ou seja, o professor não pode ser mais aquele que fica em

frente ao quadro-negro repassando pura e simplesmente um conteúdo. Não poder

ser mais o único detentor do saber e precisa também de humildade, acreditando que

está ali também para aprender.

Uma máxima diz que o bom mestre tem que fazer com que o aprendiz o

supere. Entretanto, a maior parte dos educadores permanece na hierarquia do “eu

que sei aqui”. Não oportuniza espaços que possam modificar a sua própria

programação. Galiazzi e Moraes destacam que o professor precisa sim elaborar

seus argumentos e defende-los criticamente, mas, também precisa ensinar seus

alunos a fazê-lo.

Este novo professor, moderno, humilde, criativo e proativo, deve ainda

segundo os autores, incentivar a pesquisa, por seus vários benefícios, tais como o

de integrar todos os agentes envolvidos e por ser uma atividade dialética, em espiral,

onde são considerados tanto os conhecimentos científicos, como os empíricos,

aqueles presentes nas vivencias e realidades dos alunos. A pesquisa que almejam

os autores deve ser constante e até mesmo, cotidiana em sala de aula.

Os teóricos apresentam de uma forma muito dinâmica o passo a passo da

pesquisa, que está dividido em questionamento, argumentação e comunicação.

Portanto, é preciso expor para um grupo de alunos o porquê está se fazendo, o que

se quer, e como vai ser feito, sendo estas as características da metodologia.

Mas creio que esse procedimento é ainda distante do conhecimento de

muitos dos professores e de forma exponencial, dos alunos. O professor precisa

também respeitar o tempo e contexto onde estão inseridos os alunos. Analisar as

características daquela turma de forma coletiva e porque não de forma intelectual.

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Romero, Andrade e Pietrocola (2011) reforçam a importância de tornar a sala

de aula um espaço atraente e reforçam o papel das TICs, onde assinalam a

possibilidade de inovação no trabalho educacional, ao trazerem propostas atraentes

para alunos habituados, em sua maioria, somente à comunicação e informação

audiovisual, dinâmica e sucinta. Segundo eles, esta necessidade se dá pelo avanço

no uso dos computadores e principalmente da internet, sem esquecer é claro das

considerações da própria Lei de Diretrizes e Bases (LDB) do Brasil que incentiva e

Educação a Distância (EAD). Porém, os teóricos lembram que um bom objeto de

aprendizagem é aquele que atenta a todos os quesitos lúdicos e não apenas

entretêm os alunos. Precisam ter objetivos claros, conteúdo instrucional e feedback.

Os investimentos e as expectativas com relação as TICs são altos, e como resultado temos hoje uma grande variedade de OAs disponíveis nos repositórios on-line dos sites de simulações. Sendo assim, torna-se indispensável, para o desenvolvimento efetivo de objetos de aprendizagem, uma análise detalhada dos roteiros que favoreça a aproximação entre as expectativas do uso das TICs e a realidade. O computador é uma ferramenta adequada para auxiliar nas dificuldades quanto à inserção de novos conteúdos e no interesse e motivação de aprendizagem do “aluno tecnológico”. Porém seu potencial pedagógico só poderá ser explorado plenamente quando aliado a propostas educativas de qualidade, com uma boa articulação entre o currículo escolar e a prática real da sala de aula. (ROMERO, ANDRADE e PIETROCOLA, 2011, p. 9)

A tecnologia realmente está presente como instrumento de pesquisa, mas

uma orientação é necessária. A pesquisa é um instrumento rico, mas que precisa ser

implantando de forma ascendente, onde a cada momento, quando se considerar

oportuno, o professor apresenta informações e possibilidades, considerando o ritmo

da turma. Diante desta realidade que os Projetos de Aprendizagem apresentam-se

como alternativas consistentes, globalizado o saber, aproximando os conteúdos da

realidade, tornando o aluno um sujeito ativo, flexibilizando o uso e tempo dos

espaços escolares.

3 DESENVOLVIMENTO DA EXPERIÊNCIA REALIZADA

Um dos diferenciais da especialização em Tecnologias da Informação e

Comunicação na Educação (TIC-EDU) pela Fundação Universidade do Rio Grande

(FURG) – Universidade Aberta do Brasil - Polo Hulha Negra - é a realização de

atividades práticas que exponenciam nossos conhecimentos teóricos aprendidos

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durante o curso. Poder vivenciar as experiências até então descritas em textos e

opiniões dos estudiosos e dos colegas tornam a prática ainda mais enriquecedora.

Neste contexto, foi que elaboramos uma atividade voltada à própria escola

que estudei o ensino fundamental, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Neli

Betemps, situada ao bairro João Emílio em Candiota/RS. A atividade iniciou com o

Projeto de Ação na Escola (PAE), com um evento junto às duas turmas da 8ª série

da instituição no dia 15 de junho de 2011 reunindo cerca de 25 alunos.

Atividades com os alunos na escola Neli Betemps – 1 º encontro

Atividades com os alunos na escola Neli Betemps – 2 º encontro

Tal atividade foi seguida da oficina Vivenciando o Uso dos Objetos Virtuais

de Aprendizagem (OVAs) junto aos professores das respectivas turmas, assim com

a direção, coordenação da escola e ainda alguns outros professores que se

prontificaram a participar da explanação que realizei sobre tecnologias da

informação e comunicação.

Porém a proposta que feita aos professores para aplicarem um Objeto Virtual

de Aprendizagem (OVA) não teve andamento. No dia da explanação da oficina

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alguns pareceram entusiasmados, porém, após mandei alguns e-mails e fiz contatos

e apenas uma das professoras mostrou-se interessada, o que a princípio me causou

certa frustação, mas depois compreendi, pois conforme Coutinho (2011) ainda há

muita resistência por parte dos docentes e, justificadas, o qual assinala que “Desde

a pouca qualidade do software educacional existente, à frustração dos escassos

retornos educacionais em relação ao esforço inicial para dominar a tecnologia”.

É com esta professora inclusive que pretendo quem sabe continuar a realizar

o trabalho na escola Neli Betemps, pois a Professora Marília Santos de Quadros

criou um blog <http://nelinterdisciplinar.blogspot.com/> e tem uma concepção muito

aberta para com as tecnologias. Quadros (2011) descreve a função do blog como a

serviço do registro dos eventos, das ocasiões em que a comunidade escolar Neli

Betemps está inserida.

3.1 A METODOLOGIA

A realização do Projeto de Ação na Escola (PAE) se deu através de uma

explanação inicial aos alunos sobre o que são as TICs e como elas estão presentes

no nosso dia a dia e, de que forma podemos utilizá-las também na educação.

Também quisemos demonstrar o quanto eles estão submersos no mundo

tecnológico e consequentemente dependente deste.

Schlemmer (2001) enfatiza essa realidade digital que se apresenta e diz que

os sistemas educativos encontram-se, atualmente, submetidos a novas restrições:

de quantidade, diversidade e velocidade de evolução dos saberes. Segundo ela, as

TICs são caminhos interessantes para a ampliação das ofertas de educação, mas,

ainda a grande pergunta se baseia em como elaborar uma metodologia eficaz.

No trabalho que contou com 4h/aulas podemos conhecer um pouco a visão

da turma sobre os recursos tecnológicos. De início realizamos uma apresentação

pessoal para que os alunos pudessem conhecer a nossa trajetória e saberem

também que já havia estado ali naquela cadeira na condição de aluna naquela

escola. Para isso utilizei slides que foram projetados em um data-show da escola. Ao

conversar sobre internet explorei um pouco o tema futuro profissional, vestibulares e

o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), abordando os temas utilizando

imagens e formas que conversaram com a linguagem dos adolescentes. Também

discorremos sobre o tema internet e computador e as possibilidades de estudo.

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Assim, conseguimos obter um parecer dos alunos, sobre como eles avaliam

as TICs e também apresentei alguns conceitos sobre as ferramentas e demonstrei-

lhes que é possível aprender de uma forma prazerosa, tendo como instrumento o

computador e conseqüentemente um repositório.

Também foi possível observar o perfil da turma, não só pelos questionários

que responderam, mas também através do contato e intervenções de cada um. A

turma é de alunos com realidades semelhantes: pobres ou classe média baixa filhos

de empregados da linha de frente, como construtores, domésticas e serviços gerais,

mas que na maioria possui computadores e celulares.

Os alunos formavam uma turma diversificada. Nos primeiros minutos os

alunos demonstraram atenção a minha explanação, não sei se por interesse,

respeito ou pelo pedido da diretora. Mas depois, percebemos o quão é difícil prender

a atenção dos jovens, eles se dispersam por qualquer razão, dão risadas e nada

lhes parece interessar voluntariamente. É nestas horas que constatei a falta de

domínio de sala e metodologia que acreditamos que os professores possuem e fico

pensando que seu eu fosse professora e ninguém estivesse prestando atenção em

mim ficaria frustrada e desmotivada.

De acordo com Liporace (2011) os professores têm ciência da dificuldade

que se tem em manter a atenção do aluno e reforça que desde muito tempo os

adolescentes nunca “morreram de amores pela sala de aula”. Ele afirma também

que não só dos jovens é difícil manter a atenção, mas do público em geral de 20, 30

e 40 anos.

Não se trata de falta de interesse, mas da vida que levamos. Com estímulos vindos de todas as direções, hoje somos acostumados a ver tudo ao mesmo tempo sem nos prender a nada. A profusão dos meios de comunicação e das tecnologias nos habituou a distribuir a atenção, a absorver parte da informação que nos é passada para complementá-la nos outros meios. A forma de absorver informação já mudou e não tem mais jeito. Se o meio jornalístico já está se adaptando a essa nova era, com notícias on-line, pelo celular e com canais de notícias rápidas e superficiais, a publicidade não pode ficar para trás. (LIPORACE, 2011).

3.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS

As turmas em termos de gênero são equilibradas com 56% dos alunos do

sexo feminino e 44% do sexo masculino. A maioria 56% acessa a internet com

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frequência chegando a 48% mais de uma vez na semana e 36% mais de cinco dias

na semana. A maioria dos acessos se dá em casa num percentual de 36%. Em

grande maioria, ou seja, 88%, estão cadastrados em redes sociais, sendo destas

56% no site de relacionamentos Orkut. Já 96% dos alunos utilizaram em algum

momento a internet e o computador em si para os estudos e a maioria absoluta de

100% considera interessante utilização destes para a educação, sendo que 44%

atribuíram esse interesse as novidades e diferenciais que a internet possuí, porém,

curiosamente, da maioria que respondeu consideram interessante a utilização da

internet/computador para o estudo, apenas 88% respondeu que gostaria que os

professores utilizassem-nos em sala de aula em todas as matérias, 41%, apontando

posteriormente, 27% a utilização em Português e Matemática.

Perguntei-lhes se os pais ou professores os aconselhavam a utilizar a internet

para o estudo e 56% disseram que não. Os demais 44% que responderam

positivamente, comentaram que os alertas e instruções se baseiam, 50% nas alertas

do lado positivo e negativo da internet.

3.3 DEMONSTRATIVO GRÁFICO

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há problemas na educação em todo o país. Vemos isso no dia a dia do

jornalismo e de forma mais clara e intensa no curso de TIC-EDU que estamos

realizando, alicerçado em mídias como o documentário “Pro Dia Nascer Feliz” e

vemos que os problemas são mundiais, como na França, através do filme “Entre os

muros da escola”.

No Brasil essencialmente e onde a princípio devemos nos deter, os

problemas existem há décadas e atingem cada escola que são únicas, como

também singulares. É um sistema complexo e cheio de falhas, que envolve: falta de

vontade política, falta de valorização profissional, falta de verbas para educação,

falta de incentivo aos professores e alunos, desmotivação dos alunos, falta de

fomento por parte de muitos pais, enfim, são tantos e tão repletos de peculiaridades

cada problema que fazem o sistema falhar. Muitos são apontados como culpados e

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poucos dão o primeiro passo. A situação da educação fica inerte a cada ano letivo e

não se sabe mais o que fazer, nem como fazer e nem quem deve fazer. Pies (2011)

realça quem está na linha-de-frente é quem mais tem dificuldades. O professor,

neste contexto, está fragilizado, exposto e pressionado por resultados e expectativas

que não dependem somente de sua atuação. Pies (2011) escreve o quanto a

realidade é difícil: [...] sabem que a dureza dos desafios cotidianos supera-se na

disposição de lutar por melhores dias na educação, mas também na sua disposição

de amar e sentir compaixão.

Pontuarmos uma metodologia contundente para ser utilizada a partir de um

determinado momento por um educador em sala de aula não é o bastante. Mesmo

tendo apresentando noções da própria lei-mor do Brasil em educação, a Lei de

Diretrizes e Bases (LDB) e também conceitos de teóricos de renome, o trabalho não

foi persuasivo. Enfrentar com teoria um sistema que na prática é deficitário é quase

que uma utopia.

Porém, não considero inválida a iniciativa e tive um aprendizado no decorrer

do trabalho que com certeza será importante para qualquer prática profissional que

eu venha a desenvolver.

Qualquer trabalho de pesquisa voltado a educação requer tato e habilidade.

Inserir propostas pedagógicas e novas em um contexto repleto de vícios e

melindres, que se submete a um sistema político e de relações de poder, pede no

mínimo uma proposta contundente e com resultados palpáveis.

O professor, especialmente no Brasil é um profissional que, na maioria, está

perdendo a autoestima e sendo desvalorizado e atropelado pela marginalidade. A

tarefa de ensinar já não é fácil e se deparada à desmotivação, piora. Cury (2008)

caracteriza os desafios do ofício: “Para conquistar uma plateia de alunos há riscos. É

necessários decifrar vários códigos da inteligência: teatralizar a exposição,

humanizar o educador, contar histórias, provocar a inteligência dos alunos”.

Cury (2008) vai além ao afirmar que “Estamos formando uma massa de

jovens que estarão aptos a conviver com computadores, mas não com pessoas. A

educação precisa de uma revolução e não de consertos”.

Foram experiências pedagógicas ricas principalmente por eu poder perceber

o preconceito tanto dos alunos como dos professores em relação as TICs. O

preconceitos estão presentes em especial por desconhecimento da maioria em

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relação aos potenciais dos Objetos Virtuais de Aprendizagem (OVAs) e Ambientes

Virtuais de Aprendizagem (AVAs).

Acredito que a comunicação e educação aliadas são capazes de

transformações intensas na sociedade. A prática aliada de ambas as diretrizes e

seus eixos, poderia levar a uma reflexão responsável do aluno desde os primeiros

anos escolares, assim, enfrentando o mundo, as TICs e o mercado de trabalho com

muito mais preparo. Essa teoria é reforçada por Cury ao defender que:

Desde os primórdios dos dias escolares as crianças deveriam descobrir o prazer em expressar seus sentimentos, comentar suas opiniões. Mas não incentivamos as crianças a falarem porque se procura em sala de aula um silêncio doente, um silêncio antipedagógico, que castra o debate de ideias. (CURY, 2008. p. 124)

É neste contexto que se fortalecem também a importância das relações entre

colegas, professores e tutores, que me possibilitaram encontrar diante de um

conflituoso momento profissional uma quem sabe vocação.

A educação e suas nuances vem sendo discutida não só por educadores e

comunicadores em todo o país, mas também por profissionais das mais diversas

áreas, o que denota sua importância na formação do individuo e formação para a

vida. Cury (2006) é um dos psicólogos que avalia essa influência e tem ornamentado

várias de suas obras com observações sobre o processo de ensino-aprendizagem.

“Muitos alunos não se adaptam o ensino tradicional e são considerados

incompetentes ou deficientes porque o modelo educacional nem sempre estimula

adequadamente os papeis da memória” (CURY, 2006, p. 56), avalia o psicólogo, ao

criticar, especialmente o modelo de aplicação das provas escolares.

O autor aponta ainda que na escola tradicional “grande parte dos alunos não

desenvolve a arte da pergunta e a arte da dúvida” o que causa lá na frente,

profissionais inibidos, que não questionam, não discutem, não se tornam

engenheiros de ideias.

Enfim, mais do que tentar implantar tecnologias da informação e comunicação

nas escolas é preciso uma mudança de paradigmas, uma abertura do sistema como

um todo para o novo momento da educação. Uma mudança que não deve ser

hierárquica, mas sim motivacional, que provoque a vocação de cada docente.

REFERÊNCIAS

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