Índice FipeZAP de Preços de Imóveis Anunciados - Resultados de Março / 2015
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diÁloGoNa esCola, em famÍlia
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educação edição 47
farol da
mai • jun • jul 2014
ouvir e falar internet
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Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las.”
VoltaireEscritor, ensaísta e filósofo iluminista
O francês François Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire, lutou em defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio.
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6 Educação em mão duplaNossa forma de aprendizado incentiva a autonomia e o diálogo entre os alunos e entre aluno e professor
8 Saber ouvir e falarA falta do diálogo traz distanciamento, barreiras, sobrecarga, culpa, insegurança e medo de não transmitir valores para os filhos
10 Junto e antenadoO tempo é curto, todos temos muitos afazeres, mas o que talvez seja mais importante é estar presentes na vida dos filhos
12 Nas mídias digitaisPara produção coletiva de texto, alunos analisam a complicada questão do uso adequado das mídias sociais e os seus riscos
14 Galeria de fotosAs imagens que registram os bons momentos na escola
16 Cuidando do planetaNossos limites ambientais estão ficando cada vez mais evidentes para a sociedade
18 Crônica do Saberinternet: se souber usar não vai prejudicar
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Editor ChefeEduardo Ritschel (Mtb 22.191)[email protected]
Reportagem e RedaçãoRenata de Albuquerqueinnews intelligence Edições ltda.
RevisãoRenata de Albuquerque
Colégio Arbos - Conselho EditorialDiretor Geral: Pedro Cia Diretor de Marketing: Mario Francisco Cia Diretor de RH: Pedro Cia Junior Diretor Pedagógico: Paulo André Cia Diretor de infraestrutura: Marcelo José F. F. Alves Diretor Financeiro: Ernesto Albuquerque D’Andrea Diretora do Arbos/SA: luciana de Vitta Costa Diretor do Arbos/SCS: Mario Ademar Fava Diretor do Arbos/SBC: Mauricio Celli de vitta
Equipe de MarketingPaola Muniz dos Reis, Giuliana Rinaldie Kauê Rodrigues
Editoração eletrônicaáttema Editorial :: [email protected]
Direção ComercialEdson Faria [email protected].: 11 4058.8365
tiragem de 5 mil exemplares. Os artigos e informes publicitários não representam necessariamente a posição da revista e são de total responsabilidade de seus autores.
editorialO diálogo sempre faz a diferença. E confirmamos isso até mesmo quando ex-
-alunos visitam nossa escola para dividir conosco como estão prosseguindo em
suas vidas. Eles nos relatam seus caminhos na universidade e na vida profissio-
nal. Ao estreitar relações, pais e alunos percebem que a escola faz parte de suas
histórias de vida.
O diálogo faz parte de nossa proposta pedagógica e estreita a relação com a
família estabelecendo uma parceria para resolver as situações que envolvem
seus filhos. Já o aluno, quando tem um canal de diálogo aberto com a escola,
sente-se acolhido, indicando quando precisa de ajuda ou de conselhos para resol-
ver ou compreender as mudanças ou conflitos por que está passando.
A disciplina Prática Educativa Coletiva (PEC) foi criada porque a escola perce-
beu que, com a mediação de um adulto, os alunos conseguem resolver mais
facilmente conflitos entre eles mesmos. Os alunos do 4° ao 9° anos do Ensino
Fundamental conversam com seus professores tutores e orientadores sobre o que
eles esperam da escola, sobre situações de conflito e como podem resolvê-los.
A PEC existe há dois anos e o resultado é uma grande diminuição de ocorrências
disciplinares na escola.
O professor também é fundamental na cultura do diálogo que temos no Arbos.
Semanalmente, temos horários para que eles atendam os pais e os alunos.
O diálogo é de suma importância entre pais e filhos, professores e alunos e
bons amigos. Assim, todos aprendem e crescem. E esses ensinamentos e valores
compartilhados ajudam nossos jovens a fazer suas escolhas, mudar de rumo,
encontrar-se e firmar-se para se sentir bem, tornando-os agentes transformado-
res da e na sociedade.
Mauricio Celli de VittaDiretor do Arbos/SBC
Patrocínio
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6 Farol da Educação | mai • jun • jul 2014
mundo da tecnologia digi-
tal trouxe para o ambiente
escolar uma condição intensa
de interatividade. “Existe um
espaço de interatividade, do diálogo entre
sujeitos que ensinam e aprendem juntos, da
multiplicidade de janelas abertas, no qual
cada um constrói o seu percurso e se torna
protagonista da aprendizagem”, nos contou
a educadora e escritora Andrea Ramal, em
entrevista à Farol da Educação, na edição
46. Acabaram os processos lineares, a sepa-
ração entre quem sabe/ensina e quem não
sabe/aprende.
Durante as aulas no Colégio Arbos, os
professores agem como mediadores, tiran-
do dúvidas e suscitando questionamentos.
Essa forma de aprendizado é interessante
porque trabalha habilidades e competên-
cias específicas e incentiva a autonomia e o
diálogo entre todos envolvidos no ambien-
te de sala de aula.
Outro beneficio, que a proposta pedagó-
gica contempla, é que o professor tem a
flexibilidade de propor atividades em que
um grupo de alunos pode estar fixando
um conteúdo, enquanto outro está numa
etapa de aprofundamento. Quando eles
interagem, dialogando sobre isso, o apren-
dizado se enriquece e torna-se prazeroso
e significativo. Quando os alunos estão
trocando experiências sobre os conteúdos
e praticando exercícios que aumentam a
atividade cerebral, despertam o interesse e
a autonomia em aprender.
Se a tecnologia subverteu as relações entre
professores e alunos e entre pessoas e
conhecimentos, o diálogo face a face está
na espinha dorsal do desenvolvimento
pedagógico.
Para estimular o diálogo, a resolução de
conflito, a importância do coletivo, pra-
ticar valores e fazer escolhas, as aulas
de Prática Educativa Coletiva (PEC), são
realizadas com os alunos dispostos em
círculo sendo o local e o momento para
compartilhar e discutir assuntos e confli-
tos do dia a dia escolar, mediados por um
Orientador Educacional e por um professor
tutor (específico para cada turma), que atua
como facilitador do diálogo. O resultado
desse trabalho que já vem sendo realiza-
do há 3 anos é percebido na mudança de
atitude dos alunos frente aos problemas
Educaçãouma via de mão dupla
oPOR GuStAvO BRiG iDE
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Educaçãouma via de mão dupla
Quando há diálogo, há espaço para ser ouvido, para se posicionar de forma reflexiva, colocar as ideias, ser criativo e interagir”
Gustavo BrigideOrientador Educacional
pedagógicos, disciplinares e pessoais, com-
partilhados e resolvidos no coletivo. Eles se
sentem parte do processo e responsáveis
pelo mesmo. Como material complemen-
tar as aulas, aplicadas do 4º ao 9º ano do
Ensino Fundamental, o Diário de Bordo é o
local onde os alunos registram livremente
suas percepções e reflexões (a partir do 6º
ano, os alunos utilizam o caderno virtual
inserido no iPad), colaborando para o auto-
conhecimento e desenvolvimento de um
ser reflexivo.
A tríade do diálogo entre aluno, escola e
família é de fundamental importância para
esse trabalho. Estamos sempre abertos para
atender as famílias e também as procura-
mos, quando necessário.
O Arbos é uma escola reflexiva, que estimu-
la seus professores e alunos a serem refle-
xivos. O corpo docente da rede é estimula-
do e orientado a ser Professor-aprendente,
inovando as aulas e buscando sempre
novos métodos para melhorar o processo
ensino-aprendizagem.
Enquanto dialogamos, repensamos cada
problema e cada questão envolvida. Quando
há diálogo, há espaço para ser ouvido, para
se posicionar de forma reflexiva, colocar as
ideias de forma clara, ser criativo e interagir
com os colegas, professores e familiares.
Porque, mesmo tendo a tecnologia como
ferramenta educacional, o diálogo e as rela-
ções interpessoais são fundamentais para
a formação de um cidadão comprometido
e feliz.•Gustavo Brigide é Orientador Educacional.
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o consultório é comum ouvir frases como: “Meus filhos não me escutam”, “Meu pai não me ouve”, “Meu pai não me entende” ou “Adoraríamos manter uma conversa com nossos filhos, mas como? Como conseguir tal proeza?”.
A falta do diálogo traz inúmeros problemas: distanciamento, bar-reiras, sobrecarga, culpa, insegurança, medo de não transmitir valo-res e até o risco de abrir espaço para pessoas prejudicarem nossos filhos. tudo isso faz com que utilizemos todos nossos recursos para afastar este mal.Em nosso ímpeto de criar um diálogo, sobrecarregamos nossos filhos com sermões sobre certo e errado e os abarrotamos de per-guntas. O que recebemos em troca, geralmente, é um olhar parado, ou uma resposta seca. E surge nossa frustração.O assunto não é tão simples e requer algumas habilidades que exigem mudanças de hábitos arraigados, coisas que aprende-mos e ouvimos desde pequenos e fazemos com as melhores intenções.
O psicanalista, educador e escritor Ruben Alves, no texto “Escutatória”, explicou que sempre via anunciados cursos de oratória. “Nunca vi anunciado curso de escutatória. todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular”.Parafraseio Alberto Caeiro, heterônimo criado por Fernando Pessoa: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma”. Minha primeira dica para um diálogo é: ouça, ouça com atenção, não olhando para a televisão, ou realizando um trabalho. De preferência, pare o que está fazendo e olhe para seu filho, ouvindo o que ele tem a dizer, e não se apresse a dar sua opinião ou solução. Escute acompanhan-do a história narrada.Algumas vezes, você não pode parar o que esta fazendo, mas pode demonstrar a importância de ouvi-lo dizendo: “O que você tem pra me dizer parece importante e agora não posso parar para ouvi-lo,
NPOR MáRCiA REGiNA ORSi
diálogo pai e filho
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gostaria de ouvir assim que eu terminar o almoço”.Quantas vezes nesta frase você repetiu a palavra ouvir? É isso que você tem a fazer: ouvir. Não há nada mais irritante e frus-trante que falar e ter a impressão que não estão prestando atenção.uma vez que está ouvindo seu filho, resista à tentação de dar conselhos ou fazer per-guntas. Estas duas atitudes têm o poder de travar as pessoas. imobilizam-nos porque nos dão a sensação de inadequação e incompreensão e de que não estão nos ouvindo de fato. vale mais apena ouvir com palavras que estimulem a fala: “Hum... Sei... Oh...”. Dessa forma, eles vão falan-do mais a vontade e podemos perceber melhor seus pensamentos, funcionamento e sentimentos.Mas eu não vou falar nada? Bem se nossos exemplos falam mais alto que nossa fala, se você o ouvir é possível que ele vá te
ouvir. Pode até parecer curioso ele querer saber o que você pensa. Mas resista a ten-tação até mesmo nessa hora e diga: “Hum, o que você acha?”.As nossas preocupações com o bem estar de nossos filhos muitas vezes bloqueiam conversas que poderiam ser emocionantes. E não há nada que mexa mais com a gente do que os sentimentos dos nossos filhos. Às vezes pensamos que se evitarmos os sentimentos negativos, eles desaparecerão. Costumamos dizer aos nossos filhos: “você não está sentindo o que está sentindo”; “isso não foi nada, não precisa chorar!”; “Não fique triste, você arruma outro namo-rado!”; “você não odeia, esse sentimento é muito feio”.E assim, querendo tirar os sentimentos incômodos dos nossos filhos, negamos sua existência. Quando seu filho ou filha lhe trouxer um sentimento indesejado, reco-nheça: “Hum... parece que doeu...”; “isso te
deixou muito triste!”; “É difícil perder um
namorado!”; “você parece com raiva”.
Mas não estarei estimulando estes senti-
mentos? Não, você está dizendo que eles
são reais, reconhece e sabe o que é senti-
-los. Assim ele pode se abrir com você e
ir adiante com a conversa. Reconhecer os
sentimentos dos filhos causa um alívio do
tipo “Alguém me entende”. Não estamos
concordando com eles, só reconhecendo.
Dialogar não é fácil, é preciso aceitar o que
o outro tem a dizer, suas questões, expe-
riências, sentimentos, ouvir com atenção,
interesse e principalmente empatia. uma
vez feito isso, o que pode surgir é a confia-
bilidade e o sentimento de pertencimento.
Posso te ouvir agora que me ouviu. •Márcia Regina Orsi é Psicóloga Especialista em Terapia Familiar Sistêmica, do Instituto Terapia Sistêmica. Tel.: 017 3353.2336 – email: [email protected]
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que significa dizer: “trabalhamos muito para dar o
melhor para os filhos.. .”? Boa alimentação, boa edu-
cação e acesso à cultura são aspectos importantes,
mas algo que anda escasso e que é vital para o ajus-
tamento emocional das crianças é o convívio familiar, a troca de
afeto, estar junto e “antenado” ao que a criança de fato necessita.
Certamente não estamos falando em dar à criança os objetos de
seu desejo, como brinquedos, roupas de marca e viagens da moda,
mas sim algo simples e primordial que deveria estar na nossa lista
de prioridades quando pensamos no bem estar de nossos filhos:
conversar e brincar juntos.
Nos dias atuais, tempo é curto, todos temos muitos afazeres, mas o
que talvez seja mais importante, quando falamos em dar o melhor
aos nossos filhos, diz respeito a estarmos presentes em sua vida,
seja para fazer uma atividade junto na cozinha, arrumar a casa, brin-
car, jogar um jogo de tabuleiro, que permite interação. Mas também
vale jogar uma partida de vídeo game junto com o filho, assistir a
um filme juntos, ir a uma peça de teatro e conversarem a respeito.
Perceba que há uma repetição da palavra “junto”, pois o que pre-
tendo é destacar o quanto isto é primordial.
vale lembrar que neste contexto não se exclui a necessidade de
colocar limites, cuja importância está em passar valores para os
filhos, mas também representa para a criança que os pais estão
atentos, preocupados e sabem o que é melhor para ela. Esta é uma
forma de trazer segurança, confiança e demonstrar que os pais
estão atentos ao filho. E os filhos sentem isto.
Muitos sintomas emocionais, que nos chegam como queixa ao
consultório, como ansiedade, desatenção, birras, comportamento
desafiador, entre tantos outros, podem significar que a família
está com dificuldades em colocar em prática algo que deveria ser
natural, mas que tem se perdido na atualidade.
Parecem atitudes comuns e são, mas com um forte efeito positivo sobre
a saúde emocional das crianças. isto é dar o melhor aos filhos! •Claudia V. Silva D’Amato é psicóloga Especialista em Psicossomática Psicanalítica pelo Instituto Sedes Sapientiae e em Psicologia Clínica aplicada ao hospital pelo Instituto do Coração – HC – FMUSP - [email protected]
estar juNto Na vida
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ma atividade de produção de texto de opinião da
unidade Arbos/SBC, conduzido pela professora Elaine
Cristina tilly Pelichero com os alunos do 5° ano do
Ensino Fundamental, reuniu muitos elementos do pro-
cesso educacional em desenvolvimento na escola.
“O principal deles é a proposta pedagógica da sala de aula inver-
tida em que o conteúdo é recebido pelo aluno antes que ele seja
trabalhado em sala”, diz Kátia Rincon vendramini, Coordenadora
dos Ensinos infantil e Fundamental i. As atividades preparatórias
praticadas pelos alunos (inversão de conteúdo) favorecem a aula
ministrada depois.
Mas o principal resultado desse processo foi a imersão dos alunos
na complicada questão do uso adequado das mídias sociais e os
riscos que essa atitude representa para a segurança das crianças.
“Estamos muito orgulhosas dos nossos alunos”, conta a professora
Elaine. “Além de vermos o crescimento da oralidade e da escri-
ta, atingindo com isso o nosso objetivo de trabalho em língua
Portuguesa, percebemos uma grande maturidade das crianças em
relação ao grave problema do mau uso da internet, alvo de nossas
discussões”, analisa.
A jornada do conhecimento começou com o estudo antecipado por
meio das atividades prévias às desenvolvidas em sala, assim como
o previsto no conceito de “aula invertida”.
“Os alunos conheceram duas cartilhas sobre os riscos da internet
postadas em meu blog”, explicou Elaine. levaram o tema para casa
e discutiram em família. As reflexões no lar foram o combustível
para o debate organizado em sala com os colegas de turma, que
depois resultou num texto coletivo de opinião sobre o tema debati-
do (confira a reprodução de um desses textos na página 18. O outro
está publicado no blog da revista faroldaeducacao.blogspot.com.br).
u
MÍdias sociaiso QuE sE fala nas
Para produção coletiva de texto, alunos analisam a complicada questão do uso adequado das mídias sociais e os seus riscos
Mariana, Lucas, Rafaela e Breno: grande maturidade em relação ao grave problema do mau uso da internet.
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Os alunos vibraram com a experiência
e destacaram o muito que aprenderam
sobre o uso das mídias digitais.
“Eu não entro em site estranho e acre-dito que os pais devem acompanhar o uso que os filhos fazem da internet até uma determinada idade.”Lucas Gimenez Dias
“Usar o computador é bom para fazer pesquisas e os estudos antecipados, mas também é bom para conversar com os amigos e para se divertir. Devemos seguir orientações para não correr riscos.”Breno Fugita de Castro
“Achei muito interessante o debate em sala de aula, assim como a conversa com os pais e a análise da cartilha.”Mariana Garcia Ducatti
“Eu verifico bem quem quer ser meu amigo e já recusei aceitar contato com quem eu não conheço. Duas pessoas me pareceram falsas porque não tinha nenhuma postagem em seu perfil.”Rafaela da Silva Feliciano Pimenta.•
Os alunos utilizaram o blog saberlinguaportuguesa.blogspot.com.br, desenvolvido pela professora Elaine Cristina Pelichero, para estimular a reflexão sobre o tema proposto em sala. Na foto, a coordenadora Kátia Rincon Vendramini e a professora Elaine Cristina Tilly Pelichero.
Crianças desprotegidas?O uso da internet pelas crianças e pelos ado-
lescentes tem causado muitas polêmicas. Redes
sociais, sites de jogos online, aplicativos e salas
de bate-papo podem causar vários problemas
e chegarem a ser perigosos para usuários des-
protegidos e mal informados sobre os proble-
mas causados pela internet. Segundo pesquisas
realizadas em 2010, as crianças brasileiras são
as que mais ficam online, passando, em média,
18,3 horas por semana. Desse total, muitas delas
já tiveram alguma experiência negativa online,
adicionaram um desconhecido na rede social,
baixaram algum vírus no PC da família e viram
imagens violentas ou de nudez.
Trecho da produção coletiva
dos alunos dos 5° anos A e B.
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Galeria de
fotos1. Encontro sobre profissões
2. Conhecendo as cobras – Arbos/SCS
3. Arbos Solidário – Arbos/SA
4. Expedição Pedagógica no Parque Sabina – Arbos/SBC
5. Dia das Mães – Arbos/SCS
6. Festa Junina – Arbos/SBC
7. Ginástica Acrobática do Arbos é destaque na abertura da Copa
8. Dissecando a lula – Arbos/SA 33
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ossos limites ambientais estão ficando cada vez mais
evidentes para a sociedade. tal constatação traz dife-
rentes posturas: desde ignorar a situação até se camu-
flar de “ecológico”. Mas alguns avançam e se engajam
em movimentos ambientais. O fato é que a crise é generalizada:
ambiental, econômica, cultural, ética, educacional, religiosa e por
aí vai. Nunca alcançamos cifras tão aviltantes de degradação em
escala e complexidade. Alguns impactos ambientais e sociais já são
irreversíveis. O desafio é mudarmos nosso padrão civilizatório.
É disso que tratamos quando tentamos explicar o desabasteci-
mento de água potável na Região Metropolitana de São Paulo.
A cruel situação está obrigando a todos a repensar este bem natu-
ral e nos perguntarmos: “Como usamos este recurso em nossas
casas?”; “Como tem sido feita a gestão da água e dos mananciais
pelos governos?”; “Com quais políticas e tecnologias incentivare-
mos o reuso e o combate às perdas d´água?”.
A crise da água exige de todos nós uma nova consciência. inclusive
para responder àqueles que, quando são chamados a atenção pelo
desperdício, respondem: “vai cuidar da sua vida”! E podemos res-
ponder: “É exatamente isso que estou fazendo! Cuidando da vida, da
minha, da sua e do nosso planeta”.
É triste notar que a escassez está nos educando ambientalmente.
CuidaNdo do nosso planEta
N
É triste notar que a escassez está nos educando ambientalmente.
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Moramos na mesma casa, a terra, somos parte deste mesmo
ambiente, que é inteiro, coeso, conectado, integrado, indissociá-
vel e interdependente. Se desejarmos um bem viver, temos que
aprender a ter cuidados e limites, adotando o equilíbrio, o respei-
to com a terra, para só depois podermos dizer que somos adeptos
de práticas sustentáveis.
Mas essa tal sustentabilidade somente se fará eficaz com uma
participação popular qualificada, fomentadora de um legítimo
diálogo, essencial para lidar com os conflitos e contradições em
todos os níveis, pessoal e coletivamente, nas esferas econômica,
social e política.
lembremos que a ausência da democracia faz emergir populistas
e autoritários. tem sido assim na história recente da América
latina e do mundo. Por isso, já não nos basta “pensar global e agir
local”. Precisamos de uma nova ordem democrática.
vale citar e conhecer valiosas práticas sociais. uma é a Carta da
terra, resultado de um amplo diálogo internacional e intercultu-
ral em prol de uma ética global com educação para a sustenta-
bilidade. Outro exemplo é o programa Cidades Sustentáveis, que
fortalece o diálogo entre governos e sociedade civil e que esta
sendo adotado em várias cidades do mundo.
A dica para superar essa crise é aprender a aprender juntos, rein-
ventar nossas relações, criar novas dinâmicas mentais e espirituais
capazes de ligar, interar e alternar posições, aceitar a diversidade e
diferenças, construir redes, trilhas e plataformas de conhecimentos
que se interajam e se complementem. Enfim, buscar vivências de
inteligências coletivas e contínuas que ‘resignifiquem’ o nosso
sentido na vida. •Elena Maria Rezende é socióloga e educadora socioambiental. Atua como gestora ambiental no Semasa.
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18 Farol da Educação | mai • jun • jul 2014
crônica do sabercrônica do saberPRODuçãO COlEtivA DOS AluNOS DO 5° ANO D DO ARBOS/SBC
vida virtual está cada vez mais presente no nosso dia a dia. As
crianças, adolescentes, jovens e até adultos pensam que estão
protegidos atrás da tela, mas estão correndo sérios perigos,
por isso a discussão sobre esse assunto é muito importante
para que todos reflitam.
Nosso tema girou em torno do uso que as pessoas da comunidade, princi-
palmente as crianças e adolescentes, fazem da internet. isso gerou um aler-
ta para que ficássemos atentos aos perigos do mundo virtual. Percebemos
que a maioria deles ocorre através das redes sociais como: os vírus, hackers,
ciberbullyng, pedofilia, sequestro, trotes, roubos, etc.
O assunto é tão polêmico que desperta vários pontos de vista e opiniões.
uns acreditam que não estão preparados para conviver sozinhos no mundo
virtual, por isso os pais devem participar.
Porém, de acordo com o estudo realizado pela professora Solange Barros da
universidade Mackenzie, que entrevistou crianças e adolescentes entre 10
e 18 anos, 99% deles sabem dos riscos que a internet pode causar. O que
mais nos impressiona é que a maior parte faz uso da internet sem nenhum
controle dos pais.
Hoje em dia está mais difícil saber o que os filhos estão acessando, porque
a conexão com a internet pode ser feita em diversos ambientes, como no
clube por exemplo. Mesmo assim, algumas pessoas são a favor da presença
física dos pais nos momentos em que seus filhos estão online até que sai-
bam usar com responsabilidade.
A maioria dos alunos do 5º ano da nossa escola defende que os pais devem
saber os sites, vídeos, imagens e publicações que são acessados, porém não
precisam ficar “colados” fisicamente. Para isso, existem aplicativos e progra-
mas para controlar todos os acessos e publicações de seus filhos.
Acima de tudo é preciso estabelecer um relacionamento de confiança entre
pais e filhos para que, juntos, reflitam sobre o que pode ou não ser acessado.
Assim nós poderemos ter acesso a todos os benefícios da internet sem nos
prejudicarmos. Prevenir é sempre melhor do que remediar. •Este trabalho foi produzido sob a coordenação das professoras Elaine Cristina Tilly Pelichero e Vania Maria Galli Perini - 5º ano D. A íntegra da redação realizada pelos alunos dos 5° anos A e B está disponível no blog faroldaeducacao.blogspot.com.br
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Biblioteca Centro Esportivo Centro de Pesquisas
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