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  • MENSAGEM DO DIRETOR-PRESIDENTE2010, para a EDP no Brasil, foi o primeiro ano de um novo ciclo na inovao.Mantendo o rumo estratgico de crescimento orientado, eficinciasuperior e risco controlado, investimos em aes para promover odesenvolvimento de novas prticas na empresa e na sociedade, visando aum horizonte de 10 anos. Entendemos que no mais possvel garantir a sustentabilidade donegcio sem inovar. H que procurar novas perspectivas, novosprocessos, novas abordagens para que se possa maximizar a eficinciana utilizao dos recursos, fazendo melhor, com menos custos, maiseficincia, menor impacto no entorno e uma entrega de valor maisequilibrada a todos os pblicos de interesse.Aps dcadas sem grandes transformaes, tornou-se imperativo para osetor eltrico procurar novas respostas estruturais. Vivemos um tempo dereajuste na relao do homem com a energia. O ordenamento que hojeconhecemos das atividades de gerao, transmisso e distribuio deenergia eltrica mostra-se cada vez menos adequado realidade social,econmica, geopoltica e ambiental emergente. Est em curso uma mudana de paradigma fundamentada na eletrificaointensiva da economia, na descarbonizao, na utilizao eficiente ecustomizada da energia e, cada vez mais, na micro gerao distribuda,em novas formas de armazenamento de energia eltrica e em redes dedistribuio inteligentes e bidirecionais.Nesse cenrio, a adoo dos princpios do Global Compact (Pacto Global)como base de nossas aes e iniciativas fundamental na busca deresultados que se convertam em benefcios e criao de valorcompartilhado a toda a sociedade, construindo o caminho para superaodos desafios que se colocam.

    O futuro est prximoPara nos prepararmos para essa nova realidade lanamos o ProgramaEDP 2020 - Rumo Nova Era Energtica, que traz a proposta de estimulara concepo de novos modelos de atuao, reflexo fundamental paranos mantermos competitivos. Uma das iniciativas o EDP 2020 - Prmiode Inovao e Empreendedorismo, maior premiao do setor eltrico nopas, com aporte de R$ 1 milho durante os prximos dez anos. umestmulo comunidade tcnico-cientfica que nos rodeia a desenvolversolues economicamente viveis nos campos de energia limpa eeficincia energtica. Como no podia deixar de ser, o programa tambm envolve aes nodomnio da mobilidade eltrica. A poluio causada pelos meios detransportes movidos a derivados de petrleo um dos maiorescontribuintes para o aquecimento global, nomeadamente nas cidades.Ser, portanto e inevitavelmente, uma das reas em que a penetrao denovas formas de energia se far com mais intensidade.Com essa convico, lanamos a primeira rede de abastecimento eltricode veculos nos Estados do Esprito Santo e de So Paulo, onde se situamas nossas reas de concesso para distribuio de eletricidade.Instalamos, j, 20 postos de recarga e complementarmente fizemos adoao de 90 bicicletas eltricas para patrulhamento por agentes pblicosnos dois Estados. As redes inteligentes na distribuio de energia so outro dos nossosplos de atuao. Alm da progressiva colocao de telemedidores, nosnossos clientes, lanamos no ms de dezembro o projeto ClimaGrid, emconjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). umprojeto inovador que conjuga de forma efetiva meios de controle da redeeltrica com sistemas de previso meteorolgica com o objetivo de evitarou reduzir tanto quanto possvel as perturbaes causadas na redeeltrica (e, em conseqncia, no servio que prestamos) por tempestadese descargas atmosfricas. Conjugando eficincia energtica, energias renovveis, incluso social epreveno de fraudes, iniciamos um projeto emblemtico direcionado apopulaes de baixa renda, que realizamos em parceria com aCompanhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano do Estado de SoPaulo (CDHU). Em prdios de apartamentos da CDHU emPindamonhangaba e Mogi das Cruzes instalamos painis solares, paraaquecimento da gua de banho e, adicionalmente, promovemos a trocade lmpadas e de equipamentos, e otimizamos as instalaes eltricasexistentes, reduzindo significativamente o consumo das famlias. Confirmamos, na prtica, o conceito em que acreditamos: no seconsegue mais garantir a sustentabilidade sem inovar.

    Solidez e confiabilidadeNosso olhar para o futuro se apia em um presente slido. Aocomemorarmos cinco anos de abertura do nosso capital na Bolsa deValores de So Paulo (Bovespa), podemos afirmar que desenvolvemostodos os setores de atuao. Nossas aes valorizaram-se 177% desdeento. A receita bruta cresceu 32% nos ltimos cinco anos, atingindo R$7,7 bilhes em 2010, 10,3% acima do ano anterior. O EBITDA chegou aR$ 1,6 bilho, com aumento de 3,5% em comparao a 2009 e de 69,8%no acumulado de cinco anos, e o lucro lquido atingiu R$ 582,6 milhes,em comparao a R$ 695,7 milhes em 2009 ou R$ 574,7 milhes,excluindo-se o efeito no recorrente da alienao da ESC 90. O bomdesempenho do Grupo, aliado a uma gesto eficiente e sustentvel,explica o destaque no Prmio As melhores companhias para osacionistas 2010 da revista Capital Aberto.Conforme nossa determinao estratgica, a capacidade instalada degerao de energia no parou de crescer no ltimo ano, em projetos derepotenciao e construo de novas usinas, como a Usina TermeltricaPorto do Pecm I e o Parque Elico de Tramanda. Contrato realizado como Banco Europeu de Investimento (BEI) proporcionou crdito de 90milhes de euros para as distribuidoras do Grupo e a operao definanciamento de Pecm foi premiada pela publicao Euromoney comoLatin Power Deal of the Year.Sabemos que 2011 representar um perodo de novos desafios,principalmente na questo regulatria. Manteremos o foco na eficincia,para que possamos apresentar bons resultados para clientes, acionistas,colaboradores, fornecedores e comunidades, a quem agradecemos acolaborao, apoio e estmulo durante o exerccio que agora termina.

    frente de nosso tempoProcuramos estar frente de nosso tempo, preparados para umarevoluo em nosso setor. Os prximos dez anos sero crticos. Asempresas precisaro definir e executar rapidamente suas transformaespara no ficar fora do mercado. Todos e cada um dos processos operacionais, econmicos ou tcnicosque constituem o negcio devem ser revistos de forma a garantir asustentabilidade da empresa e tm de embutir os mecanismos queevidenciem essa mesma caracterstica essencial. Mais do que uma boa prtica moral, e por isso um custo suportado emnome de uma boa inteno, o exerccio da sustentabilidade condioincontornvel para o benefcio econmico. Deixou, por isso, de ser umaopo e tornou-se uma imprescindibilidade. Sabemos que no estamos sozinhos. Somos parte de um grande sistemaglobal movido por fortssimas interdependncias. Trabalhar com os outrospara o bem de todos uma obrigao que assumimos naturalmente.Antnio Pita de AbreuDiretor-presidenteORGANOGRAMA SOCIETRIOA EDP Energias do Brasil uma holding que detm investimentos no setorde energia eltrica, consolidando ativos de gerao, distribuio ecomercializao. Est presente no segmento de gerao em seis estados(Esprito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Cear, Santa Catarina, eRio Grande do Sul) e no segmento de distribuio em dois estados (SoPaulo e Esprito Santo).Controlada pela EDP Energias de Portugal, uma das maiores operadoraseuropias no setor energtico, a EDP Energias do Brasil abriu seu capitalno Novo Mercado da Bolsa de Valores de So Paulo, em julho de 2005,

    aderindo aos mais elevados padres de governana corporativa. Oorganograma a seguir sintetiza a atual estrutura societria do Grupo:

    CENRIO MACROECONMICO E O SETOR DE ENERGIA ELTRICA

    O ano de 2010 registrou resqucios de instabilidade no cenrio econmicointernacional causado pela forte crise financeira iniciada em 2008, com aeconomia norte-americana e da zona do euro enfraquecidas. Por outrolado, os pases do BRIC (Brasil, Rssia, ndia e China) superaram a crisee se destacaram positivamente.No Brasil, o ano foi marcado por uma estabilidade financeira e cenriopositivo, reflexo do aumento do consumo interno. A criao de emprego foia maior do ltimos 10 anos, o crdito farto e mais acessvel resultou emum crescimento do PIB na ordem de 8,4% at setembro em comparaocom o mesmo perodo de 2009, com expectativa de registrar umcrescimento prximo a 8% em 2010. Entretanto, a presso inflacionria,forou o Banco Central a elevar a taxa bsica de juros (Selic) para 10,75%a.a., preventivamente.Os impactos da valorizao do Real frente ao Dlar, desde acompetitividade da indstria nacional no exterior ao forte aumento dasimportaes, impeliram o governo a tomar uma srie de medidas natentativa de conter esse movimento e devero permanecer em foco no anode 2011.

    CONSUMO DE ENERGIA

    O consumo nacional de energia eltrica na rede totalizou 419.016 GWhem 2010 representando um acrscimo de 7,8% em relao a 2009. Asclasses residencial e comercial mantiveram o patamar de crescimento doano anterior, crescendo 6,3% e 5,9%, respectivamente.Destaca-se, para a classe residencial, a elevao do CPC (consumo porconsumidor) que passou de 150,1 para 153,9 KWh e a realizao de2.064 milhes de novas ligaes. A classe industrial consolidou arecuperao iniciada no segundo semestre de 2009, crescendo 10,6% noano. Este resultado fez com que o montante de energia distribuda em2010 superasse os valores de consumo de 2008, antes da crise.

    AMBIENTE REGULATRIO

    Alteraes RegulatriasNo incio de fevereiro, a ANEEL aprovou e as empresas de distribuioassinaram aditivo ao Contrato de Concesso, atribuindo um novotratamento aos ganhos ou perdas oriundos dos encargos setoriaiscobrados nas tarifas. O impacto nos resultados das distribuidoras da EDPno Brasil foi de R$ 34 milhes no ano, atuando de forma a reduzir astarifas dos consumidores.A ANEEL tambm publicou a Resoluo 414/2010, em setembro, a qualconsolidou os direitos e deveres dos consumidores e das distribuidoras,incorporando outras regulamentaes. Para as distribuidoras da EDP noBrasil, a resoluo traz impactos considerados de pequena magnitude,como a instalao de atendimento em alguns municpios nas reas deconcesso e a definio de novos prazos para o atendimento dassolicitaes de ligao e religao de unidades consumidoras.No segmento de gerao, houve avano na regulamentao do reclculode energia assegurada de usinas hidreltricas. O Ministrio de Minas eEnergia, por meio da Portaria 861, determinou metodologia para a revisoextraordinria dos montantes de garantia fsica de energia de hidreltricascom capacidade instalada superior a 30 MW. Essa medida ir beneficiartodos os processos de repotenciao (iniciando com a UHEMascarenhas), pois proporciona regras claras para o reclculo.

    REVISES TARIFRIAS

    Em 2010, conforme metodologia estabelecida pela Resoluo Normativa338/2008, a Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL homologou deforma definitiva as revises tarifrias peridicas das distribuidoras da EDPEnergias do Brasil.EDP Escelsa - Em 03 de agosto de 2010, a ANEEL homologou de formadefinitiva a quinta reviso tarifria peridica da EDP Escelsa, com umreposicionamento mdio das tarifas de 7,19% para o perodo de 07 deagosto de 2010 a 06 de agosto de 2011. Neste processo foram estabelecidos pela ANEEL os seguintes valores:(i) Empresa de Referncia: R$ 269,3 milhes; (ii) Base de RemuneraoRegulatria Lquida: R$ 1.297,1 milhes;(iii) Componente Xe do Fator X: ndice a ser utilizado no clculo dosreajustes tarifrios anuais de 2011 e 2012, de 0,95%.A EDP Escelsa interps recurso administrativo ANEEL em face daResoluo Homologatria 1.039/2010, relativa alterao de mercado doanto-teste e das Perdas No Tcnicas consideradas pelo regulador nesteprocesso de reviso.

    REAJUSTES TARIFRIOS

    EDP Bandeirante - Em 05 de outubro de 2010, a ANEEL aprovou oreajuste mdio das tarifas da EDP Bandeirante de 10,70% para o perodode 23 de outubro de 2010 a 22 de outubro de 2011. O efeito mdio a serpercebido pelos consumidores ser de 7,91%. Ao final de Outubro de2011 ocorrer a reviso tarifria peridica da EDP Bandeirante que,provavelmente, ser submetida ao 3 Ciclo de Metodologia de RevisesTarifrias da ANEEL.Em setembro de 2010 a ANEEL abriu a Audincia Pblica 040/2010 queprope inmeras alteraes ao processo de Reviso, com reflexosexpressivos na remunerao das distribuidoras. Para garantir umasaudvel continuidade do negcio, os agentes do setor eltrico, alm dedilogo intenso e colaborativo, apresentaram manifestaes formais ANEEL com o objetivo de aperfeioar a metodologia a ser aplicada.LeilesNos leiles ocorridos em 2010 foi permitida apenas a participao deempreendimentos de fonte de energia renovvel. Criou-se uma poltica deincentivo ao uso de fonte de energia limpa refletindo em preos inferioresaos anos anteriores.Ao longo de 2010, foram realizados dois leiles A-5, um leilo A-3, umleilo A-1, um leilo de energia reserva, alm de um leilo exclusivo paraa UHE Belo Monte. O montante leiloado em 2010 de energia nova foi decerca de 5 GW mdios para o Ambiente Regulado, alm do montante de0,39 GW mdios relativo ao leilo de energia de reserva. Foram adquiridasconcesses de 5 novas usinas hidreltricas. Dos leiles realizados no ano passado destaca-se a participao daselicas no Leilo de Energia de Reserva. A energia elica consagrou-se como uma energia competitiva devido aosincentivos concedidos.Dia 20 de abril de 2010 foi leiloada a UHE Belo Monte, com incio desuprimento em 2015 e prazo de suprimento de 30 anos. Dois consrciosconcorreram para adquirir a concesso deste empreendimento. Ao todo,foi leiloado o montante de 3.023 MW mdios no valor de 77,97 (R$/MWh),apresentando um desgio de 6,02% em relao ao preo inicial (83,00R$/MWh). Cerca de 5% do montante negociado no leilo foi adquiridopelas distribuidoras da EDP.

    Em 30 de julho de 2010 ocorreu o Leilo de Energia Nova A-5. Este leilofoi realizado em duas fases. Na primeira fase foram leiloadas earrematadas as concesses de 3 usinas hidroeltricas (UHE Garibaldi,UHE Ferreira Gomes e UHE Colider). A usina que apresentou o maiordesgio em relao ao preo de referncia, 18,8%, foi a UHE Garibaldicom 108,00 (R$/MWh). Na segunda fase foram ofertados lotes de energiadas usinas leiloadas na primeira fase, das novas PCHs (pequenascentrais hidreltricas) e projetos de ampliao. O montante totalnegociado foi de 327 MW mdios (referente as 3 usinas hidreltricas e 4PCHs) ao preo mdio de venda de 99,48 (R$/MWh). As distribuidoras dogrupo EDP comparam cerca de 5% do montante total negociado.Dia 26 de agosto de 2010 realizou-se o Leilo de Energia Nova A-3, maisconhecido como 2 Leilo de Fonte Alternativa, no qual estavamhabilitados a participar os empreendimentos oriundos de PCHs (prazocontratual de suprimento de 30 anos) Elicas e Biomassas (prazo desuprimento 20 anos). Neste leilo foram negociados 714,3 MW mdios aopreo mdio de 135,48 (R$/MWh), dos quais 48,1 MW mdiosprovenientes de PCHs (preo mdio 146,99 (R$/MWh) e desgio de5,31%) e 666,2 MW mdios oriundos de energia elica e biomassa (preomdio 134,23 (R$/MWh) e desgio de 19,62%). O grupo EDP nodeclarou necessidade de compra de energia neste leilo.Nos dias 25 e 26 de agosto de 2010 ocorreu o 3 Leilo de Energia deReserva no qual foi leiloada energia provenientes das seguintes fontes:Elica, produto 2013 e durao de 20 anos; PCH, produto 2013 e duraode 30 anos; Biomassa, produto 2011, 2012 e 2013 e durao de 15 anos.A energia negociada neste leilo tem a finalidade de elevar a seguranade suprimento de energia. Este leilo foi segregado em trs fases, umafase para cada produto, e ao todo foram negociados 0,39 GW mdios.Em 10 de dezembro de 2010 ocorreu o Leilo de Energia Existente A-1,com incio de suprimento em 2011 e prazo contratual de 3 anos. Nesteleilo foram negociados 98 MW mdios, deste montante 99% foi atendidopela CHESF e a diferena por uma usina a biomassa. Ao todo quatrodistribuidoras adquiriram energia neste leilo.Por fim, dia 17 de dezembro de 2010 realizou-se o Leilo de Energia A-5.Neste leilo o percentual mximo destinado ao suprimento do ambientede contratao livre (ACL) subiu para 15% da Garantia Fsica, ao invs de10% conforme ocorrido em outros leiles A-5. Este leilo foi segregado emduas fases, na primeira licitaram-se as hidroeltricas Teles Pires, EstreitoParnaba e Cachoeira. Apenas Teles Pires foi arrematada e obteve umdesgio de 32,92% em relao ao preo de referncia (87,00 R$/MWh).Na segunda fase estavam habilitadas as usinas licitadas na primeira fase,UHE Santo Antnio do Jari e novas PCH s. Ao todo foram negociados 968MW mdios, provenientes da UHE Teles Pires e UHE Santo Antnio doJari, ao preo mdio de venda de 67,31 (R$/MWh). O grupo EDP adquiriu5% do montante negociado.

    ALTERAES DE NATUREZA SOCIETRIA

    Em 2010, foi concluda a reorganizao societria do Grupo EDP noBrasil, envolvendo a Companhia e as empresas EDP Renovveis BrasilS.A., Enernova S.A., Ipueiras Energia S.A. e Lajeado Energia S.A. Oobjetivo foi permitir a racionalizao e simplificao da estrutura societriae das atividades do grupo, trazendo benefcios de ordem administrativa,econmico-financeira, reduo de gastos e despesas operacionaiscombinadas.Como resultado, a Energias do Brasil passou a exercer, de forma direta,sua participao acionria na EDP Renovveis Brasil, bem como os ativosde titularidade da Enernova, tendo em vista sua incorporao pelaIpueiras Energia, passaram a ser por esta administrados.

    ALTERAO DO PADRO CONTBIL

    A Companhia passou a adotar, a partir de 1 de janeiro de 2010,retroativamente a 1 de janeiro de 2009 (balano de abertura), todos ospronunciamentos emitidos pelo CPC aplicveis s suas operaes, osquais esto consistentes com as prticas contbeis internacionais - IFRS.Desta forma, determinados saldos relativos ao exerccio de 2009,anteriormente divulgados, foram ajustados de modo a refletir asalteraes decorrentes da adoo dos novos pronunciamentos e permitira comparabilidade entre os perodos apresentados.

    REAS DE NEGCIOS*

    (*) Os dados operacionais no foram revisados pelos AuditoresIndependentesGeraoPrincipal vetor estratgico para o crescimento dos negcios da EDPEnergias do Brasil, a rea de gerao encerrou o ano de 2010 comcapacidade instalada de 1.741 MW. O crescimento em relao aos 1.738MW de capacidade instalada em 2009 deveu-se principalmente repotenciao da PCH Rio Bonito. Enerpeixe - Participa com 60% do capital na usina hidreltrica PeixeAngical, localizada no Rio Tocantins, construda em parceria com FurnasCentrais Eltricas. A capacidade instalada da usina de 452 MW.Energest - Controla direta e indiretamente os ativos de gerao deenergia eltrica da EDP Energias do Brasil detendo 15 usinas emoperao, com potncia total de 380,4 MW. As usinas esto localizadasnos Estados do Esprito Santo (311,6 MW de capacidade instalada) eMato Grosso do Sul (68,8 MW de capacidade instalada). A Energest tambm responsvel pelo gerenciamento das hidreltricasMascarenhas e Sua, assim como as usinas pertencentes s empresasCesa, Santa F, Costa Rica e Pantanal Energia.Investco - Detm 1% da capacidade instalada da Usina Hidreltrica LuisEduardo Magalhes (UHE Lajeado), localizada no Rio Tocantins, estadodo Tocantins. A usina tem potncia instalada de 902,5 MW, distribuda emcinco unidades geradoras com potncia de 180,5 MW cada.Lajeado Energia - Com participao de 72,27% na UHE Lajeado, aLajeado Energia detentora de 652,2 MW. A diviso da capacidadeinstalada da usina se d em proporo participao no capital votante.EDP Renovveis Brasil - Empresa em que a EDP Energias do Brasilpossui 45% de participao, possui dois parques elicos em operao emSanta Catarina, totalizando 13,8 MW de capacidade instalada.No ano de 2010, o volume de energia vendida pelas usinas do Grupototalizou 8.309 GWh, 4,0% acima do registrado em 2009, devido,principalmente, a uma operao realizada em Lajeado, em que houvecompra de energia no 1T10 e venda, no mesmo volume da compra, demaro a dezembro.A receita lquida do negcio de gerao, desconsiderando as eliminaes,totalizou R$ 1.010,0 milhes, crescimento de 2,7% em comparao a2009. O EBITDA, de R$ 737,6 milhes, registrou evoluo de 1,4%. Olucro lquido totalizou R$ 209,5 milhes com queda de 24,8% em relaoa 2009.Os investimentos na gerao totalizaram R$ 622,6 milhes em 2010,51,9% acima de 2009. O aumento do investimento explicado,principalmente, por: (i) maiores investimentos na UTE Porto de Pecm,face ao estgio atual da obra; (ii) investimentos relacionados s licenasambientais da Investco; e (iii) repotenciaes na Energest (UHEMascarenhas - 17,5 MW e PCH Rio Bonito - 1,9 MW).

    PROJETOS EM CONSTRUO

    UTE Porto do Pecm IA estratgia para ampliar a capacidade instalada da EDP Energias doBrasil inclui a construo da UTE Porto do Pecm I, no estado do Cear,na qual a Companhia detm participao de 50% em parceria com a MPXEnergia. A UTE Porto do Pecm I utilizar carvo mineral importado e tercapacidade instalada de 720 MW, dos quais 615 MW foram vendidos peloGrupo no leilo A-5 realizado pela Cmara de Comercializao de EnergiaEltrica (CCEE) em outubro de 2007. O cronograma de implantao prev incio de operao comercial daplanta anterior a janeiro de 2012, data em que se inicia o compromisso deentrega de energia assumido no Mercado Regulado.

    GrupoEDP Mercado

    Gerao Comercializao Distribuio

    100%

    64,8 35,2%

    45% 100% 51% 62,4%

    60% 100% 50% 55,9%

    Enernova

    EDPBR CESA Pantanal CostaRicaSantaF

    EDPEscelsa

    EDPBandeiranteEnertrade

    Investco

    Enerpeixe Energest Portodo Pecm lLajeadoEnergia

    4,6%

    100% 100% 100%

    100%100%

    RELATRIO DA ADMINISTRAO

    DEMONSTRAES FINANCEIRAS 2010 EDP - Energias do Brasil S.A.Companhia Aberta - CNPJ n 03.983.431/0001-03

    www.edpbr.com.br

  • DESEMPENHO OPERACIONAL DA DISTRIBUIO CONSOLIDADAEvoluo do Mercado

    Volume (MWh) Var. Clientes (unid.) Var.2010 2009 2010/2009 2010 2009 2010/2009

    DistribuioResidencial 4.893.569 4.704.227 4,0% 2.342.008 2.282.266 2,6%Industrial 4.290.504 3.906.216 9,8% 21.941 20.876 5,1%Comercial 2.897.925 2.781.321 4,2% 193.808 191.440 1,2%Rural 660.799 609.038 8,5% 160.201 150.226 6,6%Outros 1.468.587 1.425.446 3,0% 22.387 22.803 -1,8%

    Energia VendidaClientes Finais 14.211.384 13.426.248 5,8% 2.740.345 2.667.611 2,7%Suprimento convencional 455.667 417.047 9,3% 1 1 0,0%Suprimento 34.005 32.878 3,4% 2 2 0,0%Energia em trnsito (USD) 9.034.008 7.423.297 21,7% 120 107 12,1%Consumo prprio 13.836 13.695 1,0% 261 253 3,2%

    Total EnergiaDistribuda 23.748.900 21.313.165 11,4% 2.740.729 2.667.974 2,7%

    Notas:Outros = Poder pblico + Iluminao + Servio pblicoUSD = Uso do sistema de Distribuio

    A UTE Porto do Pecm I faz parte do Programa de Acelerao doCrescimento (PAC) do Governo Federal e representa um importantepasso para a diversificao da matriz eltrica e energtica do Brasil,assegurando a confiabilidade da oferta de eletricidade no pas. A usinautilizar tecnologia de ponta na combusto do carvo (Low NOx burner) emconjunto com dessulfurizadores (FGD) para reduzir as emisses ecumprir com as mais rigorosas exigncias encontradas nas legislaobrasileira e internacional.Em outubro de 2009, iniciaram os desembolsos dos financiamentos delongo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social(BNDES) e do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID) para aUTE Porto do Pecm I.

    Evoluo da construo da UTE Porto do Pecm IAtividade Peso Relativo Progresso AtingidoEngenharia 3,8% 99,7%Suprimentos 68,4% 99,0%Construo 26,1% 58,4%Comissionamento e Partida 0,7% 0,0%

    100,0% 87,7%

    TRAMANDA

    A EDP Renovveis Brasil S.A, empresa em que a EDP Energias do Brasilpossui 45% de participao, comeou em 15 de maro de 2010 aconstruo do Parque Elico ELEBRS Cidreira I, no municpio deTramanda, Estado do Rio Grande do Sul, com capacidade de 70 MW. Este um projeto do Proinfa em que o PPA inicia em 2011, com prazo de 20anos e com tarifa mdia de R$ 204/MWh (tarifa base 2004). O investimentoestimado na usina de R$ 300 milhes e o funding foi feito por umemprstimo-ponte com o Banco do Brasil. O financiamento de longo-prazo est sendo estruturado.

    Evoluo da construo do Parque Elico de TramandaEtapa Progresso AtingidoParque Elico

    Obra Civil 100%Montagem 100%Circuito Mdia Tenso 100%

    SubestaoObra Civil 90%Montagem do Transformador 90%

    Linha de TransmissoObra Civil 100%Montagem 74%Conexo 0%

    Com este empreendimento, a capacidade instalada da EDP RenovveisBrasil em energia elica passar dos atuais 14 MW para 84 MW. O ParqueElico em Tramanda um dos quatro projetos elicos incorporados pelaempresa com a aquisio da Elebrs Projetos S.A, em 2009.

    PCHS CABEA DE BOI E FAZENDA

    Em 03 de Novembro de 2010, a Companhia adquiriu 02 (dois) projetos noestado do Mato Grosso, pertencentes ao Grupo Bertin, totalizando 49,5MW de capacidade instalada e 27,5 MW mdios de energia assegurada.O projeto da PCH Cabea de Boi tem 30 MW de capacidade instalada e oda PCH Fazenda, 19,5 MW. Ambos os projetos detm autorizao daANEEL para explorao, licenas de instalao j emitidas pela SecretariaAmbiental do Estado do Mato Grosso e prazos de concesso at05/08/2038. O fechamento definitivo da aquisio dos projetos depende documprimento de algumas condies precedentes, entre elas aformalizao das transferncias das autorizaes e licenas para o GrupoEDP.RepotenciaesNo primeiro trimestre de 2010, foi concluda a repotenciao da ltimamquina da PCH Rio Bonito (1,9 MW). A finalizao da repotenciao daUHE Mascarenhas (17,5 MW) est prevista para trmino em 2012.

    EXPANSO DA CAPACIDADE

    Nota: (1) PCH Francisco Grs era anteriormente denominada Santa F.(2) UHE Sua e 2 turbinas da PCH Rio Bonito; (3) 45% da EDP Energiasdo Brasil na EDP Renovveis Brasil; (4) UHE Mascarenhas; (5) PCHsCabea de Boi e Fazenda

    DISTRIBUIO

    As atividades de distribuio so desenvolvidas por duas concessionriasdo servio, que atendem cerca de 2,7 milhes de clientes, em regies queabrigam uma populao total de aproximadamente 7,8 milhes depessoas: EDP Bandeirante - A EDP Bandeirante Energia S.A., empresa de capitalaberto, tem por objetivo a prestao de servios pblicos de distribuio deenergia eltrica, pelo prazo de 30 anos, a partir de 23 de outubro de 1998,conforme contrato de concesso, firmado naquela data.A partir de abril de 2005 passou a ser subsidiria integral da EDP -Energias do Brasil S.A. A sua sede est localizada na cidade de So Paulo,maior centro econmico-financeiro da Amrica Latina.Atua em 28 municpios do Estado de So Paulo, especificamente nasregies do Alto Tiet, Vale do Paraba e Litoral Norte, abrangendo cerca de4,5 milhes de habitantes, compreendidos por 2,5 milhes no Alto Tiet e2,0 milhes no Vale do Paraba em uma rea total de 9,6 mil Km2. Em 2010foram distribudos 14.309 GWh a um total de 1,5 milhes de clientesfaturados, representando um aumento de 7,7% da energia distribuda emrelao a 2009. A regio concentra empresas de setores econmicosimportantes, tais como aviao e fabricao de papel e celulose.EDP Escelsa - uma sociedade annima, de capital aberto, desde 19 dejaneiro de 1996, com sede em Vitria, Estado do Esprito Santo econtrolada pela EDP - Energias do Brasil S.A. desde novembro de 2002,sendo sua subsidiria integral, a partir de 29 de abril de 2005. A EDP Escelsa atende a 70 dos 78 municpios do Estado do Esprito Santo,numa rea de 41.241 km2, aproximadamente 90% do Estado e 94% dapopulao total, o que corresponde a 3,3 milhes de habitantes, e possui1,2 milho de clientes. A concesso, outorgada pela Unio Federal, temvigncia at 16 de julho de 2025, podendo ser renovada por mais 30 anos,conforme Decreto Executivo de 17 de julho de 1995. As principaisatividades econmicas da regio so siderurgia, minerao de ferro,produo de papel, petrleo e gs.A receita lquida consolidada da EDP Bandeirante e EDP Escelsa totalizouR$ 3.762,7 milhes, crescimento de 9,2% em 2010. O EBITDA (lucro antesde impostos, resultados financeiros, depreciao, amortizao e resultadono operacional) foi de R$ 854,9 milhes, 4,1% superior ao ano anterior. Olucro lquido totalizou R$ 456,8 milhes em 2010, mantendo-se estvel emrelao ao ano de 2009.

    Mercado CativoEnergia vendida a clientes finais: O crescimento consolidado de 5,8%,no ano de 2010 foi impulsionado, principalmente, pelo aumento noconsumo da classe industrial, devido recuperao ps-crise do setor em2010. Outro fator que teve impacto positivo no mercado cativo foi aevoluo do consumo das classes residencial e comercial, decorrente doincremento da renda e do consumo das famlias, em funo da reduo dodesemprego. Classes Residencial e Comercial: em 2010, os aumentos foram de 4,0%e 4,2%, respectivamente, em comparao ao ano anterior.

    EDP Bandeirante: o menor aumento das classes residencial (+3,0%) ecomercial (+3,4%) em relao a 2009 deve-se, essencialmente, menorquantidade de dias de faturamento (1,5 dias).EDP Escelsa: os aumentos de 5,9% e 5,5% no os aumentos de 5,9% e5,5% no consumo dos segmentos residencial e comercial,respectivamente, em comparao a 2009 devem-se, principalmente, forte estiagem do incio de 2010 no estado do Esprito Santo, comtemperatura 3C superior mdia histrica.

    Classe Industrial: o aumento de 9,8% no ano reflete a recuperao doconsumo das indstrias face ao crescimento ps-crise. Para fins decomparao, o consumo industrial cativo verificado em 2010 foi 3,2%superior ao verificado em 2008, ano menos impactado pela crise.

    Mercado LivreEnergia em trnsito: Em 2010, houve aumento de 21,7% em relao aoano anterior. Este resultado deve-se reduzida base de comparao, emfuno da crise econmica internacional no ano de 2009. Para fins decomparao, a energia em trnsito verificada em 2010 foi 5,5% superior verificada em 2008, ano menos impactado pela crise.Em ambas distribuidoras, houve migrao, ao longo do ano, de 12 clientescativos para o ambiente livre.InvestimentosOs investimentos de 2010 realizados pela EDP Energias do Brasil emdistribuio totalizaram R$ 419,0 milhes, aumento de 13,6% em relao a2009.Do total, R$ 221,0 milhes (52,7%) foram destinados expanso de linhas,subestaes e redes de distribuio para ligao de novos clientes einstalao de sistemas de medio; R$ 81,2 milhes (19,4%) foramdestinados ao melhoramento da rede para substituio de equipamentos,medidores obsoletos e depreciadosn e recondutoramento de redes em finalde vida til; R$ 30,7 milhes (7,3%) foram destinados universalizaourbana, rural e ao Programa Luz para Todos, propiciando a ligao e oacesso de consumidores aos servios de energia; e R$ 86,2 milhes(20,6%) foram investidos em telecomunicaes, informtica e outrasatividades.

    Investimentos (R$ mil) EDP Bandeirante EDP Escelsa Total2010 2009 2010 2009 2010 2009

    Expanso da rede 125.498 66.267 95.493 93.278 220.991 159.545Melhoramento da rede 50.780 52.136 30.397 46.302 81.177 98.438Universalizao (rural + urbano) 7.003 10.809 23.687 32.637 30.690 43.446Telecom, Informtica e Outros 21.153 18.353 65.023 49.214 86.176 67.567Subtotal 204.434 147.565 214.600 221.431 419.034 368.996() Obrigaes Especiais (15.486) (9.962) (26.775) (37.918) (42.261) (47.880)Investimento Lquido 188.948 137.603 187.825 183.513 376.773 321.116

    QualidadeOs indicadores de qualidade da prestao de servios mantiveram-sedentro dos padres estabelecidos pelo rgo regulador, refletindo osinvestimentos em expanso e modernizao de redes, a integrao eautomao dos centros operacionais.

    INDICADORES DE QUALIDADE

    Distribuidora DEC (horas) FEC (vezes) TMA(minutos)2010 2009 2010 2009 2010 2009

    EDP Bandeirante 12,2 12,8 7,1 6,4 189 186EDP Escelsa 9,0 11,4 6,3 6,9 182 190DEC: Durao Equivalente de Interrupo por Cliente; FEC: Frequncia Equivalente de Interrupo por Cliente; TMA: Tempo Mdio de Atendimento

    Perdas ComerciaisAs perdas comerciais apresentaram reduo nas duas distribuidoras emrelao a dezembro de 2009, sendo de 0,38 p.p. na EDP Bandeirante e1,05 p.p. na EDP Escelsa. Em ambas as distribuidoras houve aumento novolume fsico das perdas tcnicas, contudo, em percentual verificou-sereduo de 0,47 p.p. na EDP Escelsa e aumento de 0,30 p.p. na EDPBandeirante em relao a dezembro de 2009.No ano de 2010, EDP Bandeirante e EDP Escelsa desembolsaram umtotal de R$ 60,4 milhes em programas de combate s perdas. Do total derecursos direcionados a esses programas, R$ 38,7 milhes foram parainvestimentos operacionais (substituio de medidores, instalao de redeespecial e telemedio) e R$ 21,7 milhes para despesas gerenciveis(inspees e retirada de ligaes irregulares). Programa de Combate Perdas 2010 2009 2008

    Investimentos Operacionais 38,7 22,3 28,5Despesas Gerenciveis 21,7 14,8 16,5Total 60,4 37,1 44,9

    Em 2010, nossas concessionrias realizaram aproximadamente 266 milinspees, 20,4 mil regularizaes de ligaes clandestinas e foramretiradas 116 mil ligaes irregulares que resultaram na recuperao dereceitas de cerca de R$ 24,8 milhes. Vale ressaltar que para analisar aeficcia das iniciativas de combate s perdas comerciais, necessrioconsiderar, alm das receitas recuperadas, o custo de oportunidade deno se ter aes direcionadas a coibir fraudes e ligaes clandestinas.

    PERDAS TCNICAS E COMERCIAIS

    COMERCIALIZAOA Enertrade responsvel pelas atividades de comercializao de energiae prestao de servios para o mercado livre, tanto dentro quanto fora dasreas de concesso das duas distribuidoras da EDP Energias do Brasilque atuam no mercado regulado. A empresa encerrou 2010 com 86clientes, aumento de 28% em comparao ao ano anterior.Em 2010, a energia comercializada totalizou 8.263 GWh, uma reduo de5,2% em relao ao ano anterior, em que foram comercializados 8.715 GWh. A reduo do volume comercializado foi fruto de uma estratgia deaproveitar as oportunidades no segmento de curto prazo ao longo de 2009,quando o Preo de Liquidao das Diferenas (PLD) estava em patamaresbastante reduzidos, favorecendo a liquidez do mercado. Adicionalmente,houve venda de contratos no Leilo de Ajuste de 2009, o que levou aEnertrade a bater recordes mensais de comercializao de energianaquele ano. A receita lquida de comercializao totalizou R$ 741,4 milhes em 2010,com reduo de 2,9% em relao a 2009. A queda da receita deveu-se,principalmente, reduo do volume comercializado. O EBITDA acumulado em 2010 totalizou R$ 22,5 milhes e o lucro lquidoR$ 16,7 milhes, com reduo de 36,5% e 33,2%, respectivamente, emrelao a 2009. Essas redues decorrem, principalmente, do impacto norecorrente, em 2009, de reverso de proviso constituda contra a Ampla,em virtude de sentena arbitral.

    ANLISE DO DESEMPENHO ECONMICO-FINANCEIRO

    Receita ConsolidadaEm 2010, a receita operacional lquida totalizou R$ 5.034,3 milhes,

    aumento de 8,9% em relao ao ano anterior. Os principais determinantesda evoluo da receita lquida foram: Na gerao: - Aumento de 4,0% do volume de energia vendida, devido a uma operaorealizada em Lajeado em que houve compra de energia no 1T10 e venda,no mesmo volume da compra, de maro a dezembro; - Em 2010 o preo mdio da gerao foi 0,8% inferior ao verificado em2009, reflexo da queda de 7,1% no preo mdio da energia vendida emLajeado. Esta reduo deve-se operao mencionada acima. Como opreo de venda foi superior ao preo de compra, esta operao agregoumargem Companhia; no entanto, os preos de compra e venda foraminferiores mdia dos outros contratos da geradora, reduzindo assim opreo mdio de venda de todo o portflio. Excluindo-se esse contrato, oincremento no preo mdio de venda de Lajeado seria de 3,4% e noconsolidado de 3,9%; - A Receita de gerao poderia ter sido superior em, aproximadamente, R$24 milhes caso no houvesse o Procedimento Operativo de Curto Prazoinstitudo pela ONS, que reduziu a alocao de energia disponvel paracomercializao das usinas hidroeltricas. Na distribuio: - Aumento de 5,8% no volume de energia vendida a clientes finais,impulsionado, principalmente, pelo aumento no consumo da classeindustrial, devido recuperao ps-crise do setor em 2010. Outro fatorque teve impacto positivo no mercado cativo no perodo foi o aumento doconsumo das classes residencial e comercial, decorrente do incremento darenda e do consumo das famlias.- Aumento de 21,7% do volume de energia distribuda a clientes livres em2010, devido reduzida base de comparao, em funo da criseeconmica internacional no ano de 2009. Para fins de comparao, aenergia distribuda a clientes livres verificada em 2010 foi 5,5% superior averificada em 2008, ano menos impactado pela crise. A receita lquida dedisponibilizao do sistema de distribuio (TUSD) aumentou 6,1% em2010, alcanando R$ 2.720,3 milhes, uma vez que a maior parte dareceita proveniente dos clientes livres referente contratao do uso darede, alm dos reajustes tarifrios. Na comercializao: - A receita lquida apresentou reduo de 2,9% em 2010 em comparaoao ano anterior, decorrente principalmente da queda de 5,2% no volumecomercializado. Gastos Operacionais ConsolidadosOs gastos operacionais totalizaram R$ 3.842,2 milhes em 2010, o querepresenta um aumento de 11,1% em relao ao ano de 2009. Os gastos no-gerenciveis esto relacionados compra de energia,encargos de uso da rede eltrica e taxa de fiscalizao da ANEEL etotalizaram R$ 2.741,3 milhes em 2010, 15,2% acima do ano anterior. O valor de energia eltrica comprada para revenda totalizou R$ 2.361,2milhes, 11,5% acima de 2009, em decorrncia de:(i) reduo do valor da energia comprada de Itaipu (-R$ 62,9 milhes),reflexo da reduo das cotas alocadas s distribuidoras do Grupo (-3,3%),alm da desvalorizao do dlar mdio de 2010 frente a 2009, e reduode 1,6% na tarifa em dlar;(ii) aumento da energia comprada em leilo (+R$ 262,6 milhes) devido aoincio do suprimento de energia adquirida nos leiles de energia nova,necessrios ao atendimento do crescimento do mercado. Tambm houveincremento no preo mdio da compra de energia, reajustado pela variaodo IPCA.;Em 2010, a conta de ESS (Encargo de Servios do Sistema) apresentousaldo significativamente maior que em 2009 devido, principalmente, aodespacho da UTE Termonorte por restrio eltrica e pelo menor volume dechuvas no perodo. Destaca-se ainda, o incio da cobrana do EER(Encargo de Energia de Reserva) em 2009, sendo que no ano de 2010novas usinas destinadas a aumentar a segurana no fornecimento deenergia ao SIN (Sistema Integrado Nacional) foram agregadas, impactandono acrscimo deste encargo.No acumulado de 2010, os gastos gerenciveis, excluindo depreciao eamortizao, totalizaram R$ 743,0 milhes, (-0,4%), sendo este o terceiroano consecutivo de reduo. A anlise detalhada das variaes das contasde gastos gerenciveis apresentada a seguir:Gastos Operacionais (R$ mil) 2010 2009 Var.Gastos gerenciveis

    Pessoal (266.680) (261.586) 1,9%Material (22.316) (24.236) -7,9%Servios de terceiros (324.499) (284.653) 14,0%Provises (83.432) (71.540) 16,6%Outros (46.051) (103.680) -55,6%

    (742.978) (745.695) -0,4%Depreciao e amortizao (357.978) (334.106) 7,1%

    Total dos gastos gerenciveis (1.100.956) (1.079.801) 2,0%IGP-M (ltimos 12 meses)* 11,3%* fonte: FGV

    2005 2008 2009Francisco Grs PCH

    Repotenciao Pecm 20132010Repotenciao Tramanda Repotenciao 02PCHs1

    530

    1.702 1.738 29 2

    360 2.200

    1.7417(2) 32(3)

    18(4) 50(5)

    14,0%

    Band 2008

    5,2%

    5,5%

    10,7%

    Band 2009

    5,2%

    6,0%

    11,2%

    Tcnicas Comerciais

    8,7%

    5,2%

    13,9%

    Escelsa 2008

    8,3%

    5,7%

    Escelsa 2010

    Band 2010

    11,1%

    5,6%

    5,5%

    Escelsa 2009

    6,8%

    15,5%

    8,8%

    RELATRIO DA ADMINISTRAO

    www.edpbr.com.br

    EDP - Energias do Brasil S.A.

  • Na conta de gastos com pessoal, o aumento de R$ 5,1 milhes (+1,9%)resulta principalmente da combinao dos seguintes efeitos: (i) Reduo em 52% dos valores relativos previdncia privada em 2010,suportado pela reviso de laudo atuarial nas distribuidoras (-R$ 10,4 milhes);(ii) Menores gastos com assistncia mdica e odontolgica em virtude demenor utilizao dos colaboradores e desconto na renovao do contratocom a seguradora (-R$ 2,9 milhes);(iii) PLR/Bnus: impacto do Projeto Vencer com reduo dos niveis dechefia e reverso da proviso no ano de 2010, realizada a maior no ano de2009;(iv) Maior pagamento de horas-extras em cumprimento ao acordocoletivo/2010 (+2,5 milhes);(v) Suspenso da transferncia para investimentos da mo de obra indiretaadministrativa nas empresas do setor eltrico, em cumprimento DespachoANEEL n 4097 de 30/12/2010 e Nota Tcnica ANEEL - processo48500.002410/2001-07 (+R$ 13,2 milhes);(vi) Aumento em remunerao devido a: implantao da Poltica de Planode Cargos e Salrios e Mrito por Resultados; aplicao dos dissdioscoletivos (+6,5% em mdia), que acarreta maiores encargos sobre a folhade pagamentos; e adequao de benefcios aos funcionrios do Grupo(+7,9 milhes). Na conta materiais, o decrscimo de R$ 1,9 milho (-7,9%) entre osexerccios de 2010 e 2009 deve-se aos menores gastos com conservaoe reparos do sistema eltrico, que seriam ainda menores, caso no fossemas condies climticas adversas no ano de 2010, que resultaram emmaior utilizao de materiais de iluminao, ferragens e intervenes narede.No item servios de terceiros, o incremento de R$ 39,8 milhes (+14,0%)na comparao anual deve-se, em parte, aos repasses dos reajustescontratuais por parte dos nossos prestadores de servios, em conjuntocom:(i) Suspenso da transferncia para investimentos da mo de obra indiretados prestadores de servio administrativos nas empresas do setor eltrico,pelo mesmo critrio aplicado aos colaboradores na rubrica de Pessoal(+R$ 8,6 milhes);(ii) Adequao Resoluo 363/09 da ANEEL, que levou ao aumento doquadro de funcionrios contratados, com vistas adequao ao tempomdio permitido de atendimento aos clientes nos postos de atendimento echamadas telefnicas (+R$ 5,7 milhes);(iii) Incremento aproximado de 13% nos custos do servio de leitura efaturamento devido ao crescimento vegetativo da base de clientes esubstituio de um prestador do servio de leitura e faturamento (+5,4 milhes);(iv) Implantao do programa para recuperao de receitas, em que onmero de inspees e de equipes (de campo, comercial e tcnica) foiincrementado e foram alcanadas redues nos ndices de perdascomerciais de 0,4 p.p. na EDP Bandeirante e de 1,4 p.p. na EDP Escelsa(+R$ 5,2 milhes);(v) Aumento dos gastos com conservao/reparao do sistema eltrico ecombate inadimplncia (+5,0 milhes); (vi) Aumento dos gastos com consultorias empresariais e jurdicas (R$ +5,1 milhes);(vii) No capitalizao dos gastos de outsourcing no ano de 2010, emconsequncia da entrada em operao de sistema de informtica (CCS)(+R$ 3,5 milhes); (viii) Aumento dos desembolsos com publicidade e propaganda epublicaes legais (+R$1,3 milhes); No item provises para devedores duvidosos (PDD) e contingncias oaumento de R$ 11,9 milhes (+16,6%) reflete os seguintes eventos: (i) Efeito no recorrente do reconhecimento de perdas na rubricaprovises/perdas lquidas referente baixa de contas a receber deconsumidores de baixa renda da EDP Bandeirante (+R$ 12,8 milhes);(ii) Constituio de proviso, na EDP Bandeirante, para devedoresduvidosos sobre o saldo de energia de curto prazo contabilizados atravsda CCEE em 2009 (+11,7 milhes);(iii) Reverso em dezembro de 2009, na comercializadora, das provisesconstitudas ao longo do ano junto Ampla, em virtude de sentena arbitral(-43,6 milhes);(iv) Mudana de metodologia de clculo da PDD, na EDP Escelsa,decorrente da implantao do sistema comercial em junho de 2009 (+7,2 milhes);(v) Constituio de proviso, na controladora, para possveis perdas decontingncias na Enersul, previstas no contrato da operao de permuta aolongo de 2009 (+22,9 milhes);A reduo de R$ 57,6 milhes (-55,6%) na conta outros decorrente dedois efeitos principais:(i) Concesso em 2009, pela Receita Federal do Brasil (RFB) - ParecerCOSIT 27/2008, do direito de apropriao dos crditos fiscais nocumulativos de PIS/COFINS referente aos anos de 2006 2010 (-R$ 35,0 milhes);(ii) Reconhecimento de perdas decorrentes de depsitos judiciais nasdistribuidoras no 4T09, evento que no ocorreu no ano de 2010 (-R$ 21,2 milhes).Pela entrada em operao da PCH Francisco Grs (anteriormentedenominada Santa F), incorporao da linha de transmisso esubestao Cacimba-Linhares e do Sistema Comercial, ambos na rea deconcesso da EDP Escelsa, alm do maior nvel de imobilizao de obrasem andamento nas distribuidoras, a conta de depreciao e amortizaototalizou R$ 357,9 milhes no ano de 2010, com aumento de 7,1% entre osperodos comparados.

    EBITDA e Margem EBITDA

    Em 2010, o EBITDA consolidado (lucro antes de impostos, resultadosfinanceiros, depreciao, amortizao e resultado no operacional)totalizou R$ 1.549,9 milhes, representando um aumento de 3,6% emrelao ao ano anterior. A margem EBITDA consolidada teve queda de 1,6 p.p., alcanando 30,8%.O EBITDA da gerao, excluindo eliminaes, totalizou R$ 737,6 milhes,aumento de 1,4% em relao a 2009.Nas distribuidoras EDP Bandeirante e EDP Escelsa, o EBITDA totalizou R$ 854,9 milhes em 2010, crescimento de 4,1% em relao a 2009.Na comercializao, o EBITDA foi de R$ 22,5 milhes e a reduo de36,5% em relao a 2009 devido o impacto no recorrente, em 2009, dareverso de proviso constituda contra a Ampla. Resultado FinanceiroA despesa financeira lquida consolidada em 2010 foi de R$ 177,0 milhes,superior despesa de R$ 82,0 milhes em 2009. Contriburam para esteresultado as despesas financeiras de ajustes de marcao a mercado eajustes a valor presente do endividamento. Lucro Lquido Em funo dos efeitos analisados, o lucro lquido consolidado alcanou R$ 582,6 milhes em 2010, 16,3% inferior ao de 2009. A reduo teveimpacto da alienao da ESC 90 em 2009, com resultado positivo de R$ 121 milhes. Excluindo esse impacto, o lucro teria apresentadocrescimento de 1,4% no ano. EndividamentoA dvida bruta consolidada totalizou R$ 3.385,9 milhes em dezembro de2010, aumento de 6,0% em comparao a dezembro 2009.A variao do endividamento bruto em 2010 se deu, principalmente, emdecorrncia de: (i) concluso da quarta emisso de debntures da EDPBandeirante no montante de R$ 390 milhes, em julho; (ii) captao naEDP Escelsa de R$ 135 milhes em Nota de Crdito Comercial (NCC)junto ao Banco do Brasil, em maio; (iii) amortizao de nota promissria daEDP Bandeirante no montante de R$ 253 milhes, em maio; e (iv)amortizao da terceira emisso de debntures da EDP Bandeirante nomontante de R$ 94,6 milhes, em fevereiro. Com o vencimento da nota promissria da EDP Bandeirante e as novascaptaes realizadas ao longo do ano, o prazo mdio da dvida consolidadapassou de 4,3 anos em dezembro de 2009 para 5,1 anos em dezembro de2010.Do total da dvida bruta, em 31 de dezembro de 2010, 7,9% estavamdenominados em moeda estrangeira, 99,7% dos quais protegidos davariao cambial por meio de instrumentos de hedge, resultando em umaexposio lquida de 0,3%.

    importante mencionar que o emprstimo de longo prazo em dlar foiobjeto de contratao tanto de hedge cambial quanto de swap de taxa dejuros (de Libor para taxa fixa).O custo mdio da dvida do Grupo em dezembro de 2010 era de 8,8% aoano, em comparao a 8,9% ao ano no final de 2009, levando-se emconsiderao os juros capitalizados das dvidas. A dvida de curto prazo totaliza R$ 607,4 milhes. Desse montante, R$ 314,4 milhes referem-se distribuio e R$ 293,0 milhes gerao.Ao longo de 2011, na distribuio haver amortizaes de debntures daEDP Bandeirante e da EDP Escelsa, totalizando R$ 171 milhes. Na gerao, os vencimentos decorrem dos financiamentos tomados para aconstruo das usinas.A dvida lquida, considerando o valor de R$ 1.126,4 milhes de caixa edisponibilidades, alcanou R$ 2.259,5 milhes em 31 de dezembro de2010, com aumento de 8,0% em relao a dezembro de 2009, devido aoaumento de 6,0% (R$ 192,6 milhes) no endividamento bruto e de apenas2,2% (R$ 24,4 milhes) no saldo de caixa e disponibilidades no final de2010. A relao dvida lquida/EBITDA encerrou o ano em 1,5 vezes, emcomparao a 1,3 vezes em dezembro de 2009.

    Detalhamento dos financiamentos desembolsados durante 2010

    DistribuidorasEm julho de 2010, a EDP Bandeirante concluiu a 4 Emisso deDebntures Simples (no conversveis em aes). Foram emitidas 39.000debntures de forma nominativa e escritural, em srie nica, da espciesubordinada, com valor nominal unitrio de R$ 10 mil, perfazendo o valortotal de R$ 390 milhes. O prazo de vigncia de 6 (seis) anos. O pagamento de juros remuneratrios semestral e a amortizao doprincipal semestral a partir do 48 ms. As debntures faro jus a umaremunerao de CDI + 1,5% a.a. Os recursos obtidos por meio destaemisso foram destinados recomposio de caixa, ao pagamento parcialde dvida e ao financiamento do capital de giro.Em junho de 2010, a EDP Escelsa assinou junto ao Banco do Brasil ocontrato de emprstimo na modalidade de Crdito Agroindustrial, nomontante de R$ 135 milhes, a 100% do CDI, com vencimento em 2015. O recurso ser utilizado para financiar o capital de giro da EDP Escelsa,bem como para manuteno de sua estrutura de capital e alongamento doperfil da dvida.Em maro de 2010, a EDP Energias do Brasil assinou contrato deemprstimo com o Banco Europeu de Investimento (BEI), em que o mesmoaprovou linha de crdito de at 90 milhes para ampliao e reforo darede eltrica da rea de distribuio do Grupo. O emprstimo tambm serutilizado para manuteno, melhoria na qualidade de abastecimento,reduo das perdas e para os investimentos em expanso e melhorias emqualidade das linhas de distribuio e subestaes no sistema dasconcessionrias EDP Bandeirante e EDP Escelsa.GERAOUTE Porto do Pecm I

    O emprstimo do BNDES totaliza R$ 1,4 bilho (em R$ nominais, excluindojuros durante a construo), com prazo total de 17 anos, sendo 14 anos deamortizao com carncia para pagamento de juros e principal at julho de2012. O custo contratado de TJLP + 2,77% a.a. e durante a fase deconstruo os juros sero capitalizados. At dezembro de 2010, odesembolso desse emprstimo totalizou R$ 1,1 bilho. O emprstimo do BID totaliza US$ 327 milhes, sendo que o contrato definanciamento prev um A Loan no montante total de US$ 147 milhes eum B Loan no montante total de US$ 180 milhes, com prazo total de 17anos no A Loan e 13 anos no B Loan, com carncia para pagamento dejuros e principal at julho de 2012. As taxas iniciais do A Loan e B Loanso Libor + 350 bps e Libor + 300 bps, respectivamente, com step ups aolongo do perodo.O desembolso total do financiamento at 31 de dezembro de 2010 foi deUS$ 310,8 milhes. O valor desembolsado consiste em US$ 139,7 milhesdo emprstimo direto (A Loan) e em US$ 171,1 milhes do emprstimoindireto (B Loan).EDP Renovveis Brasil Em janeiro de 2010, a Elebrs assinou junto ao Banco do Brasil o contratode financiamento para o projeto elico de Tramanda, no montante de R$ 200 milhes, com vencimento em janeiro de 2011, com incidncia dejuros de 104% do CDI. Em janeiro de 2011, foi assinado o primeiro aditivopara alterar (i) o valor do crdito para R$ 307 milhes, (ii) o vencimento docontrato para 30 de junho de 2011, (iii) a incidncia de juros para 108% doCDI sobre o saldo desembolsado, (iv) a incidncia de juros de 109% do CDIpara os valores desembolsados de 14 de janeiro de 2011 a 04 de fevereirode 2011, (v) a incidncia de encargos financeiros correspondentes aopercentual do CDI, negociado de comum acordo entre as partes. Em 17 dejaneiro de 2011, foi assinado o segundo aditivo para alterar (i) a data devencimento dos encargos para 16 de junho de 2011 com taxa a 108% doCDI.Em janeiro de 2011, a EDP Renovveis Brasil assinou junto ao Banco doBrasil o contrato de financiamento no montante de R$ 80 milhes, comvencimento em junho de 2011, com incidncia de juros de (i) 110% do CDIpara os valores liberados at 31 de maro de 2011 e (ii) ao percentual doCDI negociado de comum acordo entre as partes para os valores liberadosa partir de 01 de abril de 2011.

    RATINGS DA EDP ENERGIAS DO BRASIL E DE SUASDISTRIBUIDORAS

    Desde 04 de maro de 2009, a Moodys Amrica Latina (Moodys)mantm os ratings de Emissor da EDP Bandeirante e da EDP Escelsa comclassificao Baa3 na escala global e Aa1.br na escala nacional. Com isso,as distribuidoras da EDP Energias do Brasil permanecem em um seletogrupo de empresas brasileiras que possuem a classificao investmentgrade em escala global. No mesmo perodo, a Moodys manteve os ratingsde emissor em moeda local da EDP Energias do Brasil em Ba1 na escalaglobal e em Aa2.br na escala nacional. A perspectiva para esses ratings estvel. InvestimentosOs investimentos da EDP Energias do Brasil totalizaram R$ 1.054,7milhes em 2010, 34,2% acima dos recursos destinados s reas denegcios no ano anterior. Os investimentos em distribuio, incluindo obrigaes especiais,totalizaram R$ 419,0 milhes, com aumento de 13,6% em relao a 2009 e os investimentos na gerao totalizaram R$ 622,6 milhes, 52,1% acima de 2009. Mais detalhes esto disponveis nos itens especficos de investimentos em distribuio e gerao desse relatrio deadministrao.Investimentos (R$ mil) Variao

    2010 Partic. (%) 2009 Partic. (%) Anual (%)Distribuio 419.034 39,7% 368.996 47,0% 13,6%EDP Bandeirante 204.434 19,4% 147.565 18,8% 38,5%EDP Escelsa 214.600 20,3% 221.431 28,2% -3,1%Gerao 622.610 59,0% 409.307 52,1% 52,1%Enerpeixe 13.631 1,3% 21.080 2,7% -35,3%Energest 60.788 5,8% 67.348 8,6% -9,7%Lajeado/Investco 30.794 2,9% 12.368 1,6% 149,0%Santa F 12.620 1,2% 41.758 5,3% -69,8%Pecm 504.777 47,9% 266.753 33,9% 89,2%Outros 13.013 1,2% 7.471 1,0% 74,2%Total 1.054.657 100,0% 785.774 100,0% 34,2%

    MERCADO DE CAPITAIS

    Em 31 de dezembro de 2010, as aes da EDP Energias do Brasil estavamcotadas a R$ 38,71, encerrando o ano com valorizao de 23,9% esuperando os desempenhos do Ibovespa e do ndice de Energia Eltrica -IEE, que valorizaram, respectivamente, 1,0% e 12,0% em 2010. O valor demercado da Companhia em 31 de dezembro de 2010 era de R$ 6,1 bilhes.Houve negociao das aes da Companhia em todos os preges de 2010,totalizando 81,5 milhes de aes negociadas no ano, com uma mdiadiria de 329,9 mil aes. O volume financeiro totalizou R$ 2.875,1 milhesem 2010, com volume mdio dirio de R$ 11,6 milhes.

    Composio AcionriaEm 31 de dezembro de 2010, o capital social da Companhia erarepresentado na sua totalidade por 158.805.204 aes ordinriasnominativas. Do total de aes, encontram-se em circulao 55.622.847,em conformidade com o Regulamento de Listagem do Novo Mercado daBovespa. No final de 2010, permaneciam em tesouraria 280.225 aes.

    REMUNERAO DE ACIONISTAS

    A EDP Energias do Brasil tem como poltica distribuir dividendos e/ou jurossobre o capital prprio no valor mnimo equivalente a 50% do lucro lquidoajustado da Companhia, calculado em conformidade com o artigo 189 daLei das Sociedades por Aes, com as prticas contbeis brasileiras e comas regras da CVM (Comisso de Valores Mobilirios).No obstante adoo da poltica de distribuio de dividendos acimareferida, a Companhia poder distribuir dividendos e/ou juros sobre ocapital prprio em montante inferior a 50% do seu lucro lquido ajustado emqualquer exerccio, quando assim exigido por disposio legal ouregulamentar ou, ainda, quando recomendvel em vista da situaofinanceira e/ou perspectivas futuras da Companhia, das condiesmacroeconmicas, de revises e reajustes tarifrios, de mudanasregulatrias, estratgia de crescimento, limitaes contratuais e demaisfatores considerados relevantes pelo Conselho de Administrao e pelosacionistas da EDP Energias do Brasil.Em 17 de abril de 2011, o Conselho de Administrao da Companhia levarpara aprovao em Assemblia Geral Ordinria (AGO) o pagamento dedividendo de R$ 352,6 milhes, correspondente a R$ 2,22 por ao.Vale ressaltar que a remunerao ao acionista em 2010 ser 19,0%superior ao ano anterior, sendo este o quinto ano consecutivo em que aCompanhia distribui dividendos crescentes tanto em valor absoluto comopor ao.

    GOVERNANA CORPORATIVA

    O Conselho de Administrao composto por sete membros, incluindo umdiretor executivo e trs conselheiros independentes. Os conselheiros soeleitos pela Assemblia Geral para mandato de um ano, com possibilidadede reeleio. O rgo responsvel por estabelecer as polticas e diretrizesgerais dos negcios, incluindo a estratgia de longo prazo, eleger osmembros da Diretoria Executiva e fiscalizar seu funcionamento, alm dasatividades definidas em lei e no Estatuto Social da Companhia. Atualmente, o Conselho de Administrao da Companhia composto pelosseguintes membros: Antnio Luis Guerra Nunes Mexia - Presidente do Conselho e do Comitde Remunerao Antnio Manuel Barreto Pita de Abreu - Conselheiro e Diretor presidenteda EDP no Brasil Nuno Maria Pestana de Almeida Alves - Conselheiro indicado peloacionista controlador Ana Maria Machado Fernandes - Conselheira indicada pelo acionistacontrolador Modesto Souza Barros Carvalhosa - Conselheiro indicado pelosacionistas minoritrios Pedro Sampaio Malan - Conselheiro independente e presidente doComit de Sustentabilidade e Governana Corporativa Francisco Carlos Coutinho Pitella - Conselheiro independente epresidente do Comit de AuditoriaO Conselho de Administrao possui trs Comits de Assessoramento,sendo eles: Comit de Auditoria, Comit de Remunerao e Comit deSustentabilidade e Governana Corporativa. Os comits so responsveispor assessorar o Conselho de Administrao nas deliberaes sobre asmatrias apresentadas. Todos so integrados exclusivamente por trsconselheiros, que podem solicitar informaes e sugestes de integrantesda Diretoria-Executiva ou de membros do corpo gerencial da Companhia.Comit de Auditoria: assegura o cumprimento e a correta aplicao dosprincpios e das normas contbeis; emite pareceres sobre as contasapresentadas pelos administradores e demonstraes financeiras; avalia odesempenho dos auditores externos e internos; estabelece procedimentospara o recebimento, a guarda e o tratamento de reclamaes no mbito doCanal de Comunicao e Denncia da EDP no Brasil. O comit presididopelo conselheiro independente Francisco Carlos Coutinho Pitella e contacom a participao de Nuno Maria Pestana de Almeida Alves e PedroSampaio Malan. Em 2010, o comit realizou 5 (cinco) reunies.Comit de Remunerao: assessora o Conselho nas decises sobrepolticas de remunerao da EDP no Brasil e de suas controladas. Tem doismembros indicados pelo controlador - Antnio Luis Guerra Nunes Mexia(presidente) e Nuno Maria Pestana de Almeida Alves - e um terceiromembro independente (Pedro Sampaio Malan). Em 2010, o comit reuniu-se 2 (duas) vezes.Comit de Sustentabilidade e Governana Corporativa: zela pelaperenidade da organizao, com viso sustentvel de longo prazo econsiderando possveis mudanas sociais e ambientais; assegura aadoo das melhores prticas de governana corporativa e o respeito aprincpios ticos, para aumentar o valor da sociedade, facilitar o acesso aocapital a custos mais baixos e, assim, contribuir para o fortalecimento doGrupo; responsvel pela criao do processo de autoavaliao doConselho de Administrao, introduzido em 2010. O comit presididopelo membro independente Pedro Sampaio Malan e tem a participao deAna Maria Machado Fernandes e Modesto Souza Barros Carvalhosa. Em2010, o comit reuniu-se 2 (duas) vezes. Os currculos dos conselheiros podem ser encontrados em nosso websitewww.edpbr.com.br.

    DIRETORIA-EXECUTIVA

    A Diretoria Executiva composta por quatro membros eleitos peloConselho de Administrao para um mandato de trs anos. encarregadade administrar os negcios e adotar os atos necessrios ou convenientes,bem como executar as deliberaes do Conselho de Administrao. Os quatro integrantes da atual Diretoria foram reeleitos para um mandatode trs anos (em vigor at dezembro de 2014, com possibilidade dereeleio). Atualmente, a Diretoria da Companhia composta pelos seguintesmembros:Diretor-presidente: Antnio Manuel Barreto Pita de AbreuDiretor vice-presidente de Finanas, Relaes com Investidores e Controlede Gesto: Miguel Dias AmaroDiretor vice-presidente de Gerao e Comercializao: Luiz Otavio AssisHenriquesDiretor vice-presidente de Distribuio: Miguel Nuno Simes NunesFerreira SetasOs currculos dos diretores podem ser encontrados em nosso websitewww.edpbr.com.br.

    SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE CORPORATIVA

    Reconhecida como uma das 20 empresas-modelo em responsabilidadecorporativa, a EDP no Brasil integrou pelo terceiro ano consecutivo o GuiaExame de Sustentabilidade. Tambm garantiu, pela quinta vez, apermanncia de suas aes no ndice de Sustentabilidade Empresarial -ISE, da BM&FBovespa.O Relatrio Anual de Sustentabilidade da Companhia segue as diretrizesG3 da Global Reporting Initiative (GRI). A edio de 2009 garantiu maisuma vez o A+, nvel mais alto de aplicao da GRI e o grande destaque foisua colocao no Top 10 do ranking organizado pela Fundao Brasileirapara o Desenvolvimento Sustentvel (FBDS) em conjunto com aconsultoria de estratgia SustainAbility, que reconhece a excelncia naproduo de relatrios de sustentabilidade. A empresa ficou na quartaposio no ranking geral e foi a primeira colocada entre as companhias dosetor eltrico.INSTITUTO EDP O apoio a aes de educao e desenvolvimento local centraliza oinvestimento social externo da EDP no Brasil e faz parte dos princpios dedesenvolvimento sustentvel assumidos pela companhia, integrando umapoltica corporativa especfica sobre esse tema. Em todas as iniciativas,busca-se reforar o exerccio da cidadania e estimular os beneficiados adecidirem os prprios destinos, sempre respeitando sua cultura, seusvalores e instituies. Em 2010, os investimentos em projetos de carter social, cultural eambiental somaram R$ 4,0 milhes, sendo R$ 2,0 milhes por meio de

    RELATRIO DA ADMINISTRAO

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    EDP - Energias do Brasil S.A.

  • recursos de incentivo fiscal, como a Lei Rouanet de Incentivo Cultura,entre outras. Os projetos sociais apoiados pelo grupo so coordenadospelo Instituto EDP e selecionados via edital pblico, o que garante aseriedade e transparncia do processo.ESTRATGIA E GESTO EMPRESARIALAlinhado aos Princpios de Desenvolvimento Sustentvel do Grupo EDP nomundo, o objetivo em 2010 foi o aperfeioamento da estratgia em torno doeixo: Crescimento orientado: exigncia de patamar mnimo de rentabilidade Risco controlado: manuteno de baixos nveis de risco operacional efinanceiro Eficincia superior: controle rigoroso do oramento O atendimento s novas conformaes de mercado direcionou o foco paraas pequenas e mdias hidreltricas; inovao nas redes e nos processosda distribuio para atender a mudanas regulatrias; distribuioequilibrada de EBITDA gerao/EBITDA distribuio; consolidao daposio no mercado livre e ao reforo das prticas de sustentabilidade norelacionamento com os pblicos de interesse. Base para a concretizao da estratgia, 2010 consolidou o ProgramaVencer da EDP no Brasil como plataforma de preparao da empresa paraum ciclo de inovao e desenvolvimento a partir da maximizao dopotencial das pessoas. Lanado em 2009 com a definio de cinco comportamentos essenciais edez regras de ouro esperados do colaborador EDP no Brasil, o Vencerpercorreu 2010 aprofundando os projetos ncoras que aliceram ospropsitos da empresa rumo ao alcance das metas compromissadas comseus stakeholders. Os dez projetos EDP+, que tiveram execuo continuada em 2010,repercutiram em revises e mudanas no incremento de rotinas eprocessos, com novas vises e rupturas na forma de realizar as operaes.Esse aprendizado contribuiu para a criao e implementao de idias,como o EDP 2020 e a Bolsa de Inovao, geridos dentro do EDP+Inovao.Outros projetos que trouxe frutos foram o +Processos, com o redesenho deestrutura organizacional e reviso e/ou criao de novos processos. O sistema normativo foi revisitado e recebeu flexibilidade, atendendo exigente dinmica do ambiente empresarial. O EDP+Sustentvel segue sua trajetria de inserir a sustentabilidade nodia a dia dos negcios, alm de consolidar mapa estratgico transversalsobre o tema, com o acompanhamento da performance de indicadores que,no seu consolidado, perfazem uma das cinco metas corporativas do GrupoEDP no Brasil, presentes na remunerao varivel da diretoria, gestores ecolaboradores desde 2008.Outro avano ocorreu com o incio da sistematizao dos indicadoressociais e ambientais em plataforma tecnolgica, utilizando software degesto de processos, que permitir base de dados nica para todas asinformaes das empresas da EDP no Brasil, facilitando a coleta de dados,rastreamento e seu asseguramento. O projeto est em desenvolvimento etem sua concluso prevista para 2012. O Sistema de Gesto Ambiental mantm a continuidade do plano decertificao dos ativos na norma ambiental ISO 14001 e de Sade eSegurana OHSAS 18001. Em 2010, trs subestaes da EDPBandeirante e a geradora Investco obtiveram sua certificao. Duas PCHse a geradora Enerpeixe conquistaram a recertificao dos seus ativos. Na norma de qualidade ISO 9001, o processo de apurao dos indicadoresde qualidade tcnicos da EDP Escelsa e EDP Bandeirante recebeu pelo 3ano consecutivo a validao da auditoria certificadora, alm do Programade Eficincia Energtica das distribuidoras da EDP no Brasil. A Enerpeixetambm conquistou em 2010 a certificao na norma ISO 9001.Em 2010, o processo de dilogo com os pblicos de interesse da EDP noBrasil recebeu assegurao da AA 1000, norma internacional que regeprincpios e procedimentos a serem adotados nessa interao. Emconstante aperfeioamento, canais de comunicao foram potencializadosem 2010 e novos formatos empreendidos para engajar os stakeholders noscompromissos e valores da EDP. Faz parte desse grupo, colaboradores,fornecedores, clientes, comunidades do entorno, representantes daAdministrao Pblica em todas as esferas, entidades sem fins lucrativos,ONGs, entre outros, que fizeram parte e permanecem como protagonistasnos projetos propostos pela empresa para 2011.

    CLIENTES COMO PRIORIDADE

    O compromisso nmero um da EDP com seus clientes. Isso incluicolocar-se no lugar deles nas tomadas de deciso, ouvi-los e responder ssuas demandas de forma simples e transparente e surpreend-los,antecipando as suas necessidades. Esse posicionamento foi reforado em2010 na definio do plano estratgico do negcio Distribuio, queestabeleceu o relacionamento com os seus clientes como a prioridade dasempresas EDP Bandeirante e EDP Escelsa.Projeto +ClienteTodas as iniciativas de relacionamento com os clientes so abrigadas no+Cliente, um dos 10 projetos que integram o programa de transformaoVencer, aplicado desde 2009 como um conjunto de aes destinadas acriar um novo modelo organizacional. Seu objetivo assegurar a melhoriaconstante nos processos de atendimento, comerciais e tcnicos e incluiaes de divulgao, melhoria de cadastro, pesquisa com clientes sobrediversos aspectos e avaliao dos atendentes. Em 2010, alinhado a esse projeto, surgiu o Programa Sorriso, que temcomo objetivo capacitar e desenvolver os profissionais de atendimento aocliente das lojas da EDP Bandeirante e da EDP Escelsa, tornando oatendimento mais rpido, eficiente e amigvel. Nos eventos de divulgaoos atendentes receberam treinamentos para enfrentar, com maisdesenvoltura, diferentes situaes do dia a dia, alm de dicas deapresentao pessoal feminina e masculina.

    GESTO DE PESSOAS

    A gesto do capital humano um dos aspectos considerados maisestratgicos pela EDP no Brasil para alcanar um dos trs pilares que soo objetivo de sua atuao: a eficincia superior. Por essa razo, representaum dos ativos intangveis da companhia e um dos princpios dodesenvolvimento sustentvel estabelecidos mundialmente pelo Grupo EDP.O compromisso com as pessoas determina a valorizao do trabalho emequipe, o desenvolvimento das competncias e do mrito e um modelo queequilibre vida pessoal e profissional. A convico que trabalhar com as pessoas envolve valores humanos,condutas e aes comportamentais, atendendo s demandas do negcio,o que requer muito esforo para proporcionar o melhor resultado para aempresa e colaboradores.As aes em 2010 buscaram o desenvolvimento das pessoas sob a ticados comportamentos essenciais e das regras de ouro da culturaorganizacional, que integram o Compromisso da Gesto da EDP no Brasile servem de inspirao para todos os colaboradores. Realizadas emconsonncia com o Programa Vencer - conjunto de iniciativas em vigordesde 2009 para tornar a empresa mais competitiva e preparada para osdesafios do futuro, concentraram-se no Reforo Vencer, que mantm adisseminao desses valores entre os colaboradores. Com a modernizao do site do programa mantido na intranet, foi lanadoum concurso para indicao, pelos colegas, de pessoas que so exemplodos cinco comportamentos essenciais. A primeira etapa (espritocontagiante de equipe, na primeira quinzena de agosto) contou com maisde 600 indicaes. Os energizadores do Programa Vencer, colaboradores que usam parte dotempo de trabalho para disseminar a cultura EDP e divulgar novos projetos,continuaram sua atuao em 2010, reunindo-se com a liderana da gestodo capital humano e o presidente da holding para conhecer os novosprogramas.Em dezembro de 2010, a fora de trabalho da EDP no Brasil era compostapor 2.431 colaboradores.AES DE DESENVOLVIMENTOO investimento em desenvolvimento de pessoas totalizou R$ 4,1 milhesem 2010.Realizado pelo terceiro ano consecutivo, o ciclo de avaliao dedesempenho, com anlise de 360, abrangeu 100% dos empregados ativosat 31 de julho. Qualitativa, a iniciativa inclui autoavaliao, avaliao dogestor, de pares e subordinados, feitas pela intranet ou pela internet. Apartir dos resultados so traados planos individuais de desenvolvimento.

    O Plano de Sucesso, iniciado em 2009, identificou a disponibilidadeinterna de colaboradores prontos para assumir posies de liderana oufunes crticas. O plano foi atualizado no ano de 2010 e seus reflexos jpodem ser vistos com 45% de aproveitamento interno nos cargos deliderana. Os colaboradores mais jovens ingressam por meio do programade estgios On Top, que seleciona estudantes de diferentes reas - em2010, 95 estagirios foram contratados atravs desta iniciativa.Internamente, o Programa Jovens de Elevado Potencial foi 100%reformulado para o modelo Energizing Development Program, que contoucom 85 candidatos e 22 finalistas aprovados.Para ajudar os colaboradores a organizarem suas trajetrias profissionais,o Rotas de Carreira foi disponibilizado para todos pela intranet, e seusresultados j podem ser vistos, com o ndice de 28% de aproveitamentointerno no ano de 2010.O Programa de Desenvolvimento de Liderana, baseado nos pilaresdesenvolvimento, alinhamento e atualizao, foi composto por aesespecficas para cada nvel de gesto. O Programa de Desenvolvimento dos Gestores Operacionais seguiu dejulho a dezembro, com o objetivo de capacitao, formao edesenvolvimento, passando por temas como Gesto de Pessoas eProcessos. Mais 5 Gestores Executivos participaram do Programa deDesenvolvimentos de Executivos da Fundao Dom Cabral, instituio quecontribui para o desenvolvimento sustentvel da sociedade por meio daeducao e capacitao. E tambm tivemos dois diretores que participaramdo AMP/IESE (Advanced Management Program).Integrando os pilares do Programa de Desenvolvimento de Liderana,tiveram continuidade os encontros denominados Mesa Redonda, em queexecutivos do Grupo EDP renem-se a cada trs meses com o presidenteda empresa. Foi implantado o Ciclo de Palestras EDP 2020 - Saber emFoco, com a realizao de 6 palestras e artigos em 2010. Em agosto, foi lanado o Programa de Gesto do Conhecimento, criandomecanismos para o compartilhamento de informaes pelos especialistasseniores. A primeira etapa, de coaching tcnico, est sendo realizada comoprojeto-piloto na Gerao - outras unidades participaro do programa apartir de 2011. Outras iniciativas de formao, como a poltica de subsdio a cursos deidiomas e a participao de empregados da EDP no Brasil na universidadecorporativa em Portugal, mantiveram-se durante o ano.SEGURANA E SADE NO TRABALHOA Poltica Integrada de Meio Ambiente, Sade e Segurana estabeleceaes para minimizar riscos e acidentes e promover a sade decolaboradores e contratados de terceiros. Entre elas, destacam-secampanhas de conscientizao, treinamentos, visitas tcnicas e iniciativascomo o Rodeio de Eletricistas, tradicional evento do setor que incentiva asegurana no trabalho.Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) - Inovao como destaquePara a EDP no Brasil, h uma equivalncia direta entre os objetivos dasustentabilidade e da inovao. Nesse sentido, em 2010 foi consolidada aDiretoria de Estratgia de Inovao e criado o Time de Inovao,encarregado de multiplicar iniciativas, fortalecer a disseminao da culturae do olhar inovador com o qual os colaboradores identificam oportunidadesem processos cotidianos. O time formado por representantes dasprincipais reas de negcio e de apoio, o que propicia a circulao deinformaes sobre as iniciativas adotadas. Para promover o envolvimento de todo o grupo, ocorreram seminrios,cursos de capacitao, ferramentas virtuais abertas ao pblico interno ejornadas tcnicas. Os recursos aplicados em 2010 foram dedicados tanto aaes disruptivas quanto a desenvolvimentos incrementais naOrganizao, resultando em iniciativas prticas e que trouxeram benefciospara a empresa.Essas iniciativas incluem uma estrutura alinhada s determinaesregulatrias que estabelecem a obrigatoriedade de destinar parte dareceita operacional lquida a projetos de pesquisa e desenvolvimento e deeficincia energtica. As distribuidoras de energia eltrica destinam 0,2%para pesquisa e desenvolvimento e 0,5% eficincia energtica; asgeradoras aplicam 0,4% em pesquisa e desenvolvimento. Os resultadosdesses investimentos so divulgados comunidade cientfica e s demaisconcessionrias, disseminando assim o conhecimento adquirido. Distribuio - Para desenvolver novas tecnologias, o Programa dePesquisa e Desenvolvimento para a produo tecnolgica orientado anegcios, melhorando processos empresariais, aumentando receita,elevando a responsabilidade social e preservando o meio ambiente. Comisso, o sistema eltrico ganha segurana, qualidade e confiabilidade,garantindo-se seu suprimento e proporcionando sociedade facilidade deacesso energia com preos mais acessveis. Os destaques de 2010ficaram por conta das pesquisas em mobilidade eltrica, telemedio emudanas climticas. Aes com energias renovveis visando eficinciaenergtica se destacaram, bem como a elaborao do plano da CidadeInteligente, com rede interligada e telemedio, que deve ser posto emprtica em 2011. No ano, tiveram incio 15 projetos. Gerao - As empresas investiram em diversos temas, que vo desdesegurana das operaes nas usinas at o desenvolvimento de novasfontes de energia, como a solar fotovoltaica. No ano, a principalpreocupao foi desenvolver projetos relacionados ao meio ambiente, comfoco em melhorias simultneas para a empresa e para a sociedaderibeirinha dos reservatrios das usinas. Com foco no desenvolvimento denovos negcios de gerao, houve investimento em novas fontes deenergia limpa, como forma de minimizar ou evitar os impactos no meioambiente. Em 2010, foram iniciados 11 projetos em diversos campos deatuao. As empresas de gerao no concluram nenhum projeto.EFICINCIA ENERGTICAA promoo de atividades de eficincia energtica assegura a melhorutilizao da energia eltrica e integra o Programa de Eficincia Energtica,que determina s distribuidoras de energia a obrigatoriedade de investiremparte de sua receita em projetos dessa natureza. Esses investimentostotalizaram R$ 25 milhes em 2010, com economia de 22.358 MWh/ano, oequivalente ao consumo mdio anual de 9,3 mil famlias.A EDP enfatiza iniciativas que favoream consumidores de baixa renda eentidades sem fins lucrativos, reunidas nos programas Boa Energia naComunidade e Boa Energia Solar. Esses programas atuam em favor domeio ambiente, pelo estmulo ao uso de fontes alternativas de energia ereduo de consumo, promovem mais segurana no uso e beneficiamconsumidores e instituies de sade com menores custos, com efeitopositivo sobre o nvel de inadimplncia. Projetos de modernizao dailuminao pblica, realizados por meio do Programa Nacional deIluminao Pblica Eficiente (Reluz), receberam investimentos de R$ 4milhes no ano de 2010, com a troca de aproximadamente 10.203 pontosde iluminao pblica e reduo de demanda e custos de energia paraprefeituras municipais.No Esprito Santo, a atuao do programa Boa Energia na Comunidadecontemplou cerca de 46 mil unidades consumidoras, com aumento nonmero de reunies com a comunidade e palestras sobre eficinciaenergtica. Por meio de questionrios aplicados pela ONG Ideaas, soselecionadas residncias para receber benefcios da iniciativa, com adoao de equipamentos adequados para a instalao regular de energia.No ciclo 2009/2010, representaram 9 mil padres, 6.680 kits de instalao(fios, disjuntores, tomadas), 127 mil lmpadas eficientes, cominvestimentos de R$ 8 milhes. H ainda sorteio e doao de geladeiraspara moradores cujos equipamentos estejam em situao muito precria.Trs iniciativas se destacaram em So Paulo, rea de atuao da EDPBandeirante. A melhoria dos sistemas de iluminao de 3 entidadesbeneficentes, com doao de equipamentos e mo de obra para asubstituio de lmpadas, luminrias e reatores ineficientes, reduziram osgastos com energia. Os sistemas semafricos de Guarulhos, Mogi dasCruzes e So Jos dos Campos contaram com a substituio de 10.219lmpadas incandescentes, de baixa eficincia, por lmpadas LED de altaeficincia, com economia 2.607 MWh/ano, que representa o consumomdio anual de 1.086 unidades residenciais. Em parceria com a companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano doEstado de So Paulo (CDHU), a EDP Bandeirante est realizandomelhorias em 2.478 residncias de baixo poder aquisitivo nos municpiosde Pindamonhangaba e Mogi das Cruzes. O programa Boa Energia Solarincluiu a instalao de painis solares em edifcios de apartamentos paraaquecimento de gua, a substituio das lmpadas e chuveiros e aes de

    conscientizao. Os investimentos somaram R$ 13,3 milhes e a reduode consumo prevista de 1.290 MWh/ano. RESPONSABILIDADE AMBIENTALA gesto ambiental da EDP no Brasil est alinhada aos seus oito princpiosde desenvolvimento sustentvel e busca, por meio de projetos e iniciativasinovadoras, mitigar os impactos das atividades das empresas controladas.So desenvolvidas aes de conservao da natureza, com destaque paraa biodiversidade, que em 2010 ganhou poltica corporativa especfica. Nesse contexto, em 2010, a companhia estabeleceu parcerias comuniversidades para o desenvolvimento de pesquisas direcionadas identificao de melhores prticas de preservao ambiental. Houvecontinuidade do processo de adequao dos ativos e instalaes para ascertificaes de qualidade ISO 14001 (meio ambiente) e OHSAS 18001(sade e segurana).Aes socioambientais da EDP Bandeirante receberam destaque noRelatrio de Sustentabilidade 2009 do Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID), que declarou ser a empresa um exemplo a seguirnas prticas de sustentabilidade. Com isso, o sistema de gesto ambientalde sade e segurana e as solues para mitigar os impactos ambientaissero utilizados como exemplo para outras empresas que contaro com oapoio do BID para implantar projetos na rea. Os investimentos de carter ambiental totalizaram R$ 28,7 milhes, comnfase em aspectos de biodiversidade (proteo de paisagem,monitoramento de fauna e flora, entre outros).Entre os projetos mais importantes, destacam-se: Programa Econnosco: criado em 2009, com o objetivo de estimular ouso consciente dos recursos naturais pelos colaboradores da EDP,registrou em 2010 novas aes de incentivo reduo do consumo egerao de resduos. Os 50 embaixadores do projeto - colaboradores queatuam na disseminao das iniciativas - participaram de oficinas realizadaspelo Instituto EDP em parceria com o Instituto Akatu. Elas abordaram ostemas: poder transformador do consumidor; importncia da reciclagem;consumo consciente de gua, papel, energia e combustveis; e gases deefeito estufa que causam o aquecimento global. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto:conta atualmente com cinco projetos registrados. Consciente daimportncia e amplitude das mudanas climticas, a EDP participaativamente em vrios fruns com o objetivo de contribuir na construo deum sistema internacional eficaz para o combate s alteraes globais doclima. No primeiro semestre de 2010, a empresa vendeu 25 mil toneladas decrditos de carbono no mercado voluntrio. Comercializados com aempresa sua First Climate, os crditos foram obtidos por meio darepotenciao da UHE Mascarenhas, que evitar a emisso mdia de 50mil toneladas de CO2. No final de 2010 a EDP recebeu a certificao dosprimeiros crditos emitidos pelas Naes Unidas do projeto da PCH de SoJoo. Os recursos obtidos com a negociao de crditos de carbono sointegralmente destinados a projetos sociais apoiados ou desenvolvidospelo Instituto EDP.PRMIOS E RECONHECIMENTOS Guia Exame de Sustentabilidade: Reconhecida, pelo terceiro anoconsecutivo, como uma das 20 empresas-modelo em sustentabilidade nopas. O guia da revista Exame avalia as atividades empresariais sob osaspectos sociais, econmicos e ambientais. Ranking Capital Aberto: O ranking, promovido pela revista Capital Aberto,reconhece As Melhores Companhias para os Acionistas - a EDP esteveentre as nove vencedoras de 2010, ficando em segundo lugar na categoriade empresas com valor de mercado entre R$ 5 bilhes e R$ 15 bilhes eobteve nota mxima em governana corporativa.Personalidade do Ano - O presidente da EDP no Brasil, Antnio Pita deAbreu, recebeu o prmio de Personalidade do Ano, entregue pela CmaraPortuguesa de Comrcio no Brasil-So Paulo. A escolha se deu por meiode uma eleio entre os 800 empresrios e executivos associados Cmara. Na entrega da premiao a entidade homenageou o entopresidente do Brasil, Luis Incio Lula da Silva, por seu empenho nocrescimento econmico do Pas.Rumo Credibilidade 2010: Melhor colocada entre as companhias dosetor eltrico no Top 10 do ranking organizado pela Fundao Brasileirapara o Desenvolvimento Sustentvel (FBDS) em conjunto com aconsultoria de estratgia SustainAbility que reconhece a excelncia naproduo de relatrios de sustentabilidade. A empresa ficou na quartaposio no ranking geral. Prmio ABT: O Projeto Letras de Luz, parceria da Fundao Victor Civitacom o Instituto EDP, recebeu trofu de ouro na categoria ResponsabilidadeSocial na dcima edio do Prmio ABT. A premiao tem como objetivodistinguir e reconhecer anualmente as melhores prticas derelacionamento com o cliente.As 500 melhores empresas do Brasil: Primeiro lugar do setor eltrico emInovao e Qualidade, quarto lugar em Governana Corporativa e quintolugar em Sustentabilidade Financeira na avaliao feita anualmente pelarevista Isto Dinheiro em parceria com a Trevisan Consultoria. Programa Brasileiro GHG Protocol: Reconhecida com o Selo Ouro noinventrio de emisses de gases de efeito estufa do ano de 2009. Prmio Sodexo Vida Profissional: O Programa Conciliar recebeu prmiona categoria Qualidade de Vida. Focado na pesquisa e divulgao dasmelhores prticas empresariais na rea de recursos humanos, o prmiotem seu processo de avaliao realizado pela Fundao Getulio Vargas.Prmio EcoFrotas: Recebido na categoria Excelncia em Gesto deManuteno pelo empenho em relao frota das distribuidoras, queapresentou o menor custo por quilmetro rodado e a maior disponibilidade.Prmio Aberje 2010: a TV ON, canal institucional do Grupo EDP venceuna categoria Mdia Audiovisual, da regio So Paulo, na premiaopromovida pela Associao Brasileira de Comunicao Empresarial. Oprmio destaca iniciativas nas categorias Gesto de Comunicao eRelacionamento, Mdias e Pequenas e Mdias Organizaes.Ranking Latin Americas Best Investor Relations: Pesquisa realizadapela revista Institutional Investor junto a analistas de mercado, reconhece oCFO Miguel Amaro como o melhor do setor eltrico, segundo analistas desell side, e a Gestora Executiva Mayt Albuquerque como a terceira melhorprofissional de RI do setor eltrico, segundo analistas de sell side e buyside.

    AUDITORES INDEPENDENTESEm atendimento Instruo CVM n 381, de 14 de janeiro de 2003, sobrea necessidade de divulgao pelas Entidades Auditadas de informaessobre a prestao de outros servios pelo auditor independente que nosejam auditoria externa, a Companhia informa que os servios prestados,no exerccio de 2010, pelos auditores independentes foram apenas aquelesrelacionados prestao de servios de auditoria independente.DEMONSTRAES FINANCEIRASConforme requerido pelo artigo 25 da instruo CVM 480/09, declaramosque revisamos e concordamos com as demonstraes financeiras etambm com o parecer de auditoria independente emitido sobre asrespectivas Demonstraes Financeiras para os exerccios findos em 31 dedezembro de 2010 e 2009. Estas foram preparadas de acordo com oInternational Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas peloInternational Accounting Standards Board (IASB), conforme requeridopela Instruo CVM n 457 de 13 de julho de 2007. Resultados histricosanteriores ao exerccio de 2009, eventualmente mencionados ao longodeste relatrio da adminsitrao, no contemplam os ajustes institudospelas normas internacionais de contabilidade (IFRS).AGRADECIMENTOSA Administrao agradece a todos que trabalharam e contriburam para quea EDP Energias do Brasil alcanasse uma posio de destaque no cenrionacional. Em especial, nosso reconhecimento pela confiana dosacionistas, pelo empenho e competncia dos colaboradores, pelo apoio eestmulo dos clientes, fornecedores, parceiros e demais stakeholders.

    RELATRIO DA ADMINISTRAO

    www.edpbr.com.br

    EDP - Energias do Brasil S.A.

  • (Em milhares de reais, exceto quando indicado)Controladora Consolidado

    Nota 2010 2009 2010 2009Ajustado Ajustado

    Receita operacional lquida 30 5.034.316 4.621.702

    Custo do servio de energia eltrica

    Custo com energia eltrica

    Energia eltrica comprada para revenda (2.096.794) (1.866.655)

    Encargos de uso da rede eltrica (601.426) (473.654)

    31 (2.698.220) (2.340.309)

    Custo de operao

    Pessoal (151.934) (146.521)

    Materiais e servios de terceiros (203.066) (166.619)

    Depreciaes e amortizaes (276.203) (257.197)

    Outros custos de operao (30.093) (28.123)

    31 (661.296) (598.460)

    (3.359.516) (2.938.769)

    Custo do servio prestado a terceiros 31 (6.050) (2.918)

    Lucro operacional bruto 1.668.750 1.680.015

    Despesas operacionais

    Despesas com vendas (2.132) (80.252) (41.986)

    Despesas gerais e administrativas (65.960) (65.372) (262.048) (321.647)

    Depreciaes e amortizaes (17.993) (19.920) (81.775) (76.909)

    Outras despesas operacionais 609 (22.220) (52.657) (77.307)

    31 (85.476) (107.512) (476.732) (517.849)

    Resultado antes do Resultado Financeiro,

    das participaes societrias e tributos (85.476) (107.512) 1.192.018 1.162.166

    Resultado das participaes societrias 16 673.282 708.248 (1.837) (407)

    Receitas financeiras 26.428 94.324 337.972 296.558

    Despesas financeiras (26.760) (48.048) (514.985) (378.570)

    Resultado financeiro 32 (332) 46.276 (177.013) (82.012)

    Outras receitas 6.903 52.345 12.474 55.449

    Outras despesas (13.173) (2.092) (39.937) (28.128)

    Outros resultados (6.270) 50.253 (27.463) 27.321

    Lucro antes do imposto de renda e

    da contribuio social 33 581.204 697.265 985.705 1.107.068

    Imposto de renda e contribuio social correntes (3.115) (2.881) (229.254) (196.799)

    Imposto de renda e contribuio social diferidos 9.784 (19.810) (51.953)

    33 6.669 (2.881) (249.064) (248.752)

    Lucro lquido antes da participao

    dos no controladores

    e partes beneficirias 587.873 694.384 736.641 858.316

    Participaes dos no controladores (136.926) (146.850)

    Partes beneficirias (17.157) (15.772)

    Lucro lquido do exerccio 587.873 694.384 582.558 695.694

    Lucro bsico e diludo por lote de mil aes - R$ 3.708,39 4.380,28 3.674,87 4.388,54

    Quanridade de aes 158.805 158.805 158.805 158.805

    As notas explicativas so parte integrante das demonstraes financeiras

    DEMONSTRAES DE RESULTADOS DOS EXERCCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

    Circulante Ajustado Ajustado Ajustado AjustadoCaixa e equivalentes de caixa 6 285.812 233.440 79.443 1.126.449 1.102.022 499.882 Ttulos a receber 8 1.121 8.659 5.999Ativo financeiro indenizvel 17 823 823 823 Consumidores econcessionrias 7 888.806 901.781 725.432

    Impostos e contribuiessociais 10 85.966 75.036 78.403 540.314 419.305 373.673 Dividendos a receber 29 169.312 136.108 150.109Estoques 2.2.c 28.112 13.199 10.098 Caues e depsitosvinculados 13 222 2.168 2.080 62.898 69.587 76.936 Despesas pagasantecipadamente 9 190 4 48 5.254 2.615 8.407

    Ativos financeirosdisponveis para venda 36 40.801 39.086 37.500 40.801 39.086 37.500

    Outros crditos 15 1.512 1.450 3.165 172.561 159.148 142.411 584.936 487.292 350.748 2.874.677 2.713.565 1.875.162

    No circulanteTtulos a receber 8 21.506 23.380 20.378 18.755 21.938 18 Ativo financeiro indenizvel 17 397.324 325.262 248.303 Consumidores e

    concessionrias 7 63.733 64.862 107.981 Impostos e contribuies

    sociais 10 35.933 31.078 31.084 Imposto de renda

    e contribuiosocial diferidos 11 9.784 778.680 748.285 654.103

    Partes relacionadas 12 116.622 175.871 144.087 22.104 Adiantamentos para futuros

    aumentos de capital 14 4.075 69.217 42.740 458 600 Caues e depsitos

    vinculados 13 8.693 5.122 2.944 239.669 130.797 153.632 Despesas pagas

    antecipadamente 9 937 1.064 2.608 Outros crditos 15 15.759 51.992 7.227 32.379 49.937 112.275

    176.439 325.582 217.376 1.567.868 1.373.223 1.332.708 Investimentos 16 3.771.044 3.455.750 2.949.106 37.271 30.935 10.391 Imobilizado 18 1.894 2.038 1.993 5.303.587 4.803.780 4.523.469 Intangvel 19 266.852 284.371 454.845 3.026.712 2.994.969 3.138.800

    4.039.790 3.742.159 3.405.944 8.367.570 7.829.684 7.672.659 Total do ativo 4.801.165 4.555.033 3.974.068 12.810.115 11.916.472 10.880.529

    (Em milhares de reais)Controladora Consolidado

    Ativo Nota 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009 31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009

    Circulante Ajustado Ajustado Ajustado AjustadoFornecedores 20 3.370 10.416 13.093 626.381 508.056 456.679 Impostos e co