Editorial_Revista Ecoaventura 18

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A ideia de que a mulher está associada ao “panema” na pesca — do tupi pa’nema (indivíduo infeliz) —, isto é, que traz azar nas incursões — tem ficado restrita às lendas amazônicas. Prova disso é que tem sido cada vez mais comum encontrar pes- cadoras, aficionadas ou não, nos mares, rios e represas que se constituem em palco para a pesca esportiva. Tanto é verdade que, neste ano, com a troca de governo, o Ministério da Pesca e Aquicultura terá à sua frente — em substituição a Altemir Gregolin — uma mulher. E ela veio com tudo. Ideli Salvatti não esperou o Carnaval passar para dar início à implantação de novas medidas em prol da sustentabilidade dos recursos pesqueiros. Entre as mais importan- tes, redefiniu as regras para o cadastro de pescadores profissionais. A partir de agora, é obrigatório que o interessado apresente declaração de que não possui qualquer víncu- lo empregatício em outra atividade profissional, além do comprovante de recolhimento do INSS de acordo com a venda do pescado, entre outras. Dessa forma, serão barrados aqueles que, por anos, usaram petrechos proibidos sob alegação de serem profissionais dependentes dessa atividade, ou seja: é o fim dos impostores na fila do seguro-Defeso. De pesca amadora ou esportiva, até o fechamento desta edição [meado de fevereiro], a ministra pouco falou. ”Nunca fisguei um peixe”, confessou, mas assumiu ser hábil em fisgar boas ideias. E com relação a isso, não há mesmo com o que se preocupar: o 1º En- contro Nacional da Pesca Amadora, realizado em setembro com setores representativos do segmento, produziu 30 páginas de um documento que contém os principais requisitos para o desenvolvimento da pesca esportiva no Brasil, tais como harmonizar as legislações nos diferentes níveis de governos em águas federais — caso específico do rio Araguaia —, instituir limites mínimos e máximos no tamanho de captura para espécies esportivas, criar mais áreas destinadas à prática do pesque e solte e promover o Brasil como destino nacional e internacional de pesca esportiva. As ideias já estão lançadas. Agora, resta à nova ministra não apenas fisgá-las, mas colocá-las em pauta, executá-las e, por que não, praticá-las — o que achamos perfeita- mente possível, já que muitas das mulheres pescadoras só se apaixonaram pelo esporte em sua fase adulta de vida. Mérito delas, afinal, o capricho e a sensibilidade feminina não têm fase predeterminada para se manifestar. editorial Diretoria Farid Curi, Roberto Véras, Rubinho de Almeida Prado e Wilson Feitosa Diretor comercial Roberto Véras [email protected] Diretor de redação Wilson Feitosa [email protected] Editora Janaína Quitério (MTb nº 45041/SP) [email protected] DEPARTAMENTO DE JORNALISMO [email protected] Estagiários da redação Bárbara Blas e Gabriela Ferigato Tradutor David John Arte Gabriel Dezorzi e Paula Bizacho Fotografia Alexandre Tokitaka, Henrique Feitosa e Inácio Teixeira Correspondentes internacionais Fábio Barbosa e Voitek Kordecki Colaboraram nesta edição Denis Garbo, Eribert Marquez, Inácio Teixeira, Roberto Véras e Wilson Feitosa Consultores Alexandre Andrade e Eribert Marquez DEPARTAMENTO COMERCIAL Publicidade Salgado Filho [email protected] Marketing Pedro Reis [email protected] Distribuição e edições avulsas Thiago Damasio [email protected] Atendimento ao leitor [email protected] Assinaturas [email protected] A Revista ECOAVENTURA é uma publicação mensal da Editora ECOAVENTURA Ltda.. Distribuição com exclusividade para todo o Brasil: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A, Rua Teodoro da Silva, 907, tel. (21) 2195-3200. Os anúncios e artigos assinados são de inteira responsabilidade dos anunciantes e de seus autores, respectivamente. A Revista ECOAVENTURA está autorizada a fazer alterações nos textos recebidos, conforme julgar necessário. Nenhum colaborador ou funcionário tem o direito de negociar permutas em nome da editora sem prévia autorização da diretoria. Editora ECOAVENTURA PABX: (11) 3334-4361 - Rua Anhaia, 1180 Bom Retiro - SP - CEP 01130-000 www.grupoea.com.br Assinaturas: (11) 3334-4361 Novidade em forma de “sereia” Edição 18 — março de 2011 Bem-vinda ministra! Temos certeza de que a senhora não demorará a experimentar os efeitos terapêuticos e inebriantes de um dia de pesca esportiva. Fica aqui o nosso convite.

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Editorial publicado na Revista Ecoaventura 18, em março de 2011

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A ideia de que a mulher está associada ao “panema” na pesca — do tupi

pa’nema (indivíduo infeliz) —, isto é, que traz azar nas incursões — tem ficado restrita

às lendas amazônicas. Prova disso é que tem sido cada vez mais comum encontrar pes-

cadoras, aficionadas ou não, nos mares, rios e represas que se constituem em palco para

a pesca esportiva. Tanto é verdade que, neste ano, com a troca de governo, o Ministério

da Pesca e Aquicultura terá à sua frente — em substituição a Altemir Gregolin — uma

mulher. E ela veio com tudo.

Ideli Salvatti não esperou o Carnaval passar para dar início à implantação de novas

medidas em prol da sustentabilidade dos recursos pesqueiros. Entre as mais importan-

tes, redefiniu as regras para o cadastro de pescadores profissionais. A partir de agora, é

obrigatório que o interessado apresente declaração de que não possui qualquer víncu-

lo empregatício em outra atividade profissional, além do comprovante de recolhimento

do INSS de acordo com a venda do pescado, entre outras. Dessa forma, serão barrados

aqueles que, por anos, usaram petrechos proibidos sob alegação de serem profissionais

dependentes dessa atividade, ou seja: é o fim dos impostores na fila do seguro-Defeso.

De pesca amadora ou esportiva, até o fechamento desta edição [meado de fevereiro], a

ministra pouco falou. ”Nunca fisguei um peixe”, confessou, mas assumiu ser hábil em

fisgar boas ideias. E com relação a isso, não há mesmo com o que se preocupar: o 1º En-

contro Nacional da Pesca Amadora, realizado em setembro com setores representativos

do segmento, produziu 30 páginas de um documento que contém os principais requisitos

para o desenvolvimento da pesca esportiva no Brasil, tais como harmonizar as legislações

nos diferentes níveis de governos em águas federais — caso específico do rio Araguaia

—, instituir limites mínimos e máximos no tamanho de captura para espécies esportivas,

criar mais áreas destinadas à prática do pesque e solte e promover o Brasil como destino

nacional e internacional de pesca esportiva.

As ideias já estão lançadas. Agora, resta à nova ministra não apenas fisgá-las, mas

colocá-las em pauta, executá-las e, por que não, praticá-las — o que achamos perfeita-

mente possível, já que muitas das mulheres pescadoras só se apaixonaram pelo esporte

em sua fase adulta de vida. Mérito delas, afinal, o capricho e

a sensibilidade feminina não têm fase predeterminada para

se manifestar.

editorial

DiretoriaFarid Curi, Roberto Véras,

Rubinho de Almeida Prado e Wilson Feitosa

Diretor comercialRoberto Véras

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Diretor de redação Wilson Feitosa

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EditoraJanaína Quitério

(MTb nº 45041/SP)[email protected]

DEPARTAMENTO DE [email protected]

Estagiários da redaçãoBárbara Blas e Gabriela Ferigato

TradutorDavid John

ArteGabriel Dezorzi e Paula Bizacho

FotografiaAlexandre Tokitaka, Henrique Feitosa

e Inácio Teixeira

Correspondentes internacionaisFábio Barbosa

e Voitek Kordecki

Colaboraram nesta ediçãoDenis Garbo, Eribert Marquez, Inácio Teixeira,

Roberto Véras e Wilson Feitosa

ConsultoresAlexandre Andradee Eribert Marquez

DEPARTAMENTO COMERCIALPublicidade

Salgado [email protected]

MarketingPedro Reis

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Distribuição e edições avulsasThiago Damasio

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Atendimento ao [email protected]

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Novidade em forma de “sereia”

Edição 18 — março de 2011

Bem-vinda ministra! Temos certeza de que a senhora não demorará a experimentar os efeitos terapêuticos e inebriantes de um dia de pesca esportiva. Fica aqui o nosso convite.