Editorial 2013-02-03

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Boletim 359 – 03/02/2013 QUANDO A GENTE ACHA QUE CONHECE DEUS “E Jefté fez este voto ao Senhor: "Se entregares os amonitas nas minhas mãos, aquele que vier saindo da porta da minha casa ao meu encontro, quando eu retornar da vitória sobre os amonitas, será do Senhor, e eu o oferecerei em holocausto". (Juízes 11:30-31) Jefté foi um homem desprezado por seu povo porque era filho de uma prostituta. Expulso do meio do povo de Deus, e rejeitado por este povo, ele foi morar distante e acabou se juntando com homens levianos, homens sem compromisso moral ou religioso (Juízes 11.3). Aconteceu que o povo de Deus se viu numa luta contra os amonitas; e na falta de liderança para esta batalha, lembrou-se de Jefté e foi correndo pedir a ajuda dele. É estranho pensar que Jefté não poderia viver junto com o povo mas que poderia servir para alguma coisa de interesse do povo. Isto, simplesmente, aponta para o fato de que nós acabamos utilizando artifícios que não têm nada a ver com a vontade de Deus, mas, sim, com os nossos interesses. Jefté entendeu que poderia auxiliar o povo nesta batalha e fez um voto a Deus, o qual está descrito nos versículos acima. O voto de Jefté consistia em MATAR O PRIMEIRO QUE VIESSE AO SEU ENCONTRO. Talvez você pense que o Senhor aprovou a atitude de Jefté porque o texto não mostra a resposta de Deus; contudo, conhecendo Deus por meio da sua Palavra, o que podemos concluir? 1) Deus proibiu a morte de pessoas. O texto dos dez mandamentos é claro ao dizer NÃO MATARÁS (Ex 20.13); 2) A matança de pessoas está relacionada à adoração a Moloque, um dos deuses dos povos antigos. Talvez, por influência das pessoas levianas com as quais foi morar, Jefté tenha tomado tal prática como verdade; 3) Abraão foi o que chegou mais perto disso por ordem de Deus, mas fica claro, no texto, que tirar a vida de Isaque não era a vontade do Senhor (Gn 22). Como consequência de um voto absurdo e equivocado, Jefté, depois de chegar da batalha, encontrou sua filha, sua única filha. E levando adiante um monte de decisões absurdas, matou-a entendendo que aquilo agradaria a Deus. Quando a gente acha que conhece a Deus, a gente pode achar que está agradando a Deus em tudo que faz, mas será que está mesmo? O erro de Jefté teve como causa raiz a sua falta de conhecimento sobre o próprio Deus a quem ele servia. Não se engane: para servir a Deus você tem que conhecê-lo! Pastor Fábio Quintanilha

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Boletim 359 – 03/02/2013 QUANDO A GENTE ACHA QUE CONHECE DEUS “E Jefté fez este voto ao Senhor: "Se entregares os amonitas nas minhas mãos,

aquele que vier saindo da porta da minha casa ao meu encontro, quando eu retornar da vitória sobre os amonitas, será do Senhor, e eu o oferecerei em holocausto". (Juízes 11:30-31)

Jefté foi um homem desprezado por seu povo porque era filho de uma prostituta. Expulso do meio do povo de Deus, e rejeitado por este povo, ele foi morar distante e acabou se juntando com homens levianos, homens sem compromisso moral ou religioso (Juízes 11.3).

Aconteceu que o povo de Deus se viu numa luta contra os amonitas; e na falta de liderança para esta batalha, lembrou-se de Jefté e foi correndo pedir a ajuda dele. É estranho pensar que Jefté não poderia viver junto com o povo mas que poderia servir para alguma coisa de interesse do povo. Isto, simplesmente, aponta para o fato de que nós acabamos utilizando artifícios que não têm nada a ver com a vontade de Deus, mas, sim, com os nossos interesses.

Jefté entendeu que poderia auxiliar o povo nesta batalha e fez um voto a Deus, o qual está descrito nos versículos acima. O voto de Jefté consistia em MATAR O PRIMEIRO QUE VIESSE AO SEU ENCONTRO. Talvez você pense que o Senhor aprovou a atitude de Jefté porque o texto não mostra a resposta de Deus; contudo, conhecendo Deus por meio da sua Palavra, o que podemos concluir?

1) Deus proibiu a morte de pessoas. O texto dos dez mandamentos é claro ao dizer NÃO MATARÁS (Ex 20.13);

2) A matança de pessoas está relacionada à adoração a Moloque, um dos deuses dos povos antigos. Talvez, por influência das pessoas levianas com as quais foi morar, Jefté tenha tomado tal prática como verdade;

3) Abraão foi o que chegou mais perto disso por ordem de Deus, mas fica claro, no texto, que tirar a vida de Isaque não era a vontade do Senhor (Gn 22).

Como consequência de um voto absurdo e equivocado, Jefté, depois de chegar da batalha, encontrou sua filha, sua única filha. E levando adiante um monte de decisões absurdas, matou-a entendendo que aquilo agradaria a Deus.

Quando a gente acha que conhece a Deus, a gente pode achar que está agradando a Deus em tudo que faz, mas será que está mesmo?

O erro de Jefté teve como causa raiz a sua falta de conhecimento sobre o próprio Deus a quem ele servia. Não se engane: para servir a Deus você tem que conhecê-lo!

Pastor Fábio Quintanilha