Editorial 2012-11-04

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Boletim 347 – 04/11/2012 AMAR A DEUS RESULTA EM QUÊ? “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim.” (Mateus 10.37) Estamos vivendo um tempo que, particularmente, considero muito complexo. As pessoas sentem-se cada vez mais cansadas, desmotivadas, desinteressadas. Estes sentimentos estão invadindo as casas e, consequentemente, as igrejas. Hoje, lidamos com pessoas, no meio eclesiástico, que estão envolvidas em parte, participam em parte, e os motivos para isso são os mais diversos, mas é triste constatar que é uma realidade. Houve um tempo que o termo “obrigação” foi muito propagado dentro das igrejas. Ouvi muito que servir a Deus é um mandamento, uma ordem. O “Ide” de Jesus ganhava mais força na palavra dos crentes quando lido sob a justificativa de que o termo estava no imperativo. Temos que ir, e isso não está em discussão! Hoje, vivemos um tempo completamente oposto. As pessoas são vistas como voluntárias no Reino de Deus; participam porque querem e, se não querem não participam. Cada um tem que se sentir à vontade para fazer alguma coisa, e se não está à vontade não faz. Nunca ouvi tantos sermões sobre motivação ou sobre engajamento, mas por quê? O que está realmente faltando? Que coisa! Caminhamos de uma leitura que beira a um fundamentalismo radical para uma leitura extremamente liberal do serviço dos crentes no Reino de Deus. Quão difícil é encontrar um meio termo, uma compreensão mais simples e pura do texto bíblico. Por que tantas vezes utilizamos as Escrituras para atacar ou para nos defender? Servir a Deus está ligado ao amor. Amor é a palavra bíblica para entrega, dedicação. Se você ama o seu próximo, se dedica a ele, se entrega a ele. Logo, se você ama a Deus, você também se entrega a ele em serviço. A grande questão é que o nosso amor a Deus não deve ser menor do que o amor que temos às coisas ou até mesmo a outras pessoas. Deus não pode ser substituído por nada. É a partir desta compreensão que devemos ler o texto que Jesus fala sobre amar mais pai e mãe do que ao próprio Deus. Se você ama a Deus, entregue-se a ele; este é o resultado esperado. Sirva a Deus de forma incondicional e não permita que nada na sua vida seja mais importante do que o próprio Deus. O que está em jogo não é o tamanho do seu amor a seus pais, mas o tamanho do seu amor a Deus. Pense nisso! Pastor Fábio Quintanilha

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Boletim 347 – 04/11/2012 AMAR A DEUS RESULTA EM QUÊ?

“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim.” (Mateus 10.37)

Estamos vivendo um tempo que, particularmente, considero muito complexo. As pessoas sentem-se cada vez mais cansadas, desmotivadas, desinteressadas. Estes sentimentos estão invadindo as casas e, consequentemente, as igrejas. Hoje, lidamos com pessoas, no meio eclesiástico, que estão envolvidas em parte, participam em parte, e os motivos para isso são os mais diversos, mas é triste constatar que é uma realidade.

Houve um tempo que o termo “obrigação” foi muito propagado dentro das igrejas. Ouvi muito que servir a Deus é um mandamento, uma ordem. O “Ide” de Jesus ganhava mais força na palavra dos crentes quando lido sob a justificativa de que o termo estava no imperativo. Temos que ir, e isso não está em discussão!

Hoje, vivemos um tempo completamente oposto. As pessoas são vistas como voluntárias no Reino de Deus; participam porque querem e, se não querem não participam. Cada um tem que se sentir à vontade para fazer alguma coisa, e se não está à vontade não faz. Nunca ouvi tantos sermões sobre motivação ou sobre engajamento, mas por quê? O que está realmente faltando?

Que coisa! Caminhamos de uma leitura que beira a um fundamentalismo radical para uma leitura extremamente liberal do serviço dos crentes no Reino de Deus. Quão difícil é encontrar um meio termo, uma compreensão mais simples e pura do texto bíblico. Por que tantas vezes utilizamos as Escrituras para atacar ou para nos defender?

Servir a Deus está ligado ao amor. Amor é a palavra bíblica para entrega, dedicação. Se você ama o seu próximo, se dedica a ele, se entrega a ele. Logo, se você ama a Deus, você também se entrega a ele em serviço.

A grande questão é que o nosso amor a Deus não deve ser menor do que o amor que temos às coisas ou até mesmo a outras pessoas. Deus não pode ser substituído por nada. É a partir desta compreensão que devemos ler o texto que Jesus fala sobre amar mais pai e mãe do que ao próprio Deus.

Se você ama a Deus, entregue-se a ele; este é o resultado esperado. Sirva a Deus de forma incondicional e não permita que nada na sua vida seja mais importante do que o próprio Deus. O que está em jogo não é o tamanho do seu amor a seus pais, mas o tamanho do seu amor a Deus. Pense nisso!

Pastor Fábio Quintanilha