Editorial 2012-04-22

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Boletim 319 – 22/04/2012 CREIA E FAÇA! “Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer no caminho, porque alguns deles vieram de longe.” (Marcos 8:2-3) Dificilmente, Jesus encontrava momentos em que estava sozinho, ou até mesmo cercado de pouca gente. São muitos os relatos que mostram Jesus cercado de gente, e de muita gente, ao ponto de Jesus ter que planejar momentos de oração a sós, tamanha a dificuldade encontrada no dia-a-dia. No texto de Marcos 8, encontramos uma multidão sedenta por Jesus. Não sabemos, pelo relato bíblico, se as pessoas queriam apenas os milagres ou se estavam ali para ouvir os ensinos de Jesus, o fato é que muita gente ali estava e durante três dias! Jesus é Mestre, mas a grande diferença entre ele e muitos é que ele não é um acadêmico despreocupado com os alunos, nem muito menos um fanático religioso que quer tirar tudo das pessoas ou matar seus fiéis. Na verdade, Jesus estava preocupado com o que as pessoas não tinham e como elas chegariam ao seu destino sem ter o que comer. Mais do que isso, Jesus se sentiu responsável por dar àquelas pessoas o alimento necessário para a subsistência delas. A reação de Jesus foi muito diferente de muitos líderes evangélicos que vão “tirando” praticamente tudo das pessoas, pedindo cada vez mais e mais, prometendo às pessoas, de forma enganosa, que Deus dará em dobro aquilo que foi doado. Jesus não pede, ele dá. Jesus não cobra, ele se doa, e faz surgir de onde não tem para dar àquele que nada tem. Nenhum centavo foi pedido e nenhuma ordem foi dada a não ser aquela: que se sentassem e aguardassem. Todo esse contexto me fez pensar o que Jesus está ensinando acerca daquilo que é minha responsabilidade e o que posso fazer diante de situações que, humanamente, são impossíveis de serem resolvidas. Penso o que eu faria se estivesse no lugar dos discípulos. É certo que os mandaria para suas casas entendendo que seria responsabilidade deles a providência de alimentos, como os próprios discípulos tentaram fazer (relato descrito em Marcos 6.35s). Contudo, a atitude de Jesus tem muito a nos ensinar. Jesus me ensina a ter compaixão, a não olhar as coisas pelas minhas lentes, mas a olhar a partir das necessidades dos outros. Ele me ensina que aquilo que parecia não ser minha responsabilidade deve ser encarado por mim como um desafio de fé e que há sempre alguma coisa que posso fazer. Ele ainda me ensina que as pessoas precisam ser tratadas como seres humanos dignos de atenção e de cuidados. Talvez gastemos muito tempo justificando como e por que não devemos fazer, e por que determinada coisa não seja nossa responsabilidade. Todavia, se esse tempo tivesse sido gasto auxiliando as pessoas que precisavam, quem sabe não teríamos ajudado mais de quatro mil homens como no texto? O que é sua responsabilidade no Reino de Deus? Simplesmente amar o seu próximo como se fosse você. Não importa o que tenhamos, se sete ou cinco pães, o fato é que milhares poderão deles se alimentar, e ainda sobrarão muitos cestos cheios para alimentar tantos outros. Creia e faça! Pastor Fábio Quintanilha

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“Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer no caminho, porque alguns deles vieram de longe.” (Marcos 8:2-3) Pastor Fábio Quintanilha Boletim 319 – 22/04/2012

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Boletim 319 – 22/04/2012 CREIA E FAÇA!

“Tenho compaixão desta multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer no caminho, porque alguns deles vieram de longe.” (Marcos 8:2-3)

Dificilmente, Jesus encontrava momentos em que estava sozinho, ou até mesmo cercado de

pouca gente. São muitos os relatos que mostram Jesus cercado de gente, e de muita gente, ao ponto de Jesus ter que planejar momentos de oração a sós, tamanha a dificuldade encontrada no dia-a-dia.

No texto de Marcos 8, encontramos uma multidão sedenta por Jesus. Não sabemos, pelo relato bíblico, se as pessoas queriam apenas os milagres ou se estavam ali para ouvir os ensinos de Jesus, o fato é que muita gente ali estava e durante três dias!

Jesus é Mestre, mas a grande diferença entre ele e muitos é que ele não é um acadêmico despreocupado com os alunos, nem muito menos um fanático religioso que quer tirar tudo das pessoas ou matar seus fiéis. Na verdade, Jesus estava preocupado com o que as pessoas não tinham e como elas chegariam ao seu destino sem ter o que comer. Mais do que isso, Jesus se sentiu responsável por dar àquelas pessoas o alimento necessário para a subsistência delas.

A reação de Jesus foi muito diferente de muitos líderes evangélicos que vão “tirando” praticamente tudo das pessoas, pedindo cada vez mais e mais, prometendo às pessoas, de forma enganosa, que Deus dará em dobro aquilo que foi doado. Jesus não pede, ele dá. Jesus não cobra, ele se doa, e faz surgir de onde não tem para dar àquele que nada tem. Nenhum centavo foi pedido e nenhuma ordem foi dada a não ser aquela: que se sentassem e aguardassem.

Todo esse contexto me fez pensar o que Jesus está ensinando acerca daquilo que é minha responsabilidade e o que posso fazer diante de situações que, humanamente, são impossíveis de serem resolvidas. Penso o que eu faria se estivesse no lugar dos discípulos. É certo que os mandaria para suas casas entendendo que seria responsabilidade deles a providência de alimentos, como os próprios discípulos tentaram fazer (relato descrito em Marcos 6.35s). Contudo, a atitude de Jesus tem muito a nos ensinar.

Jesus me ensina a ter compaixão, a não olhar as coisas pelas minhas lentes, mas a olhar a partir das necessidades dos outros. Ele me ensina que aquilo que parecia não ser minha responsabilidade deve ser encarado por mim como um desafio de fé e que há sempre alguma coisa que posso fazer. Ele ainda me ensina que as pessoas precisam ser tratadas como seres humanos dignos de atenção e de cuidados.

Talvez gastemos muito tempo justificando como e por que não devemos fazer, e por que determinada coisa não seja nossa responsabilidade. Todavia, se esse tempo tivesse sido gasto auxiliando as pessoas que precisavam, quem sabe não teríamos ajudado mais de quatro mil homens como no texto?

O que é sua responsabilidade no Reino de Deus? Simplesmente amar o seu próximo como se fosse você. Não importa o que tenhamos, se sete ou cinco pães, o fato é que milhares poderão deles se alimentar, e ainda sobrarão muitos cestos cheios para alimentar tantos outros. Creia e faça!

Pastor Fábio Quintanilha