Edição 47

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Ano II, número 47, segunda-feira, 14 de maio de 2012 D amião, Carlos Alberto, João Alves, José Luiz, João Neri, An- tonio Lopes, José Rodrigues, Cleilson, José Inácio e Rodrigo. Ou então Luiz Gonzaga, Romário, Regi- naldo, Antonio Bernardo, Francisco, Marlon, Antonio Nunes, Lucivaldo, Edimilson e Kelson. Não são craques de futebol, mas seus nomes entraram para a história na última sexta-feira. Os 20 listados são trabalhadores das Organizações PaulOOctavio que er- guem o JK Shopping & Tower, entre Taguatinga e Ceilândia, e que estão matriculados nas primeiras turmas de operários que vão aprender informá- tica em um canteiro de obras no País. A partir de agora, todos vão co- meçar a viver um mundo novo. Ligar um computador não será mais um mistério. Ter um e-mail, navegar na internet e enviar ou receber uma fo- tografia de um parente distante será parte de suas vidas. O curso de in- formática básica, ministrado pelo pro- fessor Cícero Bezerra, do Senac, vai encurtar a distância que todos tinham da realidade virtual. Para isso, eles as- sistirão 22 horas/aula, duas vezes por semana, das 17h30 às 19h30. Ao final do curso, terão as primeiras luzes do mundo digital. Essa janela que se abre para a in- serção entusiasma José Inácio Dias, o vigia diurno da obra. Em sua casa, os filhos têm computador, mas ele não passava nem perto. “Não era medo, mas indecisão. Queria aprender, mas não tinha tempo, pois chegava em casa cansado. Agora vai ser diferente, graças a esta chance. E a gente ainda pode crescer na obra aprendendo in- formática”, destaca. Perto dele, outro aluno do cur- so, o auxiliar de almoxarifado Cleil- son Silva Salazar Rezende, já sonha A informática para todos Notícias DF Alerta toma a ponta N a quarta-feira, dia 9, o DF Alerta foi o progra- ma mais visto em Bra- sília, em sua faixa de horário. Nada menos que 25% dos apa- relhos ligados na cidade estavam sintonizados na atração da TV Brasília, por volta de 12h30. Paulo Octavio, o professor Cícero Bezerra e Margareth Bicalho, do Senac, posam com os primeiros alunos das turmas para ensino de informática em aposentar o controle por caneta e papel e passar a trabalhar com um computador. “Com certeza, com este curso, vou me aperfeiçoar mais. Eu e meus colegas estamos muito motiva- dos”, conta. Para Paulo Octavio, presidente das organizações e idealizador do projeto, a ação pioneira é uma rotina nos can- teiros de obra. “Há 22 anos, lançamos o primeiro curso de alfabetização nos canteiros, formando mais de 2 mil funcionários. Hoje, somos a primeira empresa a ter um curso para a ‘alfabe- tização’ digital. Essa nossa atitude terá vários reflexos, e um deles é melho- rar a interlocução doméstica de pais e filhos, que hoje, inegavelmente, do- minam com maestria esta tecnologia”, avalia PO, desejando que outras em- presas do segmento copiem a iniciati- va, como ocorreu com a alfabetização dos operários, nos idos de 1990. O projeto é executado por pro- fessores do Senac, contratados pelas Organizações PaulOOctavio para ensinar os operários. Segundo Mar- gareth Bicalho, gerente do Núcleo de Relações Empresariais da entidade, a iniciativa merece destaque. “Seria ótimo se todas as empresas usassem este projeto como exemplo. A qua- lidade de vida dos empregados será ampliada, pois eles aprenderão mais. Estamos muito felizes de participar deste projeto”, disse. A iniciativa das Organizações Pau- lOOctavio mereceu elogios até do Sindicato dos Trabalhadores da Indús- tria da Construção Civil. De acordo com o vice-presidente da entidade, Raimundo Salvador, o ensino de infor- mática nos canteiros de obras é lou- vável. “É um sinal de valorização do trabalhador. Vem acrescentar muito e vai dar mais visão a todos esta atitude de promover a inclusão no mundo na internet”, acrescenta.

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Ano II, número 47, segunda-feira, 14 de maio de 2012

Damião, Carlos Alberto, João Alves, José Luiz, João Neri, An-tonio Lopes, José Rodrigues,

Cleilson, José Inácio e Rodrigo. Ou então Luiz Gonzaga, Romário, Regi-naldo, Antonio Bernardo, Francisco, Marlon, Antonio Nunes, Lucivaldo, Edimilson e Kelson. Não são craques de futebol, mas seus nomes entraram para a história na última sexta-feira. Os 20 listados são trabalhadores das Organizações PaulOOctavio que er-guem o JK Shopping & Tower, entre Taguatinga e Ceilândia, e que estão matriculados nas primeiras turmas de operários que vão aprender informá-tica em um canteiro de obras no País.

A partir de agora, todos vão co-meçar a viver um mundo novo. Ligar um computador não será mais um mistério. Ter um e-mail, navegar na internet e enviar ou receber uma fo-tografia de um parente distante será parte de suas vidas. O curso de in-formática básica, ministrado pelo pro-fessor Cícero Bezerra, do Senac, vai encurtar a distância que todos tinham da realidade virtual. Para isso, eles as-sistirão 22 horas/aula, duas vezes por semana, das 17h30 às 19h30. Ao final do curso, terão as primeiras luzes do mundo digital.

Essa janela que se abre para a in-serção entusiasma José Inácio Dias, o vigia diurno da obra. Em sua casa, os filhos têm computador, mas ele não passava nem perto. “Não era medo, mas indecisão. Queria aprender, mas não tinha tempo, pois chegava em casa cansado. Agora vai ser diferente, graças a esta chance. E a gente ainda pode crescer na obra aprendendo in-formática”, destaca.

Perto dele, outro aluno do cur-so, o auxiliar de almoxarifado Cleil-son Silva Salazar Rezende, já sonha

A informática para todos

Notícias DF Alerta toma a ponta

Na quarta-feira, dia 9, o DF Alerta foi o progra-ma mais visto em Bra-

sília, em sua faixa de horário. Nada menos que 25% dos apa-relhos ligados na cidade estavam sintonizados na atração da TV Brasília, por volta de 12h30.

Paulo Octavio, o professor Cícero Bezerra e Margareth Bicalho, do Senac, posam com os primeiros alunos das turmas para ensino de informática

em aposentar o controle por caneta e papel e passar a trabalhar com um computador. “Com certeza, com este curso, vou me aperfeiçoar mais. Eu e meus colegas estamos muito motiva-dos”, conta.

Para Paulo Octavio, presidente das organizações e idealizador do projeto, a ação pioneira é uma rotina nos can-teiros de obra. “Há 22 anos, lançamos o primeiro curso de alfabetização nos canteiros, formando mais de 2 mil funcionários. Hoje, somos a primeira empresa a ter um curso para a ‘alfabe-tização’ digital. Essa nossa atitude terá vários reflexos, e um deles é melho-rar a interlocução doméstica de pais e filhos, que hoje, inegavelmente, do-minam com maestria esta tecnologia”, avalia PO, desejando que outras em-presas do segmento copiem a iniciati-va, como ocorreu com a alfabetização dos operários, nos idos de 1990.

O projeto é executado por pro-

fessores do Senac, contratados pelas Organizações PaulOOctavio para ensinar os operários. Segundo Mar-gareth Bicalho, gerente do Núcleo de Relações Empresariais da entidade, a iniciativa merece destaque. “Seria ótimo se todas as empresas usassem este projeto como exemplo. A qua-lidade de vida dos empregados será ampliada, pois eles aprenderão mais. Estamos muito felizes de participar deste projeto”, disse.

A iniciativa das Organizações Pau-lOOctavio mereceu elogios até do Sindicato dos Trabalhadores da Indús-tria da Construção Civil. De acordo com o vice-presidente da entidade, Raimundo Salvador, o ensino de infor-mática nos canteiros de obras é lou-vável. “É um sinal de valorização do trabalhador. Vem acrescentar muito e vai dar mais visão a todos esta atitude de promover a inclusão no mundo na internet”, acrescenta.