Edição 284

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PREFEITO DE MUQUI, NICOLAU ESPERIDIÃO (PSB), TEM A MAIOR REJEIÇÃO NO » MUNICÍPIO. DO LADO GOVERNISTA, POPULAÇÃO PREFERE EX-PREFEITO EX-PRESIDENTE LULA AO LADO DO EX- » VEREADOR ALMIR FORTE ENTREVISTA | Pág 12 DOMINGO , 18/03/2012 | DIÁRIO | ANO 1 | N° 284 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL R$ 1,00 www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao » MINISTRO QUER FIM DA MISÉRIA NO INTERIOR DIVULGAÇÃO JOSÉ CRUZ POLÍTICA | Págs 04 e 05 OPOSIÇÃO LIDERA INTENÇÃO DE VOTOS POLÍTICA | Pág 11 CONSELHO TUTELAR DENUNCIA MAUS TRATOS EM ABRIGO DE CRIANÇAS GERAL | Pág 13 IÇAMI TIBA MINISTRA PALESTRA PARA PROFESSORES DA REGIÃO PC DO B COMEMORA 90 ANOS DE EXISTÊNCIA GERAL | Pág 13 ASFALTO CHEGA A SETE RUAS DO BAIRRO CAMPO LEOPOLDINA, EM CACHOEIRO POLÍTICA | Pág 06 CONFIRA AS ANÁLISES DO CENÁRIO POLÍTICO DE MUQUI E DE DIVINO DE SÃO LOURENÇO DIVULGAÇÃO/PMCI ARQUIVO PESSOAL LEANDRO MMOREIRA SEGURANÇA | Págs 14 e 15

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Jornal Aqui Noticia Folha do Caparao

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PREFEITO DE MUQUI, NICOLAU ESPERIDIÃO (PSb), TEM A MAIOR REJEIÇÃO NO »MUNICÍPIO. DO LADO GOVERNISTA, POPULAÇÃO PREFERE EX-PREFEITO

EX-PRESIDENTE LULA AO LADO DO EX- »VEREADOR ALMIR FORTE

ENTREVISTA | Pág 12

DOMINGO, 18/03/2012 | DIÁRIO | ANO 1 | N° 284 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SULR$ 1,00

www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao » MINISTRO QUER FIM DA MISÉRIA NO INTERIOR

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POLÍTICA | Págs 04 e 05

oposição LiDERA iNTENção DE VoTos

POLÍTICA | Pág 11

CONSELHO TUTELAR DENUNCIA MAUS TRATOS EM ABRIGO DE CRIANÇAS

GERAL | Pág 13

IÇAMI TIBA MINISTRA PALESTRA PARA PROFESSORES DA REGIÃO

PC DO B COMEMORA 90 ANOS DE EXISTÊNCIA

GERAL | Pág 13

ASFALTO CHEGA A SETE RUAS DO BAIRRO CAMPO LEOPOLDINA, EM CACHOEIRO

POLÍTICA | Pág 06

CONFIRA AS ANÁLISES DO CENÁRIO POLÍTICO DE MUQUI E DE DIVINO DE SÃO LOURENÇOdi

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SEGURANÇA | Págs 14 e 15

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EXPEDIENTEDIRETOR GERAL: Elias CarvalhoEDITOR CHEFE: Ilauro OliveiraEDITOR DE CRIAÇÃO E ARTE: Luan Ola REPóRTEREs: Alissandra Mendes, Gustavo Ribeiro, Filipe Rodrigues,Leandro Moreira e Marcos FreireDIAGRAmADOREs: Suheley Garcia Suhett e Carlos Guilherme Gomes

E-mails: [email protected]@gmail.com; [email protected]@gmail.com/ [email protected]ção: Es - Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itapemirim, Iúna, Jerônimo

DEPARTAmENTO COmERCIAL: Rafaella Macedo (28) 3521 7726 / 9982 [email protected]: Joana Campos (28) 3521 7726 9921 7914 / 9885 6604 - [email protected]: Sérgio Oliveira, Sérgio Garschagen, Sérgio Neves, Wagner Medeiros Junior, Ruy Guedes, Luciana Fernandes, Ricardo Lemos, Lucas Oliveira, Ramon Barros, Marcelo Soncino, Ewerton M. TréggiaDPTO. JURíDICO: MIGNONE ADVOGADOSDR RICARDO MIGNONE - OAB/ES 12.699

Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante.

Editora e Jornal Sul Capixaba Ltda - ME | CNPJ: 10.916.216.0001-55. Rua Resk Salim Carone, S/N º - Ed. Ibisa - Loja 03 - Bairro Gilberto Machado. Cachoeiro de Itapemirim-ES (Próximo à rodoviária) . Tel: (28) 3521 7726

domingo, » 18/03/2012 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL

www.AQUiES.com.br02 oPiniÃo

As matérias assinadas publicadas neste jornal, necessariamente não traduzem a opinião do próprio jornal. A veracidade das informações publicitárias veiculadas é de responsabilidade de quem as patrocina (anunciante). A legislação não impõe ao órgão que veicula o anúncio (jornal) a obrigatoriedade de verificação e comprovação da fidedignidade e correção destes anúncios. Fonte: STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Amiga goiana de longa data me confidenciou, há alguns anos, que os seus conterrâ-neos cultivavam um hábito cultural estranho à primeira vista para as pessoas de fora, mas socialmente justo. Sempre que uma moça goia-na de família tradicional fi-cava noiva toda a família saia à caça de um doidinho para servir a nova família que se formava. Não havia casamento antes de o doidi-nho ser encontrado junto a famílias pobres do interior ou nas periferias das cidades mais importantes.Muitas vezes as famílias já vigiavam anos a fio um me-nino e até os preparavam para servir à futura sinhá, quando ela se casasse. Sei que muitas pessoas fica-rão chocadas pelo uso que faço do termo “doidinho”, mas além de ser este o termo utilizado pelos goianos, não consigo encontrar outro que seja politicamente correto e transmita com precisão o significado intrínseco da pa-lavra. Afinal, a pessoa pro-curada era denominada doi-dinha porque o diminutivo carregava algumas exigências básicas: o beócio procurado não podia ser completamen-te maluco e nem potencial-mente perigosa; tinha de ser dócil e entender que era um privilegiado por conseguir um pequeno trabalho.Eram épocas difíceis, sem telefones, de estradas ruins e essa pessoa faria o papel múltiplo de menino de re-cados, cavalariço, cocheiro, encerador do assoalho da sala em véspera de visitas importantes, jardineiro, en-canador e outros pequenos serviços domésticos. Não havia famílias importantes

sem essa peça humana fun-damental.Por outro lado, Goiás era um estado muito pobre e com vastas áreas desabitadas. Casamentos consaguineos eram normais e meninos e meninas com pequenos problemas mentais também eram comuns. Alimentar tantas bocas in-fantis e juvenis era difícil para as famílias carentes. Todos trabalhavam na roça desde cedo e a solução mais pertinente era arranjar um trabalho para os filhos in-telectualmente menos do-tados nas casas das famílias mais abonadas. Havia assim uma simbiose social, em que os mais po-bres se livravam, de forma aceitável, de uma boca para alimentar e de uma pessoa para vigiar. Os mais ricos, por seu turno, arranjavam um pau para toda obra, ao mesmo tempo em que fa-ziam uma boa ação social e sentiam a consciência menos pesada com tanta miséria.O enriquecimento da re-gião, após a inauguração de Brasília, melhorou as con-dições de vida das famílias mais pobres e acho que essa prática de presentear as noi-vas com um doidinho tor-nou-se parte de um passado longínquo.Quando aqui cheguei pela primeira vez assustou-me a quantidade de pessoas com bócio, devido à falta de iodo no sal, condimento raro no cerrado. As papadas prolifera-vam no meio rural próximo à nova capital e hoje em dia de-sapareceram completamente, assim como escasseiam os doidos mansos. Ou não há lugares para eles nos apartamentos modernos?

bócio e beócios

ConEXÃo BRASÍLiASERgio gARSCHAgEn » - [email protected]

SéRgio [email protected] »

No próximo domingo, ela completa 145 anos que se tornou uma cidade, e continua comoBenjamin Silva escre-veu - Prisioneira feliz, mas condenada, por leis irredutíveis e absolutas, a viveres assim encarcerada, nesta cadeia de mon-tanhas brutas...

Nascida de um ponto de apoio para os aventureiros em busca do ouro nas minas do Castelo, ao longo deste tem-pocresceu espalhando-se pelas margens do Itapemirim. Viveu o período da cana de açúcar, do café, do leite, da indústria, da exploração de suas riquezas no subso-lo e hoje parou no tempo. Cresce igual a rabo de égua.

Foi uma das pioneiras a ter energia elétrica, uma Santa Casa, um asilo para órfãos e os demais excluídos na socieda-de. Acolheu como morada homens que marcaram sua história como Jerônimo Ribeiro, Newton Meirelles, Raymun-do Andrade, Frei Antolim, Deusdedith Baptista entre tantos outros.

Viu nascer e crescer Bernardo Horta – este um cachoeirense que merece todas as homenagensdo município e que hoje está esquecido mesmo no sesquicente-nário de seu nascimento.

Os irmãos Rubem e Newton Braga – este poeta do povo, que carregava as dores que não eram deles -. Deu ainda ao mundo um eterno cafajeste, um in-tegrante do Clube da Pilantragem, um que queria colocar o bloco na rua; outro que pegava no ganze e no ganzá, um que canta a alegria do amor e os males dele quando não é correspondidoe fez o hino da cidade;e o último quedesejou ter um milhão de amigos e tem milhões de fãs.

Eu cheguei aqui, quando faltavam cinco anos para ela ser centenária , oriundo da Santa Casa e quando come-cei a me entender por gente acompanho a sua trajetória, sendo uma testemunha ocular. Vi o Bernardino Monteiro, se transformar em palácio, assisti às últi-mas sessões do Broadway e do Cacique, tomei Chopp no Alaska, joguei sinu-ca no Pelicano, dancei forró no Bailão Classe A, me diverti nas domingueiras do Ita, marcava ponto nos bailes do Jara-guá – hoje só restou o Baile de Gala nos Caçadores – andei pelascasas das primas da Praça da Bandeira onde era recebido

pelas Tias; vi as Babianas do Vela acesa desfilarem no carnaval, tomei banho nas águas do Itapemirim e assisti à partida do último trem do Guandu; e observei o movimento da Praça Vermelha onde morei porquase oito anos.

Nas missas de domingo, era o co-roinha do Padre Jefferson Magalhães, presenciei o bispo Dom LuizGonzaga, trocando sempre um dedo de prosa com seu Kleber Massenadas lojas do mesmo nome. A luta de dona Zilma Coelho para erradicar o analfabetismo; os estudantes lutando contra a ditadu-ra na Casa do Estudante, os sonhos de progresso para Cachoeiro de Roberto Vivácqua, os ensinamentos do Dr. João Madureira, as tiradas do seu Gerson Moura, os tipos populares como Ge-raldo Babão, Taruíra, Caturrinha, Ma-ria Fumaça, Bedenau, Armoçim Bão, Gasolina – que a seu modo contribuiu para o aumento populacional da cida-de -, Joaquim Volpato e sua sombrinha inseparável, o eterno Rei Momo,Zozô e seu séquito de Xuxas–, entre tantosho-menageados pelo Wilson Márcio Depes nas Fotocrônicas.

Acompanhei ainda que o Futuro era aqui, que a cidade ia ser feliz de novo, e ago-ra, da arquibancada do alto do Morro dos Cabritos, fico na torcida para dar certo, se bem que do jeito que está; para torcer para dar certo só com muita fé e muita raça.

Mas ainda resta ainda a luz no fim do túnel e o Higner Mansur é exemplo daqueles que não são daqui, mas foram acolhidos por esta cidade e luta a sua maneira para que a prisioneira feliz e condenada com sua gente possa ter dias melhores.

Eu, de minha parte, vou continuar sendo uma testemunha e contador das histórias da Princesa do Sul, da Capital Secreta do Mundo, do Meu Pequeno Cachoeiro. E quando chegar a hora de subir para o andar de cima e me encon-trar com o padroeiro da cidade e por-teiro do Homem e ele me perguntar: E você? Veio de onde? – Vou me lembrar do que escreveu Rubem Braga e trocar somente a cidade e falar para ele assim: Modéstia á parte, eu sou da Terra de Neném Doido. Pois assim caminha a humanidade.

modéstia à parte sou da Terra de Neném Doido

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ESPAÇO POPULAR

DOMINGO, 18/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 03OPINIÃOwww.AQUIES.com.br

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COMENTáRIOS DIvERSOS NA REDE SOCIAL

DIV

ULG

ÃO

Guilherme Guidi

“A bala só masca para quem tem coragem de apertar o gatilho”. (MFL)

(comentário via Facebook)

Passava outro dia pelo Guandu quando, repentinamente, um cheiro de frutas frescas, vindo não sei de onde, me lançou no túnel do tempo da memória, e fez reviver um certo dia 11 de março de 1950. Ali estava, no mesmo lugar, ao lado da mureta que separava o leito de paralelepípedos da rua Bernardo Horta e os trilhos da ferrovia, que já não existe mais. Sobre a laje, apelidada de Pedra pelos seus usuários, havia inúmeros cestos de vime contendo frutas, legumes e verduras, comercializados por seus produtores, vindos das hortas existentes na periferia da cidade. Era o Mercado da Pedra, hoje confinado num prédio escuro e fedorento. Eu me lembro: era o dia em que comemorava meu sétimo ano de vida, o primeiro aniversário que eu passaria em Cachoeiro de Itapemirim, cidade que me adotou e de onde nunca me afastei até hoje, embora me fossem oferecidas, ao longo da vida, inúmeras (e vantajosas) oportunidades para me transferir para outras cidades.

Nasci em Bom Jesus do Norte, Espírito Santo, comunidade-irmã de Bom Jesus de Itabapoana-RJ,

CAPíTULO 1 - O GUANDÚ

EU ME LEMBRO Por Ruy Guedes - [email protected]

(histórias da minha vida em Cachoeiro)

onde um rio faz a fronteira entre os estados e divide ao meio as duas cidades. Minha mãe, a professora Jacy Guedes Barbosa, lecionava no Grupo Escolar Horácio Plínio, vetusto educandário que ainda lá existe, e meu pai, Damázio Barbosa da Silva, dublê de músico e barbeiro, tinha seu estabelecimento localizado na rua Buarque Nazareth, na urbe vizinha, onde havia um ginásio, o Rio Branco, único na região e que, por ser particular, destinava-se aos filhos das famílias mais abonadas. Desejando uma educação melhor para mim e meu irmão, Nilton, meus pais decidiram mudar-se para Cachoeiro de Itapemirim, o que fizemos no dia 2 de janeiro de 1950, trazendo a reboque minha avó, Maria Damázia Barbosa da Silva, filha de portugueses, ruiva e emérita rezadeira.

Fomos morar na rua 13 de Maio, sobre a “linha do Rio”, onde conheci meu primeiro amigo, Ary Rabelo Paulúcio, hoje conceituado advogado, amizade esta que conservamos viva e fraterna no decorrer dos anos, e que transmitimos aos nossos filhos, Felipe e Julianna, ambos pianistas formados pelo Conservatório de Música de Cachoeiro e diplomados

(com louvor) pela Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro. Pois naquele dia o Ary, que havia se tornado uma espécie de guia no meu novo mundo, me levou para conhecer o Mercado da Pedra, onde ele freqüentemente ia comprar frutas, legumes e verduras para sua mãe. O espetáculo de cores, sabores e aromas, permaneceu vivo, porém adormecido em minha memória, mas foi tão importante que bastou aspirar um simples aroma, no mesmo local, hoje tão modificado, para trazer tudo de volta!

Esta introdução me levará, certamente, por muitos caminhos. Pretendo relatar a maioria dos acontecimentos que permearam mais de meio século de convivência íntima com esta cidade, embora a memória já não ande tão afiada e precisa como antes. Mas seja o que Deus quiser...

Registro, na foto ilustrativa deste capítulo, meu retorno, 62 anos depois, à rua 13 de maio, onde começou a grande aventura de morar em Cachoeiro.

Ruy Guedes é músico e radialista aposentado

residindo em São Paulo, Camila Correa rodrigues se formou recentemente deixando toda a família orgulhosa, principalmente sua mãe isabel Cristina

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POR ILAURO OLIvEIRA

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM vARGEM ALTA ANCHIETAMARATAízES GUAÇUí IBATIBA29ºC 24ºC 28ºC26ºC 27ºC 26ºC20ºC 17ºC 21ºC22ºC 17ºC 19ºC

DóLAR COMERCIAL (EM R$) >> COMPRA 1,80 >> vENDA 1,80COTAÇÃO dO CAFÉ ARáBICA TIPO 6, BEBIDA DURA R$ 359,00 | ARáBICA TIPO 7, BEBIDA RIO R$ 299,00 | CONILON TIPO 8 R$ 246,00

AnA beATriz mirAndA

“Você é assim, um sonho pra mim e quando eu não te vejo eu penso em você desde o amanhecer até quando eu me deito...” Brilho eterno de uma mente com lembranças. Muito meu.

(comentário via Facebook)

SilvAnA CArPAnedO

Nenhuma luta haverá jamais de me embrutecer, nenhum cotidiano será tão pesado a ponto de me esmagar, nenhuma carga me fará baixar a cabeça. Quero ser diferente. Eu sou. E se não for, me farei.

(comentário via Facebook)

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O Partido Comunista do Brasil (PC do B) completa 90 anos em 25 de março de 2012. É a organização política de vida mais longa de toda a história do país. É um partido tradicional-mente de esquerda, que

viveu grande parte de sua existência na clandestinida-de, por se contra os regimes políticos postos, principal-mente a ditadura.

Em nove décadas, gera-ções de comunistas integra-ram as fileiras partidárias. Em fases distintas, três per-sonalidades vincaram seus nomes à saga dos comu-

nistas no Brasil: Astrojildo Pereira, Luiz Carlos Prestes e João Amazonas.

Astrojildo esteve à fren-te da fundação em 1922 e simboliza a geração dos pri-meiros tempos. Prestes en-tra para o Partido em 1934, já como “Cavaleiro da Es-perança”, e lidera a geração até 1960; Amazonas ingres-

sa em 1935, lidera a geração que o reorganiza em 1962 e o conduz até a primeira eleição de Lula.

Com a aclamação, em 2001, de Renato Rabelo como presidente do Parti-do, pouco antes da morte de Amazonas, uma nova geração vai ocupando as trincheiras comunistas.

Hoje, o PCdoB é uma força conhecida e presti-giada, com um pujante ativo político e moral, forte presença junto aos trabalhadores, influên-cia predominante na ju-ventude, realce no Par-lamento, em Executivos locais e nos governos de Lula e Dilma.

Sem menosprezar diver-gências do passado, a dire-ção atual do PCdoB tem consciência de que este par-tido é aquele fundado em 1922 e reorganizado em 1962, construído por todas estas gerações de comunis-tas. O aniversário, que com muito orgulho celebramos, é de todas essas gerações.

DOMINGO, 18/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br04 POLÍTICA

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

PC do B comemora 90 anos: “o socialismo vive!”

PARTIDO MAIS ANTIGO »DO PAÍS ACUMULA

HISTóRIA DE CONQUISTAS E

ENfRENTAMENTOS

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Em Cachoeiro, PC do B mantém ideaisQuando o assunto é PC

do B em Cachoeiro, inevi-tável não pensar em duas figuras: Guilherme Tavares e Almir Forte. Ambos são filiados ao partido desde sua fundação no municí-pio e participaram de sua reorganização, em 1979. Almir recebeu a reporta-gem deste jornal em sua residência para falar um pouco de sua trajetória e

de seu partido, desde a época em que vivam na clandestinidade.

Almir lembra a época em que se fi-liou. “No início, o partido era, além de mim, apenas o

Toninho Miranda, João Martins, Humberto Mar-tins, Elza Helena, Tadeu, Djalmo Carvalho, além do atual presidente de honra, Guilherme Tava-res. Eram tempos difíceis e de muita luta”, comen-tou Almir.

Como atual presiden-te da sigla no município, Almir tem legado de par-ticipação em movimentos sociais e estudantis. É ser-vidor público desde 1982, advogado, foi vereador de 1898 a 2000, foi diretor da Casa do Estudante, do Di-retório Acadêmico da Fa-culdade de Filosofia e está no PC do B desde 1979.

Em tempos idos, não tão distantes, Almir lembra que o PC do B era quem fazia as movimentações de greve. “O Guilherme tinha bastante contato com o se-tor ferroviário e foi o nosso partido que organizou a primeira greve da categoria no município. Além disso, ajudamos a fundar associa-ções de bairros e sindica-tos”, lembrou Almir.

Ele conta ainda que na primeira greve o batalhão de choque da Polícia Mili-tar de Vitória foi mandado para Cachoeiro. “Eles fica-ram na porta da empresa e muita gente acabou presa. Mas a luta por um sistema

mais justo continua até hoje, com menos repressão, afinal, estamos construindo nossa democracia”, ponderou.

“A história do nosso partido é de glória. A luta contra a ditadura e regi-mes opressores foram mar-cantes. Muito comunista morreu nesse contexto, inclusive, na Guerrilha do Araguaia”, acrescentou.

Entre os movimentos em que o PC do B este-ve presente como prota-gonista, Almir destaca as Diretas Já; lei da anistia; constituinte; fora Sarney e o foro Collor. Atualmente, o partido está em todos os estados brasileiros.

Eleições e alianças

Apesar de ser tradicio-nalmente de esquerda, o PC do B já fez algumas alianças com nomes não tão de esquerda assim. Exemplo disso foi fazer parte do governo de The-odorico Ferraço, atual-mente no Democratas. Almir conta que a sua si-gla recebeu o convite para assumir uma secretaria e decidiu aceitar, porque se-ria bom para os socialistas, agregando mais valor para os demais militantes.

No governo de Ro-berto Valadão (PMDB),

o PC do B também foi convidado para partici-par. Já na administração de Carlos Casteglione (PT) esse envolvimento com o Poder Executivo teve fim. “Eles sequer nos convidaram, ape-sar de nacionalmente os dois partidos andarem juntos”, acrescentou.

Sobre sua participação na Câmara Municipal de 1989 a 2000, ele desta-ca que esse foi o período em que o partido esteve em maior evidência. In-clusive, na última eleição municipal o PC do B lan-çou candidato a prefeito e uma chapa completa de vereadores. Apesar de sua experiência na po-lítica, Almir anda meio sumido dos pleitos.

“Alguns acreditam que a minha permanência como candidato impedia o sur-gimento de novas lideran-ças. Por isso abri mão, para que o PC do B pudesse abrir caminho ao novo, já que sempre estivemos

ligados a União de Jovens Socialistas”.

Para a eleição que se aproxima, Almir disse que está conversando com to-dos os partidos e deverá lançar entre oito a 10 can-didatos. “Inclusive, meu

nome está à disposição. Se o PC do B entender que devo ser pré-candidato não irei me omitir”, disse.

Segundo ele, o PC do B vai lançar candidato em 10 capitais, entre elas, Porto Alegre, São Paulo,

Salvador, Fortaleza, São Luis do Maranhão, entre outras. No Espírito San-to, a expectativa é que se-jam lançados candidatos a prefeito em São Gabriel da Palha, Fundão e Baixo Guandú.

arquivo pessoal

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Entre os momentos mais marcantes da his-

tória do PC do B em Cachoeiro, Almir des-

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CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Momentos marcantestaca dois: a greve dos servidores, na época em que o prefeito era Theodorico Ferraço e a greve dos metalúrgicos. “Nós que ajudamos a

fundar a Associação dos Servidores Públicos de Cachoeiro, que, atual-mente, se transformou no sindicato”, acres-centou.

Na época em que era vereador, Almir conta que repassava, inicialmente, 70% do seu salário para ajudar a manutenção do partido. Depois, come-

çou a passar 50%, com a mesma proposta. Para ele, o PC do B tem a capacidade de saber ser amplo e radical quando precisa.

O socialismo ainda vive no coração do PC do B

Ser filiado ao PC do B é acreditar na viabilidade da implantação do sistema socialista. Essa esperança é tema recorrente nos dis-cursos de Almir. Para ele, depois que Luiz Ignacio Lula da Silva assumiu a presidência e, agora, Dil-ma Rousseff, o Brasil vai alcançar esse estágio.

“Através de muita luta vamos conseguir esta-belecer o socialismo em nosso país. O governo do PT tem sido popular e

voltado para as causas so-ciais. É preciso dar conti-nuidade e não retroceder mais”, enfatizou. “Temos que consolidar o governo Dilma”.

Ele acrescenta que “a primeira crise no socialis-mo, na União Soviética, os veículos de comunicação disseram que o socialismo havia acabado. Em contra-partida, o capitalismo está em crise constantemente e ninguém fala que ele aca-bou ou vai acabar”.

O PCdoB não arriou sua bandeira, não mudou seu nome, não alterou seu símbolo, não renegou o marxismo. Procurou tirar lições da derrota, estudan-do e aprendendo com os acertos e erros da expe-riência soviética, situan-do a luta pelo socialismo nas novas condições do mundo. Sublinhou que essa derrota acontecia na infância do socialismo, quando ele dava seus pri-meiros passos.

Para comemorar os 90 anos do PC do B, os co-munistas cachoeirenses realizarão no próximo dia 23, às 18h30, no Centro Operário. Para uma data tão expressiva como essa, a solenidade contará com os novos e antigos militantes, além de algumas surpresas.

“Vamos homenagear Guilherme Tavares, o nos-

so presidente de honra. E também Arildo Valadão, que foi um herói mártir da nossa história política re-gional e nacional. Ambos são nomes respeitados e de referência para quem dese-jar passar pelo PC do B”, acrescentou Almir Forte.

PC DO BO Partido Comunista

do Brasil é uma força po-

Festa de aniversáriolítica brasileira, engajada na realização de objetivos como o de transformar o Brasil em uma Nação próspera, desenvolvida, livre, amante da paz entre os povos, em marcha para uma transição socialista. É cioso do seu passado de lutas, que contribuiu, muitas vezes com sacrifí-cios inauditos, para o Bra-sil chegar aonde chegou.

O mundo vive hoje uma grande crise do capitalismo que agrava ainda mais as crescentes desigualdades,

as crises sociais e aumenta os conflitos de guerra no mundo. Neste contexto, a questão central é a qual rumo se dirigir, qual alter-nativa seguir.

Por isso mesmo o PCdoB, na festa de seus 90 anos, conclama o povo a abraçar seu Programa Socialista, aplicá-lo e de-senvolvê-lo.

O Programa Socialista do PCdoB resulta de re-flexões amadurecidas so-bre a situação do país e do mundo. Passou por anos

de elaboração. Encarna uma nova concepção pro-gramática.

O atual Programa So-cialista do PCdoB dá um passo à frente: propõe um

rumo e um caminho. O socialismo é o rumo. O fortalecimento da Nação brasileira, o caminho. (Com informações do Portal Vermelho).

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arquivo pessoal

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DOMINGO, 18/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br06 POLÍTICA

MUQUI

MELHOR ENGENHARIA vENCERá EM MUQUI

LEANDRO MOREIRA

As eleições deste ano em Muqui prometem. Certo que toda política eleitoral depende de uma engenharia bem trabalhada para se obter o sucesso, mas, por lá, vai ser preciso muito mais empenho, principalmente para o partido do governador Renato Casagrande (PSB).

De acordo com pesquisa veiculada no Aqui Notícias, realizada pelo Instituto Ipeses, o pré-candidato da oposição Aluísio Filgueiras (PSDB) lidera junto ao gosto dos eleitores locais, até mesmo quando o ex-prefeito frei Paulão (PSB) - liderança importante no município - é considerado no cenário.

E pelas ruas de Muqui não é difícil ouvir que a rejeição ao prefeito Nicolau Esperidião (PSB) acabou por atingir, de certa forma, a popularidade do ex-prefeito – afinal, 2.871 pessoas votaram em Nicolau a pedido de Paulão.

Analisando a frieza dos números, é possível ver essa queda de frei Paulão em Muqui. No ano de 2000, Paulão

foi eleito com 3.755 votos, contra 3.427 de Aluisio Filgueiras. Em 2004, a reeleição foi garantida com o apoio de 4.843 eleitores. Na boa fase, ele conseguiu eleger o integrante de seu primeiro escalão, transferindo-o 59% de seu capital político.

Em 2010, já com dois anos de governo de Nicolau, Paulão tentou vaga na Assembleia Legislativa, porém 1.795 pessoas deixaram de votar nele na cidade. Quer dizer, a história de uma insatisfação da população junto ao governo influir na liderança de Paulão pode ter algum sentido.

De forma nenhum o PSB vai abrir mão de uma prefeitura. Sendo frei Paulão o nome, a missão dele será resgatar os parceiros perdidos (Nicolau foi eleito com o apoio de nove siglas, hoje só tem o PT), recuperar sua imagem junto aos eleitores e conquistar uma peça que pode ser fundamental: Valter do Correio (PV).

Embora ele não apareça na pesquisa, Valter foi preferido por 1.882 eleitores em 2008, votos que fariam o Aluísio, por exemplo, ser hoje a principal liderança de Muqui na época e estar tentando a reeleição neste ano. Enfim, a missão é dura, mas não é impossível para o PSB.

Já a oposição está com a ‘faca e o queijo na mão’, pelo menos neste momento (é cedo). No pleito municipal anterior, a oposição poderia ter tomado o poder; mas faltou união. Contra Nicolau, entraram na disputa três candidatos (Aluisio, Valter e Renato Prúcoli (PTB)). Somando a votação dos três dá 65% dos votos válidos, diante dos 33% do socialista.

Não se sabe como será o posicionamento da oposição neste ano. Caso haja a composição que faltou em outrora, a disputa ficará ainda mais acirrada e exigirá muita articulação e noites em claro da parte dos socialistas.

[email protected] » @moreira238 »facebook.com/leandromoreira23 »

fotos LEANDRo MoREIRA

Renato

José Marcos

NicolauPaulãoValter

DIVINO DE SÃO LOURENÇO

DUELO DEPENDERá DA jUSTIçACaso não seja barrado pela lei da Ficha Limpa, o ex-

prefeito Edson Dutra Teixeira (PRP), o Edinho, pode travar outro duelo com o atual prefeito Miguelzinho Caçapa (PMDB). Na teoria, é o único que pode ameaçar a reeleição do peemedebista em Divino de São Lourenço.

Atualmente, Miguelzinho e Edinho são as principais lideranças políticas do município. Edinho já foi vereador e prefeito por duas vezes consecutivas. O atual já foi vereador por dois mandatos, vice-prefeito e está em seu segundo mandato como prefeito, sendo que o primeiro foi no período de 1989 a 1992.

O embate mais dramático que os dois já travaram foi nas eleições de 2004, quando Edinho tentava a reeleição. A diferença entre os dois foi de dois votos (1.261 x 1.259), uma vez que o empate garantia a vitória a Miguelzinho pelo critério da idade.

Em 2008, Edinho não conseguiu emplacar seu sucessor, no caso Zé Campos, que já foi vice de Caçapa. Neste pleito, Miguelzinho levou a melhor conquistando 1.990 votos contra 1.516 de Campos.

Edinho disse que pretende entrar na disputa, no entanto aguarda a decisão do processo do qual é alvo. Ele fora acusado de utilizar servidores públicos em empresa privada, de propriedade de sua filha, segundo ele. No entanto, como ele diz, o processo ainda não foi transitado em julgado.

Por fora, correm outros pretendentes à prefeitura, são eles: Luiz da Farmácia e Luiz Carlos, ambos do PTB; o vereador José Miguel (DEM); Sebastião Mateus (PSDB); Sebastião Mutuca, que foi secretário no governo de Caçapa; o vereador Tuquinha (PV) e Márcio Godoy (PDT).

Todos esses formam o grupo de oposição ao prefeito,

porém Edinho não faz parte. Para eles, é necessária uma união dessas lideranças para enfrentar o capital político do peemedebista. Por ali, muitos imaginam que o ex-prefeito não poderá registrar candidatura, por conta da Ficha Limpa. Acontecendo, é mais um ponto para o grupo, no que diz respeito a apoio. Pode, até mesmo, Edinho ser a voz de escolha de um nome do grupo.

Mas, enquanto não há definição, fica por conta da justiça um novo duelo entre o ex e o atual. Sabe-se que Edinho, caso fique inelegível, até pode transferir votos a um candidato seu, mas pode não ser o suficiente - como ocorreu com José Campos. Fora isso, corre o risco de a oposição não conseguir manter somente uma candidatura contra o governo, pois Márcio Godoy já bateu o pé afirmando que não desistirá de sua pré-candidatura. Resta aguardar.

Edinho Marcio Miguel Tuquinha

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A partir de hoje, e todos os próximos domingo, o jornal Aqui Notícias passará a contar com os artigos de Ruy Guedes. Ele tem uma longa trajetória com a co-municação, principalmente a fala, pois durante 42 anos trabalho na Rádio Cachoei-ro de Itapemirim. Além de também te passado pelo jor-nal impresso.

“Minha história nos meios de comunicação começou em novembro de 1959, quando fiz um teste para locutor na Rádio Cachoeiro de Itapemi-rim. Aprovado, fui admitido em março de 1960, como locutor-anunciador e ali tra-balhei até 1977, quando fui

trabalhar no Jornal Arauto como redator-editor. Em 1979 participei da implan-tação da rádio Tribuna FM, tendo sido seu gerente admi-nistrativo até 1996”, contou Guedes.

Além desses, Ruy ainda trabalhou na rádio Diocesana de Cachoeiro, na Difusora e durante dois anos foi redator-chefe no extinto jornal Diário Capixaba. E desse tempo ele traz boas recordações, pois pode acompanhar a evolução da imprensa na cidade. “Foi uma experiência fascinante, uma vez que vivi duas fases distintas do jornalismo em Cachoeiro: desde o jornal ar-tesanal, que se fazia nos anos 70 até a fase atual, com ampla utilização das mais modernas tecnologias. Ou seja, vim do

tempo da velha máquina de escrever Remington até a era do computador e da internet.

Esse homem que traz uma grande bagagem de conheci-mento a cerca da comunica-ção em Cachoeiro é formado em Técnico de Contabilida-de, pelo Ateneu Cachoeiren-se, e em Direito pela Faculda-de de Direito, mas ambas as profissões nunca chegaram a ser exercidas por Ruy.

“Só exerci suas profissões: jornalista e músico. Na pri-meira, pela qual sou aposen-tado, tive a oportunidade de aprender seus caminhos com algumas das mais brilhantes personalidades de Cachoei-ro como, por exemplo, José Américo Mignoni, Hélio Carlos Manhães, Florisbello Neves e Deusdedit Baptista,

Gustavo [email protected]

DOMINGO, 18/03/2012 DIÁRIO | Ano 1 | n° 284

Cachoeiro de Itapemirim e Região Sul

Ruy Guedes: a história de um joRnalista e músico

NASCIDO eM BOM JeSuS DO NORte, ele veIO pARA CAChOeIRO AINDA pequeNO e NãO SAI MAIS »

A partir de hoje Ruy Guedes escreverá todos os domingo no Aqui Notícias

www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao »

para citar alguns. Com a mú-sica não foi diferente, tendo estabelecido duradouras par-cerias com músicos notáveis como Elvécio Pinheiro, José Lopes, Valdir de Oliveira, Wilson Laerte e Adilson Dil-lem”, contou

Ruy é músico profissional, inscrito na Ordem dos Mú-sicos do Brasil, em 1965, e Diretor Artístico do Clube do Choro de Cachoeiro de Itapemirim. No exercício da profissão de músico teve, ainda, oportunidade de tra-balhar como produtor e di-retor musical de shows, pro-gramas de rádio e televisão, e nos badalados Festivais de Música Popular promovidos pela Casa do Estudante nos primeiros anos da década de 70, e o show “Talentos Ca-

choeirenses”, exibido pela TV Sul em 2004 que, em-bora por breve período no ar, alcançou grande audiência.

ColuNAOs artigos que ele

publicará a partir de hoje no Aqui conta um pouco da história desse importante h o -

mem das comunicações. Na edição de hoje ele descreve suas origens e a impressão de um garoto de sete anos ao conhecer o velho Mercado da Pedra. Essas histórias fazem parte de um livro “Eu me lembro – histórias da minha vida em Cachoeiro”, que será lançado em breve por Ruy Guedes. Então se você passou direto pela página

dois do jornal vale a pena voltar e conferir o arti-

go “O Guandú”.

ARQUIVO PESSOAL

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02 DOMINGO, » 18/03/2011

www.aquies.com.br

BICHOS À SOLTA

Essa é a dica para você que faz a linha mais básica e não se enxerga usando uma roupa de estampa animal, mas quer estar na moda, aposte em acessórios, como bolsas, sapatos, pulseiras… E o meu acessório preferido é o lenço, principalmente por combinar com tudo, vale exaltá-lo também por poder ser usado de diversas formas e que eles são feitos de tecidos leves, acredite, eles são capazes de levantar qualquer look.

De olho nessa tendência, o estilista paranaense Jefferson Kulig acaba de lançar uma linha de camisetas femininas, a Jeffer.Son, com 18 modelos diferentes e repletos de zebras, araras, girafas, tigres e onças. Um verdadeiro zoológico fashion, tudo lindo, para todos os estilos. Todas as camisetas são vendidas no site do Jefferson, vale a busca, e o melhor é que são todas baratinhas.

O aSSUNTO aqUI é BOlSa.

E quem veio com tudo nesta nova estação foram as marcas Carmen Steffens e Victor Hugo. Suas novas coleções de bolsas e acessórios trazem um mix de cores e texturas incríveis, que combinam com looks sofisticados e divertidos. Encontre essas exclusividades nas lojas Scarpabella e sinta-se mais feminina, original e moderna.

a cobra é o bicho da vez! a oncinha, que dominou os looks na temporada passada, segue em alta, mas, as peças que reprodu-zem o desenho da pele do réptil ganharam força nesta estação. Normalmente mesclando tons de cinza, preto e terrosos, a cobra aparece em todas as peças do guarda-roupa. Selecionei essas cinco peças da nova coleção da C&a para mostrar que não precisa pagar muito para estar na moda.

TODAS USAM

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MODA O bicho está na moda, alguns fashionistas já o considera o ‘novo preto’ pelo fato de estar em alta há várias tem-poradas, e é isso mesmo, a tendência animal print segue com força total, zebras, leopardos, cobras, onças são as estampas que mais fazem sucesso, neste inverno elas aparecerão de forma diferente do verão colorido, agora elas ganham cores mais sóbrias e elegantes. antes as roupas com estampa de bicho eram usadas apenas em ocasiões noturnas, porém com o passar do tempo elas foram ganhando seu espaço também no dia a dia, entretanto em uma dose menor, dando um ar sofisticado e elegante ao visual feminino, na estação inverno conhecida como a mais elegante de todas estas estampas vieram simplesmente para completá-la e deixá-la ainda mais elegante, moderna e sofisticada. E não tem como correr, o bicho vai te pegar, já é possível encontrar em muitas lojas várias opções com o animal print. São blusas, camisas, saias (curtas e longas), vestidos (também curtos ou longos), calças (normal ou legging), jaquetas e blazeres, e todos os tipos de acessórios para você escolher. Sempre há quem tenha medo de arriscar em um look muito elaborado com estampa de bicho. Para não correr o risco de sair por aí com um visual “over” anote as minhas dicas.

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DOMINGO, 18/03/2012CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 03www.aquies.com.br

Se em “A vida da gente”, o personagem de Rafael Cardoso, Rodrigo, ficou dividido por dois amo-res, na vida real, seu intérprete acredita que é possível se apaixo-nar por mais de uma pessoa. “Acho que na vida são tantos amores. Acho que seria hipocri-sia falar que isso é possível. Acho que você acaba aman-do outras pessoas, nem que seja de formas diferentes”, re-vela o ator à revista “Mensch”.

Gracy Kelly, a Mulher Maçã, conseguiu perder 7 quilos comendo cubos de gelo. A beldade está fazendo testes para televi-são e quis dar uma secada para ficar bem no vídeo. “Conheci esta dieta na

minha última turnê pela África e quis me envolver mais com o método. Estou radiante por ter consegui-do esse resultado de forma natural e pronta para

encarar meus novos desafios televisi-vos”, contou a loura.

Rafal Cardoso sobRe amaR uma

úniCa pessoa

O namoro de Viviane Araújo e Radamés não vai nada bem. A rainha de bateria do Salgueiro já não esconde dos amigos que a relação deu uma esfriada por conta da distân-cia. O jogador atualmente mora em Minas Gerais, onde atua no clube Boa Esporte.

namoRo de ViViane araújo e radamés não Vai nada bem

mulheR maçã adere a noVa dieta e come gelo para emagrecer

Page 10: Edição 284

GENTE & NEGÓCIOS DE FRANZ KAFKA: A soliDARiEDADE é o sENtimENto quE mElhoR ExpREssA o REspEito pElA DigNiDADE humANA.

DOMINGO, 18/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br04

@ramonbarros [email protected] (28) 8111 4881por RamON BaRROS

De visual novo e com muito sucesso, o flash com as poderosas Marilene de Batista Depes, Regina Monteiro e Denise Vieira.

O bom domingo de hoje

dedicamos ao Casal Débora-

Delande Macedo que

acabaram de lançar

um CD com músicas para

edificar nosso espiritual. Sucesso e

parabéns pelo sucesso.

FOTO RAMON BARROS

FOTO RAMON BARROS

O FACEBOOK é o gran-de sucesso do momento. Todo mundo tem uma conta no maior site de relacio-namentos e que a cada dia muda o perfil das pessoas tanto no trabalho quando na vida pessoal.

O CUIDADO de onde e como postar suas fotos/ví-deos é essencial para evitar várias dores de cabeça.

NO FACEBOK ou Orkut, uma foto postada circula ra-pidamente e alcança várias pessoas desconhecidas, algo que pode comprometer a sua imagem (dependendo do conteúdo da foto). Portanto,

escolha bem o que postar e pergunte para quem aparece nelas se você pode fazê-lo.

CAUTELA TAMBÉM com o que escreve. Não tem como controlar o alcance de opi-niões emitidas em uma rede social. Às vezes pessoas escrevem coisas pessoais, desabafos, críticas e fotos e podem se arrepender depois.

NA VIDA VIRTUAL assim como na vida real, o mais importante é manter uma postura de acordo com o seu estilo. Não é bom se expor e prejudicar nossa imagem.

EMPRESAS estão avaliando candidatos também pelo que postam em suas redes sociais. Imagine o RH avaliando as fotos de toda a agitação durante a madru-gada de um carnaval qualquer.

FECHOU EM ALTA

FECHOU EM BAIXA

Defenda seus pontos de vista! Não é dizen-do amém à chefia que você ganha respeito, mas sendo atuante, criativo (a) e eficiente.Crie uma boa rede de relacionamentos em seu ambiente de trabalho. Afinal, são as boas referências que nos abrem portas.

As pessoas que aceitam trocar cida-dania, educação, gentileza e a possi-bilidade de estar em harmonia com seus pares pelo prazer sádico de obter van-tagem sobre os outros de forma antiética.

Page 11: Edição 284

A reprovação do governo por mais da metade dos 426 entrevistados pelo Instituto Ipeses e a rejeição do prefei-to Nicolau Esperidião (PSB) – superior a 30% - deixam a oposição em situação pri-vilegiada em Muqui há três meses do registro das can-didaturas e há sete para as eleições. O pré-candidato Aluísio Filgueiras (PSDB) li-dera as intenções de voto no município.

Em parceria com o jornal Aqui Notícias, o Instituto Ipeses realizou a pesquisa considerando diversos cená-rios para o pleito; em todos

Aluísio está em posição favo-rável e ainda goza da menor rejeição (9,62%) entre os nomes postos.

Na espontânea, o número de pessoas que não souberam ou não responderam (ns/

nr) deixa o quadro indefini-do – foram 58,45%. Ainda assim, Aluisio foi apontado por 19,95% dos entrevista-dos, o ex-prefeito frei Paulão (PSB) por 11,74%, Nicolau por 3,29% e Renato Prúcoli

domingo, 18/03/2012 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL 11PoLíTiCAwww.AQUiES.com.br

muqui

Oposição é a preferência em Muqui, de acordo com pesquisa

ALUíSio FiLgUEiRAS »(PSdB) LidERA E o

PREFEiTo niCoLAU

ESPERidiÃo (PSB –

FoTo) AmARgA A PioR

REjEiçÃo

Se as eleições fossem hoje, baseado na pesqui-sa do Instituto Ipeses, o prefeito Nicolau não teria êxito em seu projeto de reeleição e nem mesmo polarizaria com a oposição.

Numa hipotética disputa entre Aluisio, Nicolau e Renato, o prefeito amarga-ria a terceira colocação com 9,39% da preferência dos eleitores; Renato apareceu com 17,61% e Aluísio disparou com 52,82%, apenas 9,39% ficaram indecisos, brancos e nulos 6,10% e 4,69% ns/nr.

Desta vez, com Aluí-sio, Paulão e Nicolau, o chefe do executivo repete o posicionamento com 5,63%, Paulão fica com 30,28% e Aluísio tem 48,12%; ficaram indecisos 6,10%, 5,87% para bran-cos e nulos e 3,99% ns/nr.

Sem o Nicolau no cenário, Aluísio ainda é o preferido para 42,49% dos entrevistados, Paulão vem em segundo com 29,58% e Renato Prucoli com 12,44%. Diante desses nomes, ficaram

indecisos 7,04%, vota-riam em branco ou nulo 3,76% e 4,69% ns/nr.

Outros pontosA pesquisa também

avaliou a influência das principais lideranças do estado no voto dos elei-tores de Muqui, são eles: o governador Renato Casagrande (PSB), o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) e os senadores Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PMDB).

Quem mais tem peso no município é Casagrande, cujo apoio aumentaria a vontade de votar em 52,35% dos entrevistados; depois é Hartung (49,30%), Ri-cardo (41,55%) e Mag-no Malta (33,10%).

Também foi avalia-do que 90,14% dos eleitores de Muqui são favoráveis à lei da Ficha Limpa e 38,73% asse-guraram que definem o seu voto mediante indicação da família, 19,72% decidem através de notícias veiculadas pela televisão ou jornal.

nicolau não emplaca

LEANDRO [email protected]

LEANDRO MOREIRA

(PTB) por 3,05%; 3,52% escolheram outros nomes.

Quando os nomes são postos à escolha dos entre-vistados, o número de inde-cisos (3,99% - ns/nr 6,34%) cai drasticamente e Aluisio dispara: 41,78%, seguido de frei Paulão (28,64%), Renato (11,03%) e Nicolau 5,16%. Votariam em branco ou nulo 3,05% dos entrevis-tados.

A pesquisa também bus-cou a consistência da opinião dos entrevistados, para saber se ela poderia se manter até o dia das eleições. A maio-ria (60,80%) afirmou que a opinião é firme e 34,04% alegaram que podem mudar até outubro.

O PSB ainda não definiu se disputará as eleições em Muqui tentando a reelei-ção do prefeito Nicolau Esperidião ou se lançará

Na pesquisa do Instituto Ipeses, a população tam-bém teve a oportunidade de avaliar os trabalhos da Câmara Municipal de Muqui. E o resultado não foi positivo: 54,93% disseram ser ‘ruim’ ou ‘péssimo’, con-tra 33,81% que afirmaram ser ‘bom’ e ‘ótimo’.

Por outro lado, a maioria dos entrevistados avalia posi-tivamente o trabalho do presidente da Câmara Munici-pal, Eros Prucoli: 41,55% consideram ‘ótimo’ ou ‘bom’ e 36,62% disseram ser ‘ruim’ ou ‘péssimo’, 21,83% ns/nr.

o ex-prefeito frei Paulão. A pesquisa, realizada entre os dias 14 e 15 de março, mos-trou que a população tem preferência pelo segundo.

Prefeito tem rejeição alta e povo prefere frei Paulão

Câmara é mal avaliada

Num cenário em que foram colocados o ex-prefeito e o atual, 49,53% optaram por Paulão e 18,54% por Nicolau. Mesmo somando aos números do prefeito a quantidade de indecisos (11,97) e os que não soube-ram responder ou não res-ponderam (5,63%) não chega à preferência por Paulão.

Outro agravante inerente a Esperidião é a sua rejeição, que supera a de todos os outros nomes trabalhados na pesquisa. O mandatário tem a rejeição de 32,39% dos entrevistados, frei Paulão tem 17,14%, Renato Prucoli 15,02% e Aluisio 9,62%; 11,74% disseram não rejeitar ninguém e 14,08% ns/nr.

Page 12: Edição 284

Movimentos SociaisGilberto Carvalho lembra

que desde o início do gover-no do presidente Lula ocor-reu um “salto de qualidade” na relação do governo com os movimentos sociais. O ministro informa ainda que no decorrer deste período procurou transformar estas relações não em eventuais “episódios circunstanciais” e, sim, numa relação perma-nente. Segundo sua visão, esta é uma relação geralmen-te conflituosa, mas madura,

DOMINGO, 18/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br12 ENTREVISTA

nacional

“Vamos acabar com a miséria que ainda existe, principalmente no interior”

Um dos poucos ministros que começou no governo Lula e continua com Dilma Rousseff, o petista Gilberto Carvalho se destaca por ter como função coordenar o diálogo entre governo e movimentos sociais. Nascido em Londrina, no Paraná, Gilberto Carvalho é o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Formado em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná se destaca também por sua proximidade com os movimentos religiosos, que é claro, tem relação direta com a política, principalmente em votos direcionados por padres e pastores. Nessa entrevista exclusiva, Carvalho fala sobre regionalização das ações do governo federal, marco regulatório das comunicações e outros temas.

onde governo e sociedade ci-vil organizada têm avançado em importantes conquistas para os trabalhadores e a po-pulação em geral.

“Esta relação foi se apro-fundando. Eu diria para você que hoje ela é muito orgânica, ela é muito regular; nós temos uma consulta, te-mos reuniões permanentes e sistemáticas com as centrais sindicais urbanas, com os movimentos organizados do campo, com os movimentos urbanos, com o movimento pela moradia e enfim, todos os setores que nos procu-ram.”

Políticas públicas para o interior do país e regionali-zação das ações do governo federal

O ministro esclarece que tanto o governo anterior, do presidente Lula, quanto o atual, da presidenta Dilma, sempre prezaram as relações federativas. E ressalta que sempre foram prioritários os “valores republicanos”.

“Se você perguntar a qual-quer prefeito do Brasil, ele vai dizer que nunca o mu-nicípio dele recebeu tantos recursos como nestes dois governos. E isto é muito im-portante por que as políticas, na prática, acontecem lá no interior do país, lá nas pe-quenas cidades, nas médias e nas grandes. É onde a popu-lação na realidade vive e é ali que ela precisa de recursos, de medidas políticas e gover-namentais que mudem a sua vida. Então acredito que esta mudança foi fundamental.”

Desequilíbrios regionais

No entanto, aponta, a questão do combate aos desequilíbrios regionais no Brasil é outra preocupação permanente do governo fe-deral, acompanhada e com-batida sistematicamente.

“Se você pegar os dados, vai perceber pelos números sociais e econômicos que as regiões Norte e Nordeste, particularmente, foram as que mais se desenvolveram nos últimos anos, exatamen-te por conta de uma política dirigida para reequilibrar um pouco as diversidades regio-nais que nós temos no país.”

Programa Brasil Sem Miséria

Gilberto Carvalho detalha que para acabar com a misé-ria o governo federal está di-rigindo uma política especial para promover o desenvolvi-mento das regiões Norte e Nordeste com o intuito de integrar sua população eco-nomicamente.

“Então são estas as formas, eu diria, que nós estamos to-

mando. E agora o temos o ‘Brasil Sem Miséria’, outro programa que está focando fortemente nas regiões do interior do Brasil, que são as mais carentes, as regiões de-primidas economicamente, socialmente, e no Nordeste, em particular. Nós detecta-mos que dos 16 milhões de brasileiros que, infelizmente, vivem ainda abaixo da linha da miséria, a grande parcela está no Nordeste. E na área rural do Nordeste.”

Apoio dos municípiosAinda sobre a regionali-

zação, o ministro Gilberto Carvalho explica que o go-verno federal estabelece uma política de comunicação que conta com a parceria de mu-nicípios.

“Nós temos pregado e praticado fortemente esta questão de que os prefeitos devem ser suficientemente competentes para elaborar projetos, honestos e também eficazes, na aplicação das po-líticas, dos recursos federais

que nós enviamos para os municípios. E temos tido êxito. Não há dúvida nenhu-ma de que grande parte dos nossos programas só foram bem sucedidos, e me refiro sobretudo aos programas sociais, porque os prefeitos e suas equipes se mobilizaram e foram ao encontro daque-les que mais precisavam des-tes recursos.”

Busca AtivaEle afirma que sem o apoio

dos municípios não haveria possibilidade de aplicar esta busca ativa.

“São as prefeituras que vão lá nos ajudar a localizar estas pessoas e a inscrevê-las no programa. Além disso, pro-curam fazer um trabalho de promoção de alavancagem destas pessoas. No caso do Brasil Sem Miséria, a cha-mada ‘busca ativa’ é aquela ação em que você procura a pessoa que muitas vezes está tão marginalizada, está tão deprimida, que nem chega ao Bolsa Família, não vai nem se inscrever no Bolsa Família. Então é necessário que você possa ir buscá-la.”

Organizações da Socie-dade Civil

O ministro destaca tam-bém o papel das organiza-ções da sociedade civil, que, pelo trabalho voluntário, se tornam parceiras primor-diais na inclusão destas po-pulações desassistidas nos programas federais.

“Deste conjunto de ação municipal e ação dos movi-mentos sociais e da própria cidadania é que nós estamos conseguindo realizar esta

grande obra de mudança do perfil, de mudança desta si-tuação tão triste e lamentável que nós tínhamos e temos ainda no Brasil, que é de mi-lhares de milhões de irmãos nossos vivendo abaixo da li-nha da miséria.”

Marco Regulatório das Comunicações

O ministro Gilberto Car-valho encerrou a entrevista falando sobre o debate em torno das comunicações no Brasil.

“Já no governo do presi-dente Lula, nós tínhamos iniciado esse debate e natu-ralmente ele continua. Vejo com bons olhos o Partido dos Trabalhadores empu-nhando esta bandeira. E o governo tem que tomar todo o cuidado para reali-zar uma discussão madura, uma discussão que supere os fantasmas que muitas vezes enxergam nesta ques-tão da discussão do Marco Regulatório, de tentativas autoritárias, quando na ver-dade é o contrário. O que se quer é a democratização dos meios de comunicação. Nós não queremos fazer con-fisco, nem aplicar medida autoritária. Queremos, sim, que a sociedade, empresá-rios, trabalhadores da área e população em geral possam debater, de fato, a questão dos meios de comunicação para que a gente aprofunde a democracia, aprofunde a participação. Isso vai, na verdade, dar mais autorida-de, vai dar mais alcance para os meios de comunicação, na medida em que ganhem maior credibilidade.”

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cisc

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Page 13: Edição 284

Fim da lama e do excesso de poeira em sete ruas do Campo Leopoldina, em Cachoeiro de Itapemirim. As obras de pavimenta-ção da prefeitura estão no bairro, e avançaram nesta semana também para o Basileia. As obras são con-duzidas com recursos pró-prios do município.

Além da pavimentação, os trechos no Campo Leopoldina foram con-templados com obra de drenagem, e os operários completam o trabalho com a colocação de meio-fio, que evita ainda que parte da terra de morros próximos chegue à rua.

Morador do bairro há 23 anos, o auxiliar de serviços gerais Luiz Iná-cio Feliciano Silva, des-taca a situação pela qual passava a região em épo-

ca de chuva. “Era muita lama, e muitos governos passaram e prometeram as obras. A comunidade está muito satisfeita aqui com esse serviço, que está ficando muito bo-nito. Agora está 100%”, comemora.

Na tarde de sexta-feira, o prefeito Carlos Caste-glione foi ao local com equipe técnica e acompa-nhou os trabalhos. Entre as ruas beneficiadas estão a Geraldo Fragoso, Áurea Bispo Depes, Felix Tanu-re e Isaias Martins, que aguardavam há muitos anos as melhorias. Em se-guida, o prefeito visitou as obras no Basileia.

“Intensificamos desde 2009 em Cachoeiro as obras em infraestrutura, como as de pavimen-tação e de drenagem, e

o Campo Leopoldina é um ótimo exemplo da qualidade dessas obras. Está tudo muito bonito, e o serviço coloca fim a muitos problemas desses moradores”, destacou Casteglione.

Obras dO PaC Ontem, as visitas téc-

nicas chegaram ao bairro Rubem Braga, que recebe atualmente obras com re-cursos do PAC. São mu-ros de contenção, redes de drenagem e pavimen-tação de ruas, como a Carlos Lindemberg, que já recebeu a drenagem. Acompanhado de lide-ranças comunitárias, de secretários e do vereador Gildo Abreu, Casteglio-ne verificou o andamento dos trabalhos e conversou com moradores.

DOMINGO, 18/03/2012 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 13GERALwww.AQUIES.com.br

CaCHOEIrO dE ITaPEMIrIM

Campo Leopoldina: asfalto chega a sete ruas

ALéM DA »PAvIMENTAçÃO, OS

TRECHOS RECEbEM MEIO-

fIO E ObRA DE DRENAGEM

divulgação PMCi

CaCHOEIrO dE ITaPEMIrIM

Esteve na última semana em Cachoeiro, o pesqui-sador e médico psiquiatra Içami Tiba. Ele há anos de-senvolve trabalhos voltados para a área de educação e escreveu 28 livros que en-sinam, baseado em suas pesquisas, como educar os filhos e como deve ser a relação dos professores com esses jovens. Ele veio a cidade para ministrar a pa-lestra Educadores de Alta Performance, trazido pelo Instituto Master Brasil.

Durante sua passagem o jornal Aqui Notícias conversou com ele sobre a educação no país. Segundo Içami, a vinda a cidade e a palestra serviu para aler-tar aos professores sobre o que deve ser melhorado no ensino. “Quero divul-gar a possibilidade de um Brasil melhor, baseado na

Içami Tiba: “somos órfãos de política e temos que nos virá”educação. Acho que tem muito que ser feito, sem mudar nada politicamente falando. Se mudar, vou en-tender como lucro, porque educação só serve para po-lítica na véspera de eleição. Então nos temos que saber que somos órfãos de polí-tica e temos que nos virá. Não podemos pensar que porque o pai morreu (polí-tica) que todo mundo tem que morrer.Temos sim, que nos virar”, alertou Tiba.

Segundo ele, o grande problema da educação hoje é saber que estamos lidando com uma população que dentro de alguns anos irá governar o país. “Não es-tamos preparando uma ge-ração para tomar conta do Brasil em alguns anos. Se cada professor olhasse para o aluno e falasse: esse pode ser o nosso presidente. Ele faria melhor, mas não se preocupam. Se ele sabe ler está bom, vamos dar diplo-

ma que é isso que interes-sa. O importante é ganhar o salário e está bom. Mas esse estar bom, está ruim demais, não podemos fazer assim”, argumenta.

Para ele a situação che-gou a esse ponto, por que o professor já está cansa-do de sofrer. “Realização profissional poucos tem”, ressaltou. Outro problema que muitos professores en-frentam em sala de aula é que os pais acreditam que os filhos devem ser edu-cados pelos docentes. “É só perguntar para os pais o seguinte: Se acontecer algo grave com o seu fi-lho, e ele venha parar um pronto-socorro, delegacia de polícia ou no necrotério. Essas autoridades vão cha-mar quem? A escola? En-tão, como vai delegar para quem não responde pelo seu filho a responsabilida-de da educação?”, indagou o professor.

Para conhecer mais os trabalhos de Içami Tiba basta procurar pelos seus diversos livros, que entre eles têm o mais conhecido “Quem Ama, educa”. “Os livros trazem a mensagem de que ninguém sente falta do que não conhece, se os professores não conhecem não sentem falta. E se não sentem falta acham que estão fazendo o melhor que podem”, finalizou.

Gustavo [email protected] Içami Tiba ministrou

recentemente uma palestra para os professores da região

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O livro “Quem ama, Educa” é o mais vendido do pesquisador

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A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar de-núncias de maus tratos na Instituição de Acolhimento de Presidente Kennedy, um local de abrigo de crianças que foram tiradas da tutela dos pais. Membros do Con-selho Tutelar do município entregaram uma denúncia à Comissão de Prevenção e Enfrentamento à Tortura do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

De acordo com o con-selheiro tutelar, Dionatan Cordeiro Hermogênio, foi feita uma visita surpresa no local e as irregularidades foram constatadas. “No dia 08 de março, recebemos um ofício do delegado do município para realizarmos uma visita ao local e atestar as necessidades das crian-ças. O pedido foi atendido e com o apoio de policiais civis e de membros da vigi-lância sanitária de Presiden-

te Kennedy constatamos diversas irregularidades”, contou.

O conselheiro ressal-tou que foi encontrado no abrigo um local conhecido como ‘quarto do castigo’, um cômodo isolado e sem iluminação. “O local não tem uma estrutura adequada e é inseguro, pois na área de lazer existem pontas de ferro, além do quarto do castigo, anexo a casa. Os menores nos contaram que lá eram mantidos quando faziam algo errado. O quarto é escu-ro, a lâmpada está queimada e a porta não tem maçaneta”, continuou Dionatan.

Durante a visita surpresa, os membros do Conselho Tutelar, da vigilância sanitá-ria e a Polícia Civil encon-traram ainda mais manti-mentos vencidos. “Após as averiguações acionamos a Comissão de Prevenção e Enfrentamento à Tortura, pedimos o afastamento da diretora e a interdição do local, além de comunicar-

mos a Comissão de Direi-tos Humanos da Assem-bleia Legislativa”, explicou o conselheiro.

“Ficamos chocados com o que vimos no local. Até ve-neno de rato encontramos e

isso pode ter sido usado para coagi-los. Fizemos um pedi-do de abertura de inquérito na Polícia Civil e conversa-mos com as crianças e com os funcionários. O caso tam-bém foi levado ao promotor

do município. O último passo que o Conselho Tu-telar podia dar, já foi dado”, completou Dionatan.

O delegado de Presidente Kennedy, Eduardo Martelo não quis comentar o caso e

disse somente que a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as denúncias. “Tenho uma questão delicada nas mãos e tenho trabalhado tec-nicamente, de acordo com a lei”, completou.

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PRESIDENTE KENNEDY

Denúncia de maus tratos em instituição é investigada pela PC

AS DENúNCIAS fORAM fEITAS POR MEMbROS DO CONSELHO TUTELAR DO MUNICíPIO à COMISSÃO DE PREvENÇÃO E ENfRENTAMENTO à TORTURA DO TRIbUNAL DE JUSTIÇA DO ES »

ALISSANDRA [email protected]

A Instituição de Acolhimento é mantida pela Prefeitura de Presidente Kennedy

divulgação

divulgaçãoPara o local são levadas crianças que foram tiradas da tutela dos pais

Na sala de atendimento, foi encontrado um copo descartável com veneno de rato

divulgação

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As investigações de maus tratos e tortura ti-veram início após pro-blemas entre a diretora da instituição, Eliana Ro-

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Denúncias drigues Cavalcanti Silva e a fun-cionária Jocielma de Souza. Os problemas entre as duas eram frequentes e a funcionária acre-dita ser vítima de perseguição.

“Fui acusada de furto, fui acusada de agredir uma menor que estava no local, mas nada

foi provado. A diretora me perseguia, pedia as outras fun-cionárias para me vigiar com o intuito que eu fizesse algo erra-do e ela pudesse me prejudicar. Trabalho na instituição há um ano e há um mês estou afastada para as investigações”, contou.

Segundo ela, quando uma criança fazia algo de errado, a ordem passada pela diretora é que elas fossem levadas até o ‘quarto do castigo’. “Tínhamos que trancar a porta e deixar as crian-ças presas lá. Ela (diretora) tratava os funcionários aos gritos e sempre apontando o dedo no rosto”,disse.

Jocielma já prestou depoi-mento na Polícia Civil e aguar-da a conclusão do inquérito. “Eu e ela já tivemos vários pro-blemas sim, mas nunca agredi nenhuma das crianças lá de dentro como ela já me acusou”, finalizou.

Através de nota, a Pre-feitura de Presidente Kennedy se manifestou sobre o caso:

‘Após receber a infor-mação de maus tratos na

Casa de Passagem de Pre-sidente Kennedy, a Secre-taria de Assistência Social afastou a coordenadora da instituição do cargo, para averiguar a denúncia. O

caso está sendo investiga-do pela polícia.

Sobre a questão dos ali-mentos vencidos, a Vigi-lância Sanitária disse que os produtos tinham sido

separados e seriam des-cartados posteriormente pela direção da institui-ção. Já com relação ao veneno encontrado na casa, a vigilância infor-

mou que o produto es-tava em um local seguro e não representava risco para as crianças, uma vez que o mesmo foi coloca-do em uma sala onde os

sete menores que estão na casa não tinham acesso.

Uma nova e moderna Casa de Passagem está sen-do construída e será inau-gura nos próximos dias’.

Apuração

O marido da diretora, o delegado Valdemir Cavalcanti fez um manifesto através de uma nota, após ser noticiado em sites do estado e no site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo:

‘Com o mais elevado respeito e o livre exercício do Direito de

Imprensa, sem o qual não há democracia, venho interpor o livre direito constitucional de manifestação e contestação em repúdio a matéria veiculada no e-mail:Kennedense.blogspot.com, que consta como fonte o Jornal ES Hoje, cuja matéria publicada no Kennedense.blogspot, em data de 09/03/2012, com o título “Denúncias de maus tratos em abrigo zera Torturômetro”, também encaminhada irresponsavelmente e criminosamente ao TJES(Comissão de Prevenção e Enfrentamento à Tortura), esclareço e sou testemunha que em todo o período que fui Delegado de Polícia Titular de Presidente Kennedy/ES, é fato público e notório que os abrigados recebem todo o atendimento digno e de boa qualidade por parte da coordenação, encaminhando-os à escola, a médicos, dentistas, cursos de aprendizagem, atividades de lazer, etc, em estrita obediência ao Estatuto da Criança e ao Adolescente. O que acontece é que o denunciante com objetivos políticos partidário em coluio com outras pessoas de mau caráter, procuraram a todo custo macular o nome da atual Gestão da Prefeitura, atingindo diretamente a responsável pela coordenação do Abrigo, de forma profana, leviana e sem fundamento e provas, sendo que a Coordenadora que foi afastada é uma pessoa proba, honesta, evangélica e voltada para o social, assídua cumpridora da lei, excelente educadora, cujo trabalho é reconhecido pelo Ministério Público e Pelo Juízo da Vara da Infância e Juventude de Presidente Kennedy. Que a bem da verdade arquitetaram uma farsa macabra em coluio para poder afastá-la do cargo, mas com certeza a verdade virá a tona após rigorosa apuração dos fatos pelas autoridades competentes, ao final com a certeza da conclusão da improcedência dos fatos denunciados, culminando com a responsabilização administrativa, civil e criminal por parte dos responsáveis por essa trama, na forma da Lei’.

VALDEMIR CAVALCANTI DA SILVADelegado de Polícia Civil da PC-ES

MANIFESTOA Vigilância Sanitária, o Conselho Tutelar e a Polícia Civil fizeram uma visita surpresa ao local

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O ‘quarto do castigo’ é um cômodo isolado e sem iluminação, onde as crianças permaneciam depois de fazer algo errado

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O Conselho Tutelar constatou que o local é inseguro para receber as crianças

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