Edição 2 - 22 a 28/01/2016

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FAMÍLIAS CONVIVEM COM AS INCERTEZAS DA Dúvidas sobre a anomalia estão presentes no dia a dia não só de mães que acabaram de ter seus filhos. Há famílias que convivem com a microcefalia há 40 anos. >>>PG 6 E 7 “TOUCHDOWN”: UMA HISTÓRIA DE PAIXÃO E DEDICAÇÃO >>>PG 12 Mossoró | De 22 a 28 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 02 MICROCEFALIA PREFEITO AFIRMA QUE CORRIGIRÁ ERROS COMETIDOS >>>PG3 E 4 MULHERES EM BUSCA DO BRONZE PERFEITO >>>PG10 ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA PREOCUPA PRODUTORES RURAIS >>>PG5 DIFICULDADE POLÍTICA VERÃO Habner Weiner

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Segunda edição do Jornal Mossoró Hoje, lançada em formato tabloide e com distribuição gratuita.

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Page 1: Edição 2 - 22 a 28/01/2016

FAMÍLIAS CONVIVEM COM AS

INCERTEZAS DA

Dúvidas sobre a anomalia estão presentes no dia a dia não só de mães que acabaram de ter seus filhos. Há famílias que convivem com a microcefalia há 40 anos.

>>>PG 6 E 7

“TOUCHDOWN”: UMA HISTÓRIA DE PAIXÃO E DEDICAÇÃO>>>PG 12

Mossoró | De 22 a 28 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 02

MICROCEFALIA

PREFEITO AFIRMA QUE CORRIGIRÁERROS COMETIDOS >>>PG3 E 4

MULHERES EM BUSCA DO BRONZE PERFEITO >>>PG10

ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA PREOCUPA PRODUTORES RURAIS>>>PG5

DIFICULDADE

POLÍTICA

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Aprimeira edição do Jornal Mossoró Hoje superou até mesmo os prognósticos mais otimistas. A re-percussão alcançada pelo periódico nos deixou

surpresos e ainda mais conscientes da responsabilidade que temos em nossas mãos: construir esse novo momen-to para o jornalismo impresso mossoroense.

Não há outra forma de agradecer se não oferecer a vocês, leitores, um produto cada vez mais em sintonia com as expectativas de cada um. Essa edição que chega agora as suas mãos (e às casas de muitos mossoro-enses e moradores de cidades vizinhas) já é uma evolução do trabalho que estamos pro-pondo realizar.

Será assim a cada semana. Levaremos sempre em consideração o que os nossos leitores têm a acrescentar e os ajustes ne-cessários serão feitos, gradativamente, pois não há comunicação se não houver emissor, mensagem, e, principalmente, receptor. Os aplausos à primeira edição não tornam a nossa missão mais fácil, pelo contrário, exi-gem da equipe um compromisso ainda maior.

Compromisso esse que o leitor vai encontrar em cada linha das reportagens produzidas pela equipe do Mosso-ró Hoje. Esse é o nosso objetivo, fazer jornalismo com responsabilidade, coerência e respeito a quem dedica o seu tempo a acompanhar esse trabalho, que está apenas começando. Vamos em frente. Até a próxima edição!

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EDITORIAL

AGRADECER E EVOLUIR

O CONTEÚDO DAS COLUNAS E MATÉRIAS ASSINADAS É DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES

MOSSORÓ HOJE | CNPJ 21.832.800/0001-49 | Rua Amaro Duarte, 692 | Nova Betânia | Mossoró | CEP: 59612-060 | (84) 99695.5247

DIREÇÃO GERALLia Castro Frota

DIREÇÃO DE REDAÇÃOCezar Alves

[email protected]

EDIÇÃOMaricelio Almeida

[email protected]

REPORTAGENSValéria Lima

[email protected]

Josemário [email protected]

Ismael [email protected]

Hermes [email protected]

COLUNISTAHermes Castro

DIAGRAMAÇÃOBrum

[email protected]

TIRAGEM3.000 EXEMPLARES

CHARGE por BRITO ([email protected])

BENAVIDES: O MÉDICO HUMANOHá cerca de 20 anos, uma jovem procurou o médico Dr. Edgardo Benavides, em Mossoró, desespe-rada, porque havia ficado grávida e o pai da criança não estava mais com ela. Naquela época, ser mãe solteira feria de morte os prin-cípios impostos pela sociedade. Automaticamente ficava isolada até da família. Precisava ter força para criar o filho sozinha. No pei-to daquela mulher morava uma tristeza gigante. Chegou ao médi-co Edgardo Benavides (na foto ao lado do filho Cyrus Benavides) aos prantos. O desespero era tanto que o médico chegou a pensar de se tratar de um quadro clínico de saúde grave. Uma enfermidade sem cura. Começou imediatamen-te os exames. Como não detectou nada quanto ao quadro de saúde da mulher e do bebê, o médico ouviu a história, deixando aflorar o lado humano. Algo natural no experiente médico, pai do advogado igualmente humanista Cyrus Benavides. Após ouvir a jovem grávida, Benavides aconselhou: “um filho sempre será um motivo de alegria, seja qual for a circunstância”. Este conselho é lembrado até hoje pela jovem mãe, que sempre procurou, em seu íntimo, uma maneira de agradecer aquelas pala-vras certeiras que lhe guiaram para criar o filho, hoje já homem formado. Fica a lição de um profissional médico humano.

UNICATÉ desumano e inaceitável o que a

Unicat está fazendo com as pessoas hu-mildes que precisam de medicamentos de alto custo no Rio Grande do Norte. Em Mossoró, a filha do leitor Brito Ju-nior precisa tomar uma vez por mês uma medicação chamada Lupron, que custa R$ 719,00, e a Unicat não entrega há meses. Isto é maldade.

HORIZONTEPREOCUPANTE

Mesmo com o início de janeiro chu-voso em todo o Rio Grande do Norte, o agricultor continua olhando com des-confiança para os céus. Não confiam num bom inverno. Um quadro de abas-

tecimento preocupante começou a apa-recer no horizonte.

O CHEIRO BOM DO VERDE DO SERTÃO

Apesar do quadro preocupante para os agricultores, é muito bom ver o sertão ficando verde, perdendo o cinza, sentir o cheiro de babuja, pegar a esperança na mão e também tê-la no coração.

SILVEIRA ACERTA O prefeito Francisco José Junior está

fazendo um esforço fora do normal para equilibrar as contas e se adequar à nova realidade econômica brasileira. Acertou nos cortes já feitos e também nas ade-quações administrativas.

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Mossoró | De 22 a 28 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 02

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“VAMOS CORRIGIR OS ERROSE CONTINUAR FAZENDO O QUEÉ CERTO”, AFIRMA PREFEITOCom um alto índice

de rejeição, que teve início a partir de

ações moralizadoras im-plantadas desde o começo da gestão, o prefeito Fran-cisco José Júnior surpre-endeu mais uma vez no iní-cio dessa semana. Propôs a diminuição da estrutura administrativa. Uma nova reforma? O prefeito garan-te que não. “Não é o novo. É o necessário”, assegurou com um discurso nada político, que pelo que afir-

mou, é apenas o começo de muitas ações que ainda precisam ser executadas.

Em ano de eleição, nin-guém esperava esse tipo de coragem de um gestor, mesmo diante da crise econômica, até porque até agora o chefe do Executivo nunca descartou seu nome numa possível campanha à reeleição. Mas como manter os apoios políticos, reduzindo mais de 30% das secretarias municipais, muitas delas ocupadas por

nomes indicados por alia-dos? A resposta do ges-tor ao questionamento foi curta. “Vamos fazer o que é certo”.

Essa não é a primeira vez que as ações de Fran-cisco José Jr não são exa-tamente as mais comuns. Em dois anos de admi-nistração ele já enfrentou muitos embates de morali-zação de serviços e condu-tas de onde muitos assegu-ram ter começado a ecoar os gritos de rejeição à sua

forma de governar. Cortes de horas extras

irregulares, identificação e corte de plantões exceden-tes, implantação de ponto eletrônico nas repartições públicas, cortes de custos, fim do favorecimento de fornecedores, caça e afas-tamento de funcionários fantasmas. “Nada disso dá voto porque mexe no in-teresse pessoal de muitas pessoas, mas alguém preci-sava ter coragem de fazer”, revela o prefeito.

Sob essa ótica, o anún-cio do Projeto de Lei que estabelece uma nova re-forma administrativa no organograma do Poder Executivo mossoroense é a continuidade da forma de governar que Francisco José Jr vem imprimindo.

Isso porque, mais do que propor mudanças no reordenamento das secre-tarias, as adequações indi-cam, segundo o prefeito, o início de um novo governo, mais uma importante ação

FRANCISCO JOSÉ JR. INICIA NOVO MOMENTO DO GOVERNO COM REFORMA ADMINISTRATIVA

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POLÍTICAMossoró | De 22 a 28 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 02

GESTOR JÁ VINHA ANUNCIANDO NECESSIDADE DE MUDANÇAS

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NÃO É O NOVO. É O NECESSÁRIO

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POLÍTICAMossoró | De 15 a 21 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 01

de um processo de morali-zação imprescindível não só para Mossoró, mas para a política em geral.

Em entrevistas conce-didas após a apresentação do projeto, o gestor enfa-tizou a necessidade de im-plantar mudanças na Pre-feitura, que atingirão não somente aspectos técni-cos, mas principalmente morais. “Só continuará na nossa equipe aquele que estiver disposto a contri-buir, de maneira signi-ficativa, com a melhoria da qualidade de vida da população. Defesa de in-teresses pessoais, sejam de quem forem, sempre terminam comprome-tendo a excelência da gestão prioritária para o povo”, destacou.

A expectativa é que os nomes que integrarão o novo governo defendido pelo prefeito sejam anun-ciados no início de feverei-ro. Mas Francisco assegu-ra, “questões políticas não serão levadas em conside-ração no Novo Governo”.

De acordo com infor-mações de bastidores, as adequações que o pre-feito executará a partir de agora não refletem somente em possíveis substituições no primeiro escalão da administração municipal, mas também em auxiliares que estão diretamente ligados ao atendimento oferecido

ao público. Segundo in-formações que o MH teve acesso, o governo promo-veu intenso trabalho de pesquisa para encontrar falhas e projetou a solu-ção a partir de muitas ou-tras ações que serão em breve desenvolvidas.

O próprio prefeito re-velou ao portal MOSSORÓ HOJE, no início do ano, que essas mudanças não haviam sido feitas ainda, inclusive por outros gesto-res, em virtude de preocu-pações políticas. “Deus nos concedeu a oportunidade de errar primeiro, conhe-cer a fundo a administra-ção, para só assim reestru-turar o caminho. Vamos corrigir o que erramos. Go-vernar como o povo espe-ra. Como a cidade precisa. E só existe um caminho, continuar fazendo o que é certo porque a verdadeira política só pode ser feita para o povo”, conclui.

Oposição avalia anúncio de reforma administrativa

O Jornal Mossoró Hoje ouviu o líder da bancada de oposição ao prefeito, vereador Lai-rinho Rosado (PSB), sobre o projeto de re-forma administrativa. O parlamentar afirmou que ainda não tinha tido acesso ao documento, mas criticou o anúncio de novas adequações.

“Esse é o terceiro pa-cote lançado pelo prefeito em menos de um ano, o que demonstra falta de planejamento da gestão. Como ele fala em um déficit mensal de R$ 8 milhões por mês e apre-senta um projeto para reduzir R$ 1,7 milhão por ano?”, questiona o edil.

Perguntado sobre como

a bancada de oposição na Câmara Municipal se por-tará em relação à análise do Projeto de Lei Comple-mentar que estabelece o novo organograma da Prefeitura de Mossoró, Lairinho Rosado informou que não pode opinar sobre esse assunto, uma vez que ainda não tinha lido o teor do Projeto.

OPOSIÇÃO CRITICA MEDIDAS ADOTADAS PELO PALÁCIO DA RESISTÊNCIA

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A VERDADEIRA POLÍTICA SÓ PODE SER FEITA PARA O POVO

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MOSSORÓ

FALTA DE MÃO DE OBRA PREOCUPA PRODUTORES RURAIS DE MOSSORÓ

Bastaram as primei-ras chuvas de janei-ro para o semiárido

nordestino encorpar o verde na vegetação de ca-atinga. Para o homem do campo, é tempo de pre-parar terra para o início do plantio em regime de sequeiro. No entanto, na região de Mossoró um pro-blema preocupa os produ-tores rurais.

Falta mão de obra. “Não querem mais tra-balhar no campo, na preparação da terra, no plantio e na colheita”, reclama o produtor rural Antônio Pereira de Araú-jo, de 51 anos, conhecido por Cuncum, morador da localidade de Oiticica, distante 4 km da zona urbana de Mossoró.

Cuncum disse que depois de 4 anos de safra ruim (seca verde) espera

um 2016 de inverno bom. “Escutei no rádio que o El Niño está se ajeitando para outros lados. Esperamos um inverno bom”, destaca o agricultor, que vai plan-tar milho e sorgo numa área de 40 hectares.

Entretanto, ele enfa-tiza a dificuldade de mão de obra. “Pagamos até R$ 40,00 por uma diária e o povo não quer trabalhar. Vamos usar máquinas para preparar a terra, com a apoio da Prefeitura Mu-nicipal de Mossoró (Pro-grama Semear), e esperar que apareça alguém que-rendo trabalhar”, destaca.

O trabalhador braçal Fabrício Henriques Gue-des, de 33 anos, segue o caminho contrário dos colegas da área urbana. “Eu gosto de trabalhar no campo e lá na cidade não tem emprego. Aqui tem

um cheiro bom da terra e do mato nascendo”, diz Fa-brício, com sorriso largo. Ele também trabalha com a expectativa de um bom inverno e, assim, ter tra-balho e renda garantidos durante a temporada.

PROGRAMA SEMEARO secretário Munici-

pal de Agricultura e Re-cursos Hídricos, Rondi-nelli Carlos, disse que o programa Semear, que começa no início de feve-reiro, deve distribuir 140 mil litros de diesel para 5 mil agricultores. “Serão 90 dias de trabalho. Va-mos plantar apostando num bom inverno”, diz o secretário, mesmo ciente dos alertas dos meteoro-logistas de que o inverno não será bom (regular) para o plantio em regime de sequeiro.

MESMO COM A DIFICULDADE, AGRICULTORES ESTÃO ANIMADOS COM AS PRIMEIRAS CHUVAS E JÁ INICIARAM PREPARAÇÃO DA TERRA PARA O PLANTIO

REFORMAPrevisto para ser apresentado inicialmente para o dia 15, foi anunciado

na última segunda, 18, o Projeto de Lei que altera o organograma da Prefei-tura de Mossoró. O chefe do Executivo municipal apresentou à sociedade as mudanças que serão implantadas já a partir do mês de fevereiro, caso a Câmara aprove o Projeto até o fim de janeiro.

REFORMA 2O anúncio surpreendeu. Reconhe-

cendo que erros foram cometidos, o prefeito demonstrou afinação com as expectativas da população, reduziu secretarias, cortou cargos comissiona-dos, o que permitirá uma economia anual de R$ 1,7 milhão somente com salários. Haverá economias ainda com aluguel de prédios, veículos, custos de manutenção, entre outras.

REFORMA 3Questionado pela reportagem do

MOSSORÓ HOJE sobre o fato desse ser o terceiro anúncio de adequações da máquina em menos de um ano, Francisco José Júnior justificou que todas as medidas se complementam e são necessárias em virtude da atual conjuntura econômica nacional.

DECISÃOO governador Robinson Faria de-

cidiu reabrir os restaurantes populares do Estado, aditivando os contratos com empresas investigadas pelo Ministério

Público. A medida foi comemorada pela população usuária do serviço, mas também criticada por muitos, já que o próprio Governo havia anunciado que os contratos não seriam prorrogados.

VICEO vice-prefeito dissidente, Luiz

Carlos Martins, continua sua movi-mentação em busca de se viabilizar candidato ao Palácio da Resistência. No programa eleitoral exibido pelo PT no início da semana, o professor voltou a criticar a gestão municipal, da qual só oficializou rompimento recentemente.

DESISTÊNCIAO cenário político nacional regis-

tra a desistência da pré-candidatura do apresentador José Luiz Datena à Prefeitura de São Paulo. A justificada apresentada pelo polêmico Datena foi de que não poderia permanecer em um partido (PP), envolvido em escân-dalos de corrupção na Petrobras e que também não aceitaria disputar prévias com o ex-prefeito Paulo Maluf.

PREVISÕES

- Meteorologistas preveem chuvas abaixo da média entre fevereiro e março - A partir de abril, chuvas devem melhorar com o enfraquecimento do El Niño- Média anual de chuvas considerada normal em Mossoró é de apro-ximadamente 600 mm

Mossoró | De 22 a 28 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 02

FABRÍCIO HENRIQUES: EXCEÇÃO EM TEMPO DE ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA

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Por CEZAR ALVES

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INCERTEZAS MARCAMVIDA DE FAMÍLIAS QUE

CONVIVEM COM A MICROCEFALIADUAS HISTÓRIAS, SEPARADAS POR UM INTERVALO DE 40 ANOS, MOSTRAM

QUE AS DÚVIDAS SOBRE A ANOMALIA INTRIGAM MÃES E ESPECIALISTAS

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ESPECIALMossoró | De 22 a 28 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 02

SAIBA MAIS:A microcefalia é uma condição neurológica em que a cabeça e o cérebro do bebê são menores, quando comparadas a de outros recém-nascidos da mesma idade e sexo. Entre as sequelas associadas à anomalia, está o retardo mental.

A incerteza define o cenário das famílias que convivem com microcefalia. Esta realidade vem sendo enfrentada há 40 anos por pessoas como Francisca Galdino, mãe de quatro filhos, três deles com a anomalia, e Alana Cristina, que há pouco mais de dois meses deu à luz a Josué, que possui o mesmo diagnóstico.

Francisca Galdino de Moura, de 58 anos, mãe de Jeferson, Jefância (já falecida) e Pedro, todos com micro-cefalia, afirma que nunca recebeu orientação médica. Os três nasceram em Mossoró. O mais velho, Jeferson, tem 40 anos e Pedro, o mais novo, 27. “Quando nasceram, não me explicaram nada. No início foi muito difícil. Criticavam demais. Rejeitavam”, afirmou, relatando que chorava muito devido ao preconceito.

Francisca conta que, na época, a microcefalia ainda era uma incógnita. Hoje as dúvidas sobre a ano-malia, que vem sendo associada aos casos de Zika Vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, ainda permanecem. O único apoio que encontrou, segundo ela, foi na Associação dos Pais e Amigos dos Excep-cionais (Apae). “Na Apae foi a única orientação que eu tive, eles me disseram ‘cuide deles como se fossem

normais’, e foi isso que eu fiz, eles nunca tomaram remédio por causa disso”, afirma.A dona de casa, que criou os três filhos junto com o marido, o vendedor ambulante Jonas Frei de Moura, de 60

anos, reforça que eles se desenvolveram como qualquer outra criança da idade deles. “Eles têm uma vida relativamente normal, se você pedir para eles fazerem qualquer coisa, eles fazem. Pedro, o mais novo, é o mais simpático, agora ele está na

praia passando o verão”, detalha. A mãe relata as dificuldades para a criação dos meninos. “São crianças grandes, a gente tem que dá banho e limpar, mas comem e andam sozinhos”, comenta. Entretanto, Pedro, o mais novo, repete em alguns momentos o comportamento de quem está perto dele. “Tem hora que ele quer ser um bebê, e se ele vir alguém doente, quer agir igual aquela pessoa”, detalha a mãe.

Enquanto conversava com a reportagem do MOSSORÓ HOJE, Francisca Galdino recebeu a visita de uma vizinha, que chegou pedindo-lhe fraudas para levar para Pedro, que estava em Tibau. Naquele dia, ele decidiu ser criança.

A realidade vivida por Francisca Galdino há 40 anos é a mesma enfrentada por Alana Cristina, mãe de Josué, que foi diagnosticado com mi-crocefalia no Hospital da Mulher, em novembro de 2015. O cenário de dúvidas preocupa toda a família. “Fomos uma vez para Natal e o médico não consultou ele. Até tirou umas medidas, que nem eu entendi, porque disseram que ele não era o especialista. Marcaram o médico errado”,

afirma a mãe, que teve a consulta do filho remarcada para o dia 17 de fevereiro.Alana conta que Josué chora muito e está sendo medicado para cólica frequentemente. Sempre que o bebê precisa de atendimento, a

mãe o leva para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima.“Estou sem saber o que fazer. Ninguém sabe, não me deram nenhuma resposta até agora”, afirma. Apesar do diagnóstico dado

pelos médicos, Alana ressalta que tem dúvida quanto à legitimidade da microcefalia do filho. Segundo ela, “quando as pessoas veem ele, acham normal. Nem parece que tem, como diz no documento”, comenta.

Apesar de não ter certeza que o filho possui microcefalia (a criança nasceu com o perímetro cefálico medindo 28 centíme-tros, ainda mais abaixo do que os médicos consideram para realizarem o diagnóstico, que é 32 centímetros), Alana afirma que não terá problema. Calma, embora com semblante de preocupação, Alana enfatiza: “Vamos amar e cuidar do mesmo jeito”.

Por outro lado, Francisca comenta que hoje em dia acredita que o preconceito é bem menor. “Não vão passar pelo eu passei, por-que hoje em dia as pessoas são muito modernas, tem a mentalidade aberta, o tempo foi fazendo com que as pessoas entendessem”.

Para as mães que se deparam hoje com filhos com microcefalia, Francisca Galdino é rápida e dá o recado. “O que eu digo é que sejam mães como as outras, porque eles são meninos especiais, dados por Deus, que sejam felizes com ele,

não é para rejeitar, nem para ser diferente”.O tema ainda é um desafio para os médicos. É o que relata o pediatra Watson Peixoto. “A

microcefalia é uma atrofia bem antiga, mas que há incertezas atuais quanto ao tratamento por conta do Zika Vírus”. Essa é a principal preocupação dos especialistas: a nova forma de transmissão

da anomalia. O ginecologista Mauro Pitombeira diz que não é possível afirmar quais sequelas essas crianças po-derão adquirir ao longo da vida. De forma geral, a microcefalia está associada ao retardo mental, mas o especialista destaca

que esse novo surto exige cautela dos médicos quanto a esse diagnóstico. “Não temos como afirmar quais problemas neurológicos essas crianças poderão ter, se serão no desenvolvimento cognitivo, ou se terão realmente problemas. Só o tempo trará essas respostas. O

que podemos dizer é que nem todas as gestantes contaminadas com o vírus terão necessariamente filhos com microcefalia”, conclui.

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Por VALÉRIA LIMA

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ESPECIALMossoró | De 22 a 28 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 02

FRANCISCA GALDINO CONVIVE HÁ 40 ANOS COM AS INCERTEZAS SOBRE A MICROCEFALIA

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POLÍCIAMossoró | De 15 a 21 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 01

CONHEÇA PITÔCO: DEIXADO AMARRADO PARA SER MORTO NO DIA SEGUINTE

“Uma prata aí?”, grita um ho-mem de baixa

estatura e puxando uma das pernas ao motorista de um gol prata, que saiu rapidamente do estaciona-mento que fica em frente à praça dos Hospitais, no Centro de Mossoró/RN. “Perdi”, reclama o pasto-rador de carros Francisco Fernandes Filho, de 50 anos, conhecido por Pitôco.

Algumas vezes recebe a prata solicitada e outras re-cebe um não do motorista. “Têm uns que nem falam com a gente e têm os que saem em fuga”., diz Pitô-co, como é chamado pelos colegas e também pela po-lícia, de quem ficou conhe-cido há cerca de seis anos, quando foi resgatado do cativeiro onde havia sido deixado amarrado para ser morto no dia seguinte.

Pitôco diz que não é bandido, mas admite que fez umas “besteiras” no passado. A primeira delas foi um assalto junto com um menor há cerca de 30 anos, no Grande Alto São Manoel. “Fui preso em flagrante. Peguei oito anos de cadeia. Passei dois anos preso na Delegacia de Furtos e Roubos e um na Penitenciária Agrícola Mário Negócio”.

“Eu aprendi a lição”. De fato, o MOSSORÓ HOJE consultou os policiais civis Terin, De Sousa e Oliveira, que o prenderam na época. De Sousa e Oliveira confir-maram que Pitôco “tinha” jeito: castigado, poderia ter uma chance fora da prisão. Era preso bem comporta-

do e demonstrava interesse de seguir uma vida digna se tivesse uma oportunidade.

Os três policiais indi-caram Pitôco (já preso em regime semiaberto) ao juiz Expedito Ferreira de Sousa (hoje desembarga-dor do Tribunal de Justiça do Estado) para trabalhar

numa empresa terceiriza-da fazendo serviços de lim-peza no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins. Ele ficou seis anos trabalhando com carteira assinada no Fórum. Foi sua grande oportunidade.

“Foi maravilhoso, ra-paz. Varria, passava o

pano, a cera... (voz embar-gada e lágrima descendo)... Aí eu perdi meu emprego, rapaz, de otário. Conheci a droga. Perdi tudo. Perdi muié (sic), tenho um filho de 33 anos que já é pai, que mora no Sumaré (Mos-soró), e outro de 18 anos que mora em Fortaleza, faz

uns dois anos que não vejo eles”, conta.

Pitôco diz que ficou vi-ciado em drogas (crack) e que esta foi a grande bestei-ra que fez. A outra o tornou conhecido. Foi quando pe-gou dois galos de briga de um conhecido e foi vender. Vendeu e usou o dinhei-ro para comprar pedras de crack. “Aí os homi (sic) me pegaram, amarraram e jogaram eu dentro de um galpão. Disseram que era para eu morrer”, narra.

Pitôco disse que mes-mo machucado (ele foi espancado) e meio ator-doado, quando acordou conseguiu gritar e ser ouvido pelos moradores próximos. “Aí chamaram a polícia, que me soltou”, conta o pastorador de carros, mostrando a per-na que levou um tiro há quatro anos de uns indi-víduos que queriam pe-gar seu sobrinho, que “é errado”, segundo ele.

“Não é questão de oportunidade. É questão de aproveitar a oportuni-dade. Eu tive e desperdi-cei”, diz Pitôco, virando-se para um senhor que sentou ao seu lado e, sem ser per-guntado, avisou que estava dando entrevista. De prata em prata, ele disse que fa-tura por dia cerca de R$ 40,00. Deste valor, entrega R$ 20,00 para a mãe, com quem mora.

“Hoje, o que eu peço é para ficar vivo”, diz Pitôco já se despedindo da repor-tagem e acenando sorri-dente para uma senhora que acabara de entregar uma cédula de R$ 2 reais.

FRANCISCO FERNANDES FOI JOGADO EM UM GALPÃO PARA SER ASSASSINADO NO DIA SEGUINTE. SOBREVIVEU E HOJE CONTA SUA TRAJETÓRIA DE VIDA

“HOJE, O QUE EU PEÇO É PARA FICAR VIVO”, CONTA PITÔCO

Cezar Alves

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MOSSORÓ:

MORTES VIOLENTAS EM 2016*:

CRIMES VIOLENTOS LETAIS INTENCIONAIS ENTRE 2006 E 2015:

HABITANTES

APROXIMADAMENTE

*Números divulgados até o dia 20 de janeiro

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A busca pela marquinha ideal em um corpo bronzeado tem levado mulheres a procurarem cada vez mais alternativas saudáveis para deixarem a pele com a cor do verão. Nesse período do ano, as clínicas de bronzeamento natural chegam a ampliar em até 100% o número de clientes.

A empresária Júlia Tassiana conta que sua clínica está atendendo atualmente 40 mulheres por dia. A pre-visão é que esse número permaneça em alta até o carnaval. “Na véspera de réveillon foram 72 clientes em um único dia”, comemora, acrescentando que a faixa etária do seu público é de mulheres com 20 anos.

E como é feito o bronzeamento natural? Júlia Tassiana explica que o pro-cedimento é realizado diretamente com exposição ao sol, com produtos naturais que ativam a melamina, respeitando os horários adequados (entre 7h e 10h, com intervalos pequenos de exposição ao sol), sendo três sessões indicados para o resultado esperado.

“Esse tipo de bronzeamento natural estimula a absor-ção da vitamina D, que fixa o cálcio nos ossos, produz serotonina que espanta a depressão, melhora a au-toestima, aumenta a libido, relaxa, diminui fungos e bactérias, minimiza as dores musculares. Não existe contraindicação, a menos que a pessoa esteja fazendo tratamento para pele com pro-dutos oxidantes”, detalha a empresária, que está há quatro anos no mercado mossoroense.

O desejo das mulheres em adquirir a cor ide-al, sem precisar necessariamente ir à praia, tem feito com que o interesse pelo bronzeamento natural atinja não somente o público-alvo, mas também novos investidores para o segmento. “Hoje ministro curso teórico e prático em diver-sos estados do país, e várias cidades do Rio Grande do Norte. É uma área que está crescendo significati-vamente. Eu mesma trabalhava como gerente de uma concessionária e mudei de ramo”, finaliza Júlia Tassiana.

DADO

S - Horário indicado para o bronzeamento natural: entre 7h e 10h, com intervalos pequenos de exposição ao sol- Sessões indicadas: no mínimo três- Faixa etária que mais busca o serviço: mulheres com 20 anos

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A COR DO VERÃO: BUSCAPOR BRONZEAMENTONATURAL CRESCE 100%PROCURA PELA MARQUINHA IDEAL, SEM PRECISAR IR À PRAIA, TEM DEIXADO CLÍNICAS EM MOSSORÓ LOTADAS

JÚLIA TASSIANA INVESTE HÁ QUATRO ANOS NO MERCADO DE BRONZEAMENTO NATURAL

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COMPORTAMENTOMossoró | De 15 a 21 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 01

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TIBAU: CRISE AFETA COMERCIANTES, EMPRESÁRIOS APOSTAM EM EVENTOS

P raia, sol, mar, fes-tas.... Tudo isso na estação mais quente

do ano, o verão, promete o aquecimento também do comércio em cidades como Tibau – que recebe durante o período cerca de 50 mil pessoas, dez ve-zes mais que a quantidade de habitantes.

O período é de es-perança para grandes e pequenos comerciantes, mas que este ano vêm sofrendo com a crise que ainda assusta os brasilei-ros. Por outro lado, o setor de festas é sempre uma aposta dos empresários, que comemoram os resul-tados alcançados.

Apesar do grande fluxo

de clientes nos caixas, para Elenice Rebouças, dona de um supermercado, as vendas este ano ainda não atenderam às expectati-vas. “As vendas estão bem abaixo da média. A mo-vimentação só foi maior durante o réveillon”, afir-ma a comerciante.

A afirmação de Ele-nice não foi diferente da apontada por outros en-trevistados pela equipe do MOSSORÓ HOJE. Os comerciantes afirmam que todos os setores fo-ram afetados. E apontam a crise como a causa da queda nas vendas.

É o que comentou a comerciante do setor de bebidas, Maria de Lour-

des, que trabalha no ramo há 28 anos. “Esse ano está ruim. O povo fala de crise né? Sem dinheiro, como é que o povo com-pra?”, questiona.

O setor de alugueis de imóveis também so-freu queda durante o período, como relata o empresário Nilton José. Segundo ele, antes os veranistas alugavam, so-mente a sua imobiliária, entre 10 e 15 casas.

“Esse ano está muito abaixo disso. A procura foi mais para fim de ano, dife-rente dos outros anos que sempre alugavam para o mês inteiro. O potencial do comércio imobiliário é muito forte em nossa

cidade, temos que admi-tir que a crise contribuiu para esta queda”, afirma.

Já o empresário Nilo Nolasco, que atua no ramo de supermercado, argu-menta que a queda de ven-das é fruto não só da crise, mas dá-se também por-que o perfil do veranista mudou. “Hoje as pessoas procuram por mais atra-ções. O próprio empresá-rio local precisa despertar para as potencialidades da cidade”, disse.

Por outro lado, o setor de festas no município é a aposta do empresário Ka-rume Nascimento. Nesta temporada, além de ter promovido eventos no início do ano, ele realizará

programação de carnaval na praia das Emanuelas. Os quatro dias de festa, segundo ele, possuem boas expectativas.

“Está valendo a pena investir, porque muitas cidades que tradicional-mente realizam carnaval não vão fazer este ano, então o público está sem opção, e em Tibau sempre lota, então esta-mos apostando”, afirma o empresário.

A festa deverá contar com artistas mossoroen-ses e também de outras regiões. Os ingressos de-vem começar a ser vendi-dos na próxima sexta-fei-ra (22). Os valores ainda estão sendo discutidos.

VENDEDORES RELATAM DIFICULDADES NESSE PERÍODO DE VERANEIO. JÁ EMPRESÁRIOS INVESTEM EM EVENTOS PARA ATRAIR PÚBLICO AO LITORAL

ELENICE REBOUÇAS CONTA QUE VENDAS ESTÃO ABAIXO DAS EXPECTATIVAS

ESTADOMossoró | De 22 a 28 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 02

Cezar Alves

Por VALÉRIA LIMA

TEMOS QUE ADMITIR QUE A CRISE CONTRIBUIU PARA ESTA QUEDA

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ESPORTE

“TOUCHDOWN”: UMA HISTÓRIA DE PAIXÃO E DEDICAÇÃO

Desde 2007, movido por um sonho utópico, um grupo de 15 amigos deci-diu superar as limitações e alcançar o “Touchdown” do futebol america-no em Mossoró, se reunindo no campo da Universidade Federal Rural

do Semi-Árido (UFERSA) e decidindo formar a primeira equipe da modalidade no interior do Rio Grande do Norte.

Como os contatos iniciais eram apenas via televisão, acompanhando os jogos da liga americana, os amigos começaram a estudar as regras e a preparação física necessária para continuar esse sonho, hoje realidade para a Ufersa Petroleiros.

Hoje uma das maiores dificuldades do time é a falta de apoio financeiro de empresá-rios e do poder público. Dessa forma, a equipe é mantida pelos próprios jogadores. Para o treinador principal da equipe, Rafael Natan, o projeto é apaixonante. “Jogar futebol ame-ricano é a nossa vida. Estamos fazendo história na cidade de Mossoró e no RN”.

A Ufersa Petroleiros é a única equipe do interior do Nordeste a participar da elite do futebol americano. Em 2015, o time terminou na 5ª colocação da Superliga e para 2016 a expectativa é chegar as finais da competição e representar nossa cidade.

A equipe que possuía 45 atletas, realizou no uma seletiva e aprovou a entra-da de mais 33 jogadores. Saiba mais sobre a Ufersa Petroleiros na fan page da equipe: www.facebook.com/UfersaPetroleiros.

UFERSA PETROLEIROS É A ÚNICA EQUIPEDO INTERIOR DO NORDESTE A PARTICIPAR

DA ELITE DO FUTEBOL AMERICANO

Mossoró | De 22 a 28 de Janeiro de 2016 | ANO I | N° 02

MARATONAAs inscrições para a 3ª Maratona de Revezamento Mossoró/Tibau, fo-

ram abertas na última segunda-feira (18) e seguem até o dia 29 de janeiro, o Ginásio Pedro Ciarlini, em horário comercial. A prova acontecerá no próximo dia 30 de janeiro, com início previsto para às 6h, com saída em frente à praça de esportes da Avenida Rio Branco.

CAMPEONATOESTADUAL 2016

A partir deste sábado (23) começa a temporada 2016 do futebol no Rio Grande do Norte. O Campeonato Esta-dual é a maior competição esportiva do estado e será disputado pelas equipes mossoroenses Baraúnas e Potiguar; ABC, Alecrim e América de Natal; ASSU de Assu; Globo de Ceará Mirim e o Palmeira de Goianinha.

CAMPEONATOESTADUAL 2016 II

A competição será dividida em duas fases: a primeira denominada Copa Ci-dade do Natal e a segunda Copa Rio Grande do Norte. Nas duas fases, as duas melhores equipes disputarão a final de cada etapa, e os seus campeões farão, em dois jogos, a final do Campe-onato Estadual. Os campeões de cada fase garantirão vaga na Copa do Brasil 2017 e na Copa do Nordeste 2017.

ELENCOO Baraúnas vem montando um

elenco forte para a disputa do Estadual 2016. O treinador Givanildo Sales for-mou um plantel com muitos jogado-res novos e também algumas figuras carimbadas e já bastante conhecidas do torcedor, como o goleiro Érico, o

zagueiro Nildo, os atacantes Da Silva e Fabinho Cambalhota, entre outros.

PREPARAÇÃOO Potiguar, bicampeã estadual (2004 e

2013), vem se preparando para a tempora-da 2016 mesclando jogadores experientes, como o goleiro Santos, o zagueiro Anselmo e o meia Radamés, com novos contratados e jogadores revelados na base do clube. Vi-sando uma vaga na Série D, a Copa do Bra-sil e Copa do Nordeste 2017, o técnico Bira Lopes trabalhou forte a parte física e tática durante toda a pré-temporada.

JOGOS DA 1A RODADA23/01/2016 - ABC x Palmeira (16h - Estádio Frasqueirão)23/01/2016 - Potiguar x Globo(17h - Estádio Nogueirão)24/01/2016 - Alecrim x América(9h30 - Arena das Dunas)24/01/2016 - ASSU x Baraúnas(17h - Estádio Edgarzão)

VENCEDORO mossoroense Alexandre Arrais

foi campeão, na categoria até 90 kg, do Open Beach Submission, competição de jiu-jitsu realizada no último domin-go, 17, na praia do Ceará, emTibau. O representante de Mossoró enfrentou lutadores de todo o estado.

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Raul

Per

eira

22 jogadores em campo | 11 jogadores por equipe, no ataque e defesaSem limites de substituiçõesEquipamentos utilizados: Helmet (capacete); Shoulder Pads (ombreiras); luvas, proteção para pernas, protetor bucal, protetores de braço, entre outros.Objetivo básico da partida: percorrer o campo e entrar com a posse de bola den-tro da área do adversário, a chamada end zone.Pontos: o Touchdown acontece quando um jogador tem a posse de bola dentro da área adversária. Já o Field Goal é o chute em direção às traves.Quem pode jogar? Peso e idade não são fatores determinantes, o que é importa é como o jogador aplica a força.

Por HERMES CASTRO