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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC PRÓ-REITORIA ADJUNTA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA EM SAÚDE EDGLEI VERGETTI DE SIQUEIRA MELO INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DOS BRAQUETES ESTÉTICOS NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO À RESINA ORTODÔNTICA Maceió-Alagoas 2015

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

PRÓ-REITORIA ADJUNTA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA EM SAÚDE

EDGLEI VERGETTI DE SIQUEIRA MELO

INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DOS BRAQUETES ESTÉTICOS NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO À RESINA ORTODÔNTICA

Maceió-Alagoas

2015

Melo, Edglei Vergetti de Siqueira.

Influência do tratamento de superfície dos braquetes estéticos na

resistência de união à resina ortodôntica. / Edglei Vergetti de Siqueira Melo . – 2015. 44 p. il.

Dissertação (Mestrado Profissional de Pesquisa em Saúde) Centro Universitário CESMAC, Maceió, 2015.

1. Ortodontia 2. Cisalhamento 3. Adesão

I. Vanderlei, Aleska Dias. (Orientador) Título.

CDU: 616.314-089.23

M527i

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

PRÓ-REITORIA ADJUNTA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA EM SAÚDE

EDGLEI VERGETTI DE SIQUEIRA MELO

INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DOS BRAQUETES ESTÉTICOS NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO À RESINA ORTODÔNTICA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Pesquisa em Saúde do Centro Universitário CESMAC, nível Mestrado Profissional, como requisito para obtenção do título de Mestra, sob a orientação da Profa. Dra. Aleska Dias Vanderlei e coorientação da Prof. Dra. Isabel Cristina Celerino de Moraes Porto.

Maceió-Alagoas 2015

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

PRÓ-REITORIA ADJUNTA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA EM SAÚDE

EDGLEI VERGETTI DE SIQUEIRA MELO

INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DOS BRAQUETES ESTÉTICOS NA RESISTÊNCIA DE UNIÃO À RESINA ORTODÔNTICA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Pesquisa em Saúde do Centro Universitário CESMAC, nível Mestrado Profissional, como requisito para obtenção do título de Mestra, sob a orientação da Profa. Dra. Aleska Dias Vanderlei e coorientação da Prof. Dra. Isabel Cristina Celerino de Moraes Porto.

Data da defesa: 13/02/2015 BANCA EXAMINADORA

Profa. Dra. Aleska Dias Vanderlei Orientadora

Profa. Dra. Sabrina Kívia Correia Gama Examinadora Externa

Profa. Dra. Camila Maria Beder Ribeiro Examinadora Interna

DEDICATÓRIA

A Deus, pela graça da vida e por permitir saúde e fé para conseguir alcançar

meus objetivos.

Aos meus pais, Edmundo e Gleide, por serem meus exemplos de vida, meu porto seguro.

Aos meus filhos, Felipe e Maria Fernanda, por serem minha motivação para tudo que sou e faço.

Aos meus irmãos, Guiu e Dinho, por estarem sempre ao meu lado. Aos meus inúmeros amigos, por me apoiarem nas horas alegres e

principalmente nas difícieis.

AGRADECIMENTOS

Ao Instituto Federal de Alagoas, nas pessoas do Reitor Sérgio Teixeira, da Diretora Marília Góes e do chefe do Departamento de Apoio Acadêmico Diogo Oliveira por incentivar seus servidores a se qualificar para melhor prestação de serviço dentro desta instituição.

Ao Centro Universitário CESMAC pela realização deste curso.

A minha orientadora, Aleska Dias Vanderlei por sua dedicação, e apoio na

elaboração deste trabalho.

As minhas amigas, Maria Carolina Santa Rita Lacerda, Anna Carolina Omena, Silvana Ramos Lages, Júlice Caroline Soares de Lima Silva, Emanuelle Gaia Teixeira e Dayse Chaves Cardoso de Almeida pelo apoio, incentivo, amizade em todas as etapas do mestrado. Vocês foram essenciais nesta longa jornada.

A todos os amigos do Mestrado. Vocês foram muito importantes pelas amizades

construídas e momentos compartilhados. A Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, Campus Campinas SP, na

pessoa de Danielle Valler pela realização dos testes de cisalhamento. Aos professores Euclides Maurício Trindade Filho e Camila Maria Beder pela

realização dos testes estatísticos Aos professores Eduardo Jorge da Silva Fonseca e Ana Rúbia Ribeiro do

Departamento de Física da Universidade Federal de Alagoas pela realização das imagens no microscópio de varredura.

Aos bolsistas graduandos Marcos Vinícius de Vasconcelos Feitosa Borges e

Mateus Barros Cavalcante pelo apoio e ajuda na execução dos experimentos.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – A - Matriz de silicone para confecção do bloco do cimento e B -condensação do bloco de cimento ........................................................................... 17

Figura 2 – A - Bloco de Cimento concise B - Bloco de cimento incluído na resina acrílica ...................................................................................................................... 17 Figura 3 – A - Corpo de prova após cimentação do braquete metálico (grupo 1). B – Corpo de prova após cimentação do braquete cerâmico ..........................................18 Figura 4 – Máquina de Ensaio Universal EMIC .........................................................19 Figura 5 – A e B Ensaio de cisalhamento utilizando o dispositivo tipo faca ..............19 Figura 5 – Falha adesiva com o braquete cerâmico (20X aumento) ........................ 20 Figura 6 – Falha mista com o braquete metálico (20X aumento) ............................. 20 Figura 7 – Falha mista de braquete cerâmico + silano (20X aumento) .................... 21

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Descrição do nome comercial, fabricante e lote dos materiais utilizados nos experimentos ......................................................................................16 Quadro 2 – Grupos de estudo para avaliação da resistência adesiva, conforme o fator de estudo ......................................................................................................... 16

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela ANOVA ........................................................................................ 29

Tabela 2 - Média e desvio padrão da resistência em Mpa.........................................30 Tabela 3 - Tipos de falhas observadas após fratura .................................................30

LISTA DE SIGLAS

A – área

ANOVA – Análise de Variância (Analysis of Variance)

CP – Corpo de prova

F – Força

G – Grupo

HF – ácido fluorídrico

IAR – Índice de adesivo remanescente

MEV – Microscópio eletrônico de Varredura

Mpa – Megapascal

n – número de indivíduos

N – Newton

p – nível de significância

R – Resistência

SIL – silano

RESUMO A ortodontia é a especialidade da odontologia responsável pelo tratamento das más-oclusões e do mau posicionamento dentário. Para que a ortodontia seja eficaz ela depende de um sistema adesivo de qualidade na colagem da aparatologia ortodôntica fixa. Os braquetes cerâmicos surgiram para melhorar a estética no tratamento ortodôntico, entretanto a descolagem destes braquetes é a etapa mais preocupante para a muitos dos ortodontistas. O ensaio de cisalhamento é um teste mecânico utilizado para avaliação de resistência de união entre materiais diferentes, uma vez que se aproxima da condição real de distribuição de forças durante a mastigação. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência do tratamento de superfície dos braquetes na resistência de união à resina ortodôntica. Foram confeccionados 30 (trinta) corpos de prova (CP), divididos nos seguintes grupos: G1, cimento Concise + braquete metálico; G2, cimento Concise + braquete cerâmico; G3, cimento concise+silano+braquete cerâmico. As amostras foram submetidas ao teste de cisalhamneto através de uma máquina de ensaio universal (EMIC DL 1000). Os dados foram submetidos ao teste de lilifors para análise de normalidade análise de variância ANOVA. Os resultados foram G1(12,42 + 3,03); G2 9,39 + 4,42; G3 15,51 + 3,03). Houve um aumento significativo na união nos braquetes cerâmicos quando utilizado o silano, como tratamento de superfície.

PALAVRAS-CHAVE: Ortodontia. Cisalhamento. Adesão.

ABSTRACT

Orthodontics is the specialty of dentistry responsible for the treatment of malocclusions and incorrect tooth position. For orthodontics to be effective it depends on a quality adhesive system to the fixed orthodontic aparatologia collage. The ceramic brackets have emerged to improve the aesthetics in orthodontic treatment, however the take-off of these brackets is the most worrying step for most orthodontists. The shear test is a test used for mechanical strength evaluation between different materials since it approximates the actual conditions of distribution of forces during mastication. The objective of this study was to evaluate the influence of surface treatment of the brackets on the bond strength to orthodontic resin. Thirty (30) specimens (CP), divided into the following groups were made: G1, cement Concise + metal bracket; G2, Concise + ceramic bracket cement; G3, concise cement + silane + ceramic bracket. The samples were subjected to cisalhamneto test using a universal testing machine (EMIC DL 1000). Data were subjected to analysis lilifors test for normality using ANOVA. The results were G1 (12.42 + 3.03); 9.39 G2 + 4.42; G3 15.51 + 3.03). There was an increase in union in ceramic brackets when using the silane, such as surface treatment.

KEYWORDS: Orthodontics. Shear bond. Adhesion.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 14

2 MATERIAL E MÉTODO .................................................................... 16

2.1 MATERIAL ....................................................................................................... 16

2.2 AMOSTRA ........................................................................................................ 16

2.3 CONFECÇÃO DOS CORPOS DE PROVA ..................................................... 17

2.4 ENSAIO DE CISALHAMENTO ........................................................................ 18

2.5 AVALIAÇÃO DO MODO DE FALHA ................................................................ 19

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................... 21

ARTIGO .............................................................................................. 22

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................. 40

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 41

ANEXO A – NORMAS PARA AUTORES DO PERIÓDICO.................. “ODONTO CIÊNCIA PUC - RS”

44

14

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o grande avanço nas áreas científica e tecnológica trouxe

inúmeros benefícios para a Odontologia, que refletem intensamente na Ortodontia.

Pesquisas fizeram surgir novas técnicas e materiais que resultaram no incremento,

aprimoramento e simplificação dos procedimentos clínicos. Desde o início da

utilização de artefatos fixos, havia uma incerteza com relação à fixação e

estabilidade dos acessórios aos dentes. Inicialmente, utilizava-se a bandagem total

da dentição, técnica que apresentava desvantagens práticas e estéticas e que

frequentemente provocava agressão aos tecidos gengivais, além de dificuldade de

higienização acarretando no surgimento de cáries (SEIXAS, 2005; PROFFIT, 2007).

Com o objetivo de superar essas características desfavoráveis, desenvolveu-

se a técnica de colagem de braquetes diretamente sobre a superfície dentária. Os

primeiros braquetes utilizados eram confeccionados em aço inoxidável. Embora não

eliminassem a aparência metálica, possuiam excelentes propriedades mecânicas,

boa resistência à corrosão, menor fricção entre o metal do braquete e o metal do fio

ortodôntico e baixo custo de produção (BÁGGIO, TELLES, DOMICIANO, 2007;

PROFFIT, 2007). Com o passar do tempo, a estética tornou-se extremamente

relevante não apenas no resultado final, mas em todas as etapas do tratamento

ortodôntico. Surgiram então os braquetes estéticos.

A utilização dos braquetes estéticos tem indicação no tratamento ortodôntico

em pacientes adultos, que rejeitam a colocação de aparelho ortodôntico, pela

aparência indesejável dos braquetes metálicos. Dos materiais que compõem a

ortodontia estética, os braquetes estéticos são os mais viáveis economicamente e

permitem a realização do procedimento ortodôntico convencional. No entanto é um

material com particularidades e características com as quais o ortodontista deve

conhecer para que possa ser utilizado com consciência de suas limitações.

(MALTAGLIATI et al, 2006).

Inicialmente, com a necessidade de melhorar a estética nos tratamentos

ortodôntico surgiram os braquetes de policarbonato; no entanto, outras

características apresentadas pelos metálicos deveriam estar presentes nesses

braquetes. Dentre essas características citam-se a resistência à fratura, menor

fricção, estabilidade dimensional e resistência de colagem adequada à superfície

dentária (MALTAGLIATI et al., 2006).

Os braquetes cerâmicos tornaram-se disponíveis comercialmente no final de

1980. Superaram as limitações dos braquetes de plástico, uma vez que são mais

duráveis e resistentes a manchas (PROFFIT, 2007). Atualmente é o braquete mais

utilizado em casos que demandam aparelho estético. (SOBREIRA, LORIATO e

OLIVEIRA, 2007). São confeccionados basicamente de alumina e, de acordo com o

processo de fabricação, podem ter dois tipos de composição: policristalina e

monocristalina. Os braquetes de alumina policristalina constituem-se de vários

cristais de óxido de alumínio fusionados a altas temperaturas. São os mais comuns e

populares, pela qualidade de seu material e pela relativa facilidade de produção. Em

15

contra partida, os braquetes de alumina monocristalina são mais caros e seu

processo de produção mais complexo. Cristais individuais são produzidos a partir de

uma massa fundida de óxido de alumínio, a temperaturas mais elevadas que

2100ºC, sendo essa massa vagarosamente esfriada para permitir uma cristalização

controlada. Assim, forma-se um material com menos imperfeições ou impurezas

(SOBREIRA, LORIATO e OLIVEIRA, 2007).

As vantagens e desvantagens dos braquetes de policarbonato e cerâmicos

são discutidas por meio de pesquisas e testes em laboratório, onde as questões

como problemas com descolamento e resistências friccionais são levantadas

(MALTAGLIATI et al., 2006).

As maiores vantagens dos braquetes cerâmicos são sua aparência estética e

sua alta resistência ao desgaste. No entanto, o alto custo, friabilidade, com

conseqüente possibilidade de fraturas, e alta fricção com os fios ortodônticos são as

principais desvantagens destes braquetes (PHILIPS, 1998). A descolagem de

braquetes cerâmicos é uma das etapas preocupante do tratamento para a maior

parte dos ortodontistas e pesquisadores que estudaram esses braquetes

(GWINNETT, 1998).

O deslocamento de braquetes em conseqüência de fatores como falhas na

técnica de colagem, pouca retentividade de determinadas bases de braquetes, ação

da força mastigatória e redução do tamanho das bases dos braquetes por motivos

estéticos, constitui problema rotineiro na clínica ortodôntica e resulta em atrasos no

tratamento e aumento do custo da manutenção do aparelho ortodôntico fixo

(OLIVEIRA et al., 2007).

Na ortodontia existem ensaios mecânicos para avaliar a resistência de união

entre o braquete e o esmalte dentário, dentre esses se destacam o ensaio de

cisalhamento e o de tração. O ensaio de cisalhamento é o mais utilizado, pois é o

que mais se aproxima do que ocorre clinicamente. A obtenção da tensão de

cisalhamento em sistemas utilizados para a colagem de acessórios ortodônticos

depende do paralelismo entre a linha de ação da força e a superfície de união. No

teste de cisalhamento, a força é direcionada paralela ao longo eixo dos dentes e o

mais próximo possível da interface braquete-dente (IANNI et al., 2004). A técnica e o

material de colagem na Ortodontia devem promover adesão suficiente entre os

braquetes e os dentes, para suportar a aplicação de forças durante o tratamento.

Segundo Conceição, 2008, o silano é indispensável para a união da sílica

presente na superfície cerâmica e os grupos metacrilato da resina, aumentando a

durabilidade e a estabilidade da união adesiva. Essa melhora na união está bastante

estabelecia entre coroas metal free e cimentos resinosos (BRENTEL et al., 2007;

CHEONG et al, 2003; ÖZCAN et al., 2003), no entanto, estudos mostram que os

ortodontistas estão aderindo esse tratamento de superfície para melhorar a adesão

dos braquetes cerâmicos ao cimento resinoso (COSTA et al., 2012; FALTERMEIER,

A. & BEHR, M., 2009; ATSU, ÇATALBAS, GELGOR, 2011).

Diante do exposto, esse trabalho justifica-se pela necessidade de avaliar

tratamentos de superfície dos braquetes cerâmicos visando melhorar sua adesão à

resina ortodôntica.

16

2. MATERIAL E MÉTODO

2.1 MATERIAL Os materiais que foram utilizados para a realização dos experimentos estão

apresentados na Quadro 1.

Quadro 1- Descrição do nome comercial, fabricante e lote dos materiais utilizados nos experimentos

MATERIAL

NOME COMERCIAL, FABRICANTE

N

O DO LOTE

Ácido fluorídrico (HF)

Ácido fluorídrico 10% (Dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil)

351111

Silano (Sil)

Dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil 1113254

Resina ortodôntica Concise

3M 350121

Silicone de Adição consistência densa

Elite H-D Putty Soft Normal Setting (Zhermack S.p.A., Rovigo, Itália)

89333

Braquetes metálicos Morelli 991382

Braquetes cerâmicos Morelli 1885285

Jet acrílico autopolimerizável

(líquido) Clássico

060314 240913

Jet acrílico autopolimerizável (pó)

Clássico 130131

2.2 AMOSTRA

A amostra foi composta por corpos de provas confeccionados pelos materiais descritos no quadro 1. Foram confeccionados 10 corpos de prova para cada grupo experimental de acordo com o Quadro 2.

17

Quadro 2 – Grupos de estudo para avaliação da resistência adesiva.

GRUPOS n=10

BRAQUETE RESINA TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DO

BRAQUETE

G1

Metálico morelli, prescrição roth

CONCISE ADESIVO

G2

Cerâmico, morelli CONCISE ADESIVO

G3 Cerâmico, morelli CONCISE HF + SIL + ADESIVO

2.3 CONFECÇÃO DOS CORPOS DE PROVA

Foram confeccionados 30 blocos de resina ortodôntica quimicamente polimerizável CONCISE, em matriz de silicona de adição (4X4X4mm). A inserção da resina foi realizada de acordo com as instruções do fabricante (Figura 1).

Figura 1 - Confecção do bloco de resina: A) Matriz de silicone; B) Inserção do cimento na matriz. Os blocos de resina foram polidos com lixa d’agua de granulações 400, 600 e 1200 (Norton Guarulhos, SP) de modo a não apresentar ranhuras na superfície do cimento, onde seria realizada a colagem do braquete (Figura 2). Em seguida, os blocos foram incluídos em resina acrílica ativada quimicamente com auxílio de um cano de PVC para obtenção de formato compatível ao dispositivo que foi utilizado para o ensaio de cisalhamento. Todos os blocos foram submetidos à remoção de sujidades em aparelho sônico (Vitasonic, Vita Zanhfabrik, Alemanha) por 5 min com água destilada.

18

Figura 2 – Confecção do corpo de prova: A) Bloco de resina ortodôntica concise; B) Bloco incluído na matriz resina acrílica.

Após a retirada dos corpos de prova, estes foram secados com um leve jato de ar com seringa tríplice, onde foi iniciada a colagem dos braquetes.

A colagem iniciou com a aplicação de uma fina camada de adesivo (adesivo do cimento concise), com auxílio de um aplicador descartável (cavibrush, FGM, Joinville). Para os grupos 1 e 2 a resina foi manipulada e a cimentação realizada de acordo com as instrucões do fabricante. A resina, quimicamente polimerizável, foi aplicada com uma espátula para resina e os excessos foram removidos com um extrator nº 5 (SS White). Para o grupo 3 foi realizado o condicionamento da superfície de cimentação do braquete cerâmico com ácido fluorídrico 10% durante 1 min, lavado durante 1 minuto, e seco com um jato de ar e aplicado 2 vezes o agente silano (dentsply) durante 1 minuto, de acordo com o fabricante. Após a aplicação do silano foi realizada a aplicação do adesivo (concise, dentsply) e cimentação no braquete utilizando a resina concise (Figura 3).

Figura 3 – Corpos de prova: A) Braquete metálico (grupo 1); B) Braquete cerâmico (grupo2).

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Os procedimentos de tratamento de superfície e cimentação dos braquetes foram realizados por um único operador, para padronizar a força exercida na união do braquete ao cimento e simular o que ocorre clinicamente. Os corpos de prova ficaram armazenados durante uma semana em recipiente com água destilada, antes da realização dos ensaios, para que não houvesse desidratação, pois os CP que foram transportados para outra cidade.

2.4 ENSAIO DE CISALHAMENTO

As amostras foram submetidas ao teste de cisalhamento na máquina de

ensaio universal (EMIC DL-1000, São Leopoldo Mandic, Campinas, São Paulo,

Brasil) com velocidade de 1 mm/min (Figura 4).

Figura 4 - Máquina de ensaio universao EMIC.

Para o ensaio foi utilizado o dispositivo tipo faca (Odeme Biotechnology,

Joaçaba - SC), conforme figura 5.

Figura 5 – Ensaio de cisalhamento com dispositivo tipo faca.

20

O atuador foi posicionado mais próximo possível da superfície adesiva, para

que as forças fossem exercidas de forma mais paralela possível em relação à

interface aderida. Os corpos de prova foram posicionados de tal forma que o slot do

braquete ficou paralelo à ponta ativa da máquina durante o teste de cisalhamento, e

assim fosse minimizado o fator deformação das aletas do braquete, que poderia

gerar um viés nos resultados.

A resistência de união foi calculada conforme a fórmula R=F/A, onde “R” é a

resistência (MPa), “F” é a carga para ruptura do espécime (N) e “A” a área interfacial

do espécime (mm2). Um software conectado à máquina registrou a força necessária

para a ruptura de cada um dos corpos de prova, que foi registrada em unidades

megapascais (MPa).

2.5 AVALIAÇÃO DO MODO DE FALHA

Todos os espécimes, submetidos aos ensaio, foram analisados com auxilio de uma lupa. As amostras com fraturas representativas de cada grupo estudado foram selecionadas e analisadas por meio de microscópio eletrônico de varredura. As falhas foram classificadas em 4 tipos (DELLA BONA et al, 2003):

adesiva (ADES): fratura na interface entre resina e braquete;

fratura coesiva na resina (COES-res);

fratura coesiva na braquete (COES-bra);

mista (MIST): fratura adesiva combinada com fratura coesiva da resina.

Os grupos foram analisados por meio do teste de Lilifors para avaliação da normalidade e posteriormente pelo teste de variância ANOVA

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme norma da instituição, segue artigo confeccionado para publicação em periódico selecionado: Revista de Odonto Ciência PUCRS.

21

Influência do tratamento de superfície dos braquetes estéticos na resistência de união à resina ortodôntica

AUTORES: Edglei Vergetti de Siqueira Melo. Especialista em Ortodontia. Mestranda

em Pesquisa em Saúde. Departamento de Mestrado Profissional Pesquisa em

Saúde do Centro Universitário CESMAC. [email protected]

Aleska Dias Vanderlei. Doutora em Odontologia Restauradora.

Departamento de Mestrado Profissional Pesquisa em Saúde do Centro Universitário

CESMAC. [email protected]

Marcos Vinícius de Vasconcelos Feitosa Borges. Graduando em

Odontologia. Faculdade de Odontologia do Centro Universitário CESMAC.

Mateus Barros Cavalcante Graduando em Odontologia. Faculdade de

Odontologia do Centro Universitário CESMAC.

22

RESUMO

Introdução: A ortodontia é a especialidade da odontologia responsável pelo

tratamento das más-oclusões e mau posicionamento dentário. Para que a ortodontia

seja eficaz ela depende de um sistema adesivo de qualidade na colagem da

aparatologia ortodôntica fixa. Os braquetes cerâmicos surgiram para melhorar a

estética no tratamento ortodôntico, entretanto a descolagem destes braquetes é a

etapa mais preocupante para a maior parte dos ortodontistas. O ensaio de

cisalhamento é um teste mecânico muito utilizado para avaliação de resistência

entre materiais diferentes, uma vez que se aproximaria da condição real de

distribuição de forças durante a mastigação. Objetivos: Avaliar a influência do

tratamento de superfície dos braquetes na resistência de união à resina ortodôntica,

comparar a resistência de união entre os braquetes metálicos, de cerâmica e o

cerâmico utilizando o agente de união, o silano. Material e Método: Foram

confeccionados 30 (trinta) corpos de prova (CP), divididos nos seguintes grupos: G1,

resina Concise + braquete metálico; G2, resina Concise + braquete cerâmico; G3,

resina concise + silano + braquete cerâmico. As amostras foram submetidas ao teste

de cisalhamneto através de uma máquina de ensaio universal (EMIC DL 1000). Os

dados foram submetidos ao teste de lilifors para análise de normalidade análise de

variância ANOVA. Resultados G1(12,42 + 3,03); G2 9,39 + 4,42; G3 15,51 + 3,03).

Conclusão: O agente de união, silano, aumenta a resistência de cisalhamento

quando utilizado nos braquetes cerâmicos colados em superfície de CRQ.

Palavras chaves: Ortodontia, braquetes, cisalhamento, adesão.

23

Influence of surface treatment of aesthetic brackets on the bond strength to

orthodontic resin

ABSTRACT

Introduction: Orthodontics is the specialty of dentistry responsible for treat

malocclusions and bad tooth position. For orthodontics to be effective it depends on

a quality adhesive system to the fixed orthodontic aparatologia collage. The ceramic

brackets have emerged to improve the aesthetics in orthodontic treatment, however

the take-off of these brackets is the most worrying step for most orthodontists. The

shear test is a test used for mechanical strength evaluation of different materials, as

would be close to the actual condition of distribution of forces during mastication.

Objectives: The objective of this research was to evaluate the influence of surface

treatment of the brackets on the bond strength to resin, compare the bond strength

between the metal brackets, ceramic and ceramic using the bonding agent, the

silane. Methods: Thirty (30) specimens (CP), divided into the following groups were

made: G1, Concise resin+ metal bracket; G2, Concise resin + ceramic bracket; G3,

concise resin + silane + ceramic bracket. The samples were subjected to

cisalhamneto test using a universal testing machine (EMIC DL 1000). Data were

subjected to analysis lilifors test for normality using ANOVA. Results: were G1

(12.42 + 3.03); 9.39 G2 + 4.42; G3 15.51 + 3.03) There was an increase in union in

ceramic brackets when using the silane, such as surface treatment. Conclusion: The

bonding agent, silane, increases resistance to shear when used in ceramic brackets.

DESCRIPTORS: Orthodontics, shear bond, adhesion, brackets.

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INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o grande avanço nas áreas científica e tecnológica trouxe

inúmeros benefícios para a Odontologia, refletiu-se intensamente na Ortodontia.

Pesquisas fizeram surgir novas técnicas e materiais que resultaram no incremento,

aprimoramento e simplificação dos procedimentos clínicos. Desde o início da

utilização de artefatos fixos, havia uma incerteza com relação à fixação e

estabilidade dos acessórios aos dentes. Inicialmente, utilizava-se a bandagem total

da dentição, técnica que apresentava desvantagens práticas e estéticas e que

frequentemente provocava agressão aos tecidos gengivais (1).

Com o objetivo de superar essas características desfavoráveis, foi

desenvolvida a técnica de colagem de braquetes diretamente sobre a superfície

dentária. Os primeiros braquetes utilizados eram confeccionados em aço inoxidável.

Embora não eliminassem a aparência metálica, possuiam excelentes propriedades

mecânicas, boa resistência à corrosão, menor fricção entre o metal do braquete e o

metal do fio ortodôntico e baixo custo de produção (2). Com o passar do tempo, a

estética tornou-se extremamente relevante não apenas no resultado final, mas em

todas as etapas do tratamento ortodôntico. Surgiram então os braquetes estéticos.

A utilização dos braquetes estéticos tem indicação no tratamento ortodôntico

em pacientes adultos, que refutam a colocação de aparelho ortodôntico, pela

aparência indesejável dos braquetes metálicos. Dos materiais que compõem a

ortodontia estética, os braquetes estéticos são os mais viáveis economicamente e

que permitem a realização do procedimento ortodôntico convencional. No entanto é

o material com particularidades e características com as quais o ortodontista deve

25

conhecer para que possa ser utilizado com consciência de suas limitações e os

casos mais indicados para tratamento com o braquete estético (3).

Os braquetes de policarbonato apresentam estética aumentada quando

comparado aos metálicos; no entanto, outras características apresentadas pelos

metálicos deveriam estar presentes nesses braquetes. Dentre essas características

citam-se a resistência à fratura, menor fricção, estabilidade dimensional e resistência

de colagem adequada à superfície dentária (3).

Os braquetes cerâmicos tornaram-se disponíveis comercialmente no final de

1980. Superaram limitações dos braquetes de plástico, uma vez que são mais

duráveis e resistentes a manchas. Atualmente é o braquete mais utilizado em casos

que demandam um aparelho estético. São confeccionados basicamente de alumina

e, de acordo com o processo de fabricação, podem ter dois tipos de composição:

policristalina e monocristalina. Os braquetes de alumina policristalina constituem-se

de vários cristais de óxido de alumínio fusionados a altas temperaturas. São os mais

comuns e populares pela qualidade de seu material e pela relativa facilidade de

produção (4). Em contrapartida, os braquetes de alumina monocristalina são mais

caros e apresenta processo de produção mais complexo. Cristais individuais são

produzidos a partir de uma massa fundida de óxido de alumínio, a temperaturas

mais elevadas que 2100ºC, sendo essa massa vagarosamente esfriada para permitir

uma cristalização controlada. Assim, forma-se um material com menos imperfeições

ou impurezas (4).

As vantagens e desvantagens dos braquetes de policarbonato e cerâmicos

tem sido discutidas por meio de pesquisas e testes em laboratório, levantando

questões como problemas com descolamento e resistências friccionais (3).

26

As maiores vantagens dos braquetes cerâmicos são sua aparência estética e

sua alta resistência ao desgaste. No entanto, o alto custo, friabilidade, com

conseqüente possibilidade de fraturas, e alta fricção com os fios ortodônticos são as

principais desvantagens destes braquetes. A descolagem de braquetes cerâmicos é

uma das etapas preocupantes do tratamento para a maior parte dos ortodontistas e

pesquisadores que estudaram esses braquetes (5).

A queda de braquetes em conseqüência de fatores como falhas na técnica de

colagem, pouca retentividade de determinadas bases de braquetes, ação da força

mastigatória e redução do tamanho das bases dos braquetes por motivos estéticos,

constitui problema rotineiro na clínica ortodôntica e resulta em atrasos no tratamento

e aumento do custo da manutenção do aparelho ortodôntico fixo (6).

Na ortodontia existem ensaios mecânicos para avaliar a resistência de união

entre o braquete e o dente, dentre esses se destacam o ensaio de cisalhamento e o

de tração. O ensaio de cisalhamento é o mais utilizado, pois é o que mais se

aproxima do que ocorre clinicamente. A obtenção da tensão de cisalhamento em

sistemas utilizados para a colagem de acessórios ortodônticos depende do

paralelismo entre a linha de ação da força e a superfície de união. No teste de

cisalhamento, a força é direcionada paralela ao longo eixo dos dentes e o mais

próximo possível da interface braquete-dente (7). A técnica e o material de colagem

na Ortodontia devem promover adesão suficiente entre os braquetes e os dentes,

suportando a aplicação de forças durante o tratamento.

Segundo Conceição (8), o silano é indispensável para a união da sílica

presente na superfície cerâmica e os grupos metacrilato da resina, isso aumenta a

durabilidade e a estabilidade da união adesiva. Essa melhora na união está bastante

estabelecia entre coroas metal free e cimentos resinosos (9), no entanto, estudos

27

mostram que ortodontistas tem aderido esse tratamento de superfície para melhorar

a adesão dos braquetes cerâmicos ao cimento resinoso (10, 11, 12).

Diante do exposto, esse trabalho teve como objetivo avaliar a influência do

tratamento de superfície dos braquetes na resistência de união à resina ortodôntica,

in vitro, mediante a comparação da resistência de união entre os braquetes

metálicos, de cerâmica e o cerâmico com o agente de união silano.

MATERIAL E MÉTODO

Foram confeccionados 30 corpos de prova, divididos em 3 grupos, onde foi

incluído um bloco de cimento CONCISE em um cano PVC com 11 mm de diâmetro

interno, de maneira centralizada, em resina acrílica acrílica. (Figura 1). Em seguida,

os braquetes metálicos e cerâmico (Roth – slot 022 X 0,18) morelli, foram fixado na

superfície do bloco de cimento.

GRUPO 1 : Foi realizada a colocação do resina concise na superfície do

braquete metálico e levada a superfície do bloco de cimento.

GRUPO 2 : Foi realizada a colocação do resina concise na superfície do

braquete cerâmico.

GRUPO 3: Nas superfícies dos braquetes cerâmicos foi realizado um

condicionamento com ácido hidrofluorídrico a 10% por 1 minuto, lavadas por 30

segundos e secas com jato de ar. Em seguida feito a aplicação do silano. Após 2

minutos, foi colocado o resina Concise.

Os corpos de prova ficaram armazenados durante 1 semana em recipiente

com água destilada, antes da realização dos ensaios.

28

Os procedimentos de tratamento de superfície e cimentação dos braquetes

foram realizados por um único operador, para padronizar a força exercida na união

do braquete ao cimento.

As amostras foram submetidas ao teste de cisalhamento na máquina de

ensaio universal (EMIC DL-1000, São Leopoldo Mandic, Campinas, São Paulo,

Brasil) com velocidade de 1 mm/min. Para o ensaio foi utilizado o dispositivo tipo

faca (Odeme Biotechnology, Joaçaba - SC), o qual foi posicionado mais próximo da

superfície adesiva, para que as forças fossem exercidas de forma mais paralela

possível em relação à interface aderida. Os corpos de prova foram posicionados de

tal forma que o slot do braquete ficasse paralelo à ponta ativa da máquina, para que,

durante o teste de cisalhamento, fosse minimizado o fator deformação das aletas do

braquete, que poderia gerar um viés nos resultados.

A resistência de união foi calculada conforme a fórmula R=F/A, onde “R” é a

resistência (MPa), “F” é a carga para ruptura do espécime (N) e “A” a área interfacial

do espécime (mm2). Um software conectado à máquina registrou a força necessária

para a ruptura de cada um dos corpos de prova, e a converteu em megapascais

(MPa).

Todos os espécimes submetidos ao ensaio foram analisados com auxilio de

uma lupa a fim de avaliar o tipo de falha. Amostras com fraturas representativas de

cada grupo estudado foram selecionadas e analisadas por meio de um microscópio

eletrônico de varredura (Shimadzu, modelo SSX550 superscan, metalizados por

uma corrente com alvo de ouro - 10mA durante 10 min (sanyo eléctron modelo Quick

coater SC – 701).

As falhas foram classificadas em 4 tipos (DELLA BONA et al. (13):

1) adesiva (ADES): fratura na interface entre resina e braquete;

29

2) fratura coesiva na resina (COES-res);

3) fratura coesiva na braquete (COES-bra);

4) mista (MIST): fratura adesiva combinada com fratura coesiva da resina.

RESULTADOS

Os grupos foram analisados por meio do teste de Lilifors para avaliação da

normalidade e posteriormente pelo teste de variância ANOVA (Tabela 1), e o pós

teste de Tukey.

Tabela 1: ANOVA

Fonte de variação

entre os grupos

Soma dos

quadrados g 1

Quadrado

média Estatística Valor p

187,278 2 93,63 7,4124 0,0027

A resistência ao cisalhamento foi maior no grupo dos braquetes cerâmicos

associado ao agente de união silano, quando comparado ao braquetes cerâmicos.

Não houve diferença significativa nos grupos metálicos e cerâmico associado ao

silano (Tabela 2).

30

Tabela 2 : Média e Desvio padrão da resistência em Mpa.

Grupos Tratamento de superfície

Média e Desvio Padrão

G1 Metálico 12,43 ± 3,03 (a) G2 Cerâmico 9,39 ± 4,42 (b) G3 Cerâmico + silano 15,51 ± 3,03 (a)

Teste de Tukey (letras iguais representam ausência de diferença estatística)

O Tipo de falha do grupo metálico e cerâmico associado ao silano foi 100%

mista. No grupo cerâmico houve 30% de falha adesiva e 70% de falhas mistas.

(Tabela 3).

Tabela 3: Tipo de falhas

Grupos Falha adesiva

Falha coesiva na resina

Falha coesiva no braquete

Falha mista

Metálico --- --- --- 100%

Cerâmico 30% --- --- 70%

Cerâmico + Silano --- --- --- 100%

Figura 1: Falha mista de braquete cerâmico 20X aumento.

31

Figura 2: falha mista de braquete metálico 20x aumento

Figura 3: falha mista de braquete cerâmico com o silano 20X aumento

DISCUSSÃO

Quando uma investigação científica se propõe avaliar a interação adesiva

entre diferentes substratos, um dos aspectos moduladores diz respeito à geometria

do teste mecânico empregado, de modo que, o mesmo possa expressar realmente a

capacidade de união entre os materiais (14,15).

32

O princípio básico dos testes laboratoriais de resistência adesiva, como tração

e cisalhamento, consistem na aplicação de uma carga em um corpo de prova,

visando gerar tensões na interface entre o substrato e o aderente até que haja o

rompimento dessa união. Para isso é importante que a interface aderida seja a

região mais solicitada, independente, do ensaio empregado (14,15).

O ensaio de cisalhamento é um teste mecânico, muito utilizado na literatura,

indicado para avaliação de resistência entre materiais diferentes, uma vez que se

aproxima da condição real de distribuição de forças durante a mastigação. Estudos

revelam que há diferenças significativas na resistência de união de um ensaio de

tração e um teste de cisalhamento. No entanto, o teste de cisalhamento produz mais

falhas adesivas (16). Pesquisas tem demonstrado que o teste de cisalhamento não

distribui uniformemente as tensões ao longo da interface aderida (13,14).

Na ortodontia existem ensaios mecânicos para avaliar a resistência de união

entre o braquete e o dente, dentre esses se destacam o ensaio de cisalhamento e o

de tração. O ensaio de cisalhamento é o mais utilizado, pois é o que mais se

aproxima do que ocorre clinicamente. A obtenção da tensão de cisalhamento em

sistemas utilizados para a colagem de acessórios ortodônticos depende do

paralelismo entre a linha de ação da força e a superfície de união. No teste de

cisalhamento, a força é direcionada paralela ao longo eixo dos dentes e o mais

próximo possível da interface braquete-dente (7).

Em relação aos braquetes ortodôntico, a força de adesão constitui uma das

principais características a ser analisada. Quando produtos são lançados, os níveis

de força de adesão frequentemente estão entre as principais vantagens anunciadas,

de forma que, a determinação in vitro dessa força continua sendo de grande

importância. A colagem dos braquetes no esmalte tem sido uma questão crítica na

33

ortodontia desde a introdução da colagem direta, sendo extremamente importante a

estabilidade biomecânica da interface braquete/adesivo, a qual transfere ao dente a

força gerada pela ativação do arco. Os ensaios de cisalhamento foram os mais

aplicados para análise de força de adesão, em detrimento dos ensaios de tração.

Dentre as hipóteses para justificar esse achado, destaca-se a idéia de similaridade

que o ensaio de cisalhamento tem com as forças que mais frequentemente resultam

em falhas na adesão de braquetes clinicamente (17). Esses fatores foram

determinantes para que o teste de cisalhamento fosse o escolhido para avaliar a

resistência de união dos braquetes ao cimento resinoso.

No início da popularização dos braquetes estéticos, nos anos 90, devido as

frequentes descolagens nos dentes posteriores, optava-se por utilizar os estes

apenas nos dentes anteriores. Esta opção, que aos olhos dos especialistas, era a

melhor alternativa, gerava problemas na mecânica ortodôntica (3). Acentua-se,

diante deste tipo de problema, a necessidade de melhorar a força de adesão dos

braquetes cerâmicos, para que esta conduta não seja necessária, pois pode resultar

em prejuízo no resultado final do tratamento ortodôntico. Sobreira et al. (4) relata

que a falha durante a colagem gera um grande problema no decorrer do tratamento,

que é a descolagem constante. Isso se dá pela pouca retentividade das bases de

determinados braquetes, e o uso de alguns sistemas adesivos insatisfatórios,

acarretando um aumento do custo e do tempo de tratamento (4). Gwinnett (5) afirma

que a descolagem de braquetes cerâmicos foi, por muitos anos, a etapa mais

preocupante do tratamento para os ortodontistas e pesquisadores que estudavam

este problema. Para tornar a colagem possível era realizado preparo com sílica e

silano na base da maioria dos braquetes, de forma a obter ligação química com a

resina.

34

O sucesso da união entre materiais poliméricos na Ortodontia envolve a

combinação de três fatores básicos: o condicionamento mecânico (retenção

mecânica) ou químico de uma superfície ou a associação de ambos; a escolha

adequada e a correta manipulação dos materiais adesivos e o potencial retentivo

dos acessórios ou braquetes a serem utilizados. O tipo de substrato (esmalte,

cerâmica, compósito, amálgama ou ligas metálicas) e as necessidades clínicas (tipo

de movimentação a ser empregada) são outros aspectos importantes a serem

considerados para determinar os procedimentos necessários, a fim de efetuar-se o

condicionamento da superfície aderente e selecionar o tipo de sistema adesivo a ser

empregado na técnica de colagem (18). Estudos estão sendo desenvolvidos para

melhorar essa ligação, com o tratamento de superfície dos braquetes com o silano.

A força de adesão pode ser afetada pelo tipo de resina utilizada, por

diferentes tempos de condicionamento ácido, pelo tamanho da base do braquete e

pela condição clinica que o dente já se encontra (4). O jateamento da base do

braquete com óxido de alumínio é uma técnica simples, de baixo custo, que

proporciona melhora da retenção devido á formação de micro rugosidades que

aumentam a área de superfície de contato com o sistema adesivo (6). Mondelli e

Feitas (19), ao avaliar diversos tratamentos de superfícies, incluindo o silano,

concluíram que todos melhoraram a adesão da resina composta à base do braquete.

Andrade et al. (20), concluíram que o condicionamento das superfícies dos

braquetes cerâmicos com ácido hidrofluorídrico a 10% por 1 minuto, seguido de

jateamento com óxido de alumínio e posterior aplicação do silano e adesivo, foi

considerado o melhor método para o preparo de superfícies de braquetes cerâmicos

previamente a colagem ortodôntica. Apesar de todos os esforços, esta interface

continua sendo crítica em termos de resistência e durabilidade da ligação no

35

ambiente bucal, o que justifica as constantes pesquisas para melhorar essa força de

união. Para melhorar a união dos braquetes cerâmicos, o tratamento mais viável

quanto à técnica e o custo pode ser o silano.

Atsu et al. (10), avaliaram os efeitos do uso da sílica e do silano quando

aplicados em braquetes metálicos e cerâmicos em recolagens. Não foram

observadas diferenças significativas nesse tratamento na força de adesão ao dente

quando utilizados nos braquetes metálicos, mas aumentou nos braquetes cerâmicos.

Guimarães et al. (21) e Ryu et al. (22) comprovaram que a adesão dos braquetes na

superfície de coroas estéticas e metálicas melhoraram com a utilização do silano.

Os resultados deste estudo corroboraram com os estudos que demonstram que o

silano aumenta a resistência de união do braquete cerâmico ao cimento resinoso.

O braquete ortodôntico deve possuir uma força adesiva que seja suficiente

para suportar forças mastigatórias e a ativação da mecânica utilizada. Sabe-se que a

média da força transmitida para o braquete durante a mastigação descrita por

Reynolds & Fraunhofer (18), é de 5,6 a 7,8 MPA. Apesar da força de resistência dos

braquetes cerâmicos que encontramos ser superior ao preconizado por esses

autores, este valor aumenta significativamente quando utilizamos o silano. (14,29

Mpa, 9,39 Mpa e 15,31 Mpa). O valor de 9,39 Mpa dos braquetes cerâmicos

encontra-se muito próximo ao limite, o que pode não ser suficiente para suportar

impactos maiores da mastigação e da movimentação ortodôntica.

Fleishmann et al. (23) relata que a composição e a morfologia da base dos

braquetes, responsáveis pela adesão do dente por intermédio de um agente de

união, são bastante variadas. Os braquetes podem ser compostos de vários

materiais como aço inoxidável, polímeros, porcelanas, titânio ou até mesmo, pela

combinação destes. Já em relação às propriedades das suas respectivas bases,

36

estas podem apresentar diferentes configurações e desenhos com objetivo de

conferir maior imbricamento do sistema adesivo, aumentando assim a retenção

mecânica. Existem também com substancias químicas incorporadas às suas bases,

com o objetivo de promover união com o sistema adesivo. Estes são conhecidos

como braquetes com sistema de retenção química.

Sobreira et al. (4) sugeriram a colocação de uma base metálica que

aumentasse a retenção mecânica na colagem dos braquetes cerâmicos. Segundo

Fleishmann et al. (23) , onde foi avaliado através de teste de cisalhamento seis tipos

de braquetes quanto a força de adesão, não observaram diferenças estatísticas

entre os grupos. Todos os grupos de braquetes apresentavam malhas retentivas, o

que pode demonstrar que a adesão macromecânica pode ser superior à adesão

química.

As descolagens dos braquetes metálicos se observam em sua maioria na

interface adesivo-braquete, sendo que o compósito permanece aderido à superfície

dentária, já com os acessórios cerâmicos a interface da fratura varia bastante, na

dependência do tipo de retenção na base utilizada e da técnica de colagem aplicada

(24). Nos experimentos da pesquisa o percentual de falhas mistas nos braquetes

metálicos foi de 100%.

A interface da fratura mais favorável para uma descolagem é a

braquete\adesivo, com a retenção do adesivo na superfície do esmalte, pois isto

demonstra que a força coesiva do esmalte foi superior a força de adesão da base do

braquete ao adesivo (23). Nos experimentos utilizamos um bloco de cimento, onde

foi colado o braquete, segundo metodologia de alguns trabalhos como Brunharo et

al. (25), pois é a interface onde ocorre o maior número de descolagens uma vez que

a adesão esmalte/adesivo é comprovadamente mais segura.

37

Com o avanço das pesquisas os cimentos utilizados na ortodontia tem

proporcionado uma adesão suficiente para que o tratamento ortodôntico tenha êxito,

mesmo submetido às forças da mastigação e da movimentação dentária. A adesão

mecânica, através das malhas dos braquetes tem contribuído para melhora na

resistência. De acordo com a literatura e com presente estudo, a força de adesão de

braquetes cerâmico associados ao uso do agente de união, silano, aumentou. Tal

artifício pode ser importante quando, existe recorrência das fraturas de braquetes e

quando paciente apresenta coroas que dificultam a adesão destes dispositivos.

CONCLUSÃO

Os braquetes utilizados nesse trabalho, metálicos e cerâmicos, colados com o

resina ortodôntica CONCISE, apresentaram força de adesão adequada para uso

clínico, acima dos valores mínimos preconizados na literatura.

O uso do agente de união, silano, nos braquetes cerâmicos, proporcionou um

aumento significativo na força de adesão quando comparado ao grupo cerâmico

usado apenas com a resina.

Não houve diferenças significativas entre o grupo metálico e o grupo onde foi

usado braquete cerâmico mais o silano.

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41

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para a eficácia do tratamento ortodôntico, se faz necessário o prévio

conhecimento da relação adesivo-bráquete e adesivo-dente, a fim de promover uma adesão ideal que possibilite as movimentações dentárias necessárias, bem como resista às forças mastigatórias durante todo o tratamento. Tudo isso é considerado no estabelecimento da relação custo benefício e no cálculo do valor da hora de trabalho. Nesse sentido, o tempo despendido para realizar os procedimentos tem grande importância. No caso da ortodontia, a busca por um material adesivo que garanta maior eficácia clínica é um fator que desperta grande interesse para estudos laboratoriais e para uso clínico.

Nesse trabalho, foi constatado que a aplicação do agente de união, silano, no braquete cerâmico melhorou a resistência ao cisalhamento quando comparado ao grupo cerâmico sem esse tratamento. Desta forma, novos estudos devem ser realizados com o uso do silano, para que este possa ser incorporado como protocolo clínico em alguns casos que demandem uma força maior no maior tratamento ortodôntico (casos específicos de mordidas profundas, pacientes com bruxismo, tração de canino, etc).

42

REFERÊNCIAS

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DUTRA, G.A.A., ROCHA,J.M., FR AGA, M.R., VITRAL, R.W.F. Avaliação comparativa in vitro da resistência à força de cisalhamento apresentada pelo braquete cerâmico InVu. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. João pessoa, v.9, n.2, p.173-179, maio\ago, 2009. FALTERMEIER, A.; BEHR, M. Effect of bracket conditioning. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. Germany, v. 135, n. 1, p.12. e1, 12.e5, 2009. FLEISHMANN, L.A.; SOBRAL, M.C. ; SANTOS JR G.C.; HABIB,F. Estudo comparativo de seis braquetes ortodônticos quanto a força de adesão. R Dental Press ortodon. Ortop. Facial, v.13, n.4, p.107-116, jul\ago. 2008. FOWLER, C.S.; SWARTZ M.L.; MOORE, B.K.; RHODES, B.F. Influence of selected variables on adhesion testing. Dent. Mater. v. 8, n.4, p. 265-9, 1992. GUIMARÃES, M.B. et al. Orthodontic bonding to porcelain surface: In vitro shear bond strength. Rev. Odonto ciência.v.27, n.1, p. 47-51, 2012. GWINNETT, A. J. A comparison of shear bond strengths of metal and ceramic brackets. Am. J. Orthod. Dentofacial orthop., St Louis, v. 93, n.4, p. 346-348, IANNI D.F., SILVA T.B.C., SIMPLICIO A.H.M., LOFFREDO L.C.M., RIBEIRO R.P. Avaliação in vitro da força de adesão de materiais de colagem em ortodontia: ensaios mecânicos de cisalhamento. R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial. Maringá, v.9, n.1, p 39-48, 2004. MALTAGLIATI, L.A., FERES R., FIGUEIREDO M.A., SIQUEIRA, D.F. Braquetes estéticos – considerações Clínicas. Rev. Clín. Ortodon. Dental Press. Maringá, v. 5, n. 3, jun./jul. 2006. MONDELLI, A.L.; FREITAS, M.R. Estudo comparativo da Resistência adesiva da interface resin\braquete, sob esforços de cisalhamento, empregando três resinas compostas e três tipos de tratamento na base do braquete. R. Dental Press Ortodon Ortop. Facial. v.12, n.3, p.111-125, maio\jun.2007. OLIVEIRA, M.V.; PITHON, M.M.; RUELLAS, A.C.O.; ROMANO, F.L. Estudo comparativo da resistência ao cisalhamento de braquetes ortodônticos de policarbonato, Ortodontia SPO. V. 40 , n 3, Jul-Set, 2007. ÖZCAN M., VALLITTU P.K.. Effect of surface conditioning methods on the bond strength of luting cement to ceramics. Dent. Mater. v.19,n.8, p. 725-731,2003. PARK, D.M, ROMANO, F.L, PINTOS-SANTOS, A., MARTINS, L.P., NOUER,D.F. Análise da qualidade de adesão de diferentes bases de braquetes metálicos. R. Dental Press ortodont ortop. Facial. v.10, n.1, p. 88-93, jan.fev, 2005. PHILIPS H.W. The Editor’s corner: The Advent of ceramics. J Clin Orthod. v.1, p. 69-70, 1998.

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ANEXO A – NORMAS PARA AUTORES DO PERIÓDICO “REVISTA

DE ODONTO CIÊNCIA DA PUC-RS”

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REVISTA ODONTO CIÊNCIA DA PUC- RS

ISSN 0102-9460 versão impressa ISSN 1980-6523 versión online

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Escopo e política

Sua prioridade é publicar estudos científicos sobre diferentes populações da América Latina e outras regiões em desenvolvimento como parte da iniciativa global de registrar a diversidade multiétnica em saúde bucal e fomentar a equidade em saúde mundialmente. A Revista também busca publicar artigos sobre novos modelos conceituais, tecnologia inovada, procedimentos alternativos para reduzir a carga de doença na população em geral ou em grupos específicos, contribuindo para transferir a ciência para a prática e o desenvolvimento social.

As contribuições nas seguintes categorias serão consideradas pra publicação:

1) artigo de pesquisa original de estudo em ciências odontológicas da área básica, aplicada, epidemiológica ou de educação;

2) artigo de revisão de literatura; e

3) relato de caso.

Os manuscritos submetidos a esta Revista não podem ter sido publicados previamente nem ter sido submetidos a outro periódico simultaneamente.

Processo de Revisão por Pares

A Revista Odonto Ciência (Journal of Dental Science) adota um processo de revisão por pares com cegamento duplo.

Os trabalhos primeiramente aprovados quanto às normas de publicação da revista são submetidos à apreciação de

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mérito científico pelos editores de seção e por, em geral, dois avaliadores ad hoc. Os avaliadores recebem um email de solicitação com o resumo do trabalho e acesso ao sistem a, onde são disponibilizadas as diretrizes de avaliação e campos para digitação/envio do parecer e recomendação. Solicita-se que o avaliador emita o parecer dentro de quatro semanas. Todo o processo editorial pode ser acompanhado on-line pelo autor através do endereço eletrônico da revista. Durante o processo de revisão por pares, os autores e avaliadores não são identificados pela outra parte. A versão de avaliação é um arquivo PDF do manuscrito com a remoção de todo conteúdo que possibilite identificação dos autores, sem prejuízo para a avaliação do manuscrito. Somente são encaminhadas aos avaliadores as contribuições que estejam adequadas às normas da revista. O conselho editorial decide com soberania sobre a conveniência ou não da aceitação do artigo. Os artigos são aceitos levando em consideração originalidade, significância e contribuição científica do trabalho para o conhecimento da área. Os autores cujos trabalhos não forem aceitos recebem a decisão editorial justificada por email. No caso de trabalhos com recomendação dos revisores para realizar modificações, é solicitado ao autor o envio online do manuscrito revisado e de carta ao editor com descrição das alterações e/ou justificativa para não realizar as modificações sugeridas. Esta versão revisada do trabalho é reavaliada pelo conselho editorial. Caso os autores não retornem o trabalho enviado para revisão dentro de três meses, a revista informa que a data de recebimento será atualizada; os autores são contatados para verificar se há interesse em ressubmeter uma versão modificada de seu manuscrito.

Política de Acesso Aberto

A Revista usa o software Open Journal Systems 2.1.1.0, o qual é um software de acesso aberto para gerenciamento e publicação, desenvolvido, suportado e distribuído gratuitamente pelo Public Knowledge Project sob a licença pública geral GNU.

Informações adicionais podem ser obtidas no site do Public Knowledge Project.

Declaração de Conflito de Interesses

Há conflito de interesses quando um autor (ou a instituição do autor), revisor ou editor tem relações financeiras ou pessoais que influenciem de forma inapropriada (viés)

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suas ações.

Quando houver algum relacionamento entre os autores e entidade pública ou provada que pode acarretar algum conflito de interesses, esta possibilidade deve ser declarada na página título do manuscrito e na carta de submissão ao editor.

Se não houver conflito de interesses, o autor deve assim declarar (por exemplo: "Eu declaro que não tenho nenhum interesse comercial ou associativo que represente conflito de interesses em conexão ao trabalho submetido").

Todos os autores devem fornecer o ICMJE Form for Disclosure of Potential Conflicts of Interest e devem preencher um formulário padrão disponível do site: http://www.icmje.org/coi_disclosure.pdf

Este formulário deve ser enviado via sistema online durante a submissão do manuscrito como um arquivo suplementar (um para cada autor).

Os revisores também devem enviar uma Declaração de Conflito de Interesses quando avaliarem uma submissão.

Informações adicionais sobre declaração de potencial conflito de interesses conforme os Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals - ICMJE podem ser encontrados no site: http://www.icmje.org

Aviso de Direitos Autorais

Os direitos autorais para artigos publicados nesta revista são dos autores, com os direitos de primeira publicação para a Revista Odonto Ciência (Journal of Dental Science). Todo conteúdo da revista, com exceção de casos especificamente declarados, é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 3.0 Unported License. Devido à política de acesso aberto da Revista, todos os artigos são gratuitos e livres para uso, com atribuição apropriada, para fins educacionais e não-comerciais.

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Forma e preparação de manuscritos

Normas aos Autores

INSTRUÇÕES GERAIS

1. O manuscrito deve ser escrito em Inglês (EUA) ou português (Brasil) em uma forma clara, concisa e objetiva. Manuscrito aceitos e escritos em português devem ser traduzidos para o idioma inglês antes da publicação.

2. O texto deve ser escrito em arquivo Word for Windows (doc ou rtf), usando fonte Arial 12, página A4, espaço duplo e margens de 3 cm. A extensão do manuscrito é limitada a 15 páginas, excluindo-se referências, tabelas e figuras.

3. O número de tabelas e figuras não deve exceder um total de seis itens (exemplo: duas tabelas e quatro figuras).

4. As unidades de medida devem seguir o Sistema Internacional de Medidas.

5. Todas as abreviaturas devem ser definidas na primeira citação, sendo escritas por extenso.

6. Na primeira citação de marcas comerciais, o nome do fabricante e sua localização devem ser escritas entre parênteses (cidade, estado, país).

ESTRUTURA DO MANUSCRITO

1. Página título

1.1 Título: escrito em inglês e em português.

1.2 Autor(es): Nome complete, título, principal atividade (professor assistente, professor associado, professor titular, aluno de pós-graduação, pesquisador), afiliação (instituição ou clínica privada, departamento ou curso de pós-graduação, cidade, estado e país) e e-mail.

O número de autores deve ser limitado a seis, exceto em casos de estudos multicêntricos ou similares.

1.3 Autor correspondente: nome, endereço complete postal e eletrônico (e-mail) e telefone.

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1.4 Em caso de qualquer relacionamento entre os autores e entidades pública ou privada que possa resultar em conflito de interesses, esta possibilidade deve ser declarada.

Observação: A página título será removida do arquivo submetido antes da conversão em formato PDF para ser enviado à revisão por pares.

2. Resumo estruturado e palavras-chave (em inglês e em português)

2.1 Resumo: máximo de 200 palavras, escrito em inglês e em português.

O resumo deve ser estruturado com as seguintes divisões:

- Artigo Original: Objetivo, Metodologia, Resultados e Conclusão.

- Relato de Caso: Objetivo, Descrição do(s) Caso(s) e Conclusão.

- Revisão de Literatura: o formato estruturado do artigo original pode ser seguido, mas não é mandatório.

2.2 Palavras-chave (em inglês: Key words): máximo de seis palavras-chave, preferentemente da lista de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da BIREME ou do Medical Subject Headings da U.S. National Library of Medicine.

3. Texto

3.1 Artigo original de pesquisa: deve apresentar as seguintes divisões: Introdução, Metodologia (ou Casuística), Resultados, Discussão e Conclusão.

- Introdução: deve ser objetiva e apresentar o problema, justificar o trabalho e fornecer dados da literatura pertinentes ao estudo. Ao final deve apresentar o(s) objetivo(s) e/ou hipótese(s) do trabalho.

- Metodologia (ou Casuística): deve descrever em

sequência lógica a população/amostra ou espécimes, as variáveis e os procedimentos do estudo com detalhamento suficiente para sua replicação. Métodos já publicados e consagrados na literatura devem ser brevemente descritos e a referência original deve ser citada. Caso o estudo tenha análise estatística, esta deve ser descrita ao final da

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seção.

IMPORTANTE:

Todo trabalho de pesquisa que envolva estudo com seres humanos deverá citar no início desta seção que o protocolo de pesquisa foi aprovado pela comissão de ética da instituição e está registrado no SISNEP, de acordo com os requisitos nacionais e a Declaração de Helsinki. O número de registro do projeto de pesquisa no SISNEP/Ministério da Saúde ou o documento de aprovação de Comissão de Ética equivalente internacionalmente deve ser enviado como arquivo suplementar na submissão on-line (obrigatório). De forma similar, estudos com outros animais devem ser aprovados pelo comitê institucional competente e o documento de aprovação do protocolo de pesquisa deve ser enviado como documento suplementar.

- Resultados: devem ser escritos no texto de forma direta, sem interpretação subjetiva. Os resultados apresentados em tabelas e figuras não devem ser repetidos no texto.

- Discussão: deve apresentar a interpretação dos resultados e o contraste com a literatura, o relato de inconsistências e limitações e sugestões para futuros estudos, bem como a aplicação prática e/ou relevância dos resultados. As inferências, deduções e conclusões devem ser limitadas aos achados do estudo (generalização conservadora).

- Conclusões: devem ser apoiadas pelos objetivos e resultados.

3.2 Relatos de caso: Devem ser divididos em: Introdução, Descrição do(s) Caso(s) e Discussão.

4. Agradecimentos: Devem ser breves e objetivos, a pessoas ou instituições que contribuíram significativamente para o estudo, mas que não tenham preenchido os critérios de autoria. O apoio financeiro de organização de apoio de fomento e o número do processo devem ser mencionados nesta seção.

5. Referências: Deverão respeitar as normas do International Committee of Medical Journals Editors (Vancouver Group), disponível no seguinte endereço eletrônico: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html.

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5.1 As referências devem ser numeradas por ordem de aparecimento no texto e citadas entre parênteses: (1), (3,5,8), (10-15). Em citações diretas no texto, para artigos com dois autores citam-se os dois nomes. Ex: "De acordo com Santos e Silva (1)...". Para artigos com três ou mais autores, cita-se o primeiro autor seguido de "et al.". Ex: "Silva et al. (2) observaram...".

5.2 Citar, no máximo, 25 referências para artigos de pesquisa, 10 para relato de caso e 50 para revisão de literatura.

5.3 A lista de referências deve ser escrita em espaço

duplo, em sequência numérica. A referência deverá ser completa, incluindo o nome de todos os autores (até seis), seguido de "et al.".

5.4 As abreviaturas dos títulos dos periódicos internacionais citados deverão estar de acordo com o Index Medicus/ MEDLINE e para os títulos nacionais com LILACS e BBO.

5.5 O estilo e pontuação das referências devem seguir o formato indicado abaixo

Artigos em periódicos:

Wenzel A, Fejerskov O. Validity of diagnosis of questionable caries lesions in occlusal surfaces of extracted third molars. Caries Res 1992;26:188-93.

Artigo em periódicos em meio eletrônico:

Baljoon M, Natto S, Bergstrom J. Long-term effect of smoking on vertical periodontal bone loss. J Clin Periodontol [serial on the Internet]. 2005 Jul [cited 2006 June 12];32(7):789-97. Available from: http://www.blackwell-synergy.com/doi/abs/10.1111/j.1600-051X.2005.00765.x

Livro:

Paiva JG, Antoniazzi JH. Endodontia: bases para a prática clínica. 2.ed. São Paulo: Artes Médicas; 1988.

Capítulo de Livro:

Basbaum AI, Jessel TM, The perception of pain. In: Kandel ER, Schwartz JH, Jessel TM. Principles of neural science.

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New York: McGraw Hill; 2000. p. 472-91.

Dissertações e Teses:

Polido WD. A avaliação das alterações ósseas ao redor de implantes dentários durante o período de osseointegração através da radiografia digital direta [tese]. Porto Alegre (RS): Faculdade de Odontologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 1997.

Documento eletrônico:

Ueki N, Higashino K, Ortiz-Hidalgo CM. Histopathology [monograph online]. Houston: Addison Boocks; 1998. [Acesso em jan. 27]. Disponível em http://www.list.com/dentistry.

Observações: A exatidão das citações e referências é de responsabilidade dos autores. Não incluir resumos/abstracts, comunicações pessoais e materiais bibliográficos sem data de publicação na lista de referências.

10. Tabelas: As tabelas devem ser construídas com o menu "Tabela" do programa Word for Windows, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos na ordem de citação no texto (exemplo: Tabela 1, Tabela 2, etc) e inseridas em folhas separadas após a lista de referências. O título deve explicativo e conciso, digitado em espaço duplo na parte superior da tabela. Todas as explicações devem ser apresentadas em notas de rodapé,

identificadas pelos seguintes símbolos, nesta sequência: *,†, ‡, §, ||,,**,††,‡‡. Não sublinhar ou desenhar linhas dentro das tabelas, nem usar espaços para separar colunas. Não usar espaço em qualquer lado do símbolo .

11. Figuras: As ilustrações (fotografias, gráficos, desenhos, quadros, etc) serão consideradas como figuras. Devem ser limitadas ao mínimo indispensáveis e numeradas consecutivamente em algarismos arábicos segundo a ordem em que são citadas no texto (exemplo: Figura 1, Figura 2, etc). As figuras deverão ser inseridas ao final do manuscrito, após a lista das legendas correspondentes digitadas em uma página única. Todas as explicações devem ser apresentadas nas legendas, inclusive as abreviaturas existentes na figura.

11.1 As fotografias e imagens digitalizadas deverão ser coloridas, em formato tif, gif ou jpg, com resolução mínima

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de 300dpi e 8 cm de largura.

11.2 Letras e marcas de identificação devem ser claras e definidas. Áreas críticas de radiografias e microfotografias devem estar isoladas e/ou demarcadas. Microfotografias devem apresentar escalas internas e setas que contrastem com o fundo.

11.3 Partes separadas de uma mesma figura devem ser legendadas com A, B, C, etc. Figuras simples e grupos de figuras não devem exceder, respectivamente, 8 cm e 16 cm de largura.

11.4 As fotografias clínicas não devem permitir a identificação do paciente. Caso exista a possibilidade de identificação, é obrigatório o envio de documento escrito fornecendo consentimento livre e esclarecido para a publicação.

11.5 Figuras reproduzidas de outras fontes já publicadas devem indicar esta condição na legenda, e devem ser acompanhadas por uma carta de permissão do detentor dos direitos.

AUTORIA E CO-AUTORIA

A Revista Odonto Ciencia (Journal of Dental Science) adota os ICMJE Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Ethical Considerations in the Conduct and Reporting of Research: Authorship and Contributorship:

"O crédito de autoria deve ser baseado em 1) contribuições substanciais de concepção e desenho, aquisição de dados ou análise e interpretação de dados; 2) redação inicial de manuscrito ou sua revisão crítica de conteúdo intelectual importante; e 3) aprovação final da versão a ser publicada. Os autores devem preencher as condições 1, 2 e 3.

Quando um grupo grande, multicêntrico realizou o trabalho, o grupo deve identificar os indivíduos que aceitaram a responsabilidade direta do manuscrito (3). Estes indivíduos devem preencher todos os critérios de autoria/co-autoria definidos acima, e os editores solicitará que preencham formulário específicos de declaração de conflito de interesses. Quando o manuscrito submetido tem autoria de um grupo, o autor correspondente deve

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claramente indicar a citação preferida e identificar todos os indivíduos que são autores, bem como o nome do grupo. Por favor, liste outros membros do grupo na seção de Agradecimentos.

A obtenção de financiamento, coleta de dados ou supervisão geral do grupo de Pesquisa não constituem estado de autoria.

Todas as pessoas designadas como autores devem estar qualificadas como autores e devem ser listadas.

Cada autor deve ter participação suficiente no trabalho para ter responsabilidade pública de partes apropriadas do conteúdo."

TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS

A submissão de originais à Revista Odonto Ciência (Journal of Dental Science) implica na transferência de direitos autorais da publicação impressa e digital. Os direitos autorais dos artigos publicados neste periódico são dos autores, com os direitos de primeira publicação concedidos à Revista Odonto Ciência (Journal of Dental Science). Todo conteúdo da Revista, exceto quando indicado, está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 3.0 Unported License. Como a Revista adora uma política de acesso aberto, os artigos são gratuitos para uso, com adequada citação, em materiais e ambientes acadêmicos e não-comerciais.

DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSE

Quando há alguma relação entre autores e alguma entidade pública ou privada que possa ocasionar qualquer conflito de interesses, esta possibilidade deve ser informada na página título do manuscrito e na carta de submissão. Se não houver quaisquer conflitos de interesses, o autor deve afirmar isso por escrito (por exemplo: "Eu declaro que eu não tenho nenhum interesse que representa conflito de interesses em conexão com o trabalho submetido").

Todos os autores devem fornecer uma Declaração de conflito de Interesses e completar um formulário padrão, o

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qual está disponível no site do ICMJE Form for Disclosure of Potential Conflicts of Interest.

Este formulário deve ser inserido com o manuscrito na submissão como um arquivo suplementar (um para cada autor).

REGISTRO DE ENSAIO CLÍNICO

A Revista Odonto Ciência (Journal of Dental Science) apóia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e a divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Portanto, artigos sobre ensaios clínicos devem receber um número de identificação de um dos registros de Ensaios clínicos validados pelos critérios estabelecidos pelo ICMJE e a OMS:

ClinicalTrials.gov

WHO International Clinical Trials Registry Platform (ICTRP)

O número de identificação deve ser citado ao final do resumo.

DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

"Os pacientes têm direito à privacidade que não deve ser violada sem o consentimento livre e esclarecido do paciente. Informações de identificação, incluindo nomes, iniciais ou número de registros médicos e hospitalares não devem ser publicações em descrições no texto, fotografias ou marcas, a menos que a informação seja essencial para objetivos científicos e o paciente (ou pais ou responsáveis legais) dê consentimento por escrito para publicação. O consentimento livre e esclarecido para este caso requer que o manuscrito a ser publicado seja mostrado ao paciente identificável. Os autores devem informar ao paciente sempre que qualquer material potencialmente identificável possa ser disponibilizado na Internet, bem

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como na forma impressa após publicação.

Detalhes de identificação não essenciais devem ser omitidos. O consentimento livre e esclarecido deve ser obtido se houve alguma dúvida que o anonimato possa ser mantido. Por exemplo, mascarar a região dos olhos em fotografias é uma forma de proteção de anonimato inadequada. Se características de identificação forem alteradas para proteger o anonimato, tais como em pedigrees genéticos, os autores devem fornecer provas, e os editores devem observá-las, que tais alterações não distorcem o significado científico.

Quando o consentimento livre e esclarecido foi obtido, ele deve ser indicado no artigo publicado."

Fonte: International Committee of Medical Journal Editors ("Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals") - 2009

ENVIO DE MANUSCRITOS

Todos os manuscritos devem ser submetidos através do sistema online de submissão no site:

http://revistaseletronicas.pucrs.br/fo/ojs/index.php/fo

Em caso de extrema dificuldade para submissão online, os manuscritos podem ser encaminhados como anexos de email para a equipe editorial:

[email protected]

SUBMISSÕES QUE NÃO PREENCHEREM OS REQUISITOS SERÃO DEVOLVIDAS PELA EQUIPE EDITORIAL

Checklist para Submissão de Manuscrito

No processo de submissão os autores devem verificar se o seu trabalho está de acordo com os seguintes itens abaixo. O manuscrito não será avaliado caso os autores não tenham seguido às diretrizes da submissão.

Carta de submissão: deve ser assinada por todos os autores, que se responsabilizam pelo conteúdo original do

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trabalho. Deve conter uma declaração de transferência de direitos autorais em caso de aceite do trabalho para publicação, bem como existência ou não de conflito de interesses.

Manuscrito formatado de acordo com as Instruções aos Autores, disponíveis na seção "Sobre" da Revista. As submissões em desacordo com as normas serão devolvidas.

Os arquivos de texto do mansucrito foram escritos no programa Microsoft Word.

Documento principal (manuscrito): O texto está digitado em espaço duplo, em fonte Arial 12, com tabelas, lista de legendas de figuras e figuras inclusas ao final do manuscrito.

Todos os endereços URL no texto estão ativos (e.g., http://pkp.ubc.ca).

O registro do projeto de pesquisa de estudo em humanos no SISNEP ou documento equivalente, quando apropriado, é envaido como arquivo suplementar.

Os arquivos individuais das figuras são formato TIF ou JPEG em alta resolução (mínimo de 300 dpi) e são enviados individualmente como arquivos suplementares.

Todos os autores devem fornecer uma declaração de conflito de interesses (ICMJE Form for Disclosure of Potential Conflicts of Interest) disponível no site http://www.icmje.org/coi_disclosure.pdf. Este formulário deve ser inserido no sistema online como arquivo suplementar (um para cada autor).

Envio de manuscritos

Submissão de Manuscrito

Todos os manuscritos devem ser submetidos através do sistema de submissão Online em nosso website:

http://revistaseletronicas.pucrs.br/fo/ojs/index.php/fo

Em casos de extrema dificuldade para submeter o manuscrito pelo sistema online, os arquivos do trabalho

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podem ser enviados como anexos a um email para o escritório editorial:

[email protected]

O cadastramento e o login no sistema online são necessários para submeter trabalhos pela internet e para checar o status de submissões realizadas.

Edipucrs Avenida Ipiranga, 6681 - Prédio 6 90619-900 Porto Alegre - RS - Brasil Tel.: +55 51 3320 3562 [email protected]