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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
DOUGLAS MAGALHÃES DE ARAUJO
A UTILIZAÇÃO DO AÇO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ESTRUTURAS METÁLICAS
MACEIÓ - ALAGOAS2019.1
DOUGLAS MAGALHÃES DE ARAUJO
A UTILIZAÇÃO DO AÇO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ESTRUTURAS METÁLICAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de engenharia civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Daniel Almeida.
MACEIÓ – ALAGOAS2019.1
RESUMO
O sistema construtivo em aço proporciona propriedades distintas que precisam ser consideradas durante a fase de projeto. Enquanto nas estruturas convencionais a precisão é medida em centímetros, em uma estrutura de aço a unidade adotada é o milímetro. Isso garante uma estrutura impecavelmente aprumada e nivelada, facilitando atividades como o assentamento de esquadrias e a instalação de elevadores, com diminuição no custo dos materiais de revestimento. O sistema construtivo em aço é perfeitamente compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto vertical como horizontal, admitindo desde os mais convencionais (tijolos e blocos, lajes moldadas “in loco”) até componentes pré-fabricados (lajes e painéis de concreto, painéis “dry-wall, etc.). Como a estrutura em aço é totalmente pré-fabricada, há uma melhor organização do canteiro devido à ausência de grandes depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens, reduzindo também o inevitável desperdício desses materiais. O ambiente limpo com menor geração de entulho oferece ainda melhores condições de segurança ao trabalhador, contribuindo para a redução dos acidentes na obra. Lembrando também da preservação do meio ambiente.
PALAVRAS-CHAVES: Aço. Estrutura. Metálica. Construção. Sustentável.
ABSTRACT
The steel construction system provides distinct properties that need to be considered during the design phase. While in conventional structures precision is measured in centimeters, in a steel structure the unit adopted is mm. This guarantees an impeccably level and upright structure, facilitating activities such as framing and elevators, with a reduction in the cost of coating materials. The steel construction system is perfectly compatible with any type of closing material, both vertical and horizontal, from the most conventional (bricks and blocks, in-situ molded slabs) to prefabricated components (slabs and concrete panels, dry-wall panels, etc.). Because the steel structure is completely prefabricated, there is better organization of the site due to the absence of large deposits of sand, gravel, cement, wood and iron, and also the inevitable waste of these materials. The clean environment with less generation of rubbish offers still better conditions of safety to the worker, contributing to the reduction of the accidents in the work. Remembering also the preservation of the environment.
KEYWORDS: Steel. Structure. Metal. Construction. Sustainable.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................101.1 HISTÓRIA............................................................................................................101.2 VANTAGENS DO USO DAS ESTRUTURAS DE AÇO.......................................111.3 AÇOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL................................................................122. OBJETIVOS...........................................................................................................122.1 GERAL.................................................................................................................122.2 ESPECÍFICOS.....................................................................................................123. METODOLOGIA....................................................................................................134. PROPRIEDADES DO AÇO...................................................................................135. SISTEMA STEEL FRAME – ESTRUTURA FORMADA POR PERFIS LEVES....135.1 PAINÉIS...............................................................................................................135.1.1 Rigidez do painel..............................................................................................145.2 COBERTURAS....................................................................................................145.2.1 Cobertura com mais de duas águas.................................................................145.2.2 Rigidez da cobertura.........................................................................................155.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS..................................................156. COBERTURA........................................................................................................166.1 TESOURAS.........................................................................................................166.2 TERÇAS..............................................................................................................177. PERFIS EM AÇO...................................................................................................177.1 PERFIS SOLDADOS...........................................................................................177.1.1 Classificação.....................................................................................................117.2 PROCESSO DE FABRICAÇÃO..........................................................................128. CORROSÃO..........................................................................................................188.1 O QUE É A CORROSÃO?...................................................................................188.1.1 Meios corrosivos...............................................................................................188.1.2 Proteção contra corrosão..................................................................................188.2 CRITÉRIO DO PROJETO...................................................................................198.2.1 Frestas e espaços estreitos..............................................................................198.2.2 Retenção de água.............................................................................................209. PEÇAS DE AÇO PARA EDIFICAÇÃO.................................................................219.1 LAJE E VIGAMENTOS........................................................................................239.2 SISTEMAS DE CONTRAVENTO........................................................................239.3 TIPOLOGIA ESTRUTURAL.................................................................................2410. ANÁLISE COMPARATIVA DE VIABILIDADE ENTRE ESTRUTURAS METÁLICAS E ESTRUTURAS DE CONCRETO......................................................2511. CONCLUSÃO......................................................................................................27REFERÊNCIAS.........................................................................................................28
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Cobertura com mais de duas águas
Figura 2 – Contraventamento lateral
Figura 3 – Contraventamento em “X”
Figura 4 – Tipos de tesoura
Figura 5 – Frestas e como evita
Figura 6 – Situações ruins e como melhorar
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1 INTRODUÇÃO
O aço tem sido usado na construção como forma de aumentar a
produtividade, com menos desperdícios, mais rapidez de execução, menos mão
de obra, o que indiretamente reduz o custo/benefício. Com isso o aço ganha
cada vez mais espaço, não só em construções de galpões, como também em
construções residenciais. (RODRIGUES, 2006). As propriedades do aço são de
essencial importância no ramo de estruturas metálicas, pois o projeto e a
execução são baseados nelas. Dentre outras, as principais propriedades do aço
são a dureza, a superfície do material que oferece resistência à penetração de
uma peça com dureza maior. Analisar o aço é relevante nas operações de
estampagem de chapas. E a ductilidade, que é a capacidade que o material tem
de ser deformado sob ação de uma carga antes de romper-se, são avisos
podendo evitar acidentes na construção. (FERRAZ, 2003)
Os empreendedores encontram-se resistentes ao uso das construções
metálicas, por razões culturais, ou muitas vezes, pelo desconhecimento das
suas características e vantagens, levando em consideração apenas o valor
financeiro. Apesar de o Brasil ser um dos maiores fabricantes mundiais de aço, o
emprego de estruturas metálicas em edificações tem sido pouco significativo, se
comparado ao potencial da indústria brasileira. (PINHO, 2015).
1.1 História
Desde o século XVIII, quando aparecera as primeiras estruturas metálicas na
construção civil, o aço tem transformado a vida de arquitetos, engenheiros e
construtores, permitindo soluções arrojadas, eficientes e de alta qualidade.
O aço sempre esteve associado a ideia de modernidade e inovação, traduzida
em obras de grande expressão. A redução do tempo de construção, racionalização
no uso de materiais, a mão-de-obra e aumento da produtividade passaram a ser
fatores chaves para o sucesso de qualquer obra.
A competitividade da construção tem possibilitado a utilização do aço em
obras como: edifícios de escritórios e apartamentos, residências, habitações
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populares, pontes, passarelas, viadutos, galpões, supermercados, shopping centers,
lojas, postos de gasolina, aeroportos, torres de transmissão, etc.
1.2 Vantagens do uso das estruturas de aço
O aço, com suas características peculiares, permitiu um admirável avanço em
soluções de arquitetura além de adaptar diversas vantagens como elemento
construtivo em relação ao concreto, podendo ser citadas:
a) Canteiro de obras
A exoneração de escoramento, a efetivação imediata de várias lajes e o
manejo de materiais diversos reduzem a área necessária ao canteiro de obras,
proporcionando um ambiente prezado, com pouca geração de entulho, impedindo
gastos adjuntos a sua remoção e desordens nas vias urbanas. As boas condições
do canteiro proporcionam, também, melhores condições de segurança ao
trabalhador.
b) Conforto das fundações
A maior resistência do aço admite a realização de um projeto mais leve,
garantindo uma grande diminuição nos custos com fundações.
c) Diminuição do tempo de construção
A diminuição do tempo de construção é adquirida através de múltiplos fatores,
como a produção da estrutura, com a execução dos subsídios de passagem e de
amarração de utilidades elétricas e hidráulicas, a facilitação do escoramento, a
isenção do uso de fôrmas e a possibilidade de abertura de maior número de frentes
de serviços. Além do mais, a construção em estrutura metálica não é afetada por
condições climáticas, como o acontecimento de chuvas.
d) Maior espaço útil
A estrutura metálica admite o emprego de pilares de menos seção, de vigas
com menor altura e maiores vãos livres (reduzindo o número de pilares), com
consequente acréscimo do espaço útil da construção.
e) Qualidade da obra
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O maior alcance de industrialização da estrutura metálica, além de
proporcionar uma consequência perfeita na disposição da construção, oferece
também a garantia dos materiais serem antecipadamente testados, oferecendo um
alto grau de garantia no seu uso.
1.3 Aços para a construção civil
Os aços fabricados para a construção civil podem ser divididos em dois
conjuntos:
a) Com fins estruturais
Propostos sobretudo a produção de perfis soldados, perfis laminados, perfis
com chapa dobrada e eletro soldados (colunas e vigas) e perfis leves para o sistema
Steel Frame.
b) Sem fins estruturais
Propostos a produção de telhas, tapamentos laterais, esquadrias e tubos para
estruturas especiais.
Posto isto, este trabalho tem o objetivo de avaliar a importância do aço na
construção civil, tanto que este tema se fez necessário nos dias presentes por se
tratar de uma tecnologia em ascensão e através dela se pode construir edificações
cada vez mais arrojadas e econômica e tecnologicamente viáveis.
2 OBJETIVOS
2.1 GeralO objetivo deste estudo é apresentar a importância e as vantagens da
utilização da estrutura metálica em toda a construção civil, principalmente, em
uma alternativa à elementos convencionais como o concreto.
2.2 EspecíficosOs objetivos específicos deste estudo é explicitar a praticidade que a
utilização da estrutura metálica causa na construção civil, sendo elas
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pequenas ou grandes, tipos de estruturas e comparativo com a estrutura de
concreto armado.
3 METODOLOGIAEste estudo foi executado através de pesquisa bibliográfica do tipo exploratória e
descritiva. Também foi feito estudo de análise comparativa entre estrutura
metálica e estrutura de concreto armado utilizando-se de pesquisas.
4 PROPRIEDADES DOS AÇOS
Do ponto de vista de suas aplicações, os aços podem ser classificados em
diversas categorias, cada qual com suas características (CHIAVERINI, 1996).
Por exemplo, dos aços para estruturas são requeridas propriedades de boa
ductilidade, homogeneidade e soldabilidade, além de elevada relação entre a tensão
resistente e a de escoamento. A resistência à corrosão é também importante só
sendo, entretanto, alcançada com pequenas adições de cobre. Para atender a estes
requisitos, utilizam-se, em estruturas os aços-carbono e os aços em baixo teor de
liga ou micro ligado, ambos com baixo e médio teores de carbono. A elevada
resistência
de alguns aços estruturais é obtida por processos de conformação ou tratamentos
térmicos. Portanto, é valido lembrar detalhadamente outras propriedades de grande
importância no âmbito da construção civil como:
DUCTILIDADE - Nessa propriedade os aços dúcteis, quando sujeitos a
tensões
locais elevadas, sofrem deformações plásticas capazes de redistribuir as tensões;
FRAGILIDADE - Os aços podem se tornar frágeis pela ação de diversos
agentes:baixas temperaturas ambientes, efeitos térmicos locais causados, por
exemplo, por solda elétrica etc.
5 SISTEMA STEEL FRAME – ESTRUTURA FORMADA POR PERFIS LEVES
5.1 Painéis
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Light Steel Frame (LSF) é um sistema construtivo adequado a edificações
leves, cujos elementos são painéis reticulados constituídos por perfis de aço
desenvolvidos a frio com revestimento metálico.
Estes painéis se estabelecem nas paredes da edificação e podem ser
estruturais ou meramente de vedação. Os painéis estruturais fazem a função dos
pilares e das vigas, de forma análoga ao sistema de alvenaria estrutural. Os painéis
não estruturais ou de vedação somente fazem o papel das paredes ou divisórias
(BELLEI, 2011).
5.1.1 Rigidez do painel
a) Contraventamento: promove a estabilidade do edifício.
Os contraventamentos são feitos, de uma maneira geral, com chapas de
modo que os tamanhos são definidos pelo cálculo estrutural.
b) Bloqueador e fita: promove a estabilidade dos elementos do painel.
Promovem a estabilidade dos elementos componentes do painel. O
bloqueador é alojado nos cantos, formando um conjunto rígido, esta rigidez é
transmitida ao restante dos montantes pela fita.
5.2 Coberturas5.2.1 Cobertura com mais de duas águas
Figura 01 - Cobertura com mais de duas águas.Fonte: http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/ver_imagem.php?id_imagem=11280
5.2.2 Rigidez da cobertura
A estabilização da estrutura é obtida através de:
a) contraventamento lateral
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Figura 2 – Contraventamento lateral.Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
b) contraventamento em “X”
Figura 3 – Contraventamento em “X”.Fonte: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/112/imagens/artigo9_60.jpg
O número de travamentos longitudinais e/ou contraventamentos deve ser
definido no cálculo.
5.3 Instalações elétricas e hidráulicas
As tubulações, de um caráter geral, passam pelos furos estampados nos
montantes. Durante a instalação carece de adotar os devidos cuidados para que os
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orifícios dos perfis permaneçam corretos. Para impedir o contato dos tubos com os
montantes deve-se alocar um protetor de polietileno na borda dos furos.
As caixas necessitam ser fixadas em perfis “U” que, por sua vez, ficarão
fixados nos montantes (BELLEI, 2011).
6 COBERTURA
6.1 Tesouras
Independente do material a ser usado na execução de estruturas tipo tesoura,
os entendimentos estruturais são definidos pelas obrigações arquitetônicas do
projeto e das dimensões da estrutura solicitada, onde se pode ter os desenhos
conforme Figura 4.
Figura 4 – Tipos de tesouras.http://wwwo.metalica.com.br/images/stories/Id3243/coberturas-12.jpg
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6.2 Terças
As terças são barras que se apoiam nas tesouras, da estrutura de uma
edificação e servem de apoio direto para as telhas da cobertura ou do fechamento
lateral (SALGADO, 2014).
Os tipos de ancoragem de telhas mais usados são os parafusos com rosca
soberba, também conhecido por parafusos auto-tarraxantes e os ganchos. Os
parafusos são mais empregados em telha de alumínio e aço e permitem fixação com
ou sem furação prévia (RIBEIRO, 2013).
7 PERFIS EM AÇO
7.1 Perfis soldados
Elemento estrutural composto por três chapas de aço, ligadas entre si por
soldagem a arco elétrico, formando aproximadamente, em sua sessão transversal,
um “I” ou “H” (SALGADO, 2014).
7.1.1. Classificação
Os perfis soldados são qualificados em:
a) Série simétrica
Série VS: agregados em estruturas de edifícios industriais e comerciais e em
pontes ferroviárias e rodoviárias, onde 2<=d/b f<=4.
Série CS: utilizados em colunas de edifícios comerciais e industriais e estacas
para fundações, onde 1<=d/bf</1,5.
Série CS: utilizado em colunas de edifícios comerciais e industriais, onde
d/bf=1.
b) Série monossimétrica
Série VSM: perfis soldados monossimétricos tipo viga com relação
1<d/bf<=4,0.
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c) Série estaca
Série PEQC: utilizados para estacas, produzidas em aço de qualidade
comercial – NTU QC 250.
d) Série especial
Série PSE: composto de formato “T”, “U”, “L” e perfis “I” de abas desiguais,
para atender a casos especiais.
7.2 Processo de fabricação
São dois os processos de fabricação dos perfis formados a frio: contínuo e
descontínuo.
O processo contínuo, apropriado à fabricação em série, é concretizado a
partir do deslocamento longitudinal de uma chapa de aço, sobre os roletes de uma
linha de perfilação. Os roletes vão aferindo pouco a pouco à chapa a forma definitiva
do perfil. Quando o perfil deixa a linha de perfilação, o mesmo é cortado no
comprimento indicado no projeto.
O processo descontínuo, apropriado a pequenas quantidades de perfis ou a
seções com formas bem especiais, é concretizado mediante a colocação de uma
prensa dobradeira. A lâmina da dobradeira é prensada contra a chapa de aço,
obrigando-a a formar uma dobra. Várias intervenções similares à essa sobre a
mesma chapa, fornecem à seção do perfil a geometria determinada no projeto. A
dimensão do perfil fica limitado à largura da prensa.
8 CORROSÃO
8.1 O que é a corrosão?
Corrosão pode ser exemplificada como sendo a deterioração que acontece
quando um material (normalmente um metal) reage com seu ambiente, induzindo à
perda de suas propriedades. O procedimento de corrosão pode ser aceito como
sendo o contrário da metalurgia extrativa. No processo siderúrgico, muita energia é
gasta para modificar o óxido de ferro em um produto final. O minério de ferro adentra
no alto-forno tanto na forma sintetizada quanto bitolada, e em conjunto com o coque
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metalúrgico, fundentes e ar insuflado, forma uma liga impura conhecida como ferro-
gusa (RIBEIRO, 2013).
O ferro-gusa é processado, posteriormente, na aciaria, onde os teores de
certos elementos químicos são diminuídos (como o enxofre, o silício, o fósforo e o
carbono) e outros elementos são acrescentados, para conferir certas propriedades
ao aço. A liga é, em seguida, conformada em chapas, perfis, etc. a corrosão é o
processo inverso ao da siderurgia, ou seja, o ferro retorna de forma espontânea aos
óxidos que lhe deram origem.
8.1.1 Meios corrosivos
A temperatura influi na corrosividade, pois há menor probabilidade de
condensação da umidade do ar quando a temperatura ambiente é alta. Quando a
temperatura é baixa há maior probabilidade de condensação e de absorvimento de
gases ácidos e corrosivos.
Vamos considerar atmosferas hostis as que contêm poluentes e névoas
salinas. Como poluentes, podemos mencionar os gases, os vapores e as poeiras
não naturais.
8.1.2 Proteção contra corrosão
A pintura é sem dúvida o processo de menor custo e adequado para proteção
de estruturas e equipamentos de aço contra a corrosão. A facilidade de aplicação e
de custeamento faz da pintura o método mais viável para a proteção destas
superfícies. A tinta é bem eficiente na proteção anticorrosiva, basta constatar que as
películas mais espessas de projetos de pintura para aço exposto à corrosão
atmosférica, são da ordem de ¼ de mm, ou 250 micrometros. Entretanto é
imprescindível escolher bem as tintas adequadas para realizar esta tarefa de
proteger a superfície metálica. Por isso vamos avaliar como as tintas atuam e como
são seus mecanismos de ação (RIBEIRO, 2013).
8.2 Critério do Projeto
a) Os desenhos devem ser simples, evitando-se a complexidade excessiva.
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b) As superfícies da estrutura de aço expostas aos meios corrosivos devem ser
pequenas em extensão.
c) As estruturas devem ter o menor número possível de irregularidades (por
exemplo: sobreposições, cantos e arestas vivas, bordas). As juntas devem,
preferencialmente, ser soldadas ao invés de aparafusadas ou rebitadas, para
conseguir superfícies mais lisas e sem saliências em toda a extensão. Soldas
descontínuas e pontos de soldas devem ser usados somente onde o risco de
corrosão é desprezível.
d) A norma cita os seguintes pontos a serem observados pelo projetista:
Acessibilidade
Frestas e espaços estreitos
Retenção de água
Arestas e bordas
Soldas irregulares
Conexões parafusadas (ligadas à força cortante com parafusos de alta
resistência; chapas de ligação parafusadas)
Parafusos, porcas, arruelas
Vigas alveolares e Perfis tubulares
Chanfros
Enrijece dores
Prevenção de corrosão galvânica
Manuseio, transporte e montagem.
8.2.1 Frestas e espaços estreitos
Frestas, espaços estreitos e juntas sobrepostas são pontos em potencial de
corrosão onde o ataque ocorre devido a retenção de umidade e de sujeira, incluindo
o abrasivo usado no preparo da superfície parara pintura. O potencial de corrosão
deste tipo de ocorrência pode ser evitado com o uso de um selante ou uma massa
de vedação.
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Figura 5 – Frestas e como evita Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
Na maioria dos ambientes corrosivos o espaço deve ser preenchido com uma
lâmina de aço que ultrapassa a seção da junta e é soldada em toda a volta.
Figura 6 – Situações ruins e como melhorarFonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
Nota: estes exemplos apenas ilustram o princípio. O exemplo nem sempre
pode ser empregado e não consta da norma, mas pode ser considerado, pois há
acesso por todos os lados para a limpeza e repintura.
8.2.2 Retenção de água
Configurações de superfícies nas quais a água pode ficar retida, assim como
a presença de materiais estranhos como sujeiras, que aumentam a condição
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corrosiva, devem ser evitadas. O projetista deve também ter cuidado com possíveis
efeitos de escorrimentos, de ferrugem de um aço comum sobre um aço inoxidável,
com consequente corrosão ou mancha mento do aço inox.
Algumas precauções adequadas para ir de encontro a estes objetivos são:
Desenhos com superfícies inclinadas ou chanfradas.
Eliminação de seções abertas no topo ou arranjo em uma posição
inclinada.
Evitar bolsas e reentrâncias nas quais a água e sujeiras podem ficar
retidas.
Drenos que conduzam a água e líquidos corrosivos p ara fora da
estrutura.
9 PEÇAS DE AÇO PARA EDIFICAÇÃO
A estrutura metálica na construção de edifícios é antiga no exterior,
principalmente nos países mais desenvolvidos. No Brasil esse tipo de construção
veio chegar a apenas alguns anos (SORIANO, 2014). Talvez por isto venha
ocasionando dificuldades alguns profissionais da área já acostumado a trabalhar
com concreto armado passar para um trabalho com estruturas metálicas.
A escolha do tipo de aço da estrutura metálica nas construções se dá por
meio de aspectos ligados ao meio estrutural, meio ambiente, proximidade da orla
marítima, ao comportamento estrutural (SORIANO, 2014).
a) Aços de media resistência para uso geral
Chapas finas (ASTM A-570 e SAE 1020), tubos redondos sem costura (DIN
2448, ASTM A-53 grau B), tubos quadrados e retangulares, com e sem costura (DIN
17100), barras redondas (SAE1020), perfis, chapas e barras redondas acima de
50mm (ASTM A-36).
b) Aços estruturais, resistente a corrosão atmosférica, baixa liga, media resistência
mecânica
Chapas USI-SAC 41 (USIMINAS), chapas (Aço estrutural com limite de
escoamento de 245Mpa (Cosipa).
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c) Aços estruturais, baixa liga, resistentes a corrosão atmosférica, alta resistência
mecânica
Chapas (ASTM A-242, ASTM A-588 COS-AR-COR (COSIPA), USI-SAC-
50(USIMINAS) e NIOCOR(CSN), Perfis ( ASTM A-242, A-588 (COFAVI)).
9.1 Laje e vigamentos
A formação dos pisos, harmonizado pela laje e pelo vigamento, deve
transmitir ações gravitacionais até as colunas, consequentemente aos contraventos
verticais. De forma geral pode se dizer que em consideração aos vãos das lajes, que
o vigamento do piso é cada vez mais econômico quanto menor for o percurso da
carga até a coluna (VELLASCO, 2016).
A grande maioria das lajes de pisos, que são utilizados nas edificações
formada de aço e concreto armado.
Está ilustrado na figura abaixo, quatro tipos de lajes diferentes: lajes do tipo
convencional de concreto armado moldadas “in loco”, lajes de concreto celular auto
clavados, lajes moldadas “in loco” usando forma metálica permanente e lajes pré-
moldadas com enchimento de lajota cerâmica ou poliestireno expandido (RUTMAN,
et al., 2013).
É de grande importância saber que as lajes convencionais de concreto
armado moldada “in loco” podem ser armadas de tal forma que permitam ser
apoiadas em uma direção (armadas em 1 só direção) ou duas direções (armadas
em cruz). Diferente dos outros sistemas de laje que são normalmente apoiados em
uma única direção, e devem ser suportados por um sistema de vigas com
espaçamento entre elas variando entre 2 a 6 metros dependendo do tipo de laje
(PINHEIRO, 1969).
Seu objetivo é de aumentar a eficiência estrutural do sistema de piso, as lajes
de concreto armado podem ser ligadas as vigas de aço por conectores de
cisalhamento, que são soldados nas mesas superiores dos perfis, formando então o
que é conhecido por viga mista (concreto-aço).
Sobre esse tipo de ação entre a laje e a viga diminui a altura do perfil metálico
e pode ser feito utilizando lajes moldadas “in loco” ou pré-fabricadas.
Pode assumir várias formas a malha de colunas dependendo do
planejamento requerido pelo edifício. O layout típico de vigamento ilustrado na
24
próxima figura, que é formado numa série de vigas secundárias paralelas com
mesmo espaçamento que dependerá do vão admitido pela laje. Falando das vigas
secundárias elas são usadas junto com vigas primarias que determinam o
espaçamento entre as colunas que são mais ou menos quadrado. Variando este
arranjo pode ser obter variação dos requisitos do planejamento do edifício
(PINHEIRO, 1969).
Outro tipo de variação comum de um arranjo de vigamento de piso é o
posicionamento de uma coluna para cada viga secundária no perímetro do edifício.
A aproximação entre uma e outra coluna permite que elas sejam suporte para os
elementos de fechamento da fachada do edifício (MARTHA, 2010).
Componentes pré-fabricados são utilizados pelas estruturas de aço também
por um fator econômico, é importante que estes elementos sejam padronizados, e a
facilidade deste procedimento vão dos principais elementos estruturais se forem
mantidos constantes.
É normal o uso de um sistema terciário de vigas, quando os vãos são muito
longos nas estruturas dos edifícios. Sistema ilustrado na figura acima. Formado por
vigas treliçadas de vão semelhante à largura do edifício que são mostradas em
linhas tracejadas no plano do vigamento, são desnecessárias as colunas
intermediarias devido ao grande desempenho estrutural da viga treliçada (SOUZA,
2013).
Mais uma forma de vencer grandes vãos é a utilização de sistema conhecido
por treliças inter pavimentos como podemos ver na próxima figura. Treliças
assentadas de tal forma que os pisos se apoiam na corda superior e na corda
inferior das mesmas (SORIANO, 2014).
9.2 Sistemas de contravento
Edifício em quadro rígido tem eficaz estrutural limitada e alcança um número
máximo de 20 pavimentos normalmente. Quando são rotulados, é importante
idealizar um sistema de estabilização lateral, e é uma prática normal que todas as
ligações entre colunas e vigas sejam rotuladas, com colunas formadas por barras
com rotulas a cada dois pavimentos (MARTHA, 2010).
Tem muitas vantagens este sistema totalmente formado por barras rotuladas:
a montagem da estrutura e a análise estrutural são muito simples; sem introdução
25
de tensões na estrutura permite a acomodação das dilatações térmicas e de
pequenos movimentos das fundações. Um sistema de contraventamentos deve ser
adicionado, pois este sistema de nós rotulados é muito instável (FICANHA, et al.,
2013).
Estrutura formada por barras rotuladas um sistema de estabilização vertical
em forma de diagonais ou diafragmas deve ser incorporado ao conjunto estrutural
em duas direções ortogonais (mutuamente perpendicular) para dar a estabilidade
necessária (SALGADO, 2014). Sistema plano de estabilização em cada pavimento
deve ser ligado a todas as outras partes do conjunto estrutura deste sistema (Ex.:
lajes de concreto armado).
9.3 Tipologia estrutural
As ações verticais e horizontais são solicitadas de acordo com as estruturas
dos edifícios multiandares. Ações verticais são devido à carga permanente – peso
próprio das vigas, colunas, lajes, escadas, fachadas, caixa d’água, alvenarias,
revestimentos, etc. – e à sobrecarga – carga distribuída por metro quadrado nos
andares, devido às pessoas, móveis e divisórias, e carga devido à água na caixa
d’água, tubulações, etc.
Ações verticais são as vigas mistas, que são absorvidas pelas lajes que as
transmitem às vigas metálicas, que inclusive podem trabalhar em conjunto com as
lajes. As vigas transmitem as ações para outras vigas onde se apoiam ou
diretamente para as colunas. Já as colunas transmitem as ações verticais
diretamente para as fundações (PFEIL, 2009).
As ações horizontais são provenientes do vento que age na parte externa do
edifício, provocando efeitos de sucção nas fachadas e pressão, de acordo com a
sua forma externa e resultando numa força global de arrasto na estrutura.
Os efeitos sísmicos também provocam ações horizontais nas estruturas; as
Normas Brasileiras não consideram a existência desse efeito no nosso território
(PFEIL 2009).
O efeito de vento, agindo sozinho ou em conjunto com qualquer outra ação
que também provoque efeito horizontal, tem grande influência na solução estrutural
a ser adotada:
26
Deve buscar esforços horizontais econômicos, de acordo com o
deslocamento horizontal da edificação.
10 ANÁLISE COMPARATIVA DE VIABILIDADE ENTRE ESTRUTURAS METÁLICAS E ESTRUTURAS DE CONCRETO
Inaba apud Nakamura (2006) faz uma importante reflexão sobre como
analisar o custo benefício das estruturas metálicas em relação á estrutura de
concreto, para ele, é relevante fazer a comparação de custos de forma global, pois
se compararmos os elementos individualmente, como dois pilares certamente o pilar
metálico será mais caro. Para o autor não é possível apenas falar das vantagens de
um sistema sobre o outro, mas atrelar as vantagens desse sistema à aplicação.
Em virtude da interface da construção civil na modernidade, este estudo
demonstra conhecimentos acerca do dimensionamento de estruturas de aço em
relação às estruturas de concreto. Nesse sentido, a análise contida no Quadro 1 foi
feita pontualmente sobre aspectos específicos.
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ASPECTOS ESTRUTURA METÁLICA EM AÇO ESTRUTURA EM CONCRETO ARMADO
RESISTÊNCIA Maior resistência relação ao concreto. Menor resistência em relação ao aço.
PESO Menor peso da estrutura Estrutura mais pesada
MÃO DE OBRA Não possui tanta mão de obra qualificada.
Mais qualificada para os métodos construtivos tradicionais como concreto armado e alvenaria
CUSTO POR M2 Mais cara em relação à estrutura superior e mais barata em relação às fundações.
Mais barata em relação à estrutura superior e mais cara em relação às fundações.
CAPACIDADE DE COBRIR GRANDES ÁREAS
Capacidade de suportar maiores vãos Precisa de vigas, não suportando grandes vãos.
PERFIS ESTRUTURAIS
Estruturas metálicas são bem elaboradas arquitetonicamente traduzem aspectos de arrojo e modernidade, perfis estruturais mais esbeltos e, consequentemente, maior área útil, esse método construtivo foi tornando-se usual
Perfil tradicional tem uso predominante no Brasil,
PILARES As colunas de aço ocupam um menor espaço em relação à estrutura de concreto e gasta menor quantidade de pilares necessários que em edifícios comerciais proporcionam garagens mais amplas
As colunas de concreto ocupam um maior espaço em relação à estrutura de aço e gasta maior quantidade de pilares em edifícios comerciais proporcionam garagens restritas
RELAÇÃO ALTURA/ VÃO
h = vão/20 redução de 0,4m na distância entre pisos
em relação ao concreto armado
h = vão/10
PRAZOS DE CONSTRUÇÃO
reduções nos prazos de 35% nos edifícios comerciais e 25% nos edifícios habitacionais em relação ao concreto
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Quadro 1: Tabela comparativaFonte: Adaptado de Rossatto (2015) e Freire (2017)
11 CONCLUSÃO
O uso do aço na construção civil, em estruturas metálicas, em pequenos e
grandes projetos vem ganhando espaço a cada dia, mesmo considerando sua
desvantagem econômica comparando-se com a estrutura convencional.
Com o uso da estrutura metálica, além dos projetos serem mais elaborados,
as possibilidades arquitetônicas se ampliam pelo grande potencial que oferecem em
termos de desenho e arrojo arquitetônico. As técnicas construtivas podem ser mais
amplas, os espaços maiores, mais abrangentes, com as necessidades dos clientes
melhor atendidas.
Com a crescente conscientização ecológica, com a constante pressão dos
movimentos ambientais, bem como com as maiores exigências quanto ao uso
certificado das florestas, a estrutura metálica tem tudo para ganhar espaço nos
projetos de Engenharia Civil e de Arquitetura, na preferência dos clientes e na
conservação ambiental.
A estrutura metálica pode substituir com vantagens a estrutura convencional
de madeira e concreto e que a Engenharia Civil tem muito a colaborar através da
pesquisa, da técnica e da experiência, colocando em prática um potencial importante
no desenvolvimento do Brasil.
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REFERÊNCIAS
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