Economia Engenheiro BNDES 2011 Aula 00
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CURSO ON-LINE – ECONOMIA PARA ENGENHEIRO DO BNDES
PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI
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1
Aula Demonstrativa
Caros (as) Estudantes,
É com muita satisfação que apresento a vocês o curso completo de Economia
(micro, macroeconomia, formação econômica do Brasil e Sistema Financeiro
Nacional) voltado à preparação para o concurso de Engenheiro do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES.
Inicio esta aula demonstrativa fazendo uma pequena apresentação de
quem vos escreve. Sou analista do BACEN. Leciono em cursos preparatórios
para concursos desde 2005, já tendo dado aulas em diversos cursos
preparatórios presenciais e, em especial, neste único Ponto dos Concursos.
Dentre alguns cursos já oferecidos, destaco os de Economia, Finanças, Análise
de Projetos e matérias afins, para concursos como Receita Federal, BACEN,
CVM, SUSEP, PREVIC, CGU, Tesouro Nacional, Polícia Federal, MPOG e mais
alguns outros.
O curso será composto por toda a teoria presente no conteúdo programático,
sendo ainda composto, em cada uma das aulas, de questões propostas e
comentadas, baseadas em provas anteriores elaboradas para a BNDES tanto pela
própria CESGRANRIO quanto por outras bancas, além é claro de questões
propostas em concursos que cobraram senão a mesma disciplina, pontos do
conteúdo programático afins ao nosso estudo.
Do mesmo modo do que foi descrito na aula demonstrativa de Análise de
Empreendimentos, destaco a vocês que por meio de uma análise cuidadosa do
edital, pode-se verificar pela leitura do item 2.1 que a atribuição do cargo de
Engenheiro, para fins deste concurso, associa-se ao desenvolvimento de tarefas de
natureza técnico-administrativas, relacionadas ao negócio da Instituição, dando
suporte às atividades da Unidade, elaborando relatórios e outras demandas, com
pareceres conclusivos. Para que possa ficar mais claro para vocês, até mesmo
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porque entendo que nada melhor do que conhecermos aonde vamos “pisar”, e com
o que vamos trabalhar, fica claro que a atribuição principal do cargo está relacionada
à verificação de todos os pontos (exceto os de natureza jurídica), pertinentes à
análise de viabilidade de projetos de investimento, de tal modo que seja possível ao
BNDES verificar a aderência dos planos de FINANCIAMENTO solicitados pelas
diversas empresas (micro, pequenas, médias e grandes empresas) demandantes de
recursos financeiros para a realização de investimentos. Os financiamentos são
concedidos por meio de uma análise minuciosa dos chamados Planos de Negócios
apresentados pelas empresas, os quais procuram demonstrar a relevância do
negócio a ser financiado pelo BNDES. A disciplina de economia se insere neste
contexto como forma de garantir ao analista a capacidade de realizar uma avaliação
crítica do ambiente econômico, tão relevante nas decisões tomadas por empresas
quanto ao futuro dos seus negócios.
Feitos os comentários iniciais, destacamos que o curso está estruturado da
seguinte forma, tanto em termos da quantidade de aulas quanto relativamente aos
pontos do conteúdo programático a serem abordados em cada uma das aulas.
Aula e Data Conteúdo programático
Aula Demonstrativa Microeconomia: Conceitos introdutórios -
oferta e demanda.
Aula 1 – dia 10/02/2011
Microeconomia: Oferta e Demanda;
Elasticidades; Equilíbrio de Mercado; Teoria
do Consumidor.
Aula 2 – dia 17/02/2011
Microeconomia: teoria da firma; economias
e deseconomias de escala; oferta em
mercados competitivos; monopólio e
concorrência monopolística; oligopólio;
externalidades; categorias de bens:
privados, públicos; comuns e naturais.
Aula 3 – dia 24/02/2011 Macroeconomia: contabilidade nacional;
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produto e renda; componentes básicos do
produto nacional.
Aula 4 – dia 03/03/2011
Macroeconomia: determinação da renda,
balanço de pagamentos e regimes cambiais.
Mecanismos de Financiamento
Internacional. Desenvolvimento econômico.
Aula 5 – dia 10/03/2011 Formação Econômica do Brasil
Aula 6 – dia 16/03/2011 Sistema Financeiro Nacional – parte 1
Aula 7 – dia 23/03/2011 Sistema Financeiro Nacional – parte 2
Ressalto a vocês que poderemos fazer algumas alterações meramente no
que concerne aos pontos do conteúdo programático a serem abordados em cada
uma das aulas, com o objetivo de torná-los mais dinâmicos e didáticos.
Adicionalmente, informo que na parte da matéria referente à microeconomia faremos
a apresentação de algumas fórmulas básicas de matemática, necessárias para o
desenvolvimento e resposta de algumas questões que porventura possam ser
cobradas em prova.
Feitas as considerações iniciais, entendo que podemos passar à
apresentação de alguns conceitos que sempre se fazem presentes em provas
elaboradas pela CESGRANRIO, especialmente nos concursos para cargos do
BNDES.
Sejam todos muito bem vindos ao curso, destacando desde já que vocês
podem contar comigo para todo e qualquer esclarecimento a respeito da aula, do
curso, ou mesmo de qualquer outro ponto pertinente ao concurso em que eu possa
ajudá-los. Para isso, segue o meu e-mail do Ponto:
Grande abraço a todos vocês,
Mariotti
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1. Fundamentos de Microeconomia: Escassez, eficiência produtiva e alocativa, curva de possibilidade de produção, custos de oportunidade.
De acordo com Vasconsellos (2002, pág. 21), a economia pode ser definida
como a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem utilizar
recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-
los entre as várias pessoas e grupos da sociedade com o objetivo de satisfazer as
necessidades humanas.
Conforme verifica-se pela própria interpretação da definição da economia, a
sociedade encontra-se na responsabilidade de decidir como utilizar os recursos
produtivos escassos. Esta questão é abordada porque os indivíduos possuem
necessidades ilimitadas, renovadas pelo crescimento populacional e pelo desejo de
melhoria dos padrões de vida.
A escassez é a variável que traz o contexto de todo o estudo econômico. Se
não existisse a escassez, não haveria a necessidade de se estudar fenômenos
econômicos como a inflação, que é a subida de preços ocasionada pelo excesso de
procura por bens e serviços por parte dos consumidores frente a oferta realizada
pelas empresas.
A disponibilidade de bens limitados na economia está também relacionada
aos chamados fatores de produção econômicos, que são aqueles representados
pela mão-de-obra dos trabalhadores, pela terra (espaço para a produção) e pelo
capital, que é o recurso utilizado para a realização de investimentos.
1.1 A Eficiência Produtiva
A eficiência produtiva refere-se à mobilização dos fatores de produção
presentes em uma economia, independentemente do seu estágio de
desenvolvimento e de seus padrões culturais - seja uma tribo indígena da região
amazônica que ainda não tenha entrado em contato com a civilização, seja uma
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moderna nação industrializada. No estudo econômico, entende-se que todos os
países dispõem dos mesmos recursos produtivos, mesmo que em estágios
diferenciados de desenvolvimento.
A busca por eficiência produtiva é devido à escassez dos recursos, no
sentido de que o suprimento de todos eles é finito ou limitado. Além disso, o
conceito econômico de escassez tem a ver com as ilimitáveis necessidades
sociais. Estas superam a dotação de recursos: os agentes buscam sempre
ampliar seus níveis de satisfação, através de maior suprimento e de maior
variedade de bens e serviços. Mais ainda: buscam produtos de qualidade cada
vez mais apurada e de desempenho cada vez mais avançado. Ao mesmo tempo,
procuram aprimorar os recursos e empregá-los de tal forma que se minimizem as
taxas ocorrentes de ociosidade (que é a má utilização dos recursos) e o
desemprego (mão-de-obra não empregada), maximizando assim os retornos com
a produção de bens e serviços
Em resumo podemos dizer que a busca pela eficiência produtiva pressupõe
as seguintes condições:
i. A utilização de todos os recursos disponíveis, no sentido de que não se
observe a indesejável ocorrência de quaisquer formas de subemprego ou de
desemprego. Esta condição acaba por implicar na ausência de capacidade
ociosa. Segundo a linha dos economistas clássicos é conceitualmente
chamado de pleno-emprego dos recursos produtivos;
ii. A existência de mobilização e a combinação dos recursos disponíveis sob
padrões ótimos de desempenho e de organização do processo produtivo, de
forma que não seja observado o subaproveitamento do potencial máximo
disponível de recursos escassos.
De forma conceitual, a eficiência produtiva é alcançada quando, além de
estarem plenamente empregados e não ociosos, os recursos escassos estão
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operando no limite máximo de seus potenciais. Assim, somente se considera que
uma economia está operando na plenitude de sua eficiência produtiva quando as
possibilidades de produção são mobilizadas em seus níveis mais elevados.
Uma vez alcançado este limite não é possível aumentar a produção pela
utilização de recursos que tenham permanecido ociosos (posto que se encontram
plenamente empregados) nem pela reorganização do modo pelo qual os recursos
estão sendo utilizados (uma vez que o sistema está operando nos limites mais
avançados da capacitação técnica conhecida).
1.2 Eficácia Alocativa
A eficácia alocativa também está relacionada à escassez de recursos e às
ilimitáveis necessidades sociais. Dado o conflito entre a escassa disponibilidade
de meios e a multiplicidade crescente de necessidades a atender, não basta que
os recursos estejam empregados segundo padrões de máxima eficiência
produtiva: este é um requisito necessário, mas não suficiente. Além dele, coloca-
se a questão da eficácia alocativa, que diz respeito à escolha dos bens e serviços
finais, de consumo e de capital, que a economia produzirá.
Considerando que são escassos os recursos e ilimitáveis as necessidades
manifestadas pela sociedade, é conceitualmente impossível produzir todos os bens
e serviços requeridos para satisfazer a todas as necessidades sociais efetivamente
existentes e a todos os desejos individuais. A escassez implica escolhas, sendo que
as escolhas implicam em custos de oportunidade - expressão que, neste caso,
tem relação com os desejos e as necessidades que deixam de ser atendidos sempre
que outros são priorizados.
Atuando como agente econômico o governo reduz o poder aquisitivo da
sociedade, por meio da imposição de tributos. Com a receita tributária, investe em
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infra-estrutura econômica e social e na produção de bens e serviços públicos1 e
semi-públicos2. De forma conceitual, considera-se que o resultado da ação produtiva
preenche as condições da eficácia alocativa quando:
1. O processo de alocação dos recursos tende a uma escala de prioridades que
satisfaça às exigências mínimas requeridas pelos diferentes grupos sociais.
Assim, por serem escassos os recursos, certamente não será possível
atender à totalidade dos desejos manifestados por todos os grupos sociais;
2. Uma vez satisfeitas as requisições mínimas vitais da sociedade, os recursos
ainda disponíveis são destinados à produção de um dado conjunto de
produtos, cuja diversificação seja suficientemente ampla, abrangendo as
demais exigências manifestadas pela sociedade.
Em resumo, pode-se dizer que a eficiência produtiva e alocativa devem
funcionar em conjunto, de forma a que sejam atingidos os objetivos de otimização na
produção de bens e serviços a partir da escassez dos insumos produtivos. De outra
forma, esta produção deve primar pela eficácia alocativa, de forma a atender os
desejos e necessidades da sociedade.
1.3 A Curva de Possibilidade de Produção
Uma boa forma de representação da alocação escassa dos bens e serviços
produzidos na economia pode ser expressa pela chamada Curva de Possibilidade
de Produção. A CPP mostra as alternativas de produção feitas pela sociedade,
considerando a plena utilização dos recursos produtivos (pleno emprego dos
recursos).
1 São exemplos de bens públicos a justiça e a segurança nacional. 2 São exemplos de bens semi-públicos a saúde e a educação.
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Conforme afirma Vasconsellos (2002, pág. 28), trata-se de um conceito
eminentemente teórico, que permite ilustrar como a limitação de recursos leva à
necessidade da sociedade fazer opções ou escolhas entre as alternativas de
produção.
Um exemplo teórico quase sempre utilizado para a ilustração da CPP refere-
se à escolha de produção entre bens de consumo (alimentos) e a produção de bens
de capital (canhões de guerra).
Analisemos as seguintes alternativas de produção:
Tabela 1
Considerando os dados da tabela acima, chegamos a formatação da Curva de
Possibilidades de Produção.
Alternativas de Produção Canhões (milhares)
Alimentos (toneladas)
A 25 0 B 20 30 C 15 45 D 10 60 E 0 70
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Gráfico 1 – Curva de Possibilidade de Produção
A CPP representa as diferentes escolhas produtivas que um país pode fazer
considerando os recursos escassos existentes. De acordo com a análise da curva,
verifica-se que a sociedade deverá escolher, em determinado momento do tempo,
um dos pontos representados pelas letras .A, .B, .C, .D, .E.
Conforme se pode perceber, no ponto “A” a sociedade decide alocar todos os
seus recursos na produção de canhões. De forma inversa, no ponto “.E”, a economia
destina seus recursos somente à produção de alimentos.
Com base na análise minuciosa da CPP, verifica-se a existência de pontos
localizados fora da linha de fronteira. No ponto “.F” a sociedade está subutilizando
os seus recursos produtivos, desconsiderando assim o preceito econômico de
eficiência produtiva e eficácia alocativa.
O ponto “G”, diferentemente dos demais pontos localizados sobre a linha de
fronteira da CPP, representa um ponto intangível de ser obtido pela sociedade
através do processo produto, isto devido à escassez de recursos disponíveis para
Alimentos
Canhões 0 10 15 20 25
.D
.C
.B
.A
.E
F
.G70 60
45
30
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tal. Assim, mesmo que a sociedade seja eficiente em termos alocativos e produtivos,
esta não poderá beneficiar-se de tal produção.
1.4 O custo de oportunidade associado à produção
Para entendermos o conceito de custo de oportunidade, podemos
inicialmente raciocinar em termos pessoais. Imaginemos qual é o custo de
oportunidade de você estar, neste momento, estudando economia para um
determinado concurso. Sem precisar ter a mente muito fértil, pode-se imaginar que
você poderia estar em casa relaxando com a família, tomando uma cerveja ou
mesmo fazendo nada, não é verdade? Assim, pode-se concluir que o custo de
oportunidade de você estar estudando é representado pelo o que deixa de fazer ao
optar em estudar para passar no concurso. Tendo sido compreendido este conceito,
pode-se verificar como este se aplica no contexto da análise da Curva de
Possibilidade de Produção - CPP.
As opções realizadas pela sociedade quanto à alocação dos recursos
escassos, dentro do processo produtivo na economia, implica em que esta deixe de
ter a oportunidade de produzir outros bens. É a própria escolha de deixar de produzir
canhões em benefício da produção de alimentos. Destaca-se que as considerações
quanto ao conceito de custo de oportunidade só são feitas quando a economia está
trabalhando com o pleno-emprego dos recursos produtivos, ou seja, em todos os
pontos constantes na linha representativa da CPP.
O conceito de custo de oportunidade é muito aplicado dentro do mundo das
finanças empresariais. O aporte de recursos financeiros em projetos de
investimentos por empresas públicas e privadas implica com que estas deixem de
auferir juros com a aplicação dos seus recursos no mercado financeiro.
A nossa análise do custo de oportunidade não se estende, neste momento, à
consideração do custo de oportunidade como sendo o custo do dinheiro, mas tão
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somente como sendo o custo imposto à sociedade por conta de esta deixar de
produzir determinados bens ou serviços em benefício de outros.
Realizadas as considerações iniciais quanto à origem da economia,
adentramos agora na análise dos conceitos iniciais da microeconomia que estão
presentes em praticamente todos os concursos, a relação existente entre
consumidores e produtores, comumente conhecida como teoria elementar de
funcionamento do mercado.
2. Teoria de equilíbrio do mercado
A teoria elementar de funcionamento do mercado procura demonstrar como
consumidores e produtores interagem com o objetivo de atingir o maior bem-estar
possível, considerando a série de variáveis envolvidas no processo decisório. A
escassez de recursos leva ao fenômeno da precificação de tudo o que é produzido,
especialmente porque sem este estímulo, os chamados ofertantes de produtos não
teriam interesse em produzir.
Não obstante, a mesma precificação gera resultados diretos sobre o consumo
de bens e serviços, tornando-os menos desejados a todo o momento em que os
preços tendem a subir.
Iniciamos com o próximo tópico a abordagem dos conceitos pertinentes às
funções demanda e oferta, verificando como variações nos preços e demais
variáveis tendem a impactar o chamado equilíbrio de mercado, representado pelo
ponto em que consumidores e produtores chegam a um “consenso” teórico quanto
aos preços e quantidades negociadas.
2.1 Curva de Demanda – Função Demanda
A demanda, ou também chamada de procura, pode ser definida como as
várias quantidades de um determinado bem ou serviço que os consumidores
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estão dispostos e aptos a adquirir, em função dos vários níveis de preços
possíveis, em determinado período de tempo. Ou seja, a demanda é a correlação
entre as diversas quantidades procuradas de um bem, com os diversos níveis de
preços apresentados.
A demanda é dependente de uma série de variáveis, dentre as quais o
preço do bem X (PX), a renda dos consumidores (R), o preço dos outros bens
(PY), assim como os gostos dos consumidores (G).
DX = f (PX, R, PY, G), sendo a demanda dada em função dos parâmetros
anteriores.
A Lei da Demanda3 diz que há uma correlação inversa entre preços e
quantidades demandadas, coeteris paribus (expressão latina que significa tudo o
mais constante, como a renda do consumidor, os preços de outros bens e as
preferências dos consumidores). Quanto maior for o preço, menor será a
quantidade demandada do bem que o consumidor estará disposto a adquirir e
vice-versa.
Perceba o gráfico que se segue:
Sendo assim, corroboramos a informação de que existe uma relação
inversa entre o preço e quantidade demandada, o que nos leva a interpretar,
3 Não se trata de uma lei em sentido explícito, mas sim se uma máxima da economia.
P
Q
10
5
20 40
A
B
Quanto maior o preço, menor a quantidade demandada (coeteris paribus).
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conforme o gráfico acima, que a curva apresenta uma declividade (inclinação)
negativa.
A curva de demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto
de três fatores: o efeito substituição, o efeito renda e a utilidade marginal do
produto:
Efeito substituição: se um bem X possui um substituto Y, ou seja, outro bem
similar que satisfaça a mesma necessidade, quando seu preço aumenta, coeteris
paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto Y, reduzindo assim a
demanda pelo bem X. Exemplo: se o preço do fósforo subir demasiadamente, os
consumidores passam a consumir isqueiro, reduzindo a demanda por fósforo;
Efeito renda: quando aumenta o preço de um bem, tudo o mais constante
(renda do consumidor e preços de outros bens constantes), o consumidor perde
poder aquisitivo e a demanda pelo produto cai;
Utilidade Marginal: quanto maior a quantidade de um produto que o
consumidor pode adquirir, menor será a utilidade ou satisfação adicional (marginal)
com cada unidade adicional consumida, o que o levará a reduzir a quantidade
demandada do bem. Exemplo: o primeiro copo de água, para quem está com muita
sede, proporciona uma certa satisfação (utilidade); o segundo copo proporcionará
uma satisfação adicional, mas com uma utilidade marginal inferior ao primeiro copo e
assim sucessivamente. Pense se isso não é verdadeiro?!
2.2 Considerações quanto às variações de preços e impactos na demanda pelos bens
Até o presente momento dissemos que elevações nos níveis de preços
tendem a diminuir a quantidade demandada. A questão é que existem exceções a
esta regra. São os chamados bens de Veblen e bens de Giffen.
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2.2.1 Bens de Veblen
Os bens de Veblen são bens de consumo de alto valor agregado, muitas
vezes associado à idéia de ostentação, tais como jóias, automóveis de luxo e obras
de arte.
Para estes consumidores, como o padrão de ostentação é o preço, quanto
mais alto for este, maior será a procura pelo bem.
A constatação do economista Thorstein Veblen fica muito bem ilustrada
através de uma citação retirada de sua obra mais famosa, a teoria da classe ociosa:
“A base sobre o qual a boa reputação em qualquer comunidade industrial altamente organizada finalmente repousa é a força pecuniária, e os meios de demonstrar força pecuniária e, mercê disso, obter ou conservar o bom nome, são o ócio conspícuo (notável) e um consumo conspícuo de bens”. Parênteses nosso.
Pode-se dizer que a curva de demanda de Veblen apresenta inclinação
positiva, ou seja, quanto maior o preço, maior a quantidade demandada.
2.2.2 Bens de Giffen
Os bens de Giffen são produtos de baixo valor, mas que representam muito
do consumo e, conseqüentemente, do orçamento das famílias de mais baixa
renda. Sua interpretação é a de que caso ocorra uma elevação nos preços destes
bens, haverá um aumento na quantidade demandada.
A interpretação para tal situação é a de que como ocorreu um aumento no
preço do bem, sobrará menos renda disponível. Considerando que estes bens ainda
são mais baratos que os demais bens, o consumidor demandará maior quantidade
do próprio bem4.
4 A descoberta devida a Robert Giffen foi realizada quando da análise feita pelo economista em uma pequena comunidade
rural da Inglaterra. A comunidade tinha como seu alimento principal a batata, hoje vulgarmente chamada de batata inglesa.
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2.3 Curva de Demanda: Deslocamento da curva e ao longo da curva - distinção entre demanda e quantidade demandada
Embora tais termos tendam a serem utilizados como sinônimos, estes
possuem interpretações diferentes. Por demanda entendemos toda a escala ou
curva que relaciona os diferentes preços e quantidades dos bens transacionados
na economia. Por quantidade demandada devemos entender um ponto da curva
que relaciona o preço e a quantidade demandada de um determinado bem.
No gráfico a seguir, a curva de demanda esta indicada pela letra D, sendo
que a quantidade demandada Q0 é relacionada ao preço P0. Caso o preço
aumentasse para P1, haveria uma diminuição na quantidade demandada e não na
demanda. Ou seja, as alterações da quantidade demandada ocorrem ao longo da
mesma curva de demanda.
No gráfico abaixo a curva da demanda inicial está indicada por D0. Caso
ocorresse um aumento na renda dos consumidores, coeteris paribus, a
demanda irá se deslocar para a direita D1, indicando que o consumidor estaria
disposto a adquirir maiores quantidades de bens e serviços.
P
Q
P0
Q0 Q1
D
P1
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Verificamos que movimentos da quantidade demandada ocorrem ao longo da mesma curva de demanda (D0), devido somente a mudanças no preço
do bem. Quando a curva de demanda se desloca (devido a variações da renda ou de outras variáveis, que não o preço do bem), temos um deslocamento da demanda (e não da quantidade demandada).
2.4 Curva de Oferta - Função de Oferta
Pode-se conceituar a curva de oferta como as várias quantidades de bens
e serviços que produtores estão dispostos a oferecer no mercado aos mais
variados níveis de preços. Ao contrário da função demanda, a função oferta
representa a correlação positiva (direta) entre quantidade ofertada e nível de
preços.
P
Q
10
5
20 40
O0
P
Q
P0
Q1 Q0
D0
P1
D1
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2.4.1 Distinção entre oferta e quantidade ofertada
A oferta representa o total de bens e serviços oferecidos por determinada
empresa. Esta mesma oferta é dependente de uma série de variáveis, tais como
o preço do bem a ser vendido (PX), preço dos insumos (produtos utilizados na
produção) (PINS), a tecnologia empregada no processo produtivo (T), bem como o
preço dos demais bens (PY).
Podemos demonstrar a função oferta da seguinte maneira:
OX = f (PX, PINS., T, PY), sendo a oferta dada em função dos parâmetros
anteriores.
Assim como ocorre na análise da demanda, as variações na quantidade
ofertada são derivadas tão somente de alterações no preço do produto, conforme
exposto pelo mesmo gráfico acima.
Já as variações na oferta de bens e serviços são devidas a outros fatores
que não a mudança de preços. Um bom exemplo pode ser derivado, por exemplo,
da descoberta de nova bacia exploratória de petróleo em águas profundas
brasileiras. Neste caso ocorrerá o deslocamento da curva de oferta para baixo e
para direita, de acordo com o gráfico seguinte.
P
Q
10
5
20 40
O0
O1
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2.5 Equilíbrio entre demanda e oferta – o mercado de concorrência perfeita
Obs.: Nesta parte da análise trataremos as curvas de oferta e demanda como se
fossem retas, ok? Faremos isto pelo fato de estarmos utilizando uma
aproximação, o que torna mais fácil a análise da dinâmica entre preços e
quantidades na relação existente entre a demanda e a oferta de bens e serviços.
Outra questão a ser considerada a partir de agora é a que se refere à
definição do mercado no qual ocorrem as trocas entre consumidores e
produtores. Para fins de análise, estas se realizarão dentro do chamado mercado
de concorrência perfeita5, mercado que melhor representa as negociações
existentes entre consumidores e produtores.
2.6 Determinação do Preço de Equilíbrio de Mercado
A interação entre a demanda e a oferta por bens e serviços determina o
preço e a quantidade de equilíbrio no mercado.
As negociações entre consumidores e produtores funcionam da seguinte
maneira: quando ocorre um excesso de oferta de bens frente à demanda, existe
uma tendência natural a que ocorra uma sobra de produtos no mercado. Esta
sobra tende a puxar os preços dos produtos para baixo.
De forma inversa, quando ocorre um excesso de demanda frente a uma
mesma oferta existe a tendência de que os preços negociados dos produtos
subam. É o que chamaríamos de escassez de bens.
5 Elucidaremos de forma mais precisa o mercado de concorrência perfeita dentro da aula que abordará as estruturas dos
mercados de bens. Outra consideração é a de que o mercado de concorrência perfeita é uma abstração teórica, ou seja, este é
pouco factível, existindo na economia apenas aproximações deste tipo de mercado, como por exemplo o mercado de produtos
hortifrutigranjeiros.
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Em algumas questões de concurso a definição das curvas de demanda e
de oferta é feita a partir de uma formatação matemática. Como a maior parte das
vezes consideramos as curvas de oferta e de demanda como sendo retas, a sua
formatação é propriamente a equação de uma reta (todos se lembram como é a
formatação matemática de uma reta?). Senão vejamos:
Demanda = QD = 120 – 4PX
Sendo:
QD = quantidade demandada e PX o preço do bem X;
Oferta = Qo = -20 + 3PX
Sendo:
Qo = quantidade ofertada e PX o preço do bem X.
No equilíbrio, como a oferta deve ser igual à demanda, temos os seguintes
níveis de preço e quantidades:
QD = 120 – 4PX = Qo = -20 + 3PX;
P
Q PEQUIL.
O
D
QEQUILEquilíbrio entre a oferta e a demanda por bens.
Excesso de oferta
Excesso de demanda
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20
120 – 4PX = -20 + 3PX
-7 PX = -140
PX = 20
Substituindo PX = 20 em qualquer uma das duas equações, temos a
quantidade de equilíbrio exatamente igual a 40.
Passemos agora à análise e resolução de algumas questões de concursos,
inclusive da própria CESGRANRIO, que já cobraram os pontos destacados por nós
nesta aula demonstrativa.
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Questões Propostas:
1 - (ECONOMISTA/BNDES – CESGRANRIO/2008) O gráfico abaixo mostra, em linhas cheias, as curvas da demanda e da oferta no mercado de maçãs.
Considere que maçãs e pêras são bens substitutos para os consumidores. Se o
preço da pêra aumentar e nenhum outro determinante da demanda e da oferta de
maçãs se alterar, pode-se afirmar que
a) a curva de demanda por maçãs se deslocará para uma posição como AB.
b) a curva de oferta de maçãs se deslocará para uma posição como CD.
c) as duas curvas, de demanda e de oferta de maçãs, se deslocarão para posições
como AB e CD.
d) o preço da maçã tenderá a diminuir.
e) não haverá alteração no mercado de maçãs.
2 – (ANALISTA TÉCNICO/SUSEP – ESAF/2010) Considere que as curvas de oferta e de demanda por um determinado bem possam ser representadas pelas seguintes equações:
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QS = 4p – 3 Qd = 9 – p2
Onde QS = quantidade ofertada do bem, p = preço do bem e Qd = quantidade demandada do bem. Considerando essas informações, o preço e a quantidade de equilíbrio de mercado para esse bem são, respectivamente, a) 2 e 2 b) 5 e 5 c) 2 e 5 d) 4 e 5 e) 2 e 4
3 - (FISCAL DE RENDAS/SÃO PAULO – FCC/2006) Considere a seguinte curva de possibilidade de produção para uma determinada economia fictícia, onde Y e X são os únicos bens produzidos na economia.
É correto afirmar:
a) somente o ponto A representa o pleno emprego dos fatores produtivos, pois é o
ponto mais alto da curva.
b) os pontos A e B, no curto prazo, representam maiores potenciais de crescimento
econômico, em relação ao ponto D.
D
A
B
C
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c) os pontos A, B e D, representam combinações de produção de Y e X em que
todos os recursos produtivos estão sendo utilizados.
d) a economia pode atingir o ponto C se houver um aumento na disponibilidade de
seus recursos produtivos e/ou por meio de inovações tecnológicas.
e) só é possível atingir os pontos A e B, a partir do ponto D, se houver um aumento
da disponibilidade de recursos produtivos na economia.
4 - (EPPGG/MPOG – ESAF/2001) “O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura. Colocando em um único gráfico as curvas de oferta e procura de um bem ou serviço qualquer, a intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço p0 e a quantidade q0. Este ponto é único: a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente a quantidade que os produtores querem vender. Ou seja, não há excesso ou escassez de oferta ou de demanda. Existe coincidência de desejos.”
(Trecho extraído do livro “Economia: micro e macro” de Marco Antonio
Sandoval de Vasconcellos, São Paulo. Atlas, 2.000 p. 66)
Dadas a função de demanda (D = 20 – 2p) e a função de oferta (S = 12 + 2p),
pede-se:
1) determinar o preço de equilíbrio (p0);
2) determinar a respectiva quantidade de equilíbrio (q0);
3) identificar se existe excesso de oferta ou de demanda, se o preço for $ 3 e
4) definir a magnitude desse excesso (q).
Indique a opção correta.
a) 1) p0 = $ 2; 2) q0 = 16 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 4 un.
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b) 1) p0 = $ 2; 2) q0 = 16 un.; 3) excesso de demanda e 4) q = 4 un.
c) 1) p0 = $ 4; 2) q0 = 12 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 8 un.
d) 1) p0 = $ 4; 2) q0 = 12 un.; 3) excesso de demanda e 4) q = 8 un.
e) 1) p0 = $ 6; 2) q0 = 10 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 6 un.
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Gabarito Comentado:
1 - (ECONOMISTA/BNDES – CESGRANRIO/2008) O gráfico abaixo mostra, em linhas cheias, as curvas da demanda e da oferta no mercado de maçãs.
Considere que maçãs e pêras são bens substitutos para os consumidores. Se o
preço da pêra aumentar e nenhum outro determinante da demanda e da oferta de
maçãs se alterar, pode-se afirmar que
a) a curva de demanda por maçãs se deslocará para uma posição como AB.
b) a curva de oferta de maçãs se deslocará para uma posição como CD.
c) as duas curvas, de demanda e de oferta de maçãs, se deslocarão para posições
como AB e CD.
d) o preço da maçã tenderá a diminuir.
e) não haverá alteração no mercado de maçãs.
Comentários:
Sendo maçãs e pêras bens substitutos, quando ocorrer o aumento do preço de um
dos produtos sem que ocorra qualquer outra alteração nos determinantes da
demanda ou da oferta do outro produto, a tendência natural é a substituição do
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produto que teve o seu preço elevado pelo outro produto que mantém o mesmo
preço. Essa substituição é representada pelo aumento da demanda por maças, que
no gráfico acima é demonstrando pelo deslocamento da curva de demanda para a
curva AB.
Gabarito: letra “a”.
2 – (ANALISTA TÉCNICO/SUSEP – ESAF/2010) Considere que as curvas de oferta e de demanda por um determinado bem possam ser representadas pelas seguintes equações:
QS = 4p – 3 Qd = 9 – p2
Onde QS = quantidade ofertada do bem, p = preço do bem e Qd = quantidade demandada do bem. Considerando essas informações, o preço e a quantidade de equilíbrio de mercado para esse bem são, respectivamente, a) 2 e 2 b) 5 e 5 c) 2 e 5 d) 4 e 5 e) 2 e 4
Comentários:
Essa questão é resolvida meramente pela igualdade entre a oferta e a demanda.
Acontece apenas que ao realizar a igualdade, será encontrado uma equação dos
segundo grau, de tal modo que você terá que se lembrar da famosa fórmula de
baskara, ok?
124934 22 −+⇒−=− pppp
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cab .42 −=Δ
64)12.(1442 =−−=Δ x
abx
22,1Δ±−
=
21 =p
62 −=p
Partindo do pressuposto de que o preço do bem ou serviço vendido não pode ser
negativo, pode-se concluir que o preço de equilíbrio é igual a 2. para se obter a
quantidade de equilíbrio, basta substituir o preço de equilíbrio em qualquer das duas
equações.
Vejamos:
QS = 4p – 3 QS = 4x2 – 3 = 5
Gabarito: letra “c”.
3 - (FISCAL DE RENDAS/SÃO PAULO – FCC/2006) Considere a seguinte curva de possibilidade de produção para uma determinada economia fictícia, onde Y e X são os únicos bens produzidos na economia.
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É correto afirmar:
a) somente o ponto A representa o pleno emprego dos fatores produtivos, pois é o
ponto mais alto da curva.
b) os pontos A e B, no curto prazo, representam maiores potenciais de crescimento
econômico, em relação ao ponto D.
c) os pontos A, B e D, representam combinações de produção de Y e X em que
todos os recursos produtivos estão sendo utilizados.
d) a economia pode atingir o ponto C se houver um aumento na disponibilidade de
seus recursos produtivos e/ou por meio de inovações tecnológicas.
e) só é possível atingir os pontos A e B, a partir do ponto D, se houver um aumento
da disponibilidade de recursos produtivos na economia.
Comentários:
O aumento dos recursos produtivos aumenta a capacidade de produção de uma
economia, permitindo a esta atingir o ponto C na CPP em epígrafe.
Gabarito: letra “d”.
D
A
B
C
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4 - (EPPGG/MPOG – ESAF/2001) “O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura. Colocando em um único gráfico as curvas de oferta e procura de um bem ou serviço qualquer, a intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço p0 e a quantidade q0. Este ponto é único: a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente a quantidade que os produtores querem vender. Ou seja, não há excesso ou escassez de oferta ou de demanda. Existe coincidência de desejos.”
(Trecho extraído do livro “Economia: micro e macro” de Marco Antonio
Sandoval de Vasconcellos, São Paulo. Atlas, 2.000 p. 66)
Dadas a função de demanda (D = 20 – 2p) e a função de oferta (S = 12 + 2p),
pede-se:
1) determinar o preço de equilíbrio (p0);
2) determinar a respectiva quantidade de equilíbrio (q0);
3) identificar se existe excesso de oferta ou de demanda, se o preço for $ 3 e
4) definir a magnitude desse excesso (q).
Indique a opção correta.
a) 1) p0 = $ 2; 2) q0 = 16 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 4 un.
b) 1) p0 = $ 2; 2) q0 = 16 un.; 3) excesso de demanda e 4) q = 4 un.
c) 1) p0 = $ 4; 2) q0 = 12 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 8 un.
d) 1) p0 = $ 4; 2) q0 = 12 un.; 3) excesso de demanda e 4) q = 8 un.
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e) 1) p0 = $ 6; 2) q0 = 10 un.; 3) excesso de oferta e 4) q = 6 un.
Comentários:
No equilíbrio aprendemos que a oferta se iguala à demanda. Sendo assim, temos:
Oferta = Demanda
20 – 2p = 12 + 2p
p = 2
Quantidade = 16
Sendo o preço igual a 3, a oferta será igual a 18 e a demanda igual a 14. Dessa
maneira verifica-se que o excesso de oferta será igual a 4.
Gabarito: letra “a”.
Observações Finais:
Os pontos abordados nesta aula demonstrativa representam apenas a
introdução aos conceitos microeconômicos presentes em provas de concursos
elaboradas especialmente pela CESGRANRIO. Aprofundaremos o nosso estudo a
partir da aula 1, momento no qual apresentaremos conceitos matemáticos de forma
pormenorizada e que poderão ser facilmente fixados por vocês para a resolução das
questões propostas pela Banca.
As questões presentes nesta aula demonstrativa foram utilizadas meramente
como forma de fixação do conteúdo apresentado. Não obstante, no decorrer do
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curso, apresentaremos a vocês questões “quentíssimas”, cobradas nos mais
diversos concursos recentemente realizados.
Esperando encontrá-los em nossa primeira aula, deixo aqui o meu abraço e o
desejo de bons estudos a todos vocês.
Mariotti