Economia da Felicidade: de volta à Filosofia, … · terá de mudar para se adequar ao modelo......
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EconomiadaFelicidade:devoltaàFilosofia,
SociologiaePsicologia
FernandoNogueiradaCostaProfessordoIE-UNICAMP
http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/
hipótese-chave• OEnsinodeCiênciaEconômica,depoisdesuadepuração,
ocorridaaolongodoséculoXX,afastando-sedasCiênciasHumanaseSociaisAfins,navãtentativadeganharstatuscientífico comseuusodalinguagemmatemáticadasCiênciasExatas,separou-seemMicroeconomia eMacroeconomia.
• Amicroeconomia tratadasdecisõesdosagenteseconômicos,amacroeconomia,daresultantesistêmicadessasdiversasdecisões.
• Porém,hoje,necessitareconstituir-seetransitardaformaçãodeprofissionaisespecialistasparaadegeneralistas,retomandoametodologiainterdisciplinarinicial.
2
MétododeAnáliseMultidisciplinar
• EstásendoretomadoocarátermultidisciplinardoconhecimentodosprimórdiosdaEconomiaPolíticaaoseempenharemconhecerocomportamentohumanonatomadadedecisõeseconômicasdecomprar,venderouinvestir.
• ÁreasdistintasdaCiênciaestãosomandoesforçoserecursosparaestruturaraáreadepesquisadestinadaacumpriressatarefa:aNeuroeconomia.
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ModelosdeEquilíbrio
• Emvezdeincorporarvariáveispsicológicas,institucionais,sociaiseambientaisàssuasteorias,amaioriadoseconomistaspreferetrabalharcomModelosdeEquilíbrio,adotandooparadigmacartesianoeosmétodosdaFísicanewtoniananavãtentativaadquirirrespeitabilidadecientífica.
• Comenfoquereducionistaefragmentário,sãomodelosmecânicos,baseadosemcadeiadecausas-e-efeitos,naturalmenteirrealistas.
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IdealXReal
• Partemdaideiaabstratademercadoslivres,ondecompradoresevendedoresracionaisseencontramcomigualpoderdemercadoeinformação.
• Essesmercadoslivres,equilibradospelaofertaeprocura,sóexistemidealmentecomocontrapontoàrealidade.
• Emoutraspalavras,paraverificarcomoessarealidadeterádemudarparaseadequaraomodelo...
5
SistemasComplexos• Osfenômenoseconômicos,talcomorealmenteexistem,estãoinseridosnasociedadeenoecossistema.
• EstesSistemasComplexosencontram-seemcontínuaevoluçãodinâmica,dependendodosigualmentemutáveissistemasecológicosesociaisemqueestãoimplantados.
• Paraentendê-los,oseconomistasnecessitamdeumaestruturaconceitualqueexpresseessacapacidadedosagentes,emcontínuasinterações,deinovaredeseadaptaranovassituações. 6
CAPRA,Fritjof.PontodeMutação.1982.• “Anovateoria,ouconjuntodemodelos,envolverámuito
provavelmenteumaabordagemsistêmicaqueintegraráaBiologia,aPsicologia,aFilosofiaPolíticaemuitosoutrosramosdoconhecimentohumano,emconjuntocomaEconomia,formandoumavastaestruturaecológica.(...)
• Suaabordagem aindaécientífica,masvaimuitoalémdaimagemcartesiana-newtonianadeciência.
• Suabaseempíricainclui,alémdedadosecológicos,fatossociaisepolíticosefenômenospsicológicos,umareferênciaclaraavaloresculturais.
• Partindodessabase,essescientistasestarãoaptosaconstruirmodelosdosfenômenoseconômicosmaisrealistaseconfiáveis”.
TeoriadosSentimentosMoraisdeAdamSmith(1759)
Sentimentosparaaprovaçãodocaráterdeumaaçãoderivamdequatrofontes:1.simpatiacomosmotivos doagente;2.gratidãofaceaobenefício desuasações;3.condutaobedienteàsregrasgerais;4.açõescomopartedeumsistemadecondutaquetendeapromoverafelicidadedoindivíduooudasociedade.
Economistas:filósofosepsicólogos• Nosprimórdiosdaciência,haviaapenasaFilosofia paratratardosfenômenossociaisedocomportamentoindividual.
• Osprimeiroseconomistas,porteremseformadonodebatefilosófico,acabaramsendoospsicólogosdeseutempo.
• Seuespectrodeestudosentendia-sedesdeainterpretaçãodoegoedoalter-egoindividuais atéainfluênciadadivisãodotrabalhonobem-estarcoletivo.
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TeoriadosSentimentosMorais (1759)deAdamSmith
• Subtítulo:“Ensaioparaumaanálisedosprincípiospelosquaisoshomensnaturalmentejulgamacondutaeocaráter,primeirodeseuspróximos,depoisdesimesmos,(...)”.
• “Osobjetosprimáriosdenossaspercepçõesmoraissãoasaçõesdeoutroshomens;alémdisso,nossosjuízosmoraissobrenossaprópriacondutasãoapenasaplicações,sobrenósmesmos,deavaliaçõesjáproferidasarespeitodacondutadonossopróximo”.
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Empatiaefelicidade• Empatia:designaaartedesecolocarnolugardooutro,pormeiodaimaginação,compreendendoseussentimentoseperspectivas,eusandoessacompreensãoparaguiarasprópriasações.
• Todorelacionamento,raizdoenvolvimento,vemdasintoniaemocional,dacapacidadedeempatia.
• “Quandonãosetratadeinveja,nossatendênciaasimpatizarcomaalegriaémuitomaiordoqueatendênciaasimpatizarcomador;porissomesmo,émaisfácilobteraprovaçãodoshomensnafelicidadedoquenaadversidade”. 12
Carênciadereconhecimento• “Éporqueoshomensestãodispostosasimpatizarmaiscompletamentecomnossaalegriadoquecomnossador,queexibimosnossariquezaeescondemosnossapobreza”.
• Smithexaminaamaisprofundamotivaçãopelaqualohomemricoorgulha-sedesuariqueza– eaexibe–enquantoohomempobre,aocontrário,envergonha-sedesuapobreza:sentirquenãoénotadodecepcionaomaisardentedesejodanaturezahumana.
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Emulação:sentimentoquelevaoindivíduotentarigualar-seousuperaroutro
• Muitohomempobrecolocasuaglóriaemserjulgadorico.
• Paraalcançaressainvejadasituação,oscandidatosàfortunaabandonam,comexcessivafrequência,astrilhasdavirtude.
• “Nãoéócio ouprazer,massemprehonradeumtipoououtro,emboraseguidamenteumahonramalcompreendida,oqueohomemambiciosorealmentepersegue”.
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PrincípiosdaMoraledaLegislaçãodeJeremyBentham(1789)Apalavra“utilidade” nãoressaltaasideiasdeprazer edor comtantaclarezacomootermo“felicidade”.
Tampoucootermonoslevaaconsideraronúmerodosinteressesafetadosparaformaranormaemquestão:
adocerto edoerrado,aúnicaquepodecapacitar-nosajulgar
aretidãodacondutahumana.
PrincípiodaUtilidadedeBentham
• Benthamdefine:“porPrincípiodeUtilidadeentende-seaqueleprincípioqueaprovaoudesaprovaqualqueração,segundoatendênciaquetema:
1. aumentarouadiminuirafelicidadedapessoacujointeresseestáemjogo,ou,
2. oqueéamesmacoisaemoutrostermos,segundoatendênciaapromoveroucomprometerareferidafelicidade”.
• “Digoqualqueraçãodeumindivíduoparticular,mastambémdequalqueratooumedidadegoverno”.
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TeoriadaUtilidadeXTeoriadosJogos• NaTeoriadaUtilidade,oindivíduoopta,isoladamente,ignorandooqueosoutrospossamestarfazendo.
• NaTeoriadosJogos,duasoumaispessoastentamdecidir,simultaneamente,cadaumaconscientedoqueasoutrasestãofazendo.
• Estaúltimateoriatraznovosentidoàincertezaaoafirmarqueaverdadeirafontedeincertezaresidenasintençõesdosoutros.
• Elatratadaprevisãodocomportamentoalheio.17
EscolaInstitucionalistaSurgiunatransiçãodoséculoXIXpara
oséculoXX,períododeconcentraçãodecapitalnaeconomianorte-americana,representadapelocrescimentodasgrandescorporaçõescomoforma
empresarialdominantedomercado.
EscolaInstitucionalista• ThorsteinBundeVeblen(1857-1929)éconsideradooprecursordaEscolaInstitucionalista,conjuntamentecomJohnRogersCommons(1862-1945)eWeleyC.Mitchell(1874-1948).
• Osinstitucionalistasseopunhamàpsicologiasubjacenteaospostuladosdaeconomialiberalclássicaeàsexplicaçõesneoclássicas,quepressupunhamanaturezahumanahedonista.
• Negavamqueocomportamentoeconômicopudesseserentendidocomaaçãoracionaldeindivíduosguiadospeladisposiçãodeobterprazereevitarador. 19
TeoriadaClasseOciosadeVeblen(1899)
• SegundoVeblen,ocomportamentohumanorevelavatendênciasdefinidasqueterminavamporconfigurarpadrãodeaçãocoletiva,quecomotempotornava-seumainstituição.
• Instituiçãoera,pois,conjuntodehábitos,costumesemodosdepensarcristalizadosempráticasaceitaseincorporadaspelacomunidade.
• Apermanênciadasinstituiçõesexpressavaaexistênciademodosdepensareagirarraigadosemgruposdeterminados ouemtodaasociedade. 20
Ócio• Otermo“ócio”,naconotaçãoquetemnesseestudodeVeblen,nãoimplicaindolência.
• Significa,simplesmente,tempogastoematividadenãoprodutiva.
• Gasta-seotempodemodonãoprodutivo,primeiramente,porumsentimentodaindignidadedotrabalhoprodutivoe,emsegundolugar,parademonstraracapacidadepecuniáriadeviverumavidainativa.
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Processodehabituaçãocomriqueza
• Oobjetivodaacumulaçãoderiquezasésempreaautoclassificaçãodoindivíduoemcomparaçãocomorestodacomunidadenotocanteàforçapecuniária.
• Entretanto,oindivíduonormal,enquantotalcomparaçãolheédistintamentedesfavorável,vivecronicamentedescontentecomaprópriasituação.
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Instintoshumanos• Pequenasdiferençasnocódigogenéticoresultamemcomportamentoshumanosinstáveiseimprevisíveis.
• Aspossibilidadesdecomportamentodiáriassãoinfinitas,poiseleestásujeitoàsaçõesdemuitasforçasbiológicas,cognitivaseculturais.
• Algumasseanulam,outrassereforçamnamesmadireção.
• Possuímosmecanismoadaptativoaoambientenaturalesocial.
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Épossívelmodelare/outeorizar?
• Épossíveltermodeloparapredizercomportamento,desdequehámuitosfatoresenvolvidos?
• Humanos,aparentemente,têmlivrearbítrio.
• Aexplicaçãodegrandepartedocomportamentohumanoéprocessoextraordinariamentecomplexo.
• Éprodutodemuitosfatoresdiferentes– instintivos,psicológicos,racionaiseemocionais–eaprediçãosetornaimpossível.
• Aaleatoriedade,então,éparteintrínsecadenossascaracterísticasneurais.
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AEvoluçãodoCapitalismoModerno:umEstudodaProduçãoMecanizadadeJohnAtkinsonHobson(1894)
Estesubtítulonãorevela,apriori,oconteúdodessaobraarespeitodaorigemenatureza
econômicadasFinançasmodernas,particularmente,nocapítuloX,“OFinancista”.
proletariadodosgrandescapitalistas
• Hobsoncomparaamassadeinvestidoresindividuaisao“proletariadodosgrandescapitalistas”.
• “Oinvestidorcomum,istoé,opequenocapitalista,precisaalienarousodeseucapital,damesmamaneiraqueotrabalhadorprecisatransferirousodesuacapacidadefísicadetrabalharaumorganizadordeempreendimentoderisco,sequiserauferiralgumavantagemdesta”.
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novaoligarquiafinanceira
• EspecularnaBolsadeValoresconsisteemprovocar“altasebaixasdepreços” alternadamente.
• “Qualquergrupodefinancistas,armadosderecursossuficientementegrandes,podecontrolarcomfirmezaumtítulo,utilizando-osejaparaesfolaropúblicoinvestidoringênuo,commovimentospredeterminadosdepreçosqueoenganam,levando-oacomprarevendercomprejuízos”.
27
EconomiadaFelicidadePRECHT,RichardDavid.
Quemsoueu?E,sesou,quantossou?Umaaventuranafilosofia.
SP,Ediouro,2009.pp.293-310.
Quemquersermilionário?• Umpobrepescadorestádeitadosobosol,indolente,
emaprazívelpraia.• Umturista vaifalarcomele,tentandoconvencê-loairpescar.
– “Porque?”,quersaberopescador.– “Paraganharmaisdinheiro”,respondeoturista,calculando
quantaspescariasamaiselenecessitariaparasetornarrico.– “Paraque?”,opescador quersaberdenovo.– “Parasertãoricoquepossadescansarempazsobosol”,
explicaoturista.– “Maséexatamenteissooqueestoufazendoagora”,
dizopescador,espreguiçando-se.
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Brasil:TrabalhadoresemCategoriasEducacionaissegundoClassesdeRenda(2010)-em%Fraçãodaclassederenda(intervalodequantis)efraçãodacategoriaeducacionalFraçãodaclasse,porcategoriaeducacionalFraçãodacategoriaeducacional,porclasse
0-99% 99-100% 0-100% 0-99% 99-100% Educação% TotalNSemeducaçãoouprimárioincompleto 38,2 5,2 37,9 99,9 0,1 100,0 23.814.711Primáriocompletoousecundárioincompleto 16,3 3,9 16,2 99,8 0,2 100,0 10.169.446Secundáriocompletoouuniversitárioincompleto 30,8 14,1 30,7 99,5 0,5 100,0 19.267.882Universidade 13,8 62,4 14,3 95,6 4,4 100,0 8.979.706Administração,negócioseeconomia 3,5 15,4 3,6 95,7 4,3 100,0 2.274.184Direito 1,3 12,9 1,4 91,1 8,9 100,0 910.118Engenharia,computação,produçãoearquitetura 1,5 12,2 1,6 92,2 7,8 100,0 982.160Medicina 0,3 11,1 0,4 71,0 29,0 100,0 241.510Saúde(excluimedicina) 1,3 2,7 1,3 98,0 2,0 100,0 830.522Humanidades,psicologia,ciênciassociais,serviçosocialeartes 1,5 2,1 1,5 98,7 1,3 100,0 973.314Agricultura,veterinária,alimentos,extraçãoemineração 0,3 1,6 0,3 94,7 5,3 100,0 195.587Formaçãodeprofessoreseciênciasdaeducação 3,0 1,5 3,0 99,5 0,5 100,0 1.856.458Matemática,física,estatísticaeciênciasdavida 0,6 1,2 0,6 98,0 2,0 100,0 393.671Jornalismoeinformação 0,2 0,8 0,2 96,5 3,5 100,0 150.568Serviçospessoais,transporte,proteçãoambientaledefesa 0,3 0,8 0,3 96,9 3,1 100,0 171.615Mestrado–doisanos 0,6 9,3 0,7 87,0 13,0 100,0 451.209Doutorado–quatroanos 0,2 5,1 0,3 81,2 18,8 100,0 70.247Total% 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 62.853.201TotalN 62.224.669 628.531,93 62.853.201 62.224.669 628.531,93 62.853.201Obs.:TotalNsignificatotaldetrabalhadoresocupadosFonte:Censo2010-IBGE(elaboradoporMarceloMedeiroseJulianaCastroGalvão-TDIPEA2080)
23,2%
14,4%
9.601.162 com Ensino Superior Completo (15,3%)
25%
1%maisrico
Carreirasprofissionais:rendadotrabalhoerendadocapital
Obs.: na primeira tabela, supõe-se três tipos de profissionais com Ensino Superior, durante suas carreiras completas (35 anos) com o mesmo aporte nominal (20% da renda mensal) nos 420 meses. Na segunda tabela, mais realista, a cada 10 anos, muda-se de faixa salarial, devido à titulação ou experiência, fazendo aporte inicial com o acumulado na faixa anterior.
RendimentosreaisdocapitaledotrabalhonaEraNeoliberal
32
Inflação,JuroNominal,JuroRealeSalárioReal:RendadoCapitalXRendadoTrabalho IPCA SELIC JuroReal BaseFixa Rend.Médio SalárioReal Base Fixa Desemprego
Anos (% a.a.) (%a.a.) (%a.a.) 100 Real(emR$) (%a.a.) 100 Médio(%)1995 22,4 41,2 15,4 115 1023 2,71 103 8,41996 9,6 23,9 12,5 130 1011 -1,17 102 9,51997 5,2 39,9 33,0 173 1003 -0,79 101 10,21998 1,7 29,2 27,0 219 932 -7,08 94 11,11999 8,9 19,0 9,3 240 921 -1,18 92 12,12000 6,0 15,8 9,3 262 899 -2,39 90 11,02001 7,7 19,3 10,8 290 831 -7,56 83 11,22002 12,5 24,9 11,0 322 831 0,00 83 11,7MédiaAnual 9,1 24,6 15,1 931 -1,05Fonte:IBGE(SNIPCeTaxadeDesempregoAbertoRegiõesMetropolitanas)/BCB(elaboraçãodoautorFNC)
r > g
RendimentosreaisdocapitaledotrabalhonaEraSocialdesenvolvimentista
Inflação,TaxadeJurosNominal(1),JuroReal(2),eSalárioReal:EvoluçãoAnos IPCA SELIC JuroReal BaseFixa SalárioReal BaseFixa Desemprego
(%a.a.) (%a.a.) (%a.a.) 100 (%a.a.) 100 Médio(%)2003 9,3 23,3 12,8 113 -12,6 87 12,32004 7,6 16,2 8,0 122 -1,3 86 11,52005 5,7 19,0 12,6 137 1,5 88 9,82006 3,1 15,1 11,6 153 4,0 91 10,02007 4,5 12,0 7,1 164 3,2 94 9,32008 5,9 12,5 6,2 174 3,4 97 7,92009 4,3 9,9 5,4 184 3,2 100 8,12010 5,9 10,0 3,7 190 3,8 104 6,72011 6,5 11,8 4,8 199 2,7 107 6,02012 5,8 8,5 3,1 206 4,1 111 5,52013 5,9 8,2 2,2 210 1,8 113 5,42014 6,4 11,0 4,3 219 2,7 116 4,82015 9,6 13,6 3,6 227 -2,5 113 6,8MédiaAnual 6,2 13,2 6,6 1,1DataBase:15/06/15-Projeção2015(1)MédiadaTaxaSelicNominal(2)JuroRealex-post:MédiadaTaxaSelicNominaldeflacionadapeloIPCAFonte:Bradesco-DEPECinclusiveprojeçãode2015(elaboraçãodoautorFNC)
r > g
100113 122
137153
164 174 184 190 199 206 210 219 227
10087 86 88 91 94 97 100 104 107 111 113 116 113
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
EraSocialdesenvolvimentista:RendadoCapitalXRendadoTrabalho
JuroReal SalárioReal
100115 130
173
219240
262290
322
100 103 102 101 94 92 90 83 83
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
EraNeoliberal:RendadoCapitalX RendadoTrabalho
JuroReal SalárioReal
-17%
+16%
Simulaçõesdeenriquecimentocomdependênciadetrajetóriadojuroneoliberalejuro socialdesenvolvimentista
comr iguala5%eg iguala1%,osdonosderiquezasóprecisamreinvestirumquinto(20%)doseurendimentodecapital
paragarantirqueasuariquezacresçatãorápidaquantoaeconomia.
Equivalência da taxa do juro média real: Era Neoliberal (1995-2002): 15,1% aa = 1,2% amEra Socialdesenvolvimentista (2003-2014): 6,6% aa = 0,5% am
37
EstoquedeRiquezaFinanceira NúmerodeInvestidores
>R$300.000 644.003
>R$700.000 221.194
>R$1.000.000 130.861
>R$3.000.000 57.705
>R$10.000.000 8.842
>R$20.000.000 3.902
Tipo NúmerodeInvestidores
TesouroDireto(cadastrados) 454.126
CBLC(ações) 571.963
FundosdePensãoFechados 2.276.000
FundosdePensãoAbertos 13.400.000
FIFs– VarejoeVarejoAltaRenda 8.940.787
DepositantesdePoupança 97.984.000
Fonte:Anbima/FGC/Abrapp/Fenaprevi/Bovespa-BMF- 2014
¾<R$1.000
Happinesseconomics• Institutosdeeconomiacontemporâneoscomo
oNewEconomicsFoundationestudamemquemedidaodinheirotrazfelicidade eseoscritériosrendaeposserealmenteservemparamedirafelicidadeeosucessodecadasociedade.
• SugeremqueosresponsáveispelaspolíticaspúblicasdeveriamseinspirarmaisumaveznoutilitarismodofilósofoinglêsJeremyBentham(1748-1831),quepermaneceuforademodapormuitasdécadas,masqueagoravemsendoreivindicadopelaneurociênciamoderna.
• Primeiroensinamentobásico:dinheiro,consumo,podereaexpectativadevidalonganãotrazemfelicidade. 39
Rendadafelicidade• ApartirdarendaindividualanualdecercadeUS$20mil
(+/- R$5.000/mêspercapita)afelicidadenãoaumenta namesmaproporçãoqueaelevaçãodosrendimentos.
• Emboracomprar possatrazerfelicidade,poralgum(pouco)tempo,omesmonãoacontececomaposse.
• Sedeterminadosanseios estãosatisfeitos,logosurgirãonovos,enquantonosacostumamoscomrapidezaoquepossuímoscomoalgonatural.
• Bomrelacionamentoesexotrazemmaisalegriadeviverdoque,p.ex.,dinheiroepropriedades.
40
Escalados“economistasdafelicidade”
• Dinheiro eprestígio estãonotopodenossosistemapessoaldevalores,àfrentedafamília edosamigos.
• Segundoaescalados“economistasdafelicidade”,narealidade,oquemaistrazfelicidade sãoosrelacionamentoscomasoutraspessoas,ouseja,comafamília,oparceiro,osfilhos eosamigos.
• Depoisestáosentimentodefazeralgodeútile,deacordocomascircunstâncias,i.é,quandoasperdemos,saúde eliberdade.
41
Sistemaementalidadecomorientaçãomaterialista
• AmaiorpartedaspessoasnoOcidentericovivedemodoequivocado emrelaçãoaosvaloresdessaescala,poispriorizamodinheiro,fazendoescolhasequivocadasdemodosistemático.
• Sacrificamliberdade eautodeterminação porsaláriomaisalto.
• Compramcoisasdequenãoprecisam,afimdeimpressionargentedasquaisnãogostam,comdinheiroquenãotêm.
• “Riqueza” étermomuitorelativo:somostãoricosquantonossentimos,easpessoasdenossoconvíviooferecem,nãoraro,oparâmetroparaessesentimento.
42
Víciodequerertertudo• Quemcontinuamentealmejamaisriqueza estatus,comparando-
secomoutros,temsintomasdecomportamentoviciado:aangústianãomelhoracommaiorcapacidadedegastar.
• Desejosmateriaisgeramestadocontínuodeinsatisfação,doqualnãoépossívelsurgirfelicidadeduradoura.
• Muitaspessoassemgrandesnecessidadesparaviver,vivemapenasseentediando,i.é,“morremdetédio”.
• Afelicidade podeedeveserproduzidaativamente:elanãonascesozinhapor“geraçãoespontânea”.
43
Produçãodafelicidade1. Atividade:faltadeaçãolevaàdepressão.
2. Viveremsociedade:vivenciaralgoemconjuntoaumentaaexperiênciadefelicidade.
3. Concentração:apreciar oaquie oagora;“tornar-sepresente”.
4. Expectativasrealistas:exigirdemaisoudemenosdesimesmoéerrocomum.
44
LeonTolstói:“afelicidadenãosignificafazertudoquesequer,masquerertudoquesefaz”.
5. Pensamentosesentimentos“certos”:osquegeramprazereevitamdesprazer,p.ex.,evitarcomparação:quemcompara,perde!
6. Nãoexagerarnaprocurapelafelicidade:crises,dificuldades eatédurosgolpespodemtambémsercurativos,levandoamelhoresreinícios;nãoinsistirnoque“nãoháoquemudar”.
7. Felicidadepelotrabalho:obriga-nosserativos;éamelhorpsicoterapia;quemnãotrabalhalogosesenteinútil edesmotivado.
45
[email protected]://fernandonogueiracosta.wordpress.com/