Economia Brasileira

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1. O PIB, Produto Interno Bruto: Composição, cálculo e perspectivas par 2014/15. 1.1 Composição O Produto Interno Bruto tem como fórmula a seguinte: PIB = CONSUMO + RENDA + INVESTIMENTO + GASTOS DO GOVERNO + SALDO DA BALANCA COMERCIAL (EXPORTAÇÕES-IMPORTAÇÕES) Consumo: É acompanhado pelo setor do Governo responsável por Política de Rendas, essa política trata de salários e tudo o que é relativo à renda. Investimento: Neste caso a Política Monetária define as regras, através de seus instrumentos: Depósito Compulsório, Redesconto e Open Market. Gastos do Governo: Quem trata desse componente do PIB é a Política Fiscal, aquela que se preocupa com a arrecadação, gastos, fiscalização. Balança Comercial: Quando se trata de importação e exportação, devemos nos remeter às trocas com o exterior, portanto ao câmbio. Logo, depreendemos que o tema relacionado à Balança Comercial é responsabilidade da Política de Câmbio. 1.2 Cálculo O cálculo do PIB é a soma de tudo o que é produzido no país e utiliza a metodologia do valor agregado, na qual apenas bens e serviços finais são considerados na contagem. 1.3 Perspectivas 2014/15 Pela quarta vez consecutiva, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país: o fundo agora acredita que a alta, este ano, deve ficar em 1,8% – em 2013, foi de 2,3%. Os dados estão no relatório "World Economic Outlook", divulgado no dia 08 de março. 2. Balanço de pagamentos: Composição, funções e déficit 2013/2014 2.1 Composição

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1. O PIB, Produto Interno Bruto: Composio, clculo e perspectivas par 2014/15.

1.1 ComposioO Produto Interno Bruto tem como frmula a seguinte:

PIB=CONSUMO + RENDA + INVESTIMENTO + GASTOS DO GOVERNO + SALDO DA BALANCA COMERCIAL (EXPORTAES-IMPORTAES)

Consumo: acompanhado pelo setor do Governo responsvel por Poltica de Rendas, essa poltica trata de salrios e tudo o que relativo renda.Investimento: Neste caso a Poltica Monetria define as regras, atravs de seus instrumentos: Depsito Compulsrio, Redesconto e Open Market. Gastos do Governo: Quem trata desse componente do PIB a Poltica Fiscal, aquela que se preocupa com a arrecadao, gastos, fiscalizao. Balana Comercial: Quando se trata de importao e exportao, devemos nos remeter s trocas com o exterior, portanto ao cmbio. Logo, depreendemos que o tema relacionado Balana Comercial responsabilidade da Poltica de Cmbio.

1.2 Clculo O clculo do PIB a soma de tudo o que produzido no pas e utiliza a metodologia do valor agregado, na qual apenas bens e servios finais so considerados na contagem.

1.3 Perspectivas 2014/15Pela quarta vez consecutiva, o Fundo Monetrio Internacional (FMI) cortou a previso de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do pas: o fundo agora acredita que a alta, este ano, deve ficar em 1,8% em 2013, foi de 2,3%. Os dados esto no relatrio "World Economic Outlook", divulgado no dia 08 de maro.

2. Balano de pagamentos: Composio, funes e dficit 2013/2014 2.1 Composio

1 - Transaes Correntes 1.1 - Balana Comercial 1.1.1 - Exportaes 1.1.2 - Importaes 1.2 - Servios e Rendas 1.2.1 - Fretes 1.2.2 - Viagens 1.2.3 - Seguros 1.2.4 - Financeiros 1.2.5 - Royalties e Licenas 1.2.6 - Alugueis 1.2.7 - Servios Governamentais 1.2.8 - Outros Servios1.3 - Transferncias Unilaterais2 - Conta Capital e Financeira 2.1 - Investimento Direto 2.2 - Investimento em Carteira3 - Erros e Omisses4 - Resultado do Balano de Pagamentos (1+2+3)

2.2 Funes um instrumento dacontabilidade nacionalque descreve as relaes comerciais de um pas com o resto do mundo. A funo registrar o total de dinheiro que entra e sai de um pas, na forma de importaes e exportaes de produtos, servios, capital financeiro e transaes comerciais.

2.3 Dficit de 2013Nos dez primeiros meses do ano de 2013, o dficit em conta corrente estava em US$ 67,548 bilhes, o que representava 3,63% do Produto Interno Bruto (PIB). J no acumulado dos ltimos 12 meses at outubro de 2013, o saldo negativo estava em US$ 82,211 bilhes, o equivalente a 3,67% do PIB. O maior dficit foi registrado em janeiro de 2013 (US$ 11,350 bilhes).

3. Poltica monetria fiscal e cambial: Exerccio Presente e o porqu da resistncia para a economia avanar.

4. Banco Central: atribuies e exerccio do controle monetrioO banco centra, de acordo com o Bank for International Settlements BIS, a instituio de um pas que tem o dever de regular o volume de dinheiro e de crdito da economia com o objetivo de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional. A maioria desses bancos tambm devem promover a eficincia e desenvolvimento do sistema financeiro do pas. As funes desempenhada pelo banco central so:- Monoplio de emisso: Gesto das atividades referentes ao meio circulante para satisfazer a demanda de dinheiro do pas. O Banco Central atende s necessidades do sistema bancrio e do pblico atravs dos mecanismos de emisso e recolhimento monetrio. A emisso acontece quando o Banco Central entrega papel-moeda para o banco comercial pelo de dbito de sua conta Reservas Bancrias para atender s necessidades de saques dos clientes nas contas correntes, por isso a emisso de papel-moeda pelo BCB reflete a demanda do pblico por papel-moeda. importante ressaltar que somente o Banco Central emite moeda.- Banco dos Bancos: Recebimento dos depsitos (reservas) dos bancos, prestamista de ltima instncia, regulao, monitoramento e fornecimento de sistemas de transferncia de fundos e de liquidaes de obrigaes.- Banqueiro do Governo: O Banco Central detm as contas mais importantes do governo, participa do manejo do seu fluxo de fundos e o depositrio e administrador das reservas internacionais do pas, zelando para que a estrutura das moedas e prazos, alm do equilbrio entre rendimentos, risco e incerteza seja compatvel com a natureza dos recursos- Supervisor do Sistema Financeiro: Para que o sistema financeiro possua estabilidade, eficincia e se desenvolva necessrio que haja um esquemas de normas e procedimentos apropriados e sua observncia. Na maioria das vezes, a superviso das instituies financeiras responsabilidade direta e exclusiva do banco central, mas existe casos em que essa funo pertence alada de organismos independentes. De todas as formas, nunca a fiscalizao completamente exgena ao banco central. Este possui a responsabilidade de elaborar normas para o funcionamento do sistema financeiro e ser o prestamista de ltima instncia. A regulao do sistema financeiro tem por objetivo a sua crescente eficincia, tendo em vista a sua liquidez e solvncia, e a adequao dos instrumentos financeiros.- Executor da poltica cambial: manuteno de ativos em moeda estrangeira e ouro para atuar nos mercados de cmbio, contribuir com a manuteno do poder de compra da moeda e assegurar o desempenho das transaes internacionais. Para alcanar esses objetivos, possvel adotar diferentes regimes cambiais, sendo esses divididos em dois grupos: cmbio fixo e cmbio flexvel. No cmbio fixo, a autoridade monetria fixa o preo internacional da moeda nacional. Dessa forma, para sustentar a paridade, o banco central assume o compromisso de comprar ou vender a moeda taxa estabelecida. Com taxas de cmbio fixas, a capacidade de o banco central influir na quantidade de moeda reduzida e o estoque monetrio determinado pela oferta cambial. Assim, o estoque monetrio ajusta-se s variaes na quantidade de moeda estrangeira, no sendo controlado pelo banco central. J no cmbio flexvel a taxa cambial estabelecida pelos agentes demandantes e ofertantes de moeda estrangeira no mercado cambial, com pouca ou nenhuma interferncia da autoridade monetria. Nesse regime, no h comprometimento da autoridade monetria de sustentar um preo internacional para a moeda nacional. O preo da moeda estrangeira se ajusta s variaes na quantidade de moeda. Dessa forma, o estoque monetrio controlvel pela autoridade monetria, fazendo com que a poltica monetria seja considerada ativa.- Executor da poltica monetria: essa poltica influencia a evoluo dos meios de pagamento e controla o processo de criao da moeda e do crdito, mediante os instrumentos de encaixe legal (depsito compulsrio), redesconto e operaes de mercado aberto. A taxa de encaixe legal mantida pelos bancos comerciais no banco central, possui relao inversa com a capacidade do sistema bancrio de expandir o crdito e a oferta monetria, pois, quanto maior as taxas de encaixe legal, menor capacidade dos bancos comerciais de conceder crdito e multiplicar a moeda. Ela esteriliza parte dos recursos que seriam utilizados pelas instituies bancrias para realizar operaes ativas, como emprstimos ou investimentos, assim, ao aument-la, o banco central reduz a capacidade potencial dos bancos para expandir o crdito. O redesconto est intimamente relacionado funo de prestamista de ltima instncia, mas tambm um instrumento de poltica monetria. Ao se destin-lo a sustentar instituies com problemas de liquidez ou a fomentar atividades prioritrias, injeta-se liquidez no sistema bancrio. A base de reserva dos bancos ampliada, sustentando nveis de crdito de outra maneira inacessveis, gerando um efeito expansionista sobre a oferta monetria. J uma diminuio do redesconto ocasiona restrio creditcia e monetria, uma vez que diminui a liquidez no sistema bancrio. As operaes de mercado aberto produzem impacto imediato e direto sobre os agregados monetrio, regulando a taxa de juros e a oferta monetria. Elas apresentam grande flexibilidade, agilidade e alcance para a regulao dos meios de pagamento. Dessa forma, so utilizadas pela maioria dos bancos centrais para a execuo da poltica monetria. Nessas operaes so realizadas a compra e venda de ttulos governamentais de curto prazo, no mercado secundrio, com rendimentos competitivos. O banco central, ao comprar ttulos pblicos, entrega moeda em troca de papel do governo, aumentando as reservas dos bancos, o crdito e a oferta monetria, provocando aumento dos preos dos ttulos e queda na taxa de juros.Na execuo da poltica monetria, o controle da liquidez ocorre principalmente com o uso do recolhimento compulsrio ou encaixe legal, as operaes de redesconto ou assistncia financeira de liquidez e as operaes de mercado aberto (ou open market). A liquidez no afetada imediatamente pelos recolhimentos compulsrios e as operaes de redesconto,levando em considerao que as instituies financeiras dispem de um prazo para se adequar a eventuais mudanas no compulsrio, por outro lado, a realizao de operaes de redesconto ou assistncia financeira de liquidez depende da ocorrncia de maior necessidade de liquidez. As operaes de mercado aberto podem ser utilizadas diariamente para controlar a liquidez. A operao desses instrumentos realizada por departamentos vinculados Diretoria de Poltica Monetria do BCB: o redesconto e o compulsrio, pelo Deban, e as operaes de mercado aberto, pelo Demab.

5. O Sistema de metas de inflao. Os principais (5) ndices e o porqu da elevao constante dos preos.

5.1 Principais ndices O anuncio pblico de um nmero como meta para a inflao, Um comprometimento institucional de que a estabilidade dos preos ser o primeiro objetivo da poltica monetria, ao qual os outros objetivos estaro subordinados, Muitas variveis, e no somente os agregados monetrios ou a taxa de cmbio, so levadas em conta na deciso de estabelecer os instrumentos de poltica monetria para o alcance da meta, Aumentar a transparncia da poltica monetria atravs da comunicao com o pblico e com o mercado sobre os planos, objetivos e decises das autoridades monetrias, Aumentar a responsabilidade do Banco Central com o alcance de tal objetivo, isto significa que o Banco Central paga um alto preo se adotar uma poltica arbitrria que leve a uma alta inflao

5.2 Elevao constante dos preosAtualmente, o Brasil tem uma das menores taxas de investimento no mundo: 19,4% do PIB. Este nmero pouco para acompanhar um mercado interno aquecido pelo aumento contnuo de renda e emprego. O resultado o descompasso entre oferta e demanda, e ento uma presso constante sobre os preos.

6. A dvida pblica e a carga fiscal: elevam o custo Brasil?A dvida pblica federal, que inclui tudo o que o governo deve a credores dentro e fora do pas, subiu 5,71% em 2013, para R$ 2,12 trilhes, novo recorde. Este valor repassado para o povo atravs da alta carga tributria. O Brasil tem a carga tributria mais pesada entre os pases emergentes e mais altaatque Japo e Estados Unidos. Alm de pesada, a tributao no Brasil tambm complexa e injusta: ao mirar o consumo, penaliza as faixas de menor renda.Outro fator agravante que os servios pblicos que deveriam ser prestados devido ao pagamento dos tributos no so prestados fazendo com que a populao tenha que recorrer a empresas privadas aumentando o custo de vida.

7. O papel da taxa de juros e seus reflexos sobre o crescimento econmicoPode-se definir juro como preo do fator de produo capital ou preo do dinheiro, sendo ele o valor que o tomador de emprstimo deve pagar ao proprietrio do capital, pois este abriu mo da liquidez imediata em favor de rendimentos futuros. A taxa de juros o instrumento de poltica monetria mais importante do Banco Central, uma vez que, por meio dela, a autoridade monetria pode afetar o nvel de preos e atividade econmica. A taxa de juros influencia na demanda por moeda e no investimento, seja do ngulo produtivo ou especulativo. O conhecimento dela fundamental para formulao de polticas econmicas, verificao da hiptese de mercados eficientes, elaborao de oramento de capital, determinao de preo de ativos financeiros e gesto de riscos de mercado. Apesar das vrias taxas existentes, o Banco Central controla diretamente apenas a taxa de juros do mercado de reservas bancrias, mercado no qual ele pratica a poltica monetria e influencia as demais taxas da economia. Entretanto, so as taxas de juros vigentes no sistema financeiro, em particular no sistema bancrio, que so relevantes para a populao, que toma elas como base para decises de poupana e investimento. O controle da taxa pelo Banco Central realizado de forma indireta, visto que ela depende de fatores fora do controle dele, como margens de lucro, risco de crdito e expectativas quanto ao desempenho futuro da economia. A taxa de juros do mercado de reservas bancrias chamada de taxa SELIC Sistema Especial de Liquidao e Custdia. Ela a taxa de juros que o Banco Central controla diretamente e a partir dela que as demais taxas de juros so formadas, sendo tambm chamada taxa primria ou taxa bsica de juros. Assim que o Banco Central a determina, as demais taxas so afetadas indiretamente.Uma alta na taxa de juros resulta em recesso econmica no pas, alm de gerar reduo da demanda, diminui o crescimento econmico, aumentando a pobreza e o desemprego. Quanto mais alta ela for, mais ser dificultado o crdito ao consumidor e ao setor produtivo, provocando queda de produo e de vendas. A demanda tambm cai devido as barreiras ao financiamento de compras, produzindo uma queda na inflao com a gradativa reduo dos preos. Ela tambm atrai capital especulativo, valorizando a moeda nacional frente ao dlar e facilitando a aquisio de produtos importados, o que gera diminuio da demanda por produtos nacionais e consequentemente, queda do preo destes. Com a moeda valorizada, o pas tambm exporta menos devido ao produto mais caro. Dessa forma, as empresas enfrentam novos concorrentes, podendo ter efeitos benficos, em caso de modernizao e equivalncia concorrncia, ou malficos, se forem varridas pela concorrncia internacional. A sensibilidade do investimento em relao taxa de juros possui grande importncia na economia, uma vez que determina se a demanda efetiva pode alcanar o nvel de pleno emprego atravs do incremento do investimento, provocado pela taxa de juros. A poltica do governo de interferir em variveis macroeconmicas para controlar a economia, tem sido o instrumento preferido do modelo implantado no final do sculo passado. Os juros altos foram utilizados, em uma primeira fase para atrair recursos externo. Atualmente so considerados a principal arma ao combate inflao, limitando a demanda.

8. A estrutura da Bolsa de Valores: porque do pfio desempenho do Brasil?A bolsa de valores o ambiente onde so realizados negcios que envolvem aes, ttulos de renda fixa, ttulos pblicos federais, moedas, commodities agropecurias e diversos tipos de derivativos financeiros.Ela funciona como ummercado organizado onde promovido o encontro entre investidores interessados em negociar valores e mercadorias, alm de ser responsvel por estabelecer as regras de negociao e criarum ambiente seguro e transparente. Atravs de sua plataforma de negociao, realiza o registro, a compensao, a liquidao e a listagem de ativos e valores mobilirios negociados e divulga diversas informaes de suporte ao mercado.A bolsa de valores ainda pode ser depositria central dos ativos negociados em seus ambientes, exercer atividades de gerenciamento de riscos das operaes atravs de seus sistemas e licenciar softwares e ndices. Cada bolsa de valorespossui seus prpriosndices, os quais so compostos pela performance das cotaes de um nmero pr-estabelecido de aes de empresas. A variao destesndicesfunciona parmetro para avaliao de desempenho mdio de ativos negociados na bolsa. Na bolsa de valores, as aes podem ser compradas de trs maneiras: fundos de investimento, clubes de investimento ou individualmente. Os fundos de investimento funcionam como condomnios onde cada um dos investidores possuem uma cota que equivale a uma poro do total de aes que o fundo tem. Os fundos possuem seu prprio estatuto, que informa regras e grau de risco dos investimentos. Dessa forma, ao aderir a um fundo, a pessoa deve estar de acordo com a sua poltica de investimento. Os clubes de investimento, por outro lado, possuem um carter menos formal. Diferentemente dos fundos, no h necessidade de um gestor certificado pela CVM, apenas de um representante que d a corretora a ordem de compra e venda de aes. Portanto, existe uma liberdade maior das pessoas em relao a onde e quanto ser o investimento. J de forma individual, a pessoa controla as ordens de compra e venda de suas aes, podendo contar com consultores da corretora para a escolha da compra de aes.A Bolsa de Valores juridicamente uma associao civil sem fins lucrativos, podendo se constituir como S/A. Ela tem como objetivos: manter local adequado para transaes de ttulos e valores mobilirios,gerir o sistema de registro e liquidao das operaes realizadas, estabelecer sistemas de negociao que assegure a liquidez do mercado, fiscalizar o cumprimento das disposies legais e aplicar penalidades, dar ampla divulgao as operaes efetuadas no prego, assegurar garantia pelos ttulos e valores negociados.

A bolsa brasileira quando comparada com outras bolsas de valores do mundo fica em clara desvantagem. De acordo com o analista Hamilton Moreira Alves, do BB Investimentos, o desempenho abaixo de pases em crise econmica explicado pelo desempenho pfio de aes de grande peso aqui, como aValee aPetrobras.Em 2013, a bolsa de valores brasileira apresentou o pior resultado entre os principais mercados acionrios mundiais. O ndice Ibovespa, no qual so reunidas as aes mais negociadas na BM&FBovespa, caiu 15,5%, enquanto os grandes mercados do mundo tiveram valorizaes superiores a 25%, chegando a 55% no Japo. Este o quarto ano consecutivo que o Ibovespa fecha descolado do comportamento das bolsas americanas.Para esse ano, a queda do Ibovespa teve vrios motivos, como a derrocada da petroleira OGX (sozinha foi responsvel por cerca de 40% da queda total) , o impasse do reajuste da gasolina, que afetou a Petrobrs, e pela retrao da economia chinesa, que afetou a Vale. Alm disso, tambm influiu o rebaixamento da perspectiva da nota brasileira pelas agncias de classificao de risco, o temor de risco regulatrio por parte dos estrangeiros, os juros altos e o PIB decepcionante. A alta da inflao no meio do ano, aliada aos protestos afundou a confiana na economia. A comunicao do governo e a falta de um rumo concreto para as aes de estmulo econmico tambm impactaram a noo de risco, afastando os investidores das bolsas de valores.

9. Organizao e funcionamento do BNDES, BNB, FNE para o financiamento das atividades produtivasO Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES) uma empresa pblica federal considerada como o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realizao de investimentos em todos os segmentos da economia, incluindo as dimenses social, regional e ambiental. Ele oferece condies especiais s micro, pequenas e mdias empresas, se destacando no apoio agricultura, indstria, infraestrutura e comrcio e servios. Alm disso, vem sendo implementado as linhas de investimentos sociais, voltadas paraeducao e sade, agricultura familiar, saneamento bsico e transporte urbano. Seu apoio ocorre atravs do financiamento de projetos de investimentos, aquisio de equipamentos e exportao de bens e servios. O Banco ainda destina financiamentos no reembolsveis a projetos que contribuam para o desenvolvimento social, cultural e tecnolgico. O BNDES elegeu como aspectos mais importantes do fomento econmico no contexto atual a inovao, o desenvolvimento local e regional e o desenvolvimento socioambiental. Dessa forma, estes aspectos devem estar presentes em todos empreendimentos apoiados pelo banco, sendo promovidos e enfatizados. O Banco do Nordeste do Brasil S. A. umainstituio financeira,estatal, considerada o maior banco de desenvolvimento regional da Amrica Latina. Ele possui como misso promover o desenvolvimento sustentvel na regio do Nordeste, como Banco Pblico competitivo e rentvel, por meio do apoio financeiro aos agentes produtivos regionais. Ele atrai investimentos, apia a realizao de estudos e pesquisas com recursos no-reembolsveis, e estrutura o desenvolvimento atravs de projetos de grande impacto. Alm de um agente de intermediao financeira, presta atendimento integrado aos que querem investir em sua rea de atuao, disponibilizando base de conhecimentos sobre o Nordeste e oportunidades de investimento na regio. Seus clientes so agentes econmicos (empresas, associaes e cooperativas) e institucionais (entidades governamentais federais, estaduais e municipais) e as pessoas fsicas (produtores rurais e empreendedores informais). O Banco do Nordeste responsvel peloCrediAmigo, maior programa de microcrdito produtivo orientado da Amrica do Sul. Sua metodologia de formao de grupos solidrios dispensa apresentao de garantias e sua clientela composta por 3,9 milhes de microempreendedores. Alm disso, tambm opera oPrograma de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste(Prodetur/NE), criado para estruturar o turismo da Regio com recursos de US$ 800 milhes.O Banco do Nordeste opera o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), um instrumento de poltica pblica federal que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento econmico e social do Nordeste, por meio da execuo de programas de financiamento aos setores produtivos, juntamente com o plano regional de desenvolvimento, visando a reduo da pobreza e das desigualdades.O FNE financia investimentos de longo prazo e capital de giro ou custeio, para os setores de agropecuria, industria, agroindustria,turismo, comrcio, servios, cultural e infraestrutura. Embora os recursos do Fundo representem ingressos adicionais para o Nordeste, no substituem outros fluxos financeiros do Governo Federal, de rgos repassadores ou do prprio BNB. Ele operacionalizado de acordo com diretrizes legais, como: destinao de metade dos recursos para o semirido; ao integrada com as instituies federais sediadas na Regio; tratamento preferencial aos mini, microe pequenos empreendedores; preservao do meio ambiente; conjugao do crdito com a assistncia tcnica; democratizao do acesso ao crdito e apoio s atividades inovadoras.10. Elementos constitutivos e a atuao do MDIC (Porque do fraco desempenho das exportaes nacionais?)

Entre as atribuies do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC) esto: desenvolvimento da indstria; do comrcio e servios; da propriedade intelectual e transferncia de tecnologia; da metrologia, normalizao e qualidade industrial; e das polticas de comrcio exterior. Sua atuao tem forte influencia no desenvolvimento industrial e econmico do pas. A Poltica Industrial um instrumento de governo para promover o crescimento e o desenvolvimento econmico, uma vez que trabalha principalmente com a integrao setorial. Perante o desafio de promover o desenvolvimento econmico brasileiro, o Governo Federal lanou, em 2008, a Poltica de Desenvolvimento Produtivo (PDP), cuja coordenao foi atribuda ao MDIC. As diretrizes dessa Poltica Industrial tm como objetivos a promoo da competitividade de longo prazo da economia, a consolidao da confiana na capacidade de crescimento da economia, a integrao dos instrumentos de polticas existentes, o fortalecimento da coordenao entre instituies de governo e o aprofundamento da articulao com o setor produtivo privado. Iniciativas estruturais, como o aumento da proteo social, a expanso dos investimentos pblicos e as desoneraes tributrias, tomadas antes da ecloso da crise de 2008 e mantidas, ajudaram o Brasil na superao das restries provocadas pela reduo das taxas de crescimento das economias centrais. Em 2010, as polticas pblicas continuaram focando no fortalecimento do mercado interno, visando suavizar os efeitos da crise internacional; na ampliao e diversificao dos mercados e destino das exportaes do pas; na internacionalizao de empresas de capital brasileiro; nos instrumentos de defesa comercial, metrologia e qualidade industrial e de propriedade intelectual, alm das negociaes de acordos internacionais de comrcio. As polticas adotadas incentivaram empresrios e trabalhadores a produzir e a consumir, para evitar a formao de um crculo vicioso decorrente da postergao dos investimentos e do consumo, o que geraria em desemprego e estagnao econmica. A atuao do MDIC atravs do programa Desenvolvimento do Comrcio Exterior e da Cultura Exportadora vincula-se ao objetivo setorial de aumentar as exportaes e agregar de valor aos produtos exportados, buscando a reduo da vulnerabilidade externa da economia brasileira pela ampliao do saldo da Balana Comercial e das transaes correntes do Balano de Pagamentos. A importncia desse programa se d na medida em que tem como objetivo a simplificao normativa e operacional do comrcio exterior brasileiro, a disponibilizao de mecanismos de incentivo s exportaes, o desenvolvimento e aprimoramento dos sistemas operacionais informatizados, a elaborao e divulgao de estatsticas e de informaes estratgicas sobre o comrcio exterior brasileiro e mundial, assim como a expanso da pauta brasileira de exportao em quantidade, qualidade e variedade de produtos, mercados de destino e de empresas brasileiras participantes do mercado internacional e defesa da indstria nacional contra prticas desleais de comrcio internacional. As exportaes brasileiras so afetadas por diversos fatores. Segundo uma pesquisa realizada pelo o jornal O Estado de So Paulo, das 800 empresas ouvidas, 40,8% apontaram como principal entrave a burocracia aduaneira, com uma grande quantidade de documentos necessrios para vendermos nossas mercadorias no exterior. Tambm foi bastante citado os custos porturios, agravado pelo excesso de mo de obra nos portos e baixo nvel de eficincia na administrao porturia. Alm disso, os empresrios tm dificuldades para obter a devoluo do PIS e COFINS, quando prevista por lei. Essa restituio do PIS e Cofins, pagos na compra de insumos, pode levar cinco anos e chegam a valer mais de R$ 10 bilhes. Os entrevistados ainda opinaram que deveria ser feita uma desonerao tributria das exportaes, inclusive dos impostos cumulativos (PIS, COFINS, CPMF) e desejam melhores condies de financiamento exportao.Aprofundando na questo dos portos brasileiros, apesar de o Brasil possuir uma grande quantidade de portos, quase todos so considerados ineficientes. Entre os pontos negativos do sistema porturio brasileiro, esto: burocracia de liberao de cargas, greve dos trabalhadores, atrasos na estadia dos navios nos portos, tempo de movimentao de cargas nos portos, armazenagem de cargas, acesso aos complexos porturios e roubo ou furto de cargas. Apesar dos portos brasileiros terem mais empregados que os outros pases, o processamento da carga muito lento, com uma mdia de 14 horas gastas em burocracia e 4 horas gastas nos portos e transporte interno. Alm dos problemas de ineficincia e os custos elevados, ainda h questo de segurana. De acordo com a International Maritime Organization, a costa brasileira era a terceira pior rea do mundo.Outra barreira para as exportaes brasileiras o transporte. Cerca de 80% das rodovias brasileiras so classificadas como deficientes, ruins ou pssimas, encarecendo o custo dos transportes e prejudicando as exportaes. A participao das ferrovias no transporte brasileiro de 24% e a dos caminhes, 63%, o que encarece tambm os custos dos transportes. H, portanto, uma necessidade de investimento em nossas estradas de ferro para que haja expanso e modernizao das vias j existentes, o que tornaria nossos produtos mais competitivos.