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Afecções das Vias Biliares AFECÇÕES MALIGNAS DAS VIAS BILIARES

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Afecções das Vias Biliares

AFECÇÕES

MALIGNAS DAS

VIAS BILIARES

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As principais afecções malignas das vias biliares são o câncer de vesícula, o co-langiocarcinoma e o Tumor de Klatskin.

O câncer de vesícula acomete principalmente mulheres em idade avançada e o tipo mais comum é o Adenocarcinoma. As causas principais incluem colelitíase (cálculos muito volumosos), pólipos de vesícula (grandes ou em crescimento), colecistite xantogranulomatosa e vesícula em porcelana. A suspeita pode ser identificada por Ultrassonografia ou Tomografia, diagnosticando e/ou acompa-nhando lesões suspeitas. Pólipos maiores que 1cm ou que crescem são suspei-tos e possuem indicação de colecistectomia.

O quadro clínico é inespecífico, podendo apresentar sintomas de síndrome con-sumptiva, com perda ponderal e astenia ou mesmo seguirem assintomáticos por longos períodos. O tratamento é a colecistectomia com margens livres, podendo, portanto, requerer hepatectomia parcial. Comumente o diagnóstico ocorre em fase avançada, com tumores irressecáveis, sendo indicada apenas paliação.

O colangiocarcinoma é o câncer que acometre a via biliar. As causas mais co-muns são os cistos de colédoco (pacientes jovens), a colangite esclerosante pri-mária, hepatites (B e C) e cálculos intra-hepáticos. O quadro clínico cursa com icterícia progressiva (piora conforme o crescimento do tumor, gerando maior obstrução) e pode haver a presença do sinal semiológico clássico do colangio-carcinoma: o sinal de Curvoisier-Terrier, no qual a vesícula torna-se palpável por tumor obstrutivo em colédoco distal.

O diagnóstico pode ser feito por Ultrassonografia, Tomografia, CPRE ou Colan-giorressonância e o tratamento depende do acometimento da lesão: para tumo-res intra-hepáticos, pode ser indicada ressecção simples ou lobectomia; em

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tumores distais, indica-se a duodenopancreatectomia (cirurgia de Whipple); Os tumores peri-hilares são de difícil tratamento e os irressecáveis indicam apenas paliação. Pode-se, ainda, realizar papilotomia e colocação de prótese biliar por CPRE para descompressão da via ou derivação biliar quando o achado é intrao-peratório. A Quimioterapia também é opção e o prognóstico é reservado.

O Tumor de Klatskin é o câncer dos ductos hepáticos, podendo acometer um ou ambos os ductos de diferentes formas e, por este motivo, são classificados em determinados tipos. Esta classificação, chamada de Bismuth, irá nortear o trata-mento das lesões.

Tipo 1: somente ducto hepático comum à Tratamento: ressecção dos ductos extra-hepáticos, colecistectomia com linfadenectomia e derivação por hepatico-jejunostomia

Tipo 2: na bifurcação dos ductos hepáticos à Tratamento: idem tipo 1 +ou- lo-bectomia hepática

Tipo 3A: invade hepático Direito / Tipo 3B: hepático Esquerdo à Idem Tipo 1 + Lobectomia ipsilateral sempre

Tipo 4: Invade os dois ductos à Irressecável