Programa de Coleta Seletiva – UNESP/ Rio Claro III C ICLO DE P ALESTRAS.
DOUTORAMENTO (3 C ICLO EM IÊNCIA OLÍTICA E ELAÇÕES ... · dges direcÇÃo geral do ensino...
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DGES DIRECÇÃO GERAL DO ENSINO SUPERIOR
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR
D O U T O R A ME N T O (3º C IC L O ) E M C I Ê N C IA PO L ÍT ICA E RE L A ÇÕ E S
I N T E R N A C ION A IS - ADEQUAÇÃO -
(De acordo com o art. 35 do Decreto Lei 74/2006, de 24 de Março)
Departamento de Relações Internacionais e Administração Pública
Escola de Economia e Gestão – Universidade do Minho Dezembro 2008
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MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR
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A. CICLO DE ESTUDOS EM FUNCIONAMENTO
QUE É OBJECTO DE ADEQUAÇÃO
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Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais
A Universidade do Minho está fortemente ligada à introdução de estudos de
relações internacionais em Portugal, sendo a instituição universitária pioneira nesta área
científica. O primeiro curso foi lançado há trinta e três anos, tendo começado a funcionar
no Outono de 1975, inicialmente a nível de bacharelato, e depois a nível de licenciatura,
em 1978. Por sua vez, a concessão do grau de doutoramento em Ciência Política e
Relações Internacionais pela Universidade do Minho data dos inícios da década de
oitenta, tendo o primeiro doutoramento nesta área sido atribuído em Outubro de 1983.
Ulteriormente, no ano de 1993 (Diário da República – II Série, de 7 de Setembro de
1993), foram redefinidos os ramos de doutoramento da Universidade do Minho, tendo –
mais recentemente - em 2005, sido aprovado o novo plano de estudos do doutoramento
em Ciência Política e Relações Internacionais que contempla, pela primeira vez, a
existência de uma parte curricular (Diário da República – II Série, Nº 41, de 28 de
Fevereiro de 2005). É de frisar, igualmente, que o Mestrado em Estudos Europeus da
Universidade do Minho foi o primeiro a entrar em funcionamento em Portugal no
domínio específico da integração europeia, no ano de 1987, pelo que também aqui se
tentou ampliar o esforço de oferta de pós-graduações na base do próprio trabalho da
Universidade do Minho na área científica das Relações Internacionais. De notar ainda
que a experiência ao nível do 2º ciclo (Mestrado em Estudos Europeus e Mestrado em
Relações Internacionais) tem tornado notório que a pressão da procura no nível inicial da
formação superior tende a transferir-se para os ciclos subsequentes. Esta tendência deverá
acentuar-se com a entrada em funcionamento na Universidade do Minho do 1º e 2º ciclos
em Ciência Política, conforme projectos aprovados pela Direcção Geral do Ensino
Superior.
É de salientar nesta instância que, historicamente, o projecto de ensino das
Relações Internacionais se configura mesmo como uma das áreas estruturantes da própria
Universidade do Minho, pois possibilitou a criação e consolidação - entre outras - das
áreas do Direito, da Economia, da Filosofia, da Comunicação Social e das Línguas Vivas.
Cumpre, pois, assinalar a génese de uma ideia inovadora desta instituição universitária
que frutificou, e é, hoje, um factor de prestígio e de projecção das universidades
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portuguesas quer a nível nacional quer a nível internacional. Foi seguramente uma aposta
ganha. Do mesmo modo, é de sublinhar neste ensejo que a criação de cursos superiores
em Portugal nos domínios da Ciência Política e Relações Internacionais só foi possível
após o 25 de Abril de 1974, constituindo uma assaz feliz expressão da democratização do
ensino superior no nosso país. Numa época de progressiva transnacionalização, a
Academia portuguesa tem na Universidade do Minho um dos contributos mais nítidos em
matéria de ensino e reflexão aprofundada sobre o fenómeno internacional nas suas
múltiplas vertentes, como acentuara especificamente, em Despacho Ministerial, já em
1983, o Embaixador Vasco Futscher Pereira, enquanto Ministro dos Negócios
Estrangeiros. Tal reconhecimento levaria nomeadamente – entre muitas outras iniciativas
- à escolha da U.M. como protagonista do Seminário Internacional da UNESCO sobre a
Evolução Recente das Ciências Políticas levado a cabo no ano de 1987, e como sede do
Congresso oficial Portugal-Brasil de Ciência Política e Relações Internacionais, realizado
em Junho de 2000.
Cabe referir que, até ao presente, a Universidade do Minho formou mais de 1800
licenciados, mestres e doutores nesta área específica com excelente desempenho
profissional nas mais diversas frentes da actividade internacional. A formação em
Relações Internacionais é claramente de banda larga e permite trabalhar num espectro
muito alargado de funções de cariz internacional. A frente externa é, por maioria de
razão, vastíssima, o que garante uma probabilidade muito alta de absorção pelo mercado.
Sabemos que a nova Europa do alargamento requer mais competência. Um dos eixos
fundamentais da Agenda de Lisboa definida pela União Europeia pretende precisamente
fazer do conhecimento, da investigação e da inovação os motores do crescimento
sustentado É também este, em grande medida, o projecto de ensino das relações
internacionais. É do nosso ponto de vista, porventura, a melhor definição dos objectivos
dos cursos superiores de Relações Internacionais que poderíamos encontrar. Por outro
lado, o debate sobre as políticas públicas desenvolve-se, hoje, numa multiplicidade de
patamares. É, pois, necessário interrogarmo-nos sobre os novos ambientes internacionais,
mas talvez mais do que isso questionarmo-nos sobre as próprias capacidades de
aprendizagem e de interpretação de novos dados. E quem cita capacidades de
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aprendizagem, diz mobilização de recursos intelectuais, tais como competências periciais,
informação qualificada, inovação, saber e saber para fazer.
O Processo de Bolonha implica uma profunda revolução no espaço europeu de
ensino superior e visa dois objectivos fundamentais:
- Em primeiro lugar, a adopção de um enquadramento europeu para as
qualificações superiores, consubstanciado num sistema de três ciclos com orientações e
objectivos distintos, claramente definidos em termos de um quadro de competências que
permita acomodar uma diversidade de necessidades individuais, científicas e do mercado
de trabalho.
- Em segundo lugar, o reconhecimento e acreditação dos graus e períodos de
estudos, promovendo o acesso, transferência, mobilidade, e comparabilidade das
formações no espaço europeu de ensino superior (definida pela carga de aprendizagem,
nível, resultados e competências).
Os objectivos do curso de doutoramento visam a formação especialmente
qualificada de graduados para o exercício de altas funções em organizações
internacionais, nas instituições da União Europeia, na carreira diplomática, nos
departamentos de interface externo de empresas privadas, nos departamentos e
assessorias de relações internacionais de ministérios e outros organismos públicos, e em
organizações não-governamentais. Visando tais objectivos, esta configuração pretende
responder às novas relações internacionais - mais complexas e exigentes. A adopção de
um sistema de graus facilmente compreensível e comparável no Espaço Europeu do
Ensino Superior, e a exigência de um certificado de mobilidade, requerem
obrigatoriamente um elevado grau de correspondência entre as ofertas curriculares no
mesmo domínio do conhecimento. No caso específico da área de Relações Internacionais
– desde a sua entrada em funcionamento no Outono de 1975 - a Universidade do Minho
sempre procurou pautar a estrutura deste perfil específico de formação pelas escolas de
referência a nível europeu.
Existe, na adequação do presente doutoramento, um forte entrosamento com Núcleo
de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais (NICPRI) da Universidade
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do Minho. O Núcleo foi formalmente criado em Maio de 2000 e é, desde 2004,
directamente financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia ao abrigo do
Programa de Financiamento Plurianual de Unidades de Investigação e Desenvolvimento
(I&D). No contexto do processo de reavaliação e acreditação internacional de todas as
unidades científicas internacionais lançado na Primavera de 2007, e em resultado de uma
ponderação séria sobre os seus recursos, necessidades e objectivos, o NICPRI viu a sua
composição triplicar com a integração de investigadores das Universidades de Évora e de
Coimbra; e passou a estar organizado em dois grupos de investigação, a saber, ‘Estado,
União Europeia e Relações Internacionais’ e ‘Europa, Sociedade e Cidadania’. A linha de
investigação do primeiro grupo desenvolve-se fundamentalmente em torno dos seguintes
tópicos: as dinâmicas do Estado, a União Europeia como actor internacional, política
internacional, organização e segurança e o lugar de Portugal na Europa e no Mundo. Da
agenda de investigação do segundo grupo fazem parte temáticas relacionadas com a
cidadania e os novos paradigmas da política e a identidade e dinâmicas de uma Sociedade
Europeia.
O NICPRI tem como objectivos primordiais fomentar a investigação e o ensino nos
domínios da Ciência Política e das Relações Internacionais com um nível de qualidade
compatível com os padrões internacionais de referência; e implementar e expandir
actividades de pós-graduação que incluam a orientação de teses de Mestrado e
Doutoramento, assim como, a realização de Cursos de Mestrado em Estudos Europeus e
em Relações Internacionais, e de um Programa de Doutoramento em Ciência Política e
Relações Internacionais. Esta Unidade I&D tem ainda por finalidade estratégica
participar em redes e programas de investigação nacionais e internacionais com
incidência nas suas linhas de investigação; promover projectos colectivos envolvendo os
diversos membros do Núcleo, financiados pela FCT; e concretizar parcerias no âmbito de
projectos de natureza multidisciplinar, com instituições nacionais e estrangeiras.
Desde 2005, o NICPRI publica a revista ‘Perspectivas - Portuguese Journal of
Political Science and International Relations’; e desde 2007 o Núcleo passou a estar
associado ao projecto editorial subjacente à revista (com arbitragem científica)
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‘Economia e Sociologia’, mediante a participação de alguns dos seus membros no
Conselho Editorial da mesma.
Nas suas actividades de ensino graduado e pós-graduado, bem como na investigação,
o NICPRI tem vindo a estabelecer uma rede de cooperação com um conjunto
diversificado de universidades europeias, africanas e latino-americanas. Ademais, alguns
dos seus investigadores são membros activos de Organizações Europeias e Internacionais
no domínio das relações internacionais (como por exemplo, o Standing Group on
Internacional Relations do European Consortium for Political Research) e participam em
conselhos editoriais de revistas científicas nacionais e internacionais.
Este Núcleo tem por objectivo a geração e difusão de conhecimentos resultantes de
investigação de pendor teórico e empírico no seu domínio científico que é, por
excelência, a Ciência Política e Relações Internacionais. Visa, ainda, promover e apoiar a
investigação e estudo em áreas relacionadas com o seu domínio científico e em áreas de
interesse para o próprio Núcleo, nomeadamente: o processo de integração europeia, a
política externa portuguesa, a política e organização internacional no pós-Guerra Fria,
estudos de segurança, a globalização, a cidadania, entre outros. O corpo de investigadores
é actualmente composto por dezasseis membros efectivos, tendo alguns destes realizado o
seu Doutoramento em países onde a investigação nestas áreas se encontra numa fase mais
avançada. O NICPRI tem ainda como finalidade contribuir para a formação dos docentes,
destas áreas, no quadro das suas carreiras académicas; facilitar o intercâmbio de
conhecimento com outras instituições de ensino superior e think tanks nacionais e
estrangeiros; patrocinar, realizar e participar em eventos científicos de natureza diversa
(como por exemplo, workshops, seminários de investigação, PhD seminars, conferências,
entre outros). O NICPRI procura, assim, dinamizar a investigação naquele que é um dos
poucos estabelecimentos do Ensino Superior que desenvolve estudos nestas áreas, a
Universidade do Minho.
É esta cultura organizacional internacional da Universidade do Minho que orienta
em grande medida também esta adequação do Doutoramento em Ciência Política e
Relações Internacionais da Universidade do Minho aos critérios de Bolonha (3º Ciclo),
um projecto de ensino fundado na área científica da Ciência Política e Relações
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Internacionais. Esta adequação é pensada para ir ao encontro da criação de uma área
europeia de ensino superior baseada, como é, num sistema de créditos que deve assegurar
a comparabilidade entre sistemas diferentes. A passagem real para o sistema ECTS não é,
como se sabe, um mero exercício aritmético, mas resulta de uma moderna concepção dos
curricula. A chave é dar o salto qualitativo para que a evolução se marque pela diferença
e pela inovação. Ao contrário do que parece ser à primeira vista um processo
“unificador”, a filosofia de Bolonha fomenta a inovação e a competição.
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B. ESTRUTURA CURRICULAR E PLANO DE ESTUDOS
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FORMULÁRIO
1. Estabelecimento de ensino:
Universidade do Minho
2. Unidade orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.):
Escola de Economia e Gestão
3. Curso:
Ciência Política e Relações Internacionais
4. Grau ou diploma:
Grau de Doutor
5. Área científica predominante do curso:
Ciência Política e Relações Internacionais
6. Número de créditos, segundo o sistema europeu de transferência de créditos,
necessário à obtenção do grau ou diploma:
Plano de estudos de 240 ECTS e plano de estudos de 180 ECTS
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7. Duração normal do curso:
8 semestres (plano de estudos com 240 ECTS) e 6 semestres (plano de estudos com
180 ECTS)
8. Opções, ramos, ou outras formas de organização de percursos alternativos em
que o curso se estruture (se aplicável):
O Ciclo de Estudos integra:
a) um curso de estudos avançados em Ciência Política e Relações Internacionais
(60 ECTS).
b) uma tese de natureza científica (180 ECTS).
O Ciclo de Estudos contempla dois planos de estudos:
a) um curso de estudos avançados em Ciência Política e Relações Internacionais
(60 ECTS) e uma tese de natureza científica, totalizando 240 ECTS;
b) uma tese de natureza científica (180 ECTS).
9. Áreas científicas e créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau ou
diploma:
QUADRO N.º 1
Plano de Estudos 240 ECTS
CRÉDITOS ÁREA CIENTÍFICA SIGLA OBRIGATÓRIOS OPTATIVOS
Ciência Política/Relações
Internacionais
CPRI
240
-
TOTAL 240 0 (1)
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QUADRO N.º 2
Plano de Estudos 180 ECTS
CRÉDITOS ÁREA CIENTÍFICA SIGLA OBRIGATÓRIOS OPTATIVOS
Ciência Política e Relações
Internacionais
CPRI
180
-
TOTAL 180 0 (1)
(1) Indicar o número de créditos das áreas científicas optativas, necessários para a
obtenção do grau ou diploma.
Observações: A escolha de dois planos de estudos no mesmo curso de doutoramento tem em
consideração a possibilidade de proporcionar um ciclo de estudos do terceiro ciclo a
profissionais da área da Ciência Política e Relações Internacionais cujo percurso
profissional/académico justifique a dispensa das unidades curriculares lectivas de um
curso avançado. Desta forma, a existência de um plano de estudos de 180 ECTS com
incidência exclusiva na elaboração de plano de tese e a respectiva execução e defesa
permite o acesso destes profissionais mais qualificados à obtenção do grau de doutor.
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Plano de Estudos 240 ECTS
«Universidade do Minho» «Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais »
«Grau de Doutor» «Ciência Política e Relações Internacionais»
QUADRO N.º1
TEMPO DE+ TRABALHO
(HORAS) UNIDADES CURRICULARES ÁREA
CIENTÍFICA TIPO
TOTAL CONTACTO
CRÉDITOS OBSERVA
ÇÕES
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
Parte Curricular - 1º Semestre
Complementos de Ciência Política CPRI Sem. 280 TP: 40; 10
Complementos de Relações Internacionais CPRI Sem. 280 TP: 40; 10
Metodologia de Investigação CPRI Sem. 280 TP: 50; 10
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«Universidade do Minho»
«Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais» «Grau de Doutor»
«Ciência Política e Relações Internacionais »
QUADRO N.º2
TEMPO DE TRABALHO
(HORAS) UNIDADES CURRICULARES ÁREA
CIENTÍFICA TIPO
TOTAL CONTACTO
CRÉDITOS OBSERVA
ÇÕES
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
Parte Curricular - 2º Semestre
Seminário Temático CPRI Sem. 280 TP: 40; 10
Elaboração de Projecto de Tese CPRI Sem. 280 OT: 60; 10
Exames Compreensivos CPRI Sem. 280 OT: 80; 10
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«Universidade do Minho»
«Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais» «Grau de Doutor»
«Ciência Política e Relações Internacionais»
QUADRO N.º3
TEMPO DE TRABALHO
(HORAS) UNIDADES CURRICULARES ÁREA
CIENTÍFICA TIPO
TOTAL CONTACTO
CRÉDITOS OBSERVA
ÇÕES
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
Parte de Investigação - 6 semestres
Elaboração orientada da dissertação CPRI 3º a 8º Sem. 4500 OT: 750; 180
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Plano de Estudos 180 ECTS
«Universidade do Minho»
«Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais» «Grau de Doutor»
«Ciência Política e Relações Internacionais»
QUADRO N.º4
TEMPO DE TRABALHO
(HORAS) UNIDADES CURRICULARES ÁREA
CIENTÍFICA TIPO
TOTAL CONTACTO
CRÉDITOS OBSERVA
ÇÕES
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)
Parte de Investigação - 6 semestres
Elaboração orientada da dissertação CPRI 1º a 6º Sem. 4500 OT: 750; 180
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C. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DOS OBJECTIVOS VISADOS PELO CICLO DE ESTUDOS
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O Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais (3º Ciclo)
configura-se como uma proposta de formação avançada na respectiva área, dando
resposta às necessidades de investigação fundamental e aplicada. Procura entrosar-se com
projectos de pesquisa de grande envergadura que visem responder às necessidades e
desafios do país.
O Curso visa o desenvolvimento de competências em Ciência Política e Relações
Internacionais para a produção de conhecimento teórico (incluindo as interacções com
áreas do conhecimento próximas ou pertinentes); e para a testagem e aprofundamento das
vertentes metodológicas, designadamente em torno das especificidades ligadas à área
científica.
Pretende-se com esta formação avançada em Ciência Política e Relações
Internacionais:
� responder às necessidades de formação avançada no âmbito da Ciência Política
e Relações Internacionais;
� corresponder às legítimas expectativas de prossecução de estudos dos
estudantes da Universidade do Minho, bem como de candidatos de outras
proveniências;
� desenvolver investigação original susceptível de alargar as fronteiras do
conhecimento em Ciência Política e Relações Internacionais;
� promover projectos colectivos de investigação;
� qualificar os investigadores e os altos quadros da Ciência Política e das
Relações Internacionais;
� impulsionar o desenvolvimento científico da Ciência Política e Relações
Internacionais.
O 2º ciclo de estudos visa proporcionar um conjunto de competências:
Gerais
⇒ Capacidade de investigação, análise e reflexão crítica com base em
conhecimento científico.
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Conhecimento/compreensão
⇒ Conhecimento e compreensão avançados das teorias e dos conceitos das
Relações Internacionais e sua aplicação às questões da actualidade;
⇒ Conhecimento e compreensão avançados dos debates em curso das Relações
Internacionais;
⇒ Avaliação de diferentes interpretações dos factos internacionais;
⇒ Conhecimento, análise e avaliação das políticas estabelecidas;
⇒ Conhecimento e compreensão avançados dos métodos de investigação
utilizados nas Relações Internacionais;
⇒ Conhecimento avançado das fontes em Relações Internacionais, em diferentes
suportes (impressos, orais, electrónicos).
Intelectuais
⇒ Desenvolvimento de investigação independente;
⇒ Desenvolvimento de pensamento autónomo;
⇒ Comparação e avaliação dos conceitos e paradigmas das Relações
Internacionais;
⇒ Capacidade de pensar criticamente acontecimentos, ideias, instituições e
práticas políticas aplicando conceitos, teorias e métodos utilizados no estudo das
Relações Internacionais;
⇒ Formulação e defesa efectivas de posições com base na literatura científica e
na evidência empírica;
⇒ Análise e avaliação dos fenómenos;
⇒ Reflexão crítica;
⇒ Argumentação coerente e concisa;
⇒ Comunicação efectiva de ideias.
Práticas
⇒ Organização e estruturação de argumentos;
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⇒ Aplicação de conceitos e teorias;
⇒ Uso de bibliotecas e de novas tecnologias no acesso à informação;
⇒ Pesquisa, compilação e organização de bibliografias; Análise e síntese de
informação complexa;
⇒ Recolha, análise, classificação e avaliação de dados e de informação de
diferentes fontes (primárias e secundárias);
⇒ Expressão e comunicação efectivas, claras e relevantes;
⇒ Formulação e defesa de posições e argumentos de forma efectiva, coerente e
concisa;
⇒ Síntese de informação relevante;
⇒ Uso de tecnologias de comunicação e informação para a análise e apresentação
de informação.
Transversais (análise, comunicação, resolução de problemas e interpessoais)
⇒ Capacidade de iniciativa e de inovação;
⇒ Identificação, investigação, análise e formulação de soluções práticas e
estratégicas para os problemas;
⇒ Pesquisa, compreensão e organização de informação;
⇒ Desenvolvimento de projectos e gestão do tempo de acordo com os
calendários definidos;
⇒ Capacidade de trabalhar com autonomia;
⇒ Capacidade de trabalhar em equipa; Capacidade de desenvolver uma atitude
assertiva;
⇒ Capacidade de organização e planeamento.
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D. FUNDAMENTAÇÃO SUCINTA DO NÚMERO DE CRÉDITOS COM BASE NO TRABALHO ESTIMADO DOS ALUNOS E
ATRIBUÍDA A CADA UNIDADE CURRICULAR, INCLUINDO OS INQUÉRITOS REALIZADOS AOS ESTUDANTES E DOCENTES
TENDO EM VISTA ESSE FIM.
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Os créditos atribuídos às unidades curriculares (UC) foram calculados tendo em
conta a importância relativa que cada um tem no plano de estudos do 3º Ciclo.
No plano de estudos de 240 ECTS, o 1º e 2º semestres integram UC que se
apresentam como áreas estruturantes da Ciência Política e das Relações Internacionais e
que completam um percurso iniciado no 1º Ciclo.
No âmbito de cada UC houve a preocupação de equilibrar, ao longo dos
semestres, as horas de contacto com o docente com as horas de trabalho independente.
No 1º e 2º semestres, as horas de contacto com o docente compreendem aulas colectivas,
seminários e tutorias. As horas de trabalho independente serão repartidas, ao longo do 3º
ciclo, designadamente nos dois primeiros semestres, por horas de estudo e trabalho de
projecto. A partir do 3º semestre, há uma lógica de trabalho diferente, o acompanhamento
do trabalho será individual. Daí que as horas de contacto com o docente se processem ao
nível das tutorias.
Na definição do número de unidades de crédito de cada unidade curricular foram
considerados ainda: a experiência adquirida na leccionação e na orientação tutorial; a
reflexão e iniciativas de preparação levadas a cabo pela Universidade do Minho com
vista à adequação da oferta educativa no Processo de Bolonha; a comparabilidade
internacional.
De referir que o Gabinete de Avaliação da Qualidade do Ensino da Universidade
do Minho lançou no 2º semestre de 2004/05 um inquérito aos alunos dos cursos de
Licenciatura (Percepção do Ensino pelos Alunos – PEA) e a docentes (Percepção do
Ensino pelos Docentes – PED) com a intenção de recolher vários dados, entre os quais o
tempo dedicado ao estudo individual pelos alunos e o estimado como necessário pelos
docentes para cada unidade curricular. A amostra foi constituída por 49876 questionários
respondidos pelos alunos e 1565 pelos professores. Apesar de o inquérito não abranger as
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unidades curriculares dos cursos de pós-graduação, o facto de se ter optado por reduzir o
1º ciclo de estudos para três anos, permitiu utilizar os resultados obtidos para desenhar a
presente proposta.
Entre os 3º e 8º semestres (plano de estudos 240 ECTS) ou entre os 1º e 6º
semestres (plano de estudos 180 ECTS), os doutorandos devem elaborar a tese. Esta fase
assenta no trabalho independente orientado tutorialmente. Entende-se, contudo, não ser
desejável que desenvolvam esse trabalho isolados. Por essa razão, a duração do
Doutoramento envolverá os doutorandos em actividades de investigação no âmbito do
Núcleo de Estudos em Ciência Política e Relações Internacionais (NICPRI) e da Escola
de Economia e Gestão.
Esta lógica compreende-se melhor tendo em conta as grandes linhas dos
conteúdos programáticos das diferentes unidades curriculares, bem como as modalidades
de avaliação previstas para cada uma delas:
Complementos Avançados de Ciência Política
Esta unidade curricular abrange de forma aprofundada e avançada, entre outros tópicos,
os tipos de conhecimento político, as fontes de autoridade política, as teorias
caontemporâneas do estado, os processos políticos, desenvolvimento político, os tipos de
participação política, as instituições políticas, a teoria das elites, tipos de violência
política, sistemas políticos comparados.
Complementos Avançados de Relações Internacionais
Esta unidade curricular supõe a exploração aprofundada do vasto leque de temas do
domínio científico das relações internacionais. Entre outros tópicos e debates,
perspectivas sobre a anarquia internacional, guerra e paz, os grandes dilemas
internacionais contemporâneos, soberania e pós-soberania, geopolítica e estratégia,
organizações internacionais, política internacional, estado do debate sobre as teorias das
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relações internacionais, integração política, direitos humanos, globalização, economia
política internacional, terrorismo, proliferação ADM, paz democrática e area studies.
Metodologia de Investigação
É suposto que o aluno de Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais
domine as principais técnicas qualitativas e quantitativas aplicáveis à investigação na área
da Ciência Política e Relações Internacionais, pelo que o objectivo principal desta
unidade curricular consiste no apoio à estruturação de um “research design”, preparatório
da dissertação e a ajustar à elaboração do Projecto.
SeminárioTemático
Trata-se de uma unidade curricular variável que não tem um conteúdo definido
previamente. A leccionação pode constar de leituras orientadas ou incluir a frequência de
um seminário. Poderá ainda, excepcionalmente ser substituída pela frequência de unidade
curriculares leccionadas noutro programa de doutoramento em áreas afins. Seja qual for o
conteúdo adoptado, o doutorando deve adquirir um conhecimento científico aprofundado
da área em que tenciona elaborar a dissertação.
Exames Compreensivos
Caso a Comissão Directiva do Ciclo de Estudos (CDCE) opte pela realização de exames
compreensivos estes incluirão não apenas as matérias leccionadas nos cursos teóricos
enunciados, mas ainda qualquer tema da área da Ciência Política e Relações
Internacionais. Neste caso, a CDCE elaborará uma listagem de questões ou lista de
leituras que deverão servir de guião para a preparação do exame.
Projecto de Tese
Será elaborado no âmbito do seminário e consistirá da revisão bibliográfica da literatura
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relevante, da estruturação das hipóteses de trabalho e da metodologia a aplicar. Será
defendido perante um júri, o qual poderá aprovar na íntegra, sugerir alterações ou rejeitar,
convidando o candidato à reformulação completa do projecto. O acompanhamento do
Projecto será da responsabilidade de um Professor da área da Ciência Política e Relações
Internacionais.
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E. FUNDAMENTAÇÃO SUCINTA DO NÚMERO TOTAL DE CRÉDITOS E DA CONSEQUENTE DURAÇÃO DO CICLO DE
ESTUDOS
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O Ciclo de Estudos integra:
a) um curso de estudos avançados em Ciência Política e Relações Internacionais
constituído por um conjunto de unidades curriculares que integram a parte escolar do
Ciclo de Estudos, perfazendo um total de 60 unidades de crédito (ECTS);
b) uma tese de natureza científica, original e especialmente realizada para esse
fim, que corresponde a um total de 180 ECTS.
O Ciclo de Estudos contempla dois planos de estudos:
a) um curso de estudos avançados em Ciência Política e Relações Internacionais
(60 ECTS) e uma tese de natureza científica, original e especialmente realizada para esse
fim(180 ECTS), totalizando 240 ECTS;
b) uma tese de natureza científica, original e especialmente realizada para esse
fim, perfazendo 180 ECTS.
A parte lectiva do 3º ciclo de estudos (curso de estudos avançados) tem a duração
de dois semestres, compreendendo seis unidades curriculares, num total de 1680 horas de
trabalho, correspondente a 60 ECTS. Os seis semestres subsequentes, num total de 4500
horas de trabalho, correspondente a 180 ECTS, são dedicados à elaboração da tese de
doutoramento, com base no projecto de investigação submetido no primeiro de ano de
formação avançada.
Ambos os planos de estudo contemplam a elaboração e defesa de um projecto de
tese que consistirá na revisão aprofundada da literatura, estruturação das hipóteses de
trabalho e metodologia a aplicar. O projecto de tese terá que ser apresentado até ao final
do primeiro ano do respectivo plano de estudos. O projecto será defendido perante um
júri de Doutorados em Ciência Política e Relações Internacionais. É condição
indispensável para a prossecução do ciclo de estudos a avaliação positiva no primeiro ano
- exames compreensivos e defesa do projecto de tese, no caso dos doutorandos que
ingressaram no plano de estudos de 240 ECTS; e defesa do projecto de tese,
relativamente aos doutorandos que ingressaram no plano de estudos de 180 ECTS.
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F. DEMONSTRAÇÃO SUMÁRIA DA ADEQUAÇÃO DA
ORGANIZAÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS E METODOLOGIAS DE ENSINO
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O 3º Ciclo de estudos em Ciência Política e Relações Internacionais encontra-se
organizado de molde a responder a dois princípios. O primeiro é o da articulação e
coerência com os ciclos anteriores de estudos na área, na Universidade do Minho; o
aprofundamento da formação na área da Ciência Política e Relações Internacionais
associada à consolidação das competências ao nível da investigação.
A preocupação subjacente vai no sentido de assegurar que, em qualquer dos
casos, os doutorandos disponham de oportunidades de frequentar estudos avançados que
constituam bases sólidas para as exigências da investigação neste nível avançado de
estudos.
No que diz respeito às metodologias, procurar-se-á combinar os conteúdos
leccionados pelo docente com o trabalho do doutorando. Havendo uma ideia, ainda que
em fase de gestação, sobre o tema e problema a desenvolver no projecto de tese, os
trabalhos da componente lectiva a realizar pelo doutorando poderão orientar-se nesse
sentido.
Na fase lectiva e no período de preparação da tese privilegiar-se-ão duas
orientações que se reputa como imprescindíveis neste nível de estudos: por um lado,
sempre que possível, a articulação de projectos individuais com projectos colectivos em
desenvolvimento, e aos quais os professores do curso se encontrem ligados; por outro
lado, entrosar, na medida do possível, esses projectos com os grandes eixos e linhas de
investigação do NICPRI - Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações
Internacionais.
Em conclusão, este Ciclo de Estudos obriga à compreensão sistemática da área da
Ciência Política e Relações Internacionais; possibilita a obtenção de competências no
domínio das metodologias da investigação científica; permite analisar e avaliar ideias
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novas no domínio da referida área científica; e dá instrumentos necessários à investigação
original.
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G. ANÁLISE COMPARATIVA COM DOUTORAMENTO DE
REFERÊNCIA NO ESPAÇO EUROPEU
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31
Antes da instituição em Portugal de uma avaliação sistemática dos cursos
superiores lançada a partir de 1994/1995, foi expressamente consultada a London School
of Economics and Political Science, tendo então um dos seus professores de Relações
Internacionais e um dos nomes mais conceituados em toda a Europa, Francis S.
Northedge, contribuído para a definição do modelo curricular de Relações Internacionais
da Universidade do Minho. De igual modo, foram na mesma altura consultadas, entre
outras instituições, a Academia Diplomática de Viena e a Escola de Sciences Po, em
Paris.
A procura de coerência da actual oferta curricular de Relações Internacionais da
Universidade do Minho nos três ciclos resulta de uma ponderação criteriosa que tem em
conta a matriz científica própria desta área bem como os perfis em vigor nas principais
instituições europeias. Por outro lado, o conjunto da oferta pós-graduada beneficiou
igualmente dos dois períodos de avaliação realizados recentemente em Portugal, e das
recomendações das respectivas comissões de avaliação externa dos cursos de licenciatura
que integraram, entre outros reconhecidos especialistas internacionais, os professores
Andrew Hurrell da Universidade de Oxford, Vamireh Chacon de Albuquerque
Nascimento da Universidade de Brasília, e Rafael Calduch Cervera da Universidade
Complutense de Madrid. Daqui resultou necessariamente um maior aperfeiçoamento dos
curricula.
A existência de um core científico nesta área, nomeadamente em termos de
Ciência Política, Teorias das Relações Internacionais, Instituições Internacionais,
Geopolítica e Estratégia, Segurança Internacional, e Teorias e Processos de Integração,
podem e devem contribuir para uma formação global coerente – corresponde ao que é
oferecido em várias instituições europeias tais como a École des Hautes Études
Internationales de Genebra, Sciences Po, a Universidade Livre de Bruxelas (ULB), a
Universidade de Bordéus, ou a Universidade de Bolonha. Assim, a actual oferta
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curricular de Relações Internacionais da Universidade do Minho resulta de uma
ponderação criteriosa que tem em conta a matriz científica própria desta área bem como
os perfis em vigor nas principais instituições europeias.
Para efeitos de comparabilidade, no plano desta adequação a Bolonha, foram
ainda consideradas as ofertas de formação avançada das seguintes instituições europeias:
� Institut d’Etudes Politiques (Sciences-Po, Paris) <www.sciences-po.fr>;
� Universidade de Aberythwith <www.aber.ac.uk/~inpwww>;
� Universidad Complutense de Madrid < http://www.ucm.es/centros/webs/fpolisoc>
� Universidade de Oxford <www.politics.ox.ac.uk>;
� Universidade de Warwick <www.essex.ac.uk>.
Na análise comparativa realizada constata-se uma diversidade de oferta de formação
avançada, designadamente no que respeita à duração do ciclo de estudos (três ou quarto
anos), à (in)existência de parte curricular e à designação dos cursos. O core da formação
na área específica (teoria política e teoria das relações internacionais) e a componente
metodológica estão contemplados nas instituições analisadas, tal como na presente
proposta de adequação.
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H. FORMA COMO OS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA FORAM INCORPORADOS NA ORGANIZAÇÃO DO
CICLO DE ESTUDO
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Não se aplica.
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Anexo
Mapa do Corpo Docente
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Mapa do corpo docente afecto ao ciclo de estudos
Instituição Universidade do Minho Estabelecimento Escola de Economia e Gestão Curso Ciência Política e Relações Internacionais Ciclo de Estudos 3º Processo A preencher pela DGES
Docente Gra
u Área de
Especialização Regime de
Serviço Prática Profissional Unidade Curricular
Luís Filipe
Lobo-Fernandes Dout
or Ciência Política Exclusividad
e Professor Associado c/
Agregação -Complem. Avanç. de
Relações Intern. -Exames Compreensivos -Elaboração do Projecto
Maria do
Céu Pinho Ferreira Pinto
Doutor
Relações Internacionais
Exclusividade
Professor Auxiliar c/ Agregação
-Seminário Temático -Exames Compreensivos -Elaboração do Projecto
Ana Paula
Lima Pinto Oliveira Almeida Brandão
Doutor
Relações Internacionais
Exclusividade
Professor Auxiliar -Complem. Avanç. de Relações Intern.
-Exames Compreensivos -Elaboração do Projecto
Laura
Cristina Ferreira Pereira
Doutor
Relações Internacionais
Exclusividade
Professor Auxiliar -Complem. Avanç. de Ciência Política
-Exames Compreensivos -Elaboração do Projecto
Isabel Maria
Estrada Carvalhais
Doutor
Ciência Política Exclusividade
Professor Auxiliar -Metodologia da Investigação
-Exames Compreensivos -Elaboração do Projecto
José António de Passos Palmeira
Doutor
Relações Internacionais
Exclusividade
Professor Auxiliar -Seminário Temático -Exames Compreensivos -Elaboração do Projecto
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FICHA CURRICULAR DE DOCENTE
Dados Pessoais
Nome Ana Paula Lima Pinto de Oliveira Almeida Brandão
Instituição Universidade do Minho
Regime de Tempo Exclusividade
Formação Académica
Ano Grau Área Instituição Classificação
1987 Licenciatura Ciência Política e Relações Internacionais
Universidade do Minho
15 valores
1991 Mestrado Estudos Europeus
Universidade do Minho
Muito Bom
1999 Doutoramento Ciência Política e Relações Internacionais
Universidade do Minho
Aprovado por unanimidade (sistema sem indicação qualitativa ou quantitativa)
Investigação Relevante
PTDC/CPO/64365/2006 - A Coordenação Multinível no Combate ao Terrorismo Transnacional: Os casos de Portugal e Espanha (projecto financiado pela FCT) POCI/CPO/57413/2004 - PESC e Cooperação Policial: A Coordenação Inter-Políticas no Combate ao Terrrorismo Transnacional (projecto financiado pela FCT) "Migração Internacional e Estudos de Segurança: Dilemas da Investigação", Estratégia, Instituto Português da Conjuntura Estratégica/Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e Academia Internacional da Cultura Portuguesa, 16, 2007:81-100 A Segurança Humana em Debate". Perspectivas - Portuguese Journal of Political
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Science and International Relations (1), 2005: 107-115. “Segurança: Um Conceito Contestado em Debate” (trad. Security: The Debate about a Contested Concept). In Informações e Segurança - Estudos em Honra do General Pedro Cardoso, coord. Adriano Moreira. Lisboa: Prefácio. 2004: 37-55.
Experiência Profissional Relevante
Professor Auxiliar do Departamento de Relações Internacionais de nomeação definitiva (desde 2004) Professor Auxiliar do Departamento de Relações Internacionais e Administração Pública da Universidade do Minho (1999-2004). Assistente do Departamento de Relações Internacionais e Administração Pública da Universidade do Minho (1991-1999). Assistente-Estagiária do Departamento de Relações Internacionais e Administração Pública da Universidade do Minho (1987-1991). Monitora de “Ciência Política”, 1987.
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FICHA CURRICULAR DE DOCENTE
Dados Pessoais
Nome Isabel Maria Estrada Carvalhais
Instituição Universidade do Minho
Regime de Tempo Exclusividade
Formação Académica
Ano Grau Área Instituição Classificação
1995 Licenciatura Ciência Política e Relações Internacionais
Universidade do Minho
17 valores
1999 Mestrado Sociologia Universidade de Coimbra
Aprovado (sistema s/ indicação qualitativa/ quantitativa)
2004 Doutoramento Sociologia Universidade de Warwick, Reino Unido
Aprovado (sistema sem indicação qualitativa ou quantitativa)
Investigação Relevante
Postnational Citizenship and the State. Lisboa: Celta. 2007 Cidadania no Pensamento Político Contemporâneo. Principia: SJ Estoril. 2007 ‘The cosmopolitan language of the state: post-national citizenship and the integration of non-nationals’, European Journal of Social Theory, 10(1): 99-111. ‘Condição pós-nacional da cidadania política - pensar a integração de residentes não-nacionais em Portugal’, Sociologia - Problemas e Práticas, 50, 109-130.
Experiência Profissional Relevante
Professor Auxiliar do Departamento de Relações Internacionais e Administração
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Pública da Universidade do Minho (desde 2004) Assistente do Departamento de Relações Internacionais e Administração Pública da Universidade do Minho (1999-2004) Assistente-Estagiária do Departamento de Relações Internacionais e Administração Pública da Universidade do Minho (1997-1999)
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FICHA CURRICULAR DE DOCENTE
Dados Pessoais
Nome José António de Passos Palmeira
Instituição Universidade do Minho
Regime de Tempo Tempo total
Formação Académica
Ano Grau Área Instituição Classificação
2003 Doutor Ciência Política e Relações
Internacionais
Universidade do Minho
Aprovado
1995 Mestre Estudos Europeus
Universidade do Minho
Muito Bom
1991 Licenciado Relações Internacionais
Universidade do Minho
14 valores
Investigação Relevante
“Portugal e o Sistema Geopolítico Mundial (1945-2000)” [Tese de Doutoramento]
“A(s) Política(s) Europeia(s) de Defesa – A Posição de Portugal” [Dissertação de Mestrado]
Experiência Profissional Relevante
Docente da Universidade do Minho, desde 1996
Jornalista, 1981-1996
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FICHA CURRICULAR DE DOCENTE
Dados Pessoais
Nome Laura C. Ferreira-Pereira
Instituição Universidade do Minho
Regime de Tempo Exclusividade
Formação Académica
Ano Grau Área Instituição Classificação
2003 Phd Rel. Internacionais
University of Kent Admitted To The Degree
1997 Mestrado Estudos Europeus
Universidade do Minho
Muito Bom
1992 Licenc. Rel. Internacionais
Universidade do Minho
16 Valores
Investigação Relevante
Inside the Fence But Outside the Walls: The Militarily Non-Allied States in the Security Architecture of Post-Cold War Europe, Bern/Oxford, Peter Lang, 2007, 343 páginas.
‘Between Scylla and Charybdis: Explaining Portugal’s Approach to the European Foreign and Security Policy’, Journal of European Integration, Vol. 29, No. 2, Maio 2007, pp. 209-228.
‘Inside the Fence but Outside the Walls: Austria, Finland and Sweden in the Post-Cold War Security Architecture’, Cooperation and Conflict, Vol. 41, No. 1, Março 2006, pp. 99-122.
‘‘Mutual Solidarity’ within the European Union’s Common Foreign and Security Policy: What is the Name of the Game?’, Aceite para publicação na
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International Politics. Com A.J.R. Groom (segundo autor).
Experiência Profissional Relevante
Profª. auxiliar, de nomeação definitiva, da escola de economia e gestão da universidade do minho, desde junho de 2008.
Assistente do deptº de relações internacionais da univerisdade do minho, de junho de 1997 a junho de 2003.
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FICHA CURRICULAR DE DOCENTE
Dados Pessoais
Nome Luís Filipe Lobo-Fernandes
Instituição Universidade do Minho
Regime de Tempo Exclusividade
Formação Académica
Ano Grau Área Instituição Classificação
1982 Licenciatura Rel. Internacio. Univ. do Minho Quinze
1992 M.A. Polit. Science Univ. Cincinnati Muito Bom
1995 Doutoramento Polit. Science Univ. Cincinnati Dist. e Louvor
Investigação Relevante (5 publicações ou trabalhos)
2007 – García Pérez, Rafael, e Luís Lobo-Fernandes. España y Portugal: Veinte años de integración europea (Coord.). Santiago De Compostela: Tórculo Edicións.
2007 – Lobo-Fernandes, Luís. “De Tucídides a Guicciardini: Factores perenes do realismo em Relações Internacionais e a ascensão dos novos colossos asiáticos”. Relações Internacionais, nº 16, Dez. 2007, pp. 7-19.
2007 - Prefácio do livro Guerra em Rede: Portugal e a Transformação da NATO de João Nunes vicente. Lisboa: Editora Prefácio.
2007 – Lobo-Fernandes, Luís. “A Europa Aberta e a Integração Continental”, capítulo do livro 50 Anos do Tratado de Roma coordenado por Alessandra Silveira. Lisboa: Quid Júris Sociedade Editora.
2007 – “Em Torno da Questão da Repartição de Poderes entre a União Europeia e os Estados-membros em Matéria de Política Externa”. Negócios Estrangeiros, número
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11.1, Julho 2007, pp. 36-54.
2006 – Lobo-Fernandes, Luís. “El Nexo Político de la Integración: Europeización, Portugal y los Modelos de Poder”. Revista de Estudios Europeos, nº 44, Septiembre-Diciembre 2006, pp. 67-74.
Experiência Profissional Relevante (5 referências)
Desde Julho de 2006 - Pró-Reitor da Universidade do Minho.
2006-2008 – Director do Departamento de Relações Internacionais e Administração Pública.
2002-2003 – Visiting Fulbright Scholar na Universidade de Washington (Henry Jackson School of International Studies), Seattle, Estados Unidos.
1999-2001 – Director do Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais.
1983-1990 – Consultor do Grupo Têxtil RICON, Vila Nova de Famalicão.
Fevereiro-Julho de1983 – Comissão Europeia, Bruxelas.
1982- 1983 – Assessoria das Relações Internacionais da Presidência da República, Lisboa.
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FICHA CURRICULAR DE DOCENTE
Dados Pessoais
Nome Maria do Céu de Pinho Ferreira Pinto
Instituição Universidade do Minho
Regime de Tempo Exclusividade
Formação Académica
Ano Grau Área Instituição Classificação
1998 Doutoramento Ciência Política e Relações Internacionais
Universidade de Durham, UK
SC
1994 Mestrado Relações Internacionais
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (UTL)
Muito Bom
1990 Licenciatura Relações Internacionais
Universidade do Minho
15
Investigação Relevante
Nós, os povos das Nações Unidas”: os 60 anos da ONU e o futuro da organização, Ed. Tribuna da História (em fase de publicação).
As Nações Unidas e a manutenção da paz (e as actividades de peacekeeping doutras organizações internacionais), Coimbra, Almedina, 2007
Islamist and Middle Eastern Terrorism: A Threat to Europe?, Centro Militare di Studi Strategici (CeMISS)/Rubbettino, Roma, 2004
Political Islam and the United States: A Study of U. S. Policy Towards the Islamist Movements in the Middle East, Ithaca Press, Reading, 1999
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Experiência Profissional Relevante
Realizou as Provas de Agregação a 22 e 23 de Fevereiro de 2006
Nomeada Prof. Auxiliar de nomeação definitiva em reunião do Conselho Científico de 5 de Fevereiro de 2003
Professora Auxiliar do Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais (Escola de Economia e Gestão), desde 14 de Abril de 1998
Assistente do Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais (Escola de Economia e Gestão), de 18 de Julho de 1994 a 14 de Abril de 1998