DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · logística dos fornecedores de primeiro...
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A UTILIZAÇÃO DO MRP COMO DIFERENCIAL ESTRATÉGICO
PARA O AUMENTO DA COMPETITIVIDADE PRODUTIVA
EMPRESARIAL
Por: José Dias da Silva
Orientador
Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A UTILIZAÇÃO DO MRP COMO DIFERENCIAL ESTRATÉGICO
PARA O AUMENTO DA COMPETITIVIDADE PRODUTIVA
EMPRESARIAL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de Especialista em Engenharia de Produção.
Por: José Dias da Silva
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Glória e Luiz
e minha irmã Rebeca por sempre me
incentivarem. A minha esposa Wísma
que com sua intensa cobrança não
deixou que eu desanimasse. Aos
amigos da graduação que contribuíram
para que eu continuasse minha busca
pelo conhecimento, em especial ao
Renato, Arley e Marcus que sempre
foram amigos de primeira hora. E a
Deus, a quem devo homenagear e
agradecer.
4
DEDICATÓRIA
Dedico à minha mãe, que sempre com
braço firme direcionou-me para o caminho
certo. Ao meu pai, que corrigiu a direção
do meu caminhar para a formação correta
do meu caráter. A minha esposa, que
abdicou da própria família em benefício
do meu crescimento. Aos amigos que
fizemos e cultivamos. E por fim a família
que sempre se colocou à disposição para
que encontrássemos conforto ao retornar
para casa.
5
RESUMO
Esse trabalho visa mostrar como a ferramenta MRP, hoje em dia, pode
ser decisiva na composição do estoque das empresas, tanto para seu
ressuprimento ou não, de forma a propiciar ganho competitivo à medida da
manutenção ótima do estoque. Mostrar como a reposição sistemática dos
estoques pode ser decisiva para a obtenção de novos contratos e a
manutenção de antigos. Dentro das organizações, o estoque foi sempre um
problema que exigiu dos gestores grande dispêndio de energia para sua
minimização, mas com a garantia de nunca haver falta de qualquer item para
sua produção. Com a evolução logística global e a criação de sistemas
informatizados de gestão, surge o MRP como ferramenta estratégia para, não
somente a reposição do estoque, mas sim para o entendimento da capacidade
logística dos fornecedores de primeiro estágio, a oscilação da capacidade
produtiva da empresa e do comportamento do mercado consumidor.
6
METODOLOGIA
Pesquisa bibliográfica e documental através da análise de livros
voltados para o tema, livros de logística, planejamento de produção e “cases”
publicados.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O Surgimento do MRP 09
CAPÍTULO II - Implantação e Utilização do MRP 16
CAPÍTULO III – A Evolução do ERP – BPMS Uma
Nova Abordagem de Gestão de Processos 26
CONCLUSÃO 34
ANEXOS 36
BIBLIOGRAFIA 43
WEBGRAFIA 44
ÍNDICE 45
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho foi concebido com a análise do desenvolvimento da
capacidade produtiva das empresas, mediante a necessidade da organização
em produzir continuamente, mas não correndo o risco da falta de material para
essa produção. Somado a essa análise, vem o crescimento das ferramentas
eletrônicas de gestão criadas para as empresas que fizeram integralização do
processo produtivo aos demais processos da empresa.
O crescimento da logística como diferencial para as grandes
empresas, aliada as novas tecnologias de sistemas de gerenciamento de
estoques, trouxe uma nova realidade de controle de abastecimento dos
estoques, o MRP. E essa ferramenta que hoje se mostra importantíssima nas
indústrias de bens, passa a ganhar caráter estratégico em demais segmentos
de mercado.
O MRP proporciona uma nova sistemática ao contexto da empresa ao
ponto que indica o momento que um determinado item deverá se adquirido ou
produzido. A ferramenta indicará quantidades ótimas de aquisição de material
ou de sua produção, mediante ao processamento global da carteira de
pedidos, estoques em fábrica, estoques em trânsito, produtos semiacabados e
principalmente ao Programa Mestre de Produção (MPS).
Aliado a esse sistema, o BOM (Bill of Materials), adquire caráter
fundamental para a garantia da eficácia desse sistema uma vez que sua leitura
indica as quantidades que serão necessárias para a produção de cada item
específico e seus “lead times”.
9
CAPÍTULO I
O SURGIMENTO DO MRP
A necessidade de reduzir custos e operacionalizar com níveis de
estoques baixos deram origem aos primeiros sistemas de MRP (Material
Requirements Planning). Esses sistemas integravam todo o processo produtivo
da empresa, desde o input (pedido) até o output (faturamento).
O MRP evoluiu para o MRP II (Manufacturing Resources Planning),
nos anos 80. Nesse momento além dos bens, mão de obra, máquinas, entre
outros passaram a compor a análise da ferramenta.
Ainda em evolução o MRP II passou para ERP (Enterprise Resource
Planning), de forma a gerir todos os departamentos da empresa.
1.1 O que é MRP
Por definição, MRP nada mais é que um programa de computador,
mas é preciso ir mais além. Na verdade MRP são softwares que foram
desenvolvidos especificamente para a indústria para garantir a manutenção do
estoque para a garantia da produção em vários níveis. Utilizam técnicas
matemáticas voltadas para o campo da engenharia e da estatística para que,
através de demandas já conhecidas, execute o planejamento futuro dos
insumos e das fases de produção. Assim MRP é:
“...um método mecânico formal de
programação de suprimentos no qual o momento
das compras ou saída da produção é sincronizado a
fim de satisfazer as necessidades operacionais
período a período ao compensar a requisição de
10
suprimento de acordo com a duração do tempo de
reposição.” (BALLOU, 2006, p. 349).
1.2 História e Evolução do MRP
A gestão eficaz de estoques passou oferecer ganhos substanciais na
indústria automobilística japonesa. Após a segunda guerra mundial, com o país
procurando se reerguer estruturalmente e economicamente, os recursos
materiais e financeiros tornaram-se escassos.
No fim da década de 50 surgiram os primeiros programas de software
que davam suporte a partes isoladas da cadeia de abastecimento. O foco
principal eram os sistemas de processamento de transações, procedimentos
de suporte ao processo de gestão e otimização da gestão de fórmulas para a
tomada de decisões. No decorrer da década de 60 criou-se o modelo MRP –
Material Requeriment Planning (planejamento necessidades de materiais).
Figura 1.1 Evolução do MRP
Fonte: (Corrêa, Henrique L, Gianesi, Irineu G N, CAON Mauro; 2005)
11
A criação do modelo inicial de MRP planejava somente insumos
(materiais). Como a capacidade e velocidade dos computadores evoluíram
rapidamente e as aplicações aumentaram, MRP evoluiu para MRPII
(Manufacturing Resource Planning). Nesse momento a leitura era feita não
somente de materiais, mas sim da empresa como um todo. Foi agregado a
ferramenta a alocação de recursos, os custos relacionados a estrutura dos
produtos.
A ferramenta MRPII passou a ter muitas fórmulas matemáticas e
acrescentou ao MRPI recursos de trabalho e planejamento financeiro. O MRP
II adotou caráter de planejamento ilimitado, ou seja, não considera as
possíveis limitações de capacidade dos recursos.
1.3 Manufacturing Resources Planning–MRPII (Planejamento
de Recursos de Manufatura)
Como a sigla de material requirement planning (MRP) é a mesma de
manufacturing resources planning (MRP), convencionou-se chamar a segunda
de MRP II.
MRPII é a evolução do MRP I, onde foi agregado à ferramenta a
alocação de recursos de manufatura e o custeio baseado na estrutura do
produto, onde é considerado o custo da matéria-prima e dos recursos
utilizados para a produção.
MRPII é um método para planejamento de todos os recursos (homens,
máquinas, materiais, capital) de uma empresa de manufatura. Tem sua
composição de várias aplicações integradas que tratam de diversas áreas da
empresa e/ou funções comerciais dentro da empresa. Pedidos de compra,
programação mestre da produção, planejamento das necessidades de
material, inventários, contas a pagar e a receber e livro caixa. Esta lista é parte
12
do que a integração dos sistemas de planejamento e financeiros, em conjunta
execução, pode oferecer à administração a congruência das informações.
Figura 1.2 Abrangência do MRP
Fonte: (Corrêa, Henrique L, Gianesi, Irineu G N, CAON Mauro; 2005)
A implementação do MRP II não se constitui, fundamentalmente uma
tarefa inteligível, compreendendo, na maioria das vezes, um espaço de tempo
de aprendizagem que poderá alcançar até dois anos.
Nesta etapa, a empresa estará habilitada a executar simulações, sendo
que o sistema MRP proporciona um melhor entendimento das inter-relações da
empresa. Atividades como vendas, finanças, produção, e suprimentos. No
entanto, para que uma empresa alcance este um nível ótimo de execução da
ferramenta, tem de procurar exaurir diversos fatores críticos, os quais se
constituem a partir de uma composição entre de aspectos técnicos e humanos.
Não obstante ao fato das definições especificas e bem definidas das
condições produtivas, de cadeia de suprimentos e de recursos humanos para a
13
sustentação de toda a plataforma de MRP ou MRPII, a evolução tecnológica e
dos softwares foram fundamentais para que as empresas pudessem dar o
passo para a evolução dos seus sistemas de controle.
Figura 1.3 Evolução Processo MRP
Fonte: (Robin Goodfellow, Planejamento dos Recursosn da Manufatura 1996; p.07)
14
A evolução da TI alicerçou e alavancou a evolução da ferramenta. A sua
aceitação e implementação para um número maior de empresas foi
solidamente percebida, uma vez que as organizações passaram a acreditar
nesse novo modelo de controle e gestão, principalmente com o aumento da
competitividade das empresas que adotavam o MRP e evoluíram, e aquelas
que passaram a adotar a ferramenta já em sua segunda fase.
A integração era a palavra de ordem e trocar interfaces (entre sistemas)
por integração dentro das organizações. Uma nova classe de fornecedores
surgiu com soluções de porte expandido em relação ao MRPII nos anos 80
quando empresas como IBM, com seu COPICS e Cincom, com seu Control
Manufacturing tinham papel destacado: SAP, BAAN, ORACLE, QAD, SSA,
entre outras, com soluções para todas as necessidades e características das
empresas. A nova solução portanto não poderia, segundo eles, ser mais
chamada de MRPII, pois o escopo da solução que ofereciam evolui para fora
dos limites do setor de manufatura – agora, abraçavam outros setores da
empresa. Deveriam, portanto ser reclassificados de novo, para ERP: Enterprise
Resource Planning Systems – ou planejamento de recursos do
empreendimento como um todo (Figura 1.4).
Figura 1.4 Integração ERP
Fonte: (Marcus Aragão, dedosnoteclado.wordpress.com/2008/11/08/o-que-e-um-erp)
15
1.4 Enterprise Resource Planning-ERP (Planejamento de
Recursos Empresariais)
Com a evolução do MRPII para o ERP, nesse sistema foram agregadas
funções de programação mestre de produção, cálculo de necessidades de
capacidade, controle de chão de fábrica, controle de compras e por fim Sales &
Operations Planning (Planejamento de operações e vendas). Dessa forma, os
sistemas MRP deixaram de atender apenas as necessidades de informação
referentes ao cálculo da necessidade de materiais, para atender às
necessidades de informação para a tomada de decisão gerencial sobre outros
recursos de manufatura.
A utilização do ERP otimiza o fluxo de informações e dinamiza o acesso
aos dados de operação, favorecendo a adoção de estruturas organizacionais
mais achatadas. Além disso, as informações tornam-se mais consistentes,
possibilitando a tomada de decisão com base em dados que refletem a
realidade da empresa. Um outro benefício da implantação é a adoção de
melhores práticas de negócio, alicerçadas pelas funcionalidades dos sistemas,
que resultam em ganhos de produtividade e em maior velocidade de resposta
da organização.
Existem alguns fatores que podem ser também considerados críticos
para que o ERP apresente sucesso:
▪ Selecionar um sistema que mais se encaixe as necessidades da
organização;
▪ O software de gestão será a base dos sistemas aplicativos;
▪ Equipe altamente qualificada.
16
CAPÍTULO II
IMPLANTANÇÃO E UTILIZAÇÃO DO O MRP
Os sistemas integrados de gestão (ERP), agregam vários módulos que
atendem diversas áreas/processos da empresa. Esses módulos além de
atenderem setores/processos produtivos, atendem também serviços contábeis,
planejamento e controle financeiro, administração de pessoal, contas a pagar e
receber.
O ERP evolui o sistema informatizado de uma empresa pois integra os
departamentos da empresa.
2.1 A IMPLANTAÇÃO DO MRP - ERP
Para uma boa implantação de um sistema ERP, é importante que
algumas etapas sejam seguidas:
1º Passo – Definir qual a sequência de implantação será seguida
Já havendo algum sistema do tipo MRP ou MRP II, o processo poderá
começar pela área de manufatura. Outras empresas tem preferência por
começar a implantação através dos sistemas de contas a pagar e a receber e
também pelo módulo contábil e financeiro. Não é uma obrigatoriedade que os
módulos obedeçam essa sequência, uma vez que cada empresa tem suas
peculiaridades e necessidades. O fundamental é que a decisão não seja
tomada unilateralmente.
2º Passo – Estabelecer como será ministrado o treinamento
Dificilmente a empresa encontra tempo para treinar todos os
funcionários de um setor de uma só vez. Em empresas maiores, é comum
17
treinar funcionários que atuarão como multiplicadores de conhecimento para
que repassem o treinamento para os colegas de trabalho. Caso optem por
essa opção, definir como isso será feito e como será dado o suporte inicial
àqueles funcionários que não participaram do treinamento na primeira fase.
3º Passo – Definir a melhor janela para a implantação de módulos
específicos
Cada implantação não deve agredir nem a parte operacional nem a
parte administrativa. Procure fazer a implantação em épocas menos críticas, se
possível escolha períodos mais calmos para que os problemas verificados não
tenham grande impacto no dia-a-dia da empresa.
4º Passo – O projeto de implantação deve ser apresentado como
uma atividade estratégica definida pela alta administração da empresa
A motivação é fundamental para que as pessoas envolvidas reduzam a
resistência. É importante ressaltar que a implantação do ERP é uma estratégia
definida pela alta administração da empresa. Se possível, definir um membro
da alta administração para que a equipe envolvida reporte-se diretamente a
ele, o qual será o chefe executivo do projeto.
5º Passo – Estabelecer metas globais
É imprescindível que todos os funcionários da empresa estejam a par
das metas e objetivos da implantação do ERP. Preferencialmente, isso deverá
ser tratado em reuniões ou em seminários internos, por exemplo. A utilização
somente do canal escrito de comunicação deve ser evitada. É fundamental que
a direção da empresa manifeste seu interesse e total apoio a implantação do
sistema. Ciclicamente, os resultados deverão ser apresentados publicamente.
Cientes disso, os responsáveis diretos pela implantação poderão intensificar
seu empenho no cumprimento das metas estabelecidas.
18
2.2 ELEMENTOS QUE ACOMPANHAM O MRP – ERP
Alguns itens são importantes para o embasamento das informações que
garantirão a base de análise correta do MPR e sua execução. Sua distribuição
é vista na figura a seguir:
Figura 2.1 Planejamento das Necessidades de Materiais
Fonte: (Slack, Nigel, Administração da Produção 2007; p. 451)
Cada uma dessas atividades é de extrema importância para que o
funcionamento da ferramenta seja eficaz. O ciclo da informação passa por
todos esses caminhos e coleta em cada um deles o que é necessário para o
output e o ressuprimento ou não de matéria prima ou da alocação do recurso
na produção.
1º Carteira de pedidos
A carteira de pedidos são as demandas de compra formalizadas em um
documento no sistema que consta todas as especificações do material,
19
condições de entrega, dados fiscais, impostos e prazos de pagamento.
Geralmente são precedidos de autorização sistêmica para sua formalização e
registro de data de compra e início da produção.
2º Previsão de vendas
Trata-se de previsão da demanda e tem base estatística. É baseada em
histórico de vendas e em outros casos, análise de mercado, que contempla
mercado financeiro, área de atuação e sazonalidade. Essa previsão garante
que o que for previamente colocado no sistema seja programado/comprado
com antecedência. Em alguns casos podem ser chamado de contrato de
fornecimento baseados em previsão de demanda.
3º Programa Mestre de Produção (MPS)
O Programa Mestre de Produção mostra o que tem que ser feito,
quando e em quanto tempo isso deve acontecer. Na maioria dos casos fica
sob a responsabilidade do Gerente de Produção que o executa conforme o
plano de produção geral. O plano de produção deve contemplar a capacidade
financeira da empresa, a demanda logística de clientes e fornecedores,
engenharia da empresa, mão de obra disponível, e flutuação de estoques, seja
em depósito ou em linha de produção.
“É importante que todas as fontes de demanda
sejam consideradas quando o programa mestre de
produção é gerado. São geralmente os pequenos
pedidos de última hora que geram distúrbios em
todo o sistema de planejamento de uma empresa”.
(Slack 2007).
20
4º BOOM (Bill of Materials)
A BOOM é a lista de materiais que contem toda a estrutura de
engenharia de um determinado item, em outras palavras é todo produto ou
subproduto que compõe determinado produto final.
Cada item ao ser cadastrado no sistema deve receber, sem exceção,
todos os insumos que serão responsáveis pela sua composição, por menos
importante que possa parecer ele devem ser contemplados. Não obstante a
isso, demais itens que compõe o produto para sua remessa ou embalagem
também devem ser considerados, pois podem ser decisivos para a conclusão
do processo de fabricação de determinado item.
A necessidade de algumas empresas em colocar determinado item
rapidamente no mercado faz com que sua lista de engenharia esteja
incompleta ou às vezes inexistente. Por se tratar de ERP, as listas são
fundamentais não só para a produção, mas sim também para apropriação de
custos e de picking de material para alocação de subprodutos na linha de
produção.
5º Registros de Estoque
A administração do estoque é fundamental para que o MRP funcione
plenamente. Ao visualizar os departamentos (divididos no sistema), visualiza-
se o estoque que não estando indicando a correta quantidade de matéria prima
ou estoques intermediários (antigamente apontados em ordens de produção e
hoje em dia por códigos de barras), distorcerá a quantidade a ser ressuprida
ocasionando faltas ou altos níveis de estoques. Dessa forma, as informações
do estoque devem estar extremamente bem atualizadas e corretas para que a
necessidade real do estoque seja dimensionada. Heizer (2001) diz que:
quando existe estoque, preparamos um plano de necessidades liquidas.
21
Vamos imaginar um produto “A”. Este produto é composto por 10 itens
do componente “B”, 5 itens do componente “C” e 45 itens do componente “D”.
No estoque existem 1.100 itens do componente “B”, 520 itens do componente
“C” e 4.400 itens do componente “D”.
Supondo a necessidade de produção de 100 produtos “A”, ele “explode”
(termo utilizado para identificar o desmembramento das informações) as
informações, alertando a necessidade de agregar 1.000 itens do componente
“B” (100 x 10), 500 itens do componente “C” (100 x 5) e 4.500 itens do
componente “D” (100 x 45). O Relatório de Controle de Estoques identificará
que os itens “B” e “C” são suficientes para atender a demanda existente, mas o
item “D” necessitará de ser comprado mais 100 unidades para atender a
demanda existente mais a quantidade de itens necessários para manter o
estoque de segurança definido pela empresa.
6º Pedidos compra
Os pedidos de compra são a materialização de quando e quanto
comprar em documento formal e imput no sistema. Os pedidos de compras
alimentam o MRP, uma vez que a ferramenta faz a leitura de que há matérias
primas entrantes em um determinado prazo.
7º Lead time
Estabelecidas as necessidades corretas, é determinado o momento que
devem ser adquiridos, definindo o lead time.
“O tempo de ressuprimento para um item
manufaturado, consiste nos tempos de movimentar,
preparar, e montar cada componente. Para um item
comprado, o tempo de ressuprimento inclui o tempo
que decorre entre o momento em que algo é pedido
22
(comprado) e quando ela se torna disponível para
produção”. (Heizer 2001).
8º Necessidades Brutas e Líquidas
Em seguida à determinação da disponibilidade dos componentes para
produção, a gerência define o plano de necessidades brutas quando não há
estoque ou necessidade líquida quando há.
Segundo Stevenson (2001) o processo de determinação das
necessidades líquidas de materiais (o netting) é o cerne do processamento
MRP. Ele é conseguido subtraindo-se das necessidades brutas a soma do
estoque disponível com todos os estoques programados para recebimento, e
somando-se a seguir, se for o caso, o estoque de segurança necessário.
Na figura 6 encontramos o processo de cálculo das necessidades
líquidas.
Figura 2.2 Cálculo das Necessidades Líquidas
Fonte: (Slack, Nigel, Administração da Produção 2007; p. 466)
2.3 VANTAGENS DO ERP
23
Os defeitos em gestão são as principais causas da maioria dos
insucessos das empresas em todo o mundo. Assim, gestão é questão de
sustentabilidade empresarial. Com a rapidez que as coisas evoluem no
mercado e em alguns casos ficam mais complexas é impossível gerenciar
negócios de forma eficaz sem um sistema de informações integrado. Investir
em sistemas de gestão é fortalecer seus negócios.
Mesmo sabendo que as melhores opções disponíveis no mercado (ex.:
SAP/R3, BAAN, People, Datasul, Oracle, entre outros) de sistemas ERP
apresentem uma configuração que lhes permita receberem esse título, não
podemos afirmar com segurança, pelo menos por enquanto, que uma solução
ERP tenha tido completo sucesso em seu uso, considerando que um
determinado usuário tenha utilizado todos os módulos (Figura 7). Portando
adotar o sistema equacionando as particularidades de cada empresa é
fundamental.
Figura 2.3
Fonte: (Souza, Cesar Alexandre. Sistema ERP no Brasil – Teoria e Casos; 2003)
Ainda assim, podemos apontar cinco principais enfoques que justificam
o investimento em ERP:
24
1º Redução de Custos
É importante ter gestão para onde o dinheiro da empresa está indo e
isso é o primeiro passo para reduzir seus custos.
A implantação de um sistema informatizado de ERP permite que você
gerencie seus custos em todas as áreas e tome, de forma antecipada,
decisões em relação a vendas, compras, estoques, produção, fluxo de caixa e
muito mais, evitando a aplicação errônea dos recursos da empresa, com base
em dados diários, mensais, anuais ou da forma que seus negócios exigirem.
2° Aumento da produtividade dos processos
Através da automação que o sistema irá proporcionar de várias funções
administrativas, ocorrerá a eliminação de erros em tarefas básicas por muitas
causas, como duplicação de informações e falhas humanas, o Sistema de
ERP elevará a performance dos processos e consequentemente de seus
resultados.
3° Visão total e global dos negócios
Com a gestão da informação segura e confiável, tais como, informações
operacionais, gerenciais e estratégicas do negócio, relatórios e indicadores de
desempenho e painel de controle, usuários chaves do sistema passam a ter, a
capacidade de tomar decisões quando e onde forem necessárias, de forma
mais precisa, rápida e direcionada para o aumento de resultados.
4° Conhecimento em software e práticas de gestão
Saber informática e entender de sistemas não é o bastante. É preciso ir
além e entender de gestão de negócios. Isso significa que além de uma equipe
de ponta em desenvolvimento de software, implantação, treinamento e
25
atendimento, a empresa que optar pela implantação e implementação de um
sistema de ERP deverá possuir profissionais com conhecimento em gestão de
empresas, capazes de analisar processos e estabelecer as soluções certas
para cada tipo de mercado, de forma que a empresa passa a ter um corpo de
profissionais forte que são capazes de resolverem problemas de ordem de
gestão e sistêmica.
5º Infraestrutura em tecnologia e gestão
Ter um sistema de ERP em funcionamento dentro da empresa significa
ter uma infraestrutura de tecnologia da informação qualificada com
especialistas trabalhando constantemente para o sucesso dos seus negócios.
A atualização da capacidade dessa equipe e de melhorias contínuas que o
próprio processo oferece ao usuário torna sua empresa mais forte, mais
competitiva e mais preparada para a conquista de novos contratos e a
manutenção dos antigos.
26
CAPÍTULO III
A EVOLUÇÃO DO ERP
BPMS UMA NOVA ABORDAGEM DE GESTÃO DE
PROCESSOS
A tecnologia evolui, as empresas ficam maiores e o ERP deve
acompanhar essas mudanças. Existem softwares que permitem
customizações, mas nem sempre elas são eficazes, e a empresa se prejudica
com um sistema que não atende mais as necessidades. Nesse momento
devemos nos perguntar: chegou o momento de trocar o ERP?
3.1 MUDANÇAS OU ADENDOS?
Com todo o avanço tecnológico parece mais fácil fazer adaptações no
ERP ao quais as pessoas já estão acostumadas. Mas antes de decidir trocar
ou não é preciso analisar se processos que demandam menos customizações
seriam mais funcionais.
O surgimento de uma nova tecnologia não é fundamental para a troca
do ERP mas, mais importante que uma nova tecnologia é avaliar se as
necessidades da empresa são atendidas pelo atual fornecedor ERP.
Crescimento da organização, mudanças legais ou alterações de processos
internos são situações que exigem a alteração do sistema. Se o atual ERP
consegue atender essas mudanças com eficiência, não há necessidade da
troca.
“As novas tecnologias trazem maior agilidade na
utilização de determinados processos e melhoram
alguns procedimentos. Portanto, se o fornecedor
não atualiza seu ERP, pode haver a necessidade de
trocá-lo”. (GANDRA, 2012)
27
3.2 ATIVIDADES TRANSFORMADAS EM PROCESSOS
As atividades dentro de um ERP são um conjunto de processos, essas,
são realizadas para produzir um resultado. Esse resultado pode ser um bem
ou um serviço. Para transformar os recursos entrantes em bens e serviços
(saídas), os processos valem-se de recursos de transformação, como
máquinas e equipamentos, manuais, trabalho, softwares, repositórios de
informação etc.
Os processos de negócios nada mais são do que processos específicos
para alcançar um resultado específico. Ele é personalizado, intrínseco aos
objetivos de seus executores. Esses objetivos variam, de acordo com as
necessidades de cada organização. Os Processos de Negócio são, na
verdade, um subconjunto de todos os processos possíveis.
3.3 GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO (BPM)
De acordo com CBOK, BPM (Business Process Management) é uma
abordagem disciplinada para identificar, desenhar, executar, documentar,
medir, monitorar, e controlar processos de negócio automatizados e não
automatizados, para alcançar os resultados pretendidos consistentes e
alinhados com as metas estratégicas de uma organização.
“BPM permite que uma organização alinhe seus
processos de negócio a sua estratégia
organizacional, conduzindo a um desempenho
eficiente em toda a organização através de
melhorias das atividades específicas de trabalho em
um departamento, em toda a organização ou entre
organizações.” (FAST, 2012).
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Essa disciplina que é o BPM, sistematiza e organiza os Processos de
Negócio dentro da empresa e normalmente é aplicado a um subconjunto dos
Processos de Negócio existentes em uma organização.
Figura 3.1
Fonte: (http://vivenciandoti.blogspot.com.br/2012/01/conceito-de-processo-x-bpm-x-bpms.html)
3.4 BUSINESS PROCESS MANAGEMENT SUITE (BPMS)
BPMS significa ‘Business Process Management Suite’ e é em todos os
conceitos, uma nova tendência consolidada e de difícil revés que está
modificando de forma conclusiva a forma de gerenciar as operaçães de
organizações e empreendimentos em todo o mundo, trazendo maior
flexibilidade, maior automatização e maior capacidade de resposta.
BPMS pode ser definido como:
“Uma nova categoria de software empresarial que
capacita às empresas a modelar, automatizar e
gerenciar um série de atividades interrelacionadas –
ou seja, Processos – de qualquer natureza, tanto
departamentais como toda à empresa com
29
extensões que incluem a participação de clientes,
fornecedores e outros agentes como executores de
tarefas de processo”. (AURA PORTAL, 2010).
Conceitualmente, nesse modelo BPMS, os sistemas de informação
legados, resididos em diferentes ambientes computacionais, continuam a
executar as operações necessárias ao processo de negócio, conforme se pode
observar na camada "ambientes computacionais" da Figura 3.1.
O modelo conceitual do BPMS não está fundamentado na. "construção
de softwares ou de módulos de sistemas de informação, mas na junção e
orquestração de partes de softwares já disponíveis" (AALST, 2004).
3.5 INTEGRAÇÃO ERP - BPMS
A convergência entre a tecnologia BPMS e o ERP permite alcançar a
integração das áreas estratégicas do negócio representando uma oportunidade
única de retorno consistente do investimento em TI.
Embora os processos implementados em um BPMS possam funcionar
integrados com as aplicações de negócio existentes dentro de um ERP, é
provável que as empresa irão gradativamente modelar as atividades de seus
ERPs, com o objetivo de substituir essas aplicações pelos processos
modelados, obtendo melhor automação, flexibilidade, solidez e superioridade.
3.6 BENEFÍCIOS DA UTILIZAÇÃO DO BPMS
Alguns benefícios da implantação do BPMs serão apresentados a seguir:
1º Otimização dos processos
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O BPMS provê ferramentas para análise e otimização dos processos.
Os atuais ambientes de negócio exigem dinamismo e os profissionais e
as empresas devem acompanhar essa tendência, invariavelmente. Isso implica
em alterações nas operações da empresa e conseqüentemente nos possessos
de negócios. (FAST, 2012).
2º Interface de tecnologias e processos
O BPMS facilita a comunicação de diferentes tecnologias e a unificação
dos processos intra-funcionais.
Os atuais processos de negócios são cada vez mais colaborativos, isto
é, envolvem diversas empresas parceiras na operação do processo. Esses
processos extrapolam fronteiras das organizações e envolvem uma
diversidade de sistema de informação. Além dos problemas ligados à
dificuldade de alteração dos softwares, há agora o problema da diversidade de
sistemas, de plataformas tecnológicas nas quais eles operam, de bases de
dados e todos os demais componentes necessários para a execução de um
sistema de informação (FAST, 2012).
3º Interface de tecnologias e processos
O BPMS permite flutuações nas atividades e métodos de negócio dos
processos, de forma rápida e segura.
A visualização ou abstração do fluxo de processos de negócios em
tempo real, independentemente da quantidade e localização dos softwares que
o compõem, o acompanhamento dos indicadores do processo ou de suas
partes, o disparo de ações com base em eventos, entre outras funcionalidades
requeridas à gestão dos modernos processos colaborativos, requerem uma
proposta e arquitetura de softwares diferente das tradicionais (FAST, 2012).
4º Manutenção das informações em tempo real
31
O BPMS traz o gerenciamento dos processos em tempo real, através
dos indicadores de desempenho disponíveis. A análise desses dados mostrará
a necessidade de alteração, otimização ou substituição do processo atual.
Para os atuais processos de negócios colaborativos, que envolvem
diversas entidades e diversos sistemas de informação, não há mais viabilidade
técnica de embutir controles gerenciais do processo nos diversos softwares
relacionados à sua execução como funcionava até então. O problema não está
restrito á fragmentação de softwares e componentes tecnológicos envolvidos
no tratamento de um processo, mas também na questão da exigüidade de
tempo para a identificação de eventos de negócio. Os limites atuais de
competitividade fazem com que as empresas operem no limite de seus
recursos, tornando cada anormalidade do processo um evento crítico que deve
ser tratado imediatamente. A identificação de eventos ao longo do processo,
em tempo real, é um importante fator de negócio que corrobora com a
demanda de uma camada de gerenciamento conectada diretamente aos
softwares que estão executando o processo. (FAST, 2012).
3.7 RISCOS ASSOCIADOS AO BPMS
Sistemas BPMs, embora possam produzir vantagens significativas,
também existem riscos que podemos descrever. Riscos que são inerentes a
qualquer esforço de automação de sistemas.
1º Correção de processos falhos
A automatização de um processo não bem estruturado anteriormete
pode causar uma má condição do processo que foi automatizado. Logo, essa
implementação deve ser um up-grade não uma ação corretiva.
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2º Parcial detalhamento do processo
A sofisticação de algumas aplicações BPMS pode esconder erros ou
ineficiências de processos, é importante que o processo seja muito bem
detalhado, pois sem isso a implantação pode ser ineficaz.
3º Baixa segurança
O uso de BPMS pode aumentar a exposição a riscos de segurança da
informação.
3.8 VANTAGENS COMPETITIVAS E ECONÔMICAS
A implementação e o trabalho com BPMS significa obter uma grande
vantagem competitiva, o que vem justificando o crescimento rápido do número
de empreendimentos e organizações que estão adotando ferramentas BPMS.
A meta é não perder sua competitividade em comparação com outras
companhias que já estão trabalhando com essa tecnologia. Tudo isso porque,
ademais do que já foi citado, os custos totais da empresa podem ser reduzidos
consideravelmente.
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CONCLUSÃO
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ANEXOS
Índice de anexos
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ANEXO 1
INTERNET
http://www.imam.com.br/revistaintralogistica/edicao-256/gerenciamento-em-
qualquer-ambiente
Gerenciamento em qualquer ambiente
Os sistemas de gerenciamento de armazéns não são mais apenas para a distribuição, hoje eles definem o fluxo de recursos dentro e fora das operações da empresa. A cadeia de suprimentos moderna normalmente foca na aplicação da tecnologia de WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazéns) na automação do processo. Entretanto, líderes da indústria tiveram retornos significativos com a aplicação desta mesma tecnologia para gerenciar com mais eficiência e acurácia o fluxo de entrada das matérias-primas através do processo de manufatura também conhecido como Logística de Produção.
Afinal de contas, a cadeia de suprimentos muitas vezes é definida como o fluxo de recursos dentro e fora das operações coletivas da empresa.
A logística faz parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e a estocagem dos produtos, serviços e informações relacionadas desde um ponto de origem até um ponto de consumo para atender à demanda do cliente.
A Logística de Produção gerencia os estágios progressivos do rastreamento e
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acompanhamento, começando com o transporte de entrada de matéria-prima dos fornecedores até uma instalação de processamento, estocagem e distribuição desse material assim que é transformado em produtos acabados.
Aplicação correta
Os aplicativos de TI na logística podem ser subdivididos fundamental-mente por suas orientações operacionais e o papel que eles desempenham no processo da cadeia de suprimentos.
Existe uma lacuna funcional no espaço do software de execução típico entre os níveis do sistema de planejamento e controle da produção. Esta lacuna é resultante das capacidades funcionais limitadas dos aplicativos de ERP (“enterprise resource plannign”, planejamento do recurso empresarial), MRP (“material requirements plan-ning”, planejamento da necessidade de material) e MES (“manufacturing execution system”, sistema de execução da manufatura) para controlar os recursos necessários para movimentar a matéria-prima da estocagem até o consumo. A pergunta é: O WMS pode mudar e operar em um ambiente de manufatura? A resposta é: Sim!
Ao se analisar se o WMS é a tecnologia de logística de produção apropriada, é importante saber qual problema de negócios principal um aplicativo foi concebido originalmente para solucionar.
Soluções de planejamento tais como o ERP foram concebidas originalmente como sistemas financeiros ou outros sistemas administrativos, para operar em um modo de transação em ‘batch’ e não são bem adequados para o mundo em tempo real da logística. As soluções de execução tais como o WMS são voltadas a tarefas e executam com base nas condições, restrições e prioridades em tempo real dos negócios.
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As empresas adotaram métodos diferentes para obter melhor controle e visibilidade do fluxo das matérias-primas orientadas principalmente pelos diversos níveis de complexidade encontrados dentro de suas operações de manufatura. Seja qual for a solução utilizada, à medida que o ambiente operacional vai se tornando mais complexo, as falhas de um aplicativo ficam mais aparentes através da introdução das ineficiências do processo. Estas ineficiências são resultado direto do aplicativo operando em um ambiente para o qual não foi projetado.
Tecnologias tais como ERP e MES podem ser e têm sido usadas para atender às necessidades de fluxo de materiais dos fabricantes, porém elas não são destinadas, em termos de ar-quitetura, a executar com eficiência os processos complexos de fluxo de materiais. As soluções de execução da cadeia de suprimentos tais como o WMS são bem adequadas para lidar com o trabalho complexo de fluxo de materiais.
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Seus próximos passos
• Documente suas operações existentes de logística de produção e as taxas de fluxo de materiais. • Defina as ineficiências do processo atual e quaisquer mudanças que o futuro crescimento e expansão irão impor no processo de manufatura. • Avalie o retorno sobre o investimento e as necessidades de justificativas da implementação de um novo aplicativo. • Obtenha o patrocínio da alta administração para a implementação de uma solução de logística de produção. • Selecione e implemente uma solução de uma empresa capaz de atender as suas necessidades atuais e futuras de logística de produção.
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ANEXO 2
INTERNET
http://www.imam.com.br/revistaintralogistica/ultimas-noticias/matra-do-brasil-
adota-erp-da-totvs
Matra do Brasil adota ERP da TOTVS
A Matra do Brasil, que oferece soluções para o segmento de movimentação de materiais, está em fase de
implementação do software de gestão empresarial ERPLogix da TOTVS. O objetivo da fabricante de paletes é
modernizar toda a gestão de seus processos internos.
O software será responsável pela integração das informações das áreas financeira, contabilidade, recursos
humanos, ativo fixo, processos, projetos e departamento jurídico, oferecendo soluções que organizam,
disciplinam e definem processos, armazenam dados, geram informação e auxiliam na gestão.
A implantação do ERP, entretanto, exigiu uma mudança drástica nos processos internos. Uma das mais
representativas é possível observar antes do projeto estar 100% finalizado: a relação entre os departamentos.
Com o software, eles se integraram melhorando a comunicação, criando um ambiente de colaboração que
resultou em agilidade e otimização dos processos e das rotinas
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ANEXO 3
INTERNET
http://blog.iprocess.com.br/2012/09/implantacao-de-bpms-nao-substitui-os-
sistemas-da-empresa/
Implantação de BPMS não substitui os sistemas da empresa Carlos Mortari - 17 de setembro de 2012 (2) Comentários
Num artigo anterior deste blog, procuramos abordar as diferenças entre BPM e Workflow, com a intenção de minimizar a confusão existente com relação a este dois termos. Neste sentido, achamos interessante continuarmos a desmitificar outros mitos que se referem a BPM no que tange o aspecto da tecnologia. Hoje, vamos falar de um dos mitos que mais escutamos durante os nossos projetos: a idéia de que a implementação de BPM irá “substituir” total ou parcialmente os sistemas atuais, e passar eventualmente a ser o repositório central das informações da organização. Ou, como já ouvimos algumas vezes, que o BPMS vai passar a ser o “ERP” da organização!
Em uma iniciativa BPM, uma organização automatiza processos para aumentar seu nível de controle e monitoramento na execução dos processos. Neste sentido, um BPMS atua como orquestrador da execução dos processos entre pessoas e sistemas, definindo o fluxo do trabalho e da informação entre estes participantes. Mas então, vem a pergunta: quem é o dono da informação numa automação de processos? Vamos primeiramente analisar 2 dos cenários mais frequentes de automação de processos. 1) Automação de processos que originalmente eram executados em papel, pouco/nenhum apoio de sistemas: Neste caso, a organização não dispõe de sistemas para apoiar a execução destes processos, ou dispõe de sistemas que atendem apenas a uma parte do processo.
Normalmente são criados formulários eletrônicos que são responsáveis pelo início e execução do processo (ex: num processo de solicitação de viagem, o formulário inicial conteria os dados da viagem desejada pelo usuário). Durante a execução destes processos, usualmente existem pontos de integração com sistemas existentes na empresa (ex: sistema financeiro, contábil, etc). Neste cenário, eventualmente o BPMS poderá servir como repositório de algumas informações, normalmente sendo o repositório das “solicitações” em si (ex: solicitações de compra, solicitações de viagem, etc), e não dos dados de negócio de fato. Mas na experiência que temos, com bastante frequência as informações originadas/geradas pelos processos automatizados são enviadas para gravação em sistemas existentes da organização, como por exemplo ERP ou sistemas legados, que são de fato os responsáveis por armazenar e manter aquelas informações. 2) Automação de processos com apoio de sistemas: Neste caso já existe um ou mais sistemas que apoiam a execução de parte ou todo um processo, mas o fluxo de execução das atividades não é orquestrado e controlado, ou seja, os sistemas e usuários responsáveis por aquele processo estão desconectados uns dos outros, o que gera então a necessidade de automação.
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Neste cenário, com frequência as atividades do processo automatizado são executadas nos próprios sistemas, cabendo ao processo automatizado basicamente controlar o início e término das atividades, e a comunidação dos envolvidos nos pontos onde há necessidade de alguma intervenção humana. Assim, as atividades na lista de trabalho meramente direcionam os usuários para os sistemas onde estes deverão efetivamente realizar as atividades. Outro cenário bastante frequente é a busca, pelo processo automatizado, de informações armazenadas em sistemas existentes, de forma a apoiar os usuários na execução dos processos. E, como não poderia deixar de ser, neste cenário é ainda mais frequente e usual a necessidade de, em diversos pontos do processo automatizado, enviar as informações geradas durante a execução do processo para armazenamento em sistemas existentes.
Com base nos cenários visto acima, retomamos então a pergunta. Quem é realmente o dono da informação numa automação de processos? Note que, em qualquer um dos casos que citamos até agora, normalmente o BPMS não é a fonte principal dos dados sendo manipulados, mas atua principalmente como integrador destas informações, buscando e enviando dados para outros sistemas durante a execução dos processos. Podemos concluir, então, que a implementação de um processo automatizado de forma nenhuma significa a descontinuidade dos sistemas existentes!
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Tradução: Sônia Mello. São Paulo: IMAM, 1996.
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MRPII MRPIII (MRP+JIT/KANBAN) OPT GRD. São Paulo: Instituto de
Movimentação e Armazenagem de Materiais, 1989.
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Tradução: Dalton conde de Alencar. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
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Técnica: Henrique Luiz Corrêa. 2. ed. São Paulo: Atlas 2007.
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HISTÓRICA DA ESTRUTURA FUNCIONAL DO PLANEJAMENTO E
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http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR14_0880.pdf Acessado
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GANDRA, Marco Disponível em: http://marcogandra.blogspot.com.br/2012/01/quando-pensar-na-troca-do-seu-
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FAST, Marc Disponível em: http://vivenciandoti.blogspot.com.br/2012/01/conceito-de-processo-x-bpm-x-
bpms.html Acessado em Janeiro de 2013
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O SURGIMENTO DO MRP 09
1.1 O que é MRP 09
1.2 A evolução do MRP 10
1.3 Manufacturing Resources Planning–MRPII
(Planejamento de Recursos de Manufatura) 11
1.4 Enterprise Resource Planning-ERP
(Planejamento de Recursos de Manufatura) 15