DOCE DE LEITE NA INDÚSTRIANACIONAL DOCE DE ... - … · doce de leite. do brasileiro. Como pode...

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Política EDIÇÃO 175 ANO 8 - Quinta-feira, 16 de Junho de 2016 O Sicoob MaxiCrédito conta com 35 agências, 9 delas em Chapecó. Encontre a mais próxima de você. PIONEIRA (ANEXO AO SUPERALFA) CENTRO SÃO CRISTÓVÃO PASSO DOS FORTES PALMITAL GRANDE EFAPI SANTA MARIA MARECHAL BORMANN JARDIM ITÁLIA MaxiCrédito DOCE DE LEITE NA INDÚSTRIANACIONAL O doce de leite é o produto resultan- te da cocção do leite com açúcar,podendo ou não ser adiciona- do de outras subs- tâncias alimentícias permitidas, atécon- centração conve- niente que adquire coloração, consistên- cia e sabor caracte- rísticos em função dasreações de escu- recimento não en- zimático. Pode ser classificado de acor- do com asua consis- tência em: cremoso ou em pastoso e/ou em tabletes, sendo que o produto acres- cido de aditivos como espessantes, estabi- lizantes e/ou umec- tantes é denomina- do doce deleite para confeitaria. No Bra- sil, o doce de leite é muito apreciado pela população, sendo produzido artesanal- mente ou até mesmo por grandes empre- sas com distribuição em todo opaís. É um produto amplamente empregado como so- bremesa, consumido com pães, queijos e bolachas ou até mes- mo como ingrediente para a elaboração de alimentos como con- feites, bolos, biscoi- tos e sorvetes.Após sua produção, o doce de leite é resfriado, envasado e armaze- nado em tempera- tura ambiente. Em função da elevada pressão osmótica- criada pela alta con- centração de açúcar durante o processa- mento, o doce de lei- te pode ser conserva- do em temperatura ambiente, já que a maioria dos micror- ganismos é elimina- da ou inativada du- rante o processo de fabricação. Na Tabe- la 1, é possível ob- servar a composição de diferentes marcas de doce de leite e de produtos similares fabricados no merca- MORGANA BALBUENO FERREIRA 1 & CáSSIA REGINA NESPOLO 2 1Acadêmica do Curso de Nutrição, UNIPAMPA, Itaqui, RS; 2Professora Adjunta, Curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos e Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Campus Itaqui. Tabela 1- Comparação da composição de diferentes doces de leite Produto Carboidratos (%) Lipídeos (%) Proteínas (%) Cinzas (%) Fibras (%) Leite condensado 57,55 5,90 6,40 1,55 0,00 Doce de Leite 59,87 6,88 5,38 1,04 n.a* Doce de Leite “light” 61,30 0,14 5,99 1,55 2,37 Doce de Leite em pasta 66,52 6,73 5,25 1,37 1,13 Fonte: TBCA/USP, 2016. * Não detectado. composição do doce de leite,pode haver adição ou não de só- lidos de origem láctea e/ou creme e adicio- nado de sacarose ou glicose. A composi- ção final deve ter no máximo 30% de umi- dade, mínimo de 2% de gordura e mínimo de 6%. O açúcar- contribui para o sa- bor e, quanto maior a quantidade deste ingrediente, maior será o rendimento do doce, entretanto o produto final pode ficar enjoativo e com presença de cristais. O bicarbonato de só- dio dá estabilidade térmica ao leite e in- terfere na cor, quan- to mais bicarbonato mais escuro o doce de leite será. O ami- do é utilizado para aumentar o rendi- mento e a viscosida- de do produto e au- xilia no retardo da formação de cristais, porém acaba deixan- do um gosto residual de farinha ao doce de leite. A qualidade sanitária do produto é determinada pela legislaçãobrasileira e pela do Mercosul, com controle para microrganismos cau- sadores de doenças e responsáveis pela deterioração do doce de leite. O mercado de produção do doce de leite no Brasil já foi concentrado em pequenos produ- tores, na produção artesanal, contudo a produção a nível industrial cresceu e hoje disponibiliza di- versos produtos com formulações distin- tas, sem perder as características do doce de leite. do brasileiro. Como pode ser ob- servado, metade da formulação do doce de leite é compos- ta por carboidratos, seguido de lipídeos e proteínas, que de- pendendo do produ- to podem variar suas quantidades.Na

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Política

EDIÇÃO 175 ANO 8 - Quinta-feira, 16 de Junho de 2016

O Sicoob MaxiCrédito contacom 35 agências, 9 delas em Chapecó.Encontre a mais próxima de você.

PIONEIRA (ANEXO AO SUPERALFA)CENTRO

SÃO CRISTÓVÃOPASSO DOS FORTES

PALMITALGRANDE EFAPISANTA MARIA

MARECHAL BORMANNJARDIM ITÁLIA

MaxiCrédito

DOCE DE LEITE NA INDÚSTRIANACIONAL

O doce de leite é o produto r e s u l t a n -

te da cocção do leite com açúcar,podendo ou não ser adiciona-do de outras subs-tâncias alimentícias permitidas, atécon-centração conve-niente que adquire coloração, consistên-cia e sabor caracte-rísticos em função dasreações de escu-recimento não en-zimático. Pode ser classificado de acor-do com asua consis-tência em: cremoso ou em pastoso e/ou em tabletes, sendo que o produto acres-cido de aditivos como

espessantes, estabi-lizantes e/ou umec-tantes é denomina-do doce deleite para confeitaria. No Bra-sil, o doce de leite é muito apreciado pela população, sendo produzido artesanal-mente ou até mesmo por grandes empre-sas com distribuição em todo opaís. É um produto amplamente empregado como so-bremesa, consumido com pães, queijos e bolachas ou até mes-mo como ingrediente para a elaboração de alimentos como con-feites, bolos, biscoi-tos e sorvetes.Após sua produção, o doce

de leite é resfriado, envasado e armaze-nado em tempera-tura ambiente. Em função da elevada pressão osmótica-criada pela alta con-centração de açúcar durante o processa-mento, o doce de lei-te pode ser conserva-do em temperatura ambiente, já que a maioria dos micror-ganismos é elimina-da ou inativada du-rante o processo de fabricação. Na Tabe-la 1, é possível ob-servar a composição de diferentes marcas de doce de leite e de produtos similares fabricados no merca-

Morgana BalBueno Ferreira1& Cássia regina nespolo2

1acadêmica do Curso de nutrição, unipaMpa, itaqui, rs; 2professora adjunta, Curso de Ciência e Tecnologia de alimentos e Bacharelado interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, universidade Federal do pampa (unipaMpa), Campus itaqui.

DOCE DE LEITE NA INDÚSTRIANACIONAL

Morgana Balbueno Ferreira1& Cássia Regina Nespolo2

1Acadêmica do Curso de Nutrição, UNIPAMPA, Itaqui, RS; 2Professora Adjunta, Curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos e Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Campus Itaqui.

O doce de leite é o produto resultante da cocção do leite com açúcar,podendo ou não ser adicionado

de outras substâncias alimentícias permitidas, atéconcentração conveniente que adquire coloração,

consistência e sabor característicos em função dasreações de escurecimento não enzimático. Pode ser

classificado de acordo com asua consistência em: cremoso ou em pastoso e/ou em tabletes, sendo

que o produto acrescido de aditivos como espessantes, estabilizantes e/ou umectantes é denominado

doce deleite para confeitaria. No Brasil, o doce de leite é muito apreciado pela população, sendo

produzido artesanalmente ou até mesmo por grandes empresas com distribuição em todo opaís. É um

produto amplamente empregado como sobremesa, consumido com pães, queijos e bolachas ou até

mesmo como ingrediente para a elaboração de alimentos como confeites, bolos, biscoitos e

sorvetes.Após sua produção, o doce de leite é resfriado, envasado e armazenado em temperatura

ambiente. Em função da elevada pressão osmóticacriada pela alta concentração de açúcar durante o

processamento, o doce de leite pode ser conservado em temperatura ambiente, já que a maioria dos

microrganismos é eliminada ou inativada durante o processo de fabricação. Na Tabela 1, é possível

observar a composição de diferentes marcas de doce de leite e de produtos similares fabricados no

mercado brasileiro.

Tabela 1- Comparação da composição de diferentes doces de leite

Produto Carboidratos

(%) Lipídeos

(%) Proteínas

(%) Cinzas

(%) Fibras (%)

Leite condensado 57,55 5,90 6,40 1,55 0,00

Doce de Leite 59,87 6,88 5,38 1,04 n.a*

Doce de Leite “light” 61,30 0,14 5,99 1,55 2,37

Doce de Leite em pasta 66,52 6,73 5,25 1,37 1,13

Fonte: TBCA/USP, 2016. * Não detectado.

composição do doce de leite,pode haver adição ou não de só-lidos de origem láctea e/ou creme e adicio-nado de sacarose ou glicose. A composi-ção final deve ter no máximo 30% de umi-dade, mínimo de 2% de gordura e mínimo de 6%. O açúcar-contribui para o sa-bor e, quanto maior a quantidade deste ingrediente, maior será o rendimento do doce, entretanto o produto final pode ficar enjoativo e com presença de cristais. O bicarbonato de só-dio dá estabilidade térmica ao leite e in-terfere na cor, quan-to mais bicarbonato mais escuro o doce de leite será. O ami-do é utilizado para aumentar o rendi-mento e a viscosida-

de do produto e au-xilia no retardo da formação de cristais, porém acaba deixan-do um gosto residual de farinha ao doce de leite. A qualidade sanitária do produto é determinada pela legislaçãobrasileira e pela do Mercosul, com controle para microrganismos cau-sadores de doenças e responsáveis pela deterioração do doce de leite. O mercado de produção do doce de leite no Brasil já foi concentrado em pequenos produ-tores, na produção artesanal, contudo a produção a nível industrial cresceu e hoje disponibiliza di-versos produtos com formulações distin-tas, sem perder as características do doce de leite.

do brasileiro.Como pode ser ob-

servado, metade da formulação do doce de leite é compos-ta por carboidratos, seguido de lipídeos e proteínas, que de-pendendo do produ-to podem variar suas q u a n t i d a d e s . N a

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USO DE VACINAS PARA CONTROLE DEINFESTAÇÕES POR CARRAPATOS EM BOVINOS

¹eduan Junior silveira CosTa, ¹oTTo raMM Junior & 2aleksandro sChaFer da silva

O R h i p i c e p h a -lus (Boophilus)

microplus,conhecido como carrapato bovi-no causa grande pre-juízo econômico à ex-ploração pecuária no Brasil. A infestação em bovinos(Figura 1) causa efeito direto do parasi-tismo como anemia (car-rapato é hematófago), além da transmissão de patógenos e do alto custo operacional das técnicas atuais de controle. O uso de acaricidas vem sen-do a medida de controle profilático e terapêuti-co mais comum contra esses ectoparasitos. No entanto, os principais problemas relacionados com essa prática dizem respeito ao aparecimento de populações resisten-tes de carrapatos frente ao uso indiscriminado de diversos princípios

ativos químicos, ao apa-recimento de resíduos nos produtos de origem animal e à contaminação ambiental proveniente do uso desses acaricidas.

Uma alternativa que vem sendo estudada é o controle do carrapato por meio de vacinas. Atual-mente, as vacinas são desenvolvidas a partir da proteína Bm86, conferin-do proteção parcial aos bovinos contra futuras infestações por carrapa-to. O antígeno Bm86 é uma proteína imunogêni-ca, localizada na superfí-cie apical de células do intestino do carrapato, com maior concentração nas microvilosidades das células do tubo digestivo, que não entra em con-tato com o sistema imu-nológico do hospedeiro, motivo esse que faz com que essa proteína não confira proteção natural.

Segundo pesquisadores, a vacina é uma resposta efetuada principalmente por hipersensibilidade imediata, que vai cau-sar a rejeição das larvas ao subir no animal; e uma segunda resposta, feita principalmente por anticorpos contra a fase adulta, causam lesões no sistema digestivo do car-rapato e redução de peso da fêmea, o que também contribui para a redução da viabilidade dos ovos. No entanto, a vacinação não assegura a proteção desejada na produção bovina, sugerindo a ne-cessidade de mais de um antígeno protetor asso-ciado a essa vacina. Os pesquisadores acreditam que o uso de uma vaci-na polivalente, usando diferentes antígenos com ação em diferentes fases de vida e impedindo o funcionamento de pon-

tos vitais para a sobrevi-vência do carrapato, po-deria permitir o aumento da eficiência no controle desse parasito, já que o carrapato bovino tem ciclo monóxeno de vida, isto é, apenas um hospe-deiro, a vacinação pode ter seu efeito potenciali-zado.

No Brasil, foi demons-trado que o uso da Bm86 em bovinos infestados naturalmente por carra-pato reduziu entre 45% e 60% no número de car-rapatos. Na Austrália, a vacina baseada nessa mesma proteína (Bm86) é comercializada com o nome de TickGARD, já em Cuba, México e Brasil o nome comercial da va-cina é GAVAC.

O uso de vacinas no controle de carrapatos pode ter algumas van-tagens, relacionadas a menor contaminação

¹acadêmicos do curso de zootecnia do centro de educação superior do oeste (Ceo)-udesC2 Médico veterinário, professor do departamento de Zootecnia - udesC

UTILIZAÇÃO DE LÂMINA D’ÁGUA NA CRIAÇÃO DE SUÍNOSesTeFânia sandri¹, Fernanda rigon¹, Maria luísa appendino nunes ZoTTi2, diovanipaiano2

A s u i n o c u l t u r a no Brasil apre-sentou grande

desenvolvimento, em função da aplicação de técnicas de manejo mais aprimoradas, bem como, maiores conhecimentos sobre nutrição e a fisiolo-gia dos animais. Tais fa-tores aliados às técnicas de melhoramento genéti-co e importação de linha-gens de suínos de alto potencial para produção de carne magra foram de extrema importância para o desenvolvimento desta atividade.

A preocupação com o conforto, o bem-estar dos animais e os aspectos ambientais dos sistemas produtivos também faz parte dessa gama de fato-res que contribuem para o desenvolvimento da

suinocultura. O ambiente climático é

um dos principais fatores que limitam a eficiência de produção na indústria de suínos, principalmen-te quando as temperatu-ras ambientais estão aci-ma da faixa de conforto térmico para os mesmos. Isto ocorre pois o suíno doméstico é uma espécie que apresenta seu apare-lho termorregulador pou-co desenvolvido, quan-do comparado a outras espécies, sendo muito sensível ao calor na fase adulta. Faz-se necessá-rio então, a adoção de técnicas que diminuam o estresse por calor nes-tes animais, aumentando sua eficiência alimentar. Neste sentido, alguns es-tudos demonstram que a utilização de lâmina

d’água nos sistemas de criação melhora o con-forto térmico dos animais na fase de crescimento, com efeitos positivos so-bre o desempenho.

A utilização do siste-ma de lâmina d’água na suinocultura se dá por meio de uma superfície de 5 a 10cm de profundi-dade de água no interior das baias, que visa au-mentar a perda de calor dos animais. O sistema ainda permite o desen-volvimento de comporta-mentos naturais da es-pécie, como o hábito da chafurdação, importante nos processos de termor-regulação dos suínos. No entanto, alguns estudos são controversos em de-monstrar melhoria do desempenho animal com o uso de lâmina, além de

existirem questionamen-tos relacionados ao maior uso de água e maior di-luição de dejetos decor-rentes do sistema de lâ-mina d’água.

No sentido de reduzir os problemas de maior con-sumo de água e maior di-luição dos dejetos, diver-

sos produtores utilizam um sistema diferenciado, denominado de “Lâmi-na d’água rasa” que uti-liza uma lâmina d’água de cerca de 2cm de pro-fundidade, proveniente apenas de água desper-diçada dos bebedouros e dejetos líquidos (Figura

1). A lâmina d’água rasa, quando comparada ao sistema convencional, pode ser considerada uma alternativa para me-lhorar o conforto térmico dos suínos sem ocasionar aumento no consumo de água e na diluição dos dejetos.

Figura 1 – Corte lateral e foto de uma baia de crescimento e terminação com lâmina d’água rasa.

¹ acadêmica do programa de educação Tutorial, Zootecnia-udesC² professores do curso de Zootecnia –udesC

ambiental, assim como ausência do período de carência. Vacinas são potencialmente impor-tantes no controle de agentes causadores de doenças, principalmente por não serem agentes químicos, por terem um menor custo, assim como o desenvolvimento de re-

sistência é mais lento. O uso da Bm86, apesar de sua imunidade parcial, é uma alternativa de con-trole em propriedades com grandes infestações, juntamente com uso de acaricidas, a fim de evi-tar prejuízos ao produtor decorrente do parasitis-mo por carrapato.

Figura 1: imagem mostra infestação por carrapatos em região inguinal de bezerras.

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VÍRUS INFLUENZA E SEUS IMPAC-TOS NA PRODUÇÃO DE AVES

O Brasil é o se-gundo maior produtor e o

maior exportador de car-ne de frangos do mundo. Na região sul concentra--se a maior parte da pro-dução, representando mais de 90% das expor-tações. A sanidade avíco-la na produção de carne e ovos é para oferecer produtos de qualidade para o mercado inter-no e externo,bem como preservar os empregos e a renda gerada pela pro-dução avícola do país. Para se manter livre de doenças, o país tem de-senvolvido a fiscalização e vigilância sanitária de qualidade, impedindo a entrada de doenças exó-ticas.

O vírus Influenza pode

infectar diversos animais tais como: equinos, su-ínos, aves, e até o ho-mem, causando doença respiratória cuja morta-lidade pode ser alta, de-pendendo do tipo viral. Este vírus é altamente mutagênico e por isso os indivíduos que se vacinam, devem se re--vacinar anualmente. No caso dos animais a vaci-nação só é recomendada em casos especiais e esta é controlada pelas auto-ridades sanitárias. Isso porque a vacina poderia dificultar o diagnóstico sorológico da doença.

Existem três tipos de Influeza: A, B, e C, mas somente o tipo A pode ser passado dos animais para o homem, e vice--versa. O vírus possui

proteínas envolvidas na adesão e multiplicação chamadas de Hemaglu-tinina (HA) e Neuramini-dase (N). São conhecidas mais de 15 proteínas HA e 9 N diferentes, e estas são utilizadas para iden-tificar os diversos subti-pos. Dentre os subtipos mais conhecidos está o vírus H1N1, causador de doença em pessoas imunodeprimidas e até saudáveis, que podem levar à morte em 50% dos casos. Na época de inverno os cuidados de-vem ser redobrados pois há a tendência de fe-charmos os ambientes e diminuir a ventilação, o que aumenta as chan-ces de transmissão da doença. Nas aves esta doença provoca lesões

sérias principalmente no sistema respiratório, mas também no digesti-vo, nervoso e reprodutivo e a transmissão ocorre através de aves domésti-cas, exóticas de compa-nhia, selvagens e outras espécies de animais. Em aves, a mortalidade pode chegar até 100%.

Pela sua importância nas exportações e impac-to na avicultura brasilei-ra, o diagnóstico defini-tivo da doença só pode ser emitido pelas auto-ridades sanitárias. Em caso de confirmação de Influenza Aviária, deve--se imediatamente tomar as medidas de erradica-ção da doença. Todas as aves infectadas, suspei-tas ou que tiveram con-tato com aves infectadas,

PRODUÇÃO ORGÂNICA DE TOMATE

É p o s s í v e l produzir to-mate sem

agrotóxicos, em vo-lume semelhante à produção conven-cional e com frutos de alta qualidade. Essa foi a principal lição da reunião téc-nica sobre produção orgânica de tomate em abrigo promo-vida pela Epagri na propriedade de Ro-drigo Kertischka e Vanuza Satiro, em Doutor Pedrinho. O evento foi realizado no dia 18 de maio e reuniu 50 agri-cultores, lideranças municipais, exten-sionistas e pesqui-sadores da Epagri.

O objetivo foi di-fundir a técnica de produção de tomate orgânico em abrigo. “A cultura do to-mateiro é uma das que mais utilizam agrotóxicos”, des-taca a extensionis-ta da Epagri Adria-na Padilha. Depois da apresentação da propriedade e da área de produção, os participantes ti-raram dúvidas so-bre o sistema e ou-viram o relato do agricultor Rodrigo sobre a construção do abrigo e os pri-meiros desafios na produção de tomate orgânico.

Os participantes

avaliaram o desem-penho de cinco cul-tivares de tomate no sistema orgânico: SCS-Itaipava, Co-ração de boi e três híbridos comerciais. O cultivar SCS Itai-pava, que será dis-ponibilizado ao pú-blico a partir de outubro, é resultan-te de um trabalho de seleção de materiais realizado pela Es-tação Experimental da Epagri de Itajaí. O trabalho iniciou em 2003 com o ob-jetivo de selecionar um cultivar para as condições do Lito-ral e do Vale do Ita-jaí que pudesse ser recomendado para

o sistema orgâni-co. “O tomate SCS--Itaipava possibilita ao produtor retirar a própria semente, pois, ao contrário da maior parte dos ma-teriais disponíveis no mercado, não é um híbrido”, explica Adriana.

O evento, que foi apoiado pelo Pro-grama SC Rural, faz parte do projeto de pesquisa partici-pativa desenvolvido pela Estação Expe-rimental de Itajaí em parceria com a Gerência Regional de Blumenau por meio do Escritório Municipal de Dou-tor Pedrinho.

dinael siMão BiTner1, JéssiCa giuriaTTi2, leniTa Moura sTeFani3

1 – Monitor da disciplina de Microbiologia, aluno do Curso de graduação da Zootecnia, udesC-Chapecó.2 - Médica veterinária, Mestranda do Curso de Mestrado em Zootecnia, udesC-Chapecó.3 – professora do Curso de Zootecnia e do Mestrado em Zootecnia, udesC- Chapecó.

bem como ovos e produ-tos avícolas suspeitos, incluindo ração e cama, deverão ser destruídos imediatamente. Deve-se isolar a propriedade, pa-rar o trânsito de animais e pessoas. Os aviários, equipamentos, e veícu-los deverão ser limpos e desinfetados e nenhuma ave deve ser reintroduzi-da até que o período de vazio sanitário tenha ex-pirado.

Apesar da preocupação com aves migratórias, trânsito internacional de pessoas, deficiências

no controle sanitário de fronteiras, falta de cadas-tramento das proprie-dades, poucos recursos laboratoriais para rápido diagnóstico, falhas na biosseguridade, e falta de treinamento para téc-nicos oficiais e privados para atuação preventiva e em casos emergenciais de surtos, o Brasil é livre da doença e tem grande potencial para ampliar suas exportações, desde que mantenha sua qua-lidade sanitária e vença as dificuldades como a escassez do milho.

Fonte: site www.epagri.sc.gov.br

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Nos próximos dias o frio diminui em SCNo fim de semana a temperatura declina novamente

Quinta-feira (16/06):Tempo: sol com aumento de nuvens na maio-ria das regiões entre a tarde e noite. No fim do dia há condições de chuva fraca no Meio Oes-te, Planalto Norte e Litoral Norte, especialmente nas áreas mais próximas ao Paraná.

Sexta-feira e sábado (17 e 18/06):Tempo: presença de mais nuvens em SC, com condições de chuva fraca a moderada, espe-cialmente do Oeste ao Norte do Estado. Temperatura: mais elevada na sexta-feira em relação aos dias anteriores. No sábado, a tem-peratura declina novamente com a chegada de uma nova massa de ar frio.

Domingo (19/06): Tempo: sol entre nuvens em todas as regiões, no decorrer do dia. Na madrugada ainda ocor-re chuva no Planalto Norte e Litoral Norte. Tem-peratura: baixa.

TENDÊNCIA de 20 a 30 de junhoO período começa com condições de chuva em SC, por influência de um cavado (área alonga-da de baixa pressão) e de uma nova frente fria que avança pelo Sul do Brasil. A partir do dia 25, o tempo melhora e a temperatura fica mais baixa com a atuação de uma nova massa de ar frio, que mantém o tempo mais seco nos dias seguintes com geada nas áreas mais altas do Estado.

Previsão do Tempo - 3 mesesMaio, Junho e Julho de 2016 Junho, Julho e Agosto de 2016Inverno com frio típico em SCNo trimestre, a previsão é de chuva próxima a acima da média para Santa Catarina, sendo os valores acima da média mais prováveis de ocorrer no mês de julho e principalmente em agosto.Em relação à temperatura, a previsão é de in-verno com frio típico com valores próximos à média climatológica, no trimestre. Nos meses de inverno podem ocorrer veranicos, porém o mais comum são as atuações de massas de ar frio de origem polar. Estas massas devem ser frequentes e mais intensas, típicas do Sul do Brasil.

Tempo

Gilsânia Cruz - MeteorologistaSetor de Previsão de Tempo e ClimaEpagri/Ciram Site: ciram.epagri.sc.gov.br