DO SECUNDÁRIO SEGUIR PARA O SUPERIOR · uma redução de 1% em relação a 2013, de acordo com...

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MAIS DE METADE DOS INSCRITOS NOS EXAMES DO SECUNDÁRIO QUER SEGUIR PARA O SUPERIOR Cerca de 88 mil alunos pretendem tirar uma licenciatura Mais de metade dos alunos inscritos para os exames nacionais do ensino se- cundário manifestaram a inten- ção de prosseguir estudos para o ensino superior, registando-se uma redução de 1% em relação a 2013, de acordo com dados do Ministério da Educação. Dos 158 566 alunos inscritos, 56 €, i. e. 88 356 alunos, manifes- taram intenção de continuar a estudar e de se candidatarem a um curso superior. Comparando com o ano passado, estes valores revelam uma redução de 1% nas intenções de frequentar o ensi- no superior, uma vez que, em 2013, 57% dos alunos inscritos para exame afirmaram que que- riam seguir para uma universi- dade ou politécnico, noticiou a agência Lusa, que acrescenta que, este ano, verifica-se, igual- mente, uma descida de quase mil alunos no total do número de inscritos nos exames, ainda que as proporções por género se tenham mantido inalteradas: 45% são rapazes e 55% são rapa- rigas, com idade média a rondar os 17,5 anos, semelhante ao ano passado. Cada aluno inscrito para exame vai realizar uma média de 2,22 exames. Vai realizar-se um total de 346 406 exames na- cionais, mas, ao todo, o núme- ro sobe para 351 848 exames, considerando que este último valor integra as provas de equi- valência à frequência do ensino secundário. De acordo com os dados di- vulgados, 18% dos inscritos vão fazer pelo menos um exame para melhoria de nota e outros 18% vão fazer exames, com o único objetivo de se candida- tar ao ensino superior. Não há alteração nestas percentagens em relação a 2013. Os alunos do ensino profissional secundário representam apenas 1% do total de inscritos, com 1083 alunos. PORTAL AJUDA ALUNOS A ESCOLHER CURSOS SUPERIORES Foi lançado este mês o portal Infocursos, uma plataforma eletrónica destinada a ajudar os alunos na escolha do curso superior depois de terminado o ensino secundário, noticiou a agência Lusa. "Trata-se de uma plataforma online, desenvolvida pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência e pela Direção-Geral do Ensino Superior, que permite aos candidatos ao ensino superior, e ao público em geral, terem acesso a informação relevante para escolherem melhor a formação", afirma, em comunicado, o Ministério da Educação e Ciência (MEC). O portal reúne informação sobre todos os cursos de licenciatura e mestrado integrado ministrados em Portugal e registados na Direção-Geral do Ensino Superior até 31 de dezembro de 2013. A plataforma apresenta dados caracterizadores de cada curso em termos do concurso nacional de acesso ao ensino superior e reúne, de forma gráfica "e fácil de interpretar", vários indicadores estatísticos, entre os quais se destacam a distribuição dos estudantes consoante as vias de ingresso no curso, o percentil médio dos estudantes à entrada do curso, em termos de notas nas provas de ingresso, as taxas de abandono, transferência e continuidade dos alunos no curso um ano apôs a sua primeira matrícula. "Mostra também a distribuição dos alunos por sexo e idades, a distribuição das classificações finais à saída do curso ea relação entre o número de inscritos como desempregados nos centros de emprego, com base nos registos no Instituto do Emprego e Formação Profissional, eo número de diplomados, curso a curso, entre outros parâmetros", refere o comunicado.

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MAIS DE METADE DOS INSCRITOSNOS EXAMES DO SECUNDÁRIO

QUER SEGUIR PARA O SUPERIORCerca de 88 milalunos pretendemtirar umalicenciatura

Mais de metadedos alunos inscritos para os

exames nacionais do ensino se-

cundário manifestaram a inten-

ção de prosseguir estudos para

o ensino superior, registando-se

uma redução de 1% em relação

a 2013, de acordo com dados do

Ministério da Educação.

Dos 158 566 alunos inscritos,

56 €, i. e. 88 356 alunos, manifes-

taram intenção de continuar a

estudar e de se candidatarem a

um curso superior. Comparando

com o ano passado, estes valores

revelam uma redução de 1% nas

intenções de frequentar o ensi-

no superior, uma vez que, em

2013, 57% dos alunos inscritos

para exame afirmaram que que-riam seguir para uma universi-

dade ou politécnico, noticiou a

agência Lusa, que acrescenta

que, este ano, verifica-se, igual-

mente, uma descida de quasemil alunos no total do número

de inscritos nos exames, ainda

que as proporções por género

se tenham mantido inalteradas:

45% são rapazes e 55% são rapa-

rigas, com idade média a rondar

os 17,5 anos, semelhante ao ano

passado.

Cada aluno inscrito paraexame vai realizar uma média

de 2,22 exames. Vai realizar-se

um total de 346 406 exames na-

cionais, mas, ao todo, o núme-

ro sobe para 351 848 exames,

considerando que este último

valor integra as provas de equi-valência à frequência do ensino

secundário.

De acordo com os dados di-

vulgados, 18% dos inscritos vão

fazer pelo menos um exame

para melhoria de nota e outros

18% só vão fazer exames, com

o único objetivo de se candida-

tar ao ensino superior. Não há

alteração nestas percentagensem relação a 2013. Os alunos do

ensino profissional secundário

representam apenas 1% do total

de inscritos, com 1083 alunos.

PORTAL AJUDAALUNOS AESCOLHER CURSOSSUPERIORES

Foi lançado este mês o portal Infocursos, uma plataforma eletrónica destinada a ajudar os alunos na escolha docurso superior depois de terminado o ensino secundário, noticiou a agência Lusa.

"Trata-se de uma plataforma online, desenvolvida pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência e pelaDireção-Geral do Ensino Superior, que permite aos candidatos ao ensino superior, e ao público em geral, teremacesso a informação relevante para escolherem melhor a formação", afirma, em comunicado, o Ministério da

Educação e Ciência (MEC). O portal reúne informação sobre todos os cursos de licenciatura e mestrado integradoministrados em Portugal e registados na Direção-Geral do Ensino Superior até 31 de dezembro de 2013.A plataforma apresenta dados caracterizadores de cada curso em termos do concurso nacional de acesso ao

ensino superior e reúne, de forma gráfica "e fácil de interpretar", vários indicadores estatísticos, entre os quais se

destacam a distribuição dos estudantes consoante as vias de ingresso no curso, o percentil médio dos estudantes à

entrada do curso, em termos de notas nas provas de ingresso, as taxas de abandono, transferência e continuidadedos alunos no curso um ano apôs a sua primeira matrícula. "Mostra também a distribuição dos alunos por sexo

e idades, a distribuição das classificações finais à saída do curso e a relação entre o número de inscritos como

desempregados nos centros de emprego, com base nos registos no Instituto do Emprego e Formação Profissional,

e o número de diplomados, curso a curso, entre outros parâmetros", refere o comunicado.

Reitores satisfeitos com

posição de PortugalEntretanto, foi conhecido

mais um ranking interna-

cional "Universitas 21", que

agrega universidades orien-

tadas para a investigação de

diversos países e que coloca

Portugal como o 24° melhor

sistema do mundo, em ter-

mos absolutos, e em B.° lugar,

quando considerado o graude desenvolvimento econó-

mico de cada país.

Esta classificação levou

o Conselho de Reitores das

Universidades Portugue-sas (CRUP) a congratular-se

com a posição alcançada e

a considerar que esta vem"confirmar a qualidadedas instituições de ensino

superior portuguesas e da

rede instalada no panoramamundial".

Em comunicado, o ór-

gão defende que "é espe-cialmente relevante face a

este rankings habituais, já

que é o único que compa-ra sistemas de Ensino Su-

perior e não instituições".Neste ranking são analisados

fatores como a autonomia,recursos investidos, resulta-

dos obtidos e grau de inter-

nacionalização e ligação com

empresas e indústria, e "o

estudo desenvolvido conclui

que existe uma forte ligação

entre os recursos disponibi-lizados e os resultados obti-

dos", defende o CRUP, refe-

rindo que os países com mais

resultados são, em regra, "os

mesmos que estão no topo

dos recursos investidos".

Surgem nas primeiras

posições do ranking princi-

pal, com cinquenta países,

os Estados Unidos, a Suécia,

o Canadá, a Dinamarca e a

Finlândia. O último lugar

pertence à índia.

ModernizaçãocomplicadaApesar da boa prestação in-

ternacional das instituiçõesde ensino superior portu-guesas, um outro relatório,conhecido recentemente,

aponta para um problemade "falta de informação"

que está a "complicar" a

modernização das univer-

sidades europeias.O relatório "Moderni-

sation of Higher Education

in Europe: Access, Reten-

tion and Employability",da rede Eurydice, analisaas medidas tomadas pelosGovernos e pelos estabele-

cimentos de ensino supe-rior para alargar o acesso

aos estudos superiores, au-

mentar o número de estudantes

que concluem um curso supe-rior (continuação dos estudos)

e ajudá-los a entrar no mercado

de trabalho (empregabilidade).

De acordo com o relatório,

"deficiências na recolha de

informação sobre o ensino su-

perior atrasam o processo de

modernização das universida-

des, prejudicando o aumento

das oportunidades oferecidas

aos estudantes europeus", cita

a agência Lusa.

Olhando para Portugal, o

relatório reconhece tratar-se

de um país que "dispõe de pro-

gramas de acesso para os alu-

nos que não saem diretamente

do ensino secundário e atribui

créditos de acesso ao ensino

superior que reconhecem o

valor da aprendizagem préviados estudantes, uma medida

de modernização". Contudo, a

monitorização da entrada dos

diplomados no mercado de

trabalho só é feita através de

inquéritos institucionais, ao

contrário de em países como

Itália, França ou Reino Unido,

onde há inquéritos regulares a

nível do sistema de ensino.

O relatório mostra ainda

que, apesar de Portugal ser

um dos países onde há estágios

curriculares financiados por di-

nheiros públicos, a orientação

profissional não chega a todos

os universitários, e é, a par da

Bulgária, da Croácia e do Lie-

chtenstein um dos países onde

não existem previsões sobre a

evolução do mercado de traba-

lho, as quais poderiam ser usa-

das pelas universidades para

adaptar os seus cursos, ao con-

trário do que acontece em 23

dos outros países participantes

no estudo (que inclui Estados-

-Membros da UR, com exceção

do Luxemburgo e da Holanda,

e ainda Islândia, Liechtenstein,

Montenegro, Noruega e Tur-

quia, num total de 30 países).

O objetivo da Rede Eurydice é

compreender e explicar a orga-

nização e o modo de funciona-

mento dos vários sistemas de

ensino existentes à escala euro-

peia. Fornece descrições dos sis-

temas de ensino nacionais, estu-

dos comparativos dedicados a

temas específicos, indicadores

e dados estatísticos.

Apesar de Portuga!ser um país onde há

estágios curriculares

financiados,

a orientação

profissional não

chega a todos os

universitários

Ciências e Tecnologias constituem o curso do ensino secundário que leva mais alunos

a exame (77 698), representando praticamente metade do total dos inscritos (49%).

Segue-se Línguas e Humanidades, com 32 048 inscritos (20% do total).

Português, Biologia e Geologia, Física e Química A e Matemática A são, como

habitualmente, os exames mais concorridos, com 74 358, 56 005, 54 999 e 50 044alunos inscritos em cada um deles, respetivamente.Os resultados da primeira fase são divulgados a 1 1 de julho.