Dissertacao - MEDICOES

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 Regras de mediç ão na cons tr ução de edif ícios Proposta de modelo para aplicação em Portugal para elementos secundários de cantaria, carpintaria e serralharia  Rui Miguel Alves Mestre Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Civi l  Júri   Presidente: Prof. Doutor  António Heleno Domingu es Moret Rodrigues Orientador: Prof. Doutor Luís Manuel Alves Dias Co-Orientador: Prof. Doutor Manuel dos Santos Fonseca Vogal: Prof. Doutor Pedro Manuel Gameiro Henriques Outubr o 2010 

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Regras de medição na construção de edif íciosProposta de modelo para aplicação em Portugal para

elementos secundários de cantaria, carpintaria e serralharia 

Rui Miguel Alves Mestre

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Civi l 

Júri  

Presidente: Prof. Doutor  António Heleno Domingues Moret Rodrigues 

Orientador: Prof. Doutor Luís Manuel Alves Dias

Co-Orientador: Prof. Doutor Manuel dos Santos Fonseca

Vogal: Prof. Doutor Pedro Manuel Gameiro Henriques

Outubro 2010 

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RESUMO 

 A necessidade de uniformização dos critérios de medição na construção em Portugal, levou o

Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) a criar, em 1969, um documento com esse

objectivo. Neste documento incluem-se critérios de medição direccionados para a construção de

edifícios, tendo-se tornado uma referência para o meio técnico nacional. Este documento foi, no

entanto, alvo de algumas revisões e actualizações, remetendo a sua última publicação para o ano de

1996.

Esta dissertação inclui-se num estudo que vem sendo desenvolvido pelo LNEC, contando já com

duas dissertações concluídas no capítulo das regras de medição nomeadamente, para Movimento de

Terras e para Revestimentos. Este estudo iniciou-se devido à necessidade demonstrada pela

indústria da construção de um documento actual que sirva de referência às medições. A presente

dissertação tem como objectivo contribuir para o estabelecimento de regras de medição para a

construção de edifícios, no que respeita aos elementos de cantaria, carpintaria e serralharia.

Para a criação da proposta do modelo de regras de medição, os documentos mais relevantes são

identificados e analisados comparativamente, no que respeita à estrutura adoptada, ao conteúdo das

regras de medição e à forma como estas se encontram dispostas no modelo. Posteriormente, é

analisada a informação recolhida no meio empresarial nacional, através de entrevistas realizadas a

técnicos da área de medições, as quais demonstram a realidade sentida na utilização das regras de

medição, bem como algumas opiniões e sugestões para a construção do modelo. Após a análise da

bibliografia mais relevante e da informação recolhida no meio técnico, efectua-se um cruzamento da

informação, sendo explicada a proposta do modelo e, simultaneamente, todas as justificações

necessárias.

Por fim, é apresentada a proposta do modelo de regras de medição para elementos de cantaria,

carpintaria e serralharia, juntamente com os critérios adoptados.

Palavras-chave: Regras de medição, SMM7, ProNIC, Cantaria, Carpintaria, Serralharia.

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 ABSTRACT 

With the growing need for uniformity in measurement criteria for construction in Portugal, in 1969 was

created a document with that purpose by Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). This

document focuses on measurement criteria for buildings construction. Despite still being far from its

original purpose, it became the main, if not the only, reference to the companies.  This document has

been subjected to over some revisions and updates. Its latest edition was published in 1996.  This thesis is included in a study currently being developed by LNEC, having already been achieved

two purposes in the chapter of measurement rules, namely on Earthwork and on Cladding. This study

was initiated due to the need demonstrated by the construction industry of an official and binding

document, by which rules of measurement shall be established. This thesis aims at creating a model

of measurement rules for building construction, particularly for elements of stonework, carpentry and

metalwork. For the creation of the rules of measurement model, the most relevant documents are identified and

analyzed comparatively towards the adopted structure, the content of the rules and how they are

arranged in the model. Subsequently, the information gathered in national technical environments,

through interviews with experts in the field, demonstrated the experienced reality in the use of rules of 

measurement, as well as some opinions and suggestions for the development of the model. After this

analysis, the most relevant literature and information are crossed, explaining the proposed model and,

simultaneously, all the necessary justifications.

Finally, the proposed model of measurement rules for stonework, carpentry and metalwork is

presented, along with the adopted criteria. 

Keywords: Measurement rules, SMM 7, ProNIC, Stonework, Carpentry, Metalwork

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 AGRADECIMENTOS

Sendo esta dissertação mais uma etapa do meu percurso académico e pessoal, não posso deixar de

agradecer a todos aqueles que directa ou indirectamente contribuíram para a concretização deste

objectivo.

Em primeiro lugar, agradeço ao Professor Alves Dias do Instituto Superior Técnico, meu orientador 

científico, pelo lançamento do desafio, interesse demonstrado e esclarecimentos prestados ao longo

da elaboração desta tese.

 Ao, Professor Manuel Fonseca do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, meu co-orientador,

agradeço as úteis sugestões e opiniões acerca da abordagem e desenvolvimento do tema.

 Ao Engenheiro António Cabaço, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, agradeço a

disponibilidade e empenho, além das proveitosas sugestões que me deu ao longo dodesenvolvimento desta dissertação.

 Aos Srs. António Policarpo e Luís Pimentel, da Mota-Engil, e ao Engenheiro Sérgio Bernal e

respectiva equipa de medidores da Somague, cuja experiência profissional e conhecimento na área,

permitiu que tivesse sido estabelecida a interligação entre os fundamentos teóricos com o necessário

na prática, o meu muito obrigado.

 A todos os meus colegas e amigos, com quem tive o prazer de partilhar momentos inesquecíveis ao

longo do curso. Gostaria de destacar os momentos e amizades criadas na TUIST, que em todo o

percurso universitário me acompanharam.

 À minha família queria deixar um agradecimento muito especial, por todo o apoio e encorajamento

demonstrados. Em particular gostaria de destacar a minha Irmã e o meu Pai pela paciência, apoio e

compreensão tanto ao longo da minha formação académica, como no meu crescimento como

pessoa.

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Regras de medição na construção de edif ícios. Proposta de modelo para

aplicação em Portugal para elementos secundários de cantaria, carpintaria e

serralharia 

ÍNDICE DE TEXTO

RESUMO .................................................................................................................................................. i   ABSTRACT ............................................................................................................................................ ii i   AGRADECIMENTOS .............................................................................................................................. v   ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS UTILIZADOS ............................................................................... xii i  1.  Introdução ....................................................................................................................................... 1 

1.1.  Considerações iniciais ............................................................................................................. 1 1.2.  Justificação .............................................................................................................................. 1 1.3.  Objectivos ................................................................................................................................ 2 1.4.  Metodologia ............................................................................................................................. 3 

2.  Evolução do Conhecimento .......................................................................................................... 5  2.1.  Introdução ................................................................................................................................ 5 2.2.  Pesquisa Bibliográfica ............................................................................................................. 5 2.3.  Caracterização da Bibliografia ................................................................................................. 7 

2.3.1.  Curso Sobre Regras de Medição na Construção .............................................................7 2.3.2.  Standard Method of Measurement ...................................................................................9 2.3.3.  Standard Method of Measurement - Explained and Illustrated ......................................15 2.3.4.  Civil Engineering Standard Method of Measurement .....................................................17 2.3.5.  Outra bibliografia consultada ..........................................................................................22 

2.4.  O Meio Técnico...................................................................................................................... 24 2.4.1.  Identificação e caracterização das empresas consultadas ............................................24 2.4.2.  Informação recolhida no meio técnico consultado .........................................................27 

2.5.   Análise comparativa de métodos de medição ....................................................................... 28 2.5.1.   Análise comparativa geral ..............................................................................................28 2.5.2.   Análise comparativa particular .......................................................................................36 

3.  Proposta do modelo de regras de medição .............................................................................. 67  3.1.  Introdução .............................................................................................................................. 67 3.2.  Proposta do Modelo .............................................................................................................. 67 

3.2.1.  Capítulos das regras de medição ...................................................................................67 3.2.2.  Justificação da Estrutura Adoptada ................................................................................68 3.2.3.  Conteúdo geral ...............................................................................................................68 3.2.4.  Descrição das unidades de medida ...............................................................................71 

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3.2.5.  Conteúdo dos quadros ...................................................................................................72 4.  Conc lusões e desenvolvimentos futuros .................................................................................. 79 

4.1.  Conclusões ............................................................................................................................ 79 4.2.  Desenvolvimentos Futuros .................................................................................................... 80 

Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 83  Anexos .................................................................................................................................................. 85  

 Anexo A: Proposta do modelo .......................................................................................................... A.1  Anexo B: Glossário de termos técnico .............................................................................................. B.1 

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ÍNDICE DE FIGURAS 

Figura 1 - Evolução histórica SMM 7 [10] ........................................................................................ 10 Figura 2 - Datas de publicações SMM 7 .......................................................................................... 11 Figura 3 - Publicações CESMM [11] ................................................................................................ 18 Figura 4 - Revisões do CESMM 3 [11] ............................................................................................. 19 Figura 5 - Divisão normas DIN [9] .................................................................................................... 23 Figura 6 – Estrutura de medição na Mota-Engil ............................................................................... 26 Figura 7 – Estrutura de medição na Somague................................................................................. 27 Figura 8- Análise comparativa geral: características ....................................................................... 28 Figura 9 - Analise comparativa geral: CSRMC/ProNIC ................................................................... 31 Figura 10 - Análise comparativa geral: CSRMC/SMM 7 .................................................................. 33 Figura 11 - Análise comparativa geral: ProNIC/SMM 7 ................................................................... 35 Figura 12 - Regras de Guarnecimento de vãos, CSRMC/ProNIC ................................................... 41 Figura 13 - Regras de guardas, balaustradas e corrimãos, CSRMC/ProNIC .................................. 43 Figura 14 - Regras de abóbadas e arcos, CSRMC/SMM 7 ............................................................. 43 Figura 15 – Rubricas SMM 7 ............................................................................................................ 46 Figura 16 - Divisão dos trabalhos em portas e janelas .................................................................... 46 Figura 17 - Regras de medição de portas e janelas, CSRMC/ProNIC ............................................ 48 Figura 18 - Regras de guarnecimento de vãos, CSRMC/ProNIC .................................................... 50 Figura 19 - Regras de medição de guardas, balaustradas e corrimãos, CSRMC/ProNIC .............. 51 Figura 20 - Regras de medição, CSRMC/SMM 7 ............................................................................ 54 Figura 21 - Divisão dos trabalhos em portas e janelas .................................................................... 56 Figura 22 - Regras de medição portas e janelas ............................................................................. 58 Figura 23 - Regras de medição fachadas Cortina, CSRMC/ProNIC ............................................... 61 Figura 24 - Regras de medição de guardas, balaustradas e corrimãos, CSRMC/ProNIC .............. 63 Figura 25 - Regras de medição de guarnecimentos de vãos, ProNIC/SMM 7 ................................ 65 Figura 26 - Regras de medição de portas e portões comerciais, industriais e de garagens ........... 66 Figura 27 - Caracteristicas/especificações/regras/unidades/definições/trabalhos .......................... 74 Figura 28 - Separação dos elementos de carpintaria ...................................................................... 75 Figura 29 - Separação dos elementos de serralharia ...................................................................... 77 

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ÍNDICE DE  QUADROS 

Quadro 1 - Pesquisa internacional: União Europeia [8] ..................................................................... 6 Quadro 2 - Capítulos CSRMC [2] ....................................................................................................... 9 Quadro 3 - Capítulos SMM 7 [10] ..................................................................................................... 12 Quadro 4 - Quadro tipo SMM 7 [10] ................................................................................................. 12 Quadro 5 - Área dois: SMM 7 [10] .................................................................................................... 13 Quadro 6 - Área três SMM 7 [10] ..................................................................................................... 13 Quadro 7 - Área quatro SMM 7 [10] ................................................................................................. 14 Quadro 8 – Capítulos SMM 7 - Explained and Illustrated [13] ......................................................... 16 Quadro 9 - Disposição da Informação: SMM 7 - Explained and Illustrated [13] .............................. 16 Quadro 10 - Trabalhos incluídos no CESMM 3 [11] ........................................................................ 20 Quadro 11 - Quadro tipo CESMM 3 [11] .......................................................................................... 20 Quadro 12 - Área dois CESMM 3 [11] .............................................................................................. 21 Quadro 13 - Área três CESMM 3 [11] .............................................................................................. 21 Quadro 14 - Área quatro CESMM 3 [11] .......................................................................................... 21 Quadro 15 - Características gerais da bibliografia ........................................................................... 28 Quadro 16 - Comparação de capítulos: CSRMC/ProNIC ................................................................ 30 Quadro 17 - Capítulos semelhantes: CSRMC/ProNIC .................................................................... 31 Quadro 18 - Comparação de capítulos: CSRMC/SMM 7 ................................................................ 32 Quadro 19 - Capítulos semelhantes: CSRMC/SMM 7 ..................................................................... 33 Quadro 20 - Comparação de capítulos: ProNIC/SMM 7 .................................................................. 34 Quadro 21 - Capítulos semelhantes: ProNIC/SMM 7 ...................................................................... 36 Quadro 22 - Elementos de cantaria: CSRMC/ProNIC ..................................................................... 37 Quadro 23 - Capítulos estudados: CSRMC/ProNIC ........................................................................ 38 Quadro 24 - Guarnecimento de vãos: CSRMC/ProNIC ................................................................... 39 Quadro 25 - Características/especificações: CSRMC/ProNIC ........................................................ 40 Quadro 26 - Características/especificações: SMM 7 ....................................................................... 40 Quadro 27 - Regras gerais SMM7: guarnecimento de vãos ............................................................ 41 Quadro 28 - Unidades SMM 7: guarnecimento de vãos .................................................................. 41 Quadro 29 - Comparação de unidades: CSRMC/ProNIC/SMM 7 ................................................... 42 Quadro 30 - Comparação de regras de medição CSRMC/ProNIC/SMM 7 ..................................... 42 Quadro 31 - Comparação de regras de medição CSRMC/ProNIC/SMM 7 ..................................... 44 Quadro 32 - Elementos de carpintaria: CSRMC/ProNIC ................................................................. 44 Quadro 33 - Capítulos estudados: CSRMC/ProNIC ........................................................................ 44 Quadro 34 - Características/especificações: CSRMC/ProNIC ........................................................ 47 Quadro 35 - Características/especificações SMM 7 ........................................................................ 48 Quadro 36 - Regras e unidades SMM 7 ........................................................................................... 49 Quadro 37 - Comparação de unidades: CSRMC/ProNIC/SMM 7 ................................................... 49 Quadro 38 - Características/especificações de guarnecimento de vãos: CSRMC/ProNIC ............. 49 Quadro 39 - Comparação de unidades de guarnecimento de vãos: CSRMC/ProNIC/SMM 7 ........ 50  

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Quadro 40 - Características/especificações de guardas, balaustradas e corrimãos: CSRMC/ProNIC

.......................................................................................................................................................... 51 Quadro 41 - Regras e unidades SMM 7: guardas, balaustradas e corrimãos ................................. 52 Quadro 42 - Comparação de unidades: CSRMC/ProNIC/SMM 7 ................................................... 52 Quadro 43 - Unidades de medição em escadas: CSRMC/SMM 7 .................................................. 53 Quadro 44 - Características/especificações de equipamentos: CSRMC/SMM 7 ............................ 54 Quadro 45 - Capítulos de serralharia: CSRMC/ProNIC ................................................................... 55 Quadro 46 - Características/especificações de portas e janelas: CSRMC/ProNIC ......................... 57 Quadro 47 - Características/especificações de portas e janelas: SMM 7 ....................................... 57 Quadro 48 - Regras e unidades de portas e janelas: SMM 7 .......................................................... 59 Quadro 49 - Comparação de unidades em portas e Janelas: CSRMC/ProNIC/SMM 7 .................. 59 Quadro 50 - Características/especificações em fachadas-cortina: CSRMC/ProNIC ....................... 60 Quadro 51 - Características/especificações em fachadas-cortina: SMM 7 ..................................... 61 Quadro 52 - Regras e unidades em fachadas-cortina: SMM 7 ........................................................ 62 Quadro 53 - Comparação de unidades em fachadas-cortina: CSRMC/ProNIC/SMM 7 ................. 62 Quadro 54 - Regras e unidades em guardas, balaustradas e corrimãos: SMM 7 ........................... 63 Quadro 55 - Comparação de unidades em guardas, balaustradas e corrimãos: CSRMC/ProNIC/SMM

7 ........................................................................................................................................................ 64 Quadro 56 - Características/especificações de portas e portões comerciais, industriais e de garagem:

ProNIC .............................................................................................................................................. 65 Quadro 57 - Características/especificações de portões interiores: ProNIC ..................................... 65 Quadro 58 - Características/especificações de portas e portões comerciais, industriais e de garagem:

SMM 7 .............................................................................................................................................. 66 Quadro 59 - Quadro tipo da proposta do modelo de regras de medição ........................................ 68 Quadro 60 - Área de classe de trabalhos ......................................................................................... 69 Quadro 61 - Área de elementos incluídos/excluídos ....................................................................... 69 Quadro 62 - Área do quadro de classificação .................................................................................. 69 Quadro 63 - Área dos critérios de medição ...................................................................................... 70 Quadro 64 - Unidades base de medida ........................................................................................... 71 Quadro 65 - Arredondamento de resultados parciais ...................................................................... 72 Quadro 66 - Arredondamentos de quantidades globais .................................................................. 72 Quadro 67 - Definição dos trabalhos ................................................................................................ 72 Quadro 68 - Elementos incluídos/excluídos ..................................................................................... 72 Quadro 69 - Elementos de cantaria considerados na proposta do modelo ..................................... 73 Quadro 70 - Elementos de carpintaria considerados na proposta do modelo ................................. 75 Quadro 71 - Elementos de serralharia considerados no modelo ..................................................... 77 

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 ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS UTILIZADOS

CESMM - Civil Engineering Standard Method of Measurement  

CESMM 3 - Civil Engineering Standard Method of Measurement 3rd edition 

CSRMC - Curso Sobre Regras de Medição na Construção

DIN - Deutshes Institut für Normung  

LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil

ProNIC - Protocolo para a Normalização da Informação Técnica na Construção

RICS - The Royal Institution of Chartered Surveyors 

SMM - Standard Method of Measurement for Building Works 

SMM7 - Standard Method of Measurement for Building Works 7th edition 

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Regras de medição na construção de edif ícios. Proposta de modelo para

aplicação em Portugal para elementos secundários de cantaria, carpintaria e

serralharia

1. INTRODUÇÃO

1.1. Considerações iniciais

Esta dissertação, intitulada “Regras de medição na construção de edifícios. Proposta de modelo para

aplicação em Portugal para elementos secundários de cantaria, carpintaria e serralharia.” , insere-se

no presente curso de Mestrado Integrado em Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico.

Este trabalho foi desenvolvido seguindo as linhas orientadoras de investigações publicadas pelo

LNEC, nomeadamente “Regras de Medição na Construção” [2], de 1997, bem como tendo por base

duas dissertações de Bolonha desenvolvidas por alunos do Instituto Superior Técnico, “Escavações e

Movimentos de Terras – Regras de Medição na Construção, Modelo Aplicável em Portugal” [3] e

“Regras de Medição de Revestimentos na Construção de Edifícios – Proposta de Modelo para

 Aplicação em Portugal” [4].

1.2. Justificação

Para a realização de um determinado processo construtivo, é necessário envolver um conjunto de

entidades muito heterogéneo, tais como o Dono de Obra, o Projectista, o Empreiteiro e a

Fiscalização. Esta heterogeneidade leva à existência de conflitos em variados níveis, nomeadamente

no que se refere às regras a utilizar nas medições dos trabalhos de construção quando estas não

estão definidas no caderno de encargos da obra.

 A medição na construção é a determinação quantitativa dos trabalhos a executar numa dada obra,

destinando-se a diversos fins relacionados com a gestão de obras, nomeadamente: orçamentação,

planeamento, determinação de quantidades de recursos, elaboração de autos de medição, controloda facturação, controlo das quantidades dos recursos e controlo económico de obras. [5]

Quando se realizam medições numa dada obra, estas são em geral elaboradas em mapas

designados por mapas de medições. A realização destes mapas é de extrema importância, pois é a

partir deles que se realizam os orçamentos das obras, sendo o orçamento o resultado da aplicação

dos preços unitários às medições efectuadas e incluídas no mapa de medições.

 As medições assumem um papel importante na construção e, de forma a minimizar os conflitos entre

os intervenientes, torna-se necessária a existência de regras específicas. A nível nacional e dentro

deste âmbito, existem disposições legais relativas a empreitadas de obras públicas, como o Código

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dos Contratos Públicos [6], no qual são referenciados os métodos e critérios a adoptar na realização

das medições estabelecidas no contrato, e o formulário de caderno de encargos relativo a contratos

de empreitadas de obras públicas, na sua cláusula 26.ª do anexo I [7], de carácter não obrigatório,

que estabelece a ordem de prioridade a observar na medição de trabalhos quando não são

estabelecidos outros critérios no caderno de encargos, a qual se transcreve em seguida. 

• “As normas oficiais de medição que porventura se encontrem em vigor;

• As normas definidas no projecto de execução;

• As normas definidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil;

• Os critérios geralmente utilizados ou, na falta deles, os que forem acordados entre o dono da

obra e o empreiteiro.” [7]

 A falta de regulamentação para a definição das regras de medição no projecto e construção de uma

obra constitui uma das principais causas de conflito entre os seus intervenientes. Compreende-se

assim a necessidade de existirem regras de medição com carácter obrigatório de modo a seremutilizadas na realização do mapa de medições, evitando-se interpretações dúbias dos trabalhos aí

descritos e respectivas quantidades. Assim, devem ser definidas regras que apresentem uma

estrutura que se adeqúe às necessidades dos técnicos em obra e, ao mesmo tempo, uniformize os

critérios utilizados, efectuando sempre uma interligação com outras aplicações na área da construção

que se encontrem em estudo (ProNIC1).

1.3. Objectivos

Com a realização desta dissertação, pretende-se elaborar uma proposta de regras de medição que

se enquadre na problemática existente a nível nacional no que diz respeito à medição de elementos

secundários em edifícios, nomeadamente de trabalhos de cantaria, carpintaria e serralharia. Para a

realização desta proposta, são tidas em conta as disposições legais em vigor, de forma a colmatar as

lacunas existentes no meio técnico.

Com esta finalidade, torna-se necessário efectuar um levantamento da informação existente tanto a

nível nacional, como internacional, adaptando-a de uma forma eficaz à realidade nacional. Com a

presente proposta do modelo de regras de medição, pretende-se atingir os seguintes objectivos:

• Levantamento da informação relativa a legislação e bibliografia existente a nível nacional e

internacional sobre as regras de medição aplicadas a cantaria, carpintaria e serralharia;

• Classificação e codificação dos elementos descritos nos mapas de medição que se inserem

nas categorias em estudo;

1 ProNIC - Projecto que tem como objectivo produzir articulados standardizados para cadernos de encargos detrabalhos de construção civil, disponibilizando a todos os utilizadores da plataforma fichas de trabalhos, fichas de

materiais e fichas de custos que se associam aos cadernos de encargos gerados, gerar toda a documentaçãonecessária ao lançamento de uma obra, incluindo a Estimativa Orçamental, MediçõesDetalhadas e Mapa de Trabalhos e Quantidades [20] 

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• Definição das unidades de medição, regras gerais e específicas aplicáveis aos diferentes

elementos de construção, sendo sempre acompanhada pelo tipo de obras analisadas;

• Caracterização, sempre que necessária, dos aspectos técnico-construtivos mais relevantes,

garantindo-se assim um controlo da qualidade especificada na designação do trabalho,

medidas de segurança e pormenores-tipo;• Apresentação de exemplos descritivos e justificativos referentes aos objectivos acima

identificados.

1.4. Metodologia

Para a realização desta dissertação e de forma a atingir as metas traçadas inicialmente, utiliza-se

uma metodologia baseada nos seguintes pontos:

a) Pesquisa bibliográfica

 A pesquisa bibliográfica consiste no levantamento documental relativamente ao tema em estudo,

sendo essa pesquisa dividida em documentos e aplicações nacionais e internacionais. No caso dos

documentos internacionais, deu-se especial importância aos Países Europeus, de forma a dar 

sequência à crescente uniformização de regras utilizadas. Pretende-se, assim, recolher as

referências bibliográficas mais utilizadas na área das regras de medição, sejam elas de carácter 

obrigatório ou apenas de uso facultativo. Considera-se que a exposição da evolução histórica desses

documentos assume alguma relevância, pois poderá ser observado o processo evolutivo das regras

de medição, bem como o impacto que estas tiveram nos países onde foram lançadas. Serve tambémcomo uma boa base de trabalho para o estabelecimento de regras de medição em Portugal.

b) Consulta ao meio técnico

Nesta fase realiza-se uma consulta ao meio técnico nacional através de entrevistas. Estas entrevistas

tiveram como objectivo principal avaliar qual o conhecimento do meio técnico acerca da bibliografia

consultada, tentando perceber se as regras contidas nesses documentos se encontram adequadas

às necessidades actuais. São também recolhidas e analisadas as informações que se consideraram

úteis para a construção da proposta do modelo.

c) Análise Comparativa

 Após a análise bibliográfica e selecção dos documentos que se consideram relevantes para o tema

da dissertação, realiza-se uma crítica e análise comparativa entre a informação recolhida em cada

documento, verificando-se de que forma esta se complementaria entre si nos aspectos que se

consideraram principais, nomeadamente:

• Qual a estrutura mais adequada para a exposição da informação;

• Qual a codificação e numeração dos trabalhos;

• Quais os elementos que deveriam ser inseridos no modelo.

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4

 Após a realização desta análise, seleccionam-se os aspectos importantes de cada documento,

cruzando-os com a informação recolhida no meio técnico. Todo este processo tem como objectivo

final a proposta do modelo de regras de medição a aplicar em Portugal.

d) Proposta do modelo de regras de medição

 A construção da proposta do modelo de regras de medição surge após a pesquisa e a análise da

informação recolhida. A proposta do modelo é construída de forma a conter actualizações

relativamente à informação existente em Portugal, realizando-se as alterações que se consideram

necessárias, com base na opinião e necessidade do meio técnico.

e) Conclusões e desenvolvimentos futuros

Por último, é efectuada uma análise retrospectiva e conclusiva da dissertação, descrevendo-se

alguns dos problemas identificados durante a realização deste trabalho, bem como a justificação das

decisões tomadas. São também descritas algumas sugestões para uma continuidade do estudo, quer 

no tema da presente dissertação, quer no capítulo das regras de medição.

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5

2. EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

2.1. Introdução

Neste capítulo, pretende-se caracterizar o estado do conhecimento no âmbito das regras de mediçãona construção, tanto a nível nacional como a nível internacional com especial ênfase nos países

pertencentes à União Europeia. A pesquisa bibliográfica desenvolvida abrange, numa fase inicial,

parâmetros gerais da construção de edifícios, evoluindo posteriormente para parâmetros particulares,

designadamente no âmbito deste trabalho. Nesta pesquisa, abordam-se aspectos gerais das regras

de medição, nomeadamente a evolução histórica e a forma como a informação é apresentada. Esta

abordagem tem como objectivo desenvolver as bases deste trabalho, para que se possa apresentar,

no final, a proposta de um modelo de regras de medição.

2.2. Pesquisa Bibliográfica

 A primeira bibliografia analisada é a nacional. Esta opção deve-se ao conhecimento prévio de alguma

documentação e à facilidade de consulta, tanto ao nível de acessibilidade, como de compreensão.

Esta pesquisa tem como objectivo o conhecimento da história das regras de medição em Portugal,

realizando-se, ao mesmo tempo, um levantamento de documentos já publicados sobre a temática e

estudos actualmente em curso.

No que diz respeito à pesquisa internacional, esta baseia-se em documentos e regulamentos

utilizados nos países pertencentes à União Europeia. Esta opção deve-se à crescente uniformização

e elaboração de normas e regras comuns aos países membros. Pretendeu-se assim adquirir noções

das regras e normas aplicadas nos países da UE, de forma a desenvolver um sistema de medição

para Portugal, que facilite a interacção entre os países na realização das medições, permitindo o

cálculo do orçamento e execução de uma determinada obra de uma forma mais simples.

 A pesquisa internacional baseia-se num documento publicado pelo Royal Institution of Chartered 

Surveyors2 (RICS) em 2003 [8]. Este documento foi elaborado através de um inquérito efectuado

electronicamente às entidades responsáveis de cada país a nível internacional, desenvolvendo-se

então uma base de dados com as respostas a este questionário.  A lista de países apresentados no

documento publicado pela instituição RICS são aqueles com que a instituição tentou efectuar o

contacto, existindo no entanto outros países que não terão sido alvo de inquérito. No Quadro 1,

apresenta-se uma síntese efectuada pela instituição RICS acerca dos documentos utilizados os

países da União Europeia, para efeitos de regras de medição para trabalhos de construção.

2 RICS – Instituição fundada em 1868 em Londres, recebeu a chancela real em 1881. Os seus membros sãoreconhecidos como medidores orçamentistas, que mantêm os mais altos níveis de integridade e competêncianas especialidades de consultoria de orçamentos e de contrato e prospecção de mercado imobiliário [8].

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6

Quadro 1 - Pesquisa internacional: União Europeia [8] 

País Estado do conhecimento Autores

Recomendado pelas

autoridadesnacionais

Mencionado nocaderno deencargos

 Alemanha Desconhecido - - -

 Áustria Desconhecido - - -

Bélgica

NBNB 06-001 "Measurement for Buildings" - Measurement Methodsfor Quantities (standard method of 

measurement) 1982

Belgium Standards Institute Sim Sempre

Bulgária Desconhecido - - -Chipre Desconhecido - - -Dinamarca Desconhecido - - -Eslováquia Desconhecido - - -Eslovénia Não mencionado na recolha - - -Espanha Desconhecido - - -Estónia Não mencionado na recolha - - -Finlândia Não mencionado na recolha - - -França Desconhecido - - -Grécia Desconhecido - - -

Holanda

RAW - Rationalisation and automatonGroundwork, road buildin, civil

stuctures

 Agências governamentais,organizações e institutospúblicos, donos de obras

Sim SempreStabu - Standard Specifications for Construction of Construction of Commercial and Public Service

Buildings and Housing

Indústria da construção

Hungria Desconhecido - - -Itália Não tem - - -

Irlanda

 ARM2 - Agreed Rules of Measurement

SCS - Society of CharteredSurveyors

Sim Sempre

CIF - Construction IndustryFederation

SMM6 e SMM7 - Standard Method of Measurement 6th and 7th edition

RICS - The Royal Institutionof Chartered Surveyors

Building EmployersConfederationCESMM3 - Civil Engineering

Standard Method of Measurement3rd edition

ICE - Institution of CivilEngineers

Letónia Não mencionado na recolha - - -Lituânia Não mencionado na recolha - - -Luxemburgo Desconhecido - - -Malta Desconhecido - - -Polónia Não tem - - -

Portugal Desconhecido - - -

República ChecaCenilky URS (Ústav racionalizace ve

stavebnictvi)URS (anterior governo) Não Por vezes

Reino Unido

SMM6 e SMM7 - Standard Method of 

Measurement 6th and 7th edition

RICS - The Royal Institutionof Chartered Surveyors

Sim Sempre

Building EmployersConfederation

Principles of MeasurementInternational (POMI)

RICS - The Royal Institutionof Chartered Surveyors

CESMM3 - Civil EngineeringStandard Method of Measurement

3rd edition

CE - Institution of CivilEngineers

Roménia Não mencionado na recolha - - -Suécia Desconhecido - - -

Efectuando uma análise pormenorizada ao Quadro 1 e recordando que o inquérito efectuado data do

ano 2003, altura em que a Bulgária, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia,Lituânia, Malta, Polónia, República Checa e Roménia não pertenciam ainda à União Europeia, não é

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7

de estranhar a inexistência de informação em alguns destes países. Pelo contrário, no que diz

respeito a países como a Alemanha e Portugal, a inexistência de informação é estranha, uma vez que

por, volta desta data, já existiam alguns documentos a respeito de regras de medição: na Alemanha,

desde 1992, com as Normas DIN [9], em Portugal, desde 1970, o CSRMC [2] do LNEC. Actualmente,

em Portugal, encontra-se em desenvolvimento uma aplicação na óptica do utilizador, com o nomeProNIC, que tem como objectivo criar articulados standardizados para cadernos de encargos de

trabalhos de construção civil, para os quais se definem a estrutura de classificação dos trabalhos, o

articulado dos mapas de trabalhos e as próprias regras de medição dos trabalhos de construção.

Nos restantes Países da UE, não se verificam grandes evoluções na documentação ou mesmo de

normas associadas às regras de medição, não querendo isto significar que as regras de medição

sejam um tema menor na investigação.

2.3. Caracterização da Bibl iografia

Neste capítulo, efectua-se a caracterização da bibliografia mais relevante para a realização desta

dissertação. Apesar do elevado número de documentos existentes nos diversos países, a dificuldade

de consulta e os objectivos inicialmente propostos levam à escolha de apenas algumas dessas

publicações.

 Assim, de todos os documentos pesquisados e consultados considera-se que os mais importantes

para a realização desta dissertação são:

• CSRMC – Curso Sobre Regras de Medição na Construção [2] – Portugal;

• SMM7 – Standard Method of Measurement 7th edition [10] – Reino Unido;

• SMM7 – Explained an Illustrated [13] – Reino Unido;

• CESMM3 – Civil Engineering Standard Method of Measurement 3rd 

edition [11] – Reino

Unido.

Outros documentos:

• DIN – Deutsches Institut für Normung 3 [9] – Alemanha

2.3.1. Curso Sobre Regras de Medição na Construção

2.3.1.1. Introdução

Como referido, o ponto de partida para a pesquisa bibliográfica consiste na procura de informação

existente a nível nacional. Torna-se então perceptível que a bibliografia existente em Portugal é

relativamente parca, existindo um número reduzido de documentos publicados pelo LNEC.

3 Deutsches Institut für Normung – Instituto Alemão para a Normalização

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8

O estudo acerca de regras de medição em Portugal inicia-se na década de 60, com a publicação de

um documento elaborado pelo LNEC, em Março de 1969, intitulado “Regras de Medição –

Documento de Trabalho”.

Este documento pretende definir normas que assegurem a uniformização das regras de medição,

baseando-se nas regras francesas e inglesas que em vigor aquando da sua publicação. O mesmo

compreende regras de medição em trabalhos preparatórios, terraplanagens gerais, obras de betão,

armaduras, moldes e alvenarias.

Pode afirmar-se que esta publicação é um ponto de partida para a continuação do estudo neste

campo, tendo entretanto sido incluídas novas regras, tanto nos campos referidos, como em campos

que ainda não tinham sido alvo de publicação.

Em 1997, surge um documento denominado “Curso Sobre Regras de Medição na Construção” [2], no

qual se encontram dispostas as regras de medição que se destinam a quantificar os diferentestrabalhos de construção, resultando esta publicação de um trabalho base

4 desenvolvido pelo LNEC.

Este foi entretanto discutido, revisto e ampliado, na década de 70, por entidades públicas e

particulares, relativas a trabalhos de construção civil, e por especialistas dos mais variados ramos,

relacionados com instalações em edifícios.

Esta publicação é actualmente a mais utilizada pelo meio técnico na elaboração dos mapas de

medições, apesar de não se tratar de uma norma oficial de medição ou norma definida pelo LNEC,

mas sim de um documento de aplicação facultativa. Este facto leva a que, em determinados

trabalhos, os critérios utilizados sejam acordados entre o dono de obra e o empreiteiro, ou comrecurso a legislação internacional, gerando-se assim uma multiplicidade de critérios.

 Ao longo dos anos têm sido realizados pelo LNEC um conjunto de cursos sobre Regras de Medição,

exteriorizando a importância deste tema e a necessidade de intervenção neste capítulo na

construção.

2.3.1.2. Disposição da Informação

O “Curso Sobre Regras de Medição na Construção” [2], como referido, é um dos documentos mais

utilizados, não raramente o único, no meio técnico nacional, sendo direccionado para a construção

em edifícios. A sua estrutura é composta por 25 capítulos dispostos de acordo com organização e

evolução de uma obra. Os capítulos contemplados neste documento são os que se apresentam no

Quadro 2.

4 Trabalho base intitulado “Medições em Construção de edifícios”, 1987 

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Quadro 2 - Capítulos CSRMC [2]  

Capítulos contidos no CSRMC 

0. Regras gerais 13. Portas e janelas de plástico

1. Estaleiro 14. Isolamentos e impermeabilizações

2. Trabalhos preparatórios 15. Revestimentos de paredes, pisos, tectos e escadas3. Demolições 16. Revestimentos de coberturas Inclinadas

4. Movimento de terras 17. Vidros e espelhos

5. Pavimentos e drenagens exteriores 18. Pinturas

6. Fundações 19. Acabamentos

7. Betão, cofragem e armaduras emelementos primários

20. Instalações de canalização

8. Estruturas metálicas 21. Instalações eléctricas

9. Alvenarias 22. Ascensores e monta-cargas

10. Cantarias 23. Elementos de equipamento fixo e móvel de mercado

11. Carpintarias 24. Instalações de aquecimento de água ou vapor 12. Serralharias 25. Instalações de ar condicionado

Os capítulos encontram-se dispostos em texto corrido com um reduzido número de imagens e

esquemas explicativos. Apesar de este ser um documento que apresenta um conjunto de regras de

medição importantes e adaptadas ao panorama nacional, a estrutura de texto corrido apresenta

algumas dificuldades de consulta e compreensão, o que, juntamente com a falta de disposições

legais e de outras fontes a nível nacional, leva a que documentos internacionais que permitem uma

percepção, interpretação e aplicação mais simples e directa de regras de medição, sejam por vezes

escolhidos em detrimento do CSRMC [2].

2.3.2. Standard Method of Measurement 

2.3.2.1. Introdução

Com a crescente necessidade de uniformização na quantificação de trabalhos numa obra no Reino

Unido, é publicado, em 1922, a primeira edição do SMM. Este documento surge após muitos anos de

decisões efectuadas pela Surveyors’ Institution

5

e The Quantity Surveyors’ Association

6

, no que dizrespeito às medições em edifícios.

Estas instituições sentiram esta necessidade, devido à falta de uniformidade neste campo e ao

elevado número de solicitações dos seus serviços, o que os levou a concluir que existia uma

diversidade na prática, variando de acordo com costumes, conhecimentos e temperamento de cada

pessoa. Este facto levou a reclamações por parte dos empreiteiros, que afirmavam que o medidor-

orçamentista tinha, em muitas situações, dúvidas relativamente aos artigos presentes no mapa de

medições que se pretendia orçamentar. No Reino Unido, qualquer pessoa, até à data, na ausência de

5 Surveyors’ Institution – Instituição dos medidores-orçamentistas6 The Quantity Surveyors’ Association – Associação dos medidores

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10

quaisquer qualificações estatutárias para medidores-orçamentistas, tinha a liberdade de se considerar 

um medidor-orçamentista, mesmo que a classe necessitada não tivesse garantias de que essa

pessoa estaria qualificada para tal. [10]

 Assim como a Surveyors’ Institution, a The Quantity Surveyors’ Association estava consciencializada

da crescente necessidade de garantir uma maior precisão do trabalho e uniformidade do método.

Com o objectivo de rectificar esta situação, em 1909, The Quantity Surveyors’ Association nomeou

um comité para preparar e publicar panfletos, recomendando o método de medição para três

negócios. The Surveyors’ Institution emitiu também circulares para os seus membros, expondo uma

opinião autoritária relativa ao correcto método de medição em casos que se tinha verificado alguma

discórdia. Dada a convergência de ideias entre as duas sociedades, em Junho de 1912 surge um

comité conjunto, com o objectivo de produzir um conjunto de regras padrão de medição de trabalhos

de construção. Em 1918, representantes da área da construção foram inseridos neste comité

nomeados pela National Federation of building trades Employers e o The Institute of Builders. Ocomité conjunto foi assistido nas suas entrevistas por representantes de variadas áreas. [10]

Com a evolução apresentada no campo das medições, e com o apoio dos representantes das

instituições envolvidas, em 1922 é publicada a primeira edição do SMM. Este é um documento

baseado nas práticas dos mais importantes medidores orçamentistas de Londres, com algumas

modificações a nível de alternativas, não envolvendo assuntos de legislação, para se adaptar às

práticas de outras regiões do Reino Unido.

Figura 1 - Evolução h istórica SMM 7 [10] 

 A classe profissional dos medidores-orçamentistas não ficou de imediato conhecedora desta

poderosa “ferramenta”, levando diversos anos para que esta fosse difundida pelo meio técnico. À

medida que o SMM foi sendo reconhecido, foram surgindo novas edições desde documento, de

forma a dar resposta a algumas lacunas de versões anteriores e também simplificar o trabalho do

meio técnico, nunca descurando a sua uniformização e objectividade.

Em Dezembro de 1971, é publicado um relatório pelo Joint Working Party  nas Convenções de

Medição, constituído pela Royal Institution of Chartered Surveyors e a então National Federation of 

Building Trades Employers, no qual se conclui que inúmeras mudanças seriam necessárias. Como

resultado destas questões internas, é publicada a sexta edição do SMM, em Março de 1979.

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11

O objectivo traçado pelo grupo de trabalho terá sido completado com a publicação da sétima edição.

Esta edição foi estruturada de acordo com os princípios do Comité de Coordenação para Projecto

(Coordinating Committe for Project Information) e de acordo com os desejos dos corpos

patrocinadores, ao contrário do que era efectuado nas tradicionais secções de trabalho.

 A sétima edição tornou-se operacional no dia 1 de Julho de 1988 e é pós-datada em conformidade

[10].

Figura 2 - Datas de publicações SMM 7 

2.3.2.2. Disposição da Informação

No SMM7, a principal alteração face às edições anteriores está na forma como as regras estão

estruturadas. Nesta edição, as regras deixam de estar em texto corrido e passam a estar inseridas

em quadros, tornando assim o seu uso mais simples e sistemático. A publicação deste documento

não proíbe, contudo, a utilização de texto corrido para a elaboração de mapas de quantidades.

O SMM7 é um documento direccionado para a construção de edifícios, que se encontra dividido em24 capítulos, de acordo com as classes de trabalhos a realizar na execução de um edifício,

reservando ainda uma classe para os trabalhos de conservação e reabilitação, onde contém as

regras mais comuns neste tipo de trabalhos. Esta informação poderá ser visualizada no Quadro 3.

Observando o Quadro 4, é possível verificar que este se encontra dividido em quatro áreas distintas:

1. A área 1, assinalada acima, é o cabeçalho, onde é possível visualizar as designações F20,

F21 e F22. O objectivo destas designações é identificar a classe de trabalhos, sendo esta

representada por uma letra que indica o capítulo a que pertence e por um número que

representa um material ou uma acção referente ao tipo de trabalho. Os itens do quadro são

referenciados com base nesse primeiro cabeçalho, sendo os itens do quadro referidos por 

F20 Regra M1, F20.1.1.1.1, mesmo que sejam específicos a outros cabeçalhos.

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12

Quadro 3 - Capítulos SMM 7 [10] 

Capítulos dos trabalhos inseridos no SMM 7 

 A. Preliminaries/general conditions A. Condições preliminares/gerais

B. Complete buildings B. Edifícios existentes

C. Demolition/alteration/renovation C. Demolições/alterações/renovaçõesD. Groundwork D. Movimento de terras

E. In situ concrete/large precast concrete E. Betão In situ/betão pré-fabricado

F. Masonry F. Alvenaria

G. Structural/carcassing metal/timber G. Estruturas metálicas/madeira

H. Cladding/covering H. Coberturas

J. Waterproofing J. Impermeabilizações

K. Linings/sheathing/dry partitioning K. Revestimentos de forro/revestimentos depainel/divisórias de juntas secas

L. Windows/doors/stairs L. Janelas/portas/escadas

M. Surface finishes M. AcabamentosN. Furniture/equipment N. Mobiliário/equipamento

P. Building fabric sundries P. Elementos diversos

Q. Paving/planting/fencing/site furniture Q. Pavimentos/plantações/vedações/mobiliário

R. Disposal systems R. Redes residuais e pluviais

S. Piped supply systems S. Sistemas de abastecimento canalizado

T. Mechanical heating/cooling/refrigerationsystems

T. Sistemas de aquecimento/refrigeração

U. Ventilation/air conditioning systems U. Sistemas de ventilação/ar condicionado

V. Electrical supply/power lighting systems V. Sistema eléctrico/iluminação

W. Communications/security/control systems W. Sistemas de Comunicação/Segurança/ControloX. Transport systems X. Sistemas de transporte

Y. Mechanical and electrical servicesmeasurement

Y. Componentes de sistemas eléctricos e mecânicos

 Additional rules – work to existing buildings Regras adicionais – trabalhos para edifícios existentes

Quadro 4 - Quadro t ipo SMM 7 [10]  

F20

F21

F22

Information Provided Measurement

Rules

Definition Rules Coverage Rules Suplementary

Information

P1 M1 D1 C1 S1

Classification Table

1. 5. 9. 13. 17. M2 D2 C2 S2

2. 10. 14. M3 D3

3. 6. 11. 15. 18. D4 C3

4. 7. 12. 16. 19. M4 D5 C4 S3

8.

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13

3

2

2. A área 2 localiza-se abaixo do cabeçalho, representando as regras preliminares, designadas

por P1, P2, e assim sucessivamente. Nesta zona, é definida a informação que deve ser 

fornecida no inicio de cada secção de trabalho, de forma a permitir a localização e a definição

global do trabalho. Esta informação pode vir através de listagem de gráficos, especificações,

relatórios, questionários ou por meio descritivo de forma a não deixar qualquer dúvida dalocalização e natureza dos trabalhos a realizar.

Quadro 5 - Área 2: SMM 7 [10]  

3. A área 3 é designada por tabela classificativa (Classification Table) e contém cinco colunas,

cada uma correspondendo a uma subdivisão dos trabalhos abordados pelas regras demedição. Na primeira coluna, encontram-se os trabalhos gerais, enquanto na segunda se

apresenta uma subdivisão desses trabalhos. A terceira coluna segue os passos da segunda.

 A quarta coluna corresponde a definição das unidades correspondente ao conteúdo da

terceira coluna. Na quinta coluna podem ser visualizados detalhes, sendo de referir que

normalmente estes são fornecidos em documentos específicos.

Quadro 6 - Área 3 SMM 7 [10]  

Classification Table

1. 5. 9. 13. 17.

2. 10. 14.

3. 6. 11. 15. 18.

4. 7. 12. 16. 19.

8.

4. Na área 4, são apresentados os critérios de medição. Esta área localiza-se à direita dasregras preliminares e do quadro classificativo. A estrutura desta área está ligada à tabela

classificativa, de forma a estabelecer uma correspondência entre os trabalhos e as

respectivas regras de medição. Estes critérios subdividem-se em quatro colunas:

•  Measurement rules – regras de medição (M );

•  Definition rules – definição das regras (D);

•  Coverage rules – trabalhos incluídos (C );

•  Supplementary information – informação suplementar (S).

Information Provided

P1

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14

4

Quadro 7 - Área 4 SMM 7 [10]  

Com o objectivo de facilitar e uniformizar a numeração dos diversos artigos do mapa de medições, as

regras de medição são também numeradas. Esta numeração é constituída por uma letra que refere o

tipo de regra, e por um número que indica a posição na coluna.

 As regras devem ser usadas e lidas de acordo com a disposição das colunas e linhas:

• As regras/itens P1, M1, D1, e S1 encontram-se localizados acima da linha de classificação e,

portanto, aplicam-se a todos os itens da secção;

• Os trabalhos na célula 1 utilizam as subclassificações das células 5 e 9, as unidades

especificadas em 13 e itens suplementares indicados em 17. As regras específicas

associadas a estes itens são definidas nas células M2, D2, C2 e S2;

• Os trabalhos na célula 2 utilizam as subclassificações das células 5 e 10, as unidades

especificadas em 14 e itens suplementares indicados em 17. As regras específicas

associadas a estes itens são definidas nas células M3, D3, C2 e S2;

• Os trabalhos na célula 3 utilizam as subclassificações das células 6 e 11, as unidades

especificadas em 15 e itens suplementares indicados em 18. As regras específicasassociadas a estes itens são definidas nas células M3, D4, C3 e S2;

• Os trabalhos na célula 4 podem utilizar as subclassificações tanto da célula 7, como da célula

8. Este facto está representado no quadro, através da linha a tracejado.

Em suma, as regras nos quadros são lidas da esquerda para direita com as linhas horizontais a

definirem as relações entre os itens com as subclassificações e regras específicas.

Measurement Rules Definition Rules Coverage Rules Suplementary Information

M1 D1 C1 S1

M2 nciC2 C2 S2

M3 D3

D4 C3

M4 D5 C4 S3

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15

2.3.3. Standard Method of Measurement - Explained and Illustrated 

2.3.3.1. Introdução

O SMM 7 – Explained and Illustrated , [13] publicado em Outubro de 2003, é um livro redigido como

um guia prático ao SMM 7 e com o objectivo de clarificar quaisquer dúvidas que possam existir em

determinadas rubricas e itens. Uma das principais razões que levaram ao lançamento deste livro foi a

eliminação de um certo número de discussões desnecessárias na realização de um projecto de

construção. Estas dúvidas surgem normalmente devido a uma dualidade de critérios e interpretações

existentes na sua realização. Muitos cursos académicos deixaram de incluir a “medição” no seu

campo de estudo, obrigando as empresas a incluir este tema na formação dos seus trabalhadores.

2.3.3.2. Disposição da Informação

O SMM 7 – Explained and Illustrated  [13] utiliza diagramas de forma a identificar-se com o SMM 7.Esta publicação tem uma estrutura que segue os capítulos do SMM 7, mas foca apenas os trabalhos

que necessitam de maior pormenorização, situações dúbias ou mesmo dificilmente compreensíveis,

as quais são alvo de acrescento ou reformulação da informação. Estas descrições são efectuadas

através de notas e comentários, permitindo em certas secções uma explicação alternativa. Este

documento é constituído por 18 capítulos, como indicado no Quadro 8.

Esta publicação é destinada a todos os utilizadores do SMM 7 privados e empreiteiros (medidores e

estimadores). Resumindo, o SMM 7 – Explained and Illustrated proporciona:

1. Acompanhamento simplificado do SMM 7;

2. Diagramas simples que ajudam a resolver problemas;

3. Uma interpretação equilibrada de como os itens devem ser medidos;

4. Clarificação de queixas desnecessárias num projecto de construção;

5. Ajuda à formação de medidores-orçamentista e estimadores qualificados.

 A primeira secção é utilizada para anotar os itens alvo de consulta. Os títulos subsequentes dizem

sempre respeito ao título principal, referido na primeira secção, como é possível visualizar no Quadro

9.

Os itens desta secção estão referenciados como F20 à regra M1, F20.1.1.1.1. etc. Por simplicidade,

podem especificar-se para outras regras como no exemplo acima referido (F21, F22). Alguns itens

incluídos no SMM são auto-explicados (regras em particular), não necessitando de qualquer 

explicação adicional. A maior parte dos itens está explicada por texto e, quando possível, recorrem-se

a ilustrações. Esta publicação proporciona mais informação e detalhe, promovendo uma melhor 

clareza do que aquela exposta no SMM, não querendo, no entanto, sobrepor-se ao SMM nem às

regras aí definidas.

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16

Quadro 8 – Capítulos SMM 7 - Explained and Illustrated [13]  

Capítulos incluídos no SMM 7 - Explained and Illustrated 

 A. Preliminaries/general conditions A. Condições preliminares/gerais

C. Existing site/buildings/services C. Edifícios existentes

D. Groundwork D. Movimento de terrasE. In situ concrete/large precast concrete E. Betão in situ/betão pré-fabricado

F. Masonry F. Alvenaria

G. Structural/carcassing metal/timber G. Estruturas metálicas/madeira

H. Cladding/covering H. Coberturas

J. Waterproofing J. Impermeabilizações

K. Linings/sheathing/dry partitioning K. Revestimentos de forro/revestimentos depainel/divisórias de juntas secas

L. Windows/doors/stairs L. Janelas/portas/escadas

M. Surface finishes M. Acabamentos

N. Furniture/equipment N. Mobiliário/equipamento

P. Building fabric sundries P. Elementos diversos

Q. Paving/planting/fencing/site furniture Q. Pavimentos/plantações/vedações/mobiliário

R. Disposal systems R. Redes residuais e pluviais

X. Transport systems X. Sistemas de transporte

Y. Mechanical and electrical servicesmeasurement

Y. Componentes de sistemas eléctricos emecânicos

 Additional rules – work to existing Buildings Regras Adicionais – Trabalhos em edifíciosexistentes

Quadro 9 - Disposição da Informação: SMM 7 - Explained and Illustrated [13] 

F20

F21

F22

Information Provided Measurement Rules Definition Rules

Cada secção começa numa nova página. No inicio de cada secção, as regras preliminares estão

mencionadas, sendo referidas como P1, P2, etc. O objectivo destas regras é definir a informação que

deve ser dada no inicio de cada secção de trabalho e ajudar a localizar e definir globalmente o

trabalho. Isto é aplicável a todas a regras preliminares, independentemente da secção de trabalho,

não devendo ser repetida ao longo do texto. Como princípio geral, as regras são enumeradas em

primeiro lugar e os elementos alvo de medição posteriormente, por ordem numérica.

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17

2.3.4. Civil Engineering Standard Method of Measurement 

2.3.4.1. Introdução

O Civil Engineering Standard Method of Measurement  [11], surge com o objectivo de colmatar as

necessidades existentes na preparação do mapa de medições e consequentemente de preços,

explicitando também a forma como as medidas devem ser efectuadas, quando estes mapas são

realizados. Este documento é o resultado de diversos estudos levados a cabo pela Institution of Civil 

Engineers7 (ICE), mais directamente do The Standard Method of Measurement of Civil Engineering 

Quantities, publicado pela ICE em 1953.

Em 1964, a administração da Institution of Civil Engineers nomeia um comité, para propor uma

revisão ao The Standard Method of Measurement of Civil Engineering Quantities .

Em 1971, o trabalho de revisão fica sobre a alçada de Martin Barnes8 que trabalha inicialmente

através de um acordo com o Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Manchester, até1972, ano em que abandonou esta Universidade e passa a trabalhar através de um acordo directo

com a Institution of Civil Engineers. Um comité de direcção é nomeado pela administração da ICE,

para supervisionar o trabalho efectuado, sendo o comité alargado em 1972, com representantes de

cada uma das seguintes instituições: Institution of Civil Engineers,  Association of Consulting 

Engineers e Federation of Engineering Contractors.

No final de 1972, um esboço da revisão efectuada ao Standard Method of Measurement Quantities é

distribuído para análise a diversos organismos, sendo efectuados ensaios de mapas de quantidades

por diversas organizações. A discussão desta temática continua com os organismos interessados aolongo de 1973 e 1974, sendo que muito da forma do documento se deve às sugestões efectuados ao

longo deste período pelos organismos exteriores ao comité. A Institution of Civil Engineers continua a

trabalhar neste documento, até que em 1975 é publicado o Civil Engineering Standard Method of 

Measurement (CESMM). Esta publicação diferencia-se do anterior documento, The Standard Method 

of Measurement of Civil Engineering Quantities, através de:

• Maior uniformização no formato e conteúdo do mapa de medições;

• Uma estrutura sistemática do mapa de artigos, conduzindo a uma listagem e descrições mais

uniformes;• Revisão da subdivisão do trabalho nos artigos, para que se possa fornecer uma descrição do

valor do trabalho mais sensível e equilibrada;

• Consideração das novas técnicas nas construções de engenharia civil, na gestão do trabalho

em si e na administração dos contractos.

Em 1983, a administração da Institution of Civil Engineers faz o pedido ao comité de revisão para

preparar a publicação da segunda edição do CESMM. Diversas organizações contribuem com

7  Institution of Civil Engineers (ICE) – Instituição de Engenheiros Civis, associação profissional independente

fundada em 1818, em Londres.8 Martin Barnes – principal criador do CESMM, mantendo-se intimamente ligado à publicação da segunda eterceira edição desse documento.

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18

sugestões e comentários para a alteração do documento e outras com a revisão dos esboços e

conselhos. A análise destes comentários à primeira edição, e o esboço da segunda edição são

realizados por Martin Barnes e Sócios, sendo assistidos por McGill e Sócios.

É então publicada a segunda edição, em 1985. As alterações efectuadas ao CESMM na sua segunda

edição têm dois grandes objectivos. O primeiro é a consideração dos desenvolvimentos na tecnologia

da construção em engenharia civil e a importância de diferentes custos nos trabalhos que ocorreram

após o lançamento do primeiro documento. O segundo é a alteração da redacção de algumas

cláusulas cuja experiência mostrara não estarem a funcionar da forma pretendida.

Pode assim afirmar-se que a segunda edição do CESMM não é uma alteração abrupta da sua

primeira edição, mas sim uma revisão geral. O CESMM 2 permite agora a categorização e

actualização das antigas notas na classificação de trabalhos, com o objectivo de tornar a utilização da

documentação mais simples de duas formas. Por um lado, as notas passam a ser designadas de

regras, de forma a reforçar a ideia que as suas cláusulas definem a forma como o trabalho deve ser 

descrito e medido em mapas de quantidades de Engenharia Civil, e que têm um estatuto igual ao de

outras regras do documento. Por outro lado, foram divididas em quatro categorias, indicando as

quatro diferentes funções que desempenham e que foram definidas consoante as partes dos quadros

de classificação a que dizem respeito.

 Apesar da segunda edição do Civil Engineering Standard Method of Measurement  ter sido publicada

em 1985, a combinação de determinados factores levou à necessidade da publicação de uma terceira

edição. A terceira edição do CESMM foi publicada no ano de 1991.

Figura 3 - Publicações CESMM [11] 

 A terceira edição do CESMM contou com posteriores correcções nos anos de 1992, 1995 e 2000. As

alterações mais importantes desta edição foram a possibilidade deste documento poder ser usado em

conjunto com as Condições de Contrato, sexta edição (1991), da Institution of Civil Engineers e a

introdução de novas regras de medição em novos campos de trabalhos que até aí não tinham sido

alvo de publicação. Apesar de não existirem alterações nos princípios gerais da anterior edição, neste

documento aproveitou-se para ter em conta a evolução tecnológica na engenharia civil até então e

efectuar algumas alterações no texto da segunda edição.

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19

Figura 4 - Revisões do CESMM 3 [11] 

2.3.4.2. Disposição da Informação

 A estrutura do Civil Engineering Standard Method of Measurement  [11] é apresentada em quadro, deforma muito semelhante ao SMM7. A classificação dos trabalhos está dividida em 26 capítulos e

engloba os trabalhos mais comuns nos contractos de engenharia civil. Os trabalhos contidos são os

identificados no Quadro 10.

 A principal diferença entre o CESMM 3 e o SMM7 consiste na forma como o quadro é preenchido e

consultado, ou seja, no seu conteúdo.

Com base no Quadro 11, verifica-se que este está dividido em quatro áreas distintas:

1. A área 1 encontra-se no canto superior esquerdo, como assinalado no quadro (Class U ),

indica o número e a letra do capítulo e, consequentemente, o conjunto de trabalhos a que diz

respeito. Esta designação encontra-se no início de cada capítulo e conjunto de regras de

medição associado a este.

2. A área 2 do quadro localiza-se abaixo da classe de trabalhos. Esta é uma área que indica os

trabalhos abrangidos pelas regras nesse quadro e os não abrangidos. No início de cada

quadro de regras de medição, podem indicar-se os trabalhos não contemplados pela regra de

medição em questão e, ao mesmo tempo, fazer-se uma referência ao capítulo onde esses

trabalhos são abordados. Esta área torna-se muito útil ao utilizador, pois permite identificar deimediato se o que pretende é abordado nesse capítulo; caso contrário, através das

referências aos trabalhos excluídos, pode identificar-se o capítulo correspondente de uma

forma rápida.

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Quadro 10 - Trabalhos inc luídos no CESMM 3 [11] 

Trabalhos inseridos no CESMM 3

Class A: General items Classe A: Itens gerais

Class B: Ground investigation Classe B: Investigação do solo

Class C : Geotechnical and other specialistprocesses Classe C : Geotécnia

Class D: Demolition and site clearance Classe D: Demolição e limpeza

Class E : Earthworks Classe E : Movimento de terras

Class F : In situ concrete Classe F : Betão In situ

Class G: Concrete ancillaries Classe G: Acessórios para betão

Class H : Precast concrete Classe H : Betão pré-fabricado

Class I : Pipework – pipes Classe I : Tubagens - tubos

Class J : Pipework – fittings and valves Classe J : Tubagens equipamentos e válvulas

Class K : Pipework – manholes and pipeworkancillaries

Classe K : Tubagens - câmara de inspecção etrabalhos auxiliares

Class L: Pipework – supports and protection,ancillaries to laying and excavation

Classe L: Tubagens – suportes e protecções,auxiliares de postura e escavação

Class M : Structural metalwork Classe M : Estruturas metálicas

Class N : Miscellaneous metalwork Classe N : Serralharia

Class O: Timber  Classe O: Madeira

Class R : Roads and pavings Classe R : Estradas e pavimentos

Class S: Rail track Classe S: Caminhos de ferro

Class T : Tunnels Classe T : Túneis

Class U : Brickwork, blockwork and masonry Classe U : Alvenaria

Class V : Painting Classe V : Pinturas

Class W : Waterproofing Classe W : Impermeabilizações

Class X : Miscellaneous work Classe X : Trabalhos diversos

Class Y : Sewer and water main renovationand ancillary works

Classe Y : Saneamento, renovação de água etrabalhos auxiliares

Class Z : Simple building works incidental tocivil engineering works

Classe Z : Trabalhos simples em edifícios

Quadro 11 - Quadro tipo CESMM 3 [11]  

Class UIncludes

Excludes

Measurement

Rules

Definition

Rules

Coverage

Rules

 Additional

Description RulesM1M2

FirstDivision

SecondDivision

ThirdDivision

12345678

12345

1234567

M3 D1D2D3D4

C1 A1 A2 A3 A4 A5

67 M4 D5 A6

 A78 M5

M6C2 A8

 A9

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21

2

3

4

Quadro 12 - Área 2 CESMM 3 [11]  

3. A área 3, designada por tabela classificativa, encontra-se do lado esquerdo, imediatamente

abaixo dos trabalhos incluídos e excluídos. Esta área é constituída por três colunas, cada

uma das quais classificando o trabalho com sucessivo nível de detalhe, sendo a sua

interpretação efectuada da esquerda para a direita e de cima para baixo. Esta zona do

quadro é numerada de acordo com o mapa de medições, de forma a uniformizar e facilitar a

referenciação dos trabalhos entre ambos os documentos.

Quadro 13 - Área 3 CESMM 3 [11]  

FirstDivision

Second Division Third Division

12345678

12345

1234567

6

7

8

4. Na área 4, a mais extensa, são apresentados os critérios de medição, sendo esta localizada à

direita dos trabalhos incluídos e excluídos e da tabela classificativa. A estrutura desta zona do

quadro justifica-se, uma vez que estabelece a correspondência entre os trabalhos e as

respectivas regras de medição.

Quadro 14 - Área 4 CESMM 3 [11]  

Includes (Incluído)

Excludes (Excluído)

Measurement Rules Definition Rules Coverage Rules Additional Description RulesM1M2

M3 D1D2D3D4

C1 A1 A2 A3 A4 A5

M4 D5 A6 A7

M5M6 C2 A8 A9

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Os critérios que definem as regras de medição encontram-se divididos em quatro colunas distintas.

São elas:

•  Measurement rules – regras de medição (M );

•  Definition rules – definição das regras (D);

•  Coverage rules – trabalhos incluídos (C );•   Additional Description Rules – Descrição adicional (S).

Na coluna das regras de medição (M), são definidas as condições e o método segundo o qual os

diversos trabalhos devem ser medidos. Já na coluna de definição das regras (D), define-se a

extensão e os limites a que essa classe de trabalhos está sujeita. A coluna de trabalhos incluídos

permite que o trabalho considerado possa ser incluído em rubricas próprias, à medida que esse

trabalho é incluído no contracto. A última coluna, Descrição adicional (S), permite que sejam expostas

outras informações não referidas nas restantes colunas.

Nestas colunas, as regras de medição encontram-se também numeradas, de forma a facilitar a sua

referenciação. A numeração é efectuada através de uma letra e um número, onde a letra indica o tipo

de regra e o número a posição na coluna.

2.3.5. Outra bibl iografia consultada

Resolveu-se incluir este capítulo na dissertação e separar esta bibliografia da restante, pois não foi

possível ter acesso directo à mesma, apesar de se conhecer a sua importância. Através do site das

instituições anteriormente referidas e algumas publicações, como dissertações anteriormente

realizadas, tem-se acesso a informações gerais, tais como exposição da informação, capítulos

incluídos e alguns factos históricos que levaram à sua publicação. O principal objectivo desta

exposição é dar conhecimento da importância desta bibliografia, mas esta não é tida em conta de

uma forma abrangente aquando da criação do modelo de regras de medição, uma vez não ser 

possível efectuar uma leitura exaustiva com a consistência já demonstrada na análise de outras

publicações.

2.3.5.1. Normas DIN 

 A organização DIN – Deutsches Institut für Normung 9, fundada a 18 de Maio de 1917 na Alemanha,

foi criada com a função de desenvolver e homologar normas a aplicar nesse país. A DIN representa

também os interesses alemães, como membro do European Committee for Standardization (CEN)10,

fazendo-se representar em quase 30% de todos os membros do comité do CEN. A DIN pertence

9 DIN – Deutsches Institut für Normung – Instituto Alemão para a Normalização10 European Committee for Standardization (CEN)10 – Comité Europeu para a Normalização, organização quedesenvolve normas Europeias num largo número de sectores, de forma a desenvolver um mercado mais forte ecom elevados padrões, dissolvendo barreiras na Europa e dando uma maior força à economia global. [18]

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também à organização que faz parte da ISO – International Organization for Standardization11,

ocupando cerca de 17% do total dos membros de toda a ISO.

 As Normas DIN abrangem todos os campos tecnológicos, existindo actualmente um largo número de

padrões. Só no âmbito da construção civil, existem mais de 1750 documentos pertencentes à norma

DIN, englobando as mais diversas áreas da Engenharia Civil, assim como [9]:

• Construção Civil;

• Planeamento urbano;

• Edificações;

• Elementos imóveis;

• Estruturas de edifícios;

• Estruturas de externas;

• Materiais de construção;

• entre outros.

 As Normas DIN direccionadas para a Engenharia Civil designam-se por  Vergabe und 

Vertragsordnung für Bauleistungen (VOB) ou, como a designação na versão inglesa das normas,

construction contract procedures12. O Comité responsável pela elaboração e revisão das VOB é o

Comité Alemão para a Aquisição e Contratação para a Construção (Der Deutsche e

Vertragsausschuss für Bauleistungen).

Esta norma (VOB) está dividida em três partes, tendo sido a sua publicação efectuada em duas

fases, a primeira em 1926, tendo sido publicadas 2 partes, e a segunda em 1988, quando é publicadaa terceira parte.

Figura 5 - Divisão no rmas DIN [9] 

11 ISO – Organização Internacional para a Normalização – entidade não governamental que engloba os

representantes para a padronização/normalização de 159 Países; a ISO aprova normas internacionais em todosos campos técnicos. [19]12 Constrution contract preocedures – Procedimento para a contratação na construção 

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24

 As últimas revisões publicadas da norma VOB remontam a Agosto de 2010, para as duas primeiras

partes da norma. Já a terceira parte teve a sua última publicação em Abril de 2010 [12].

Cada uma das partes da VOB refere-se a distintos trabalhos ou conceitos na Engenharia Civil. A

parte directamente relacionada com as regras de medição é a terceira – Parte C.

2.3.5.2. Estru tura da Informação 

Como referido anteriormente, a VOB encontra-se dividida em 3 partes, partes essas que constituem

por si uma norma DIN, com excepção da Parte C que é constituída por um conjunto de várias normas

DIN, tendo sido a sua norma base a DIN 18299.

Como já exposto, a terceira parte da norma DIN VOB – Parte C é a que diz respeito às regras de

medição, contendo as normas DIN associadas, desde a DIN 18299 à DIN 18451 [9]. A Norma DIN18299 e as suas associadas encontram-se divididas em classes de trabalhos, ordenados pela

sequência lógica de uma obra, sendo o seu conteúdo disposto da seguinte forma:

0. Elementos e descrições necessárias para o esboço da especificação de trabalhos;

1. Âmbito;

2. Materiais e seus componentes;

3. Execução de trabalhos;

4. Tarefas associadas e tarefas especiais;

5. Liquidação.

Esta norma está direccionada para qualquer tipo de obra com uma utilização bastante abrangente. O

facto de se encontrar exposta em texto corrido dificulta de certa forma a sua consulta e utilização.

2.4. O Meio Técnico

2.4.1. Identificação e caracterização das empresas consultadas

Com a realização deste capítulo, pretende-se expor a realidade do meio técnico em Portugal,

analisando e compreendendo as opiniões obtidas em entrevistas realizadas a alguns técnicos de

empresas. Estas entrevistas têm como principal objectivo ajudar a desenvolver uma proposta de

regras de medição adequada à construção efectuada em Portugal e sustentada na experiência do

tecido empresarial nacional.

O estabelecimento de contactos com empresas serve também como modo de avaliação do estado

das regras de medição em Portugal, sendo realizada uma crítica ao CSRMC. Esta análise parte do

geral evoluindo para o particular, criticando-se o CSRMC como um todo (capítulos gerais, exposição

da informação, entre outra informação), centrando-se em particular nos capítulos em análise nesta

dissertação.

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25

 Após alguns contactos com empresas, apenas duas empresas se mostraram disponíveis para

partilhar os seus conhecimentos práticos no capítulo das regras de medição. A duas empresas foram:

• Grupo Mota-Engil - Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços e Concessões de

Transportes;

• Somague Concessões e Serviços S.A..

Os resultados obtidos nesta análise não são considerados imperativos, mas considera-se que têm um

grande peso na proposta do modelo, uma vez que é no meio técnico que se podem constatar as

verdadeiras dificuldades na utilização das regras.

Com o objectivo final de validação do modelo de regras de medição, a informação fornecida pelo

meio técnico será cruzada e compatibilizada com a informação da bibliografia pesquisada, tendo

como produto final a proposta do modelo.

Como referido no subcapítulo anterior, apenas duas empresas permitiram um contacto directo com a

realidade sentida no meio técnico. De seguida, descrevem-se sucintamente estas empresas na sua

generalidade, bem como, mais pormenorizadamente, os departamentos de medição.

O Grupo Mota-Engil encontra-se presente no mercado empresarial há mais de 60 anos, englobando

três grandes áreas de negócio – Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços e Concessões de

Transportes – marcando presença em 19 países, através de sucursais e empresas participadas

espalhadas pelo Mundo. [15]

O Grupo Mota-Engil encontra-se representado em sede própria com escritórios em Linda-a-Velha

(Lisboa) e no Porto.  A equipa de medições da empresa funciona como um todo, apesar de os seus

colaboradores estarem dispersos por todo o território continental, ilhas e no estrangeiro (neste

momento apenas em Angola e Moçambique). Devido à existência de dois escritórios, o de Lisboa e

Porto, os colaboradores encontram-se dispersos pelos dois locais e, no caso de existir um concurso

para uma determinada obra, este será realizado nos escritórios Norte ou Sul, dependendo da

disponibilidade dos meios e não da localização da obra a concurso.

 A equipa de medições da Mota-Engil é de momento constituída por 65 colaboradores, estando estes

localizados da seguinte forma:

¾  Escritórios de Linda-a-Velha: 7

¾  Escritórios do Porto: 7

¾  Madeira: 1

¾  Obras no Continente: 37

¾   Angola: 11

¾  Moçambique: 2

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27

Figura 7 – Estru tura de medição na Somague

2.4.2. Informação recolhida no meio técnico consultado

Com as reuniões efectuadas, foi possível, numa primeira fase, ficar com uma noção geral do

funcionamento das equipas de medição e orçamentação das empresas. Numa fase posterior, foi

possível verificar as dificuldades sentidas na utilização das regras de medição, bem como os conflitos

que costumam surgir entre Empreiteiros e Donos de Obra, tendo neste caso sido referidos alguns

exemplos práticos. Dos problemas existentes, os factores mais frequentemente identificados são:

• Leitura pouco atenta/não utilização dos critérios de medição por parte dos empreiteiros na

elaboração do orçamento (não existe obrigatoriedade);

• Adopção e definição de critérios pouco adequados, quando estes não se encontram definidos

pelo dono de Obra;

• Falta de especificação detalhada do material a utilizar;

• Desconhecimento ou inexistência de regras para uma determinada rubrica;

• Utilização de algumas regras ao nível prático que muitas vezes não resultam, sendo estas

alteradas quer em projecto, quer mesmo em obra.

 Após uma análise cuidada da informação recolhida, considerou-se que os aspectos mais importantes

a ter em conta nesta dissertação são:

• Melhorar a especificação dos materiais a utilizar;

• Realizar uma revisão e actualização dos critérios já definidos;

• Introdução de novas rubricas inexistentes.

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28

O acompanhamento das dificuldades sentidas no meio técnico permite verificar que a inexistência de

um documento oficial base e obrigatório que clarifique todas as dúvidas e conflitos que possam existir 

é a principal causa dos problemas encontrados.

2.5. Análise comparativa de métodos de medição

2.5.1. Análi se comparativa geral 13 

 Após a caracterização da bibliografia consultada de uma forma generalizada, compara-se agora a

bibliografia entre si. Neste capítulo, será efectuado uma comparação a nível geral, incluindo as

características comuns e as que distinguem cada documento, bem como as diferenças entre os

capítulos abordados em cada documento. A partir deste ponto da dissertação é também incluída uma

análise pormenorizada ao ProNIC14.

Identificam-se agora as características principais dos recursos analisados:

Figura 8- Análise comparativa geral: características

De forma a poder identificar de uma forma clara e sistemática as características de cada bibliografia,

decidiu integrar-se a informação comparativa em forma de quadro, como é possível visualizar no

Quadro 15:

Quadro 15 - Características gerais da bibliografia

Bibliografia

Caract. CSRMC Pronic SMM7 CESMM3Normas

DIN 

 Âmbi to dostrabalhos

Construçãode Edifícios

Construçãode Edifícios

Construçãode Edifícios

Construçãoem Geral

Construçãoem Geral

Disposição dainformação

TextoCorrido

Quadro Quadro QuadroTexto

Corrido

Ilustraçõesexplicativas

Sim Não Sim Sim Não

13 Este subcapítulo tem por base os documentos: CSRMC [2], SMM 7 [10] e o ProNIC. 14 Por diversas vezes, nesta dissertação, são referenciados o ProNIC, o SMM 7 e o CSRMC como “documentos”,as aspas devem-se ao facto do ProNIC não ser efectivamente um documento, mas sim uma aplicação.

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Observando-se o Quadro 15, é possível verificar   que na bibliografia consultada predominam os

trabalhos da construção de edifícios. Existem alguns documentos/aplicações centrados na construção

de edifícios, nomeadamente o CSRMC, o ProNIC e o SMM 7, enquanto o CESMM 3 e as Normas

DIN são direccionadas para a construção em geral. Quanto à disposição da informação existe, por 

um lado, o ProNIC, o SMM 7 e o CESMM 3, com estrutura tipo quadro, e por outro, o CSRMC e asNormas DIN em texto corrido. Três dos documentos/aplicações consultadas têm, como forma de

complemento/ajuda à interpretação das regras, documentos complementares com explicações ou

ilustrações das regras, de forma a facilitar a sua utilização (as normas DIN e o ProNIC são os únicos

documentos que não os têm, por enquanto).

Esta dissertação está direccionada para a construção de edifícios, âmbito no qual se considera que a

disposição da informação em estrutura de quadro é benéfica, pois torna mais simples a sua utilização

e compreensão, tendo sido também referido pelo meio técnico que, desta forma, os documentos

teriam uma utilização mais útil e sistemática. Relativamente às ilustrações, estas devem ser realizadas sempre que se achar necessário.

Nesta fase da dissertação, realiza-se uma análise comparativa referente aos capítulos da

bibliografia/aplicações consultadas. Esta análise, apesar de conter ainda alguma generalidade,

evidencia já alguns traços de particular, pois efectua-se apenas entre os documentos direccionados

para a construção de edifícios. Este é um ponto importante, uma vez que é neste âmbito que se

desenvolve o presente estudo.

Realiza-se, seguidamente, uma análise comparativa entre os trabalhos incluídos no CSRMC e o

ProNIC. Efectua-se uma nova numeração dos capítulos, de forma a facilitar as comparações que se

acharem pertinentes. Colocam-se ainda os capítulos dos dois elementos em questão lado a lado,

como disposto no Quadro 16.

Fazendo uma análise preliminar, é possível verificar que, quer o CSRMC, quer o ProNIC seguem de

uma forma geral os trabalhos normalmente encontrados na construção de um edifício, sendo

constituídos pelo mesmo número de capítulos. Apesar de se encontrarem alguns capítulos em que os

nomes diferem, estes acabam por cobrir praticamente os mesmos trabalhos. No entanto, ao realizar-

se uma análise mais profunda, é possível verificar que, no ProNIC, algumas reformulações

relativamente ao CSRMC são encontradas. No ProNIC pode identificar-se um misto de abordagens,

isto é, já existem itens separados por ofícios (cantarias, carpintarias, entre outros) e itens separados

por elementos (estruturas de alvenaria e cantaria, elementos de cantaria), ao contrário do que se

verifica no CSRMC, em que os itens, na sua generalidade, vêm separado por ofícios. Também é

possível identificar que as especificações do ProNIC já se encontram actualizadas relativamente ao

CSRMC. Sendo este último mais antigo, naturalmente encontra-se desactualizado e as

especificações nele incluídas não estão de acordo com a legislação em vigor actualmente, ao

contrário do ProNIC.

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Quadro 16 - Comparação de capítulos: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC 

1. Regras gerais 1. Organização e gestão do estaleiro

2. Estaleiro 2. Trabalhos preparatórios e preliminares

3. Trabalhos preparatórios 3. Demolições

4. Demolições 4. Movimento de terras

5. Movimento de terras 5. Arranjos exteriores

6. Pavimentos e drenagensexteriores

6. Fundações e obras de contenção

7. Fundações 7. Estruturas de betão armado e/ou pré-

esforçado8. Betão, cofragem e armaduras em

elementos primários8. Estruturas metálicas

9. Estruturas metálicas 9. Estruturas de madeira

10. Alvenarias 10. Estruturas de alvenaria e cantaria

11. Cantarias 11. Estruturas mistas

12. Carpintarias 12. Paredes

13. Serralharias 13. Elementos de cantaria

14. Portas e janelas de plástico 14. Elementos de carpintaria

15. Isolamentos e impermeabilizações 15. Elementos de serralharia

16. Revestimentos de paredes, pisos,tectos e escadas

16. Elementos de materiais plásticos

17. Revestimentos de coberturasinclinadas

17. Isolamentos e impermeabilizações

18. Vidros e espelhos 18. Revestimentos e acabamentos

19. Pinturas 19. Vidros e espelhos

20. Acabamentos 20. Pinturas

21. Instalações de canalização 21. Instalações e equipamentos de água

22. Instalações eléctricas 22. Instalações e equipamentosmecânicos

23. Ascensores e monta-cargas 23. Instalações e equipamentos eléctricos

24. Elementos de equipamento fixo emóvel de mercado

24. Ascensores, monta-cargas, escadasMecânicas e tapetes rolantes

25. Instalações de aquecimento deágua ou vapor  25. Equipamento fixo e móvel

26. Instalações de ar condicionados 26. Diversos

De forma a facilitar a visualização das semelhanças entre os capítulos abordados no CSRMC e no

ProNIC construi-se o diagrama representado na Figura 9:

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Figura 9 - Analise comparativa geral: CSRMC/ProNIC 

Mantendo apenas os itens redundantes em ambas as ferramentas, constrói-se o Quadro 17:

Quadro 17 - Capítulos semelhantes: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC 2. Estaleiro 1. Organização e gestão do estaleiro

3. Trabalhos preparatórios 2. Trabalhos preparatórios ePreliminares

4. Demolições 3. Demolições

5. Movimento de terras 4. Movimento de terras

7. Fundações 6. Fundações e obras de contenção

8. Betão, cofragem e armadurasem elementos primários

7. Estruturas de betão armado e/ou pré-esforçado

9. Estruturas metálicas 8. Estruturas metálicas11. Cantarias 13. Elementos de cantaria

12. Carpintarias 14. Elementos de carpintaria

13. Serralharias 15. Elementos de serralharia

15. Isolamentos eimpermeabilizações

17. Isolamentos e impermeabilizações

18. Vidros e espelhos 19. Vidros e espelhos

19. Pinturas 20. Pinturas

22. Instalações eléctricas 23. Instalações e equipamentoseléctricos

23. Ascensores e monta-cargas 24. Ascensores, monta-cargas, escadasmecânicas e tapetes rolantes

24. Elementos de equipamento fixoe móvel de mercado

25. Equipamento fixo e móvel

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 Analisando o Quadro 17, é facilmente perceptível a semelhança entre os capítulos e a ordem

segundo a qual estes estão dispostos.

Resumindo, as principais diferenças detectadas são:

• Abordagem no que diz respeito aos itens por ofício/elemento;

• Características/especificações acerca dos elementos.

Comparam-se então os capítulos do CSRMC com os do SMM 7. De forma a facilitar a futura análise

comparativa, enumeram-se também aqui os capítulos de forma semelhante, como identificado no

Quadro 18.

Quadro 18 - Comparação de capítulos: CSRMC/SMM 7  

CSRMC SMM 7 1. Regras gerais 1. Condições preliminares/gerais

2. Estaleiro 2. Edifícios existentes

3. Trabalhos preparatórios 3. Demolições/alterações/renovações

4. Demolições 4. Movimento de terras

5. Movimento de terras 5. Betão in situ/betão pré-fabricado

6. Pavimentos e drenagens exteriores 6. Alvenaria

7. Fundações 7. Estruturas metálicas/madeira

8. Betão, cofragem e armaduras emelementos primários

8. Coberturas

9. Estruturas metálicas 9. Impermeabilizações

10. Alvenarias 10. Revestimentos de forro/revestimentos depainel/divisórias de juntas secas

11. Cantarias 11. Janelas/portas/escadas

12. Carpintarias 12. Acabamentos13. Serralharias 13. Mobiliário/equipamento

14. Portas e janelas de plástico 14. Elementos diversos

15. Isolamentos e impermeabilizações 15. Pavimentos/plantações/vedações/mobiliário

16. Revestimentos de paredes, pisos, tectose escadas

16. Redes residuais e pluviais

17. Revestimentos de coberturas inclinadas 17. Sistemas de abastecimento canalizado

17. Vidros e espelhos 18. Sistemas de aquecimento/refrigeração

19. Pinturas 19. Sistemas de ventilação/ar condicionado

20. Acabamentos 20. Sistema eléctrico/iluminação

21. Instalações de canalização 21. Sistemas de

comunicação/segurança/controlo22. Instalações eléctricas 22. Sistemas de transporte

23.  Ascensores e monta-cargas 23. Componentes de sistemas eléctricos emecânicos

24. Elementos de equipamento fixo e móvelde mercado

24. Regras adicionais – trabalhos para edifíciosexistentes

25. Instalações de aquecimento de água ouvapor 

26. Instalações de ar condicionados

 Ao observar o Quadro 18, a diferença mais evidente é o número de capítulos inseridos em cada

documento, enquanto o CSRMC está decomposto em 26 capítulos, no SMM 7 encontram-se apenas

24. Verifica-se também que cada um dos documentos segue o progresso de trabalhos que podem

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existir na construção de um edifício. De forma a identificar mais facilmente as diferenças na ordem e

a semelhança no nome dos capítulos entre os dois documentos, analisam-se a Figura 10 e o Quadro

19.

De forma a simplificar a leitura isolam-se, no Quadro 19, apenas os capítulos que se consideram

semelhantes. Apesar de estes capítulos se considerarem similares, os dois documentos cobrem os

principais trabalhos que se encontram na construção de um edifício, simplesmente não partilham a

mesma linha de evolução e pensamento.

Quadro 19 - Capítulos semelhantes: CSRMC/SMM 7  

CSRMC SMM 7 

1. Regras gerais 1. Condições preliminares/gerais4. Demolições 3. Demolições/alterações/renovações

5. Movimento de terras 4. Movimento de terras

10. Alvenarias 6. Alvenaria

15. Isolamentos e impermeabilizações 9. Impermeabilizações

16. Revestimentos de paredes, pisos, tectos e escadas10. Revestimentos de forro/revestimentos de

painel/divisórias de juntas secas

20. Acabamentos 12. Acabamentos

21. Instalações de canalização 17. Sistemas de abastecimento canalizado

22. Instalações eléctricas 20. Sistema eléctrico/Iluminação

23. Ascensores e monta-cargas 22. Sistemas de transporte

24. Elementos de equipamento fixo e móvel de mercado 13. Mobiliário/equipamento26. Instalações de ar condicionados 19. Sistemas de ventilação/ar condicionado

Figura 10 - Análise comparativa geral: CSRMC/SMM 7  

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Uma das grandes diferenças que se pode identificar entre o CSRMC e o SMM 7 é ao nível da

disposição dos capítulos. Enquanto o CSRMC está dividido na sua maior parte por ofícios, no SMM 7

encontramos esta divisão realizada por elementos, a título de exemplo:

Observando os capítulos acima transcritos, repara-se facilmente que os 2 capítulos do SMM 7

(elementos) poderiam ser subcapítulos do CSRMC, já que este dispõe de 3 capítulos de ofícios

diferentes (Cantarias, Carpintarias e Serralharias).

Resumindo, as principais diferenças identificadas foram:

• Número de capítulos;

Abordagem no que diz respeito aos itens por ofício/elemento;• Características/Especificações acerca dos elementos.

Quadro 20 - Comparação de capítulos: ProNIC/SMM 7 

ProNIC SMM 7 1. Organização e gestão do estaleiro 1. Condições preliminares/gerais

2. Trabalhos preparatórios e preliminares 2. Edifícios existentes

3. Demolições 3. Demolições/alterações/renovações

4. Movimento de terras 4. Movimento de terras

5. Arranjos exteriores 5. Betão in situ/betão pré-fabricado

6. Fundações e obras de contenção 6. Alvenaria

7. Estruturas de betão armado e/ou pré-esforçado

7. Estruturas metálicas/madeira

8. Estruturas metálicas 8. Coberturas

9. Estruturas de madeira 9. Impermeabilizações

10. Estruturas de alvenaria e cantaria10. Revestimentos de forro/revestimentos de

painel/divisórias de juntas secas

11. Estruturas mistas 11. Janelas/portas/escadas

12. Paredes 12. Acabamentos

13. Elementos de cantaria 13. Mobiliário/equipamento

14. Elementos de carpintaria 14. Elementos diversos

15. Elementos de serralharia 15. Pavimentos/plantações/vedações/mobiliário

16. Elementos de materiais plásticos 16. Redes residuais e pluviais17. Isolamentos e impermeabilizações 17. Sistemas de abastecimento canalizado

18. Revestimentos e acabamentos 18. Sistemas de aquecimento/refrigeração

19. Vidros e espelhos 19. Sistemas de ventilação/ar condicionado

20. Pinturas 20. Sistema eléctrico/iluminação

21. Instalações e equipamentos de água21. Sistemas de

comunicação/segurança/controlo

22. Instalações e equipamentos mecânicos 22. Sistemas de transporte

23. Instalações e equipamentos eléctricos23. Componentes de sistemas eléctricos e

mecânicos24. Ascensores, monta-cargas, escadas

mecânicas e tapetes rolantes24. Regras adicionais – trabalhos para edifícios

existentes

25. Equipamento fixo e móvel

26. Diversos

CSRMC :

11. Cantarias12. Carpintarias13. Serralharias

SMM 7:

7. Estruturas Metálicas/Madeira11. Janelas/Portas/Escadas

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Por último, realiza-se a análise comparativa entre o ProNIC e o SMM 7. A transcrição dos capítulos

será efectuada reformulando a numeração de cada elemento, como disposto no Quadro 20.

 Analogamente à comparação entre CSRMC e o SMM 7, também neste caso se identifica uma

diferença no número de capítulos inseridos em cada um dos documentos. Enquanto o ProNIC regista

26 capítulos, o SMM 7 apresenta apenas 24.

Observem-se então, na Figura 11, os capítulos que se consideram semelhantes entre o ProNIC e o

SMM 7, assim como a ordem segundo a qual estes vêm dispostos.

Figura 11 - Análise comparativa geral: ProNIC/SMM 7 

De uma forma simplificada, coloca-se esta informação em forma de quadro, como se pode visualizar 

no Quadro 21.

 Apesar de se considerar que apenas onze capítulos são semelhantes, é perceptível que tanto o

ProNIC como o SMM 7 abrangem os principais trabalhos encontrados na construção de um edifício.

É possível identificar, com esta análise entre o SMM 7 e o ProNIC, uma grande diferença ao nível das

características/especificações incluídas em cada “documento”. Deduziu-se que este facto resulta de

os “documentos” pertencerem a países diferentes, pois cada país adopta legislação diferente.

Também é importante referir que, no que diz respeito à exposição da informação, são dois

documentos já bastante próximos, uma vez que nos dois é possível identificar a informação exposta

por elementos e, em alguns casos, por ofícios.

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Quadro 21 - Capítulos semelhantes: ProNIC/SMM 7  

Resumindo, as principais diferenças identificadas foram:

• Número de capítulos;

• Características/Especificações acerca dos elementos.

 Após esta análise, considera-se que algumas das características presentes nestes documentos são

importantes para a construção da proposta de modelo de regras de medição. As características mais

importantes identificadas são:

• Construção tipo quadro: permite uma utilização mais sistemática e objectiva;

• Características/especificações: devem ser utilizadas as características/especificações

incluídas na legislação Portuguesa (analogamente ao incluído no ProNIC).

• Abordagem da informação: esta deve ser realizada tanto por ofícios, como por elementos,

pois só assim se consegue um articulado mais objectivo e real do que acontece na realidade

do meio técnico.

2.5.2. Análi se comparativa part icular 

Neste subcapítulo, efectua-se uma análise comparativa particular, isto é, uma comparação entre os

elementos consultados nos capítulos respeitantes ao tema desta dissertação: Cantaria, Carpintaria e

Serralharia. Pretende-se, com este capítulo identificar de que forma se encontra exposta a

informação ao longo dos capítulos, que elementos se encontram em cada rubrica, quais as

características/especificações a indicar para cada elemento e qual a forma que se considera mais

pertinente para a exposição da informação.

ProNIC SMM 7 2. Trabalhos preparatórios e preliminares 1. Condições preliminares/gerais

3. Demolições 3. Demolições/alterações/renovações

4. Movimento de terras 4. Movimento de terras5. Estruturas de betão armado e/ou pré-esforçado 5. Betão In situ/betão pré-fabricado

6. Estruturas metálicas 7. Estruturas metálicas/madeira

9. Estruturas de madeira

17. Isolamentos e impermeabilizações 9. Impermeabilizações

18. Revestimentos e acabamentos 10. Revestimentos de forro/revestimentos depainel/divisórias de juntas secas

23. Instalações e equipamentos eléctricos 20. Sistema eléctrico/iluminação

24. Ascensores, monta-cargas, escadas mecânicase tapetes rolantes

22. Sistemas de transporte

25. Equipamento fixo e móvel 13. Mobiliário/equipamento

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Posteriormente, procede-se à análise entre os três elementos anteriormente identificados: CSRMC,

ProNIC e SMM 7. Esta análise está separada em três subcapítulos, de acordo com o tema da

presente tese: elementos de cantaria, carpintaria e serralharia.

2.5.2.1. Elementos de Cantaria

Neste subcapítulo, efectua-se uma análise comparativa entre a informação contida no CSRMC e o

ProNIC e, posteriormente, com o SMM 7. Os motivos pelos quais se opta por este tipo de análise

comparativa foram, em primeiro lugar, por serem documentos/aplicações nacionais, e em segundo

lugar, por apresentarem um maior número de semelhanças, ao contrário do que sucede com o

SMM7. Neste capítulo não é relevância a ordem pela qual os elementos/rubricas estão dispostos,

mas sim à sua definição e conteúdo. Identificam-se, no Quadro 22 as rubricas incluídas em cada um

dos documentos.

Quadro 22 - Elementos de cantaria: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC 

Regras gerais Guarnecimento de vãos

Pilares Diversos

Muros de suporte, de vedação, paredesexteriores e paredes interiores

Guardas, balaustradas ecorrimãos

 Arcos

 Abóbadas

Escadas

Guarnecimento de vãosGuardas, balaustradas e corrimãos

Revestimentos

Observando-se o Quadro 22, o observador pode ser induzido na ideia de que o CSRMC engloba um

conjunto maior de elementos relativamente ao ProNIC, mas como referido anteriormente o CSRMC

encontra-se, na sua generalidade, separado por ofícios e o ProNIC por uma mistura de ofícios e

elementos. Este facto é importante pois a presente dissertação refere-se apenas a elementos

secundários em edifícios, isto é, elementos não estruturais, podendo assim eliminar-se da análise os

subcapítulos:

• Pilares;

• Muros de suporte, muros de vedação, paredes exteriores e paredes interiores;

• Revestimentos.

Como é possível verificar, a rubrica dos revestimentos também se encontra nos capítulos a eliminar 

da análise. Isto acontece uma vez que esse foi um tema alvo de estudo numa dissertação anterior [4].

Retirando-se esses capítulos, restam então os capítulos inseridos no Quadro 23.

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Quadro 23 - Capítulos estudados: CSRMC/ProNIC 

CSRMC ProNIC 

Regras gerais Guarnecimento de vãos

Guarnecimento de vãos Guardas, balaustradas e corrimãos

Guardas, balaustradas e corrimãos

 Arcos

 Abóbadas

Escadas

Efectuando a análise dos capítulos contidos no CSRMC e no ProNIC, é possível verificar que o

CSRMC apresenta quatro rubricas que não estão presentes no subcapítulo de elementos de cantaria

no ProNIC. Nesta aplicação estas rubricas encontram-se num outro subcapítulo a que não se teve

acesso directo, dai não serem aqui alvo de análise.

Os elementos de cantaria nos dois “documentos” encontram-se separados em dois tipos:

• Elementos de cantaria natural;

• Elementos de cantaria artificial.

Identificam-se, seguidamente, os elementos incluídos no SMM 7 para as rubricas enumeradas. No

SMM 7, é possível desde logo visualizar uma grande diferença relativamente aos dois “documentos”

anteriores. A diferença consiste na forma como os trabalhos estão separados. No SMM 7, não é

possível encontrar um subcapítulo intitulado elementos de cantaria ou com um titulo semelhante. As

rubricas anteriormente enumeradas encontram-se inseridas no capítulo F – Alvenaria, existindo,dentro deste, quatro subcapítulos:

• F 20 Pedra Natural em paredes;

• F 21 Pedra Natural para revestimentos e ornamentos;

• F 22 Pedra artificial em paredes e revestimentos.

No SMM 7, estas três rubricas não são dispostas separadamente, existindo apenas um quadro para

as três, ou seja, os elementos e regras contidas no quadro são afectas a cada uma delas.

De forma a simplificar a análise, apenas se transcrevem e comparam os elementos que se

consideram pertinentes e passíveis de uma análise comparativa com as rubricas contidas no CSRMC

e no ProNIC. Qualquer elemento cuja integração no modelo de regras de medição se considere

importante, mas não esteja presente nesta secção, é tratado no próximo capítulo, onde se

desenvolve a proposta do modelo.

Passando à análise propriamente dita, no CSRMC o primeiro capítulo, designado por “Regras

Gerais”, pretende definir algumas regras genéricas no que diz respeito às cantarias, nomeadamente a

forma como as rubricas devem ser organizadas, seguindo as seguintes especificações e

características:

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• Natureza e qualidade da pedra ou material artificial;

• Formas geométricas e dimensões;

• Acabamento dos paramentos vistos;

• Modos de assentamento e ligação, composição e dosagem dos ligantes.

Também são definidas, neste capítulo, as regras para a medição de perfis de cantaria, placas, entre

outros.

No caso do ProNIC, este tipo de características e especificações de material vêm inseridas nas

rubricas de cada elemento. Estas especificações são analisadas e comparadas quando se referem

em particular os capítulos em questão. Tanto no CSRMC como no ProNIC, as regras incluem todos

os trabalhos acessórios, fornecimento, carga, transporte, descarga, assentamento, montagem e

desmontagem de andaimes e cimbres.

 Analisa-se agora a rubrica “Guarnecimento de Vãos”. Tanto no CSRMC como no ProNIC, osguarnecimentos de vãos encontram-se separados da seguinte forma:

• Guarnecimento de vãos exteriores;

• Guarnecimento de vãos interiores.

Os elementos inseridos nesta rubrica são os identificados no Quadro 24.

Quadro 24 - Guarnecimento de vãos: CSRMC/ProNIC 

CSRMC ProNIC 

Ombreiras Ombreiras

Vergas Vergas

Peitoris Peitoris

Soleiras Soleiras

Padieiras

Capeamento

É importante referir que o facto de no CSRMC não se encontrarem os elementos padieiras e

capeamento deve-se apenas ao facto de estes não se encontrarem directamente explicitados, tendo

portanto de ser considerados.

No CSRMC, as rubricas acima transcitas devem ser separadas por tipos de vão (portões, portas,

 janelas entre outros). Já no ProNIC, não existe nenhuma referência a essa separação. Analisam-se,

no Quadro 25, as diferenças existentes nas especificações/características que devem estar presentes

nos elementos anteriormente descritos.

Como se pode verificar, no ProNIC encontra-se um número de especificações/características superior 

ao encontrado no CSRMC. Sendo o ProNIC mais recente, apresenta um conjunto de actualizações e

inclui uma série de disposições legais actuais. Além das especificações anteriormente descritas no

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ProNIC, algumas rubricas incluem uma ou outra especificação suplementar de acordo com os

elementos em questão.

Quadro 25 - Características/especifi cações: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC • Natureza e qualidade da pedra ou

material artificial• Tipo de Pedra

• Formas geométricas e dimensões • Características da pedra

• Acabamento dos paramentos vistos • Acabamento

• Modos de assentamento e ligação,composição e dosagem dos ligantes

• Tipo de argamassa

• Tipo de ligantes

• Forma de especificação

• Resistência mecânica [MPa]

• Traço

• Outras características da argamassa

 Analisam-se, no Quadro 26, as características/especificações contidas no SMM7.

Tendo em conta a informação anteriormente analisada e observando o Quadro 26, considera-se que

as especificações/características contidas no ProNIC permitem uma melhor descrição dos elementos,

possibilitando a existência de um número mais reduzido de dúvidas entre Empreiteiro e Dono de

Obra.

Quadro 26 - Características/especificações: SMM 7 

Características/especificações contidas no SMM 7 

Tipo e qualidade do material

Textura da parte anterior da pedra

Textura da superfície com acabamento

Limpeza após conclusão

Composição e mistura da argamassa

Tipo de rebocos

Método de junção e fixação

Espessura mistura e cor da face do material de cantaria

Pedras não usuais

Tipo e posição dos grampos metálicos, cavilhas, cavilhas metálicas

 As regras de medição propriamente ditas, contidas no CSRMC e o ProNIC, são as ilustradas na

Figura 12.

Como se pode constatar, as regras aplicadas no ProNIC para guarnecimento de vãos são de

aplicação mais simples e objectiva.

No SMM 7, estas regras aparecem expostas de uma forma semelhante ao CSRMC, com a diferença

de estarem em forma de quadro. Analisam-se, no Quadro 27, as regras gerais aplicadas a todos oselementos, efectuando-se posteriormente uma análise às unidades de medida.

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Figura 12 - Regras de Guarnecimento de vãos, CSRMC/ProNIC 

Quadro 27 - Regras gerais SMM7: guarnecimento de vãos 

Regras Gerais SMM 7 

O trabalho da pedra é medido através das medidas médiasNão são efectuadas deduções para vazios ≤ 0,10 mItens lineares e enumerados devem identificar estrias,gargantas, sulcos e entalhesTrabalhos de elementos curvos são descritos através do raio

No que diz respeito às unidades de medida para os elementos de guarnecimento de vãos, observe-se

o Quadro 28.

Quadro 28 - Unidades SMM 7: guarnecimento de vãos 

Unidades SMM 7 

OmbreirasDeve ser separado se for anexo, se anexo com um acabamento diferente ou seé isolado a medição é efectuada em [m]

Vergas/Padieiras Deve ser efectuada a descrição das dimensões e a medição é efectuada em [m]

Peitoris Deve ser efectuada a descrição das dimensões e a medição é efectuada em [m]

Soleiras Deve ser efectuada a descrição das dimensões e a medida é efectuada em [m]

Capeamento  A medição é efectuada em [m]

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De forma a identificarem-se as principais diferenças nas unidades de medida dos elementos contidos

nos documentos, insere-se essa informação no Quadro 29.

Quadro 29 - Comparação de unidades: CSRMC/ProNIC/SMM 7  

CSRMC ProNIC SMM7 Unidades do guarnecimento de vãos [m]/[m2]/[m3] Secção [mxm] [m]

 A unidade de medida que prevalece nos “documentos” consultados é o metro [m]. Considera-se que

esta é a unidade mais adequada para a medição de guarnecimento de vãos, pois geralmente estes

elementos são lineares e com secções standardizadas.

 Analisa-se, seguidamente, o capítulo de guardas, balaustradas e corrimãos. O CSRMC, no que diz

respeito às especificações/características, segue a mesma linha do que foi indicado nas regras

gerais, enquanto o ProNIC e SMM 7 apresentam também neste caso um conjunto deespecificações/características idênticas às anteriormente descritas. Ocasionalmente podem ser 

apresentadas algumas especificações adicionais.

Os elementos contidos nesta rubrica no CSRMC e no ProNIC encontram-se separados consoante a

sua localização, seja em:

• Escadas;

• Varandas;

• Coberturas.

No SMM 7, torna-se necessário indicar as plantas de cada piso e a secção principal onde o elemento

será inserido.

Nesta rubrica, paralelamente à análise das regras, encontram-se também algumas diferenças entre

os três “documentos”. A análise é iniciada com a comparação entre o CSRMC e o ProNIC, como

disposto na Figura 13.

No que diz respeito a este conjunto de elementos de cantaria no SMM 7, apenas os corrimãos foram

identificados. A unidade de medida para corrimãos contida no SMM 7 é o [m].  

Esta informação sintetiza-se no Quadro 30.

Quadro 30 - Comparação de regras de medição CSRMC/ProNIC/SMM 7  

CSRMC ProNIC SMM7 

Guardas [m] [mxm] -

Balaustradas [m] [un] -

Corrimãos [m]/[un] [un] [m]

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Figura 13 - Regras de guardas, balaust radas e co rrimãos, CSRMC/ProNIC 

Considera-se que a unidade preferencial para este tipo de elementos será o [m], quando medidos em

conjunto.

Na rubrica de arcos e abobadas, a análise comparativa realiza-se apenas para o CSRMC e o SMM 7.

O ProNIC não é analisado, pois estes tipos de elemento estão contidos noutra rubrica à qual não se

teve acesso. As características/especificações consideradas para cada documento são as já

mencionadas. As regras para abóbadas e arcos estão as incluídas na Figura 14.

Figura 14 - Regras de abóbadas e arcos, CSRMC/SMM 7 

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Como se verifica na Figura 14, a diferença entre as regras contidas nos dois documentos para estes

elementos não é significativa. De forma resumida, pode-se consultar o Quadro 31.

Quadro 31 - Comparação de regras de medição CSRMC/ProNIC/SMM 7 

CSRMC ProNIC SMM7 

 Arcos [m]/[m3] - [m]/[un]

 Abobadas [m2] - [m2]

Neste caso, considera-se que a unidade de medida preferencial para arcos é o [m] e para o caso de

abóbadas, o [m2]. Estas unidades são preferenciais mas é necessário considerar ainda outros

aspectos, os quais são descritos na proposta do modelo.

2.5.2.2. Elementos de Carpintaria

O subcapítulo dos elementos de carpintaria, de forma semelhante ao que aconteceu com o anterior inicia-se com a análise comparativa entre a informação contida no CSRMC e no ProNIC. Mais uma

vez, dá-se maior preponderância ao conteúdo das rubricas do que à ordem pela qual estas estão

dispostas. Indicam-se, no Quadro 32, as rubricas incluídas.

Quadro 32 - Elementos de carpintaria: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC 

Regras gerais Janelas e portas

Escadas Cerramento de vãos

Estruturas de madeira Gradeamentos, guardas e corrimãos

Portas, janelas e outros elementos de vãos Guarnecimento de vãosGuardas, balaustradas e corrimãos

Revestimentos e guarnecimentos de madeira

Divisórias leves

Equipamentos

Observando-se o Quadro 32,  aparentemente o CSRMC engloba um conjunto maior de elementos

relativamente ao ProNIC. Contudo, e como já referido, o CSRMC encontra-se, na sua generalidade,

separado por ofícios, enquanto o ProNIC é constituído por uma mistura de ofícios e elementos. Este

facto é importante dado que a presente dissertação se refere apenas a elementos secundários em

edifícios, isto é, elementos não primários. Omitindo as rubricas para elementos primários, restam asidentificadas no Quadro 33.

Quadro 33 - Capítulos estudados: CSRMC/ProNIC 

CSRMC ProNIC 

Regras gerais Janelas e portas

Portas, janelas e outros elementos de vãos Cerramento de vãos

Guardas, balaustradas e corrimãos Gradeamentos, guardas e corrimãos

Equipamentos Guarnecimento de vãos

Escadas

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Numa primeira análise, verifica-se que o CSRMC e o ProNIC apresentam algumas diferenças no que

diz respeito às rubricas incluídas nesta classe de trabalhos. No CSRMC, o capítulo de elementos de

carpintaria é iniciado através de um conjunto de Regras Gerais, analogamente ao capítulo anterior.

No conjunto de regras gerais são apresentadas as especificações/características que devem ter sidas

em conta em elementos de carpintaria. No CSRMC, as medições são realizadas de modo a queelementos com as mesmas funções construtivas sejam descritos em rubricas próprias, de acordo

com as suas características:

• Características principais e secundárias, e classes de escolha;

• Secções nominais e forma dos elementos constituintes;

• Meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;

• Teor de humidade;

• Tipo de preservação das madeiras;

• Tipo de qualidade do acabamento;• Condições de execução.

 Ainda neste capítulo do CSRMC, são apresentados dois pontos de grande importância:

1. Os elementos curvos, ou com superfícies curvas, deverão ser medidos em rubricas

separadas;

2. Características das ferragens a enunciar:

• Tipo de ferragem;

Natureza dos metais ou das ligas, ou dos seus elementos principais;• Dimensões;

• Meios de fixação;

• Tipo de protecção e acabamento.

Estas características/especificações, no caso do ProNIC, estão dispostas individualmente para cada

elemento, sendo confrontadas as suas características aquando da análise comparativa dos mesmos.

 À semelhança do capítulo anterior, nos dois “documentos” a medição deve englobar as operações de

fabrico, fornecimento e assentamento, incluindo os elementos principais e acessórios: ferragens,

vedantes, entre outros.

 Analisando o SMM 7, encontram-se as rubricas separadas por elementos, dificultando a análise

comparativa entre os “documentos”, sendo esta feita praticamente elemento a elemento. Assim

sendo, os elementos passíveis de análise, inseridos no SMM7, comparativamente com o CSRMC e o

ProNIC, encontram-se nos seguintes capítulos:

• K Linings/Sheathing/Dry partitioning  – K Revestimentos de forro/Revestimentos de

painel/Divisórias de juntas secas;

• L Windows/Doors/Stairs – L Janelas/Portas/Escadas

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Dentro destes capítulos, as rubricas a considerar são as indicadas na Figura 15.

Figura 15 – Rubricas SMM 7 

Fazendo a análise entre as rubricas “Portas, janelas e outros elementos de vão” do CSRMC e

“Janelas e portas” do ProNIC conclui-se que a sua separação é necessária, uma vez que, no

CSRMC, a parte “outros elementos de vão”, diz respeito essencialmente ao guarnecimento de vãos,

aspecto que é visto posteriormente, aquando da comparação com o ProNIC.

 A primeira diferença visível entre os dois documentos é a forma como os elementos de janelas e

portas estão divididos. Identificam-se, estas diferenças na Figura 16.

Figura 16 - Divisão dos trabalhos em portas e janelas

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Como é possível verificar, o ProNIC engloba um conjunto de elementos omitidos pelo CSRMC

(resistência ao fogo, segurança). Este facto deve-se à antiguidade do CSRMC relativamente ao

ProNIC, uma vez que, aquando da sua publicação, a utilização desse tipo de elementos, julga-se, não

seria muito usual. No SMM 7 não existe propriamente uma separação deste tipo, pois os elementos

são apenas identificados generalizadamente.

O Quadro 34 mostra as especificações/características que cada “documento” inclui.

Como é possível verificar, o ProNIC apresenta um conjunto de especificações muito mais numeroso

que os restantes. A principal razão para este facto é estar-se na presença de um documento recente,

criado de acordo com a legislação actualmente em vigor. É importante referir que no CSRMC, além

das especificações acima transcritas, também se devem ter em conta as especificações dispostas no

capítulo das Regras Gerais. Outro ponto importante é o facto de no quadro se encontrarem apenas

as especificações comuns a todos os elementos da rubrica de portas e janelas do ProNIC, podendo

em cada rubrica existir uma ou outra característica adicional, de acordo com o tipo de elemento.

Quadro 34 - Características/especifi cações: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC 

• Constituição • Tipo de revestimento

• Tipo de movimento ou modo de abrir  • Classes de deformação

• Nº de folhas móveis e fixas • Classes de pressão

• Dimensões • Classes de estanquidade à água

• Tipo de ferragens • Classes de energia de impacto

• Dispositivos de segurança

• Isolamento sonoro• Coeficiente de transmissão de calor 

• Factor solar • Transmissão luminosa

• Classes de permeabilidade ao ar 

• Classes de força de manobra

• Classes de resistência no plano da folha e à torção• Classes de durabilidade mecânica

• Classes de risco• Teor em água

No que diz respeito ao SMM 7, analisam-se analogamente os subcapítulos respeitantes a portas e

 janelas. As especificações a que se deve dar resposta são as enunciadas no Quadro 35.

Como é possível verificar, as especificações contidas nos três documentos são muito diferentes,

sendo este facto facilmente compreensível, uma vez que o SMM 7 é um documento internacional,

não tendo em conta a legislação em vigor no nosso país, ao contrário do CSRMC e o ProNIC. Já as

diferenças encontradas entre estes dois últimos devem-se essencialmente a uma reformulação e

actualização do ProNIC relativamente ao CSRMC.

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Quadro 35 - Características/especificações SMM 7 

Especificações SMM 7 

Tipo e qualidade dos materiais, se madeira deve ser indicada se esta é serrada ou moldada

Tratamento preservador da madeira quando este está incluído no processo de produção

Tratamentos da superfície aplicado como parte do processo de produção

Selecção e protecção para subsequente tratamento

Correspondência de grãos ou cor 

Limites das margens deve ser planeado, e não são permitidos divergências

Método de ligação ou método construtivo

Método de fixação quando não for mencionado pelo construtor 

Deve mencionar-se se as fixações são efectuadas com materiais vulneráveis

Composição da argamassa

Fixações, ligações e todos os acessórios devem ser incluídos

Comparam-se, na Figura 17, as regras de medição propriamente ditas.

Figura 17 - Regras de medição de po rtas e janelas, CSRMC/ProNIC  

 Analisando a Figura 17 verificam-se duas grandes diferenças. A primeira está relacionada com o

facto de no CSRMC existir uma referência directa à unidade de medida utilizada para janelas e

portas, sendo esta efectuada à unidade, enquanto no ProNIC são referenciados os mapas de vãos

onde estas serão colocadas. Isto significa que, na prática, é feita uma medição à unidade, mas

especificando a sua localização. A segunda diferença é o facto de o CSRMC ter em conta os

caixilhos e as caixas de estore e no ProNIC estes não serem mencionados explicitamente, podendo

estar incluídos na parte de acessórios, ferragens, entre outros, que fazem parte da medição. Não é

demais lembrar que, relativamente à altura e a largura definidas no ProNIC, no caso do CSRMC

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estas especificações deverão ser incluídas na parte das dimensões, como foi referido nas

características/especificações contidas nas Regras Gerais.

No SMM 7, as regras encontradas são as incluídas no Quadro 36.

Quadro 36 - Regras e unidades SMM 7  

Unidades SMM 7 Janelas e moldura da janela

• Deve ser indicado um diagrama com as dimensões

• A medição é efectuada em [un]• Secções standard devem ser indicadas

Estores

Guarda-sol 

Clarabóias, janela de tecto e molduras

Portas• Deve ser indicado um diagrama com as dimensões• A medição é efectuada em [un]

• Secções standard devem ser indicadas

• Deve ser indicado o peso aproximado

 Alçapãos

Portas de segurança

Grades

Molduras e forro de portas

Inclui ombreiras, soleiras [un] travessões verticais ehorizontais [un]

• Se for fornecido o conjunto medição [un], caso nãomedição [m]

• As secções transversais devem ter a dimensões descritas

De uma forma resumida, podem observar-se, no Quadro 37, as unidades de medida definidas para

os elementos.

Quadro 37 - Comparação de unidades: CSRMC/ProNIC/SMM 7 

CSRMC ProNIC SMM 7 

Portas [un] [un] [un]

Janelas e est[un] [un] [un]

Caixa de estore/persianas [un]/[m2] - [un]

Como é facilmente verificável, as unidades de medida para os elementos comuns são praticamente

idênticas nos três documentos. Considera-se que as unidades de medida acima transcritas são as

mais indicadas para os elementos em causa.

Passa-se agora à análise comparativa entre os elementos de vão do CSRMC e o guarnecimento devãos no ProNIC.

 As características/especificações contidas em cada “documento” são as indicadas no Quadro 38.

Quadro 38 - Características/especificações de guarnecimento de vãos: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC 

• Constituição • Tipo de elemento

• Tipo de movimento ou modo de abrir  • Tipo de material

• Nº de folhas móveis e fixas • Outras características

• Dimensões• Tipo de ferragens

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Como é constatável no Quadro 38, as especificações no CSRMC mantêm-se para este tipo de

elementos, ao contrário do que sucede no ProNIC.

No caso do SMM 7, esta rubrica não se encontra definida, sendo possível encontrar os elementos de

guarnecimento de vão, tais como: soleiras, ombreiras, entre outros, na rubrica anterior. As

especificações para este tipo de elementos são as mencionadas anteriormente na rubrica de portas e

 janelas.

Passa-se agora à análise, através da Figura 18, das regras contidas no CSRMC e no ProNIC.

 

Figura 18 - Regras de guarnecimento de vãos, CSRMC/ProNIC 

 A grande diferença identificada neste caso é o facto de, no ProNIC, estes elementos serem medidos

à unidade e no CSRMC a medida utilizada ser o [m].

 A análise comparativa das unidades pode ser realizada através do Quadro 39.

Quadro 39 - Comparação de unidades de guarnecimento de vãos: CSRMC/ProNIC/SMM 7 

CSRMC ProNIC SMM 7 

Guarnecimento de vãos [m] [un] [un]

Neste caso, considera-se preferencial a unidade de medida contida no CSRMC [m], pois estes são

elementos usualmente lineares e com secções standardizadas.

Passamos agora a analisar a rubrica do CSRMC de guardas, balaustradas e corrimãos,

correspondente no ProNIC à rubrica de gradeamentos, guardas e corrimãos. Mais uma vez, no SMM

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7 encontra-se esta rubrica inserida num elemento particular escadas/passadiços/balaustradas de

madeira, e não separadamente.

No CSRMC, as medições das guardas e balaustradas devem ser efectuadas separadamente

consoante se situem em escadas, varandas ou balaustradas.

No ProNIC não está definida esta separação, apenas uma especificação denominada de aplicação e

zona de aplicação, que implica a referência ao local onde o elemento é aplicado. Compararam-se, no

Quadro 40, as especificações referentes a cada “documento”.

Quadro 40 - Características/especificações de guardas, balaustradas e cor rimãos: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC 

• Constituição • Tipo de elemento

• Tipo de movimento ou modo de abrir  • Tipo de material

• Nº de folhas móveis e fixas • Classe de risco

• Dimensões • Altura• Tipo de ferragens • Aplicação

• Zona de aplicação

• Teor em água

• Instalação

Mais uma vez e como é possível verificar, o ProNIC direcciona as especificações para o elemento em

concreto, enquanto o CSRMC segue as especificações inseridas nas Regras Gerais.

No caso do SMM 7, o elemento de escada é tratado como um conjunto ou seja

escada+balaústres+corrimãos, ou então, identificam-se os balaústres isolados e os corrimãos

associados. As especificações analisadas não diferem das apresentadas anteriormente.

Passamos agora a comparar na figura 19 as regras concretamente.

Figura 19 - Regras de medição de guardas, balaust radas e cor rimãos, CSRMC/ProNIC 

Como é possível verificar, as regras de um e de outro documento diferem entre si. Por um lado, asguardas no CSRMC são medidas em [m], segundo o desenvolvimento do corrimão, enquanto no

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ProNIC são medidas à [un], com indicação da sua altura. No que diz respeito a balaústres, quando

medidos separadamente as regras utilizada são iguais nos dois, sendo estes medidos à [un]. Quanto

aos corrimãos, no CSRMC são medidos em [m], enquanto que, pelo ProNIC, deve indicar-se o

diâmetro e incluir a referência do corrimão.

No caso do SMM 7, as regras apresentadas podem identificar-se no Quadro 41.

Quadro 41 - Regras e unidades SMM 7: guardas, balaust radas e corr imãos 

Unidades e regras

Itens do conjuntoMedição efectuada em [un]; Descrição das dimensões;Esquemas dos elementos.

Balaústres isolados Medição efectuada em [m]; Elementos curvos mencionar o raio.Corrimãos associados

Corrimãos isolados Medição realizada em [m].

Trabalhos extra em balaústres isolados ou corrimãosassociados, onde estes acontecerem (fins ornamentais,elementos curvos por exemplo)

Medição efectuada em [un].

Observe-se, de seguida, o Quadro 42, onde se expõe, de forma simplificada, a análise comparativa

relativamente às unidades de medida.

Quadro 42 - Comparação de unidades: CSRMC/ProNIC/SMM 7  

CSRMC ProNIC SMM 7 Conjunto de corrimãos guardas e balaustradas [m] - [un]

Balaústres isolados [un] [un] [m]

Corrimãos associados [m] [un] [m]

Corrimãos isolados [m] [un] [m]

Elementos curvos [un] - [un]

Como é possível comprovar, no caso desta rubrica as regras diferem um pouco entre os documentos

consultados. Neste caso, considera-se que as unidades inseridas no SMM 7 são preferenciais, sendo

muito semelhantes às contidas no CSRMC.

Passa-se agora à análise comparativa da rubrica de escadas incluídas no CSRMC e no SMM 7, uma

vez que não se teve acesso a esta rubrica no ProNIC.

Nesta rubrica, não são enunciadas as características/especificações de cada um dos documentos,

uma vez que estão definidas, no caso do CSRMC, no subcapítulo de Regras Gerais. No caso do

SMM 7, foram referidas na rubrica de portas e janelas.

Esta rubrica não é aqui enunciada de uma forma pormenorizada e sistemática, apenas serão

mencionadas as unidades de uma forma geral, isto é, incluindo os seus elementos principais eacessórios. As unidades incluídas num e noutro documento são as indicas no Quadro 43.

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Quadro 43 - Unidades de medição em escadas: CSRMC/SMM 7  

CSRMC SMM 7 

Escadas (conjunto) Medição é realizada em [un] Medição realizada em [un]

Como se pode verificar, a medição é efectuada de forma idêntica nos dois documentos. Considera-se

que a unidade de medida mais adequada deve ser a acima indicada.

Por fim, analisa-se a rubrica de equipamentos. A análise comparativa é realizada, mais uma vez,

apenas entre o CSRMC e o SMM 7, pois não foi possível aceder a estas rubricas no caso do ProNIC.

No CSRMC, os equipamentos encontram-se agrupados em duas rubricas distintas:

• Equipamento fixo;

• Equipamento móvel.

Já no SMM 7, podemos encontrar esta rubrica no capítulo N Furniture/Equipment equivalentente a N

Mobiliário/Equipamento.

Esta rubrica cobre todo o tipo de mobiliário e equipamento existentes num edifício como, por 

exemplo, roupeiros e armários fixos, caixas de correio, entre muitos outros.

No que diz respeito às características/especificações inseridas nos dois documentos, no caso do

CSRMC estas seguem o que foi disposto nas Regras Gerais. Já o SMM 7 apresenta um conjunto de

especificações um pouco diferentes. O conjunto de características/especificações contidas no SMM 7

e no CSRMC, são as identificadas no Quadro 44.

Como se pode verificar, o tipo de especificações contidas nos documentos diferem muito. As

características/especificações do SMM 7 são mais objectivas do que aquelas encontradas no

CSRMC, as quais se consideram muito gerais, podendo não clarificar eventuais dúvidas que possamsurgir. Nos dois documentos estão incluídos todos os acessórios necessários para o transporte,

colocação e montagem.

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Quadro 44 - Característi cas/especifi cações de equipamentos: CSRMC/SMM 7  

CSRMC SMM 7 

• Constituição

• Tipo de movimento ou modo de abrir 

• Nº de folhas móveis e fixas• Dimensões

• Deve-se mencionar toda a informaçãoapropriada da aquisição, designe, execução,fornecimento e fabrico do item e a sua

introdução no trabalho• Tipo de ferragens • Detalhes da escavação e preenchimento do

betão ou fundação do mobiliário/equipamento

• Códigos de prática e regulamentos devem ser especificados

• Tipo e qualidade dos materiais

• Calibre, espessura ou substância do material• Testes que se devem efectuar aos materiais e

equipamentos para verificar a sua qualidade• Acabamentos ou tratamento de superfícies

aplicados in-situ• Acabamentos e tratamento de superfícies

aplicado anteriormente à sua colocaçãomencionando o quando

• Limitação das dimensões, nomeadamentetamanho e peso do equipamento.

 As regras e unidades inseridas em cada um dos documentos são as apresentadas na Figura 20.

 

Figura 20 - Regras de medição, CSRMC/SMM 7 

Como é fácil verificar, as unidades utilizadas são semelhantes, diferindo apenas em alguns pontos,

nomeadamente no que diz respeito às informações que devem acompanhar os elementos.

2.5.2.3. Elementos de Serralharia

 A análise comparativa dos elementos de serralharia inicia-se com a comparação entre as rubricas

contidas no CSRMC e no ProNIC, como é possível observar no Quadro 45.

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Quadro 45 - Capítulos de serralharia: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC 

Regras gerais Janelas e portas

Portas, janelas e outros componentes de vãos Cerramento de vãos

Fachadas-cortina Gradeamentos, guardas e corrimãos

Guardas, balaustradas e corrimãos Guarnecimento de vãos

Fachadas leves de componentes metálicos e vidro

Portas e portões comerciais, industriais e degaragemTrabalhos diversos

 Analisando o Quadro 45, é possível verificar que o número de rubricas inseridas no ProNIC é superior 

ao identificado no CSRMC. Efectua-se então o confronto desse conteúdo, de forma a definir as

rubricas que tratam os mesmos elementos:

Relativamente ao SMM 7, é possível identificar todos os elementos semelhantes aos encontrados no

ProNIC, efectuando-se assim a análise comparativa para todos, com excepção da rubrica de

trabalhos diversos.

 À semelhança do que foi realizado anteriormente, indicam-se, em seguida as regras gerais

englobadas no CSRMC. Na rubrica de Regras Gerais, as regras de medição encontram-se

individualizadas de acordo com as características principais dos elementos:

• Natureza do metal, liga, ou dos seus elementos principais;

• Secções nominais e forma dos elementos constituintes;

• Meios de fixação e ligação entre peças de assentamento dos elementos;

• Tipo de protecção e acabamento;

• Condições de execução.

 As regras de medição, neste documento, também se encontram individualizadas de acordo com o

tipo de material utilizado, nomeadamente:

• Serralharias de alumínio;

• Serralharias de aço e outros metais.

No capítulo de Regras Gerais está indicada a obrigatoriedade de referência aos meios de fixação e

ligação das peças, de acordo com as suas características:

• Tipo de ferragem;

• Natureza do metal constituinte;

Porta, Janelas e outros elementos de vãos

Fachadas-Cortina

Guardas, Balaustradas e Corrimãos

Janelas e Portas

Fachadas Leves de componentes metálicos e vidro

Gradeamentos, Guardas e Corrimãos

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• Tipo de protecção e acabamento;

• Dimensões;

• Meios de fixação.

Mais uma vez, neste caso as especificações/características contidas no ProNIC e no SMM 7 são

indicadas em conjunto com os elementos, pois mudam de acordo com o tipo de elemento em

questão. É importante referir que, tanto no CSRMC como no ProNIC e SMM 7, a medição engloba as

operações de fabrico, fornecimento e assentamento, incluindo os elementos principais e acessórios:

ferragens, vedantes, entre outros.

 Analisa-se agora o capítulo do CSRMC de portas, janelas e outros elementos de vão, que tem como

seu homólogo no ProNIC o capítulo de janelas e portas. A forma como os trabalhos de janelas e

portas estão divididos em cada “documento” pode ser observada na Figura 21.

Figura 21 - Divisão dos trabalhos em portas e janelas

Como é possível verificar, o ProNIC engloba novamente um conjunto de elementos não mencionados

no CSRMC (resistência ao fogo, segurança). Como referido anteriormente, julga-se que estas

diferenças estão relacionadas com a data de publicação de cada um dos “documentos”, já que à data

de publicação do mais antigo, a utilização desse tipo de elementos não seria muito usual.

 As características/especificações presentes nos “documentos” são as identificadas no Quadro 46.

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Quadro 46 - Característi cas/especificações de portas e janelas: CSRMC/ProNIC 

CSRMC ProNIC 

• Natureza do metal ou das ligas • Material

• Secções nominais e forma dos elementos • Tipo de Revestimento

• Meios de fixação e ligação entre peças e

de assentamento dos elementos•

Espessura de anodização• Tipos de revestimentos e de acabamento • Classes de deformação

• Classe de permeabilidade ao ar, deestanqueidade à água e resistência àsacções do vento (AEV15)

• Classes de pressão

• Tipo de movimento ou modo de abrir  • Classes de estanquidade à água

• Número de folhas móveis e fixas • Classes de energia de impacto

• Dimensões • Dispositivos de segurança

• Tipo de ferragens • Isolamento sonoro

• Coeficiente de transmissão de calor 

• Factor solar 

• Transmissão da luz• Classes de permeabilidade ao ar 

• Classes de força de manobra

• Classes de resistência no plano dafolha e à torção

• Classes de durabilidade mecânica

Como se pode verificar, o ProNIC apresenta um conjunto de especificações muito mais numeroso e

detalhado. É importante referir que no quadro se encontram apenas as especificações comuns a

todos os elementos da rubrica de portas e janelas. No caso do ProNIC, poderão existir, em cada

rubrica, algumas características/especificações adicionais, de acordo com o tipo de elemento.

No que diz respeito ao SMM 7, todas as características/especificações e regras na rubrica de portas e

 janelas, são em tudo idênticas ao descrito no capítulo dos elementos de carpintaria. Sintetizam-se, no

Quadro 47, as ditas características/especificações.

Quadro 47 - Características/especificações de por tas e janelas: SMM 7 

Especificações SMM 7 

Tipo e qualidade dos materiais, se madeira deve ser indicada se esta é serrada ou moldada

Qual o tratamento preservador da madeira quando este está incluído no processo de produçãoTratamentos da superfície aplicado como parte do processo de produção

Selecção e protecção para subsequente tratamento

Correspondência de grãos ou cor 

Limites das margens deve ser planeado, e não são permitidos divergências

Método de ligação ou método construtivo

Método de fixação quando não for mencionado pelo construtor 

Deve ser mencionado se as fixações são efectuadas com materiais vulneráveis

Composição da argamassa

Fixações, ligações e todos os acessórios devem ser incluídos

15 A classificação AEV define critérios de decisão relacionados com a resposta que janelas, portas e outroscomponentes de vão devem oferecer durante a acção dinâmica dos agentes meteorológicos, nomeadamentepermeabilidade ao ar, estanquidade à água e resistência às acções do vento.

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Como se verifica, o ProNIC apresenta um conjunto de características/especificações muito mais

numeroso e detalhado do que os restantes documentos. A principal razão para este facto é estar-se

na presença de um documento mais recente, criado de acordo com a legislação em vigor em

Portugal. Considera-se então que estas características/especificações são as que prevalecem na

proposta do modelo de regras de medição.

 Após a análise realizada às características/especificações, realiza-se a comparação das regras e

unidades de medida inseridas em cada “documento”. Esta comparação será iniciada com a análise à

figura 22.

Como se pode visualizar, existe uma grande diferença entre as regras apresentadas, à semelhança

do constatado no subcapítulo de elementos de carpintaria. Por essa razão, as unidades de medida

adoptadas são as definidas nesse subcapítulo. Além das regras apresentadas na Figura 22, a

medição deve incluir todos os acessórios necessários, nomeadamente aros, vedantes, fixações e

ferragens.

Figura 22 - Regras de medição por tas e janelas

No caso do SMM7, as regras de medição para estes elementos podem ser visualizadas no Quadro

48.

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Quadro 48 - Regras e un idades de portas e janelas: SMM 7  

Unidades SMM 7 

Janelas e moldura da janela• Deve ser indicado um diagrama com as dimensões

• A medição é efectuada em [un]•

Secções standard devem ser indicadas

Persianas

Guarda-sol 

Clarabóias, janela de tecto e molduras

Portas • Deve ser indicado um diagrama com as dimensões

• A medição é efectuada em [un]• Secções standard devem ser indicadas

• Deve ser indicado o peso aproximado

 Alçapãos

Portas de segurança

Grades

Molduras e forro de portas

• Inclui ombreiras, soleiras [un] travessões verticais ehorizontais [un]

• Se for fornecido o conjunto medição [un], caso nãomedição [m]

• As secções transversais devem ter a dimensõesdescritas

Resumindo, comparam-se no Quadro 49 as unidades incluídas em cada documento.

Quadro 49 - Comparação de unidades em portas e Janelas: CSRMC/ProNIC/SMM 7  

CSRMC ProNIC SMM 7 Portas [un] [un] [un]Janelas [un] [un] [un]Caixa de estore/estore [un]/[m ] - [un]

Como é possível verificar, as unidades de medida para os elementos comuns ao três “documentos”

são praticamente idênticas. Considera-se que estas se encontram adequadas aos elementos em

questão e que deverão ser as utilizadas na proposta do modelo.

 Analisa-se agora a rubrica de fachadas-cortina no CSRMC, com o nome de “fachadas leves de

componentes metálicos e vidro” no ProNIC.

No CSRMC, as medições destes elementos devem ser separadas consoante o tipo de fachada: :

• Fachada-cortina contínua16;

• Fachada-cortina inserida verticalmente17.

 A designação das fachadas-cortina está dividida nos dois documentos em dois grupos principais:

• VEB – Vidros Exteriores com Bites;

• VEC – Vidros Exteriores Colados.

16 Fachada-cortina contínua - fachada leve com um ou vários panos posicionados à frente do bordo da laje, não

sendo interrompida pelas paredes divisórias ou pelos pilares do edifício. [1]17 Fachada-cortina inserida verticalmente - fachada leve com um ou vários panos posicionados à frente do bordoda laje, mas que é interrompida pelas paredes ou pelos pilares. [1]

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60

Segundo o CSRMC, as fachadas VEB “são constituídas por estrutura reticulada de perfis de alumínio

e cujos vãos são preenchidos por vidros fixados por aparafusamento pelo exterior de um perfil

denominado bite” [2]. Já as fachadas VEC são “constituídas por estruturas de alumínio em que os

vidros são directamente colados ao metal de suporte através de colas especiais” [2].

 As características/especificações inseridas em cada um dos documentos são as indicadas no Quadro

50.

Como esperado, também nesta rubrica o ProNIC apresenta um número superior e maior detalhe de

características/especificações relativamente ao CSRMC. No caso do ProNIC, encontram-se ainda

incluídos na medição os acessórios, nomeadamente aros, vedantes, fixações e ferragens. Considera-

se que as especificações contidas no ProNIC, além de serem em número superior às encontradas no

CSRMC, também possibilitam uma melhor descrição dos elementos, permitindo assim a existência de

um número mais reduzido de dúvidas.

Quadro 50 - Características/especifi cações em fachadas-corti na: CSRMC/ProNIC  

CSRMC ProNIC 

• Natureza do metal ou das ligas ou dos seuselementos principais

• Tipo de Fachada (VEB/VEC)

• Meios de fixação e ligação entre peças e deassentamento dos elementos

• Material

• Tipos de revestimentos e de acabamento • Tipo de Revestimento

• Classe de permeabilidade ao ar, deestanqueidade à água e resistência à acçãodo vento (AEV)

• Espessura de anodização

• Tipo de movimento ou modo de abrir daspartes móveis

• Resistência ao vento

• Dimensões • Classes de resistência ao choque interior 

• Tipo de ferragens • Classes de resistência ao choque exterior 

• Classes de permeabilidade ao ar 

• Classes de estanquidade à água

• Isolamento sonoro

• Coeficiente de transmissão ao calor 

• Equipotencialidade

• Resistência a cargas horizontais

• Classes de ensaio e integridade

• Classes de ensaio de integridade e isolamento

No SMM 7, a rubrica de fachadas-cortina (H11 Curtain walling ) pode ser encontrada no capítulo H

Cladding/covering  – H Coberturas. Esta rubrica encontra-se disposta de uma forma distinta da

encontrada no CSRMC e no ProNIC. Não existe, neste caso, a separação dos trabalhos nos tipos de

fachadas-cortina VEB e VEC. As características/especificações encontradas neste caso são as

identificadas no Quadro 51.

Como se pode verificar, as características/especificações contidas no SMM 7 não estão apenas

direccionadas para a serralharia, pois este documento encontra-se separado por elementos e não por 

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ofícios. Podem assim encontrar-se algumas características/especificações que estão direccionadas

para a utilização de madeira.

Quadro 51 - Características/especifi cações em fachadas-cortina: SMM 7  

Especificações SMM 7 Tipo e qualidade dos materiais, se madeira deve ser indicada se esta é serrada ou moldada

Qual o tratamento preservador da madeira quando este está incluído no processo de produção

Tratamentos da superfície aplicado como parte do processo de produção

Selecção e protecção para subsequente tratamento

Correspondência de grãos ou cor 

Limites das margens deve ser planeado, e não são permitidos divergências

Método de ligação ou método construtivo

Método de fixação quando não for mencionado pelo construtor 

Deve ser mencionado se as fixações são efectuadas com materiais vulneráveis

Espessura ou substância

Composição da argamassaFixações, ligações e todos os acessórios devem ser incluídos

 As regras incluídas nos dois primeiros documentos podem ser analisadas através da informação

contida na Figura 23.

Figura 23 - Regras de medição fachadas Corti na, CSRMC/ProNIC 

Observando-se a Figura 23, identificam-se facilmente as diferenças nas regras e unidades de

medida. No CSRMC, nos elementos que constituem as fachadas-cortina deverão incluir-se:

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montantes e travessas, bites, vedantes e elementos de fixação. Mais uma vez, no ProNIC tem de ser 

indicada a localização do elemento e as suas dimensões.

No caso do SMM 7, as regras de medição encontradas são as incluídas no Quadro 52.

Quadro 52 - Regras e unidades em fachadas-cort ina: SMM 7  

Unidades SMM 7 

Fachadas cortina• Medição efectuada em [m2]

• Deve-se efectuar a descrição das dimensões

Itens extra nafachada-cortina ondeforem necessários

Preenchimentodos painéis

• Tipo e espessura

• Medição efectuada em [m2]

Perímetro

• Medição realizada em [m] Anglo

 Aproximações

 Aberturas de luzes• Medição efectuada em [un]

Portas

 A forma como as fachadas-cortina são apresentadas no SMM 7, é muito diferente da verificada nos

restantes documentos. Apesar dessas diferenças, passa-se agora à comparação das unidades de

medida de uma forma geral.

Quadro 53 - Comparação de unidades em fachadas-corti na: CSRMC/ProNIC/SMM 7  

CSRMC ProNIC SMM 7 

Fachadas-Cortina [m2] Altura e largura [m] [m2]

Encontra-se novamente, nesta situação, uma semelhança entre as unidades contidas no CSRMC e

no SMM 7. Considera-se que essa é a unidade de medida preferencial, ou seja, o [m2], pois permite

indicar qual a área de envidraçado.

 Analisa-se, em seguida, a rubrica de guardas, balaustradas e corrimãos do CSRMC, com capítulo

equivalente no ProNIC designado por “Gradeamentos, guardas e corrimãos”.

Examinando o CSRMC, observa-se que, nos elementos de guardas, as medições são efectuadas

separadamente conforme aquelas se situem em:

• Escadas e patamares;

• Varandas;

• Coberturas.

No ProNIC, esta separação não acontece da mesma forma, sendo necessário indicar a localização

dos elementos através de referências ao mapa de vãos. No que diz respeito às

características/especificações, segundo o CSRMC correspondem às que foram explicitadas nas

Regras Gerais, enquanto, segundo o ProNIC mais uma vez, são independentes para os elementosem questão. São elas:

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• Tipo de elemento;

• Tipo de material;

• Altura;

• Zona de aplicação;

• Instalação;• Outras características.

Estas especificações, contidas no ProNIC, são apenas as que se encontram de uma forma geral nas

rubricas, podendo existir alguma especificação adicional, dependendo do tipo de elemento em

questão.

No caso do SMM 7, as características/especificações são idênticas às descritas para a mesma

rubrica nos elementos de carpintaria, não sendo necessário repeti-las neste caso.

 Analisam-se, na Figura 24, as regras contidas no CSRMC e no ProNIC.

Figura 24 - Regras de medição de guardas, balaust radas e cor rimãos, CSRMC/ProNIC 

Como é possível concluir ao analisar-se a Figura 24, as regras de ambos os documentos diferem,

apesar de terem algumas semelhanças em casos particulares.

 As regras e unidades encontradas no SMM 7 para esta rubrica são idênticas às dos elementos de

carpintaria, como se pode constatar através do Quadro 54.

Quadro 54 - Regras e unidades em guardas, balaust radas e corr imãos: SMM 7  

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Unidades e regras

Itens do conjuntoMedição efectuada em [un]; Descrição das dimensões;Esquemas dos elementos.

Balaústres isolados Medição efectuada em [m]; Elementos curvos mencionar o raio.Corrimãos associados

Corrimãos isolados Medição realizada em [m].Trabalhos extra em balaústres isolados ou corrimãosassociados, onde estes acontecerem (fins ornamentais,elementos curvos por exemplo)

Medição efectuada em [un].

De forma a efectuar-se a análise comparativa, pode visualizar-se o Quadro 55.

Quadro 55 - Comparação de un idades em guardas, balaust radas e cor rimãos: CSRMC/ProNIC/SMM 7  

CSRMC ProNIC SMM 7 Conjunto de corrimãos guardas e balaustradas [m] - [un]Balaústres iso lados [un] [un] [m]Corrimãos associados [m] [un] [m]Corrimãos isolados [m] [un] [un]Elementos curvos - - [un]

Verifica-se nesta rubrica que as regras diferem um pouco nos documentos consultados, à

semelhança do que sucedia nos elementos de carpintaria. Neste caso, considera-se que as unidades

inseridas no SMM 7 são preferenciais, sendo muito semelhantes às contidas no CSRMC.

Para as duas rubricas que se seguem, a análise comparativa é apenas realizada entre o ProNIC e o

SMM 7, uma vez que estes não surgem no CSRMC. Analisa-se agoora a rubrica de guarnecimento

de vãos que, ao contrário do habitual, no ProNIC, apresenta um número muito reduzido de

especificações. São elas:

• Tipo de elemento;

• Tipo de material;

• Outras características.

Por outro lado, no SMM 7 esta rubrica não existe, sendo possível encontrar os elementos de

guarnecimento de vão, tais como: soleiras, ombreiras, entre outros, nas rubricas de portas e janelas.

 Analisando comparativamente, elabora-se a Figura 25.

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Figura 25 - Regras de medição de guarnecimentos de vãos, ProNIC/SMM 7 

Como se verifica, as regras e unidades são muito semelhantes.

Por fim, estuda-se a rubrica de portas e portões comerciais, industriais e de garagem. Esta

designação encontra-se no ProNIC, o mesmo não ocorrendo no SMM 7, estando a informação

organizada em rubricas distintas As características/especificações contidas no ProNIC são, de uma

forma geral, as indicadas no Quadro 56.

Quadro 56 - Características/especificações de portas e portões comerciais, industriais e de garagem:ProNIC  

ProNIC 

• Material

• Tipo de revestimento

• Características adicionais

Encontra-se, no entanto, um acréscimo de especificações no caso de portões interiores,

nomeadamente as identificadas no Quadro 57.

Quadro 57 - Características/especificações de portões interiores: ProNIC 

ProNIC: Portões interiores

• Espessura de anodização

• Classes de deformação

• Classes de Pressão

• Classes de estanquidade à água

• Classes de energia de impacto• Dispositivos de segurança

• Isolamento sonoro

• Coeficiente de transmissão de calor 

• Factor solar 

• Transmissão da luz

• Classes de permeabilidade ao ar 

• Classes de força de manobra

• Classes de resistência no plano da folha e àtorção

• Classes de durabilidade mecânica

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No que diz respeito ao SMM 7, as características/especificações de uma forma geral são

semelhantes às do ProNIC, estando identificadas no Quadro 58.

Quadro 58 - Características/especificações de portas e portões comerciais, industriais e de garagem:SMM 7 

SMM 7 

Tipo e qualidade dos materiais

Construção

Indicar o tratamento da superfície aplicado antes ou posteriormente à colocação do elemento

Tamanho e natureza do preenchimento/revestimento

De forma a analisar as regras contidas nos documentos, observe-se a Figura 26.

Como se pode deduzir, também estas regras são muito similares, considerando-se que se encontram

adequadas ao tipo de elementos em questão.

Figura 26 - Regras de medição de portas e portões comerciais, industriais e de garagens

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3. PROPOSTA DO MODELO DE REGRAS DE MEDIÇÃO

3.1. Introdução

O modelo de regras de medição que se propõe teve como base os elementos pesquisados e

consultados quer a nível nacional, bem como a nível internacional. A consulta ao meio técnico

assume também um papel preponderante na realização e validação deste modelo, uma vez que

permite uma análise teórico-prática do mesmo.

Neste capítulo, são apresentadas todas as regras e decisões adoptadas na construção da proposta

de modelo, acompanhadas das justificações respectivas à sustentação dessas decisões. Por esta

razão, este capítulo encontra-se dividido em cinco subcapítulos, iniciando-se com justificações de

carácter geral encontradas para o modelo, progredindo sucessivamente para pontos mais específicos

relacionados com o tema da presente dissertação: Elementos de Cantaria, de Carpintaria e

Serralharia.

Para a fundamentação da proposta, também são abordadas decisões tomadas em outras

dissertações no âmbito da presente, diferindo no subtemas tratados nomeadamente Revestimentos

[4], e Movimento de Terras [3].

3.2. Proposta do Modelo

3.2.1. Capítulos das regras de medição

 Após a análise da bibliografia e aplicações nacionais, nomeadamente o CSRMC e o ProNIC, verifica-

se que a disposição dos capítulos se encontra segundo as actividades de construção num edifício.

Estes dois documentos apresentam 26 capítulos, com algumas diferenças entre eles, quer ao nível

de conteúdo, quer de designação.

Na presente dissertação, considera-se que a numeração dos capítulos foge um pouco ao âmbito do

tema proposto. Assim, à semelhança de dissertações anteriormente desenvolvidas, na numeraçãodos quadros inclui-se o símbolo ($), representando uma numeração hipotética para os capítulos em

questão.

Numa outra dissertação [3] no âmbito da presente, foi sugerida uma alteração à numeração do

CSRMC, devido à necessidade de inclusão de um novo capítulo e à separação e ordenação de

algumas actividades. Apesar de não se realizar nenhuma alteração/numeração dos capítulos

presentes, quer no CSRMC, quer no ProNIC, é importante referir que os capítulos da presente

dissertação seguem a lógica da informação contida no ProNIC, uma vez que este documento separa

os elementos estruturais dos elementos secundários, no caso dos capítulos de cantarias, carpintariase serralharias.

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3.2.2. Just ificação da Estrutura Adop tada

Este ponto assume extrema importância na realização do modelo, uma vez que a estrutura adoptada

facilita a consulta e interpretação das regras contidas no mesmo.

 A estrutura adoptada vai de encontro à informação recolhida nas entrevistas efectuadas ao meio

técnico e à experiência obtida na utilização e compreensão das regras contidas na bibliografia

consultada. As razões principais desta decisão são:

• Fácil leitura e compreensão das regras;

• Objectividade;

• Facilidade de interacção com o articulado do mapa de medições;

• Uniformização com investigações já efectuadas.

 A fácil leitura, a compreensão e a objectividade das regras em forma de quadro, estão relacionadas

com a organização e clareza que esta estrutura fornece, permitindo a rápida interiorização em caso

de utilização repetida.Esta disposição da informação permite também a interacção com o articulado do mapa de medições

que se encontra igualmente em forma de quadro, existindo assim uma compatibilidade entre os dois

documentos de forma mais simplificada.

Tendo em conta as vantagens do formato tipo quadro, relativamente ao texto corrido encontrado em

alguns documentos, optou-se pela estrutura tipo quadro.

3.2.3. Conteúdo geral 

Neste capítulo, pretende-se mostrar o conteúdo presente nos quadros do modelo bem como o modode consulta.

 A organização das regras encontra-se intimamente ligada às publicações anteriormente consultadas,

nomeadamente o SMM7 e o CESMM 3. Estes documentos apresentam uma estrutura tipo quadro,

diferindo em alguns pontos, como explicitado no Capítulo 2.

O quadro inserido na proposta de modelo (Quadro 59) é uma junção dos dois quadros analisados nos

documentos anteriores (SMM 7 e CESMM 3) tirando-se partido das vantagens que ambos oferecem.

Quadro 59 - Quadro t ipo da proposta do modelo de regras de medição 

($) Elementos de Cantaria

Informação Regras de

medição

Definições Trabalhos

incluídos

Informação

adicionalElementos

incluídos:

Elementos

excluídos: R1 D1 T1 I1

Quadro de classificação

1. 5. 9. 13. 17. R2 D2 T2 I2

2. 10. 14. R3 D3

3. 6. 11. 15. 18. D4 T3

4. 7. 12. 16. 19. R4 D5 T4 I3

8.

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3

($) Elementos de Cantaria

 Analisando o Quadro 59, verifica-se que, à semelhança do SMM7 e do CESMM3, este se encontra

dividido em quatro áreas distintas, as quais se descrevem em seguida.

1. A área 1 encontra-se na parte superior do quadro, onde se pode visualizar a designação “($)

Elementos de Cantaria”. O seu objectivo é identificar a classe de trabalhos, sendo o símbolo

($) representativo de um número que, neste trabalho, indica o capítulo. Os itens do quadro

são referenciados com base nesse primeiro cabeçalho.

Quadro 60 - Área de classe de trabalhos

2. A área 2  localiza-se um pouco abaixo da anterior, representando a informação relativa aos

elementos incluídos ou excluídos no respectivo quadro. Nesta zona, são definidos oselementos que estão nele contidos e que serão alvo das regras presentes. No caso dos

elementos excluídos, estes têm uma referência ao quadro em que poderão ser consultados.

Quadro 61 - Área de elementos incluídos/excluídos 

3. A área 3 é designada de quadro de classificação, contendo 5 colunas, cada qual

correspondente a uma subdivisão dos trabalhos abordados pelas regras de medição. Na

primeira coluna encontram-se os trabalhos mais gerais, na segunda é apresentada uma

subdivisão desses trabalhos, o mesmo sucedendo para a terceira coluna, em relação à

segunda. A quarta coluna corresponde à definição das unidades relativas ao conteúdo das

colunas anteriores. Na quinta coluna integram-se detalhes, sendo de referir que normalmente

estes são fornecidos em documentos específicos.

Quadro 62 - Área do quadro de classificação 

Quadro de Classificação

1. 5. 9. 13. 17.

2. 10. 14.

3. 6. 11. 15. 18.

4. 7. 12. 16. 19.

8.

Informação

Elementos incluídos: Elementos excluídos:

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4

4. Na área 4 são apresentados os critérios de medição. Esta localiza-se à direita dos trabalhos

incluídos e excluídos, e do quadro de classificação. A estrutura desta área está ligada ao

quadro de classificação de forma a estabelecer uma correspondência entre os trabalhos e as

respectivas regras de medição. Estes critérios subdividem-se em quatro colunas:

• Regras de medição (R ): reúne os critérios pelos quais os trabalhos são quantificados ecomo devem ser medidos;

• Definições (D): contém as regras que estabelecem a extensão e os limites do trabalho,

sendo este representado por uma palavra ou expressão utilizada nas regras;

• Trabalhos incluídos (T ): reúne os critérios que definem que trabalhos particulares serão

incluídos em determinado artigo do mapa de medições, de modo a que os preços

apresentados no orçamento reflictam a quantidade e a extensão dos trabalhos a realizar;

• Informação adicional (I ): contém critérios/especificações que deverão ser fornecidos,

além da descrição das rubricas incluídas.

Quadro 63 - Área dos critérios de medição 

Regras de Medição Definições Trabalhos

incluídos

Informação adicional

R1 D1 T1 I1

R2 D2 T2 I2

R3 D3

D4 T3

R4 D5 T4 I3

Com o objectivo de facilitar e uniformizar a numeração dos diversos artigos do mapa de medições, as

regras de medição são também numeradas. Esta numeração é constituída por uma letra que refereao tipo de regra, e por um número que indica a posição na coluna.

 As regras devem ser usadas e lidas de acordo com a disposição das colunas e linhas, como se pode

verificar de seguida:

• As regras/itens R1, D1, T1 e I1 encontram-se localizados acima da linha de classificação e,

portanto, aplicam-se a todos os itens da secção;

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• Os trabalhos na célula 1 utilizam as subclassificações das células 5 e 9, as unidades

especificadas em 13 e itens suplementares indicados em 17. As regras específicas

associadas a estes itens são definidas nas células R2, D2, T2 e I2;

• Os trabalhos na célula 2 utilizam as subclassificações das células 5 e 10, as unidades

especificadas em 14 e itens suplementares indicados em 17. As regras específicasassociadas a estes itens são definidas nas células R3, D3, T2 e I2;

• Os trabalhos na célula 3 utilizam as subclassificações das células 6 e 11, as unidades

especificadas em 15 e itens suplementares indicados em 18. As regras específicas

associadas a estes itens são definidas nas células R3, D4, T3 e I2;

• Os trabalhos na célula 4 podem utilizar as subclassificações tanto da célula 7, como da célula

8. Este facto está representado no quadro através da linha tracejada.

Em suma, as regras nos quadros são lidas da esquerda para direita. As linhas horizontais definem as

relações entre os itens, as subclassificações e as regras específicas.

3.2.4. Descrição das unidades de medida

 As unidades de medida mais utilizadas para os elementos contidos na proposta do modelo de regras

de medição são: a unidade [un], o metro [m] e o metro quadrado [m 2]. Este facto não é impeditivo

ocasionalmente ser identificada uma unidade de medida diferente, como no caso das portas em

elementos de serralharia, em que deverá ser indicado o peso aproximado em quilograma [kg]18.

 As unidades de medida utilizadas na proposta do modelo seguem as designações definidas no

CSRMC, com algumas alterações que se consideram necessárias, como indicado no Quadro 64.

Quadro 64 - Unidades base de medida 

Unidade Designação Símbolo

Genérica Unidade un

Comprimento Metro m

Superfície Metro quadrado m2

Massa Quilograma kg

Pressão Mega Pascal MPa

Quando existem resultados parciais nos cálculos das medições, estes devem obedecer aos seguintes

arredondamentos:

18 O peso é uma força, ou seja, a sua unidade de medida é o Newton [N]. Este facto não acontece no presentetrabalho, dado que se adopta a designação de peso utilizada no senso comum que é, erradamente, sinónimo demassa.

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2

($) Elementos de Cantaria 1

Quadro 65 - Arredondamento de resultados parciais 

Medida Arredondamento

Metro (m) Centímetro (cm)Metro quadrado (m ) Decímetro quadrado (dm )

Quilograma (kg) Hectograma (hg)

MegaPascal (MPa) Quilopascal (kPa)

Quando se tratam as quantidades globais a incluir no mapa de medições, estas devem obedecer aos

arredondamentos seguintes:

Quadro 66 - Arredondamentos de quantidades globais 

Medida Arredondamento

Metro (m) Decímetro (dm)Metro quadrado (m ) Decímetro quadrado (dm )

Quilograma (kg) Quilograma (kg)

MegaPascal (MPa) Megapascal (KPa)

3.2.5. Conteúdo dos quadros

Para o preenchimento dos quadros da proposta do modelo, toma-se em conta a bibliografia

consultada, bem como as opiniões recolhidas no meio técnico.

Uma das principais dúvidas iniciais prendeu-se com a melhor separação das rubricas, se por ofícios,

se por elementos de construção. Após consultar a bibliografia e tendo em conta a opinião do meio

técnico, resolve-se fazer uma mistura dos dois. Esta decisão é facilmente justificada, pois aseparação por ofícios deve-se ao facto de os trabalhos de Cantaria, Carpintaria e Serralharia serem

realizados por operários especializados: canteiros, carpinteiros e serralheiros respectivamente.  

Na proposta do modelo, a separação dos quadros por elementos de construção deve-se à forma

como os aqueles são preenchidos. Este preenchimento é efectuado a partir de: tipo de material,

características, especificações e critérios de medição. Por vezes, estas características são bastante

específicas para cada elemento, mesmo dentro do mesmo ofício. O ofício é facilmente identificável no

cimo do quadro, como referido anteriormente. Para identificar os elementos inseridos em cada

quadro, consulta-se a zona dos elementos incluídos e excluídos.

Quadro 67 - Definição dos trabalhos

Quadro 68 - Elementos incluídos/excluídos 

Informação

Elementos incluídos: Elementos excluídos:

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3.2.5.1. Elementos de Cantaria

3.2.5.1.1. Introdução

Neste subcapítulo da dissertação, pretende-se realizar uma descrição geral dos elementos inseridos

na proposta do modelo de regras de medição, para o caso de elementos de Cantaria. Realiza-setambém uma justificação geral das regras adoptadas, identificando-se as razões que levam a inserir 

uma dada informação e não outra, e a importância da sua integração para a validação da proposta.

Os elementos de cantaria deverão abranger tanto cantaria natural, como cantaria artificial.

3.2.5.1.2. Análise e justifi cação de regras propostas

 Após uma análise intensiva à bibliografia consultada e tendo sempre em conta os pontos focados

pelo meio técnico, escolhem-se os elementos de cantaria a inserir na proposta do modelo de regras

de medição. É importante referir novamente que o tema da presente dissertação está relacionadocom elementos secundários, sendo excluídos todos os elementos primários na construção de um

edifício, como sejam os elementos estruturais. Outro ponto a ter-se em conta é o de alguns

elementos não estarem presentes na proposta do modelo, por fazerem parte do capítulo de

revestimentos, tema já abordado noutros estudos [4]. Considera-se importante não haver repetição

de elementos já alvo de estudo, de forma a existir uma continuidade do trabalho no que respeita a

regras de medição. Apenas no caso de haver alguma diferença de abordagem, ou alguma regra que

não se considera de acordo com a informação recolhida, esta será alterada. Determina-se então que

os elementos a incluir na proposta do modelo para elementos de cantaria são: 

Quadro 69 - Elementos de cantaria considerados na proposta do modelo

Elementos de Cantaria

Guarnecimento de vãosGuardas, balaustradas e corrimãos

Escadas Arcos e abobadas

RodapésLancis

Cornijas

Uma singularidade facilmente perceptível na proposta do modelo, no caso de elementos de cantaria,

é que estes se encontram todos inseridos no mesmo quadro. Este facto é facilmente justificável, pois

os elementos de pedra apresentam um conjunto de características, especificações e abrangência

muito semelhante, possibilitando assim a inserção de todos os elementos em apenas um quadro.

Quanto às regras de medição, estas surgem de uma análise comparativa cruzada entre a bibliografia

anteriormente referida e a informação recolhida no meio técnico. No caso das características e

especificações que se devem respeitar quando é efectuada uma medição, considera-se o ProNIC o

“documento” mais adequado para o preenchimento do modelo. O ProNIC apresenta uma descriçãoexaustiva praticamente elemento a elemento, proporcionando uma descrição clara, objectiva e sem

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dúvidas das carcaterísticas e especificações. Outra razão preponderante para esta escolha foi o facto

deste “documento” se encontrar actualizado relativamente ao CSRMC, nomeadamente no que diz

respeito à legislação em vigor. Por outro lado, sendo um elemento nacional, este encontra-se

adaptado às necessidades encontradas em Portugal, ao contrário de algumas regras encontradas no

SMM 7. Apesar de se seguir principalmente este documento pelas razões descritas, poderão ser identificadas outras características e especificações provenientes de outros documentos.

Quanto ao restante preenchimento do quadro, ou seja, às regras propriamente ditas (unidades,

definições, trabalhos incluídos, entre outros), os “documentos” utilizados foram o CSRMC e o SMM 7.

Neste caso, estes componentes foram os mais utilizados, em detrimento do ProNIC, uma vez que

este último é uma aplicação na óptica do utilizador, na qual se vão preenchendo campos, tendo como

objectivo final o preenchimento de um articulado. Esta decisão também é reforçada pelo facto do

ProNIC não ter a função de guia de consulta de regras de medição, como é o caso dos restantes

documentos. Na Figura 27 identificam-se as fontes e os respectivos elementos delas retirados, quecompõem o modelo proposto.

Figura 27 - Caracteristicas/especificações/regras/unidades/definições/trabalhos

Nos elementos de cantaria, a unidade mais utilizada é o metro [m]. Considera-se que esta é a medida

mais adequada, pois os elementos são na sua maioria lineares (quando vistos em planta), sendo

facilmente indicadas as suas dimensões através dessa unidade. Em elementos singulares como

esculturas e ornamentos, a medida utilizada será a [un]. Este facto deve-se à peculiaridade que estes

elementos demonstram.

3.2.5.1.3. Modelo Proposto

O Modelo proposto poderá ser consultado no anexo A, devido à extensão que este apresenta.

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3.2.5.2. Elementos de Carpintaria

3.2.5.2.1. Introdução

 À semelhança do que sucedeu no subcapítulo de elementos de cantaria, neste subcapítulo pretende-

se realizar uma descrição geral dos elementos inseridos na proposta do modelo de regras demedição para o caso de elementos de carpintaria. É também realizada uma justificação geral das

regras adoptadas, identificando-se as razões que levaram a inserir uma dada informação e não outra,

e a importância da sua integração para a validação na proposta de modelo de regras de medição.

3.2.5.2.2. Análise e justifi cação de regras propostas

 A escolha dos elementos de carpintaria teve em conta o facto de o tema da presente dissertação só

abranger os elementos secundários, excluindo todos os elementos primários na construção de um

edifício, como sejam os elementos estruturais. Outro ponto a ter-se em conta é o de alguns

elementos não estarem presentes na proposta do modelo, por fazerem parte do capítulo derevestimentos, tema já abordado noutros estudos [4]. Determina-se então que os elementos a incluir 

na proposta do modelo são: 

Quadro 70 - Elementos de carpintaria considerados na propos ta do modelo 

Elementos de Carpintaria

Portas e janelasEscadas, guardas, balaustradas e corrimãos

Guarnecimento e cerramento de vãosEquipamentos e mobiliário

Rodapés

Os elementos descritos acima encontram-se divididos na proposta do modelo ao longo de quatro

quadros, sendo que a divisão foi efectuada da seguinte forma:

Figura 28 - Separação dos elementos de carpintaria

Como se pode verificar, as rubricas encontram-se separadas por elementos de construção, podendo

ser encontradas dentro de cada rubrica os elementos que as constituem. A título de exemplo,

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analisam-se os elementos da rubrica Portas e Janelas, mais propriamente o elemento janelas. Este

conjunto inclui:

• Janelas e molduras;

• Estores;

• Guarda-sóis

• Clarabóias e janelas de tecto e molduras;

• Telas;

• Montras;

• Caixas de estore.

Como se pode verificar, os elementos acima descritos são os comummente encontrados na

construção de janelas.

Quanto às regras de medição, estas surgem de uma análise comparativa cruzada entre a bibliografia

anteriormente referida e a informação recolhida no meio técnico. No caso das características e

especificações que se devem respeitar quando é efectuada uma medição, considera-se o ProNIC o

“documento” mais adequado para o preenchimento do modelo. O ProNIC apresenta uma descrição

exaustiva praticamente elemento a elemento, proporcionando uma descrição clara, objectiva e sem

dúvidas das características e especificações. Outra razão preponderante para esta escolha foi o facto

deste “documento” se encontrar actualizado relativamente ao CSRMC, nomeadamente no que diz

respeito à legislação em vigor. Por outro lado, sendo um elemento nacional, este encontra-se

adaptado às necessidades encontradas em Portugal, ao contrário de algumas regras encontradas no

SMM 7. Apesar de se seguir principalmente este documento pelas razões descritas, poderão ser 

identificadas outras características e especificações provenientes de outros documentos.

Quanto ao restante preenchimento do quadro, ou seja, às regras propriamente ditas (unidades,

definições, trabalhos incluídos, entre outros), os “documentos” utilizados foram o CSRMC e o SMM 7.

Neste caso, estes componentes foram os mais utilizados, em detrimento do ProNIC, uma vez que

este último é uma aplicação na óptica do utilizador, na qual se vão preenchendo campos, tendo como

objectivo final o preenchimento de um articulado. Esta decisão também é reforçada pelo facto do

ProNIC não ter a função de guia de consulta de regras de medição, como é o caso dos restantes

documentos.

 A unidade de medida mais utilizada nos elementos de carpintaria é unidade [un]. Considera-se que

esta é a medida mais adequada, pois a maioria dos elementos são medidos como um conjunto que

normalmente é repetido em obra. Alguns casos, nomeadamente em elementos lineares com secções

standardizadas, devem ser medidos ao metro [m].

3.2.5.2.3. Modelo Proposto

O Modelo proposto poderá ser consultado no anexo A, devido à extensão que este apresenta.

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3.2.5.3. Elementos de Serralharia

3.2.5.3.1. Introdução

Neste subcapítulo, à semelhança do que foi efectuado nos elementos de cantaria e serralharia,

pretende-se realizar uma descrição geral dos elementos inseridos na proposta do modelo de regrasde medição para o caso de elemento de serralharia. Realiza-se também uma justificação geral das

regras adoptadas, identificando-se as razões que levam a inserir-se uma dada informação e não

outra, e a importância da sua integração para a validação da proposta de modelo de regras de

medição. Os elementos de serralharia deverão conter serralharia de alumínio e serralharia de aço e

outros metais.

3.2.5.3.2. Análise e justifi cação de regras propostas

 Após análise intensiva à bibliografia consultada e com base nos pontos focados anteriormente,determinam-se os elementos de serralharia a inserir na proposta do modelo de regras de medição.

Os elementos a incluir na proposta do modelo são os identificados no Quadro 71.

Quadro 71 - Elementos de serralharia considerados no modelo

Elementos de Serralharia

Portas e janelasEscadas, guardas, balaustradas e corrimãos

Guarnecimento e cerramento de vãosFachadas leves de componentes metálicos e vidro

Portas e portões comerciais, industriais e de garagem

Os elementos descritos acima encontram-se divididos na proposta do modelo ao longo de cinco

quadros. A divisão foi efectuada como indicado na figura 29.

Figura 29 - Separação dos elementos de serralharia

Como se pode verificar, neste caso e à semelhança do que foi realizado anteriormente, as rubricas

encontram-se separadas por elementos de construção. Dentro de cada rubrica podem ser 

encontrados os elementos que a constituem, à semelhança do demonstrado no caso de elementos

de carpintaria.

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Quanto às regras de medição, estas surgem de uma análise comparativa cruzada entre a bibliografia

anteriormente referida e a informação recolhida no meio técnico. No caso das características e

especificações que se devem respeitar quando é efectuada uma medição, considera-se o ProNIC o

“documento” mais adequado para o preenchimento do modelo. O ProNIC apresenta uma descrição

exaustiva praticamente elemento a elemento, proporcionando uma descrição clara, objectiva e semdúvidas das características e especificações. Outra razão preponderante para esta escolha foi o facto

deste “documento” se encontrar actualizado relativamente ao CSRMC, nomeadamente no que diz

respeito à legislação em vigor. Por outro lado, sendo um elemento nacional, este encontra-se

adaptado às necessidades encontradas em Portugal, ao contrário de algumas regras encontradas no

SMM 7. Apesar de se seguir principalmente este documento pelas razões descritas, poderão ser 

identificadas outras características e especificações provenientes de outros documentos.

Quanto ao restante preenchimento do quadro, ou seja, às regras propriamente ditas (unidades,

definições, trabalhos incluídos, entre outros), os “documentos” utilizados foram o CSRMC e o SMM 7.Neste caso, estes componentes foram os mais utilizados, em detrimento do ProNIC, uma vez que

este último é uma aplicação na óptica do utilizador, na qual se vão preenchendo campos, tendo como

objectivo final o preenchimento de um articulado. Esta decisão também é reforçada pelo facto do

ProNIC não ter a função de guia de consulta de regras de medição, como é o caso dos restantes

documentos.

 A unidade de medida mais utilizada nos elementos de serralharia é unidade [un]. Considera-se que

esta é a medida mais adequada, pois a maioria dos elementos são medidos como um conjunto que

normalmente é repetido em obra. Alguns casos, nomeadamente em elementos lineares com secçõesstandardizadas, devem ser medidos ao metro [m].

3.2.5.3.3. Modelo Proposto

O Modelo proposto poderá ser consultado no anexo A, devido à extensão que este apresenta.

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4. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

4.1. Conclusões

Na execução de uma obra, a orçamentação é uma actividade crítica e fundamental para prevenir 

desvios no prazo e no custo. A medição assume um papel preponderante na execução dos

orçamentos, pois é através da determinação quantitativa dos trabalhos realizados, que estes são

elaborados. A inexistência de regulamentação e de uniformização de regras de medição gera muitas

vezes conflitos entre Donos de Obra e Empreiteiros. A criação de um conjunto de regras de medição

na construção torna-se assim essencial para que se possam atingir as seguintes metas:

• Uniformizar critérios que suportem os articulados de mapas de quantidades propostos a

concurso;• Uniformizar critérios de medição utilizados pelos empreiteiros, na elaboração das suas

propostas de concurso;

• Uniformizar os sistemas de classificação de trabalhos utilizados em mapas de medição,

orçamentos e análises económicas;

• Uniformizar os critérios de medição dos trabalhos em obra;

• Reduzir conflitos entre Donos de Obra e Empreiteiros.

 À semelhança de dissertações anteriormente desenvolvidas, pretendeu-se com esta dissertação criar 

uma proposta de modelo de regras de medição de cantaria, carpintaria e serralharia em edifícios. Ainexistência de legislação e as necessidades existentes no meio técnico nacional levaram ao

desenvolvimento deste estudo, tendo sempre em consideração as disposições legais e outras

aplicações (ProNIC) actualmente utilizadas. O estudo foi desenvolvido com base na metodologia

definida no inicio do trabalho, relevando-se os seguintes pontos:

a) Pesquisa de informação relativa a legislação e publicações existentes a nível nacional e

internacional sobre regras de medição, aplicadas a elementos secundários de cantaria,

carpintaria e serralharia;

b) Classificação e codificação dos trabalhos descritos nos mapas de medição;c) Identificação das unidades de medição, regras gerais e específicas aplicáveis aos diferentes

elementos de construção.

 Através da pesquisa bibliográfica e aplicações consultadas, foram definidos os documentos mais

relevantes. O estabelecimento de contactos com empresas permitiu realizar uma avaliação da prática

corrente em matéria de regras de medição em Portugal, assim como recolher opiniões da sua

utilização. Posteriormente, realizou-se uma análise comparativa entre os documentos seleccionados

e a informação recolhida no meio técnico, definindo-se um conjunto de aspectos que foram tidos em

conta no desenvolvimento do trabalho, designadamente:

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• Estrutura da informação: conclui-se que a estrutura tipo quadro é preferencial, pois permite

uma fácil leitura e compreensão das regras, facilitando a interacção com o articulado de mapa

de medições;

• Codificação e numeração dos trabalhos: considerou-se preferível manter o tipo de codificação

e numeração apresentado no ProNIC, pois este permite uma maior semelhança com abibliografia internacional e, consequentemente, uma maior uniformização;

• Classificação dos trabalhos: considerou-se apropriado realizar um cruzamento entre ofícios

(cantaria, carpintaria e serralharia) e elementos

O trabalho desenvolvido permitiu assim identificar algumas necessidades relacionadas com a

temática das regras de medição, considerando-se que a criação de um modelo de regras de medição

simples e objectivo, que contemple as necessidades do meio técnico em Portugal, poderá colmatar 

muitos dos problemas sentidos nos trabalhos de construção.

O âmbito de aplicação das regras de medição, em Portugal, restringe-se apenas à construção de

edifícios. Considera-se que as regras de medição deveriam ser alargadas à construção em geral,

com a finalidade de uniformizar a sua aplicação a todo o tipo de obras.

Por outro lado, este trabalho permitiu também concluir ser necessário aperfeiçoar um conjunto de

especificações e características dos elementos construtivos, nomeadamente a classificação AEV [2]

para janelas e portas, desconhecida ou não utilizada pelo meio técnico.

O desenvolvimento da dissertação teve como objectivo ser parte integrante de um trabalho

actualmente em desenvolvimento com vista à criação de um conjunto de regras de medição. Oestudo contemplou a classificação, identificação e actualização dos principais elementos secundários

de pedra, madeira e metal, baseando-se sempre em todos os elementos consultados e as

informações obtidas no meio técnico.

Por fim, considera-se que os objectivos principais desta dissertação foram atingidos, com a

esperança que venha a contribuir para a evolução das regras de medição em Portugal.

4.2. Desenvolvimentos Futuros

 A realização da presente dissertação poderá ser impulsionadora para eventuais desenvolvimentos

futuros no capítulo das regras de medição. Os pontos que se consideram mais prioritários são:

• Reestruturar e actualizar as regras de medição para os restantes trabalhos na construção,

alargando a sua abrangência para a Engenharia Civil em geral, nomeadamente, construção

de pontes, engenharia rodoviária, ferrovias, construção hidráulica, geotecnia;

• Estudar a viabilidade da realização de um único modelo de regras de medição para a

construção, ou se deverão existir diversos modelos consoante o tipo de construção em

causa;

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• Desenvolver um documento único com toda a informação relativa à Engenharia Civil,

facilitando assim a sua consulta para os profissionais do ramo.

Relativamente ao tema desta dissertação, foi possível identificar alguns aspectos que poderão vir a

ser desenvolvidos e aprofundados. Esses aspectos designadamente os seguintes. 

• Validar a proposta de modelo de regras de medição desta dissertação e das anteriormente

desenvolvidas, através da sua utilização a nível prático;

• Realizar uma actualização, reformulação e separação objectiva dos elementos de construção,

definindo-se em que rubrica estes deverão ser incluídos, de forma a não existir redundância

(alguns elementos inseridos nesta dissertação também se encontram presentes na realizada

sobre revestimentos [4]);

Durante a pesquisa bibliográfica, teve-se conhecimento de um documento que está actualmente a ser desenvolvido pela instituição RICS [8] (responsável pela publicação do SMM7), intitulado New Rules

Of Measurement . Este documento encontra-se separado em três volumes:

• Volume 1 - Order of cost estimating and elemental cost planning 

• Volume 2 – Procurement (alternativa ao SMM 7);

•  Volume 3 - Whole Life Costing. 

Dos três volumes anteriormente referidos, apenas o primeiro foi publicado. Considera-se que será

importante em estudos futuros, no âmbito das regras de medição, ter em conta estas publicações

com especial relevância para o Volume 2. 

De forma a dar continuidade às publicações e projectos de investigação desenvolvidos pelo LNEC,

 julga-se ser necessário ter em conta os pontos acima focados atingindo assim o objectivo de

lançamento de um conjunto de regras a utilizar por todas as partes envolvidas no sector da

construção em Portugal.

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Referências Bibliográficas

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Measurement Code. A code of procedure for measurement of Building Works. 1992.

[2]  - Fonseca, M. Santos. Regras de Medição na Construção. Lisboa : LNEC, 2008.

[3]  - Guilherme, Pedro. Escavações e Movimentos de Terras - Regras de medição na construção,

modelo aplicável a Portugal. Lisboa : IST, 2008.

[4]  - Ramos, Bárbara. Regras de medição de revestimentos na construção de edifícios - proposta de

modelo para aplicação em Portugal. Lisboa : IST, 2008.

[5]  - Alves, Dias L.M. Organização e Gestão de Obras - Documento de apoio às aulas da disciplina.

Lisboa : IST, 2008.

[6]  - Código dos Contratos Públicos (publicados no Decreto-Lei n.º 18/2008, Janeiro). Diário da

Replública, n.º 20, série I, de 29 de Janeiro de 2008.

[7]  - Regulamento dos Concursos para Empreitadas e Fornecimento de Obras Públicas (publicado na

Portaria n.º 959/2009, Agosto). Diário da Républica n.º 162, série I, de 21 de Agosto de 2009.

[8]  -The Royal Institution of Chartererd Surveyors. http://www.rics.org/. (consultado a 20 de Novembro

de 2009) 

[9]  - Deutshes Institut für Normung. http://www.nabau.din.de/. (consultado a 5 de Agosto de 2010 ) 

[10]  - The Royal Institution of Chartered e Confederation Surveyors, The Building Employers.

Standard Method of Mesurement of Building Works 7th edition. 1992.

[11]  - Institution of Civil Engineers. Civil Engineering Standard Method of Mesaurement 3rd edition.

Londres : Thomas Telford Ltd, 1991.

[12] - Constrution contract procedures (VOB) - Part C: General Technical specifications in constrution

contracts. Tradução inglesa das normas alemâs Verdingungsordnung für Bauleistungen. Dezembro,1992.

[13] - Kelly, Patrick e Macnamara, Patrick. SMM7 Explained and Illustrated. UK : RICS Books, 2003.

[14] - IHS. http://uk.ihs.com/collections/din/esdeu.htm. (consultado a 19 de Abril de 2010) 

[15] - Grupo Mota-Engil. http://www.mota-engil.pt/.(consultado a 10 de Agosto de 2010)

[16] - Somague S.A.. http://www.somague.pt/.(consultado a 10 de Agosto de 2010)

[17]  - Centre Scientifique et Technique de La Construction. Métré de Bâtiments Volume 1,2 e 3.

Bruxelas : s.n., 1989.

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[18]  - European Committee for Standardization. http://www.cen.eu/cen/Pages/FAQ.aspx. (consultado

a 12 de Fevereiro de 2010) 

[19]  - International Organization for Standardization. http://www.iso.org/iso/about.htm. (consultado a

12 de Fevereiro de 2010) 

[20] - Protocolo para a Normalização da Informação Técnica na Construção

http://www.inci.pt/Portugues/iniciativasprogramas/EmDesenvolvimento/Paginas/Pronic.aspx 

(consultado a 10 de Agosto de 2010).

[21] - The society of Chartered Surveyors. http://www.scs.ie/. (consultado a 20 de Novembro de 2009) 

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 ANEXOS

 Anexo A: Proposta do modelo

 Anexo B: Glossário de termos técnicos

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 A.1

 Anexo A: Proposta do modelo

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 A.2

($) Elementos de Cantaria

Informação Regras de Medição Definições Trabalhos Incluídos Informação adicional 

Elementos incluídos:

Guarnecimento de vãos

Guardas, balaustradas e corrimãos

Escadas

 Arcos e abóbadas

Rodapés

Lancis

Cornijas

Elementos excluídos: R1 A medição do trabalho dapedra é realizada de acordocom as medidas médias

R2 Não se efectuamdeduções para aberturas ≤ 0,10 m2 

R3 No trabalho de elementoscurvos deverá indicar-se adefinição dos raios medidos àface

R4 Itens lineares deverãoindicar aberturas de ligação,entalhes, encaixes, e todos ocortes

R5 Perfis cortadosobliquamente, a medida seráa do maior comprimento doperfil

R6 As medidas paradeterminação de chapas desuperfície irregular serãoobtidas através do menor rectângulo circunscrito aessas superfícies

D1 A espessuraindicada deverá ser a espessuranominal exceptoquando for mencionado ocontrário

T1 Os trabalhos deverãoincluir:

a) Pedra extra para junções

b) Material extra paratrabalhos curvos

c) Encaixes, aberturas,ranhuras, finalizações emoldes

d) Grampos metálicos,

buchas, vedantes eelementos do tipo

e) Trabalhos emreentrâncias, eextremidades

f) Trabalhos denivelamento

T2 As mediçõesenglobarão todas asoperações relativas àexecução: fabrico,fornecimento, carga,transporte, descargaassentamento emontagem edesmontagem deandaimes e cimbres, deacordo com os desenhosde pormenor e o caderno

de encargos

I1 Tipo de Pedra

I2 Características daPedra

I3 Acabamento

I4 Tipo de Argamassa

I5 Tipo de Ligantes

I6 Forma deespecificação

I7 Traço

I8 Resistência Mecânica[MPa]

I9 Localização doelemento

I10 Outras características

Quadro de Classificação1. Soleiras

2. Peitoris

3. Vergas

4. Padieiras

5. Lancis

6. Cornijas

7. Capeamento

1. Descrição dasdimensões

m

8. Ombreiras

9. Esquinas

1. Ligação

2. Ligação comacabamentosdiferentes doelementodeverá, ser descrito o tipode acabamento

3. Isolada

m R7 Esquinas e ombreiras sãomedidas na vertical

D2 Pedra deligação é aquelaque é do mesmotipo da parede ondeserá colocada

D3 Pedra isolada éaquela que estáligada a outro tipode construção 

10. Outrosguarnecimentos devãos

1. Indicação daespessura

m

11. Arcos 1. Descrição daaltura da face,largura dointradorso e daforma do arco

m T3 Arcos são medidosatravés do perímetromédio ou o comprimentona face

T4 A medição serárealizada à unidadequando o item for medidolinearmente

un

12. Abóbadas 1. Descrição daespessura etipo daabobada

m2

13. Degraus 1. Descrição dasdimensões

1. Planos

2. Inclinados

m

14. Arranques

15. Desembarques

16. Patins

un

17. Guardas,balaustradas,corrimãos

1. Elementosornamentais devemser medidos emrubrica separada(un)

m 1. Troçoscurvoso raiodeveráser indicado

R8 Sempre que necessárioos elementos curvos e/ounão planos poderão ser medidos em rubricasseparadas

T5 Acabamentos planosestarão incluídos

18. Balaustradasisoladas

19. Corrimãos isolados

un D3 Balaustradas ecorrimãos isoladossão aqueles quenão formam parteintegral doelemento deescada

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 A.3

($) Elementos d e Carpintaria

Informação Regras de Medição Definições Trabalhos Incluídos Informação adicional 

Elementos incluídos:

Portas, janelas

Elementos excluídos:

Escadas, guardas, balaustradas e corrimãos(quadro ($$))

Guarnecimento e cerramento de vãos (quadro($$$))

Equipamentos e mobiliário (quadro ($$$$))

D1 Todas asmedições sãonominaisexcepto se for mencionado otamanho comacabamento

T1 As mediçõesenglobarão todas asoperações relativas àexecução: fabrico,fornecimento, carga,transporte, descargaassentamento emontagem edesmontagem de

andaimes e cimbres, deacordo com os desenhosde pormenor e o cadernode encargos

Quadro de Classificação

1. Portas 1. Descrição dasdimensões

un R1 Secçõesstandardizadas deverãoser indicadas

R2 Portas de uma folhaou mais deverão ser contadas como umaporta

R3 Portas quandofornecidas com asmolduras e guarniçõesassociadas sãomedidas em rubricasseparadas

T2 Os trabalhos deverãoincluir os encaixes à voltade uma obstrução

T3 Itens incluídos:

a) Portas quandofornecidas como

unidadeb) Travamentos, cortes

e itens parecidosquando parte docomponente

c) Soleiras e peitoris

d) Ferragens quandoparte do componente

e) Acabamento quandoparte do componentefornecido

f) Envidraçado quandoparte do componente

g) Operaçõesmecânicas eequipamento defuncionamentoautomático quando

fornecido com ocomponente

h) Ligações e fixações

i) Caixas de estoredeverão incluir oestore quandofornecido com oconjunto

 j) Grades e caixilhosquando parte doconjunto

I1 Tipo de material

I2 Tipo de revestimento

I3 Classes de energia de impacto

I4 Dispositivos de segurança

I5 Isolamento sonoro

I6 Coeficiente de transmissão decalor 

I7 Classes de permeabilidade aoar 

I8 Classes de força de manobra

I9 Classes de resistência no planoda folha e à torção

I10 Classes de durabilidademecânica

I11 Classes de risco

I12 Teor em água

I13 No caso de portas exterioresdeverá indicar-se:

a) Classes de Pressão

b) Classes de estanquidade àágua

c) Factor solar 

d) Transmissão luminosae) Classes de deformação

I14 No caso de Portas e janelasinteriores deverá indicar-se aclasse de resistência ao ar 

I15 No caso de portas e janelas desegurança deverá indicar-se aclasse de resistência à intrusão

I16 No caso de portas e janelas deresistência ao fogo deverá indicar-se a classe de resistência ao fogo

2. Molduras de portas eguarnições

1. Ombreiras

2. Soleiras (un)

3. Montante (un)

4. Travessa (un)

1. Indicação de todasas dimensões dasecção transversal

m 1. Conjuntosrepetidos(un)

2. DiferentesSecçõestransversais(un)

R4 Para os conjuntosde portas e moldurasenumerados não seránecessário indicar onúmero de conjuntosdentro da discrição

5. Conjunto (un) 1. Descrição dasdimensões

un

3. Janelas e molduras

4. Guarda-sóis

5. Clarabóias, janelas detecto e respectivasmolduras

6. Telas

7. Montras

1. Descrição dasdimensões

un R5 Secçõesstandardizadas deverãoser indicadas

8. Caixas de estore 1. Deverá ser indicado o tipode caixa deestore

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 A.4

($$) Elementos de Carpintaria

Informação Regras de Medição Definições Trabalhos Incluídos Informação adicional 

Elementos incluídos:

Escadas, guardas, balaustradas ecorrimãos

Elementos excluídos:

Portas, janelas (quadro ($))

Guarnecimento e cerramento de vãos(quadro ($$$))

Equipamentos e mobiliário (quadro ($$$$))

D1 Os trabalhosnesta secçãocobrem:

a) Escadas eescadas desótãos

b) Desembarques,passarelas epassagens de

acesso

c) Guardas,balaustradas ecorrimãos

d) Alçapões desótãos quandoparte dasrespectivasescadas

T1 As mediçõesenglobarão todas asoperações relativas àexecução: fabrico,fornecimento, carga,transporte, descargaassentamento emontagem edesmontagem de

andaimes e cimbres, deacordo com os desenhosde pormenor e o cadernode encargos.

Quadro de Classificação

1. Conjunto escadas,guardas, balaustradase corrimãos

1. Descrição dasdimensões

un R1 Elementos comofixações, ferragens,cortes boleados comofocinhos de escadas,não estão incluídos edeverão ser medidosem rubrica própria

T2 O conjunto deveráincluir:

a) Cobertores,focinhos, espelhos eelementosparecidos, quandoparte do

componenteb) Preenchimento do

intradorso, painéisinclinados eelementos parecidosquando parte docomponente

c) Ferragens eequipamentooperacional paraescadas de sótãosquando fornecidascom o conjunto

d) Acabamentosquando parte doconjunto fornecido

e) Fixações, grampos,cunhas, parafusos,suportes, e

elementossemelhantes

I1 Tipo e qualidade do material

I2 Tratamentos preservadores demadeira como parte do processo deconstrução

I3 Tratamento das superfíciesaplicado como parte do processo deprodução

I4 Selecção e protecção parasubsequente tratamento

I5 Uniformização do grão e da cor 

I6 Não será permitido qualquer desvio dos limites das margensplanas da madeira

2. Desenho doscomponentes

2. Balaustradas isoladas

3. Corrimãos associados

m 1. Zonascurvas,deverá ser indicado oraio

D2 Balaustradasisoladas sãoaquelas que nãofazem parte doconjunto da escada

D3 Corrimãosassociados sãocorrimãos que sãode um materialdiferente do dasbalaustradas, ondeestes ocorrerem

T3 Terminações planasestão incluídas

I7 Método de ligação ou forma deconstrução

I8 Método de fixação quando nãoestiver descrito pelo dono de obra

I9 Fixação através de materiais deresistência inferior à do elemento4. Extras para

balaustradas isoladasou corrimãosassociados ondeestes ocorram

1. Rampas

2. Zonas emcaracol

3. Zonas curvas

4. Terminaçõesornamentais

5. Em zonas comparagens,descrever detalhes

un

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 A.5

($$$) Elementos de Carpintaria

Informação Regras de Medição Definições Trabalh

Elementos incluídos:

Equipamentos e mobiliário

Elementos excluídos:

Portas, janelas (quadro ($))

Escadas, guardas, balaustradas e corrimãos(Quadro ($$))

Guarnecimento e cerramento de vãos (quadro

($$$$))

T1 Os trabaequipament

T2 As meditodas as opà execução

fornecimenttransporte, assentamendesmontagee cimbres, ddesenhos dcaderno de

Quadro de Classificação

1. Mobiliário, acessóriose equipamento nãoassociado a serviços

1. Desenho docomponente

m2  T3 A mediçrealizada emarmários fixparedes degavetas e p

medidas se(un)

T4 No casomedição deefectuada asuperfície v

un

2. Diagrama

dimensionado

2. Inscrições

3. Esculturas e gravuras

1. Descrição dasdimensões

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 A.6

($$$$) Elementos de Carpintaria

Informação Regras de Medição Definições Trabalho

Elementos incluídos:

Guarnecimento e cerramento de vãos

Elementos excluídos:

Portas, janelas (quadro ($))

Escadas, guardas, balaustradas e corrimãos

(quadro ($$))Equipamentos e mobiliário (quadro ($$$))

T1 As medenglobarãooperações execução: fornecimentransporte,assentamemontagem desmontagandaimes eacordo comdesenhos de o cadernoencargos.

Quadro de Classificação

1. Guarnecimento devãos

1. Descrição dasdimensões

m R1 vãos nãostandardizados devemser medidos em rubricaspróprias

T2 Caixas deverão incquando forconjunto

2. Cerramento de vãos 1. Deverá ser indicada a alturae a largura (m)

un

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 A.7

($) Elementos de Serralharia

InformaçãoRegras deMedição

Definições Trabalhos Incluídos Informação adicional 

Elementos incluídos:

Portas, janelas

Elementos excluídos:

Escadas, guardas, balaustradas e corrimãos (quadro($$))

Guarnecimento e cerramento de vãos (quadro ($$$))

Fachadas leves de componentes metálicos e vidro

(quadro ($$$$))

Portas e portões comerciais, industriais e de garagem(quadro ($$$$$))

T1 As mediçõesenglobarão todas asoperações relativas àexecução: fabrico,fornecimento, carga,transporte, descargaassentamento e montagem

e desmontagem deandaimes e cimbres, deacordo com os desenhosde pormenor e o cadernode encargos.

Quadro de Classificação

1. Portas

2. Alçapão

3. Portas grade

4. Grades

1. Diagramadimensionado

un 1. Deverá ser indicado o Pesoaproximado (kg)

R1 Secçõesstandardizadas serãoidentificadas

R2 Cada folha deuma porta é contadacomo uma porta

R3 Portas quandofornecidas com asmolduras eguarniçõesassociadas sãomedidas em rubricasseparadas

T2 Os trabalhos deverãoincluir os encaixes à voltade uma obstrução

T3 Itens incluídos:

a) Portas quandofornecidas comounidade

b) Arquitraves, cortes eitens parecidosquando parte do

componente

c) Soleiras e peitoris

d) Ferragens quandoparte do componente

e) Acabamento quandoparte do componentefornecido

f) Envidraçado quandoparte do componente

g) Operações mecânicase equipamento defuncionamentoautomático quandofornecido com ocomponente

h) Ligações e fixações

i) Grades e caixilhosquando fornecidoscom o conjunto

I1 Tipo de materialI2 Tipo derevestimentoI3 Espessura deanodização I4 Classes de energiade impactoI5 Dispositivos desegurançaI6 Isolamento sonoroI7 Coeficiente detransmissão de calor I8 Classe depermeabilidade ao ar I9 Classes de forçade manobra

I10 Classes de resistência noplano de folha e à torção I12Classes de durabilidademecânica

I11 No caso de portas e janelasexteriores deverá indicar-seainda:

a) Classes de deformação

b) Classes de pressão

c) Classe de estanquidade àágua

d) Factor solar 

I12 No caso de portas e janelasinteriores deverá indicar-seainda a classe de resistência aovento

I13 No caso de portas e janelasde segurança deverá indicar-sea classe de resistência àintrusão

I14 No caso de portas e janelasresistentes ao fogo deveráindicar-se a classe deresistência ao fogo

I15 No caso de portas e janelasresistentes à perfuração por balas deverá indicar-se aclasse de resistência à bala

I16 No caso de portas e janelas

resistentes à explosão deveráindicar-se a classe deresistência à explosão

5. Molduras de portas eguarnições

1. Ombreiras

2. Soleiras (un)

3. Travessa (un)

4. Montante (un)

1.Indicação de todas asdimensões da secçãotransversal

m 1. Conjuntosrepetidos (un)

2. DiferentesSecçõestransversais (un)

R4 Para os conjuntosde portas e moldurasenumerados não seránecessário indicar onúmero de conjuntosdentro da discrição 

5.Conjunto (un) 1. Descrição das

dimensões

un

6. Janelas e molduras

7. Guarda-sol

8. Clarabóias e janelasde tecto e molduras

9. Telas

10. Montras

11. Caixas de estore

1. Diagramadimensionado

un R5 Secçõesstandardizadasdeverão ser indicadas

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 A.8

($$) Elementos de Serralharia

InformaçãoRegras deMedição

Definições Trab

Elementos incluídos:

Escadas, guardas, balaustradas ecorrimãos

Elementos excluídos:

Portas e janelas (quadro ($))

Guarnecimento e cerramento de vãos(quadro ($$$))

Fachadas leves de componentes metálicos evidro (quadro ($$$$))

Portas e portões comerciais, industriais e degaragem (quadro ($$$$$))

D1 Os trabalhos nesta secçãocobrem:

a) Escadas e escadas de

sótãos

b) Desembarques,passarelas e passagensde acesso

c) Guardas, balaustradas ecorrimãos

d) Alçapões de sótãosquando parte dasrespectivas escadas

T1 As engloboperaçexecuçfornectranspassentmontadesmoandaimacordode porde enc

Quadro de Classificação

1. Conjunto escadas,guardas,

gradeamentos ecorrimãos

1. Descriçãodas

dimensões

un R1 Elementoscomo fixações,

ferragens,cortes boleadoscomo focinhosde escadas,não estãoincluídos edeverão ser medidos emrubrica própria

2. Desenho doscomponentes

2. Gradeamentosisoladas

3. Corrimãosassociados

m 1. Zonas curvas,deverá ser indicado o raio

D2 Balaustradas isoladas sãoaquelas que não fazem partedo conjunto da escada

D3 Corrimãos associados sãocorrimãos que são de ummaterial diferente do dasbalaustradas, onde estesocorrerem

T2 Terestão

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 A.9

($$$) Elementos de Serralharia

Informação Regras de Medição Definições Trabal

Elementos incluídos:

Guarnecimento e cerramento de vãos

Elementos excluídos:

Portas e janelas (quadro ($))

Escadas, guardas, balaustradas e corrimãos

(quadro ($$))Fachadas leves de componentes metálicos evidro (quadro ($$$$))

Portas e portões comerciais, industriais e degaragem (quadro ($$$$$))

T1 As medtodas as orelativas àfabrico, focarga, tranassentame desmonandaimes acordo copormenor encargos.

Quadro de Classificação

1. Guarnecimento de vãos 1. Descrição dasdimensões

m R1 Vãos nãostandardizados devemser medidos em rubricaspróprias

2. Cerramento de vãos 1. Deverá ser indicada aaltura e alargura (m)

un

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 A.10

($$$$) Elementos de Serralharia

Informação Regras de Medição Definições Trabalh

Elementos incluídos:

Portas e portões comerciais, industriais e degaragem

Elementos excluídos:

Portas e janelas (quadro ($))

Escadas, guardas, balaustradas e

corrimãos (quadro ($$))Fachadas leves de componentesmetálicos e vidro (quadro ($$$))

Guarnecimento e cerramento de vãos(quadro ($$$$$))

T1 A mediçãaros, fixaçõesempre que elementos ptratados em

T2 As mediçtodas as opeexecução: fafornecimentotransporte, dassentamendesmontagecimbres, de desenhos decaderno de eQuadro de Classificação

1. Portas e portõesInteriores

1. Deverá ser mencionado o tipo

de portão ou porta

1. Deverá ser indicada a altura e

largura

un R1 vãos nãostandardizados devem

ser medidos em rubricaspróprias

2. Portões exteriores

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 A.11

($$$$$) Elementos de Serralharia

Informação Regras de Medição Definições Trabal

Elementos incluídos:

Fachadas Leves de componentes metálicos e vidro

Elementos excluídos:

Portas e janelas (quadro ($))

Escadas, guardas, balaustradas e

corrimãos (quadro ($$))Portas e portões comerciais,Industriais e de garagem (quadro($$$))

Guarnecimento e cerramento de vãos(quadro ($$$$))

T1 A mediçãaros, fixaçõesempre queelementos pem rubrica p

T2 As mediçtodas as opeexecução: fafornecimentdescarga asmontagem eandaimes e com os desee o caderno

Quadro de Classificação

1. Fachada VEB 1. Deverá ser indicada

a altura e largura (m)

m2

3. Fachada VEC

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B.1

 Anexo B: Glossário de termos técnico

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B.2

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS

 Abóbada - cobertura de secção vertical arqueada e face inferior côncava, tipicamente construída empedra, tijolo ou betão, que gera forças verticais suportadas por paredes, arcos ou pilares e forçashorizontais suportadas por contrafortes ou arcobotantes, típica em edifícios religiosos. 

 Arco - elemento construtivo curvo, tipicamente de alvenaria, que sustenta o peso vertical da paredeem que se encontra e emoldura a parte superior de uma abertura. 

 Arranque – patamar inicial de uma escada.

Balaústre - pilar pequeno que, juntamente com outros balaústres, suporta o corrimão de uma escadaou varanda, formando a balaustrada. 

Cantaria – actividade que consiste em trabalhar pedra para construção. 

Capeamento – capa, revestimento de um dado elemento.

Carpintaria – actividade que consiste em trabalhar madeira para construção.

Cornija - zona superior da parede que lhe serve de remate, na intersecção com a cobertura ou combeirais de janelas e portas, muitas vezes saliente, verticalmente em relação à cobertura, ouhorizontalmente em relação à parede. 

Corrimão - peça estreita, colocada paralelamente a uma escada ou no limite de uma varanda acerca de um metro do chão, suportada por balaústres ou fixa na parede, tipicamente de madeira oude metal, que serve de apoio e que confere protecção.

Degrau - parte de uma escada constituída pela zona onde se apoia o pé (cobertor) e pela zonavertical que com ela faz ângulo (espelho). 

Desembarque – patamar final de uma escada. 

Guarda – elemento construtivo com a função de protecção ou resguardo. 

Janela - abertura numa parede ou numa cobertura, concebida para deixar entrar ar e luz natural,tendencialmente perpendicular à linha do solo, e respectiva estrutura fixa ou móvel constituída pelacaixilharia e pelas folhas. 

Lancil – Pedra de cantaria, longa e estreita que serve para peitoris, vergas, entre outros elementos.  

Ombreira - estrutura vertical de uma porta, que sustenta o lintel. 

Padieira - horizontal superior de uma abertura, paralela à soleira, assente na ombreira de uma porta. 

Patim - zona plana no fim de um lanço de escadas. 

Peitori l - elemento horizontal inferior de uma janela, tipicamente em pedra. 

Porta - abertura numa parede, perpendicular à linha do solo, cujo limite inferior se encontra ao níveldo solo, e respectiva estrutura móvel constituída pela caixilharia e pelo painel, concebida para permitir a circulação de pessoas entre o exterior e o interior de uma construção. 

Serralharia – actividade que consiste em trabalhar metal para construção. 

Soleira - elemento horizontal inferior de uma porta, tipicamente em pedra, onde assentam asombreiras, sendo colocada no chão. 

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Vão - abertura numa estrutura que corresponde à distância entre dois apoios consecutivos dessaestrutura.

Verga - elemento horizontal superior de uma abertura, paralela à soleira, que se apoia na ombreiracom a função de controlo de deformação.