Directora: Raquel Louçã Silva | Especial Sudoeste ... · não falhei uma sessão não seria bem...

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Directora: Raquel Louçã Silva | Especial Sudoeste | Distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt

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rio.

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Vivendo perto e passando férias na

Zambujeira-do-Mar todo o santo Verão,

quando o Festival chegou foi uma tre-

menda alegria e maravilhosa revolução.

Se não estou em erro foram meia dúzia

de edições seguidas ali, assídua, ano

após ano. E nestas coisas sou como o

nosso amigo Hugo, festivaleiro de pro-

fissão [pp.4/5], que também perdeu a

‘virgindade’ a Sudoeste: a mim o que me

move para ir, ou não ir, é claramente

o cartaz. Pelas bandas que já conheço

e que não quero perder, por aquelas

que me ponho a ouvir à pressa dias an-

tes ou por as outras que só descubro

lá, no próprio recinto. Agora é cla-

ramente assim que as coisas funcionam

mas nesses primeiros seis anos em que

não falhei uma sessão não seria bem

assim. No acto de ir tinha claramente

muita influência o facto de me sentir

confortável e contente no meio daquela

gente desconhecida que ao primeiro re-

frão em uníssono já eram família. Tam-

bém ia sempre porque a sensação de me

sentar no pó do chão e sentir só mú-

sica à minha volta revelava-se incri-

velmente saborosa. É inequívoco que a

MÚSICA tem um sentido de COMUNHÃO com

uma força imensa que não dá para igua-

lar. Por isso também consigo perceber

as pessoas que vão porque o ambiente

do recinto as faz sentirem-se simples-

mente bem, apesar de em palco poderem

estar o John ou o Manel. Encontram a

sua tribo e sentem-se em família. E

isso é maior que tudo.

Realidades diferentes para além do

Sudoeste não serão tantas como as

do Hugo, não me assenta o título de

‘profissional dos festivais’ mas sou

verdadeira fã de concertos ao vivo.

O MU é aliás fã de concertos e não

perde os melhores. Por isso, à seme-

lhança do que aconteceu no ano passado

voltamos a fazer uma edição especial

aqui para o Sudoeste. Esta altura é

óptima! Se durante o ano passamos a

vida dentro dos muros das faculdades

de norte a sul do País, mal @s noss@s

leitor@s começam a aparecer só assim

de vez em quando para debitar a maté-

ria empurrada à força nos três dias

anteriores, nós fazemo-nos à estrada

com o pessoal. Passamos a ir ter às

praias onde escaldam as delidas peles,

encontramo-nos na noite onde envenenam

os preciosos fígados e não perdemos

um belo concerto ou festival onde @s

encontramos a cultivarem a alma. No

fundo, no fundo, o MU é um groupie da

malta universitária que quer à força

toda ser útil e satisfazê-la e ser-

lhe útil –objectivo claro desta EDIÇÂO

ESPECIAL SUDOESTE. De manhã, quando o

sol quente te obrigar a sair da tenda

apanhas o autocarro para a praia com

o MU debaixo do braço e lês a versão

‘by day’ , claramente leitura de praia

informativo-divertida. E depois, quan-

do só já conseguires pensar na banda

de logo à noite, mesmo que ainda seja

dia, atira-te de cabeça para o lado do

‘by night’, vais gostar de saber mais

sobre o que os palcos te reservam.

Bom Festival e boas férias!

O TEMPO...

Ficha Técnica: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão; Francisco Pinto Barbosa; Gon-çalo Sousa Uva | Directora: Raquel Louçã Silva | Redacção: Andreia Arenga; Pedro Quedas | Colaboradores: Geraldes Lino; Luis Magalhães | Cronistas: Marta Crawford | Estagiárias: Raquel Ramos; Maria Marujo|Revisão: Piedade Gois| Fotografia: Mónica Moitas | Projecto Gráfico: Joana Túlio | Paginação: Bernardo Simões Correia | Marketing: Rui Gonçalves; Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rego (Account Director); João Fernandes (Account Senior); Rui Tito Lopes | Distribuição: Henrique Sanchez | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Tiragem: 35 000 | Periodicidade: semanal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.

EFEMÉRIDES6 AGO. [nascimento] 1928 - Andy Warhol, pintor, publicitário e escultor da “pop-art” (a sociedade de con-

sumo) (m. 1987)

7 AGO. [nascimento] 1958 - Bruce Dickinson, vocalista dos Iron Maiden

8 AGO. 1969 - É tirada a foto da capa do disco dos Beatles Abbey Road

9 AGO. [Segunda Guerra Mundial] 1945 Os Estados Unidos da América lançam a bomba nuclear sobre

Nagasaki (Japão), apelidada de Fat Man (“Homem Gordo”). Na

explosão morreram cerca de 39.000 pessoas e outras 25.000

sofreram os efeitos secundários da bomba ao longo dos anos

10 AGO. [nascimento] 1966 - Hansi Kürsch, vocalista dos Blind Guardian

RAQUEL LOUÇÃ SILVA DIRECTORA [email protected]

LISBOA

PORTO

7 AGO

7 AGO

Máx

Min

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25o

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8 AGO

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10 AGO

10 AGO

Quando a Música

Importa

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[No recinto com...] 04[07 AGO 2008]mu [by day]

um festiv

aleir

o profiss

ional

PERCURSO ANO A ANO1997 Sudoeste1998 Sudoeste1999 Sudoeste

2001Super Bock Super RockSudoesteParedes de Coura

2002Super Bock Super RockParedes de CouraCarling Weekend (Reading\ Leeds)

2003Super Bock Super RockParedes de CouraSudoesteHype @ MecoRock in Lisbon

2004Paredes de CouraSuper Bock Super RockFestival Músicas do Mundo, SinesFestival Internacional Beni-cassim (Benicassim)

2005Super Bock Super RockParedes de CouraSudoesteLisboa Soundz

2006Super Bock Super RockParedes de couraSudoesteHype @ MecoLisboa Soundz

2007Dance Station Creamfields Primavera Sounds (Barce-lona)Super Bock Super Rock Paredes de CouraSudoeste

ANDREIA [email protected]

FESTIVAL SUDOESTE ZAMBUJEIRA DO MAR, 1997: O PRIMEIROFoi há 11 anos que o Hugo Gomes, na altura com 17 anos, viveu pela pri-

meira vez as emoções do pri-meiro Festival de Música. Corria o ano de 1997 e foi na com-panhia de alguns amigos que o jovem partiu à descoberta. Meteram-se todos

no comboio rumo à pequena vila da Zambujeira do Mar, onde a nossa história começa. «Pen-so que o meu primeiro grande festival foi o Su-doeste, em 97’. A primeira vez que fui a um festival. Fui de comboio,

com uns amigos. Era a loucura para ver Blur, Suede, dEUS…», relembra Hugo, sorridente. A partir desse momento, o finalista de Gestão de Sistemas de Informação na Escola Superior de Ciências Empresariais, em Setúbal, deu início a um percurso vasto pelos Festivais. Nos três anos que se seguiram ficou-se pelo ‘Festival da Elsa’. Depois, a curiosidade levou-o a conhecer os restantes em território nacional. Hoje conta com um

historial de festivais de perder de vista, alguns

deles visitados por diversas vezes em vários anos. Super Bock Super Rock, Paredes de Coura, Rock in Lisbon, Hype@

Meco, Festival de Músicas do Mundo de Sines, Lisboa Soundz,

Dance Station, Creamfields, só para mencionar alguns de entre os nacionais.

CARLING WEEKEND –READING E LE-EDS, 2002: A CONQUISTAR OUTROS TERRITÓRIOSMas depressa o Hugo procurou outras paragens. Seis anos depois de já ter per-corrido alguns dos mais importantes fes-tivais em Portugal, lançou-se à aventura e foi até Leeds, em Inglaterra, ao Carling Weekend – Festival de Reading. «Em Reading o Festival já estava esgotado,

ELE PERDEU A ‘VIRGINDADE’ NO SUDOESTE

DIÁRIO DE UM FESTIVALEIRO

MOÇOS E MOÇAS DE TODO O LADO RUMAM EM BUSCA DE MÚSICA, EX-PERIÊNCIAS NOVAS E DIVERSÃO. É SÓ CHEGAR O TEMPO QUENTE. FREAKS, ALTERNATIVOS, METALEIROS, PUNKS. UNS VÃO DE CARRO, OUTROS DE COMBOIO, OUTROS AINDA DE AVIÃO. UNS CÁ DENTRO, OUTROS PARA FORA, EM DIRECÇÃO AO PRÓXIMO FESTIVAL. FOMOS À PROCURA E ENCONTRÁMOS UM DESSES RAPAZES QUE NOS CONTOU ALGUMAS HISTÓRIAS.

05 [07 AGO 2008]mu [by day] [No recinto com...]

mas Leeds tinha um cabeça de cartaz extra, os Guns ’n’ Roses, que actuavam passados uns 10 ou 15 anos depois do último concerto no Reino Unido», ex-plica o Hugo. Dessa vez para chegar lá apanhou dois aviões. De Portugal para Londres e depois de Londres para Lee-ds e, de seguida, dois autocarros. «Fui com dois amigos, o Gonçalo e o Jorge. Depois do festival eu e o Jorge regres-sámos a Londres para viver lá durante um ano. O Gonçalo terminou o curso no Instituto Superior Técnico e actualmen-

te vive lá», conta o Hugo.Esteve em Londres durante uma semana e em Leeds quatro dias, acampado. Durante o festival, o Hugo conseguiu acompanhar algumas bandas de perto, entre elas os suecos The International Noise Conspiracy e os portugueses The Parkinsons. «Consegui ir como convidado de uma banda sueca, os International Noise Conspiracy e depois lá estive com os Parkinsons. Ao segundo dia tinha estatuto de artista, deram-me as ‘tags’ deles para curtir», relembra,

entre risos.Entretanto, regressou a Londres para mais uma semana de música onde acabou por acompanhar outras bandas que tocavam por perto. «Aproveitámos o festival e nas semanas seguintes apanhámos bandas indie-rock em concertos. Vimos Ir Ewing, Pretty Girls Make Graves, The Donnas, Get Up Kids, Hot Rod Circuit…», só para citar algumas, porque das restantes não se recorda.

PRIMAVERA SOUNDS, 2007DE LONDRES PARA BARCELONANo ano passado, o Hugo foi a quase todos os festivais nacionais, excepto ao Rock in Rio. Em conversa, não conseguiu conter o desagrado peran-te aquele evento. «Penso que aquilo é mais uma feira do que realmente

um festival.» Também esteve no Crea-mfields e no Dance Station, mas o me-lhor para o Hugo foi mesmo ter ido ao Primavera Sounds, em Barcelona, «que é sem dúvida o melhor festival europeu quando se trata de novas tendências», considera.Mais uma vez foi de avião, através de companhias de low cost, e acabou por ficar em casa de um amigo do namorado de uma amiga. «Fiquei na casa de um rapaz de Barcelona que era guitarrista da banda que abriu o

festival. Chamavam-se Anticonceptivas. Foi muito porreiro, o rapaz morava no centro de Barcelona e partilhava a casa com duas suecas. Ele tocava bem, era fanático por sintetizadores e a banda tocou em peúgas e boxers», conta Hugo, rindo, entusiasmado.

MÚSICA E COMIDA VEGETARIANAO que o move: a música, sem qualquer sombra de dúvida. Aliás, custa-lhe mes-mo compreender quem o faz por outras razões. «Vou mesmo pela música. Gosto de ver os concertos do princípio ao fim, sobretudo quando são bandas difíceis de apanhar em Portugal. Gosto de sentir aquele arrepio no fundo da espinha so-

bretudo quando as bandas são mesmo boas e confirmam o que mostram no disco. Esse é o sentimento que me faz viajar para ir a festivais. Ah, e procurar boa comida vegetariana, que é sempre difícil de encontrar», confessa o Hugo. Dos melhores concertos que se recorda de ter visto, consegue enumerar bastantes e os preferidos são notoriamente mais ligados ao movimento indie, indie--rock e electro, como se faz julgar pelos nomes. «The Strokes em 2002, quando eles surgiram no Carling; a primeira vez que vi Biffy Clyro também em 2002 no Carling; Trail of Dead; Rival Schools; Get Up Kids; Dashboard Confessional no Carling (estes ninguém conhece);

Daft Punk no Sudoeste; o primeiro concerto de Yeah Yeah Yeahs no Paredes; o primeiro concerto de Arcade Fire também no Paredes; Morrissey, no mesmo festival, por ser o meu “ídolo”; e o primeiro concerto de Interpol no SBSR».Este ano, para já, não vai a nenhum. Esteve no Optimus Alive, mais uma vez pelo cartaz. Quanto a Paredes de Coura, já assistiu a grande parte das ban-

das que foram lá tocar este ano, por isso, também optou por não ir. O Fes-tival Sudoeste também não lhe agrada particularmente. «Nos últimos anos, só ia à tenda pequena, só via um ou dois concertos no palco principal. Mas, mes-mo assim, acho que optar entre duas bandas boas não é mau. Pior é quando só está uma banda a tocar e o pessoal vai para a zona da comida beber impe-riais.» Mas, sobretudo, fica a saudade do Primavera Sounds. «Gostava de ter ido de novo ao Primavera Sounds, mas estava em frequências e não foi possí-vel», lamenta o Hugo, triste. Fica para o ano.

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[Leituras na Areia] 06[07 AGO 2008]mu [by day]

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA PARA RAPAZES

De: Guy CampbellEditora: Texto Editores Preço: 15 euros

Não é fácil ser rapaz. Como se já não bastassem as hormonas numa espiral de descontrolo, os obstáculos do dia-a-dia acumulam-se. Este livro ajuda a encontrar a solução para problemas mundanos como sobreviver a um rufia, sobreviver a uma ida às compras, sobreviver a uma borbulha gigante, sobreviver ao encontro com o abominável homem das neves ou sobreviver à peste negra.

JEZABEL

De: Lesley HazletonEditora: Bertrand Editora Preço: 15,95 euros

Poucas mulheres na história têm uma reputação pior que Jezebel, a rainha da Antiguidade que corrompeu uma nação e teve um dos destinos mais cruéis da Bíblia, uma mulher cujo próprio nome é sinónimo de decadência sexual e promiscuidade. A autora procura, no entanto, mostrar uma versão diferente dos factos, mostrar como a rainha foi diabolizada pelos seus oponentes políticos e religiosos, num confronto entre conservadorismo e liberalismo, entre tolerância e fundamentalismo.

1808

De: Laurentino GomesEditora: Livros D’Hoje Preço: 18,85 euros

Depois do sucesso da sua obra original, o autor brasileiro auxiliou-se das ilustrações de Rita Bromberg Brugger para lançar uma versão juvenil ilustrada desta história curiosa que teve um impacto tremendo na história conjunta de Portugal e do Brasil. A história de como a sombra de Napoleão assustou uma corte corrupta a fugir para o Brasil, um acontecimento que, em última instância, contribuiu para que o Brasil não se tornasse um país fragmentado, como aconteceu nos vizinhos da América espanhola.

«AGORA EM LOS ANGELES TINHAM INVENTADO

UMA COISA NOVA: O ‘MOVIE’. E EM TORNO DO ‘MO-

VIE’ GIRAVA MUITO DINHEIRO. O AVÔ PENSOU QUE

PODIA SER UMA MANEIRA AIROSA DE FAZER MAIS

UM BOM BRANQUEAMENTO»

livro d

a seman

a ERA UMA VEZ NA SICÍLIA…QUEM É LOU SCIORTINO? A PRIMEIRA OBRA DE OTTAVIO CAPPELLANI ATACA OS CLICHÉS DA MÁFIA

PEDRO [email protected]

«Sentou-se: Quando a inventaram, pensaram que, graças a ela, as pessoas iam

poder chegar a acordo. Agora o mundo está dividido entre os que conseguem chegar a acordo e os que não conseguem. Este mundo aqui é o mundo em que não se consegue. Aquele filho da puta não veio propor-te um acordo, chegou e partiu-te a cara, e gente daquela, tu só podes matá-la. Claro que não é uma coisa agradável, gajos daqueles, tens de os matar com o olhar triste, num local público, fazendo com que todos vejam o teu olhar triste. Percebeste?»Ao ler Quem é Lou Sciortino?, é inevitável sermos absorvidos por um tipo de discurso altamente ficcionado, mas estranhamente familiar: a linguagem do cinema. Quando vemos as personagens do livro a berrar ordens e ameaças com inglesismos à mistura, bombas a explodir e crimes por resolver, não temos como não nos sentirmos envolvidos no enredo de um filme que bebe das influências de todos os mitos e clichés de gangsters

alguma fez contados. No seu livro de estreia, Ottavio Cappellani parte dessas ideias predefinidas e depois vira-as totalmente do avesso, não perdendo tempo a ridicularizar o caos egocêntrico do irremediavelmente artificial mundo do cinema... e da máfia.

UMA VIDA NORMALA história, como quase todas as que envolvem códigos de honra, traições e balas a voar, é tudo menos simples. Lou Sciortino é o neto do mais poderoso chefe da máfia américo-siciliana de Los Angeles, um homem que quer ver o seu neto fora deste mundo de crime e traição. Como tal, coloca-o a trabalhar na Starship Movies, onde leva uma vida ‘honesta’ a supervisionar a lavagem do dinheiro da família produzindo os filmes de Leonard Trent, um homem que divide o seu tempo entre ser director, escritor, actor e completamente louco. Mas quando uma bomba explode nos estúdios da produtora, Lou é enviado para Catânia, para fugir à violência do mundo da máfia. Quando chega à Sicília, no entanto, é-lhe pedido que investigue um assassínio numa pequena loja, alegadamente cometido por Nick, um músico amante de jazz... completamente

louco.Apesar das suas ‘coloridas’ p e r s o n a g e n s , o verdadeiro protagonista nesta história são os diálogos que, com o seu alucinante ritmo e um humor tão cómico quanto implacável, carregam a narrativa de um momento de absurda violência para outro. Acontecimentos encenados com o misto de improviso e inevitabilidade sempre presente quando o assunto é o crime. E se os termos utilizados para o descrever parecem mais cinematográficos que lite-rários, isso também não é de estranhar. A escolha do mundo do cinema como um dos panos de fundo não é inocente, num

livro claramente pensado mais como um guião que um livro, um esboço para um futuro filme que mostre esta visão de Catânia com a mesma fusão de gozo e violência extrema de um bom filme de Quentin Tarantino.

LOU SCIORTINO SÓ QUER VIVER UMA VIDA NORMAL, A UTILIZAR OS FILMES QUE PRODUZ PARA BRANQUEAR O DINHEIRO ADQUIRIDO PELA FAMÍLIA MAFIOSA CONTROLADA PELO SEU AVÔ. MAS QUANDO UMA BOMBA EXPLODE NA STARSHIP MOVIES, TODA A SUA VIDA SOFRE UMA MUDANÇA (TALVEZ NÃO TANTO) RADICAL.

TÍTULO: QUEM É LOU SCIORTINO? | AUTOR: OTTAVIO CAPPELLANI EDITORA: DOM QUIXOTE | PREÇO: 15 EUROS

...o autorOttavio Cappellani nasceu em 1969 na Catânia, província siciliana onde vive actualmente. Estudou Filosofia e realizou uma tese sobre Jürgen Habermas. Hoje trabalha como jornalista para o Sicília, onde mantém uma coluna diária, e escreve para vários outros jornais italianos. É músico, compõe letras e lidera a banda de rock que fundou. Publicou La morale del cavallo, um diálogo filosófico com posfácio de Manlio Sgalambro. O seu primeiro romance, Quem é Lou Sciortino?, já foi publicado em diversos países, tendo alcançado um sucesso considerável nos EUA, Reino Unido, França, Alemanha e Holanda, entre outros.

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[Jukebox] 08[07 AGO 2008]mu [by day]

CATÁLOGO DO SUDOESTEPara que possas ir logo comprar os álbuns com as tuas músicas favoritas do Sudoeste, salientamos aqui os mais recentes lançamentos dos cabeças de cartaz do festival.

Aman Iman: Water is Life (2008) Tinariwen

Volta (2007) Björk

Cintura (2007)Clã

We Are The Night (2007) The Chemical Brothers

Seventh Tree (2008)Goldfrapp

The Hungry Saw (2008) Tindersticks

Yael Naim (2007)Yael Naim

Sim (2007)Vanessa da Mata

The Story (2007) Brandi Carlile

Dreams in Colour (2007)David Fonseca

You Could Have It So Much Better (2005) Franz Ferdinand

Our Ill Wills (2007) Shout Out Louds

Nada a Esconder (2008)Tara Perdida

Lanç

amen

tos

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Onegro do rádio de pilhas viajou da Baía de Cascais para Lisboa e subiu pelo Elevador da Glória. Gosta, efectivamente, de aparências e vai pensando na canção de engate para entoar à sua amada Paulinha. «Só gosto de

ti», pensa. Por quê? Não sabe. Apenas sabe que não é o único a olhar o céu, enquanto espera à noite por quem não esqueceu.Embora partilhem um entusiasmo comum por uma renovação constante no panorama musical, talvez seja errado tentar emprestar um fio condutor a esta década musical tão diversa. Irremediavelmente dividida entre o comercial e o alternativo, entre a tradição do cançonetismo revolucionário e as novas tendências que chegavam cada vez mais rápido dos mercados internacionais. Punk, pop,

ska, rock – nenhum estilo esteve a salvo da experimentação excitada que se viveu nos primeiros anos do ‘pós-pós-25 de Abril’.Dos mais populares êxitos da década, como Por Quem Não Esqueci, dos Sétima Legião, Só Gosto De Ti, dos Heróis Do Mar, ou Não Sou O Único, dos Xutos & Pontapés, a hinos como O Elevador Da Glória dos Rádio Macau, ou Efectivamente dos GNR. Da euforia tropical de O Negro Do Rádio De Pilhas, de Rui Veloso, a bizarrias mais datadas como O Júlio É Um Duro, dos Albatroz. A compilação O Melhor do Pop Rock Português – 1980/1989 fornece uma viagem sem roteiro a uma década sem rumo. Um mosaico da euforia inocente de um país que se começava finalmente a abrir ao mundo.

PASSADO NÃO ESQUECIDOUMA COLECTÂNEA SOBRE OS ANOS 80 POR-TUGUESES QUE MAIS DO QUE PROCURAR DAR UM FIO CONDUTOR À DÉCADA MOSTRA A DIVERSIDADE DO MOMENTO MUSICAL. A LIBERDADE AINDA FRESCA NAS MEMÓRIAS REFLECTE-SE NESTE PERÍODO EM QUE SE

PROCUROU FAZER DE TUDO UM POUCO.

[VÁRIOS]Fado PresenteDe Coimbra ou de Lisboa. Profissional ou vadio. Poético ou desgarrado. Moderno ou castiço. Des-de as suas origens, em tempos tão distantes que a memória se torna algo dúbia, que o fado tem constituído uma parte

fundamental do legado musical português, um estilo que vive na corda bamba entre a tradição e as suas próprias origens multicultu-rais. Terminada a era de Amália Rodrigues, vários novos fadistas as-sumiram as rédeas deste universo musical. Esta compilação destaca nomes como Kátia Guerreiro, Joana Amendoeira, Pedro Moutinho, Aldina Duarte ou Maria Ana Bobone, a nova geração do fado.

[SCOUTING FOR GIRLS]Scouting For GirlsHistórias de amores não correspondidos. Indícios de alguma anarquia post-punk a espreitarem por de trás de melodias inteiramen-te carregadas ao piano. Vozes melodiosas e coros antémicos. Homenagens a

James Bond e êxitos instantâneos como She’s So Lovely. O álbum de estreia dos Scouting For Girls procura – e consegue – ter um pouco de tudo, e é essa ausência de fio condutor que torna o álbum tão mais interessante. O que separa um disco de pop fascinante de um disco de pop banal passa muitas vezes por mera atitude, a capacida-de de contagiar. Sem regras e com uma boa-disposição infecciosa, Roy Stride canta sobre as raparigas que escaparam e nós não temos como não querer ouvir.

[PONTO DE EQUILÍBRIO]Abre a JanelaApós um mês de ensaios numa banda que ainda nem nome tinha, e na véspera de uma viagem para Sana, uma região montanhosa na zona do Rio de Janeiro que funcio-

na como ponto de encontro para seguidores do reggae, o baterista Lucas Krastrup teve um sonho. Nele viu os oito elementos da banda reunidos sob um nome – Ponto de Equilíbrio. A própria origem desta banda brasileira revela as fortes raízes espirituais do projecto, uma intenção de fazer um género de reggae consciente tanto das suas bases melódicas como da sua intervenção social. Que o consigam fazer ao mesmo tempo que apresentam canções nascidas para pu-ros ambientes de festa, só revela a qualidade do grupo, a entrar no seu nono ano de carreira.

Criticas CD/DVD

PEDRO QUEDAS

[email protected]

A DÉCADA DE 80 EM REVISTA

OS SONS DA NOSTALGIA

1. GNR – Efectivamente

2. Sétima Legião – Por Quem Não Esqueci

3. Ban – Dias Atlânticos

4. Heróis Do Mar – Só Gosto De Ti

5. António Variações – Canção De Engate

6. Lena D’Água – Dou-te Um Doce

7. Mier If Dada – L’Amour Va Bien Merci

8. Rádio Macau – O Elevador da Glória

9. Xutos & Pontapés – Não Sou O Único

10. Peste & Sida – Paulinha

11. Albatroz – O Júlio É Um Duro

12. Rui Veloso – O Negro Do Rádio De Pilhas

13. Trabalhadores do Comércio – Tigres De Bengala

14. Delfi ns – Baía de Cascais

15. Radar Kadafi – Eu Sei Que Não Sou Sincero

16. Anamar – Feia Bonita

17. Golpe De Estado – Rev 25

09 [07 AGO 2008]mu [by day] [LOL]

O MELHOR DA SEMANAhttp://www.youtube.com/watch?v=oDigaWrvCq4 Mensagem pela paz: as miúdas são como M&M’s. Confuso? Passamos a explicar. Ke-vin Jumba é um youtuber bastante popular, parte de uma família chinesa a viver no Te-xas. Com 18 anos, acabou de entrar numa faculdade, mas já está a ser pressionado pelo pai sobre o quão importante é que en-contre, no futuro, uma rapariga asiática para casar. Ora, isto não agrada nada a Jumba por dois motivos. Primeiro, esse critério obriga-o a estreitar as suas opções. Diz ele que «as raparigas são como M&M’s: todos de cores diferentes por fora, mas por dentro são todos iguais e todos sabem bem» e que «ninguém abre um pacote de M&M’s e diz ‘vou comer só os amarelos’». A analogia tem as suas fragilidades e presta-se a piadas de que nem todas as meninas se vão rir... mas percebemos o teu drama, Kevin! Por outro lado, e em segundo lugar, o rapaz está con-vencido de que o mundo precisa de bebés inter-raciais para acabar com o racismo, já que é muito difícil implicar, em termos de origem racial, com alguém em quem não se consegue distinguir uma única proveniência. Apesar de não ser dos mais comentados, este vídeo atingiu, na semana passada, o primeiro lugar nos mais bem classificados e mais marcados como favorito.

ONDA ESTÁTICAUm projecto de raiz de uma Onda Estática está a ser desenvol-vido na unidade de investigação TEMA – Centro de Tecnologia Mecânica e Automação da Universidade de Aveiro.Já pensou como seria treinar as melhores manobras em condições perfeitas? Deixar de depender do beachcam, das marés ou mesmo da praia! O desafio em criar uma onda ar-tificial com patente 100% nacional foi lançado pela equipa que também será responsável pelo CLASH-Lisbon Extreme Show, evento a ter lugar no mês de Outubro, altura em que

será apresentada a estrutura pela primeira vez ao público.O projecto envolve um processo de desenvolvimento e optimi-zação por simulação numérica de fluidos, bem como cálculo estrutural, de forma a criar um produto funcional de fácil trans-porte e montagem. Apesar da complexidade do projecto, «o grupo de trabalho conseguiu gerar um conjunto de ideias no-vas, o que levará a um produto completamente inovador, com novas funcionalidades que até agora não existiam no resto do mundo», como explicou o Professor José Grácio, coordenador do TEMA. José Grácio adiantou também que «o projecto irá contribuir para o reforço da cooperação entre a Universidade e a sociedade, e demonstrar de forma inequívoca, que Portugal está realmente preparado para a inovação e desenvolvimento de novos produtos e sistemas».

youtube

ped

rologias

ENSAIO SOBRE O DESPORTOE eis que nos regressam os Jogos Olímpicos, aquele curioso fenómeno que, na verdade, não entusiasma realmente ninguém até ao preciso minu-to em que começam, nem deixam grande memória a partir do segundo em que terminam. E é durante esse mês que acompanhamos fervorosa-mente desportos que, em qualquer altura dos outros 3 anos e 11 meses, não veríamos nem com uma arma apontada à cabeça (até porque, muitas vezes, nem os compreendemos).A vantagem de ver os jogos na televisão, em relação ao futebol semanal, é que não tenho que lidar com os comentadores televisivos que são, toda e cada vez, adeptos da equipa adversária. Não sei onde encontram comentadores do Salgueiros, mas encontram-nos. É por isso que só os ouvimos e não os vemos – eles provavelmente estão com o cachecol durante a transmissão.Mas durante aquele mês, estamos todos a torcer pelos atletas portugueses que nem sabíamos existir, enquanto contamos medalhas nos gráficos do telejornal e analisamos os países com números semelhantes.Pessoalmente, a minha parte preferida nisto tudo é a cerimónia de abertura. Acontece que em qualquer competição desportiva e, sobretudo, nos Jogos Olímpicos, Campeonato do Mundo e da Europa de Futebol, há uma cerimónia de abertura e a minha intensa pesquisa e observação levou-me a concluir que... são sempre rigorosamente iguais. Haverá algum espaço para criatividade, é certo, mas em todas elas há sempre “Pessoas, vestidas de amarelo, a correr em círculos, abanando pedaços de tecido de diversas cores”. Parece ser esse o denominador comum em todas elas. Estou, portanto, certo que também os nossos amigos chineses cumprirão o Artigo 1.º do Código Mundial de Cerimónias de Abertura – cá estaremos para verificar.

insolitos

AUDIÊNCIA PROTESTACONTRA BIGODEQuando Rikard Palm regressou de férias com um bigode, achou que estava apenas a agradar à mulher,que lhe disse que assim ficava «mais bonito». O apresentador do programa de notícias Rapport, nocanal sueco SVT, porém, não contava com a sensibilidade estética dos telespectadores, que inundarama estação televisiva com telefonemas, exigindo o retorno ao visual antigo. Palm teve talvez a maisestranha actividade para ocupar um intervalo de telejornal: tirar o bigode.

BARATAS EXPLOSIVASFoi pior a emenda do que o soneto: perante a visitaindesejada das baratas no seu apartamento emNew Jersey (EUA), Isias Maceda acabou com a casadestruída. O spray de veneno contra os insectosprovocou uma faísca e depois uma explosão, deacordo com o jornal New York Daily News. O moradorsnão ficou ferido, mas o fogo consumiu grande parteda casa.

PELO SONHO DE SER MOTORISTAUns sonhavam em ser astronautas, outros bombeiros ou bailarinas. E, depois, há os originais. James Harris deveter crescido na expectativa de vir um dia a conduzir um autocarro, e a ideia permaneceu até hoje. O norte-ameri-cano de 18 anos foi apanhado a fazer o papel de motorista depois de, devidamente fardado, ter transportado ospassageiros de três veículos da empresa sem levantar suspeitas. Ao fim do dia, Harris devolvia o autocarro e todasas receitas feitas no dia. Só lhe faltava mesmo o contrato.

«TALULA FAZ O HULA DO HAVAI»?Já todos tivemos acesso a listas com os nomes mais estranhos que saíram das imaginações dos recém-papás, mas ainda há casos surpreendentes. Na Nova Zelândia, o juiz Rob Murfitt decidiu retirar a custódia de uma menina aos pais por causa do nome que estes escolheram: Talula Does the Hula from Hawaii («Talula faz o hula do Havai»). Foi a própria criança, de nove anos, que pediu ao juiz um novo nome. Na sentença, Murfitt lamentou que, apesar de o registo civil ter bloqueado alguns nomes, como Fish and Chips («Peixe com batatas fritas»), outros continuem a ser permitidos, como é o caso de Number 16 Bus Shelter («Paragem de autocarro do número 16») ou Violence («Violência»).

FINALMENTE CAMELOO dono do conceituado restaurante Camelo, localizado em Santa Marta de Portuzelo (Viana do Castelo), está prestes a acrescentar o nome do animal ao seu bilhete de identidade. Na verdade, Camelo era o sobrenome da mãe de António Martins da Rocha, que, à data do seu baptismo, viu suprimido o apelido por exigência do padre. Agora, 65 anos depois, todos o conhecem por Camelo e «só falta a assinatura do ministro da Justiça para ser um Camelo a sério, de pleno direito».

* Depois de ganhar o concurso de stand-up comedy Morrer a Rir e terminar o curso de Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa, Pedro Silva parasita agora as páginas do MU em busca da fama que um dia vislumbrou e do talento que nunca teve.

PEDRO SILVA* [email protected]

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[AGORA FORA DE LOL]CLASH-LISBON EXTREME SHOW

[Quebra-Cabeças] 10[07 JUL 2008]mu [by day]

passatem

pos

SOLUÇÕESPALAVRAS CRUZADAS

HORIZONTAIS: 1 - Tríparo. Chá. 2 - Eu. Ares. Rer. 3 - Ai. Aire. 4 - Avir. Arada. 5 - Agir. Anotar. 6 - Mal. Una. Ira. 7 - Artigo. Ovas. 8 - Irada. Ocos. 9 - Nada. Av. 10 - Avo. Atol. Vi. 11- Rás. Casavas.

VERTICAIS: 1 - Fá. Agitaram. 2 - Iva. Eti-leno. 3 - Nivela. Amor. 4 - Aselo. Brasa. 5 - Dano. Fia. 6 - Ora. Mês. Com. 7 - Cal. Sari. 8 - Lados. Citar. 9 - Anil. Pomada. 10 - Matapas. Mar. 11 - Alastrar. SA.

SOPA DE LETRAS

HORIZONTAIS: 2 – MIADELA; 4 – BRA-CEJAR; 6 – OMBREAR; 9 – TRIATLO; 11 – PACATEZ; 14 – ENAMORAR; 15 – RIBALTA; 18 – GRACETA; 19 – LOBINHO; 20 – VACILAR.

VERTICAIS: 1 – QUADRA; 3 – COMADRE; 4 – FRACTURAR; 6 – JUBILAR; 10 – AMACIAR; 11 – HABITANTE; 12 – NICHO; 13 – SEBASTO; 14 – IRASCÍVEL; 15 – DESABAR.

DIFERENÇAS

1 - rodas do armário; 2 - pés da senhora; 3 - o chapéu é mais pequeno; 4 - bloco de notas; 5 - o espelho do carro; 6 - a cerca é mais pequena

SUDOKU

Preencha a grelha de modo a que cada linha, cada coluna e cada quadrado de 3x3 contenha todos os números de 1 a 9.

bd

cruzadas

sudoku sopa de letrasProcure encontrar no emaranhado de letras as 20 palavras referidas na lista abaixo, não havendo palavras na diagonal:

AMACIARBRACEJARCOMADREDESABAR

ENAMORARFRACTURARGRACETAHABITANTE

IRASCÍVELJUBILARLOBINHOMIADELA

NICHOOMBREARPACATEZQUADRA

RIBALTASEBASTOTRIATLOVACILAR

Descobre as 6 diferençasdiferencas

HORIZONTAIS: 1 - Que se reproduz em grupos de três. Planta da família das teáceas. 2 - A minha pessoa. Clima. Rapar (o sal) na peça da salina e juntá-lo com o rodo. 3 - Grito aflitivo. Deteste. 4 - Combinar. Terra lavrada. 5 - Actuar. Tomar notas. 6 - Doença. Forme um só. Cólera. 7 - Escrito de jornal mais extenso que uma simples notícia. Ovário dos peixes (pl.). 8 - Irritada. Vazios. 9 - Ausência de quantidade. Avenida (abrev.). 10 - Insignificância. Ilha com forma anelar originada pela acumulação e consolidação de recifes de coral, encerrando uma lagoa que comunica com o mar, típica dos mares quentes. Contemplei. 11 - Chefe político no Oriente. Unias por casamento.

VERTICAIS: 1 - Epiderme, especialmente a do rosto. Abrandar. 2 - Ruténio (s. q.). Apanhava. 3 - Humilhados. 4 - A parte mais larga da enxada. Dirigir-se. Partida. 5 - Lavrar a terra com arado. Grita (gír.). Antes de Cristo (abrev.). 6 - Monarca. Espaço de 12 meses. Género de formigas a que pertence a saúva. 7 - Ósmio (s. q.). Em partes iguais. Germes (fig.). 8 - Argola. Partícula afirmativa do dialecto provençal. Naquele lugar. 9 - Que têm originalidade inventiva. 10 - Receberas bens por herança. Caminhe. 11 - Esfregaras com areia ou outro pó. Pref. de origem latina, que exprime a ideia de aquém de, do lado de cá de, deste lado de.

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Björk é impossível não gostar dela

[Cabeças de Cartaz] 02[07 AGO 2008]mu [by night]

ENTRAR A DANÇARDEPOIS DE BOB SINCLAR TER AQUECIDO A NOITE DOS CAMPISTAS MAIS ANSIOSOS, O SUDOESTE ARRANCA PARA UM FIM-DE-SEMANA

DE FESTA. OS PRIMEIROS DIAS SÃO MARCADOS POR SONORIDADES QUE APELAM À DANÇA, DESDE A ESQUIZOFRENIA DE BJÖRK À ENERGIA DOS THE CHEMICAL BROTHERS.

PEDRO QUEDAS

[email protected]

PALCO TMN. NA 11.ª EDIÇÃO O SUDOESTE É PASSAGEM OBRIGATÓRIA

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8 DE AGOSTO

O ESTRANHO MUNDO DE BJÖRK Poucas coisas há mais complicadas que tentar fazer uma previsão de um concerto da islandesa Björk. A sua apresentação em palco tanto pode ser minimalista, num registo mais íntimo e próximo, como pode desvairar numa folclórica explosão de cores. A sua voz oscila entre o sussurro tímido e o grito revoltado. O primeiro dia do Sudoeste aspira a voos altos, esperando-se com ansiedade interpretações inesquecíveis de êxitos como Army Of Me, All Is Full Of Love, Hyperballad ou ‘It’s Oh So Quiet, uma música que tem o condão

especial de concentrar em si toda a fabulosa esquizofrenia que define a obra de Björk.Também com uma carreira marcada por um equilíbrio entre a experimentação sonora arrojada e o apelo de massas, os portugueses Clã entram em palco a 7 de Agosto para percorrer um catálogo que já faz parte integrante da história do melhor da música portuguesa. Desde baladas como Problema de Expressão ou Sopro do Coração a momentos de energia pura como Dançar na Corda Bamba ou o recente Tira a Teima, o conjunto liderado pela poderosa voz de Manuela Machado chega ao Sudoeste para mostrar por que são considerados uma das mais fascinantes bandas ao vivo a tocar em Portugal.

JANELAS PARA O MUNDO A edição de 2008 do Sudoeste arranca com um olho virado para o mundo. A ‘world music’ dá o mote a um dia que conta com a presença dos Tinariwen, um colectivo que nasce das questões sociais que afligem os Tuaregs do Norte de África e as consolida num som que combina batidas africanos e melodias arábicas com as fórmulas musicais de protesto celebrizadas por Bob Marley e Bob Dylan.Também inspirados pelo reggae, um grupo de estudantes universitários de Brasília decidiu, em 1995, tornar o seu gosto comum pelas melodias jamaica-nas num projecto que nasceu com o nome Nativus. Hoje chamam-se Nati-

ruts, e notabilizam-se pelo modo como conseguem fundir estas bases com a música do seu próprio país. Um reggae político, psicadélico e, acima de tudo, brasileiro.De África para o Brasil – com a Jamai-ca no coração – a próxima paragem musical é apontada por Ori Kaplan e Tamir Muskat, dois nova-iorquinos nas-cidos em Israel que lideram o colectivo Balkan Beat Box, um melting pot que junta cultura, política e sons de influên-cia mediterrânea com toques da Europa de Leste, do Médio Oriente e a electró-nica sediada em Nova Iorque.

SUPERSTAR DJS Durante muito tempo, a electrónica era uma cultura de nicho, um mundo musical fechado e limitado a ‘club cultures’ locais. Depois surgiu o big beat, mais imponente e musculado, um estilo do qual bandas como The Prodigy, Fatboy Slim e The Chemical Brothers foram pioneiros. A dupla constituída por Tom Rowlands e Ed Simons mostra como é possível fazer electrónica de qualidade com um forte apelo de massas, construindo sets ao vivo com uma força semelhante (ou mesmo maior) que a

de muitos concertos de rock. Não se espera menos que a mais completa loucura quando se começarem a ouvir os primeiros acordes de clássicos Out Of Control, Hey Boy, Hey Girl ou o mais recente Galvanize.Os Goldfrapp lançaram recentemente Seventh Tree, um novo trabalho que vê o duo dinâmico de Will Gregory e Alyson Goldfrapp a regressar a sonoridades mais subtis e hipnóticas, reminiscentes do álbum de estreia, Felt Mountain. As novas músicas serão apresentadas aos fãs portugueses num concerto ao qual não deverão faltar frequentes incursões pela pop glamorosa e decadente de Black Cherry e Supernature. «Can’t

stop, oh off the train...»

NOVA ALMA Se no primeiro dia se podia encontrar um tema de ‘world music’ pincelado com cores de reggae, o jogo de influências presente a 8 de Agosto volta-se mais para o soul e o jazz. É neste meio que se movimentam os Tindersticks [banda de rock com a qual falámos, numa entrevista que se encontra nas páginas 4 e 5].Já Yael Naim balança entre o folk e o jazz, com melodias que reflectem as várias heranças (musicais e culturais) na sua vida, apresentando canções em inglês, francês e hebraico. A israelita de

30 anos, que nasceu em Paris numa família de judeus e tunisinos, começou a entrar no mundo da música enquanto cumpria o serviço militar obrigatório no exército de Israel. Depois do parco sucesso de Man’s Womb, Naim acabou por alcançar reconhecimento mundial com o segundo álbum homónimo, ancorado no êxito do single New Soul.A completar o dia temos a Golden Era de Rita Redshoes, que tem encantado os palcos portugueses com a sedução intimista presente nas suas interpretações, onde não falta uma das mais faladas músicas do ano, Dream On Girl.

DE FESTA. OS PRIMEIROS DIAS SÃO MARCADOS PO

THE

CHEMICAL

BROTHERS

BJÖRK

7 DE AGOSTO

03 [07 AGO 2008]mu [by night] [Cabeças de Cartaz]

DE NORTE A SULCOM UM CARTAZ QUE VAI DESDE O BRASIL DE VANESSA DA MATA À ESCÓCIA DOS FRANZ FERDINAND, PASSANDO PELA SUÉCIA DOS SHOUT OUT LOUDS OU AS HERANÇAS INDIANAS DE NITIN SAWHNEY, OS DOIS ÚLTIMOS DIAS REPRESENTAM UMA VIAGEM MUSICAL ONDE TODOS OS CAMINHOS VÃO DAR A PORTUGAL.PEDRO QUEDAS

[email protected]

PALCO TMN. OS NOMES MAIS SONANTES VÊM DE TODOS OS CANTOS DO MUNDO

Festiva

l Sud

oeste

9 DE AGOSTO

10 DE AGOSTO

DE ALTO GARÇAS À ZAMBUJEIRA DO MAR Nasceu a 10 de Fevereiro de 1976, em Alto Garças, no Mato Grosso, no Brasil. Aos três já sabia que queria ser cantora mas quando se mudou, com 14 anos, para a cidade de Uberlândia, Minas Gerais, os seus pais pensavam que o seu objectivo era vir a seguir uma carreira em Medicina. Dois anos depois já estava em São Paulo, como vocalista em várias bandas de guerra. Mas foi

quando conheceu Chico César, já com 21 anos, que a sua carreira arrancou verdadeiramente, num crescendo que culminou no estrondoso êxito de Good Luck/Boa Sorte, gravado com Ben Harper. Hoje tem 32 anos e é um dos mais internacionalmente reconhecidos nomes da música brasileira. Chama-se Vanessa da Mata e é a cabeça de cartaz do terceiro dia do Festival Sudoeste 08.Se a história de Vanessa da Mata está enraizada nas especificidades da cultura musical brasileira, multiculturalidade é o tema de toda a obra de Nitin Sawhney. Nascido em Inglaterra mas com descen-dência indiana, o DJ, produtor, músico, orquestrador e multi-instrumentalista

tem recebido elogios unânimes ao lon-go da sua já extensa carreira pelo modo como funde temas asiáticos com bases de jazz e electrónica. Com uma voz sem-pre activa em assuntos como política, espiritualidade e a partilha de culturas, Sawhney entra em palco também a 9 de Agosto.

HISTÓRIAS E SONHOS A entrar no quarto ano de carreira, que começou como elemento do coro de um imitador de Elvis, Brandi Carlile atingiu o sucesso internacional com a explosão de emoção que é The Story, incluída na série americana Anatomia de Grey e, em Portugal, no mais recente anúncio da Super Bock. Um novo talento que

nasce das tradições do folk americano, combinando indie rock e pop com country.O palco TMN completa-se com o rock melódico focado no piano dos Melee, num som reminiscente dos Coldplay ou dos Death Cab for Cutie, e David Fonseca, que surge na sua máxima força para mostrar não só o seu último álbum, Dreams in Colour, mas também os maiores êxitos da sua carreira pós--Silence 4, onde se incluem tanto a melancolia de Someone That Cannot Love como a nostalgia bem-disposta de The 80’s.

ART ROCK Quando, no início de 2004, uma banda chamada Franz Ferdinand lançou o seu homónimo álbum de estreia, poucos estavam à espera do impacto do que se veio a suceder. Sempre à procura da ‘next best thing’, a imprensa musical desfez-se em elogios perante um grupo que afirmava que a sua principal missão era fazer miúdas dançarem. O conjunto escocês conseguiu, como poucos, combinar uma atitude ‘arty’ e temas sonoros razoavelmente complexos com uma capacidade esfusiante de fazer nascer êxitos criados para a pista de dança. A Take Me Out, The Dark of the Matinee

ou This Fire, temas com a capacidade de levar qualquer multidão à loucura juntam--se agora canções do segundo álbum do grupo liderado por Alex Kapranos, You Could Have So Much Better. Do You Want To ou Eleanor Put Your Boots On mostram como os Franz Ferdinand vão protagonizar um dos regressos mais esperados do Verão musical de 2008.Também de regresso, já pela terceira vez este ano, estão os Shout Out Louds, que depois de um concerto na Aula Magna, em Lisboa, e de uma participação no Festival Marés Vivas, no Porto, chegam à Herdade da Casa Branca. Os suecos apresentam-se munidos com um estilo vocal que faz lembrar The Cure e o single

Tonight I Have To Leave It, catapultado para a fama nacional com a sua utilização na campanha publicitária da Optimus.

ALINHAMENTO DE CULTO Se é da Escócia que vem o momento mais esperado da noite, é a Portugal que cabem as honras do momento da despedida. Veteranos dos festivais, da estrada e da música portuguesa em geral, os Xutos & Pontapés voltam a presentear a sua leal legião de fãs com mais um concerto recheado de clássi-cos, desta feita reinterpretados em for-mato Rock ‘n’ Roll Big Band.O último dia do Sudoeste conta tam-bém com a presença de Jorge Palma

e Tara Perdida, dois nomes com carrei-ras amplamente diferentes – tanto em duração como em estilo musical – mas que partilham um seguimento de culto que tão cedo não parece querer esmo-recer.A completar um cartaz efectivamente marcado pela nostalgia, temos os Led On, um conjunto de cinco músicos portugueses (Zé Nabo, Mário Delgado, Alexandre Frazão, Manuel Paulo e Pau-lo Ramos) que se juntaram para prestar homenagem ao som intemporal dos Led Zeppelin. Uma viagem por uma escada-ria rumo ao céu...

FRANZ

FERDINAND

VANESSA DA MATA

[No palco com...] 04[07 AGO 2008]mu [by day]

ANDREIA [email protected]

NNeste momento os Tindersticks estão em digressão pela Europa a tocar em festivais. Gostam de tocar ao

vivo ou preferem o trabalho de composição no estúdio?De facto, o mais importante é mesmo escrever as canções, mas depois é muito emocionante tocar ao vivo. Penso que é importante fazer ambas as coisas. É bom trabalhar no estúdio, mas ao mesmo tempo precisamos de sair e tocar as canções quando estão acabadas. Penso que os festivais são muito interessantes porque tocamos para muita gente

para quem possivelmente não teríamos oportunidade de tocar. Portanto, é uma forma de chegar a pessoas diferentes.

Lembras-te da última vez que os Tindersticks tocaram em Portu-gal, como foi?A última vez foi há cinco ou seis anos. Foi muito bom, sempre gostámos mui-to de tocar em Portugal, sempre foi um dos locais mais agradáveis de tocar. Quando os Tindersticks começaram, lembro-me que Portugal era um sítio especial onde ir. Estamos ansiosos por voltar.

Disseste que no Waiting for the Moon 2003/ 6.º disco alguma coisa se perdeu entre a banda e a

música. O que foi que se perdeu?Por passarmos demasiado tempo juntos, já não conseguíamos aproveitar a companhia e a presença uns dos outros. O que começou a acontecer foi que cada um de nós desempenhava uma função e continuava demasiado agarrado a esse papel por isso a música, de certa forma, estagnou. Não estávamos a conseguir evoluir, sentíamo-nos encurralados, não havia caminho por onde ir. Penso que trabalhar com pessoas novas torna possível pensar e tocar de uma forma diferente. Ter novos elementos na banda trouxe um novo vigor e vontade para fazer música juntos novamente.

Em 2006 tocaram juntos ao vivo

o segundo álbum e isso marcou uma outra mudança na direcção da banda. Porque é que esse concerto foi tão importante?A principal razão foi porque já não falá-vamos uns com os outros há cerca de um ano e meio. Tocar juntos naquele concerto, na mesma sala [Barbican Center, em Londres], deu-nos a opor-tunidade de falar sobre a forma como as pessoas trabalham e o que querem fazer. Foi um momento muito feliz porque o segundo álbum marcou um momento muito especial, naquela altu-

ra estávamos todos entusiamados por fazer música. Mas ao mesmo tempo foi triste porque nos apercebemos que já não era possível tocarmos os seis. Foi o fim de um período e o início de uma nova fase. Deixámos aquele concerto sabendo que tinha acabado para aque-las seis pessoas, mas ao mesmo tempo sentimo-nos muito emocionados por fazer música. Neste momento são apenas três membros. Porque é que fi zeram essa escolha e de que forma

essa mudança foi importante no processo de criação das novas canções?Penso que optámos por ser três porque já nos conhecemos há bastante tempo. Somos os membros originais da banda, sempre gostámos de tocar juntos. Mas foi por várias razões. Por exemplo, o Dickon Hinchliffe [guitarra e cordas] estava ocupado a trabalhar em bandas sonoras de filmes. A música dele estava a ir num sentido diferente. Acabámos por tornar-nos pessoas livres. Mas pen-so que os Tindersticks agora sentem-se

DEPOIS DE UMA AUSÊNCIA DE CINCO ANOS, OS TINDERSTICKS REGRESSAM COM UM NOVO ÁLBUM. THE HUNGRY SAW MARCA UMA NOVA FASE NA VIDA DA BANDA, AGORA COMPOSTA PELOS TRÊS MEMBROS DA FORMAÇÃO ORIGINAL. STUART STAPLES NA VOZ, NEIL FRASER NAS GUITARRAS E DAVID BOUTLER NAS TECLAS COM QUEM FALÁMOS. ESTÃO MAIS FRESCOS, MAIS LEVES E MAIS POSITIVOS.

NO PALCO PRINCIPAL A 8 DE AGOSTO PARA APRESENTAR O NOVO ‘THE HUNGRY SAW’

«COZINHÁVAMOS JUNTOS E QUANDO ACABÁVAMOS ÍAMOS PARA A CAMA NO MESMO EDIFÍCIO. TORNOU-SE MAIS UMA ESPÉCIE DE COMUNHÃO»

05 [07 AGO 2008]mu [by day] [No palco com...]

mais como um colectivo do que antes. Podemos ser três ou podíamos ser dez. Estamos mais receptivos à entrada de outras pessoas que podem transformar o resultado final das canções. Mais do que fazer o que era suposto, que aca-bou por acontecer no passado, quando tocávamos com as grandes orquestras. Agora, as pessoas estão mais envolvi-das, têm muito mais a ver com as suas próprias ideias o que considero ser me-lhor para a música.

Têm um novo disco, The Hungry

Saw. Um disco muito mais positivo e um feeling mais jazz. Como explicas esta mudança?Quando começámos a criar o novo disco fizemo-lo muito devagar, juntámo-nos só os três, discutimos algumas ideias e decidimos que precisávamos de ter mais pessoas envolvidas e foi nesse sentido que evoluímos. Mas essa mudança também tem a ver com o facto de termos construído um estúdio em França, gravámos lá e isso mudou muita coisa. Deu-nos mais espaço para fazer o que queríamos. Não fizemos

um esforço para que a música soasse diferente, acho que foi o ambiente que se sentia no quarto, sentíamo--nos muito mais livres e isso acabou por afectar as canções. Nos últimos dois ou três discos ficámos presos num determinado som com o qual nos estava a custar romper.

O que é que vos inspirou e quais as diferenças entre gravar em Li-mousine e Londres?Em Londres, no estúdio em que gra-vávamos, o que acontecia era que

acordávamos de manhã para trabalhar, encomendávamos comida e depois ía-mos para casa e começava tudo outra vez no dia seguinte. Em Limousine, co-zinhávamos juntos e estávamos juntos o tempo todo, e quando acabávamos íamos para a cama no mesmo edifício. Tornou-se mais uma espécie de comu-nhão. Depois é um espaço nosso, todos ajudámos a criá-lo e isso faz-nos sentir que alcançámos algo. Sentimos que depois de criar o estúdio, fazer música era muito fácil.

TRÊS BONS RAPAZESNasceram em 1991, ainda como Asfalt Ribbons, nome alterado depois de Stuart Staples, o vocalista, encontrar uma caixa de fósforos alemã enquanto passeava numa praia grega. Tindersticks, foi então o nome que ficou. Dave Boulter (teclas) Neil Fraser (guitarra) Dickon Hinchliffe (guitarra e cordas) Al Macauley (percussão) John Thompson (baixo) juntam-se à voz arrastada de Stuart Staples para criar um som único, poético e intenso. Um género sui generis que seria aclamado em 1993 e 1995 com o lançamento do primeiro e segundo discos da banda. As performances ao vivo eram extraordinárias, com a presença das grandes orquestras a acompanhar, mas mesmo assim muitos críticos consideravam que os Tindersticks nunca seriam considerados uma banda dos palcos, mas sim das composições. O quarto disco, Simple Pleasures, assinalou uma mudança no som da banda com ritmos mais soul. O seguinte Can Our Love continuou na mesma direcção, mas Waiting For the Moon resultou num tom mais introspectivo inspirado na obra da dramaturga Sarah Kane. Em 2008, depois de 5 anos separados, os Tindersticks regressam com um novo álbum, The Hungry Saw, e mais revigorados do que nunca.

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[Outros Palcos] 06[07 AGO 2008]mu [by night]

Festiva

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PLANETA SUDOESTE E POSITIVE VIBES RECEBEM O DUB, O REGGAE E A WORLD MUSIC

PARA ALÉM DO PALCO PRINCIPAL PARA ONDE TODAS AS ATENÇÕES PARECEM CONVERGIR, O FESTIVAL OFERECE UMA PROGRAMAÇÃO ALTERNATIVA AOS CABEÇAS DE CARTAZ. OS PALCOS POSITIVE VIBES – QUE PROMETE ESPALHAR A BOA DISPOSIÇÃO COM AS SONORIDADES REAGGAE E DUB – E PLANETA SUDOESTE – QUE TRAZ ALGUNS NOMES DA WORLD MUSIC PARA AQUECER AS NOITES DA ZAMBUJEIRA DO MAR.

PLANETA SUDOESTETal como em edições anteriores, o Festival Sudoeste recebe novamente sonoridades quentes e exóticas de ou-tros pontos do mundo. Durante quatro dias, o Palco Planeta Sudoeste oferece uma programação diversificada para os amantes da World Music. Desde a mú-sica portuguesa, passando pelos novos projectos vindos do Brasil, do Mali, Reino Unido e Itália, entre outros.

DA FAVELA BRASILEIRA ÀS RAÍZES DO MALILogo no primeiro dia, o destaque vai para o Brasil com a presença de Arnaldo Antunes. Compositor, poeta e performer, é um dos maiores nomes da música brasileira. Escreveu temas para músicos como Gilberto Gil, Marisa Monte, Rita Lee e Ney Matogrosso. Em 2002, lança o projecto Os Tribalistas ao lado de Carlinhos Brown e Marisa. Agora, regressa a Portugal para um espectáculo ao vivo tendo como mote o último disco lançado em 2006 e intitulado Qualquer. Ainda no mesmo dia, viajamos até ao Mali na companhia de Tounami Diabaté que apresenta o segundo álbum a solo,

The Mandé Variations. O disco marca o regresso às raízes da música tradicio-nal do Mali e presta homenagem a um dos grandes nomes da música daquele país, Ali Farka Touré. E da Itália chega Roy Paci, músico siciliano, que mistura jazz com música tradicional, reggae e funk. No segundo dia, Cidinho e Doca descem das favelas do Rio de Janeiro para apresentar o funk carioca. Em batidas secas e com muita malandragem, chega a dupla de MC com um dos temas principais do filme Tropa de Elite, Rap das Armas. Uma viagem à marginalidade dos morros cariocas. Entretanto, damos um pulo até à Nigéria. Nneka Egbuna mistura a tradição musical africana com os sons experimentais do panorama musical europeu, fruto da sua vivência na Alemanha desde os 19 anos. Considerada por muitos como a nova Lauryn Hill, Nneka conjuga o universo da world music com o hip-hop, o reggae, a soul e muito beat que dão alma a uma consciência social forte espelhada nas letras. A artista traz na bagagem o segundo disco No Longer At Ease.

FADO E NOVA MÚSICA PORTUGUESAA música portuguesa está em grande no terceiro dia com Camané, Deolinda e Tiago Bettencourt. Com um estilo só-brio marcado pelas excelentes compo-sições, Camané sobe ao palco do Pla-neta Sudoeste para enaltecer a alma da música portuguesa. Ainda dentro do mesmo género, mas com um estilo diferente, surge um dos projectos mais interessantes na música nacional. De-olinda é o nome do colectivo natural de Lisboa que mistura o fado vadio e a música tradicional portuguesa com o jazz, a música étnica e clássica. E depois do fado, é a vez de Tiago Bet-tencourt. O ex-membro dos Toranja junta-se aos Mantha para apresentar o álbum a solo Jardins e prepara uma mão-cheia de canções melódicas que prometem conquistar o coração dos festivaleiros.

SOUL, POP E ELECTRO PARA DANÇARO último dia é dedicado ao electro-pop trazida pelos Junior Boys, à música de fusão Soul do vocalista e produtor britânico Jamie Lidell e ainda à pop

clássica dos londrinos Fanfarlo. Quanto aos primeiros, são cana-

dianos e já têm dois discos editados. Last Exit lançado em 2004 e So This is Goodbye de 2006. Considerado um dos mais interessantes projectos de electrónica da actualidade, os Junior Boys misturam as melodias electro com sonoridades arty pop dos anos 80, passando ainda pelo techno, o garage e o hip hop. Outro projecto que também merece destaque no último dia é Jamie Lidell. O vocalista e produtor britânico regressa com as sonoridades soul, numa música descontraída e muito cool. Depois de lançar-se a solo com Muddlin Gear em 2005, Lidell mostra um trabalho mais maduro, tanto na composição como na produção, no novo de originais Jim. A fechar, os Fanfarlo preparam--se para contar histórias e fazer dançar todos aqueles que quiserem espreitar o que se passa no Planeta Sudoeste. Eles distinguem-se pela fusão de instrumen-tos tão distintos como o trompete, o violino e o mandolim nas suas canções pop. Apenas com alguns singles a pas-sar nas rádios britânicas, o colectivo prepara-se para lançar o primeiro disco de originais, mas para já vão encantar a Herdade da Casa Branca.

SAMSUNG EXPERIENCE: PARA DANÇAR ATÉ DE MANHÃPara os amantes da música de dança, o Festival Sudoeste criou ainda uma tenda especial para dançar até ao amanhecer. Pelo Samsung Experience vão passar alguns dos maiores DJ da actualidade. São quatro noites de música de dança ao som de Rui Vargas, DJ Kitten, Glam Slam Dance, Booka Shade e Dezperados, entre outros.

ANDREIA [email protected]

ARNALDO

ANTUNES

JUNIOR

BOYSNNEKA

DEOLINDA

07 [07 AGO 2008]mu [by night] [Outros Palcos]

IVA VA

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POSITIVE VIBESMuito calor e energia positiva é o que se espera encontrar neste palco que vai receber algumas referências da música reggae, do Dub e do Soundsystem.

DA JAMAICA PARA A HERDADE DA CASA BRANCAA abrir a festa vão estar os portugueses Bambule e os Souls of Fire, explorando as raízes mais profundas do Reggae. Depois, seguem-se os Dub Inc. com o novo disco

Afrikya. O colectivo traz um reggae poderoso com uma mensagem forte congelada na inteligência das letras. David Rodigan é o convidado a fechar a noite. Apaixonado pelos ritmos jamaicanos, Rodigan começou por ter um programa semanal na rádio BBC de Londres, em 1978, e hoje é um dos mais respeitados entertainers da música reggae.

DANÇAR AO SOM DO DUBA segunda noite é dedicada às sonoridades mais dançáveis do reggae. Os The Most Wanted são os primeiros a pisar o palco

neste dia. A banda traz o afro-beat e os ritmos de fusão para o centro da festa. A aquecer as primeiras horas da noite vai estar Al Borosie, Siciliano radicado na Jamaica, que mostra o seu primeiro trabalho Soul Pirate. Mas o destaque da noite vai mesmo para os Zion Train. Desde a década de 90 que o colectivo britânico está envolvido no movimento reggae roots e hoje é considerado um dos pioneiros do Dub a nível mundial. Depois dos ritmos dançáveis e psicadélicos do Dub, o terceiro dia do palco das vibra-

ções positivas é dedicado especialmente aos amantes do Rocksteady e do Ska. O português Ziggy prepara-se para dar cartas e abre caminho ao jamaicano Richie Spice. A fechar a noite com muito amor na alma estão os também portugueses No Joke-sound along side BigBada Boom. Os mes-tres do roots Alpha Blondy e o soundsystem poderoso dos Pow Pow Movement fecham o palco deste ano com chave de ouro, pro-porcionando muita festa, dança e paz.

POW POW

MOVEMENT

FANFARLO

[Próxima Paragem] 0807 AGO 2008]mu [by night]

SUPER BOCK SUPER FEST14 E 15 DE AGOSTO

DANÇA NAS DUNAS «Love, love is a verb / Love is a doing word / Fearless on my breath». Pioneiros de um estilo musical que explodiu na sua máxima força durante o início dos anos 90, os Massive Attack trazem na mala um catálogo do que melhor e mais inovador já se faz no universo do trip hop. É no colectivo inglês que cai a responsabilidade de encabeçar o primeiro dia de mais uma edição do Super Bock Super Fest, festival que se instala na Praia do Tonel, em Sagres, com uma premissa simples. O dia passa-se nas ondas, a noite passa-se nas nuvens. Um

concerto a não perder, ao qual não faltarão clássicos como o já citado Teardrop, Unfinished Sympathy ou Angel.Com um posicionamento menos virado para o etéreo e mais para o completamente tresloucado, surge a No Smoking Band, no dia 15 de Agosto, projecto encabeçado por Emir Kusturica, o realizador sérvio responsável por clássicos de culto como Underground ou Gato Preto, Gato Branco. A quase total ausência de regras predefinidas é um dos destaqus desta banda dos Balcãs, conhecida pelos seus enérgicos e imprevisíveis concertos. Unza Unza Time e Pitbull Terrier já se tornaram autênticos hinos ao descontrolo na pista de dança – especificamente, nas dunas da praia.

REGGAE AO PÔR DO SOLApesar da força dos cabeças de cartaz, não é só deles que vive este festival à beira-mar. O dia 14 de Agosto conta também com a presença dos Morgan Heritage, um dos mais influentes conjuntos de reggae da actualidade, formado pelos filhos do célebre Denroy Morgan, que exploram aqui um som que parte do reggae e lhe incorpora um pouco de tudo, desde o rock ao hip hop e soul. O cartaz completa-se com o reggae ecléctico do parisiense Asa, os remixes aclamados dos Dub Pistols e o activismo social dos portugueses Manif3stos.Olhando para o alinhamento do se-gundo dia do Super Bock Surf Fest, nota-se que o festival tem ainda mais

a oferecer que apenas reinterpreta-ções do reggae. Esse objectivo ainda lá está presente, com a cultura rasta-fari a ser representada pelos Jahcous-tic & Dubios Neighbourhood ou pelos Groundations, que, nos seus improvi-sos, navegam por essas águas, mas sem nunca esquecer as suas raízes fundadas no jazz. A variedade sono-ra está garantida com as actuações do sueco José González, que chega acompanhado da sua guitarra para nos presentear com versões de Joy Division, Bruce Springsteen ou Massi-ve Attack, o ska e punk rock melódico dos portugueses Triplet ou os ritmos brasileiros dos Doces Cariocas.

BILHETES: Passe 2 dias – 40 eurosBilhete Diário – 25 euros

O fi m do caminho no roteiro dos festivais de Verão

E DEPOIS DO SUDOESTE?O VERÃO NÃO ACABA NO SUDOESTE. DESDE O TRIP HOP AO REGGAE, PASSANDO MESMO POR FESTIVAIS CUJO

PRINCIPAL TEMA NEM É NECESSARIAMENTE SÓ A MÚSICA, O ROTEIRO DE FESTIVAIS AINDA CONTA COM VÁRIOS DESTINOS QUE NÃO DEVEM SER ESQUECIDOS.

PEDRO QUEDAS

[email protected]

...mais

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ANDANÇAS 4 A 10 DE AGOSTOPara uma proposta diferente, o festivaleiro português pode-se dirigir à aldeia de Car-valhais, em S. Pedro do Sul, Viseu, para mais uma edição do Andanças. Para além de várias actividades que colocam em destaque formas de expressão de todo o mundo, a organização destaca para este ano as oficinas de danças portuguesas, nomeadamente as Pauliteiras de Miranda do Douro. E uma maior atenção ao Cani-zade, estilo de dança cabo-verdiana, e o norte-americano Lindy Hop, a crazy dance que começou no bairro negro de Harlem, nos anos 30, e que veio dar origem ao swing e, posteriormente, ao rock.

NOITES RITUAL 29 E 30 DE AGOSTOEste festival, que em 2008 é de entrada livre, celebra a sua 17.ª edição nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto. O cartaz é constituído, no dia 29 de Agosto, pelos Micro Audio Waves, Tiago Bettencourt com Mantha e, a encerrar a noite, um dos nomes mais fortes do hip hop nacional, Sam The Kid. O dia de fecho é da responsabilidade de Rita Redshoes, Linda Martini e, com honras de encerramento, os Buraka Som Sistema, prestes a lançar um novo álbum dedicado à sua original fórmula de kuduro progressivo.

BOOM FESTIVAL 11 A 18 DE AGOSTO

CULTURA SOB O SOL DE AGOSTOMais do que apenas uma colecção de artistas musicais, o Boom Festival é um evento bienal de cultura inde-pendente e expressão artística que celebra a sua sétima edição, juntando música, artes performativas, multi-média, pintura, bioconstrução, teatro, cinema, conferências e workshops, numa oferta que se pretende verda-

deiramente multidisciplinar. O am-biente intercultural que é cultivado pela organização foi visível na edição de 2006, onde 20 mil pessoas de 80 nacionalidades diferentes se dirigiram ao lago de Idanha-a-Nova.No que respeita à música, esta vai estar espalhada por quatro ambientes distintos: Ambient Forest, Groovy Beach, Dance Floor e Sacred Fire. Entre os destaques da variada e ecléctica programação, conta-se o dubstep dos ingleses Boxcutter ou Matt Black,

membro dos Coldcut e fundador da editora Ninja Tune, um pioneiro no desenvolvimento de software que cruza imagem e som sincronicamente. A marcar presença estão também os portugueses Blasted Mechanism, a primeira banda de (mais ou menos) rock a actuar no festival, com uma performance que junta ritmos tribais, línguas imaginárias e uma estética profundamente original. Outros nomes a ter em conta no vasto rol de convidados são os alemães Extrawelt,

com um som que funde house, techno e ambientes atmosféricos, e os Gocoo, chegados directamente do Japão, um colectivo de 12 músicos a tocar em tambores taiko, conhecidos pela energia e fulgor que imprimem nas suas actuações.

BILHETES: 160 euros (80 para países em vias de desenvolvimento)

ASAEMIR KUSTURICA

& NO SMOKING

BAND

09 [07 AGO 2008]mu [by night] [UNI (sexus)]

Em tempo de Verão, calor, água e muita música, o que queremos mesmo é esquecer as chatices, muita festa e mais nada! Nas férias as pessoas devem libertar-se dos seus rituais do quotidiano e aproveitarem

para fazer tudo aquilo que não conseguem fazer nos períodos de estudo e de trabalho. Com o calor, e o corpinho mais bronzeado, homens e mulheres sentem-se de uma forma geral mais sensuais e sexuais, facto que os/as torna mais disponíveis para o sexo, quer com os seus parceiros/as habituais, quer com parceiros/as ocasionais. Quando se está de férias, os horários tendem a alterar-se, cometem-se excessos a todos os níveis e mais facilmente se esquecem de alguns cuidados básicos relacionados com a sexualidade. Muitas mulheres acabam por se esquecer de tomar a pílula, principalmente quando viajam de férias para outros países ou em festivais de música em que os horários trocados ou tardios favorecem os esquecimentos. Por isso, nas férias, é necessário ponderar a utilização de um outro método contraceptivo que não implique uma toma diária, como é o caso do anel vaginal, adesivo transdérmico, injecção hormonal ou outros, mais duradouros, como o DIU ou o implante. DICAS IMPORTANTES:

•Consulta o teu ginecologista com antecedência suficiente para que te possas adaptar ao novo mé-todo contraceptivo.

•Se pretendes manter o mesmo tipo de contra-cepção, garante que levas contigo contraceptivos suficientes para o total da estadia, que os guardas

de forma segura e que não correm o risco de se perder na mala de viagem.

•Não te esqueças que, com as alterações horárias, alimentares, estilos de vida, clima, etc., o teu organismo pode reagir de forma inabitual e por isso mesmo estares sujeita a diarreias e a vómitos

que diminuem a eficácia de alguns métodos contraceptivos e, se assim for, deves utilizar sempre um preservativo para evitar dissabores.

•Se tiveres relações sexuais com parceiros/as ocasionais usa SEMPRE um preservativo. Não custa nada utilizá-lo! Se vais de férias, enche a

mala de preservativos. Não pesa quase nada e pode tirar-te um grande peso de cima. Em locais afastados de centros urbanos é difícil, por vezes, comprar preservativos.

E por último: As infecções sexualmente transmissíveis são um factor de risco, principalmente nas férias, é preciso perceber

que a sexualidade deve ser vivida com MUITO PRAZER, mas com responsabilidade. Deves usar preservativo, só ele protege duplamente de uma infecção sexualmente transmissível e de uma gravidez indesejada. Não sejas totó! Usa sempre um preservativo!

NÃO SEJAS TOTÓSEXÓLOGA •[email protected]

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«COM O CALOR, E O CORPINHO MAIS BRONZEA-DO, HOMENS E MULHERES SENTEM-SE DE UMA FORMA GERAL MAIS SENSUAIS E SEXUAIS, FACTO QUE OS/AS TORNA MAIS DISPONÍVEIS PARA O SEXO, QUER COM OS SEUS PARCEI-ROS/AS HABITUAIS, QUER COM PARCEIROS/AS OCASIONAIS»

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rapidinhas

LUTA CONTRA A SIDA ESTÁ A RESULTARO relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas para o VIH/Sida (ONUSIDA) sobre 2007 tem algumas conclusões animadoras, como a diminuição do número de infectados em três milhões de pessoas desde 2001 e dos contágios através da mãe. África continua a significar a maior percentagem da epidemia, mas, em países tão afectados como o Burkina Faso, os Camarões, a Etiópia, o Gana, o Malaui, o Uganda ou a Zâmbia, a utilização do preservativo entre jovens com vários parceiros está a aumentar e o início da actividade sexual está a tornar-se mais tardio. Menos feliz é o aumento dos casos de sida na China, Indonésia, Quénia, Moçambique, Papua-Nova Guiné, Rússia, Ucrânia, Vietname e msmo em países onde se considerava a epidemia controlada, tais como a Alemanha, Reino Unido e Austrália.

APAV RECEBE MAIS PEDIDOS DE APOIO Os números exactos só serão revelados na segunda ou terceira semana deste mês, mas a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) adianta já que este ano se verificou uma «tendência de aumento sustentado de vítimas» (de vio-lência doméstica, mas não só) a pedirem apoio. João Lázaro, o secretário-geral da APAV, disse à Lusa que o aumento de ca-sos também pode estar relacionado com um maior «conhecimento dos serviços disponíveis», pelo «alargamento da rede da APAV país» e pela cobertura de que o tema da violência tem sido alvo nos meios de comunicação social. Já o Inquérito Nacional sobre Violência de Género, en-comendado pelo Governo, concluíra que quatro em cada dez portugueses haviam sido vítimas de violência física, psicológica ou sexual no ano passado, mas que há «um aumento significativo da percenta-gem de vítimas que participam a situação às forças policiais».

WC PARA TRANSEXUAISDepois de uma pesquisa apontar que 20% dos alunos se consideravam transexuais e tendo em conta o desconforto destes ao usar as casas de banho masculinas ou femininas, o director de uma escola se-cundária em Kampang, no Nordeste da Tailândia, mandou construir uma casa de banho para o «terceiro sexo».

CONTRACEPÇÃO GRATUITAApós contactar vários centros de saúde em Portugal, a Agência Lusa concluiu que os crtérios para a distribuição gratuita de preservativos e da pílula diferem consoante a instituição, podendo basear-se no stock disponível, na actividade sexual do utente, na frequência de uma consulta ou na posse de um cartão do planeamento. Contudo, a Direcção-Geral da Saúde tenciona alargar a distribuição gratuita de pílulas e preservativos em quantidade para fazer contracepção até um ano.

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