DINERGIA E FRACTAIS

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DINERGIA E FRACTAIS UMA RELAÇÃO DE COMPARTILHAMENTO COM VISTAS À EDUCAÇÃO Segundo o arquiteto húngaro György Doczi, no seu livro “O Poder dos Limites” Ed. Mercuryo -1990., que a partir de uma frase de Pitágoras: “ O limitado dá forma ao ilimitado”, constrói uma bela amostra das relações métricas e padrões harmônicos que consciente ou inconscientemente são trazidos às artes, ao comportamento e à cultura do homem. A partir deste contexto retirei de seu conteúdo a palavra “DINERGIA”, neologismo criado pelo autor para definir as relações da parte com o todo e vice-versa. Uma reciprocidade demonstrada por uma sequência gráfica de espirais, que se movem em direções opostas, resultado de uma “razão” matemática constante, presentes na seção áurea e que se repetem em diversas manifestações da natureza ou de obras criadas pela mão humana. Por esta “dinergia” que repete padrões, relaciono com os fractais, partes de um todo que representa também padrões, rítimo, escala e proporção. Imagino partir desta premissa para estabelecer uma possível ordem nas relações dos processos de educação. Educação como o TODO e as disciplinas como PARTES provocam uma reflexão sobre as possibilidades do caminho: AUTO CONHECIMENTO, COMPREENSÃO DO OUTRO, ENSINAMENTO DE “DISCIPLINAS” E CRESCIMENTO RECÍPROCO. Tudo isto na tentativa da formação de uma rede de compartilhamento possível, onde se desenvolva um processo de interação entre conhecimento (LÓGICA) e sabedoria (intuição,observação de símbolos e análise de paradoxos) permitindo o desenvolvimento de uma dinergia que possibilite o crescimento por complementariedade. A impressão de que, de alguma forma, as ciências, as pessoas, os conhecimentos estão conectados, é como se uma esperança voltasse a acalentar velhos sonhos iluministas de “liberdade, igualdade e fraternidade”. Sonhos de seres se enxergando no outro, e se identificando nas suas diferenças e peculiaridades.

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Relações Métricas na Natureza

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DINERGIA E FRACTAISUMA RELAÇÃO DE COMPARTILHAMENTO COM VISTAS À EDUCAÇÃO

Segundo o arquiteto húngaro György Doczi, no seu livro “O Poder dos Limites” Ed. Mercuryo -1990., que a partir de uma frase de Pitágoras: “ O limitado dá forma ao ilimitado”, constrói uma bela amostra das relações métricas e padrões harmônicos que consciente ou inconscientemente são trazidos às artes, ao comportamento e à cultura do homem.A partir deste contexto retirei de seu conteúdo a palavra “DINERGIA”, neologismo criado pelo autor para definir as relações da parte com o todo e vice-versa. Uma reciprocidade demonstrada por uma sequência gráfica de espirais, que se movem em direções opostas, resultado de uma “razão” matemática constante, presentes na seção áurea e que se repetem em diversas manifestações da natureza ou de obras criadas pela mão humana.Por esta “dinergia” que repete padrões, relaciono com os fractais, partes de um todo que representa também padrões, rítimo, escala e proporção.Imagino partir desta premissa para estabelecer uma possível ordem nas relações dos processos de educação. Educação como o TODO e as disciplinas como PARTES provocam uma reflexão sobre as possibilidades do caminho:AUTO CONHECIMENTO, COMPREENSÃO DO OUTRO, ENSINAMENTO DE “DISCIPLINAS” E CRESCIMENTO RECÍPROCO.Tudo isto na tentativa da formação de uma rede de compartilhamento possível, onde se desenvolva um processo de interação entre conhecimento (LÓGICA) e sabedoria (intuição,observação de símbolos e análise de paradoxos) permitindo o desenvolvimento de uma dinergia que possibilite o crescimento por complementariedade.A impressão de que, de alguma forma, as ciências, as pessoas, os conhecimentos estão conectados, é como se uma esperança voltasse a acalentar velhos sonhos iluministas de “liberdade, igualdade e fraternidade”.Sonhos de seres se enxergando no outro, e se identificando nas suas diferenças e peculiaridades.

Franklin Costa