DINÂMICA DE DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS (O PROCESSO EPIDÊMICO)

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DINÂMICA DE DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS (O PROCESSO EPIDÊMICO)

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DINÂMICA DE DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS (O PROCESSO

EPIDÊMICO)

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Dinâmica de Distribuição das Doenças – Aspetos Gerais

As doenças se distribuem de formas variadas dentro de um espaço, limitadas por fatores de prevenção como vacinação, saneamento, nutrição, etc.

Na ausência dos fatores de prevenção, as doenças acabam encontrando facilidades para sua perpetuação (os fatores de risco e as vulnerabilidade).

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Dinâmica de Distribuição das Doenças – Aspetos Gerais

Deve-se conhecer o comportamento das doenças para determinar se está ocorrendo um aumento ou não das mesmas, para tanto é necessário que haja um registro eficiente da ocorrência das mesmas.

Em relação a uma população que afete a doença pode caracterizar-se em nível endêmico ou epidêmico.

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Endemia Casos dentro do limite esperado, não sendo

influenciados por variantes tipo épocas do ano, temperatura, etc.

Quando uma doença é relativamente constante, em uma área, ela é dita “endêmica”, não importando se a freqüência é alta ou é baixa (PEREIRA, 2000, P. 258)

Ex.: Febre amarela, dengue.

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Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde / Mapa 1 - Áreas de Risco para Febre Amarela Silvestre / Disponível: http://www.cve.saude.sp.gov.br/agencia/bepa55_famarela.htm

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Epidemia É a elevação brusca, temporária e significantemente

acima do esperado para a incidência de uma determinada doença, em um determinado local e época.

Uma epidemia não representa necessariamente a ocorrência de um grande número de casos da doença em uma determinada população, mas sim um claro excesso de casos quando comparada à freqüência esperada (ou habitual) de uma doença em um determinado espaço geográfico e período de tempo.

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Epidemia Ex.: a ocorrência de 241 casos de coqueluche na Bahia

no ano de 2000 não foi considerada epidemia, porque a ocorrência anual de casos é de 63 a 1300 (ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 2003, p.123).

Ex.: a ocorrência de 1 caso de cólera em Acarapé – CE em 1992, que foi posteriormente confirmado como surto epidêmico – confirmado com a identificação do Vibrio Cholerae. Depois deste caso, apareceram vários resultantes do consumo de água de uma única cacimba. Hoje o cólera é endêmico no CE, com média de 34 casos confirmados no período de 1995 a 1999 (ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 2003, p.123).

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Fotografia de vítimas da epidemia de tifo numa sepultura em massa num campo de concentração em Bergen-Belsen, tirada pelo Exército Britânico.

Disponível em: http://www.inacreditavel.com.br/historia/revisionismo_oque_e.htm

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Surto Epidêmico A ocorrência epidêmica restrita no

tempo e espaço a um espaço extremamente delimitado: escolas, quartéis, empresas, edifícios, bairro, etc.

Ex.: Gripe aviária.

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Aspectos Diferenciados das Epidemias

Epidemia Explosiva (ou maciça); Epidemia Lenta; Epidemia Progressiva ou Propagada; Epidemia por fonte comum.

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Epidemia Explosiva (ou maciça) Rápida progressão atingindo o pico de

incidência em um curto período de tempo, declinado logo a seguir; comunidade altamente suscetível (adoecendo ao mesmo tempo).

Ex: intoxicação alimentar, leite, água, etc.

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Epidemia Lenta

A velocidade da etapa inicial é bem mais lenta, até atingir a incidência máxima - agentes com baixa resistência ao meio exterior, populações altamente resistentes ou imunes.

Ex.: AIDS (Quanto ao mecanismo de transmissão).

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Epidemia Progressiva ou Propagada

Transmissão pessoa-pessoa por via respiratória, anal, oral ou por vetores. A transmissão se dá em cadeia gerando corrente de transmissão.

Ex.: dengue, meningite meningocócica, sarampo (em indígenas pode ser maciça).

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Epidemia por fonte comum.

Difundida a partir de um veículo comum, inexistência de mecanismo de transmissão hospedeiro-hospedeiro; transmissão indireta por veículos.

Ex.: infecção alimentar.

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Alguns Exemplos Descritos na Literatura Biomédica Epidemia de febre tifóide em Nova Iguaçu (RJ)

em 1980: 108 casos, sendo 89 (82%) ocorreram em um período de

seis semanas – rede de água (sem cloro) contaminada por coliformes fecais. Caráter explosivo, e possivelmente única fonte de contato.

Epidemia de gastroenterite na Barragem de Itaparica (BA):

Em 42 dias ocorreram 2000 casos e 88 óbitos – proliferação de cianobactérias – água captada da barragem.

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Pandemia

É a ocorrência epidêmica caracterizada por atingir vários países ao mesmo tempo.

Ex.: cólera, AIDS, tuberculose.

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Distribuição da Cólera.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lera

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Predomínio do HIV entre adultos por país no final de 2005.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aids

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Aspectos Gerais Em virtude das condições

sanitárias das cidades e do desconhecimento da etiologia das doenças infecciosas, grandes epidemias assolaram as Nações no passado, dizimando suas populações, limitando o crescimento demográfico, e mudando, muitas vezes, o curso da história.

Foto disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra

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Aspectos Gerais Tais epidemias foram

genericamente rotuladas de peste, embora muitas delas não tenham sido causadas pelo bacilo da peste (Yersinia pestis) e fosse, provavelmente, epidemias de varíola, tifo exantemático, cólera, malária ou febre tifóide.

Foto disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_negra

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Bibliografia JEKEL, J.F.; KATZ, D.L.; E ELMORE.

Epidemiologia, bioestatística e medicina preventiva. Porto Alegre, 2.ed, Artmed, 2005.

PEREIRA, M.G. Epidemiologia: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, 4.ed, Guanabara Koogan, 2000.

ROUQUAYROL, M.Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro, 6.ed, Medsi, , 2003.