Diga-me qual é o seu corpo, eu vou lhe dizer qual é o seu problema

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    Diga-me qual o seu corpo, eu vou lhe dizer qual o seu problema

    Reviso Corpus n 8, Nice, 2009

    Patrick CharaudeauUniversidade de Paris 13

    CAD

    Os problemas com a noo de corpo so relativamente bem conhecidos por terem sidodiscutidas extensivamente nos campos de lingustica [1], mas no resultaram em umconsenso de que teria que recorrer a um definio oficial a que remete cada vez que temque justificar um corpus de anlise. Isto pode ser um sintoma de que o corpo no existeem si, mas dependem como evidenciado pelo artigo "corpus" do Dicionrio de anlise dodiscurso - a posio terica da qual visto. Em relao linguagem, ns sabemos osproblemas que cito apenas os principais:

    as questes relativas coleta de dados, uma coleo que depende da escolha damaterialidade da linguagem (palavras faladas, palavras escritas), a escolha domeio que leva estas palavras em relao a uma situao de comunicao (paraescrever cartas, relatrios , jornais, panfletos, folhetos, cartazes, etc, para oral:.rdio, televiso e vrios encontros, reunies, conversas dirias, etc) .. Estes sotodos os aspectos que tm impacto sobre a forma de coleta de dados: processos decampo de explorao de inscrio gratuita ou forada, conhecido ou desconhecidopara os atores falam, etc. ;

    a questo da importncia do material recolhido e o valor de representatividade docorpo que pode ser considerada exaustiva e fechada, ou parcialmente aberta e, e,portanto, pode ser considerado como um objecto em si, ou uma simplesferramenta (Mayaffre 2005). Sabemos que a hiptese de completude de idadeatitude sonho positivista no mais necessria, apesar do recentedesenvolvimento da linguagem chamada corpus iniciada no mundo anglo-britnica, e estendeu pela Frana alguns autores com alguma cautela, porque alngua a produo constante. Pode ser, no entanto, que o fechamento do corpus

    reivindicado, em carter experimental por alguns analistas. Se o organismo considerado parte surge o problema de o seu valor como uma amostra, bem comoa possibilidade de diferentes sub-corpus. Como considerar se o corpo em simesmo um objeto ou instrumento, refere-se questo do contexto que serdiscutido mais tarde;

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    o problema em questo, dentro do material lingstico, as categorias ser objectode anlise: gramatical (. conectores, pronomes, verbos, etc), lexical (para camposou aleatoriamente), sinttico ( de acordo com os vrios tipos de construo), mastambm as variveis externas na produo das funes da linguagem, tal como ostipos de altifalantes, dispositivos de comunicao, assim como as variveis ao

    longo do tempo (historicity) e espao (o culturas);

    Finalmente, o problema em relao ferramenta de processamento de dados:manual relata, utilizando software de processamento de dados ad-hoc, de umaamostra representativa a partir da base de dados (ver abaixo)

    Em todos estes casos, a questo da pertinncia destas escolhas em relao s hiptesestericas, e circularidade potencial que pode ser estabelecido entre eles e o corpo.

    Eu quero mostrar neste artigo como a construo de um corpus, anlise do discurso,depende de uma ligada a uma anlise posio terica objetiva, o que eu chamo umproblema. Consideramos trs tipos de corpus, como eles se referem a um chamadoproblemas cognitivos, de comunicao ou de representao. Ento, vamos mostrar comoum corpus de textos construda em um jogo de desconstruo e reconstruo, como aabertura e os critrios de fechamento (intertextualidade e hipertexto), contraste (internae externa) e relevncia quantitativa e / ou qualitativa. Conclumos com uma referncia aum exemplo de anlise realizada pelo Centro de Anlise do Discurso sobre o discurso denotcias de televiso, para mostrar como voc pode tirar vantagem de algumas destas

    opes e como eles podem ser combinados.

    Mas primeiro necessrio definir a especificidade da anlise do discurso da cincia dalinguagem, porque no podemos resolver o problema de corpus de discurso semquestionar alguns conceitos muitas vezes utilizados neste campo.

    Algumas diferenas essenciais para formar corpo de discurso

    Nas cincias humanas e sociais, algumas disciplinas concentrar os estudos de campo

    com os procedimentos a seguir uma abordagem descritivo-emprico (sociologia,antropologia), outros a favor de procedimentos experimentais (psicologia social), outroanalisa a partir de arquivar ou procedimentos corpus de construo mais ou menosrecolha sistemtica e processamento do material coletado semitica (histria,lingstica).

    As Cincias da Linguagem disciplinas fazem parte do Corpo de coleta de dadoslingsticos (na forma de escrita ou oral, vrios documentos, fundamentado observaes

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    empricas ou investigaes decorrentes) que a anlise constitui um objeto . Isso levanta aquesto de qual a natureza dos dados. Ns no podemos resolver o problema de corpusse no para limpar (isto , se no tomarmos uma posio) sobre alguns conceitos queesto no centro da lingstica, que j ' ir considerar aqui as distines parecem-me omais fundamental: a linguagem / discurso, texto / discurso, texto / contexto.

    Linguagem / discurso

    Lua de idade dizem alguns. E, no entanto, apesar de Saussure se afirmar que alinguagem criada tendo em vista o discurso, muitas definies do conceito de discursotm ocorrido desde os anos setenta que no facilitam a clareza de sua oposio aolngua. Maingueneau referir que em 1976 e 1996, listas nas definies, e lembrar quealgumas dessas definies so uma extenso do discurso da linguagem, entre a sentenaunidade de uma "unidade transphrastique" (Harris, 1969), de incorporar outros tipos de

    discurso na lngua, enquanto outros se opem a expresso discurso, relacionando esteconceito de "condies de produo" de um texto, alguns que vo fazer este discurso usoa longo prazo que exige Maingueneau "paralingstica" na medida em que ele se encaixano pensamento que participa de vrias disciplinas, tais como histria, filosofia,semitica, psicanlise ou

    Aqui no o lugar para discutir essas definies. Ele s marcar a diferena entrelngua e fala na medida em que implica em termos de anlise eo estabelecimento de seuobjeto. Ambos os conceitos indicar dois lugares estruturantes da linguagem:

    linguagem como um lugar de conformao entre formas e significados seorganizando em sistemas, isto , as redes de relaes entre unidades mnimas deacordo com as regras de combinaes sintagmticas e paradigmticas, os sistemasque podemos dizer que eles mostram categorias de pensamento tomar umaposio sobre as vises de mundo. Unidades representaram unidades sofonolgico, morfolgico, semntico, lexical ou erros gramaticais, eo corpus composto de um conjunto de co-ocorrncias por semelhanas na forma ousignificado.

    discurso, conforme o caso, ao mesmo tempo estruturao usa, dependendo dascondies de produo em que essas prticas ocorrem, refletindo comportamentoslngua que falam assuntos, e categorizao de significado que reflete os sistemasde conhecimento e crena de que aderir indivduos ou grupos sociais. Aqui, noestamos mais em uma combinao de unidades, que eles transphrastiques porquese a pessoa est em um para alm da frase, o significado da expresso o resultado

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    de uma multiplicidade de fatores contextuais ( ver abaixo) que o significado no detectvel em qualquer uma das unidades que compem qualquer produodiscursiva, e no pode ser deduzido que a pea de combinaes de todos estesfactores. Para usar uma frase de Roland Barthes, o significado ligado a formas to"dispersos".Um corpus de expresso s pode ser constituda por um conjunto de

    produes lingusticas em situaes de uso.

    Assim, a formao de duas lnguas, que ser chamado de "lngua lingustica"Descrio orientada dos sistemas intrnsecos em cada idioma, corpus mais ou menosfechado, o que pressupe a existncia de uma sobre classes de operadores "cognitivo-lingstico" eo outro ser chamado de "linguagem do discurso" descrio orientada dosusos e significados sociais, corpus, por definio aberta, o que pressupe um operadorcategorias temticas " sociodiscursives "e portador da imaginao social.

    Considere um exemplo para ilustrar essa diferena. Uma declarao como "Eu sou 30anos" pode ser uma anlise lingstica da linguagem quando inserida em um corpo deafirmaes semelhantes em conformidade com o esquema:

    , Identificamos o ator (alto-falante), que atribudo (tem)uma determinada propriedade (anos), que quantificado (trinta), tudo em um ato dedizer que diz que esta declarao deve ser comunicada ao falando de si mesmo (I) emuma modalizao locutive afirmativa, alm disso, por observar um paradigma lexical,dizemos que este "ano" significa um segmento de tempo refere-se ao tempo de vida. Mas

    no geral, "Eu tenho trinta" aqui no vai significar nada, mas / Eu sou 30 anos /.

    Se agora considerar esta afirmao em seu contexto de produo, ou seja, um esportepensamento replicante de um amigo que ficou surpreso ao v-lo sair da competio:"Estou 30 anos de idade", ento esta afirmao significa entre Outras coisas / eu soumuito velho /. Mas, se fosse uma pessoa que, tendo sido apenas demitido de umaempresa responde a um amigo o que sugere que este pode ser porque ele j passou daidade, quando o "J '' m trinta "significa / Mas eu ainda sou jovem / O significado,obviamente, depende das seguintes palavras na declarao, mas eles foram obtidos pormeio de operao de inferncia a partir do conhecimento de que a outra pessoa pode!tem a identidade do prprio falante (esportes / empregado) eo mundo dos sentidos emque cada questo de tempo (esporte / negcios), todos os elementos includos em umcorpus discurso memorial.

    Ainda assim, o sentido do discurso, infere-se das formas leste a combinao umtexto. , portanto, se o texto e discurso so uma ea mesma coisa.

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    Texto / Discurso

    Dada a quantidade de literatura que existe sobre esses conceitos, mesmo estadistino nem sempre feito, no podemos viver em comprimento. Basta fazer umadeclarao e tomar uma posio, porque necessrio para determinar um conjunto dediscurso.

    A constatao: raramente oposio limpa texto e discurso. A tal ponto que os livrosque reivindicam a "anlise textual" muitas vezes usam o termo "anlise do discurso" evice-versa. Ciente disso, Jean-Michel Adam prope a "distinguir o texto e fala como asduas faces complementares de um objeto comum, apoiada pela linguagem textual",acrescentando que favorece a organizao de co-texto de acordo com critrios coeso,

    enquanto que a anlise do discurso mais envolvido no contexto dos critrios deconsistncia. Esta distino apontar o objeto de texto definida pela organizao desua configurao em relao ao seu entorno ea narrativa a organizao mais semntica,mesmo que o primeiro significativo, ea segunda marcar por meio de formulrios. Masesta distino no parece clara o suficiente para distinguir ento corpus de texto e corpusdiscurso. Especialmente se se trata de uma srie de conceitos propostos por G. Genette:paratexto metatexto epitext, intertextualidade e hipertexto, que pode acrescentar noo de interdiscurso introduzido pela escola francesa da Anlise do Discurso anossoixante-dix/quatre-vingt, ainda no vejo onde a fronteira entre estes dois conceitos.

    A posio. Eu no acho que eu tenho um muito diferente do ponto de vista de Jean-Michel Adam, a menos que considere a relao de complementaridade entre a anlise detexto e anlise de discurso no simetria. Estes no so dois lados da mesma moeda,porque h discursos em um nico texto, e at mesmo discursos em vrios textos. Odiscurso no o texto, mas coberto por textos. O discurso uma jornada designificado, que parte de um texto, e que depende das condies de produo e alto-falantes que produzem e intrprete. O mesmo texto est realizando vrias discurso emesmo discurso pode irrigar diferentes textos. Discurso atravs de diferentes textos e aomesmo texto podem levar diferentes discursos.Para entender o slogan publicitrio:"Obernai, a primeira grande cerveja com um tero a menos de calorias," Eu tenho quelevantar uma srie de discursos que no so explicitamente expressas no slogan, mas aque implicitamente, ie: / I devem ter conhecimentos em diettica /> / esta cerveja noengorda /> / magreza valorizada na minha empresa /> / mulheres podem beber estacerveja, tradicionalmente reservado aos homens /. Isso no impede tambm a conversa

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    sobre dieta, emagrecimento e valor cultural pode ser configurado em outros tipos detexto para a mais aprendi mais popularizado.

    medida que o discurso tem de significar configurao textual, isto significa que estesignificado, em um ponto, era de texto. Isso produz um fenmeno estranho e para trs

    entre os diferentes textos que ecoam, aps o que constri um significado abstratoencontrado em vrios textos no s ser um deles. Para dar um exemplo simples, odiscurso do pecado original e da imaginao de culpa e redeno que ele carrega foiconstruda no Ocidente por causa do "chosation" entre os vrios textos (a Bblia, osEvangelhos, os escritos de telogos, Comentrios filsofos pregao da Igreja, textospublicitrios, revistas de celebridades, filmes, etc.). Ento se contentar discursos namemria coletiva.

    Texto / contexto

    Para considerar o discurso como um lugar de importncia para a definio abstrata deforma diferente em textos, so as noes de Genette intertextualidade e dialogismo deBakhtin. A partir desta ltima noo tem dado origem a vrias interpretaes, eu diriaque este jogo eco pode ocorrer entre os textos, mas tambm entre os discursos. Noprimeiro caso, vamos lidar no sentido estrito do termo, uma intertextualidade que ocorreem vrios tipos de citao fez Jacqueline Authier-Revuz chamado de "heterogeneidademostrada" -: no h texto no texto, mesmo parcial, mesmo distorcida. No segundo caso,ser lidar com uma interdiscursividade, "um conjunto de referncias entre discurso que

    tinha um suporte textual, mas no tem armazenado configurao". Isso nos diz que umcorpo s pode ser um texto e no fala, salvo deciso em que os textos esto reunidos emnome de um determinado discurso. Mas no espere que eu vou voltar.Aqui estamos ns,em qualquer caso, chegou noo de contexto.

    Desde o primeiro trabalho em lingstica da linguagem, a noo de contextoexpandiu-se consideravelmente com diferentes denominaes. Em resumo, falamos:contexto estritamente lingustica quando se trata de se referir ao ambiente oral, que ,antes e / ou depois de uma unidade especfica, o contexto de texto, quando ele constitudo de textos produzidos pelos a mesma fonte (por exemplo, vrios escritos domesmo autor) do contexto paratextual (Genette), quando ele composto de textos oufragmentos de textos em co-localizado no mesmo espao bblico (ttulos, sub- ttulos,chapus, lendas de uma pgina de jornal) do contexto metatextual (Genette), quando elaconsiste de textos que o comentrio sobre o outro, o contexto de hipertexto (Genette),quando consiste em textos so mencionados, referem-se uns aos outros, para pegar e setornar, assim como os pastiches e pardias, finalmente, o contexto intertextual

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    interdiscursivas (no sentido de que eu tenho que definir estes) so chamados quando otexto e discurso justificar interpretaes sobre a interpretao (ou anlise). Em outraspalavras, o alargamento gradual da noo de contexto, surge uma crescente conscinciano s a relao entre o texto e para o ambiente textual que podem relacionar-se a ele,mas tambm entre o texto e um no-texto " "(por vezes denominado de co-texto), isto ,

    os dados das condies de produo do acto da fala.

    O que eu quero enfatizar aqui um aspecto que raramente levado em conta pelasvrias correntes da anlise do discurso, e que me permite introduzir o conceito decontexto situacional. O aspecto que se relaciona com as condies de produo, no s ospressupostos de posicionamento interdiscursivas (para alguns pressupostos ideolgicos),mas tambm a embalagem da situao de comunicao em si: a natureza da identidadedos parceiros da ato de fala, a propsito da situao, dispositivos e circunstnciasmateriais do mesmo. Este conjunto o que eu chamo de um contrato de comunicao, o

    que obrigou o alto-falante, dando instrues discursivas que devem ser seguidos pararealizar o ato de enunciao.Embora etngrafos e ethnomethodologists de comunicaointeracional acostumados nos a tomar estas variveis em considerao para analisar asconversas, mas eles no so suficientemente tidos em conta na anlise do discurso. quea anlise do discurso tem trabalhado principalmente no pressuposto de que o poder dalinguagem reside mais no que as palavras dizem o que eles transmitem. E assim temmuito focado no que a linguagem, sem questionar o poder da linguagem como um efeitode influncia. Em outras palavras, para citar uma observao de Roland Barthes, sempre

    pensamos que o sinal de "significar" e esquec-lo "significa". Mas o fenmeno designificncia dos resultados de duas: meios de linguagem, ao mesmo tempo que envia e o acto de transmisso significa que, com o efeito que tem sobre o outro ou seja, a suainterpretao.No pergunte a questo dos efeitos que amputar o ato de fala de seusignificado fenomenal, ou seja, que o resultado de uma co-construo. Voc no podecompreender o significado de palavras como "preferncia nacional", se for consideradoem seu contexto situacional, que nos que emprega (Jean-Marie Le Pen), o endereo deque (os cidados-eleitores dizem ), no qual dispositivo de comunicao (campanha), comque finalidade (atrair), e, claro, relacionando-a com alguma tradio histrica francs

    (interdiscurso).

    O problema que se coloca que a relao entre, por um lado, que o endereo deretorno a partir do ponto de vista dos valores, e outros efeitos que podem ocorrer. Porexemplo, o poder de influncia das palavras do discurso poltico no apenas com afora do projeto de idealismo social que eles carregam, mas tambm, cada vez mais, em

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    seus sistemas de eco espera cidados (espelhado), que so mais sensveis ao carisma depersonalidades polticas, as emoes que eles geram, como idias.

    O contexto situacional deve ser considerada em p de igualdade com os outros paraformar um corpus. Obviamente, nenhum corpo no pode levar em conta todos esses

    contextos, mas a considerao da multiplicidade contextual que podemos construir ocorpo de uma forma fundamentada.

    Anlise do discurso corpus especfico

    Para considerar estas distines: o discurso como significado / texto como contexto deconfigurao em seus trs aspectos (paratextual, interdiscursivas e situacional), somoslevados a justificar um corpus de fala sempre uma construo resultante de vrios tiposde agrupamento: corpus de acordo paratext (de palavras, declaraes, modos de

    enunciao), de acordo corpus interdiscurso (conhecimento do conhecimento, oconhecimento da crena), corpus, dependendo da situao (alto-falantes, efeito edispositivo). Estes agrupamentos so baseadas na anlise de problemas e definir ocontraste escolhido.

    Corpus e anlise do problema

    Ns no usamos o problema termo com o significado que tem no uso comum, como nafrase "Ela problemtica" para dizer que a questo difcil de explicar, ainda no

    resolvido, ou que uma afirmao incerto, duvidoso ou s vezes suspeito. Um problema(uso substantivo) um conjunto coerente de proposies hipotticas (ou suposies)que, dentro de um campo de estudo, determinar tanto um objeto, a anlise de ponto devista e questionar por oposio a outras perguntas possveis. No confundir as questes eteoria que diferem em que este ltimo tem um corpo de conceitos e categorias mais oumenos modelada acompanhado por um quadro metodolgico.

    Ao observar os estudos que afirmam que de uma forma ou de fala, e questionando otipo de objeto que analisar e projetar so o sujeito que a oficial, podemos identificar

    trs questes importantes que chamamos cognitiva, comunicativa e representativa, cadaum determinando um tipo de corpus.

    Um problema chamado cognitivo e categorizao:

    O objectivo do estudo considerado como um conjunto de mecanismos discursivosem questo identificar a existncia e modo de arranjo dentro de qualquer produodiscursiva (texto ou indicaes aleatrias) ou descrever como elas funcionam, e,

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    particularmente, o seu modo de produo. No primeiro caso, estudo, por exemplo,conjuntos de coerncia e coeso em um texto, ou algumas palavras do discurso(conectores, termos). o segundo caso na obra de alguma linguagem psico-cognitivoque procuram descrever o curso de organizao discursiva "para baixo" ou "para cima"implementao dos esquemas, scripts e cenrios. Em ambos os casos, que sai das

    categorias instrumentais de anlise usados para identificar ou produzir configuraesdiscursivas.

    O assunto preocupa com a determinao de um objeto chamado cognitivo na medidaem que se reflete em como a sua capacidade de produzir ou identificar operaes dearticulao discursiva: cataphoric ou anafrica relaes, conexes ou detalhes relaesde subordinao da coerncia e coeso, crescimento e no-contradio, etc., semqualquer considerao de sua natureza social.

    Nesse problema, o corpo no precisa ser preenchido de acordo com um estadoparticular de comunicao. Deste ponto de vista, pode-se dizer aleatrio, e apenaslimitado pelas contextos lingusticos em que estes mecanismos parecem. Estamoslidando com um corpo de co-ocorrncia por categorias funcionamento lingstico-discursivos.

    Pertencem a este problema, o trabalho de acordo com as teorias da pressuposio e osignificado das palavras a partir de discursos, topoi e orientao argumentativa epragmtica (conectores, embreagens e atos de fala) e trabalhar em texto gramtica que

    lida com problemas de coerncia e coeso textual.

    A chamada problemas comunicativos e descritivos

    O objeto de estudo emprico aqui, ou melhor, ele determinado a partir daobservao (mais ou menos ingnua) manifestaes do mundo fenomnico. Porexemplo, podemos observar que o comportamento dos indivduos em suas taxas de atossociais tm alguma recorrncia tornando a suposio de que eles esto sujeitos acondies de desempenho e obedecem as regras de c que ele permite que seja no

    objecto de anlise. Portanto, ser derivada deste estudo emprico pode ser estruturadacomo "tipos ideais" (como durkhemien sentido) Comunicao, e dentro, que sodescritas as caractersticas discursivas que incidem sobre cada um dos eles (alto-falantede identidade, propsito do dispositivo). Essa abordagem leva, entre outras coisas, oestabelecimento de vrias chamado discurso, textos, gneros ou tipos de situaescomunicativas, mas todos envolvem uma teoria dos tipos ideais de comunicao. Este

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    problema pode ser chamado descritiva porque visa descrever os tipos de situaescomunicativas.

    A questo aqui est relacionada com as trocas comunicativas empricos, mas tambm construdo e teorizado em termos de como ns construmos e teoriza essas trocas. O

    sujeito , portanto, uma questo de comunicao definida por sua identidadepsicolgica e social, um comportamento que completado por duas foras exercidas, seele quer inserir na troca (a este respeito pois "on", tema da norma contratual), e suasprprias intenes com relao ao outro (a partir deste ponto de vista, um "eu", umsujeito individualizado).

    O corpo sente esta viso emprica do objeto de estudo. Ele geralmente consiste detexto (linguagem estado produes) que so agrupados de acordo com a sua pertena aum determinado tipo de situao. Por exemplo, os textos publicitrios, textos

    jornalsticos, textos de livros didticos, textos administrativos, textos de programaspolticos e vrios textos de conversao (telefonemas, inquritos, entrevistas, entrevistas,debates, etc.). Este tipo de agrupamento ento utilizado para fazer comparaes sobreo mesmo contexto paratextual e situacional.

    Pertencem a este problema, contornar a descrio dos tipos de discurso e objetosempricos categorizados situao de comunicao

    A chamadas questes de representao e interpretativa

    O estudo desse objeto definido por meio de hipteses de representaes scio-discursivas que so assumidos para ser dominante em um determinado momento dahistria de uma empresa (que so scio-histrico) e eles caracterizam um determinadogrupo social. Nisso eles so interpretativo, porque voc tem que ter inicialmente umahiptese sobre o que "posies sociais" em relao s "prticas discursivas" e "tipos deassuntos" que lhes so inerentes. A dificuldade deste problema reside precisamente nofato de que estes pressupostos no e para isso temos de confiar em eventos discursivosextremamente diversas, nem sempre explcitas, ou mesmo difuso e obscuro, que um

    problema para a constituio do corpo.

    O sujeito, nessa perspectiva, tambm problemtica e tem sido frequentementediscutido. Porque a fonte de discursivas que constroem representaes, pode serconsiderado um sujeito passivo ou activo. A partir da, duas posies:

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    uma, radical, que d essa outra existncia do que a de uma "iluso", porque seriacompletamente sobredeterminado pelo que Pcheux chamou de "pr-construdo",de "formas discursivas." O assunto no pertence, falado por uma adio que serchamado s vezes a ideologia (Althusser), s vezes inconsciente (Authier-Revuz),diluindo a conscincia do grupo social. Como no outro caso, o sujeito no um

    "eu", mas "ele" (ideolgica ou inconsciente) que fala atravs do alto-falante, e no por acaso que os defensores desta posio sempre fez um paralelo entreideologia e inconsciente.

    a outra posio menos abrangente. Ela no nega o jogo da sobredeterminao dosujeito, mas em vez de fazer uma iluso, algo positivo. Ela existe em todas associedades discurso doxa (lugares comuns, esteretipos, o conhecimentocompartilhado). Eles circulam e so distribudas de forma no aleatria emdiferentes grupos sociais. Qualquer assunto est realizando, em parte, algumas

    dessas palavras, e ao mesmo tempo esta associao revela a sua posiosocial. Assim, podemos dizer que, de alguma forma, este "responsvel" por suasperformances, o que no significa que ele est consciente. Ecoar esta posio quechamamos de trabalho sociolgico de alguns socilogos franceses que fazem partede uma sociologia construtivista, bem como aqueles que trabalham para analisaras representaes do espao pblico na mdia.

    O organismo varia de acordo com uma ou outra posio. Na primeira, o corpusconsiste em um conjunto de arquivos-texto que so escolhidos por seu valor simblico

    dominante, na maioria das vezes relacionada a um discurso instituies sociaisdicionrios, enciclopdias, produes discursivas de grupos existentes (listas de queixas,partidos polticos, sindicatos) e todas as produes valor discurso fundador.

    Na segunda posio, o corpo constitudo por um conjunto de sinais que-os sintomasque so to emblema de sistemas de valor ir ser chamado. Estes sinais podem serpalavras ("racismo", "imigrao", "solidariedade", etc.) Ou vrias frmulas ("limpezatnica"), revelando maneiras de dizer, ele tambm pode ser signos icnicos (encenaesde imagens) para o estudo de tais "representaes de mulheres" em propagandas ou

    "violncia" na televiso. O corpo aqui a ordem interdiscursiva, mas pode incluir outroscomponentes, na medida em que podemos fazer a suposio de que os vrios elementosde uma situao de comunicao (identidade, finalidade, dispositivos) tambm refletemos valores e ideologias. Por exemplo, se compararmos a forma como a imprensa viu a suaseco e gneros de escrita h 50 anos e agora podemos ver que a maneira de consideraro seu papel no simbolismo democrtico mudou. O que nos leva de volta ao problemaanterior.

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    A definio de contraste: um jogo de desconstruo / reconstruo

    Seguindo a premissa de que Saussure disse que o significado vem da diferena, osentido da fala s podem ser inseridos nos contrastes, por causa do confronto de vriasseqncias discursivas. Assim, o corpo tem que ser construdo de acordo com algumasvariveis para comparar, as variveis externas ou internas.

    As variveis externas so utilizadas para ser comparada com os conjuntos ou textuaisdiscursiva pertencentes a diferentes perodos de tempo (varivel): por exemplo, a prensaem comparao com o sculo XIX que hoje. Alternativamente, esses conjuntos podempertencer a diferentes espaos (varivel espacial e cultural): por exemplo, o francspublicidade em comparao com a publicidade brasileira.Ou eles podem pertencer adiferentes dispositivos situacionais (tipo varivel): por exemplo, o discurso poltico eodiscurso comercial para se estratgias de persuaso so os mesmos. Estes corpuscontrastando determinante das discusses que se opem a vrios pontos de vista: umque defende a sustentabilidade da fala (" sempre a mesma ao longo do tempo e doespao"), ao contrrio de um que probe qualquer mudana de preo de endereo("Nunca o mesmo em diferentes pocas), ou a vista que diversos gneros discursivosglobalizados:" All That (discurso poltico, o discurso comercial), propaganda ", em

    frente a quem se destaca. Semelhanas e diferenas entre as caractersticas de vrioscorpo pode agir para mudar ou continuidade do discurso, sua generalidade ouespecificidade quanto ao contexto de produo, ou do tipo. Mas h tambm os chamadosvariveis internas, na medida em que eles se inserem no mesmo campo do discurso. Elescorrespondem aos componentes situacionais que estruturam o campo das prticassociais. O campo poltico, por exemplo, composto por vrios campos de atividade: a deque o governo, parlamentos, partidos, dicas (constitucional, estado, econmica e social),etc. A palavra no flui da mesma maneira que, padres contratuais no so as mesmas,as estratgias discursivas no implement-la da mesma forma, assim, o significado daspalavras variar estas situaes. Alm do fato de que o discurso poltico no a mesma,quer por parte dos atores em uma situao de conquista do poder (campanha) ou oexerccio do poder, o primeiro que leva produo de promessa fala so a ordem deconvenincia, o segundo justificao do discurso que so o reino da possibilidade.Ser,ento, necessrio para construir dentro de um amplo corpus poltico sub-corpus emvrios contextos situacionais.

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    H tambm uma outra maneira de fazer contrastes com variveis internas. isso que a realizao de comparaes entre textos sobre os mesmos conceitos.Este o trabalhoque somos levados a fazer ao analisar as declaraes de polticos, buscando compreenderos significados atribudos a palavras como "autoridade", "igualdade", "dever" e"direita". ento necessrio recorrer a escritos filosficos sobre a repblica ou

    democracia

    Esta variedade de corpus de acordo com as diversas questes a que se referem e emum jogo de desconstruo / construo levando a sub-corpus, nos referimos a duasquestes que so amplamente discutidos na anlise do discurso: a questo da abertura /fechamento corpus, a questo do seu tratamento quantitativo e qualitativo /.

    A questo heurstica: abertura / fechamento do corpus

    Resumindo a considerao acima, dizemos que um corpo depende do tratamentodecidimos aplic-lo (sob a influncia de um problema e um conjunto de construomista). Podemos dizer que esta uma circularidade pouco expansivo, mas o quemais? Ns no vamos to longe como dizer que ", finalmente, o corpo que faz com que ateoria", porque negaria a pesquisa dedutivo-indutivo em cincias humanas e sociaisduplo movimento, mas eles vo dizer: "Diga-me Qual o seu corpo, eu vou lhe dizer qual o seu problema / me diga qual o seu problema, eu vou lhe dizer o que o seu corpo. "

    O corpo e faz parte de uma abordagem heurstica, na medida em que oferece um certo

    percurso intelectual de hipteses para descobrir "fatos e idias", isto , interpretar. Parainterpretar uma operao delicada que pode ser feito aps o fato, ainda que de umaabordagem mais experimental que as suposies anteriores. Interpretar um processode ligao entre os fatos observados com outros fatos para obter, por inferncia, ospressupostos sentido. Mas h uma outra atividade interpretativa, que relacionar osresultados de uma anlise descritiva com outros analisa: os de outros corpus relacionado(artigos confronto de diferentes jornais para interpretar semelhanas e diferenas) eaqueles corpus de textos na mesma rea, mas em situaes diferentes (comparao detextos jornalsticos de diferentes perodos) e aqueles, enfim, analisa oferecido por outrasdisciplinas no mesmo campo discursivo (filosofia, histria, sociologia, psicologia social),por exemplo, na esfera poltica.

    Na abordagem de cincias humanas e sociais dupla: "emprico-descritivo" e"hipottico-dedutivo". Uma coisa no vai sem a outra: o primeiro mais dependente deferramentas metodolgicas, segundo conceitos fundadores e categorias explicativas. Oprimeiro segue um movimento centrpeto, o segundo em um movimento centrfugo, que

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    por isso que o corpo que fazem parte desses movimentos, por vezes, tendem a fecharem si mesmos, s vezes aberta.

    por isso que um corpo nunca uma desculpa, no sentido de que um ponto departida necessrio para a anlise do discurso, os textos a serem constantemente

    confrontados com outros textos e outros corpus. Porque os significados sociais sodivididos em uma ampla combinatria de palavras relacionadas com os seus diferentescontextos. tambm por isso nenhum corpo nunca est fechado permanentemente oseu encerramento s pode ser o resultado de uma determinao preliminar depropsitos operacionais. Estes so os parmetros "contrastivit" (externa e interna) decorpus pelo jogo de semelhanas / diferenas fazem sentido.

    Como, ento, o projeto de um corpus completamente fechada sobre si mesma, massabemos que ele precisa enfrentar outro corpus para dizer, eo projeto de um corpus

    declarou aberta mas devemos tentar controlar horizontes, sob pena de no ser capaz detorn-lo operacional? Eu continuei a compartilhar o meu mtodo de caracol de um corpoprimeiro ncleo determinado pelos parmetros de tempo, espao, sexo, dispositivos,alto-falantes, temas, etc, e nesta funo. em seguida, estender gradualmente o corpus,comparando-o com os outros, conforme o caso, dependendo das questes que surgemcomo e anlise, a anlise que se prope objetivos.

    Vou dar, por exemplo, o estudo do discurso em uma campanha. Primeiro, vamosconstruir o corpus do candidato X cujas declaraes analisamos diferentes

    categorias. Ento podemos comparar estes resultados com o corpo de declaraes decandidatos concorrentes para identificar as diferenas jogos e encaminhamentos para ooutro, uma espcie de jogo de espelhos, como afirma D. Mayaffre designado pelo termo"corpus reflexiva". Podemos tambm comparar estes resultados com o corpus doscandidatos do mesmo partido em eleies anteriores para identificar como o candidatoir seguir a mesma doutrina como seus antecessores ou diferenciado, e pode atmesmo estender a comparao incluindo o corpus declaraes e escritos sobre aideologia do candidato pertencente a medir o grau de filiao poltica, e podemos fazer o

    mesmo trabalho para o confronto cada outro candidato. Podemos tambm comparar odesempenho de cada candidato em situaes de comunicao em que est localizada(reunies, entrevistas jornalsticas, relatrios de TV, debates, etc.) Para verificar se suasestratgias de persuaso so iguais ou diferentes em cada um destes casos.

    Todos corpus referindo-se a outro corpo em uma srie de contextos situacionais, eforma paratextual interdiscursivo, gradualmente construda que G.Genette chama dearchitextuality, uma noo ecoou pelos defensores de processamento de texto

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    informatizado. Um conjunto de reflexividade entre o corpo que vemos que ele no podeser to aberta como a descoberta progressiva das questes em anlise a partir dessesconfrontos que se refere a outros textos e, assim, outro corpus.

    A questo do tratamento quantitativa / qualitativa do corpus

    Concordo com a opinio daqueles que dizem que o corpo no a ferramenta depesquisa, mas o objetivo da pesquisa, pelo menos, o objeto que foi construdo em corpuscom base em pressupostos tericos e metodolgicas. Isso levanta a questo dotratamento do corpo, como um corolrio para a questo da relevncia de uma anlisequantitativa em termos de anlise qualitativa.

    Minha prtica sobre anlise e mtodo analtico provamos na obra do Centro emanlise do discurso da mdia corpus, eu desenh-lo deve-se distinguir entre o que da

    ordem de coleo dados, declaraes de recorrncias, a identificao das condies decomunicao.

    A coleta de dados parte de um documento lgico. O objetivo coletar, descrever eclassificar os objetos no mundo e os fenmenos sociais, com base em critrios de forma,sem pressupostos especficos que orientam a pesquisa em uma direo ou outra, e comuma perfeio ideal. Este diversos rankings de arquivamento, catlogos e bases dedados. A abordagem aqui "emprico-indutivo", com base numa metodologiatechnocratic: marcadores de descrio e classificao, foram concebidos em simultneo

    com as caractersticas da ferramenta tecnolgica (o rendimento da ferramenta podeinfluenciar novamente tags e categorias), e modos de representao destes rankings(rvores, estatsticas nuvens, mesas para vrias correlaes) extraes de dados efornecer ao usurio os meios para consultar. um mtodo de "descritivista". Talcatalogao vital para qualquer corpo a pesquisa, mas no deve passar esta fase derecolha de equipamento analtico para a anlise propriamente dita, uma vez que est amontante da anlise.

    Ele est usando o banco de dados de Inathque na televiso, rdio e Internet (em

    constituio) que a equipe DAC realizou sua anlise.

    A declarao de recorrncias implica que a pesquisa deve ser dirigida. Aqui, aocontrrio do caso anterior, os dados so correlacionados com as variveis externas queesto relacionados com a relevncia com uma anlise objectiva e as recorrncias soidentificados e classificados em uma determinada ordem, de acordo com estasvariveis. Por exemplo, uma ordem de repetio de palavras e frases correlacionadas a

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    um tipo de alto-falante em uma determinada situao (um candidato em uma eleio),ou de uma ordem de recorrncia temtica relacionada com algum apoio, como ainstruo dos tpicos por um jornal sobre um determinado evento e comparados com osencontrados em outros jornais.Podemos obviamente multiplicar as variveis, e umaviso geral dos resultados estatsticos de ocorrncias correlacionadas com diversas

    variveis externas sero obtidos.

    Aqui, podemos dizer que, ao contrrio do caso anterior, estamos lidando com umaanlise quantitativa fornece informaes valiosas para outro posterior anlise, bem comoo desenvolvimento de tcnicas mais eficientes ferramentas (software e digitalizao)permitem neste momento a proceder rapidamente a essas declaraes.

    neste tipo de anlise quantitativa que se encaixam muitos pesquisadores afirmam,em sua prpria maneira, um corpo-large corpus lingustico deveria dizer, porque no h

    uma linguagem que corpus. Este trabalho apresenta resultados importantes, s vezesnecessrios para estabelecer de forma mais objetiva uma anlise semntica. Mas paraquem estiver interessado no apenas no sentido das palavras, mas o seu impacto socialem situaes de comunicao (palavras como um fator de influncia social), no se podedeixar de fazer as seguintes observaes:

    a importncia eo impacto de uma palavra (ou seja, o efeito de sentido) no estonecessariamente relacionadas com a sua recorrncia: a "fratura social", usado porJacques Chirac na campanha presidencial 1995, as palavras "karcher" e "escria"

    empregada por Nicolas Sarkozy, foram utilizados uma vez pelos autores, eo efeitoque eles produziram , obviamente, no sentido de que eles tinham em seu contextosituacional e interdiscursivo, mas tambm porque eles foram relatados pelosmeios de comunicao, para que outras do corpo. O impacto das palavras nonecessariamente obedecem a um critrio quantitativo. O importante que eles soparte de uma rede discursiva e eles ecoam um sistema consciente de espera maisou menos.

    o significado das palavras, como sabemos, plural. No s por causa dos seus

    mltiplos significados, mas tambm porque colete de acordo com os contextoslingsticos e interdiscursivas paratextual o que poderia ser chamado de"polydiscursivit". E isso difcil de medir quantitativamente.Vou dar umexemplo: recentemente, durante a ltima campanha eleitoral, as pesquisaslexicometric destacaram a propenso de os dois principais candidatos NicolasSarkozy e Sgolne Royal para usar o pronome de primeira pessoa, I. Isto reforouos comentaristas que concluram que uma maior personalizao da

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    campanha. Note-se, em primeiro lugar, que a julgar essa personalizao, voc devecomparar estas declaraes com as de campanhas anteriores. Agora, se voltar paraa campanha de 1988, tambm se pode observar um importante uso do pronome I,da parte de alguns candidatos. Isso natural, uma vez que um conjunto dealternncia I / We est registrado no discurso de campanha contrato

    comunicativo: o candidato tanto como o portador da soberania popular (ns), ecomo lder diferente das outras (I).

    Mais importante ainda, se estudarmos o uso destes no s no seu contexto lingstico,mas em relao a cada declarao poltica (paratextual) meio ambiente e com todos osdiscursos que se faa referncia ( interdiscurso), percebemos duas coisas. Por um lado,para que eu de Nicolas Sarkozy e Sgolne Royal obedecer a mesma preocupao de sedestacar a partir do dispositivo de seu partido, estes so eu diferenciao. Mas, por outrolado, h uma diferena entre os dois: I (mais exatamente, eu quero) de Nicolas Sarkozy

    construir a figura de um lder poderoso e forte, tendo o cuidado de todas asresponsabilidades e decises, o estabelecimento de um homem de ao com ardorblico, enquanto Sgolne Royal construir a figura de uma mulher combatente animadaprofunda convico, o que reflecte uma atitude de proteo e ouvir, a sinceridade dossentimentos, de ardor fez mais coragem e tenacidade do que o desejo de poder, estes soI de propriedade.

    Deste ponto de vista, a anlise quantitativa, sem rcuses no pode fornecer osresultados da anlise qualitativa, ansiosos para ter em conta as redes interdiscursividadepode entregar. Ele vai mesmo manter (dada a mania atual para estes analisa o nmero)para materializar o primeiro, porque isso levaria neutralizao de segundos, o quereduziria significativamente o poder explicativo da anlise do discurso.

    Lembre-se que a lgica da pesquisa baseada em uma "emprico-dedutivo" e para trsentre, de um lado, o estabelecimento de anlise e pressupostos objetivos significativos, eoutros mtodos de abordagem observao de objetos e colees de dados usandoinstrumentao que deve levar em conta os objetivos e pressupostos previamente

    estabelecidos. Trata-se de uma ida e volta entre estes dois plos so desenvolvidosconceitos, ferramentas de anlise e interpretao dos resultados.

    ***

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    Resta referir que o leitor estudos no realizados anlise de discurso Centre parailustrar esta relao entre a anlise quantitativa e qualitativa que eu resumir aqui umaabordagem poucas palavras.

    No que diz respeito forma como os relatrios de televiso de eventos sociais (guerra,

    conflito social), deve ser abordada em primeira instncia, os sujeitos postou sobre oassunto e, para isso, ele est imerso no banco de dados de Inathque um extrato detpicos E a questo que um "sub-base" (o que corresponde fase dos dados doinqurito). Em seguida, efectua uma descodificao de hardware sistemtica emconjunto, com base em um conjunto de parmetros externos referentes situao deenunciao eo sujeito.

    Assim, ele foi capaz de estabelecer para cada um dos nossos estudos:

    para o dispositivo expositivo:o tipo de programa (telejornal, reportagens, entrevistas, debates, etc.) que

    determina a importncia do modo de seqncia de cada tratamentodiscursivo (descrio, narrao, comentrios argumento);

    o a identidade dos atores envolvidos (, jornalista poltico cientfico, enviadoespecial da instituio, cidado, etc.) que identifica a legitimidade eaautoridade de falar em pblico;

    com o tema:o Capital temtica (nmero de indivduos e durao da aparncia) que cada

    cadeia dedicado a eventos tema. Isso proporciona um fato objetivo sobre aimportncia dada ao evento por cada cadeia em relao ao seu concorrente;

    o a hierarquia temtica (tempo mdio) no momento da ocorrncia do-tema doevento em cada edio do JT (comeo, meio, fim), dados objetivos sobre aestratgia de tratamento dentro do programa (o "driver") de cada canal.

    o

    distribuio de reas cnicas, tais como contedo varivel para determinar aimportncia relativa do universo de referncia chamado de processamentode eventos (cenas civil, humanitria, diplomticas, etc, para a guerra naBsnia,. cenas cientficos, polticos, tica, etc. para polmica sobre aclonagem), que refletem a dramatisante ou argumentativo oferecido cadaorientao cadeia.

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    Esta fase quantitativa permite uma mo para ser indicadores com base nos resultadosestatsticos, pistas que so susceptveis de desempenhar a funo dos sintomas, e sobreos quais iremos focar ainda mais anlise qualitativa, pode, por outro lado, ser umaamostra do corpo, isto , um conjunto de fragmentos de texto que pode ser consideradorepresentativo em termos das categorias utilizadas para analisar qualitativamente: as

    vozes dos atores, caractersticas do dispositivo, o tratamento o tema. Assim, podemosescapar das crticas que s vezes feita a amostragem, que apenas uma parte que alegarepresentar o todo. A amostra no parte de um todo (como seria uma amostrarepresentativa da totalidade das palavras de texto), e consiste em categorias, cada umdos quais actua como um ponto focal em que a concentrar-se a anlise qualitativa (alto-falantes, gneros, temas).

    E estudo quantitativo que ela faz sentido em si, mas uma direo provisria para serconfirmado, corrigido ou contradito, e todos alargada e aprofundada pelo caso de anlise

    qualitativa.

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    Notas

    [ 1 ] Ver a revista Corpus publicado pela Universidade de Nice-Sophia Antipolis,especialmente nmeros 1 (2000) e 4 (2005).

    Para citar este artigo

    Patrick Charaudeau: "Diga-me qual o seu corpo, eu vou te dizer qual o seu problema",o jornal Corpus n 8, Nice, 2009, acessado em 30 de abril de 2013 no site de PatrickCharaudeau - livros, artigos, publicaes .URL : http://www.patrick-charaudeau.com/Dis-moi-quel-est-ton-corpus-je-te, 103.html

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