Diferentes modos de conhecer

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DIFERENTES MODOS DE CONHECER

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DIFERENTES MODOS DE CONHECER

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DIFERENTES MODOS DE CONHECER Conhecer e pensar

Conhecimento sensorial e conhecimento intelectual

Conhecimento vulgar e conhecimento cientifico

Conhecimento intuitivo e conhecimento cientifico

Conhecimento teológico e conhecimento cientifico

Conhecimento filosófico e conhecimento cientifico

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CONHECER E PENSAR O ser humano é dotado da

capacidade de conhecer e de pensar.

“Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e subjugai-a, dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”.

O homem é “o ser verdadeiro, o olho que vê o mundo”.

O conhecimento supõe e exige três elementos a saber: o sujeito, o objeto e a imagem.

Conhecer verdadeiramente e conhece sem pensar.

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CONHECIMENTO SENSORIAL E CONHECIMENTO INTELECTUAL

Conhecimento sensorial

É o conhecimento comum entre seres humanos e animais irracionais. Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato, audição e paladar).

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Conhecimento intelectual

Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente. Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma lógica.

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CONHECIMENTO VULGAR E CONHECIMENTO CIENTIFICO

Conhecimento vulgar; O conhecimento vulgar, também

denominado conhecimento empírico, é o modo comum, espontâneo, pré-crítico de conhecer. É o conhecimento do povo, conhecimento de oitava que atinge os fatos sem lhes inquirir as causas. A este conhecer as coisas superficialmente, por informações ou experiência casual é que se dá o nome de conhecimento vulgar ou empírico.

Exemplo de conhecimento vulgar A chave está emperrando na fechadura

e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos descobrindo (conhecendo) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.

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Conhecimento cientifico; Diversamente do que acontece com

o conhecimento vulgar, o conhecimento cientifico não atinge simplesmente os fenómenos na sua manifestação global, mas os atinge em suas causas, na sua constituição íntima, caracterizando-se, desta forma, pela capacidade de analisar, de explicar, de desdobrar, de justificar, de induzir ou aplicar leis, de predizer com segurança eventos futuros.

Exemplo de conhecimento cientifico

Descobrir uma vacina eficaz que evite algum tipo de doença.

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Características que contrapõem o conhecimento cientifico ao conhecimento vulgar.

O conhecimento cientifico é privilégio de especialistas das diversas áreas da ciência, enquanto que o conhecimento vulgar é comum e possível a todo ser humano, de qualquer nível cultural.

O conhecimento vulgar gera certezas intuitivas e pré-críticas, enquanto o conhecimento cientifico justifica e demonstra os motivos e fundamentos de sua certeza.

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CONHECIMENTO INTUITIVO E CONHECIMENTO CIENTIFICO

É a capacidade que o homem tem de atingir o objeto de forma imediata e espontânea sem intermediários, resulta na vida prática e concepções pessoais de cada um.

Cumpre observar que o fenómeno do conhecimento embora pareça simples, envolve uma multiplicidade de atos. Em primeiro lugar os dos sentidos.

Entretanto além de forma discursiva do conhecimento racional, incube apreciar a questão relativa ao conhecimento intuitivo, isto é, imediato.

Inture: significa ver, intuição

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Intuição sensorial A intuição existe com toda evidência, corresponde

aos dados percebidos de forma imediata pelos sentidos.

Intuição intelectual Além da intuição sensorial de experiência interna e

externa, existirá uma forma de conhecimento relacional, intelectual, espiritual, também intuitivo.

É quando se fala de intuição como modo de conhecimento, entende-se a intuição intelectual, e não a sensorial. Conhecer pelas “razões que a própria razão desconhece” é uma espécie de conhecimento do “coração” e não da razão.

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Intuição estética A existência da intuição estética

pelo sentimento parece estar fora de dúvida, tanto quanto a intuição intelectual, como a beleza da criação artística, são apreendidas intuitivamente. E pode-se dizer mais: a beleza da criação artística só pode ser, como tal, apreendida por intuição estética; não há operação intelectual que aprenda ou crie, ou transmita o belo.

Belo é o que agrada a vista, o que desperta sentimento de prazer estético.

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O conhecimento intuitivo distingue-se do conhecimento científico e contrapõe-se a ele por tríplice razão:

1 Enquanto o conhecimento intuitivo se reduz a um ato, simples e indivisível, o conhecimento científico resulta de um processo complexo de análise e de síntese.

2 Enquanto o conhecimento intuitivo consiste em um ato de experiênciasensível ou espiritual, o conhecimento científico toma a experiência comoprimeiro passo ou estágio inicial de um longo processo de pesquisa.

3 Enquanto o conhecimento intuitivo é de ordem subjetiva, o conhecimento científico fundamenta-se na objetividade e na evidência dos fatos; e porque essa objetividade e evidência são demonstradas experimentalmente ou logicamente, o conhecimento científico adquire o caráter objetivo de validade geral e independente de intuições.

CONFRONTO ENTRE CONHECIMENTO INTUITIVO E CONHECIMENTO CIENTIFICO.

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CONHECIMENTO TEOLÓGICO E CONHECIMENTO CIENTIFICO

Conhecimento adquirido a partir da fé teológica, é fruto da revelação da divindade. A finalidade do teólogo é provar a existência de Deus e que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação.

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Possível identidade do objeto material;

Diversidade de princípios;

Diversidade de princípios ou fundamentos objetivos;

Passos do conhecimento teológico;

Fé religioso e tendência volitiva;

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CONHECIMENTO FILOSÓFICO E CONHECIMENTO CIENTIFICO

Mais ligado à construção de ideias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição humana.

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Origem da atitude filosófica No período da pré-filosofia, isto é, no período mistico-teologico da

humanidade, que vai de épocas imemoriais do século VII a. C. todos os livros são sagrados; seus autores se atribuem especial ou inspiração divida ao escrevê-los; quando não os lideres políticos religiosos ou o próprio povo lha atribui.

O sentido da filosofia como sabedoria humana Os homens que buscavam soluções racionais para todos os

problemas eram chamados (sophoi), isto é, sábios, na Grécia do século VI a. C. Ora, sábio é um adjetivo de sentido vinculado ao verbo latino sapere que significa “ter sabor de” como nesta frase: A carne de patos bravos sabe peixe”,

Origem pitagórica da palavra filosofia A palavra filosofia surgiu através de Pitágoras, e significa amor ou

amizade pela sabedoria ou capacidade de perceber o certo e o errado nas coisas da razão.

A filosofia universidade de conhecimentos O sentido etimológico e o contexto histórico, que cercou a origem

da palavra filosofia, caracterizam-se como esforço da razão pura para questionar problemas humanos e discernir entre o certo e o errado, sem fazer apelo a iluminações divinas, e recorrendo unicamente às luzes da própria razão humana.

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Distinção entre filosofia e ciência positiva Seria um erro atribuir a Aristóteles a definição de Filosofia como

simples somatória dos conhecimentos humanos. Se, por um lado, para Aristóteles Filosofia é a ciência de todas as coisas, cumpre notar que as ciências não se distingue pelos objetos materiais, mas pelos respectivos objetos formais, conforme ensina o próprio Aristóteles. Assim, por exemplo, o “Homem” pode ser objeto de material da História, da Psicologia, da Sociologia, da Medicina... Mas é evidente que cada uma dessas ciências atingirá o mesmo objeto material “Homem” sob ângulos, aspectos ou razões formais distintas.

Menente para revisão 1. O sábio que utilizou a palavra Filosofia foi Pitágoras, no século VI a.

C. Filosofia significa devotamento a sabedoria em sentido etimológico. 2. Alguns atribuem a Aristóteles o equivoco de ter dado à Filosofia o

sentido de somatória dos conhecimentos humanos; estão enganados, pois o mesmo não mistura, não confunde a Filosofia com as ciências particulares, ao dizer que a Filosofia é a ciência de todas as coisas pelas últimas causas.

3. Filosofia não se confunde com os devaneios sobre fantasias; questiona problemas reais, usa princípios racionais, procede de acordo com as leis formais do pensamento, tem método próprio, predominantemente dedutivo nas suas colocações críticas.

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Diferenças entre o conhecimento e o conhecimento filosófico

Objeto diferente: o conhecimento cientifico atinge fatos concretos, positivos, fenómenos perceptíveis pelos sentidos, mediante instrumentos, técnicas e recursos de observação. Já o objeto da Filosofia são ideias, relações conceituais, exigências lógicas não redutíveis a realidades materiais.

Método diferente: o método do conhecimento científico é experimental; a ciência caminha apoiada nos fatos reais e concretos e só afirma aquilo que a experimentação autoriza, enquanto a filosofia usa o método racional no qual prevalece o processo dedutivo, que antecede a experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência lógica.

Análise e síntese: o conhecimento cientifico delimita, fragmenta, analisa o objeto da pesquisa, enquanto a filosofia está sempre à procura do mais geral.

Objetivo diferente: o objetivo da ciência consiste na descoberta das relações positivas de causa e efeito. O objetivo da filosofia é questionar as conclusões da própria ciência a procura de sentido ou de interpretação mais ampla que responda às grandes indagações do espírito humano.

A filosofia indaga – A ciência avança: a ciência soma suas conquistas e progride; está em constante reconstrução e avança à medida que novas descobertas são incorporadas ao seu domínio. A filosofia indaga, traça rumos, assume posições, estrutura correntes que inspiram ou dominam.

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O conhecimento é dividido em uma série de categorias: conhecimento sensorial, que é o conhecimento comum entre seres humanos e animais, conhecimento intelectual que é o raciocínio; pensamento do ser humano, conhecimento vulgar, que é a forma de conhecimento de uma determinada cultura, conhecimento científico que são análises baseadas em provas, conhecimento filosófico que está ligada à construção de ideias e conceitos, e o conhecimento teológico que é o conhecimento adquirido a partir da fé.