Diário do Comércio - 11/09/2014
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Transcript of Diário do Comércio - 11/09/2014
Página 4
ISSN 1679-2688
9 771679 268008
24205
São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2014Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.205R$ 1,40
São Paulo infartouImportante artériado Centro, a rua BoaVista foi entupidapor menos de cemsem-teto, às 11h.Horda de pessoassem-trânsito saíramde carros e ônibuspela ciclofaixa parao trabalho. A PMnão socorreu oCentro. Isolou-opara que os sem-teto não fossemincomodados.
Priscila Prado/DC
A crítica é do vice-presidenciável tucano,Aloysio Nunes. Delírioe infarto, página 8.
C i c l o fa i x a ssão 'delíriode Haddad'
Mar
iana
Topf
stedt
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dão
Con
teúd
o
Agora, ela é o Santander.Ana Patricia Botín foi eleita por unanimidade
pelo conselho como a nova presidente do bancoapós a morte de seu pai, Emilio Botín. Pág. 13
Sergio Perez/Reuters
No 11/09,uma plantavenceu o terrorHá exatos 13 anos, astorres gêmeas doWorld Trade Center(NY) vieram abaixodepois de atentadosterroristas: 2.996pessoas morreram.Entre os escombros, osbombeirosconseguiram salvaruma pereiracarbonizada, árvoreque hoje, no dia dainauguração do museu do Memorial 11 deSetembro, virou símbolo de esperança e coragem.Pág. 10. Veja em www.dcomercio.com.br o filmeÁrvore Sobrevivente criado pela agência BBDO.
Sean Adair/Reuters-11/09/01
Reprodução
Obama anuncia que EUA apoiarãoaliados, mas não enviarão tropas. "E.I.não é Estado e não é islâmico." Pág. 7
Nova missão:'Destruir o
Estado Islâmico'.
Saul
Loeb
/Reu
ters
36%
33%
A presidente cresce1 ponto e a rival encolhe
1 ponto no Datafolha.2º turno: Marina, 47%,
Dilma 43%. Pág. 5
Ueslei Marcelino/Reuters Nacho Doce/Reuters
Aécio
15%
SP A l ck m i n49%
Skaf22%
Pa d i l h a9%
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014
SERÁ O FIM DA GUERRA FISCAL?
Há uma boa notícia a celebrar: conseguimos recuperar as exportações de petróleo e de alguns produtos manufaturadosRoberto Fendt
NÓS E OS AMERICANOS
Abalança comercial
de um país diz muito
sobre o estado de
sua economia. Pois
bem. O déficit comercial brasi-
leiro co m os Estados Unidos
reduziu-se de forma expressi-
va neste ano. Há alguma lição
a comemorar desse fato?
Existe sim uma boa notícia a
celebrar: conseguimos recu-
perar as exportações de pe-
tróleo e de alguns poucos pro-
dutos manufaturados. Nossa
produção de petróleo mostrou
aumento depois de um longo
período de queda na produ-
ção, seguido de estagnação.
Resta saber se continuaremos
importando derivados, agora
que as exportações do petró-
leo cru cresceram.
Há também que considerar
que as plataformas para ex-
tração de petróleo continuam
em posição de destaque no to-
tal exportado, embora não
saiam do Brasil. As exporta-
ções para os Estados Unidos,
de fato, se reduziram (-1,2%),
embora tenham aumentado
as vendas para aquele país de
petróleo em bruto e aviões.
Amá notícia é que as nos-
sas importações prove-
nientes dos Estados
Unidos mostram queda de
quase 12% em agosto. A eco-
nomia brasileira está em re-
cessão técnica e a demanda
interna, tanto de produtos na-
cionais como de produtos im-
portados, sofre retração.
Do lado americano, tudo in-
dica que aquele país reencon-
trou o caminho do crescimen-
to. Mais crescimento deman-
da mais importações, o que de
fato vem ocorrendo. Os Esta-
dos Unidos são uma das eco-
nomias mais abertas do mun-
do. Mas não aumentaram so-
mente as importações nos
EUA: também as exportações
tiveram crescimento, por con-
ta de diversos fatores.
Em primeiro lugar, os EUA
são a primeira das grandes
economias a reencontrar o ca-
minho do crescimento, depois
de um longo inverno pós-crise
de 2008. Essa primazia na re-
cuperação tem explicações
de natureza institucional.
Ajudou na recuperação a
enorme flexibilidade do mer-
cado de trabalho americano
em relação ao que ocorre na
União Europeia e no Japão, pa-
ra ficar somente com as maio-
res economias do mundo.
Sempre que a economia
se retrai, é possível ajus-
tar as empresas ou por
variação no preço do trabalho,
do salário ou por dispensa de
trabalhadores. O primeiro ca-
minho evita o doloroso de-
semprego, mas que na União
Europeia é excessivamente
longo. Ao contrário, nos EUA o
desemprego é menor e os tra-
balhadores continuam em-
pregados ao longo das diver-
sas fases do ciclo econômico.
São caminhos diferentes,
determinados em última ins-
tância pelas legislações na-
cionais que regulam os merca-
dos de trabalho. A possibilida-
de de desempregar retém os
trabalhadores nas empresas
americanas; a quase impossi-
bilidade de dispensar impede
que os trabalhadores sejam
contratados em fases de desa-
ce leração econômica na
União Europeia.
Isso explica porque é possí-
vel observar-se taxas de de-
semprego da ordem de 20%
da força de trabalho em al-
guns países da União Euro-
peia, ao passo que o aumento
das vagas no mercado de tra-
balho americano reduziu a ta-
xa de desemprego abaixo de
6,5% –o menor percentual pa-
ra os últimos cinco anos.
Um segundo fator impor-
tante é o aumento da
produtividade do tra-
balho americano em relação
ao que ocorre em outras par-
tes do mundo. Isso decorre de
inovações tecnológicas que
somente um mercado livre é
capaz de incentivar.
Ajuda muito, também, o fa-
to de as descobertas de gás de
xisto terem tornado o custo da
energia nos Estados
Unidos extremamente
competitiva com seu
similar ao redor do
mundo. Empresas
americanas intensi-
vas em energia que
haviam migrado para
a China e para outros
países estão retoman-
do sua produção no
país de origem. São
essas empresas que
aumentam a deman-
da por trabalho e man-
têm baixa a taxa de
d e s e m p re g o.
E aqui? Temos o pa-
radoxo de uma econo-
mia estagnada mas
sem grande desem-
prego. Alguns analis-
tas do mercado de tra-
balho buscam explica-
ção para o enigma em
fatores estruturais, co-
mo a mudança da pirâmi-
de laboral decorrente do
rápido envelhecimento da
população brasileira. Outros
veem a explicação para o bai-
xo desemprego no número de
adultos assistidos pelo pro-
grama Bolsa Família.
Mas não podemos des-
cartar o fato de que o
emprego c resceu
principalmente no setor de
serviços, protegido da concor-
rência de atividades seme-
lhantes no restante do mundo.
E o trabalhador, embora de
menor produtividade que no
setor industrial, permanece
e m p re g a d o.
Além disso setor de servi-
ços não demanda insu-
mos importados. Isso
explica porque mantemos o
ROBERTO MATEUS ORDINE
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
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Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.
FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
SXC
ROBERTO FENDT
emprego, reduzimos as im-
portações e exportamos de
forma crescente apenas com-
modities.
Por isso, ao estagnarmos a
economia, importamos me-
nos, exportamos cada vez
mais commodities, reduzimos
nosso déficit comercial e man-
temos o emprego com o cres-
cimento do setor de serviços.
Um quadro completamente
diferente da economia ameri-
cana em recuperação.
RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA
Será que o Convênio
nº 70, editado pelo
Confaz e publicado
no Diário Oficial da União
do dia 30 de agosto
passado, assinado por
21 estados, conseguirá
enfim acabar com a
"guerra fiscal" no ICMS ?
Esta é a grande
pergunta que permanece
no ar. Será que os termos
do acordo contido
naquele diploma legal –
tratando sobre a remissão
e a anistia para os
contribuintes que
tiveram lavrado contra
si autos de infração
milionários, por se
beneficiarem de incentivos
fiscais concedidos por
várias unidades da
Federação, com o objetivo
de atrair empresas para
seu território – serão
suficientes para por fim a
essa guerra fiscal
que se arrasta há anos?
Se alguém esperava
uma resposta afirmativa
sobre os efeitos daquele
Convênio, firmado por
vinte e uma unidades, das
vinte e sete que compõem
a Federação Brasileira,
o melhor é aguardar os
próximos movimentos
da administração fiscal,
antes de comemorar.
Da leitura daquele
convênio, seria de
se esperar uma solução
para as pendências
dos processos fiscais que
recaíram sobre os
contribuintes envolvidos
nessa guerra fiscal.
Mas, como diz aquele dito
popular: "Na luta entre o
mar e o rochedo, quem sofre
é o marisco" (leia-se o
contribuinte), o que vale
dizer que o débito fiscal
do contribuinte continua
ativo. Nada foi resolvido.
Aquelas empresas que
se deixaram envolver
pelo canto das sereias
estaduais, transferindo
suas instalações ou abrindo
filiais no território daqueles
estados para auferir
as vantagens fiscais e, com
isso, sobreviver na guerra
fiscal, agora estão
amargando processos
fiscais gigantescos.
Isto porque os estados
destinatários dessas
operações comerciais
sentiram-se prejudicados,
uma vez que o crédito de
ICMS por eles concedidos
na entrada da mercadoria
em seu território era maior
do que o imposto pago na
operação de saída anterior.
Diante disso, os fiscos dos
estados prejudicados
lavraram autos de infração
contra as empresas
beneficiárias, exigindo a
restituição do crédito de
ICMS, acrescido de multas
punitivas, uma vez que o
imposto recolhido com os
incentivos fiscais era menor
do que o previsto em lei e,
portanto, sem base legal.
Isto porque os benefícios
fiscais concedidos por esses
estados na origem eram
ilegais, uma vez que foram
concedidos unilateralmente
sem amparo do Confaz.
Na verdade o Estado
exportador, que
abria mão de parte do ICMS
devido, estava fazendo
caridade com o chapéu
alheio, em detrimento do
estado importador, e
gerando essa guerra fiscal,
onde a maior vítima foi o
contribuinte crédulo.
Voltando ao Convênio
nº 70, verifica-se que se
trata apenas de uma carta
de intenções, já que para
produzir o efeito legal
pretendido da remissão e da
anistia para os contribuintes
autuados ainda precisam
de Resolução do Senado
Federal aprovando o
perdão. E isto, ainda, sem
considerar a contestação
dos seis estados que
não firmaram o referido
convênio. Logo, é de se
concluir que – infelizmente –
a guerra fiscal vai
continuar e o contribuinte
autuado pelo fisco ainda
continuará aguardando
uma solução para
o débito reclamado.
Opior é que o
contribuinte autuado
não poderá contar nem
com uma vitória parcial,
já que o Convênio nº 70
não passa de uma simples
carta de intenção por
parte de alguns estados
preocupados em
resolver essa grave
questão tributária.
Por tudo isto é que se
pode afirmar que o nosso
atual sistema tributário
continua na UTI!
RO B E RTO MAT E U S ORDINE É VICE
PRESIDENTE DA FAC E S P / AC S P
A má notícia paraos brasileiros éque as nossas
impor tações dosEstados Unidos
mostram uma quedade quase 12%
neste mês de agosto.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
O segredo de Marina
PARA A C AB A R COM A PENA DE MORTE
O AMARELINHO É A LEITURA QUE O PÚBLICO DE MARINA FAZ DELA E QUE ELA FAZ DE SI MESMA.
Quando a sociedade chegouao fundo do poço da
decepção e da desesperançanão basta convencer, é preciso
entusiasmar . E quementusiasma é Marina Silva.
DANIEL LACHANCE
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI
Para começo de con-
versa fique bem claro:
não estou na lista de
apoio à candidatura
de Marina Silva. Mas creio ser
forçoso a todo jornalista res-
ponsável tentar entender a ra-
zão de ser da chegada aos pín-
caros daquela candidata nas
intenções de voto. "Sine ira et
Studio" (sem indignação nem
p a rc i a l i d a d e ) .
Nos debates e entrevistas
mais recentes Aécio é, de lon-
ge, o melhor: jovial, articula-
do, a oratória firme adquirida
na experiência parlamentar.
Aécio convence. Mas quando
a sociedade chegou ao fundo
do poço da decepção e da de-
sesperança não basta con-
vencer, é preciso entusias-
mar. E quem entusiasma é Ma-
rina Silva, a Amarelinha.
Sua ascensão vertiginosa
após a tragédia de Eduardo
Campos não se deve exclusi-
vamente ao choque e ao vazio
emocional que se seguiu ao
desastre. Não seria justo ne-
gar que a quase unanimidade
da pretendente se irradia tam-
bém da força irresistível de
sua personalidade carismáti-
ca (forçoso lembrar ainda ter-
mo tão desgastado).
Aos olhos de um eleitora-
do cético, ferido por
tantas decepções polí-
ticas recentes, a explosão de
intenções de votos que feste-
jam a candidata se deve à sú-
bita "virada" dos céticos e indi-
ferentes, juventude à frente,
convertidos por ela da noite
para o dia. Vivemos um mo-
mento histórico que merece
ser decifrado por razões me-
nos triviais e ineptas que as
ensaiadas até agora.
Pois o fato é o seguinte: quan-
do Marina abre a boca parece
que "outro valor mais alto se
alevanta", e os ouvintes se ren-
dem, contra a vontade e indefe-
sos, ao seu discurso sereno,
sem eloquência nem crispa-
ção, voz mansa mas convicta,
própria daqueles que sabem o
que estão dizendo. O mais intri-
gante é que não dá para acredi-
tar no que ouvimos vindo de
quem vem: a voz tão feminina,
quase balbuciante, lembrando
uma professorinha de escola
rural, tomando conta do am-
biente com aquela fluência vin-
da dela mesma, e não dos mar-
queteiros, levando, com toda a
elegância, seus contendores
"até às cordas" (como disse Do-
ra Kramer).
Qual será o poder estranho
que não combina com a figura
de mulher apagada, analfabe-
ta até os dezesseis anos, que
começou a vida à sombra de
Chico Mendes? Será que ela foi
tomada pela entidade daque-
le mártir da causa ambiental?
A sociedade, a imprensa, a
política, a opinião pública es-
tão sob os efeitos de um "cho-
que térmico" provocado pela
repentina passagem do gelo
da indiferença para o calor
crescente do aplauso e da
adesão coletiva à candidata
aparentemente tão pobre de
dotes. A lógica falece, os sova-
dos padrões do politicamente
correto tremem na base junta-
mente com as expectativas
fundadas na racionalidade e
no bom senso.
Milena Áurea/A cidade
Não vamos entrar aqui na-
quela discussão obtusa e tão
frequente sobre as contradi-
ções, as ambiguidades, o fun-
do messiânico e visionário das
propostas marinianas, ou na
possível efemeridade do seu
sucesso. Vamos nos restringir,
exclusivamente, a um único
aspecto da questão: a contra-
dição do êxito superlativo de
Marina com seu público, em vi-
vo contraste com sua aparên-
cia de pessoa carente de todos
os dotes indispensáveis para
vencer, como energia psicofí-
sica, saúde, vigor, experiência
de governo, e apoio político; e
no caso da mulher, com apa-
rência destituída de maior
charme e sedução física.
Oeditor ia l de 31 de
agosto da Folha de
S.Paulo chega perto
do ponto, ao negar que o des-
taque obtido por Marina seja
devido ao seu programa-lega-
do de Eduardo Campos. Em
contrário, lemos que o êxito se
deve "mais à densidade sim-
bólica que cerca sua imagem
pessoal." Pois sim, resta saber
qual é, precisamente, a ima-
gem e a auto-imagem de Mari-
na Silva?
Encontramos a resposta
nas pesquisas do sociólogo e
antropólogo recifense Gilber-
to Freyre. Pois o autor de Casa-
Grande &Senzala resgata cer-
tos personagens marginais de
nossa formação social, como a
mulher, o escravo negro, o
moleque, a criança e um certo
Amarelinho, emprestando a
todos o maior relevo. São figu-
ras que habitam, todas, nosso
inconsciente coletivo especi-
ficamente brasileiro.
OAmarelinho vem des-
crito no folclore como
um menino franzino e
apagado a quem ninguém dá o
menor valor, mas que se revela
muito bom de briga, cheio de
coragem, astúcia e farta reser-
va de recursos estratégicos
inesperados. Seu irmão João
Grilo é uma variante de Pedro
Malasartes. Um anti-herói,
contraposto ao sertanejo de
Euclides da Cunha ("antes de
tudo, um forte"). O Amarelinho
vence por força da astúcia, da
sabedoria e da persistência.
Foi assim que derrotou o gigan-
te Nascimento Grande. Segun-
do o ator Matheus Nachterga-
le, "João Grilo, quando se pen-
sa que está subjugado, está fa-
zendo alguma coisa que você
não sabe, porque, se soubes-
se, ficaria louco."
Decida o leitor: a figura de
Marina Silva, principalmente
quando ela fala nas entrevis-
tas e nos debates, não coinci-
de com a descrição folclórica
do Amarelinho, aquele meni-
no frágil, pálido e doentio, mas
muito ladino e corajoso, bom
de briga, que todo brasileiro,
principalmente no Nordeste,
abriga no seu subconsciente
coletivo? O Amarelinho é a lei-
tura que o público de Marina
faz dela e que ela faz de si mes-
ma. O Amarelinho, que topa
qualquer parada e derruba gi-
gantes por terra.
GI L B E RTO DE MELLO KU JAW S K I É
E S C R I TO R E J O R N A L I S TA , AU TO R DO
ENSAIO "O SENTIDO DA V I DA "
Para quem se opõe
à pena de morte, os
recentes relatos de
execuções mal feitas nos
Estados Unidos e de
exonerações dos presos no
corredor da morte com base
no DNA reacenderam a
esperança de que juízes e
eleitores finalmente vejam a
pena capital pelo o que ela é:
uma afronta intolerável à
dignidade humana.
Embora tal otimismo
seja compreensível, ele é
inapropriado. O apoio à pena
de morte está em queda ,
mas isso se deve menos à
consequência de um
despertar moral da opinião
pública do que do sintoma de
um processo de mais de 40
anos de desilusão.
Em 1972, a Suprema
Corte declarou que a
pena de morte era injusta,
mas deixou a porta aberta
para os estados inventarem
novas leis para corrigir
critérios da condenação
arbitrária que a Suprema
Corte via com preocupação.
Os conservadores
aproveitaram para avançar
uma agenda com o objetivo
de retomar um governo que,
para eles, havia sido tomado
pelas elites liberais.
O momento foi acertado.
Os crimes violentos estavam
em alta desde meados da
década de 1960. Cada vez
mais americanos queriam
um governo
que vencesse o mal em
vez de gerenciá-lo.
O renascimento da pena
capital expressava uma
clareza moral poderosa que
a "redução de pena por boa
conduta" não expressava.
Além disso, em se
tratando de executar a
punição de maneira
dramática e na hora certa, a
pena de morte era eficiente:
desde 1959, a maioria dos
executados passava menos
de dois anos no corredor da
morte. Com as novas
camadas de recursos e os
novos assuntos de litígio,
porém, os presos
executados em 2012 haviam
aguardado cerca de
16 anos pela execução.
Olimbo que hoje
acompanha uma
condenação de morte é sem
precedentes. Os 3054
homens e mulheres que
definham no corredor da
morte se tornaram uma
produção interminável de
"Esperando Godot". É difícil
criar uma sensação de
solidariedade moral quando
o diabo aparece na câmara
de execução 20 anos depois,
um sujeito de meia idade ou
um homem idoso cujos
crimes há muito se foram da
memória popular.
As campanhas para
corrigir o problema através
da reforma do processo de
apelação fracassaram.
Desde então, o tempo entre
a condenação e a execução
subiu mais de 50%.
Oproblema, ao que
parece, não é o atraso
intencional por parte dos
advogados de defesa ou por
juízes de bom coração. É
dinheiro. Na Califórnia, por
exemplo, os baixos salários
pagos pelo Estado aos
advogados para assumirem
os recursos dos presidiários
indigentes causaram
escassez de profissionais.
Os presidiários esperam,
em média, de três a cinco
anos após a condenação
para que um advogado
fornecido pelo Estado cuide
do apelo. E isso é apenas o
começo do processo – que
pode levar 25 anos ou mais.
A demora é tamanha
que um juiz federal,
recentemente, disse que
isso fazia com que a pena
capital na Califórnia fosse
inconstitucionalmente cruel
e incomum.
Mais dinheiro para
advogados de defesa
reduziria os altos índices de
erros dos julgamentos de
crimes capitais e aceleraria
a apreciação dos recursos,
mas é improvável que isso
ocorra logo. Os custos
dos julgamentos de
crimes capitais e dos apelos
sobrecarregam os
orçamentos em todos os
lugares, mais ainda em
certas regiões, como no
sul, onde a vontade política
é a mais fraca. Ficou
simplesmente insustentável
ser a favor da pena de morte
e contra os impostos, como
tantos americanos são.
Passar essa mensagem
aos eleitores, em vez de uma
mensagem moralista, pode
mudar o raciocínio deles.
Um referendo para abolição
da pena de morte na
Califórnia em 2012 apelou
ao bolso dos eleitores
mais do que aos corações e
quase obteve maioria.
Omais importante é que
essa quase vitória
aconteceu após perto de
sete anos sem execuções no
estado, sinalizando que não
se tratava apenas do custo
financeiro da pena de morte,
mas do que esse dinheiro
deixou de trazer para os
contribuintes: a sensação de
controle, de encerramento e
de confiança que são a razão
de ser da pena de morte.
Os americanos de
maioria branca, que vivem
acima da linha da pobreza,
acham difícil simpatizar com
uma população indigente
no corredor da morte,
condenada por crimes
hediondos. Então, é preciso
parar de tentar converter os
convertidos e se concentrar
no fracasso da condenação
capital em cumprir a
promessa de justiça punitiva
que ela um dia teve.
Os defensores casuais
da pena de morte
podem ser convencidos a
reconhecer que ela ficou
atolada na própria
burocracia e legalismo e que
as únicas soluções para o
problema, ou seja , a
eliminação dos advogados
de recursos para os
presidiários do corredor da
morte ou o resgate
financeiro – prova velmente
sejam cpnsideradas
ilegais e impraticáveis.
Argumentar que
a pena de morte é
uma afronta à dignidade
humana não funciona. Mas
apresentá-la como outro
programa fracassado do
governo poderia funcionar.
DANIEL LACHANCE É
P RO F E S S O R A D J U N TO DE
HISTÓRIA DA UN I V E R S I DA D E EM O RY
( AT L A N TA / EUA)THE NEW YORK TIMES NEWS
SE RV I C E /SY N D I C AT E
4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014
[email protected] 33333 33333
kkkkk
Colaboração:
Paula Rodrigues / Alexandre Favero
MAIS: depois, justificouque sua dieta proibecarboidratos; proteínas,tudo bem. Ela quer perder,pelo menos, oito quilos.
MISTURA FINA
Fotos: BusinessNews
Nuvenscinzas
Japasensual
333 Sabrina Sato, 33 anos, écapa e recheio da nova edição darevista L’Officiel Brasil, fotografadapor Paulo Vainer, misturandosensualidade, fetiche, com make-
up exaltando seu lado nipônico em cima de carros raros.Olhos pintados no estilo, vestido colante e uma peruca pretacompletavam o visual, quando ela voltou a ser morena poralgumas horas. Bancos de carros levam Sabrina a seustempos de adolescente. E mais: ela é a nova embaixadorados absorventes Always (o que engorda mais seu porquinho).
Orçamentodoméstico333 O marido de Marina, FábioVaz de Lima, fica sem os R$ 18mil que vinha ganhando numasubsecretaria do governo petista
do Acre. Deixou o cargo em função dacandidatura da mulher. O orçamento domésti-
co, incluindo viagens e apartamento em SãoPaulo, ainda se segura com o faturamento das
da ex-senadora que, contudo, devereceber – o que acontece com a maioria dos
candidatos – uma espécie de pró-labore de campanha parasuas despesas pessoais, estimado em R$ 20 mil mensais. Ocasal tem quatro filhos, dois do primeiro casamento de Marina.
FashionRocks
Na Expointer, no RioGrande do Sul, Dilmaatacou salames e carneseca, lembrando seustempos de gaúcha.
333 A investida de DilmaRousseff, seguindo cartilha deJoão Santana, sobre asrelações entre Marina Silva e abanqueira Neca Setubal pode
acabar se transformando numa ferida exposta da candidata doPSB. A ex-senadora vinha vivendo de palestras (média demais de R$ 40 mil no período), cujos contratantes ela nãorevela. Os petistas acham que poderiam ser pagas até mesmopelo próprio banco de Neca Setubal. E ela já doou R$ 1 milhãopara o Instituto Marina Silva, pouco conhecido (não se sabe sepessoa física ou jurídica), que até agora não concluiu nenhumprojeto. Outro flanco aberto: o nome da empresa de Marina é paranão ser descoberto com facilidade. Chama-se M.O.M. da S.V. deLima, iniciais de Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima.
Olho no futuro333333333333333 Ex-presidente do BC e nome sonhado por Lula para oMinistério da Fazenda, caso Dilma vença, Henrique Meirelles (PSD-SP) também está nos planos de Marina Silva, se chegar ao Planalto.Aos chegados, Meirelles confidencia que não gostaria de assumirqualquer pasta da área econômica. Preferiria um super-ministériode Infraestrutura, que cuidaria de grandes obras. De quebra,lhe daria visibilidade para quaisquer futuros planos eleitorais.
“Não tenho banqueiro me sustentando.”
333 Ao lado da NY FashionWeek, o Barclays Center, emNova York, foi palco de novaedição do Fashion Rocks, quemistura, tradicionalmente,
música com moda e que, desta vez, teve como atração-extraJustin Bieber, de cueca no palco (ele é o novo contratado daCalvin Klein). Rita Ora (primeira foto à esquerda) cantouFashion, de David Bowie e até o Kiss estava lá (na segundafoto, Gene Simmons e Paul Stanley com Paris Hilton). Entreoutras, da terceira foto á esquerda para a direita, viam-se NaomiCampbell, Karolina Kurkova e a estimulante Jennifer Lopez.
Aviso prévio 2333 Depois de Guido Mantega,que já se considera de avisoprévio do Ministério da Fazen-da, também o titular de Minas eEnergia, Edison Lobão, depoisde ter ser nome incluído norol dos que, supostamente,participavam do propinoduto daPetrobras, também já sabe quenão permanecerá no posto,caso Dilma vença. Foi ministrode Minas e Energia de 2008a 2010 e voltou em 2011,primeiro ano do governo Dilma,além de participar do Conselhode Administração. A presidên-cia do Conselho, até porestatuto, deveria ser dele, sóque a presidente colocou láGuido Mantega.
SUSPENSE333333333333333 Enquanto Dilma Rousseffaguarda resposta do oficioenviado a Procuradoria-Geral daRepública querendo ter acessoaos depoimentos de PauloRoberto Costa (quando asinvestigações forem concluídas,detalhes só serão repassados aquem tiver direito de acessá-los), grande empresas e mesmoconsultorias com contratoscom a área de Abastecimentoda Petrobras permanecem emsuspense, apostando que, daquia pouco, surgirão mandadosde busca a apreensão (ou atéprisão) ordenados pelo juizSérgio Moro, do Paraná.
Contradições333 Quando Marina Silva acusaDilma Rousseff de ter estimula-do uma “Bolsa Banqueiros” ouuma “Bolsa Juros”, dá um tirono pé. Em comparação aosoito anos de Lula, a candidata-presidente até que segurou aSelic. Para os banqueiros, emmatéria de juros de títulos dadívida pública, o governo Lula“foi um maná” do qual todossentem saudades – e Marinaparticipava desse governo enunca se manifestou contra. Ehoje, quando fala que adotaráo famoso tripé econômico, écomo assinar em baixo jurosaltos, via BC, que pretendeque seja autônomo.
VELHOSAMIGOS333333333333333 O presidente nacional doPP, Ciro Nogueira, que estágarantindo que renunciarácaso seja provado que ele sebeneficiava do esquema dePaulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, é omesmo que avançou noestatuto da legenda paraapoiar Dilma Rousseff.No passado, era omentor intelectual deSeverino Cavalcanti,quando presidente (depois,renunciou sob denúncias decorrupção) da Câmara e háanos, era muito amigo dofalecido José Janene, quedeitava e rolava na diretoriade Costa na estatal.
Mais vazamentos333 Enquanto Polícia Federalanuncia que está empenhadaem descobrir responsáveis pelovazamento da primeira partedos depoimentos de PauloRoberto Costa, ex-diretor daPetrobras, há quem aposteque as próximas edições dasrevistas semanais de informa-ção deverão chegar às bancascarregadas de mais revelaçõescabeludas, contando até comcópias de extratos e planilhas.Ou até mesmo o Jornal Nacio-nal pode antecipar novos fatos:está com um esquadrão derepórteres nas ruas.
APELIDO333333333333333 O apelido de FernandoHaddad ganhou, pela quanti-dade de faixas de ônibus ebicicletas que vem espalhan-do por São Paulo, prejudican-do ainda mais o transito nacidade e aumentando oscongestionamentos, é prefeitoSuvinil: é viciado em tinta. Ehá quem diga que quem criouo apelido foi o ex-presidenteLula quando, sem helicópterose batedores como nos velhostempos, passa mal com otransito paulistano.
DILMA ROUSSEFF // sobre as relaçõesentre Marina Silva e Neca Setubal, do Itaú Unibanco.
333 QUEM acaba de reforçara cor alourada de seuscabelos para disfarçar osbrancos é o governador TarsoGenro, do Rio Grande do Sul,que poderá não ser reeleito.
333 A EDIÇÃO online da revistaThe Economist, cujos correspon-dentes no Brasil acompanhamde perto a guerra entre ascandidatas Dilma Rousseff eMarina Silva, acaba de publicarmatéria sobre a discussãoenvolvendo bancos. E diz que,pela primeira vez, as eleiçõespresidenciais brasileiras terãouma “candidata de um banco”,numa alusão às relações entre aex-senadora e a banqueira doItaú Unibanco, Neca Setubal.
333 SABRINA Parlatore, ex-modelo, ex-VJ, 39 anos, queapresenta um programa no canalpago Glitz, resolveu ser cantora.Está incursionando na áreado pop rock e também MPB,começando uma parceria com omúsico e produtor Sérgio Bello.
333 A VIDA de Elisinha MoreiraSalles, uma das mulheres maiselegantes do Brasil na décadade 60, vai ganhar um filmeassinado por seu próprio filho,João Moreira Salles, comdestaque para a viagem queela fez, na época, à China deMao Tse Tung.
333 NO CURRICULO dacandidata Marina Silva àPresidência, é lembrado que,em seus tempos de Senado,apresentou projeto para a criaçãodo Dia Nacional dos Povos daFloresta. O texto, contudo, nãoacrescenta que o projeto nuncafoi aprovado pelo plenário.
333 QUEM diria: candidato àreeleição no Senado, FernandoCollor (PTB-AL) acaba dededicar um de seus programasde TV para falar de fé, exibindoimagens suas ao lado do PapaJoão Paulo II. Aí, na legenda, dizque foi ele que levou o Pontíficea Maceió e que ele foi canoni-zado. Quem leu, ficou com aimpressão de que Collortambém teve alguma partici-pação na canonização.
IN OUTh
h
Chapéu de palha.Chapéu de feltro.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5
NOVO PRESIDENTE NO STFO ministro Ricardo Lewandowski, 66, tomouposse ontem como presidente do SupremoTribunal Federal. No mesmo dia, a ONUclassificou o judiciário brasileiro de 'ineficiente'.
Datafolha: duplo empateentre Dilma e Marina.
De acordo com o instituto, as candidatas estão tecnicamente empatadas nas simulações de 1º e 2º turnos.
Apresidente Di lma
Rousseff alavancou
nas pesquisas e Ma-
rina Silva perdeu o
fôlego. A pesquisa Datafolha
divulgada ontem à noite mos-
tra duplo empate entre a pre-
sidente Dilma Rousseff (PT) e a
candidata do PSB à Presidên-
cia, Marina Silva (PSB). Já o le-
vantamento Vox Populi, indica
Dilma Rousseff à frente de Ma-
rina no 1º turno e ambas em-
patadas no 2º turno das elei-
ções para a Presidência.
DATA F O L H ANa simulação de 1º turno,
Dilma tem 36% das intenções
de voto contra 33% de Marina.
O senador Aécio Neves (PSDB)
alcança 15%, outros candida-
tos somam 4%.
A vantagem numérica de Dil-
ma sobre Marina no 1º turno é li-
geiramente maior que a da pes-
quisa anterior (35% a 34%). O
quadro, porém, continua sendo
de empate técnico, já que a
margem de erro do levanta-
mento é de dois pontos para
mais ou para menos.
Na simulação de 2º turno, a
combinação de oscilação ne-
gativa de Marina (recuo de
dois pontos) com oscilação
positiva de Dilma (avanço de
dois pontos) gera uma nova si-
tuação de empate técnico.
Agora, no entanto, com
vantagem numérica para a
ex-ministra do Meio Ambien-
te: 47% para Marina contra
43% de Dilma.
Na simulação de embate fi-
nal entre Dilma e Aécio, a can-
didata petista vence por 49%
a 38%. Num eventual 2º turno
Marina contra o tucano, a vitó-
ria é da candidata do PSB por
54% a 30%.
Para o economista-chefe da
Gradual Investimentos, André
Perfeito, Marina estacionou.
"A onda Marina passou. Ago-
ra, a perspectiva de alternân-
cia de poder não está mais tão
clara", afirmou. O economista
também alertou que, inde-
pendente desse movimento,
o mercado também está em
um momento de entender me-
lhor as propostas de Marina.
"O mercado tende a olhar de
modo mais crítico".
O Datafolha também inves-
tigou a avaliação do governo
Dilma. Em relação ao levanta-
mento da semana passada,
não houve alteração.
Os eleitores que avaliam o
governo como bom ou ótimo
são 36%. Outros 38% julgam a
gestão como regular. E para
24%, é ruim ou péssimo.
As 10.568 entrevistas da
pesquisa foram feitas na terça
(9) e ontem. O levantamento
tem margem de erro de dois
pontos e foi encomendado pe-
la Folha de S. Paulo em parceria
com a TV Globo. O registro no
TSE é BR-00584/2014.
SÃO PAULOO Datafolha também fez
pesquisa sobre os candidatos
aos governos estaduais. Em
São Paulo, o governador Geral-
do Alckmin (PSDB) permanece
como líder isolado e com inten-
ções de votos suficientes, se a
eleição fosse hoje, para con-
quistar um segundo mandato
no 1º turno. O tucano aparece
com 49%, enquanto Paulo Skaf
(PMDB) tem 22% e Alexandre
Padilha (PT), 9%.
Apesar dos altos índices, Al-
ckmin vêm sofrendo em que-
da desde o início do horário
eleitoral gratuito. Na primeira
quinzena de agosto, o gover-
nador tinha 55% das inten-
ções de voto, índice que pas-
sou para 53% na primeira se-
mana de setembro e que ago-
ra é de 49%.
Seu adversário mais próxi-
mo, Paulo Skaf (PMDB) tinha
16% na primeira quinzena de
agosto, subiu para 22% no iní-
cio de setembro e manteve es-
se mesmo percentual na pes-
quisa atual.
VOX POPULIOutra pesquisa divulgada
ontem apontou Dilma à frente
de Marina no 1º turno e ambas
empatadas no 2º turno.
De acordo com o levanta-
mento Vox Populi, Dilma apare-
ce com 36% das intenções de
voto no 1º turno ante 28% de
Marina e 15% de Aécio Neves.
Os demais candidatos somam
2%. Brancos e nulos são 7% e
indecisos, 13%.
Na simulação de 2º turno,
Marina aparece com 42% das
intenções contra 41% de Dil-
ma. Brancos e nulos somam
Ueslei Marcelino/Reuters
Dilma parece ter recuperado alguns pontos na simulação de 2ºturno
A onda Marinapassou. Agora,a perspectiva dealternância depoder não estámais tão clara.ANDRÉ PE R F E I TO, E CO N O M I S TA
10% e indecisos, 7%. No cená-
rio em que Dilma enfrenta Aé-
cio, a petista teria 44% contra
36% do tucano. Brancos e nu-
los são 12% e indecisos, 8%.
Questionados sobre qual
candidato é o favorito à vaga,
a maior parte (49%) acredi-
tam que é Dilma. Para 31%,
Marina é a favorita na disputa
e 8% citam Aécio. No item re-
jeição, Dilma foi ultrapassada
por Aécio Neves –agora o mais
re je ita do – com 45%, contra
42% da petista. Marina é a me-
nos rejeitada, com 40%.
A pesquisa Vox Populi, com
2 mil entrevistas foi realizada
entre 8 e 9 de setembro. A mar-
gem de erro é de 2,2 pontos
porcentuais e o registro no TSE
é BR- 00588/2014. (Agências)
O mercado está emum momento deentender melhor aspropostas deMarina, de olhar demodo mais crítico.ANDRÉ PE R F E I TO, E CO N O M I S TA
Aécio rechaça a hipótese departicipar do governo Marina
Ocandidato à Presidên-
cia pelo PSDB, Aécio
Neves, ao criticar o dis-
curso de Marina Silva (PSB) de
que vai governar com os me-
lhores quadros de todos os
partidos, não cogitou a hipóte-
se de o PSDB ceder nomes pa-
ra um possível governo da ex-
ministra."Ou vencemos as
eleições e seremos governo,
ou perdemos as eleições e se-
remos oposição", afirmou em
sabatina do jornal O Globo.
O tucano reiterou a "preocu-
pação" com um possível go-
verno de Marina que dê priori-
dade a pessoas, sem levar em
conta a relação institucional
entre os partidos. E criticou
também o discurso de rejeição
ao que Marina chama de velha
política e promessa de que vai
governar com "os melhores
nomes" de vários partidos. "A
nova política será a que gover-
na com o terceiro t ime do
PSDB e do PT?", questionou.
Aécio continuou: "Se você ne-
ga os partidos e diz que vai go-
vernar com pessoas, não sei
onde vai dar".
Marina vem sinalizando
que, caso eleita, não teria pro-
blemas de se aproximar de no-
mes como José Serra, correli-
gionário de Aécio, e do petista
Eduardo Suplicy.
Sobre a reeleição, disse
que foi um mal para o Brasil.
"Fui reeleito, é uma covardia,
é desigual. Ele criticou a es-
trutura montada pela presi-
dente, quando viaja em cam-
panha. "A presidente desmo-
ralizou a reeleição."
Lembrado de que a reelei-
ção foi instituída no governo
FHC, disse que foi uma "expe-
riência que o Brasil buscou".
Questionado sobre quais
medidas amargas poderiam
ser tomadas pelo seu governo
para a retomada da economia,
respondeu que o governo
atual "já fez todas". "O meu
governo será da previsibilida-
de." Entre as primeiras ações
citou a "simplificação do siste-
ma tributário". (EC)
Marcos de Paula/Estadão Conteúdo
Aécio Neves promete: "O meu governo será o da previsibilidade".
6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014
TOMA QUE É TEU!
Por Bob Jungmann
CONTRA-ATAQUE BANCÁRIO
CAMALEOA
SEM MANTEGA
No acirramento inevitável
dos ataques internéticos,
a militância petista e de seus
coligados passaram a investir
forte em outro
flanco para des-
b a n c a r e n t u-
siasmos mari-
nistas: sua pro-
ximidade com
os bancos, em
especial o Itaú,
cuja herdeira, Neca Setúbal,
passou a ser sua coordenado-
ra de governo.
A candidata do PSB, que
propõe em seu programa a au-
tonomia do Banco Central
(BC), sem que tenha que dar
satisfações ao governo ou ao
Congresso, acusou o PT de
Já comparada por chargistas
opositores ao ET do filme de
Steven Spielberg, a uma pre-
gadora messiânica, ao Babys-
sauro da família Dinossauro e
a outros personagens, Marina
Silva voltou a ser alvo dos tra-
ços dos manipuladores de
imagem, dessa vez por seu
fervor evangélico. Ela apare-
ceu como uma louva-a-Deus.
A contrapartida de sua equi-
pe foi a divulgação de uma foto
em que era mais jovem, des-
pojada, com os cabelos soltos,
à semelhança dos jovens da
década de 70, que retomaram
o visual mais recentemente.
Integrantes do comitê de cam-
panha da pessebista não ve-
em nenhum problema. Ao
contrário. A avaliação é a de
que quanto mais exposição,
melhor, seja como for.
Agora que a petroleira es-
tatal produz mais escân-
dalo que barris do fóssil ener-
gético, os candidatos à mesa
presidencial anunciam ur-
gências maiores no jogo elei-
toral:
1) livrar-se dos efeitos ex-
plosivos da extração dos
malfeitos na estatal, caso da
petista Dilma Rousseff;
2) repelir de qualquer ma-
neira eventuais manchas na
memória do ex-presidenciá-
vel Eduardo Campos, morto
no trágico acidente de
13 de agosto; caso de
Marina Silva;
3) ampliar a exploração
no campo recém-descober-
to da corrupção delatada e
tirar toda vantagem possí-
vel disso, caso do tucano
Aécio Neves.
Dilma, apegada ao bordão
de que não sabia de nada, sa-
cramentado por seu ante-
cessor Luiz Inácio Lula da Sil-
va, se esforça para assegu-
rar ao eleitorado que a san-
gria nos poços financeiros da
Petrobras foi estancada, en-
quanto nas redes virtuais
suas tropas se empenham
em destacar que o pivô das
denúncias, o ex-diretor Pau-
lo Roberto Costa, teria sido
indicado há 30 anos pelo ex-
pres idente José Sarney
(PMDB) e alçado ao cargo de
alto executivo pelo também
ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB).
Na verdade, ele entrou na
empresa em 1978 e sua indi-
cação para a diretoria de
Abastecimento e Refino foi
feita pelo deputado José Ja-
nene, migrante do PP para o
PT paranaense.
Marina, que se mantém
estrategicamente equidis-
tante dos seus adversários,
sobe o tom em relação ao dis-
curso da atual presidente e
atribui abertamente ao go-
ve rno f e-
deral a res-
po ns abi li-
dade pela
l a m a e n-
cont rada
e m l u g a r
do pet ró-
l e o , p e l a
a ç ã o d o
q u e c h a-
m o u d e
" q u a d r i-
lha" instalada na empresa.
"Eu não seria leviana em di-
zer que ela tem responsabili-
dade direta, pessoalmente",
sopra ela, depois da mordi-
da. Nem por isso deixa de ser
cobrada por seus opositores
pela inclusão do nome de
Campos feita pelo delator
Costa como beneficiário nos
custos aviltados da constru-
ção da refinaria Abreu e Li-
ma, em Pernambuco.
E Aécio, de sua parte, vis-
lumbra deixar o terceiro lu-
gar nas pesquisas apoiado
nas revelações feitas à Polí-
cia Federal pelo denunciante
em troca de um abranda-
mento em sua pena.
"Agora que a inflação está
de volta, que o país não cres-
ce e que a Petrobras é assal-
tada, sou eu quem acusa o
governo de jogar fora o patri-
mônio e a esperança do povo
brasileiro. É hora de dar um
basta em tanta corrupção e
em tanto desrespeito", aler-
tou o tucano, voltando à car-
ga em seu programa eleito-
ral na TV.
criar uma "bolsa banqueiro".
Ao reagir, a presidente Dilma
resmungou, com reforço nas
redes sociais: "Eu não tenho
banqueiro me
apo iando. Eu
não tenho ban-
queiro me sus-
t e n t a n d o " ,
completou, ar-
g u m e n t a n d o
que dar inde-
pendência ao BC significa
abrir mão de participar da de-
finição da taxa de juros e do
câmbio, o que pode influir de-
cisivamente no controle da in-
flação. O que falta é saber co-
mo as instituições percebem
esse embate e como isso pode
reverberar nas urnas.
Rifado por antecipação
por força da queda da
candidata à reeleição, o mi-
nistro da Fazenda, Guido
Mantega, despede-se do go-
verno de forma melancólica
antes de cumprir a gestão. A
presidente Dilma já havia di-
to, na semana passada, com
todas as letras: "Eleição no-
va, governo novo, equipe no-
va", num recado claro de que
estava também se apresen-
tando ao eleitor como uma
novidade, uma mudança, as-
sim como sua principal con-
corrente, Marina Silva.
Para o setor empresarial e
financeiro, no entanto, o re-
cado era outro. Seria uma si-
nalização, quase em néon,
de que a preocupação com a
inflação deixaria de existir,
após a saída dele.
"Ele comunicou que não
tem como ficar no governo no
segundo mandato por ques-
tões pessoais, que eu peço
para vocês respeitarem",
disse Dilma.
Para os combatentes dela
no Facebook, não seria só isso.
Os ascendentes índices infla-
cionários, inversamente pro-
porcionais aos dela nas últi-
mas pesquisas, justificariam a
anunciada substituição do seu
m i n i s t ro.
Saímos tranquilos de que ninguém vai ter acesso à delação.Randolfe Rodrigues, senador.
Marina: PT está'satanizando' Neca.
'Hoje é banqueira, mas quando colaborou com Haddad era educadora', disse.
Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo
Neca Setúbal (esq.), herdeira do Itaú e coordenadora da campanha, Marina, e seu vice, Beto Albuquerque.
Acandidata do PSB à
Presidência da Repú-
blica, Marina Silva,
afirmou ontem que o
PT segue uma "visão autoritá-
ria de parte da esquerda" ao se
referir ao papel de Neca Setú-
bal, sócia do Banco Itaú, na
sua campanha. A presidenciá-
vel afirmou que Neca colabo-
rou com o programa do candi-
dato a prefeito de São Paulo
pelo PT Fernando Haddad em
2012 e na época era tratada
pelo PT como "educadora".
"Há uma visão autoritária
de um setor da esquerda que
se você estiver a serviço de-
les, você está ungido pelo
manto da proteção. Se você
tem uma outra escolha, aí vo-
cê passa a ser satanizado. É só
verificar que a Neca ajudou
também no programa do Had-
dad e naquele momento ela
era tratada como educadora e
agora ela está sendo tratada
como banqueira", explicou
Marina Silva.
Na terça-feira, a presidente
Dilma Rousseff acusou, de for-
ma indireta, Marina de ser sus-
tentada por banqueiros – v i-
são que o PT difundiu na pro-
paganda eleitoral no rádio e
na TV no mesmo dia.
"Nossos advogados estão
tomando as providências so-
bre as calúnias que estão sen-
do feitas a mim e ao nosso pro-
grama de governo", avisou
Marina. A candidata do PSB
também acrescentou que o
Itaú colaborou com doações
para a campanha de Dilma em
2010. "Em 2010, quem mais
recebeu doação do Banco Itaú
foi a presidente Dilma", lem-
brou a ex-ministra, após visi-
tar uma entidade que atende
vítimas de violência domésti-
ca em São Paulo.
Marina Silva evitou falar so-
bre pesquisas eleitorais, rea-
firmando que as considera
"retratos do momento". Sobre
dados que mostraram empate
técnico com Dilma no 2º turno
e pesquisas que apontaram
que teria perdido intenções de
voto em grandes centros ur-
banos, em especial no Rio de
Janeiro, Marina comentou
apenas que a oscilação ficou
dentro das margens de erro.
(Agência O Globo)
Há uma visãoautoritária daesquerda que seestiver com eles,você está ungido deproteção. Se não,você é satanizado.MARINA SI LVA , PSB.
PT não a rotulou ao ajudar Haddad
Neca Setúbal é uma edu-
cadora com mais de 30
anos de experiência, li-
vros publicados e trabalho re-
conhecido com instituições
sem fins lucrativos, além de
herdeira do Itaú e coordena-
dora do programa da coliga-
ção liderada pelo PSB de Mari-
na Silva.
Neca contribuiu com o pro-
grama de governo do prefeito
Fernando Haddad (PT) na dis-
pu ta e l e i t o ra l em 2012 .
"Quando foi para a Neca aju-
dar o candidato Haddad, parti-
cipando de seminários, aju-
dando a fazer seu programa
de governo, eles não a des-
qualificaram. Naquele tempo
ela era tratada como educa-
dora, agora está sendo trata-
da como banqueira", disse
Marina. A candidata do PSB fez
questão ainda de frisar que
não é contra a exploração do
pré-sal, um dos principais ata-
ques da campanha petista e
que pode ter impactado seu
eleitorado no Rio. ( AG )
P E T RO B R A S
Janot nega acesso à delação deCosta: 'podem pedir 20 vezes'.
Em visita realizada à
Procuradoria Geral da
República na manhã
de ontem represen-
tantes do Congresso foram in-
formados pelo procurador-ge-
ral Rodrigo Janot que o conteú-
do da delação do ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa
não deverá ser distribuído.
"Saímos tranquilos de que nin-
guém vai ter acesso à delação.
A CPMI (CPI Mista da Petro-
bras) pode pedir 20 vezes. A
presidente pode pedir, mas
ninguém vai ter acesso", afir-
mou o senador Randolfe Ro-
drigues (PSol-AP), após en-
contro com Janot.
O ex-diretor de Abasteci-
mento da estatal, Paulo Ro-
berto Costa, preso na Opera-
ção Lava Jato da PF, foi convo-
cado ontem pelo presidente
da CPI a depor na próxima
quarta-feira (17).
Apesar da negativa de Janot
em ceder a delação de Costa, a
CPI Mista da Petrobras conse-
guiu autorização do ministro
do Supremo Tribunal Federal
(STF), Teori Zavascki, para ter
acesso a cópias dos documen-
tos que constam em seu gabi-
nete referentes à Operação
Lava Jato. Na decisão, contu-
do, o ministro não aponta se,
entre os documentos que che-
garam ao Supremo, está o
conteúdo da delação premia-
da do ex-diretor Paulo Roberto
da Costa, mas Rodrigo Janot
informou que não.
CERVERÓA CPMI também ouviu on-
tem o ex-diretor da área inter-
nacional da Petrobras, Nestor
Cerveró. Ele afirmou que Cos-
ta não participou da gestão da
refinaria de Pasadena (EUA).
(Estadão Conteúdo)
ELEIÇÃO ESTADUALEm funk, campanha tucana diz
que Skaf quer distância de pobre.
Ao som de um funk, a
campanha do governa-
dor de São Paulo Geral-
do Alckmin (PSDB), candidato
à reeleição, procurou associar
seu principal adversário, Pau-
lo Skaf (PMDB), à imagem do
representante "dos patrões"
na disputa ao governo do Esta-
do. Na abertura da propagan-
da tucana no horário eleitoral
do rádio na manhã de ontem, a
música diz ainda que Skaf
"quer distância" de pobre.
Skaf, presidente licenciado
da Fiesp, é empresário e desde
a década de 90 se reveza em
cargos de comando de entida-
des empresariais. Ontem
mesmo, o candidato entrou
com um pedido de direito de
resposta na Justiça ao funk da
campanha de Alckmin. (EC)
Marcelo s. Camargo/Frame
Alckmin: funk para o adversário.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
APELO EMOCIONALPremiê britânico, DavidCameron, diz que ficará de'coração partido' se Escóciavotar pela independência.
ESC ASSEZEl Impulso, o jornal maisantigo da Venezuela,suspende circulaçãopor falta de papel.
'Não há portoseguro para oterror', diz Obama.
P re s i d e n t enor te-americanoapresenta suaestratégia para'destruir' o EstadoIslâmico no Iraque ena Síria. O envio detropas paracombater osmilitantesextremistas na linhade frente estádescar tado.
Na véspera do aniver-
sário dos atentados
de 11 de setembro
de 2001, o presiden-
te norte-americano, Barack
Obama, anunciou sua campa-
nha para "destruir" a crescente
ameaça terrorista representa-
da pelo Estado Islâmico (EI). Se-
gundo ele, os Estados Unidos
vão liderar uma coalizão inter-
nacional para caçar os militan-
tes "onde quer que estejam".
"Eu não vou hesitar para agir
contra o Estado Islâmico tanto
na Síria como no Iraque. Este é
um princípio fundamental da
minha Presidência: se você
ameaça os Estados Unidos, vo-
cê não vai encontrar nenhum
porto seguro", disse Obama,
em pronunciamento à nação na
noite de ontem.
Obama explicou que o EI é
uma ameaça não só para o Ira-
que e a Síria, como para o Orien-
te Médio e até para os EUA.
"Nossa comunidade de inte-
ligência acredita que milhares
de estrangeiros - incluindo eu-
ropeus e alguns norte-ameri-
canos - se uniram a eles na Síria
e no Iraque", advertiu. "O Esta-
do Islâmico não é islâmico. Ne-
nhuma religião concorda com
a matança de inocentes, e a
maior parte das vítimas tem si-
do de muçulmanos", disse. "O
Estado Islâmico também não é
um Estado. Ele não é reconhe-
cido por nenhum governo e
nem pelo povo. O Estado Islâ-
mico é uma organização terro-
rista, pura e simplesmente",
afirmou ele.
Obama ainda garantiu que
não vai enviar tropas de com-
bate para lutar contra os mili-
tantes extremistas, mas man-
terá os ataques aéreos em
apoio à ofensiva aliada no solo.
A campanha aérea perseguirá
os radicais islâmicos não só no
Iraque como na Síria.
"Quero que os norte-ameri-
canos entendam que esse es-
forço será diferente das guer-
ras no Iraque e no Afeganistão.
Ele não envolverá tropas norte-
americanas combatendo em
solo estrangeiro. Essa campa-
nha de contraterrorismo será
travada por meio de um esforço
firme e implacável para acabar
com o Estado Islâmico onde
quer que ele exista, usando
nossa força aérea e nosso apoio
às forças aliadas no terreno",
afirmou. "Essa estratégia para
erradicar terroristas que nos
ameaçam, apoiando aliados
nas linhas de frente, é a mesma
que temos aplicado com suces-
so no Iêmen e na Somália há
anos", explicou.
O presidente revelou que
enviará 475 militares para
treinar, assessorar e equipar
as forças locais.
"Não nos deixaremos arras-
tar para outra guerra terrestre
no Iraque, mas nossos milita-
res são necessários para dar
apoio às forças iraquianas e
curdas", afirmou.
Obama explicou que seu
plano de ação possui quatro
itens principais: apoiar o go-
verno iraquiano e suas tropas
com a ampliação da campanha
Brendan Smialowski/Reuters
aérea; treinar e equipar rebel-
des moderados na Síria, com a
autorização do Congresso nor-
te-americano; prevenir ata-
ques terroristas com apoio da
comunidade internacional;
oferecer ajuda humanitária
aos civis que fugiram das re-
giões sob controle do EI.
A estratégia de Obama pas-
sa, ainda, pela formação de
uma ampla coalizão no Orien-
te Médio e na Europa - a França
declarou-se pronta a juntar-se
à campanha aérea contra o EI -
e pela consolidação do novo
governo do Iraque. O premiê
Haider al-Abadi prometeu
uma gestão de união das et-
nias e grupos religiosos, com a
criação de uma Guarda Nacio-
nal com recrutamento local,
respeitando a predominância
de xiitas, sunitas e curdos em
cada área.
Apoio- Para concretizar o pla-
no norte-americano, o secretá-
rio de Estado dos EUA, John Ker-
ry, iniciou ontem em Bagdá seu
giro no Oriente Médio para unir
apoio militar, político e finan-
ceiro à campanha.
"Esta é uma luta que o povo
iraquiano deve vencer, mas é
também uma luta que o res-
tante do mundo precisa que
eles vençam", disse Kerry aos
jornalistas. "É uma luta que os
Estados Unidos e o restante do
mundo precisam apoiar em
cada passo."
Em meio à visita de Kerry,
três carros-bomba explodi-
ram em um bairro xiita no leste
de Bagdá, matando nove pes-
soas e ferindo outras 29, disse
um policial. As explosões ocor-
reram em um intervalo de mi-
nutos de uma para outra no
bairro Nova Bagdá. (Agências)
Kerry observa Bagdádurante voo de
helicóptero (acima).Durante sua visita,
promessas de apoioàs forças locais e
explosões decarros-bomba (à dir.).
Thai
er A
l-Sud
ani/
Reut
ers
Ahmed Jadallah/Reuters
Saul Loeb/Reuters
Obama: coalizão ampla.
Putin: novas armaspara velhas ameaças.
Presidente vai assumir pessoalmente modernização da defesa russa
No mesmo dia em que a
Rússia testou um míssil
nuclear, o presidente
Vladimir Putin disse ontem
que Moscou vai desenvolver
uma série de novas armas nu-
cleares e convencionais para
conter as recentes movimen-
tações dos Estados Unidos e
da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan).
Com os laços com o Ociden-
te fragilizados por conta da cri-
se na Ucrânia, Putin também
assumiu o controle de uma co-
missão que supervisiona a in-
dústria de defesa e fez um pe-
dido para que a Rússia se torne
menos dependente de equi-
pamentos importados.
Pouco antes de Putin falar, a
Rússia testou o míssil intercon-
tinental Bulava, capaz de reali-
zar um ataque nuclear cem ve-
zes mais forte que a explosão
que devastou a cidade japone-
sa de Hiroshima em 1945.
Putin disse que o Ocidente
não deveria ficar surpreso com
os esforços de Moscou, tendo
em vista os projetos de defesa
dos EUA e outras decisões que,
segundo ele, ameaçam a segu-
rança da Rússia.
"Precisamos de uma avalia-
ção completa e confiável sobre
as potenciais ameaças à segu-
rança militar da Rússia. Para ca-
da uma dessas ameaças, uma
resposta adequada e suficiente
deve ser encontrada", disse Pu-
tin em reunião com autorida-
des de defesa no Kremlin.
Ele disse que o programa de
modernização de armamentos
para o período 2016-2025 deve
se concentrar na construção de
uma nova série de armas ofen-
sivas que forneçam uma "ga-
rantia de dissuasão nuclear",
uma estratégia de rearmamen-
to e uma aviação de longo al-
cance, criando um sistema de
defesa aeroespacial e desen-
volvendo armas convencionais
de alta precisão.
Putin não forneceu detalhes
do programa, mas ele e outras
autoridades têm falado sobre
a capacidade dos novos mís-
seis nucleares de penetrar em
qualquer escudo antimísseis.
A ênfase de Putin nas armas
de alta precisão reflete as preo-
cupações do Kremlin a respeito
dos EUA e da Otan, que desfru-
tam de uma significativa vanta-
gem na região.
O mandatário também de-
clarou que "alguém pode estar
querendo começar uma nova
corrida armamentista. Não ire-
mos participar disso, é claro".
A Rússia deve gastar 20 tri-
lhões de rublos (US$ 536,81 bi-
lhões) na modernização de seu
Exército, que ainda hoje depen-
de largamente de armas e de
tecnologia da era soviética.
Putin reiterou que Moscou
encontrar ia maneiras de
substituir as importações da
indústria de defesa perdidas
por conta de sanções impos-
tas pelo Ocidente devido à cri-
se na Ucrânia. (Agências)
Alexey Druzhinin/EFE
Para Putin, a Rússia sofre 'crescente ameaça de segurança'.
Tro p a sru s s a s
deixamUc r â n i a
Opresidente da Ucrânia,
Petro Poroshenko, dis-
se ontem que a Rússia
retirou a maior parte de suas
forças que, segundo ele afir-
mou, estavam do lado ucra-
niano, o que eleva a esperan-
ça para o processo de paz.
"De acordo com a última in-
formação que recebemos de
nossa inteligência, 70% das
forças russas foram retiradas
para o outro lado da fronteira",
disse Poroshenko em reunião
de gabinete. "Isso fortalece
ainda mais nossa esperança
de que as iniciativas de paz
têm boa perspectiva."
Segundo autoridades ucra-
nianas e ocidentais, havia mi-
lhares de soldados russos na re-
gião, que foram responsáveis
pelo grande número de baixas
ucranianas nos campos de ba-
talha no mês passado. A Rússia
nega que tenha enviado tropas
para a Ucrânia, embora reco-
nheça que "voluntários" russos
tenham se unido aos combates
que já duram cinco meses.
Do lado ucran iano , Po-
roshenko prometeu apresentar
um projeto de lei ao Parlamen-
to, já na semana que vem, que
prevê a concessão de maior au-
tonomia às regiões rebeldes.
Mas o presidente disse que
as regiões permanecerão parte
da Ucrânia e rejeitou a ideia de
federalização, algo que tanto
Rússia quanto os rebeldes con-
tinuam a defender. Segundo
ele, a concessão de território ou
a federalização não fazem par-
te do cessar-fogo assinado na
sexta-feira passada. (Agências)
Gleb Garanich/Reuters
Separatista mostra seu documento de identidade no leste ucraniano
Investigar é a melhor defesaIsrael apura ataques a crianças na praia e a escolas da ONU em Gaza
OExército de
Is rae l a f i r-
mou ontem que
abriu até agora
mais de 90 pro-
cessos de investi-
gação sobre a re-
cente ofensiva na
Faixa de Gaza, in-
cluindo a morte
de quatro crian-
ças em uma praia
no território ocu-
pado e de 14 pa-
lestinos em uma
escola da Organi-
zação das Nações
Unidas (ONU).
A investigação
faz parte da estra-
tégia de Israel pa-
ra evitar que algum de seus co-
mandantes seja julgado em tri-
bunais internacionais. A ONU
criou sua própria comissão pa-
ra investigar todos os casos de
ataques a suas escolas.
Na ofensiva, que durou 50
dias e foi a mais sangrenta na
região desde 1967, morreram
mais de 2,1 mil palestinos, sen-
do três quartos civis, segundo
estimativas palestinas e da
ONU. Israel alega que o número
de militantes mortos é maior e
acusa o Hamas de usar civis co-
mo escudos humanos. No lado
israelense, 66 soldados e seis
civis morreram. (Agências)
Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
Formandos de universidade em Gaza carregam fotos de colegas mortos em ofensiva
Suzanne Plunkett/Reuters
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Tática dos sem-teto é travar o CentroMenos de cem manifestantes fecham a Rua Boa Vista e levam caos à região. Eles dizem que são da Rede Extremo Sul, responsável por invasão de terreno da CDHU.
Ricardo Osman
Otrânsito parou na
manhã e tarde de
ontem no Centro de
São Paulo, o que
acarretou longos congestio-
namentos em avenidas como
a Brigadeiro Luiz Antônio e a
Santo Amaro. O responsável
pelo engarrafamento em re-
gião de intensa atividade pro-
fissional, sede de empresas e
da Bovespa, é um grupo de
sem-teto que se apresenta
com o nome de Rede Extremo
Sul. Às 11 horas, a Companhia
de Engenharia de Tráfego
(CET) registrou 76 quilôme-
tros de lentidão na cidade (aci-
ma da média para o horário).
Menos de cem manifestan-
tes desta Rede
p ro t e st a r a m
no meio da Rua
B o a V i s t a ,
diante do pré-
dio da Secreta-
ria Estadual de
H a b i t a ç ã o ,
contra "a de-
mora" em ne-
goc iação de
terreno ocupa-
do localizado
no ba i r ro do
Grajaú, na zo-
na sul.
"A Secreta-
r ia demorou
para nos dar
uma resposta.
O objetivo da manifestação é
obter uma resposta, quere-
mos saber qual alternativa de
terreno a Secretaria ou a Pre-
feitura nos apresentam", dis-
se uma das coordenadoras da
Rede Extremo Sul, Sandra
Moura. A dirigente se refere a
um terreno da Companhia de
Desenvolvimento Habitacio-
nal e Urbano do Estado de São
Paulo (CDHU) que foi ocupado
por 850 famílias de sem-teto
há mais de um ano no Grajaú e
que foi batizado como Jardim
da União. O governo já avisou
que essas famílias não pode-
rão ficar no local.
"Na verdade, o que houve
foi uma invasão de uma obra
da CDHU que está dentro do
Projeto Manancial", disse um
funcionário da Secretaria de
Habitação ligado à direção do
orgão. "Moradias irregulares
da represa Guarapiranga se-
rão desocupadas e as famílias
seguirão para esta nova habi-
tação no Grajaú. Mas a turma
da Rede invadiu", contou.
Questionada sobre os pro-
blemas causados no trânsito,
Sandra disse que este não era
o objetivo, mas sim pressionar
a Secretaria. No entanto, os
manifestantes fecharam
completamente as ruas Boa
Vista e Líbero Badaró, e depois
saíram em marcha até a Praça
da Sé. Sandra gostou do resul-
tado: "Recebe-
mos como res-
posta que há a
alternativa de
irmos para o
Minha Casa ,
M i n h a V i d a
(programa dogoverno fede-r al ) ", disse ela.
Mas o que é es-
ta Rede? No Fa-
cebook, a pági-
na da Rede de
C om un id ad es
do Extremo Sul
diz que este "é
um movimen-
t o p o p u l a r ,
criado na zona
sul, que tem como proposta a
organização autônoma do po-
vo da periferia, sem depender
de politiqueiros, nem de pa-
trões, nem da migalha de
quem quer que seja."
Sua tática de luta é a mesma
dos sem-teto liderados por Gui-
lherme Boulos e dos motoquei-
ros que reclamam do fim das
motofaixas: montar barracas
no Viaduto do Chá e fechar a
Boa Vista. Esta importante via,
que concentra agências bancá-
rias, e tem início no Pátio do Co-
légio, virou um dos endereços
preferidos dos sem-teto.
Fernando Zamora/EC
Manifestantes sem-teto, tocando bateria, interromperam o trânsito diante do prédio da Secretaria Estadual de Habitação.
Priscila Prado/DC
Bloqueio total da rua paroucarros e ônibus
Tatto: São Paulo vai ter de aprendera dividir o espaço com as ciclovias.
Mariana Missiaggia *Fabio Mendes/Hype
Tatto, à esquerda, e Edmar Cioletti: críticas devem diminuir.
Apesar das dificuldades
e reclamações, a cida-
de de São Paulo vai ter
que aprender a lidar com as
ciclovias. A afirmação é do
secretár io municipal de
Transportes, Jilmar Tatto, que
participou ontem do ciclo de
palestras da 20ª Semana de
Tecnologia Metroferroviária
da Associação dos Engenhei-
ros e Arquitetos do Metrô
(AEAMESP). Até o fim de se-
tembro, São Paulo terá 109
quilômetros de ciclofaixas.
Até o fim de 2015 estão pre-
vistos 400 quilômetros.
A polêmica que envolve as
ciclovias deve perder força
com o tempo, segundo o se-
cretário de Transportes. Para
Tatto, o assunto não deman-
da competência e engenha-
ria e sim decisão política.
“À medida que as ciclovias
forem implantadas e fecha-
rem rotas que ligam termi-
nais, faculdades, shoppings,
metrôs e outros serviços, a
população vai receber me-
lhor a proposta”, disse.
Tatto rebateu as críticas so-
bre a falta de diálogo e afirmou
que a SMT, os subprefeitos e
uma equipe técnica da Com-
panhia de Engenharia de Trá-
fego (CET) estão em diálogo
direto com comerciantes e
moradores onde as ciclovias
estão sendo instaladas.
Cartilha –Por ora, a novida-
de é que a Prefeitura prepara
uma espécie de cartilha edu-
cativa que será distribuída
para a população com o obje-
tivo de orientar pedestres e
motoristas a lidarem com os
ciclistas. “Vamos preparar
um programa para que o pe-
destre e os motoristas enten-
dam que há um novo inte-
grante na cidade”.
Ô ni bu s – O secretário tam-
bém comentou a importância
das faixas exclusivas para ôni-
bus. Hoje, 75% da população
que utiliza transporte público
usa o ônibus. O metrô recebe
28% desses usuários, seguido
do trem, com 14%. “As próxi-
mas vias a receberem corre-
dores serão a Radial Leste e a
Avenida Aricanduva”, disse
Tatto. A cidade de São Paulo
tem atualmente 130 km de
corredores. Até 2016, serão
mais 150 quilômetros.
Durante o encontro, o su-
perintendente do Banco
Santander, Edmar Cioletti
apresentou o projeto criado
pelo banco para que os cinco
mil funcionários ganhassem
mais tempo e qualidade de
vida. Com a mudança da se-
de do Santander para a ave-
nida Juscelino Kubitschek, na
zona sul, uma das avenidas
mais movimentadas e con-
gestionadas da capital pau-
lista, o banco adotou medi-
das para reduzir o impacto
sobre o trânsito da região.
A solução encontrada foi
adotar horários alternativos
para a entrada de funcioná-
rios e criar condições para que
o funcionário não precisasse
se deslocar a cada atividade.
O prédio foi equipado com
bicicletários, vestiários com
shampoo, condicionador,
sabonete e toalhas, sala de
alongamento, guarda-volu-
mes e kit primeiros socorros.
Outra alternativa são os fre-
tados, que fazem o percurso
das estações de metrô à sede
e beneficiam duas mil pes-
soas que trabalham no San-
tander. Também existe o Ca-
rona Amiga, um programa in-
terno do banco que garante
vaga exclusiva para os parti-
cipantes, pela metade do
preço da mensalidade, usa-
da por 400 funcionários.
“Nosso objetivo é tirar a
pessoa da rua na hora do rush
e, ao mesmo tempo, garantir
que ela consiga cumprir to-
dos os seus compromissos
profissionais e pessoais. Até
agora, conseguimos tirar
2.000 veículos desse trajeto,
mas queremos mais”, disse.
O prédio conta ainda com cin-
co restaurantes, academia,
salão de beleza, lojas rotati-
vas, lava-rápido, chaveiro,
cartório, bilheteria de even-
tos culturais e até um hospital
totalmente gratuito para os
funcionários. Tudo para dimi-
nuir deslocamentos.
De líri o – As ciclovias che-
garam ao debate das elei-
ções presidenciais. O sena-
dor Aloysio Nunes (PSDB),
candidato à vice-presidência
na chapa encabeçada pelo
também tucano Aécio Ne-
ves, disse no Twitter que a
criação de ciclovias em São
Paulo é um “delírio autoritá-
rio de Haddad”.
Segundo Nunes, o prefeito
de São Paulo, Fernando Had-
dad, “esparrama ciclofaixas
a torto e a direito, provocan-
do revolta nos moradores de
H ig i en óp o li s .” O senador é
um dos moradores do bairro,
região nobre de São Paulo.
(* Com agências)
OMinistério Público Estadual(MPE) pediu à Justiça a
decretação da prisão preventivade 10 supostos membros doPrimeiro Comando da Capital(PCC). A acusação é de que obando idealizou e executou oassassinato do sargento da PMArnaldo Francisco de Brito,morto a tiros no dia 14 de junhodeste ano no interior. (EC)
PCC
As chuvas mais abundantesque caem no Estado ainda
não tiveram repercussão sobreo volume de água do SistemaCantareira. Nos primeiros dezdias de setembro, o acumuladode chuva atingiu 30,1milímetros (mm), pouco paraevitar que continue baixando ovolume de água disponível paradistribuição. Ontem, haviaapenas 9,8% do total dacapacidade de operação.
Com essa marca, a reservahídrica se aproxima do volumecrítico que havia em 15 de maioúltimo (8,2%), véspera daentrada em operação dovolume morto. (ABr)
CANTAREIRA
.Ó..R B I TA
Alex de Jesus/A
OG
ACIDENTE – O rompimento de uma barragem em uma mina em Itabirito,na região central de Minas Gerais, causou a morte de pelo menos trêsoperários e deixou cinco feridos ontem de manhã. O deslizamento de terraocorreu em uma área destinada a depósito de rejeitos da MineraçãoHerculano. Outra barragem da empresa ameaça ruir.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
Amyr Klink: 30 anos desde a travessia.É através das 30 fotografias clicadas por Marina Klink, mulher de Amyr Klink, expostas no
Conjunto Nacional até 2 de outubro, que o aniversário de 30 da travessia à remo do Oceano Atlânticoé celebrado. A expo Linha d’ Água traz fotos de 40 das viagens épicas de Amyr. Imperdível.
CINEMA
A trajetória de umrabino singular
Espaço Filmes/Divulgação
Henry Sobel: luta por direitos humanos e humor afiado.
Lúcia Helena de Camargo
T E AT RO
A Callas de ClaudiaSérgio Roveri
Fotos: Divulgação
Nove meses após a estreia
do espetáculo Callas no
Rio de Janeiro e de uma
extensa turnê que já visitou 22
cidades, a atriz Claudia Ohana,
que interpreta no palco aquela
que é considerada a maior
cantora lírica de todos os tempos,
ainda tenta convencer a diretora
Marília Pêra a deixá-la cantar,
ainda que seja por alguns
minutos. "Continuo pleiteando
isso", brinca a atriz. "Marília Pêra
é uma especialista em Maria
Callas, eu não poderia ter
encontrado uma diretora melhor.
Talvez um dia ela me autorize a
cantar em cena." O espetáculo,
que conta no elenco com o ator
Cássio Reis na pele do jornalista
John Adams, amigo e confidente
da diva, estreia amanhã, sexta-
feira, 12, no Teatro Itália.
Nascida em Nova York em
1923, Maria Callas trouxe uma
nova dimensão ao conceito de
prima-dona – durante toda a
década de 50 e parte da de 60,
não havia voz ou personalidade
que rivalizassem com as dela.
Estrela indiscutível, Callas se
apresentou nas melhores
casas de concerto do mundo
e protagonizou barracos
tão memoráveis quanto o
cristalino do seu agudo.
Ganhou e perdeu peso de
maneira assustadora, conheceu
o auge e o desprezo, criou
inimigos figadais no mundo do
bel canto (entre eles a grande
rival e também soprano Renata
Tebaldi) e manteve um
casamento tumultuado com o
milionário grego Aristóteles
Onassis – a quem muitos
atribuem o declínio de sua voz.
Morreu em Paris, aos 53 anos,
e pediu para ter suas cinzas
jogadas no Mar Egeu. "Tudo em
Maria Callas era muito rico, não
houve nada morno em sua
vida", diz Ohana. "Tive grande
cuidado para não colocar esta
personagem em um pedestal,
num lugar inacessível para
as pessoas. O espetáculo
humaniza a figura de Callas."
Escrito pelo dramaturgo
Fernando Duarte (coautor, ao
lado de Maitê Proença, da peça ÀBeira do Abismo me CresceramAsas), Callas se passa ao longo de
um dia, 15 de setembro de 1977,
véspera da morte da cantora.
Neste dia, ela vai ao encontro do
amigo John Adams, que
prometeu ajudá-la na montagem
de uma exposição sobre sua
vida e carreira. O espetáculo,
que o autor define como
um documentário biográfico,
brota a partir dos diálogos
entre jornalista e cantora.
A diva fala da carreira, da
infância difícil, do casamento
com Onassis e de seu único
filho, que morreu algumas
horas após o parto. "Neste
encontro ela também discorre
sobre a perda da voz e seu
declínio profissional. Qualquer
artista é capaz de se reconhecer
nos dilemas de Callas", diz a
atriz. "Antes de fazer este
espetáculo, eu não imaginava
que ela fosse uma pessoa tão
angustiada. Esta foi minha
maior descoberta sobre ela”.
Callas - estreia amanhã, 12,no Teatro Itália, Av. Ipiranga, 344,tel.: 3255-1979. Sexta às 21h30,sábado às 21h e domingo às 19h.Ingressos de R$ 70 a R$ 80.Classificação etária: 12 anos
Estudioso, carismático e
muito bem-humorado. Es-
sas são as principais quali-
dades do rabino Henry Sobel, de
acordo com os relatos reunidos no
documentárioA História do HomemHenry Sobel (Brasil, 2014, 90 mi-
nutos, classificação etária: livre),
estreia desta quinta (11).
A luta em prol dos direitos hu-
manos sempre fez parte da rotina
de Sobel. O maior exemplo está
no episódio ocorrido após a mor-
te do jornalista Vladimir Herzog,
em 1975. Sobel ordenou que en-
terrassem seu corpo no centro do
cemitério israelita, marcando a
posição de incredulidade na ver-
são oficial da ditadura militar de
que ele teria cometido suicídio
(os judeus suicidas são sepulta-
dos às margens do cemitério). "A
gente tem que tirar o chapéu pa-
ra a coragem de Sobel", afirma o
jornalista Juca Kfouri.
O diretor é o estreante em lon-
gas André Bushatsky, que mos-
trou altos e baixos do religioso em
uma narrativa ágil apoiada em de-
poimentos de parentes, amigos e
pessoas de dentro e fora da comu-
nidade judaica, como o a historia-
dora Anita Novinsky, Ivo Herzog,
Alisha, filha de Sobel, e outros.
Sobel nasceu em Lisboa, em ja-
neiro de 1944. Sua família foi mo-
rar nos Estados Unidos quando ele
era bebê e ali se criou, estudou e
se formou rabino, em 1970. Veio
ao Brasil aos 26 anos e aqui se ins-
talou. Foi presidente da Congre-
gação Israelita Paulista (CIP) até
outubro de 2007. Sobre o sotaque
que jamais o deixou, ele brinca:
"Eu falo português com sotaque
porque nasci em Portugal."
O episódio que marcou negati-
vamente a biografia de Sobel foi o
roubo das gravatas, em 2007. Ele
foi preso na cidade de Palm Beach,
acusado de furtar gravatas de
uma loja da rede Louis Vuitton.
Confessou e se arrependeu publi-
camente. Estava à época sob efei-
to de fortes psicotrópicos, que te-
riam provocado confusão mental.
Depois, porém, acabou nomeado
rabino emérito e jamais conse-
guiu recobrar o respeito anterior.
Segundo muitos, uma enorme in-
justiça. Desde o ano passado, vol-
tou a morar nos EUA.
"Fiz esse filme com objetivo de
mostrar a importância desse ho-
mem para o Brasil. Ele é uma ins-
piração para todos. Humano, in-
teligente e dotado do melhor hu-
mor judaico", resume o diretor.
Dançade rua em
fotosRetratos da dança de
rua chegam à Fábrica
de Cultura Vila Nova
Cachoeirinha (rua
Franklin do Amaral,
1575) através da
exposição Breaking. As
fotos são de Willian
Machado, que também
participará de um
bate-papo sobre seu
processo fotográfico no
dia 17, às 14h30, e
ficam no centro cultural
até o dia 26 deste mês.
A entrada é gratuita.
Medo epipoca nocemitério
Se você estiver à toa no
sábado (13) à noite, a
dica do DCultura é dar
um passeio no
cemitério. Isso mesmo,
a partir das 23h, três
clássicos de terror do
cinema nacial serão
exibidos no Cemitério
da Consolação. O
Cinetério é parte do
Festival da Cultura
Indepêndente e traz em
sua programação os
longas-metragens
Ninfas Diabólicas (1974),
de John Doo; Excitação(1977), e a chanchada
sinistra As Sete Vampiras(1986). As projeções
acontecerão na parte
interna do cemitério, já
do lado de fora, haverá
food trucks com direito
à pipoca gourmet.
Marília Pêra éuma especialistaem Maria Callas,eu não poderiater encontradouma diretora
melhor. Talvezum dia ela me
autorize acantar em cena.
Tive grandecuidado para
não colocar estapersonagem em
um pedestal,num lugar
inacessível paraas pessoas. Oespetáculohumaniza a
figura de Callas.CL AUDIA OHANA
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014
.I..NTERNET
Gmail vulnerávelUm hacker divulgou
em um fórum russo mais
de cinco milhões de
endereços do Gmail, do
Google, e as respectivas
senhas. Confira no link
se sua conta está na
lista e mude sua senha.
https://isleaked.com/en.php
.M..EIO AMBIENTE
Camada de ozônio: em recuperação.A camada de ozônio, que
protege a vida na Terra dos
raios ultravioleta do sol,
que são cancerígenos,
mostra seus primeiros
sinais de espessamento
depois de anos de
degradação, afirma um
estudo da Organização das
Nações Unidas (ONU)
divulgado ontem. Isso
significa que a camada
poderá se recuperar com o
tempo. Cientistas dizem
que o espessamento
confirma o sucesso da
proibição, em 1987, da
emissões de gases criados
pelo homem que danificam
a camada de ozônio, uma
conquista que poderia
ajudar a evitar milhões de
casos de câncer de pele e
outros males. O buraco na
camada de ozônio que
aparece anualmente sobre
a Antártida também parou
de crescer a cada ano, mas
ainda serão necessários
cerca de dez anos para que
comece a encolher, diz o
relatório da ONU.
.A..RQUEOLOGIA
Fortaleza VikingArqueólogos da
Universidade de Aarhus,
na Dinamarca, acharam
uma fortaleza viking
procurada há 60 anos. A
fortaleza, do ano 980, em
formato circular perfeito,
foi descoberta a 65 km de
Copenhague e pode ter
sido usada em um ataque à
I n g l a t e rr a .
.M..ODA
Língua de foraModelo mostra a língua
durante o desfile das
criações de Jeremy Scott
para a temporada
Primavera/Verão 2015 na
semana de moda de
Nova York.
.E..S PA Ç O
Supernova desvendadaImagem da supernova 1993J, na
galáxia M81, cuja luz chegou até nós há
21 anos graças ao telescópio Hubble.
Só agora os astrônomos identificoram
que o azul da imagem é de uma estrela
companheira da 1993J.
.L..OTERIAS
Concurso 1485 da LOTOMANIA
10 25 29 31 37
Concurso 1634 da MEGA-SENA
09 10 23 33 44 51
43 47 51 53 55
60 64 80 84 88
92 94 95 99 00
Concurso 3584 da QUINA
09 50 51 58 74
.H..ISTÓRIA
1 1 /0 9H
á 13 anos, em 11 de se-
tembro de 2001, acon-
tecia o maior atentado
terrorista sofrido pelos EUA.
Dois aviões se chocaram con-
tra as torres gêmeas do World
Trade Center (WTC), em Nova
York. Em seguida, uma tercei-
ra aeronave de passageiros foi
derrubada sobre o Pentágono,
nos arredores de Washington.
A ação terrorista resultou na
morte de 2.996 pessoas.
Para lembrar a data e a aber-
tura do Memorial 11 de Setem-
bro, a agência BBDO nos EUA
criou uma campanha baseada
em uma animação que conta a
história dos atentados de um
jeito diferente. O vídeo, que fa-
la sobre esperança e cora-
gem, mostra a trajetória de
uma pereira que ficou presa
nos escombros.
Quase um mês depois dos
ataques, as equipes de resga-
te encontraram a árvore car-
bonizada, mas decidiram cui-
dar dela. Agora, a árvore é in-
tegra o memorial como símbo-
lo da capacidade de superar
tragédias.
Na animação "Árvore So-
brevivente", com pouco mais
de dois minutos, Whoopi Gold-
berg recita um poema infantil
em inglês que conta a história
da pereira e convida os inter-
nautas a visitarem o site do
Memorial 11 de Setembro.
No site do memorial, os in-
ternautas são convidados a fa-
zer uma doação para a institui-
ção por meio da plataforma
D o n a t e - a -Tw e e t .
A plataforma permite que
qualquer pessoa faça uma
doação de US$ 0,25 por carac-
tere, digitando uma mensa-
gem sobre o 11 de setembro. O
Memorial, então, publicará a
mensagem em sua conta na
rede social e enviará ao autor o
link de sua mensagem, que
poderá ser compartilhado.
A campanha surge em um
momento delicado para os
EUA. Segundo uma pesquisa
publicada ontem pelo jornal
The Wall Street Journal e pela
Britt
a Pe
ders
en/E
FE
ENCONTRO DE RAINHAS - Rainha Margarida, da Dinamarca,
admira busto de Nefertiti, rainha do Egito, durante sua visita ao Museu
Novo, em Berlim. Margarida faz uma visita de dois dias à capital alemã.
s
Insetosurbanos
Vistos de
baixo, os
veículos que
estão todos
os dias nas
ruas
lembram
insetos. Ao
menos é esta
a inspiração
da fotógrafa
Ya s e n a
Popova em
sua nova
série de
imagens.
goo.gl/wXp0Y3
Concurso 1104 da LOTOFÁCIL
02 05 06 08 09
11 13 14 15 16
18 19 21 22 23
rede de televisão N BC , 47%
dos habitantes dos EUA estão
convencidos de que a nação
está menos segura do que an-
tes dos atentados cometidos
pela Al Qaeda.
A animação, que gerou tam-
bém um e-book infantil, é uma
tentativa de mostrar aos pais
que é possível falar com as
crianças sobre o fato histórico
sem incutir nelas esse medo.
Veja o vídeo no link.
http://youtu.be/JU1r f-481QI
DiCaprio de ternoO artista Zi Wei Tan criou
um pôster com os figurinos
de Leonardo DiCaprio nos
filmes. Nesta página você
vê: Foi Apenas um Sonho,
(Prenda - me se For Capaz, OGrande Gatsby, Django Livre,
A Origem, J. Edgar, O Lobode Wall Street e Ilha do
Medo.
http://ziweitan.com/suit-amp-tie-poste
Reprodução
Amy Dreher/911memorial.org
NA
SALu
cas J
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ono/
Reut
ers
Imag
em: T
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Cas
tle C
entre
quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
Incentivos à pequena tradingCom o reconhecimento das tradings como setor, avanço no crédito e simplificação tributária poderão expandir os negócios das PMEs.
Karina Lignelli
Ocomércio exterior
brasileiro começa a
dar os pr imeiros
passos para um no-
vo estágio: com a simplifica-
ção de tributos, a concessão
de crédito para exportações e
o reconhecimento pelo gover-
no das empresas comerciais-
exportadoras (tradings) como
setor. Esse foi o saldo positivo
do "VI Encontro do Conselho
Brasileiro das Empresas Co-
merciais Importadoras Expor-
tadoras (CECIEx) - Encurtando
Distâncias no Comércio Exte-
rior", realizado ontem na capi-
tal paulista. Rogério Amato,
presidente da Associação Co-
mercial de São Paulo (ACSP) e
da Federação das Associações
Comerciais de São Paulo (Fa-
cesp) e presidente interino da
Confederação das Associa-
ções Comerciais do Brasil
(CACB), abriu o evento, lem-
brando a todos da simplifica-
ção do processo tributário, re-
ferindo-se ao programa "Mais
Simples", do ministro da Se-
cretaria Especial da Micro e Pe-
quena Empresa (SMPE), Gui-
lherme Afif Domingos. "Esse é
o nosso próximo grande proje-
to: abrir os olhos para a sofisti-
cação através da simplicida-
de. Com ele, se arrecada mais
e melhor e se trabalha com a
força das micro e pequenas
empresas para crescer –e isso
se traduz no comércio exte-
rior", garantiu.
Em participação remota,
Afif mencionou as alterações
aprovadas na Lei do Simples, e
destacou a necessidade de
simplificar também o proces-
so no âmbito do mercado ex-
terno". "A participação delas
(pequenas empresas) ainda é
baixa (menos de 1%), mas va-
mos trabalhar para abrir esse
mercado", disse.
Para elevar a participação
das MPEs no comércio exte-
rior, que é inferior a 1%, afir-
mou Mauro Soares, diretor de
mercados da SMPE, é preciso
melhorar o ambiente de negó-
cios, pois elas não têm onde
desonerar, nem usufruir do
drawback para exportar.
"A exportação de serviços
responde por quase 10%, mas
nossa preocupação é que há
pouco ou quase nenhum apoio
ao comércio exterior. Estamos
procurando espaço na agenda
do governo para aperfeiçoar
esse tipo de exportação, e de
equipará-las para se enqua-
drar nesse processo". E esse
apoio não deve ser só por força
de lei. "A lógica é corrigir im-
perfeições de mercado para
que essas empresas possam
crescer. E com a universaliza-
ção do Simples, 500 mil em-
presas poderão participar dos
benefícios do sistema – i n c l u-
sive nas exportações", disse
S o a re s .
Durante o evento, Roberto
Ticoulat, presidente do CE-
CIEx e coordenador de Comér-
c io Exter ior da São Paulo
Chamber of Commerce da
ACSP, e Maurício Borges, pre-
sidente da Agência Brasileira
de Promoção de Exportações
e Investimentos (Apex-Brasil)
assinaram convênio entre as
duas entidades que dá ao CE-
CIEx autonomia para facilitar
o comércio principalmente
para MPEs. "Antes, já tínha-
mos parceria com a Apex, mas
éramos uma espécie de incu-
badora de projetos de expor-
tação, em conjunto com a
ACSP (o "berço" do CECIEx).
Mas passamos para outro es-
tágio. Vamos realizar encon-
tros de negócios, capacitação
e ações para trazer ou levar
empresas para o mercado ex-
terno", afirmou Ticoulat. Ele
lembrou dos próximos passos,
como gerir o cadastro dessas
empresas, e das conquistas
para o setor, como seguro de
crédito para exportação e a
possibilidade de as MPEs to-
marem crédito mediante con-
trato com as comerciais-ex-
portadoras. "A participação
do Brasil no mercado externo
é de 1,5%, mas trabalhamos
para que aumente para 2%.
Quando isso acontecer, a eco-
nomia vai crescer na casa dos
10%", ressaltou.
Fe r r a m e n t a s
João Carlos Coelho, coorde-
nador operacional do Progra-
ma de Apoio Tecnológico à Ex-
portação (Progex) do Instituto
de Pesquisas Tecnológicas
(IPT), falou sobre o programa,
que existe há 15 anos para
qualificar produtos para o ex-
terior, além de complementar
e apoiar empresas de modo a
prepará-los adequadamente.
"Trabalhamos design, ade-
quação e consultoria para
dossiê técnico", afirmou.
Já Rodrigo Cota, subsecre-
tário da Subsecretaria de Cré-
ditos e Garantias às Exporta-
ções do Ministério da Fazenda
–Secretaria de Assuntos Inter-
nacionais, destacou uma faci-
lidade para as exportadoras: o
Seguro de Crédito para Expor-
tação, concedido pelo Fundo
Garantidor de Exportações
(SCE/FGE). Ele afirmou que há
R$ 19,7 milhões, que podem
dar garantias de até cinco ve-
zes o patrimônio físico da em-
presa. "O sistema de garantia
de pós-embarque está dispo-
nível, e o de pré-embarque
passa por ajustes e deve sair
em 15 dias. Até para empresas
com menos de dois anos, o go-
verno cobre riscos extraordi-
nários – desde que a segura-
dora cubra riscos comerciais.
O objetivo é que esse processo
não seja complicado, e que ha-
ja um uso cada vez maior –
principalmente por MPEs,"
disse.
Pr o v o c a ç õ e s
Mas o encontro gerou ou-
tros debates. Um deles foi a
perda de participação dos ma-
nufaturados brasileiros no co-
mércio exterior. Segundo Fá-
bio Siccherino, diretor da As-
sociação de Comércio Exterior
do Brasil (AEB), enquanto esse
tipo de exportação está na ca-
sa dos 29% e ocupa a 30ª posi-
ção no ranking global, as ex-
portações de commodities gi-
ram em 60% – e tudo devido à
estrutura de custos de produ-
ção, logística e tributos. "As
ações promocionais eviden-
ciam a marca Brasil lá fora.
Mas enquanto crescem as ex-
portações em commodities,
elas não evoluem nos manufa-
turados", afirmou.
O "Tratamento Tributário
nas Exportações Indiretas" foi
abordado pelo advogado Ma-
theus Cherulli Alcântara Via-
na, sócio-responsável do es-
critório Alcântara Viana, Ris-
tow e Azevedo e especialista
em consultoria tributária e
aduaneira. Segundo ele, o
principal papel das tradings é
viabilizar os processos de co-
mércio exterior, inclusive re-
duzindo custos, pela lei a re-
ceita de comercialização feita
por tradings é considerada in-
terna, não de exportação –por
isso é tributada. "A intenção é
desonerar tributos de expor-
tação, mas pelo princípio de
destinação de mercadorias (e
não de origem) e para dar mais
competitividade ao mercado
nacional e menos inseguran-
ça jurídica", disse.
Já em "Negociações Inter-
nacionais e Cenários Prospec-
tivos", com a participação do
professor José Augusto Gui-
lhon de Albuquerque, da Uni-
camp, e diretor da Sobeet (So-
ciedade Brasileira de Estudos
de Empresas Transnacionais e
da Globalização Econômica),
e do professor Amâncio Jorge
Silva Nunes de Oliveira, vice-
diretor do Instituto de Rela-
ções Internacionais da USP e
coordenador científico do
Centro de Estudos das Nego-
ciações Internacionais (Cae-
ni), o mediador Marcel Soli-
meo, economista da ACSP, fez
uma "provocação". Segundo
ele, o Brasil parece de vez em
quando escolher apoios co-
merciais mais pelo viés ideoló-
gico do que pelo pragmatis-
mo. "Por isso, convivemos
com a situação internacional
de blocos se formando e o Bra-
sil ficando para trás", disse. Na
opinião de Oliveira, o Brasil
deveria seguir uma visão polí-
tica mais atuante em relação
aos blocos mais dinâmicos,
como EUA e Europa. "Mas é
preciso ver se o Brasil não quer
entrar nesses acordos por se-
rem muito intensivos em re-
gras, se as opções são de natu-
reza ideológica ou se há cons-
trangimentos internacionais
claros (para não negociar es-
ses acordos)", afirmou.
Para Guilhon, a impressão é
que pequenos arranjos regio-
nais são mais fáceis de admi-
nistrar, com parceiros de ta-
manho reduzido e próximos
de assuntos domésticos. "As
expectativas de recuperação
da economia mundial estão na
Ásia. São parcerias que demo-
ram a avançar, mas são efica-
zes. Mas onde está o Brasil?
Certamente não no comércio
exterior", concluiu.
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Amato (topo): simplificação tributária para crescer. Ticoulat eBorges (meio): convênio para facilitar a exportação. Guilhon(acima): arranjos regionais são mais fáceis de administrar.
Enquantocrescem as
exportações emcommodities,
elas nãoevoluem nos
manufaturados.FÁBIO SI CC H E R I N O, AEB
12 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
Morre Emilio Botín, do Santander.Presidente do banco, ele foi o responsável por transformar uma pequena instituição familiar em uma das maiores marcas globais da área financeira.
Emilio Botín, um dos
homens mais podero-
sos da Espanha e que
transformou o San-
tander de um pequeno banco
doméstico no maior da zona
do euro, morreu na madruga-
da de ontem de um ataque
cardíaco aos 79 anos. Era ca-
sado com Paloma O'Shea Arti-
ñano e deixa seis filhos: Ana
Patricia, Carmen, Emilio, Ca-
rolina, Paloma e Francisco Ja-
vier. A primeira, Ana Patricia,
foi escolhida para substituí-lo
no comando do conglomera-
do financeiro.
Nascido em 1º de outubro
de 1934 em Santander, o bal-
neário no norte da Espanha
que é berço do banco, Botín
estudou Direito e Economia na
Universidade de Deusto. En-
trou em 1958 no banco; dois
anos depois subiu para o con-
selho administrativo e assu-
miu a presidência – que fora
ocupada por seu pai e seu avô
– em 1986. Chamado de "El
Presidente" pelos funcioná-
rios, foi responsável por divul-
gar a marca ao redor do mun-
do, levando-a a somar 1,4 tri-
lhão de euros (US$ 1,8 trilhão)
em fundos, tocada por cerca
de 200 mil funcionários.
"Foi um homem capaz de fa-
zer o Banco Santander se tor-
nar o banco mais importante
de nosso país", afirmou o pri-
meiro-ministro espanhol, Ma-
riano Rajoy. "Tive uma reunião
com ele na semana passada e
ele estava bem e em boa for-
ma. Foi uma surpresa e um
golpe."
Botín não tinha planos para
se aposentar. A sucessão era
um tema tabu para ele. Sempre
que questionado, respondia
com bom humor que gozava de
boa saúde e não era preciso fa-
lar a respeito. Em 2007, ele mu-
dou o estatuto do banco para
não se aposentar aos 72 anos,
como previa o regulamento.
A escolha de sua filha Ana
Patrícia para a presidência do
Santander, aprovada por una-
nimidade pelo Conselho de
Administração do banco, po-
derá provocar polêmica, em
um momento em que dinas-
tias bancárias enfrentam du-
ras críticas depois do escân-
dalo no português Banco Espí-
rito Santo, com empresas da
família fundadora sendo in-
vestigadas por irregularida-
des financeiras.
Repercussões no Brasil
Por meio de notas, a comu-
nidade financeira brasileira
manifestou pesar pelo faleci-
mento de Botín.
"Cabe a nós, do Santander
Brasil, continuar, com ainda
mais intensidade, o trabalho de
crescimento de nosso banco no
País, a maior homenagem que
podemos prestar a ele", escre-
veu o presidente do Santander
Brasil, Jesús Zabalza.
O presidente do Conselho de
Administração do Bradesco,
Lázaro de Mello Brandão, e o
presidente executivo do banco,
Luiz Carlos Trabuco Cappi, em
comunicados separados, la-
mentaram o falecimento. “El e
fez da casa bancária fundada
por sua família uma referência
mundial de prestação de servi-
ços financeiros", disse Bran-
dão. “Demonstrou e injetou
confiança no sistema bancá-
r i o”, completou Trabuco.
"Foi um dos mais destaca-
dos banqueiros do mundo, por
sua criatividade e capacidade
de liderança, além de ter sido
um amigo do Brasil, País ao
qual sempre dedicou confian-
ça e admiração", escreveu o
presidente executivo da Fede-
ração Brasileira de Bancos
(Febraban), Murilo Portugal.
Andrea Comas/Reuters
“A perda é muito grande para
todos nós, porque além dos afe-
tos e das questões humanas
envolvidas, vai-se uma lideran-
ça de envergadura global", afir-
mou Aldemir Bendine, presi-
dente do Banco do Brasil.
Também o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva emi-
tiu uma mensagem, assina-
da por ele e pela ex-primeira-
dama Marisa Letícia. Lula
chama o banqueiro de "nosso
amigo" e lembra do voto de
confiança que Botín deposi-
tou no Brasil há mais de dez
anos, ao decidir ampliar as
operações locais do Santan-
der. (Agências)
Bandeiras a meio mastro na sede da instituição, em Madri: uma homenagem ao banqueiro, que era chamado de "El Presidente" pelos funcionários.
Sucessora chega comcurrículo de êxitos
Anova presidente do
Santander, Ana Patri-
cia Botín-Sanz de Sau-
tuola y O'Shea, 53 anos, até
ontem presidia o Santander
Reino Unido.
Também nascida em San-
tander e formada em econo-
mia, começou a carreira na
concorrência, no JP Morgan,
onde trabalhou de 1981 a
1988. Depois disso, foi para
um cargo de direção no San-
tander, do qual se tornou vice-
presidente-executiva em
1992. Nessa época, foi uma
das responsáveis pela expan-
são da instituição espanhola
para a América Latina. Entre
2002 e 2010, presidiu o Banes-
to, instituição local que fora
absorvida pelo Santander. Em
seguida, foi alçada à presidên-
cia-executiva do Santander
Reino Unido.
Nesse posto, um de seus
êxitos foi transformar a filial
britânica na maior fonte de lu-
cro do banco espanhol, à fren-
te do Brasil, subsidiária que te-
ve por vários anos o título de
principal geradora de dividen-
dos para Madri.
No primeiro semestre de
2014, o Brasil gerou 19% do lu-
cro global e o Reino Unido,
20%. Um ano antes, o placar
era diferente: brasileiros com
25% e britânicos com 13%.
No plano interno, um dos
grandes feitos da executiva foi
introduzir um novo tipo de rela-
cionamento com os clientes
após o lançamento de uma con-
ta que devolve em forma de bô-
nus parte do dinheiro movi-
mentado mensalmente. De
funcionamento relativamente
simples, a iniciativa tem atraído
clientes ao Santander e gerou
alguma movimentação no seg-
mento bancário de varejo no
país.Jason Napier, analista do
setor bancário do Deutsche
Bank, diz que atualmente o
Santander é o banco que mais
credencia novos clientes e car-
tões de crédito em todo o Reino
Unido. Foi isso que permitiu o
aumento do lucro da filial.
Analistas elogiam a energia
da executiva e sua desenvol-
tura em meio à predominância
masculina na City. Ana Patricia
Botín é considerada pela im-
prensa local a segunda ou a
terceira mulher mais podero-
sa do Reino Unido. Críticos, po-
rém, dizem que a executiva
está sendo bem sucedida no
esforço de ganhar mercado
porque outros grandes con-
correntes – como Royal Bank
of Scotland, Barclays, Lloyds
Bank e HSBC – ainda se recu-
peram do tombo levado na cri-
se financeira.
Com a saída da executiva, o
Santander Reino Unido pode-
rá sofrer um vácuo de lideran-
ça. Seu sucessor natural na
operação britânica, Nathan
Bostock, 53 anos, vice-presi-
dente executivo, está no ban-
co há apenas 22 dias. Foi no-
meado em dezembro, mas só
pôde assumir agora, porque o
Royal Bank of Scotland, onde
trabalhava, exigiu o cumpri-
mento de aviso prévio
O presidente do conselho de
administração, Terry Burns,
deve se aposentar até o fim do
ano, deixando o banco britâni-
co diante de um período de
agitação. Uma opção possí-
vel, segundo fontes da City
londrina, seria adiar essa apo-
sentadoria até que um presi-
dente-executivo permanente
assuma o cargo, disseram fon-
tes familiarizadas com o tema.
Outra solução seria nomear
um presidente-executivo
temporário enquanto se con-
sidera suas opções. O Conse-
lho tem reunião marcada para
a próxima semana. (Agências)
Nacho Cobero/Reuters
Luca Piergiovanni/EFE
Ana Patricia:um dos
sucessos foitransformar afilial britânicana maior fonte
de lucro dobanco
espanhol, àfrente doBrasil.
14 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15
TTBRASILESTRUTURAS METÁLICASS.A.CNPJ/MFNº10.435.862/0001-09 -NIRE35300375122
AVISOAOSACIONISTASEm cumprimento ao disposto no artigo 133 da Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores, aAdministração daTTBra-silEstruturasMetálicasS.A. ("Companhia")comunicaqueosdocumentosaquesereferemos incisos Ia IVdorefe-rido artigo, relativos aos exercícios sociais encerrados nos anos de 2011, 2012 e 2013, encontram-se à disposiçãodos senhores acionistas na sede da Companhia, naAlameda dos Jurupis nº 455, 10º andar, parte, bairro Moema,Cep04.088-001,emSãoPaulo,EstadodeSãoPaulo.SãoPaulo,09desetembrode2014.ADIRETORIA.
C&A Modas Ltda, CNPJ n° 45.242.914/0159-86 e IE n° 149.246.477.110, estabelecida a Av. Giovanni Gronchi, 5819,LUC 001, Vila Andrade, São Paulo/SP, declara para os devidos fins de direito e conforme Boletim de Ocorrências n°7693/2014 emitido em 02.09.14 que extraviou de sua loja os equipamentos PDVs n° 2, 4 e 6 das marcas Itautec e ZPM,n° de fabricação IP030800000000000656, IP030800000000000233 e ZP040713874, respectivamente.
VCB Comunicações S.A.CNPJ/MF Nº 00.859.826/0001-00 - NIRE 35.300.175.603
Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária e ExtraordináriaConvidamos os Acionistas a se reunirem em AGOE, que será realizada no dia 19/9/14, 11 horas, São José dos Campos/SP, RuaAlfredo Ignácio Nogueira Penido, 300, sala 45, Jardim Aquarius, para em matéria de AGO: (i) tomar as contas dos administradores,examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras referente ao exercício social findo em 31/12/13; e (ii) analisar a propostade destinação do lucro líquido do exercício e distribuição de dividendos, se houver; e em matéria de AGE: (i) a proposta deaumento de capital social em R$24.485.356,00 mediante a emissão de 24.485.356 novas ações ordinárias nominativas, semvalor nominal; (ii) a consequente reforma do Artigo 5º do Estatuto Social; (iii) a inclusão de novas atividades no objeto social daCompanhia; (iv) a consequente reforma do Artigo 3º do Estatuto Social; (v) o pedido de renúncia de Valério Machado Dallolio docargo de Diretor Vice-Presidente; (vi) ratificar a eleição dos atuais membros de Diretoria; e (vii) a consolidação do Estatuto Social.São José dos Campos, 10/09/2014. Leandro Salatti dos Santos - Diretor Presidente. (10, 11 e 12/09/2014)
PREFEITURA MUNICIPAL DE
OURINHOS
AVISO DE LICITAÇÃOProcesso nº 3.108/2014 - Concorrência nº 07/2014
Objeto: Concessão de espaço público, destinado à exploração de diversos serviços, nasdependências do Terminal Rodoviário de Passageiros de Ourinhos. Data de recebimento dosenvelopes: 03/11/2014. Horário limite para recebimento dos envelopes: 09.00 horas. Abertura:03/11/2014 – 09.30 horas. Visita Técnica: Agendamento a partir do dia 15/09/2014 a 31/10/2014, no horário das 8h30min às 11h30min e das 14h30min às 17h00min., através do telefone(14) 3322-4655, no Terminal Rodoviário de Passageiros de Ourinhos. O Edital completo poderáser retirado através do endereço eletrônico (www.ourinhos.sp.gov.br) no link licitações ousolicitado através do e-mail ([email protected]) ou na Diretoria de Suprimento, sita àRua Euclides da Cunha, nº 522, Centro, das 08h às 12h e das 14h às 18h, ou maioresinformações pelo telefone (14) 3302-6000, ramais 6032 e 6076. Ourinhos, 10 de setembro de2.014 – Comissão Permanente de Licitação.
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS - TIPO TÉCNICA E PREÇO – A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Projeto: TOMADA DE PREÇOS No - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA). 46/00284/14/02 - Execução e Coordenação de Projetos Executivos; Projeto Técnico de Segurança Contra Incêndio - E.E. Abilio Manoel - Praça Valêncio de Barros, 186 - CEP: 14700-009 - Centro - Bebedouro/SP - 120/210 - 09:30 - 14/10/2014.46/00357/14/02 - Elaboração de Projeto Executivo (Acessibilidade); Fornecimento de Projeto de Segurança Contra Incêndio - CEEJA Hernani Nobre - Rua Lucas Evangelista, 1.670 - CEP: 14700-000 - Centro - Bebedouro/SP - E.E. Oswaldo Schiavon - Rua Alfredo Gomes Areias, 1.323 - CEP: 14711-510 - Res. Pedro Maia - Bebedouro/SP - 120/210 - 10:00 - 14/10/2014. 46/00414/14/02 - Adequação da Edificação à NBR-9050 (Acessibilidade); Fornecimento de Projeto de Segurança Contra Incêndio - E.E./ETEC Dr. Paraiso Cavalcanti/Prof. Idio Zucchi, Rua Orlando F.Carvalho, 265 - CEP: 14701-070 - Centro - Bebedouro/SP - 120/200 - 10:30 - 14/10/2014. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 11/09/2014, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os invólucros contendo a Proposta Técnica, a Proposta Comercial e os documentos de Habilitação, deverão ser entregues, juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL no 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital. ANTONIO HENRIQUE FILHO - Respondendo pela Presidência da FDE - PORTARIA FDE No 138/2014
DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOAs pessoas físicas abaixo identificadas, por intermédio do presente instrumento, DECLARAM suaintenção de constituir uma instituição comas características abaixo especificadas:Denominação social:LimineTrust Distribuidora deTítulos eValores Mobiliários Ltda.Local da sede:São Paulo-SP - Capital inicial:R$ 1.000.000,00 - Composição societária:Controladores: Elton César Porpino - CPF nº 246.890.958-50 -%deParticipação:75%;
Nivea MaryYoshida - CPF nº 270.550.798-10 -%deParticipação:25%.As pessoas físicas abaixo identificadas, por intermédio do presente instrumento, DECLARAM suaintenção de exercer cargos de administração na Limine Trust Distribuidora de Títulos e ValoresMobiliários Ltda. e que preenchem as condições estabelecidas no art. 2º do Regulamento Anexo II àResolução nº 4.122, de 2 de agosto de 2012:Elton César Porpino - CPF nº 246.890.958-50 - C.I.R.G.nº 23.193.823-8-SSP-SP - Diretor;Nivea MaryYoshida - CPF nº 270.550.798-10 - C.I.R.G.nº 32.549.120-3-SSP-SP - Diretora.As pessoas físicas signatárias deste instrumento ESCLARECEM que, nos termos da regulamentaçãoem vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao BancoCentral do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, pormeio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentaçãocomprobatória, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito avistas do processo respectivo.
Banco Central do BrasilDepartamento deOrganização doSistemaFinanceiro (Deorf)
Gerência-Técnica emSãoPaulo (GTSP) -Avenida Paulista, 1.804 - 5º andarCEP 01310-922 - SãoPaulo-SP - Processo nº 1401595127.
SãoPaulo, 10 de setembro de 2014.Elton César Porpino Nivea MaryYoshida
Pregão Eletrônico nº 353/2014Processo nº 23039.000217/2014-96
O Hospital Universitário de Brasília – HUB/EBSERH, inscrito no CNPJ sobo nº 15.126.437/0003-05, torna público que realizará licitação, na modalidadede PREGÃO ELETRÔNICO, sob o número 353/2014, do tipoMENOR PREÇOPOR ITEM, cujo objeto é CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADAPARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MOTORISTA, (MÃO DEOBRA), PARA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS DA FROTA OFICIAL DO HUB(AMBULÂNCIAS, VAN, CAMINHÃO, UTILITÁRIOS E CARRO PASSEIO)EM REGIME DE HORAS DEFINIDO PELO ACORDO, CONVENÇÃO OUDISSÍDIO COLETIVO DE TRABALHO DACATEGORIA PARAATENDERASNECESSIDADES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA. A aberturada sessão pública para a formulação dos lances está prevista para ocorreràs 09:00 horas do dia 23/09/2014. A DISPONIBILIZAÇÃO DO EDITAL sedará a partir do dia 11/09/2014, nos sites www.comprasnet.gov.br ou noendereço: SGAN, Quadras 604/605 Anexo III sala 19/20 - Brasília-DF.
Brasília, 10 de setembro de 2014SUSANA SOUSA CAMPOS
Pregoeiro
AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
Acha-se aberta na Secretaria do Meio Ambiente, Coordenadoria de Parques Urbanos, a licitação namodalidade Concorrência nº 01/2014/CPU, Processo nº 243/2014, destinada à permissão de usode imóvel �permissão de uso para execução de projeto �Refresque-se� nas áreas internasdos Parques Villa-Lobos, Urbano Cândido Portinari. O recebimento dos envelopes de proposta ehabilitação dar-se-á em sessão pública, a ser realizada no dia 24/10/2014 às 9h00, na Secretaria doMeio Ambiente, sito à Av. Prof. Frederico Hermann Junior, 345 � prédio 6 � 2º andar � sala do reuniões,Alto de Pinheiros � São Paulo � SP. Os interessados poderão consultar o Edital completo nos siteshttp://www.e-negociospublicos.com.br ou www.ambiente.sp.gov.br. Podendo ainda ser retirado, emhorário comercial, no Centro de Licitações e Contratos, do Departamento de Suprimentos e Apoio àGestão de Contratos, da Coordenadoria de Administração, à Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345� prédio 1 � 6º andar, Alto de Pinheiros � São Paulo � SP, comparecendo munidos de CD ou pen-drive.Maiores esclarecimentos: (11) 3133-3979 ou e-mail: [email protected]. É importante oacesso frequente aos sites: www.ambiente.sp.gov.br e www.e-negociospublicos.com.br, uma vezque eventuais questionamentos sobre o edital e devidos esclarecimentos serão ali divulgados.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
Acha-se aberta na Coordenadoria de Administração, da Secretaria do Meio Ambiente, a licitação na modalidade Pregão Eletrônico nº 03/2014/CA, Processo nº 4.362/2014, destinada à contratação de serviços de recepção, com a efetiva cobertura dos postos designados, no âmbito do Gabinete do Secretário e Coordenadoria de Administração. A abertura das propostas dar-se-á no dia 24/09/2014 às 09h00, no site www.bec.sp.gov.br, através da Oferta de Compra 260117000012014OC00004. As propostas serão recebidas no site a partir do dia 11/09/2014. Os interessados poderão consultar o Edital completo nos sites http://www.e-negociospublicos.com.br; www.bec.sp.gov.br ou www.ambiente.sp.gov.br. Maiores esclarecimentos: (11) 3133-3979 ou e-mail: [email protected].
SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba, por seu Setor de Licitação e Contratos, comunica que consta no site desta Autarquia (www.saaesorocaba.com.br) esclarecimento nº 05 para o Pregão Presencial nº 09/2014 - Processo nº 2965/2014, destinado à contratação de empresa para fornecimento de link de internet banda larga para o SAAE de Sorocaba. Comunica ainda que está temporariamente SUSPENSOo referido Pregão Eletrônico tendo em vista que ocorrerão adequações no edital. Sorocaba, 10 de setembro de 2014.
Priscila Gonçalves de Toledo Pedroso Leite - Pregoeira.
Declaração de Extravio de Documentos FiscaisA empresa Espelho Comunicação Ltda., inscrita no CNPJ sob nº 05.139.897/0001-52 e inscriçãomunicipal nº 32.773, com sede à Rua Meatinga, 45 – sala 13 – Centro – Santana de Parnaíba – SP, vemcomunicar o extravio de suas notas fiscais de serviços série “A”, de 001 a 200, parcialmente utilizadas,livros fiscais modelos 51 e 57 e guias de tributos municipais.
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PEREIRA BARRETO/SP
Tomada de Preço nº 012/2014 - Processo: 089/2014RESUMO DO EDITAL
Acha-se aberta, na Prefeitura de Pereira Barreto, Processo Licitatório namodalidade de Tomada de Preço 012/2014, objetivando contratação deempresa qualificada, para execução de serviços técnicos de engenharia para aexecução de obra de Reforma do Prédio, com fornecimento de material e mãode obra, localizado na Rua Dr. Dermival Franceschi, nº 2.282 (Antigo Lions),onde funcionará o CRAS – Centro de Referência da Assistência Social, tendoem vista Convênio Termo de Responsabilidade e adesão DRADS ano 040/2014, firmado entre o município de Pereira Barreto e a Secretaria deDesenvolvimento Social. Maiores informações poderão ser obtidas pelotelefone (18) 3704-8505 pelo e-mail licitaçã[email protected] comcópia para [email protected] [email protected], ou ainda o Edital no sitewww.pereirabarreto.sp.gov.br.
Pereira Barreto, 10 de setembro de 2014.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito.
EMPRESA MUNICIPAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS – EMPROAVISO DE LICITAÇÃO – PREGÃO PRESENCIAL No 016/2014
Objeto: Aquisição de 01 (um) veículo automotivo zero quilômetro, conforme especificação técnica no Anexo I deste Edital.Edital completo na sede da Empro: Av. Romeu Strazzi, 199 – Bairro Vila Sinibaldi, São José do Rio Preto/SP, ou pelo site http://www.empro.com.br. – Fone: (17) 3201-1201/1216. Abertura: 23 de setembro de 2014, às 09h30. São José do Rio Preto/SP, 10 de setembro de 2014.
Cássio Domingos Dosualdo Moreira – Pregoeiro.
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PEREIRA BARRETO/SPPROCESSO Nº 4260/2013 - LEILÃO Nº 01/2013
HOMOLOGAÇÃOObjeto: Venda de Bens Móveis e inservíveis à Administração PúblicaMunicipal, no estado em que se encontram, descritos e avaliados nos anexosintegrantes do edital disciplinador do certame. Arnaldo Shigueyuki Enomoto,Prefeito Municipal da Estância Turística de Pereira Barreto, Estado de SãoPaulo, no uso de suas atribuições legais, e de conformidade com otranscurso do procedimento deste Leilão, tendo o mesmo obedecido osditames da Lei Federal 8.666/93, RESOLVE Homologar e Adjudicar opresente certame a favor dos licitantes arrematantes dos bens, devidamentequalificados nos autos, conforme abaixo: Patr.11238, VW SANTANA, ano2000, Vr.2.250,00 - Osmar Afonso Esposito - CPF: 119.880.428-95;Patr.15960, ÔNIBUS MERCEDES BENZ, ano 1998, Vr.8.000,00 - AntonioFerreira da Silva- CPF: 015.356.138-66; Patr.15028, ÔNIBUS MERCEDESBENZ /MB OF1620, ano 1996, Vr.9.000,00 - Antonio Ferreira da Silva - CPF:015.356.138-66; Relação de Véículo Sucatas: Patr.12341, ÔNIBUSMERCEDES BENZ, ano 1982, Vr.1.593,00 - Silvio das Neves Domingues-CPF: 119902578/01; Patr.9959, MOTOCICLETA HONDA, ano 1983, Vr.6,90-Silvio das Neves Domingues - CPF: 119902578/01; Patr.14954,AMBULÂNCIA BOXER 330M-PEUGEOT, ano 2006/07, Vr.225,00 - Silvio dasNeves Domingues - CPF: 119902578/01; Patr.12372, AMBULÂNCIA BESTA/KIA, ano 2001, Vr.360,00 - Silvio das Neves Domingues - CPF: 119902578/01; Patr.16782, MICRO-ÔNIBUS, ano 1998, Vr.415,50 - José Luis Vieira-CPF:094050018/33; Patr.12916, ÔNIBUS MERCEDES BENZ, ano 1986,Vr.1.537,50 - José Luis Vieira - CPF:094050018/33; Patr.1980, ÔNIBUSMERCEDES BENZ, ano 1978, 910,50 - Maurício Reginaldo Pascucci -CPF:142253978-40; SUCATAS DIVERSAS ALMOXARIFADO: Vr.Total1.636,50 - João Luis Flores - CPF: 371.626.818-67; SUCATA BARRACÃOAGRONEGÓCIOS: Vr. Total 2.431,50 - João Luis Flores - CPF: 371.626.818-67; Patr.10235, ÔNIBUS MERCEDES BENZ, ano 1978 - FRACASSADO.
Pereira Barreto/SP, 16 de setembro de 2013.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PEREIRA BARRETO/SPTomada de Preço nº 011/2014 - Processo nº 085/2014
Resumo do EditalAcha-se aberto, na Prefeitura de Pereira Barreto, Processo Licitatório namodalidade Tomada de Preço 011/2014, objetivando Contratação de empresaqualificada para a execução da Obra de Reforma e Adaptação da UBS III, nomunicípio de Pereira Barreto, incluindo material de primeira linha e mão deobra, conforme Orçamento, projeto, memorial descritivo e cronograma físico efinanceiro, descritos nas planilhas constantes dos Anexos do Edital.Encerramento: dia 02 de outubro de 2014, às 14h00min. Os anexos serãofornecidos aos interessados, na Avenida Jonas Alves de Mello, 1.947, nacidade de Pereira Barreto. Maiores informações poderão ser obtidas pelotelefone (18) 3704-8505, pelo e-mail [email protected] comcópia para [email protected] ou ainda o Edital no sitewww.pereirabarreto.sp.gov.br.
Pereira Barreto, 10 de setembro de 2014.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - PREFEITO
(11,12,13)(11,12,13)
UnotelTelecomS.A. - CNPJ/MF 08.356.224/0001-42 -NIRE 35.300.381.343EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Ficam os SenhoresAcionistas desta Companhia convocados a reunirem-se emAGO, a realizar-se no dia 25/09/14, às 09 horas. Local:Hotel Tryp Nações Unidas,Rua Fernandes Moreira,1.264,Chácara Santo Antônio, São Paulo/SP, a fim de deliberar sobre aseguinte ordem do dia:a) Retomar as deliberações aprovadas naAta deAGO realizada em 25/04/14, sob registro na JUCESP 206.831/14-6em 28/05/14, que foi deliberado e aprovado o adiamento da análise das DF’s pelo prazo de até 150 dias contados da presenteAssembleia.Aprovada a prorrogação do mandato de todos os membros do Conselho Fiscal e Administração; e b) Outros assuntos de interesse daCompanhia.São Paulo,11/09/2014.Orlando FerreiraNeto - Diretor Presidente.
PREFEITURA MUNICIPAL DEALUMÍNIO/SP
PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº 16/2014 - PROC. 23/2014OBJETO: Contratação de serviços de manutenção preventiva, corretiva e assistência técnica para os veículos damarca Volkswagen, Fiat, Renault, Chevrolet e etc pertencentes à frota oficial da Prefeitura Municipal de Alumí-nio. Comunicamos aos interessados no Pregão retro mencionado a sessão de abertura que acontecerá no dia24/09/2014 às 9h30. O edital encontra-se disponível no site: www.aluminio.sp.gov.br ou no Paço Municipal, à Av.Eng. Antônio de Castro Figueirôa, 100, Alumínio/SP, sob custas de R$ 36,00 - Informações pelo tel. (11) 4715-5500- Lais Dias Batista Comini - Pregoeira
PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº 22/2014 - PROC. 31/2014OBJETO: Fornecimento de óleo lubrificante e fluído (óleo de freio). Comunicamos aos interessados no Pregãoretro mencionado a sessão de abertura que acontecerá no dia 29/09/2014, às 9h30. O edital encontra-sedisponível no site: www.aluminio.sp.gov.br ou no Paço Municipal, à Av. Eng. Antônio de Castro Figueirôa, 100,Alumínio/SP, sob custas de R$ 16,80 (dezesseis reais e oitenta centavos) - Informações pelo tel. (11) 4715-5500- Lais Dias Batista Comini - Pregoeira.
PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA
EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 264/2014
A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 264/14, referente à “Aquisição de utensílios de cozinha para atendimento às escolas da rede municipal de ensino, conforme Termo de Referência”, com encerramento dia 23/09/14, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obti-das no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.
Pindamonhangaba, 10 de setembro de 2014.
Requerente: Atlanta Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Multissetorial. Requerido:
Arames Cinesi Ltda. EPP. Rua Venâncio Aires, 1.091 – Vila Pompeia – 1ª Vara de Falências.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram
ajuizados no dia 10 de setembro de 2014, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos
de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
SÃO PAULO TRANSPORTE S/AC.N.P.J. nº 60.498.417/0001-58
EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os Senhores Acionistas da São Paulo Transporte S/A, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará em 22/09/2014, com início às 11 (onze) horas, em sua sede social, nesta Capital, na Rua Boa Vista nº 236, no 7º andar, a fi m de tomarem conhe-cimento e deliberarem sobre os seguintes assuntos: 1. ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA: Alteração na composição do Conselho Fiscal da Empresa; 1.2 Outros assuntos de interesse social. São Paulo, 08/09/2014. JILMAR TATTO - Presidente do Conselho de Administração
Espaço para a energia solarIncentivo do BNDES estimula setor a participar de leilões; evento na ACSP mostra as oportunidades deste mercado.
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Incentivoaos usineiros
Oministro da Fazenda,
Guido Mantega, anun-
ciou ontem que o go-
verno estenderá o Programa
Reintegra para o setor su-
croalcooleiro, beneficiando os
produtores com um reembol-
so de imposto equivalente a
0,3% do valor das suas expor-
tações de açúcar e etanol ain-
da este ano. O percentual su-
birá para 3% em 2015.
Os produtores podem utili-
zar a restituição como crédito
ante o Imposto de Renda ou re-
ceberem pagamento em di-
nheiro. "Vai ajudar exportado-
res porque barateia a exporta-
ção brasileira e compensa
uma eventual valorização do
câmbio", afirmou o ministro.
Em nota, a União da Indús-
tria de Cana-de-açúcar (Uni-
ca) informou que o pacote de
medidas de ajuda ao setor de-
verá incluir a liberação de li-
nhas de financiamento em
condições diferenciadas para
a construção de armazéns de
açúcar no País. O financia-
mento ainda precisa ser apro-
vado pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN). (Reuters)
Carlos Ossamu
aquecimento de água e a pro-
dução de eletricidade. No pri-
meiro, o coletor se aquece pela
radiação solar e transmite o ca-
lor pela água, ar ou qualquer
outro fluído que circula dentro
do equipamento. Já a tecnolo-
gia fotovoltaica converte os
raios solares em eletricidade.
“Temos casos onde aplicamos
as duas tecnologias. É inconce-
bível pensar em utilizar a ener-
gia solar fotovoltaica para ali-
mentar um chuveiro elétrico,
isso é inadmissível”, disse.
Antigamente, a eletricidade
gerada pelo sol era armazena-
da em baterias, que elevavam
os custos. Um grande salto da
tecnologia ocorreu quando
descobriram que era possível
utilizar a rede elétrica como
uma espécie de elemento ar-
mazenador. Assim, o modelo
doméstico que se usa hoje no
mundo é a produção de energia
elétrica para consumo interno
da residência e o excedente é
exportado para a rede elétrica.
O presidente da Renova
Energia, Carlos Mathias Aloy-
sius Becker Neto, apresentou
no evento um projeto híbrido
de geração de energia, combi-
nando tecnologias solar e eóli-
ca, em implantação no sudoes-
te da Bahia, no município de
Caetité. “Trata-se de um proje-
to de geração em larga escala,
com uma planta híbrida de
26,4 MW no total, composto de
4,8 MWp de energia solar foto-
voltaica e 21,6 MW de potência
eólica”, contou o executivo.
Nelson Côrtes da Silveira,
sócio-fundador e CEO da em-
presa Brasil Solair, mostrou um
estudo feito pela EPIA (Euro-
pean Photovoltaic Industry As-
sociation) chamado Sunbelt.
Nele, o Brasil está completa-
mente incluído na faixa de
grandes oportunidades de uso
da energia solar e a Europa
completamente excluída dela.
“As maiores instalações hoje
estão na Alemanha, que tem
uma insolação média de 850
KWh/KWp e o Brasil tem o do-
bro disso. Cada euro investido
lá daria o dobro se investido
aqui”, disse o executivo.
Aenergia solar pode
dar seu grande salto
no dia 31 de outubro,
quando será realiza-
do o Leilão de Energia de Reser-
va. A energia solar fotovoltaica
cadastrou 400 projetos, no to-
tal de 10.790 megawatts
(MW), para participação no lei-
lão. Ao contrário do que ocor-
reu no ano passado, quando
empreendimentos solares pu-
deram participar de dois lei-
lões, mas em nenhum deles a
energia foi vendida, este ano a
energia solar não irá competir
com outras fontes mais desen-
volvidas, como eólica e bio-
massa. Assim, a expectativa é
de que sejam leiloados entre
500 MW e 1 GW de energia so-
lar, a ser entregue em 2017.
Dentro dessa expectativa, a
Associação Comercial de São
Paulo (ACSP) reuniu ontem es-
pecialistas para o seminário “O
Desenvolvimento e Utilização
da Energia Solar”,“O potencial
a ser gerado por esses 400 pro-
jetos de energia solar que par-
ticiparão do leilão somam 10,7
mil MW, portanto, mais de uma
hidrelétrica de Belo Monte”,
disse Luiz Gonzaga Bertelli, vi-
ce-presidente da ACSP, que
presidiu o evento.
Segundo Bertelli, que tam-
bém é presidente do Centro de
Integração Empresa-Escola
(CIEE) e grande conhecedor do
setor de energia, a perspectiva
da concessão de incentivos
atraiu as empresas de energia
solar para este próximo leilão.
“Pela primeira vez, o BNDES
emprestará recursos financei-
ros para a compra de bens im-
portados, no caso painéis sola-
res e outros equipamentos, pa-
ra a instalação dos parques de
energia solar. Os juros irão va-
riar de 2,3% a 5,5% ao ano, de
acordo com o risco da empresa
que tomar o crédito, taxa abai-
xo da inflação”, observou.
Em sua palestra, o enge-
nheiro Gustavo Malagoli Buiat-
ti, diretor operacional da em-
presa Alsol, explicou as duas
soluções mais comuns que uti-
lizam a tecnologia solar: o
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Fotos: Hiroko Masuike/The New York Times
Caitlin (abaixo,esquerda) com oprimo Richard:
coleção decapinhas para ocelular. Nicole
(abaixo) ao sair daApple Store emManhattan: “O
telefone distrai. Émuito mais
divertido do queas roupas.”
Moda para os jovens éTECNOLOGIA
Roupas são cada vez menos objetos de desejopara os adolescentes, que direcionam suas
aspirações aos iPhones. Um problema para osvarejistas de vestuário.
Alguns adolescentes não podem nem
pensar em usar uma calça jeans da co-
leção passada. E um número cada vez
maior deles considera que mandar
uma mensagem de um celular ultrapassado é
pior ainda.
Para as lojas de varejo que vendem roupas
para esse público, o jovem obcecado pelo celu-
lar de última geração representa uma grande
ameaça durante a importante temporada de
vendas que acontece na época da volta às au-
las. Os varejistas já não conseguem mais ter
certeza de que o jeans rasgado propositalmen-
te vai ser moda nas escolas. Isso porque ter ca-
cife social hoje em dia está mais ligado a pos-
suir um celular com a mais nova tecnologia. “As
roupas não são mais tão importantes para
m im ”, avisa Olivia D'Amico, uma nova-iorqui-
na de 16 anos, enquanto compra na loja Hollis-
ter com a irmã e uma amiga. “Metade das vezes
eu não compro mais roupas de marca. Acabei
de comprar um par de sapatos Doc Martens fal-
sos porque não ligo mais para isso”.
Olivia provavelmente gasta mais em tecno-
logia porque gosta de “ficar ligada”, como ela
mesma diz. “É definitivamente mais importan-
te para a maioria dos adolescentes ter um ce-
lular novo, que consegue fazer um monte de
coisas legais, do que comprar roupas”, afirma
Nicole Myers, de 19 anos, que trabalha como
modelo em Nova York, ao sair de uma loja da Ap-
ple em agosto com um iPhone novo que custou
c e r c a d e U S $
200. “O telefone
distrai. É muito
mais divertido do
que as roupas.”
Analistas e ob-
servadores de
tendências con-
cordam que há
uma grande mu-
dança na manei-
r a d e s e r e d e
gastar dos ado-
lescentes. John
Morris, analista
de varejo da BMO
Capital Markets,
diz que, em suas
pesquisas com
grupos de ado-
lescentes sobre
tendências, as
roupas apare-
c e m c a d a v e z
menos. “A gente
t e n t a p u x a r a
conversa para
como vai ser o
próximo visual,
para o que eles
estão querendo
encontrar nas lo-
jas de roupas, e
eles sempre aca-
bam falando so-
bre o iPhone 6”, conta ele. “Os jovens comen-
tam um pouco sobre tops curtos, sobre cintura
alta, mas a conversa acaba sempre voltando
para a tecnologia”.
O setor de roupas para adolescentes das lo-
jas de varejo, cujas vendas representam cerca
de 15 % de toda a linha de vestuário, de acordo
com o grupo NPD, entrou em profunda reces-
são desde que as vendas começaram a cair nos
últimos trimestres. Além da atenção dada a
itens como celulares, aplicativos e acessórios,
alguns varejistas tradicionais têm sido dura-
mente atingidos pela concorrência de preços
de lojas de fast-fashion, como Forever 21 e
H&M, que oferecem as últimas tendências a
preços baixos.
ACESSÓRIOS NO TOPOCompras online também andam afastando
os consumidores adolescentes das lojas, e a
popularidade do Instagram renova os modis-
mos tão rapidamente que os jovens não procu-
ram mais itens duráveis.
Os consumidores mais novos são os primei-
ros a chamar a atenção para o uso de telefones
no comércio eletrônico. “Você pode comprar
roupas online pelo seu telefone”, explica Cai-
tlin Haywood, de 15 anos, estudante do ensino
médio de Nova York, no caminho para uma Hol-
lister no centro de Manhattan. Fã do “estilo ca-
l i f o rn i a n o” da loja, Caitlin comenta que possue
muitas capinhas decorativas para deixar seu
celular mais bonito.
Por si só, essa é uma demonstração de como
anda a moda. “Quando você tira fotos, as pes-
soas veem o case do seu celular”, explica Cai-
tlin.
Na verdade, acessórios como capas de celu-
lar cravejados de cristal ou fones de ouvidos
em cores neon estão no topo da lista de com-
pras dos adolescentes. “Ter um telefone mo-
derno para mostrar que você está conectado
faz parte do estilo da pessoa, é uma grande par-
te da vida nos dias de hoje”, constata Eva Chen,
editora-chefe da revista Lucky. Ela acrescenta
que os adolescentes usam os smartphones co-
mo sinal de status, da mesma maneira que os
homens faziam com os relógios chiques.
Um ponto a favor dos varejistas que vendem
para adolescentes está na própria economia
de mercado dos celulares, já que a maioria dos
jovens não tem dinheiro para comprar o último
modelo do iPhone ou do Samsung Galaxy no
m o m e n t o e m
que são lança-
dos.
S t e p h a n i e
Wissink, diretora
executiva da Pi-
per Jaffray, ava-
lia que, após vá-
rios anos de forte
crescimento, a
porcentagem do
dinheiro que os
a d o l e s c e n t e s
gastam com apa-
relhos eletrôni-
cos parece ter se
estabilizado em
torno de 8% ou
9%. Segundo ela,
o interesse pelo
celular ainda é al-
to, e as crianças
em geral têm que
esperar por um
novo lançamen-
to para trocar seu
aparelho pelo da
coleção anterior.
A tecnologia
também parece
influenciar indi-
retamente ou-
tros hábitos de
consumo, apon-
ta ela. Pela pri-
meira vez, a pesquisa semestral do Piper Jaf-
fray sobre adolescentes, feita na primavera,
mostrou que eles gastam mais dinheiro em ali-
mentos – um pouco a mais do que gastam em
roupas – do que em qualquer outra categoria.
“Existe um magnetismo nos restaurantes”,
explica Stephanie. “Conversamos com os ado-
lescentes para entender o motivo e descobrimos
que é por causa do acesso ao wi-fi gratuito”.
VOLTA ÀS AULASSou viciada em Instagram”, confessa Ann
Borrero, de 19 anos, aluna do ensino médio nu-
ma escola do Brooklyn, que frequenta uma sé-
rie de restaurantes para ter acesso à internet.
“Eu geralmente sei quais são: os McDonald's e
os pequenos cafés”.
Os principais executivos do varejio tradicional
estão sentindo o baque dos resultados decep-
cionantes trimestre após trimestre, e muitas
dessas empresas andam passando por transfor-
mações em suas principais posições de chefia.
Em agosto, o executivo-chefe da Aéroposta-
le, Thomas P. Johnson, aceitou deixar o cargo e
ser sucedido por seu antecessor, Julian R. Gei-
ger. Em janeiro, o executivo-chefe da American
Eagle, Robert L. Hanson, saiu da empresa de-
pois de apenas dois anos no emprego. No mes-
mo mês, a Abercrombie & Fitch, sob pressão dos
investidores, dividiu o papel de presidente do
conselho de administração e executivo-chefe.
Além de mudanças no comportamento es-
pecífico dos adolescentes, os comerciantes em
uma variedade de categorias estão tendo que
reaprender a administrar a temporada de volta
às aulas, que mudou significativamente nos úl-
timos anos. Apesar de ainda ser uma época
crucial para o varejo, o período de tempo se tor-
nou menos delimitado, às vezes começando
um pouco mais tarde e geralmente se prolon-
gando para além do início do ano escolar.
“O grande erro foi assumir que todos os anos
na volta às aulas o comprador iria aparecer na
época de sempre, em julho, para adquirir os
produtos exatamente naquele momento”,
avalia Morris, da BMO.
Os analistas dizem que os varejistas pare-
cem ter aprendido a lição e estão planejando
seu estoque de acordo, muitas vezes pedindo
menos itens e concentrando-se em sua mar-
gem de lucro.
“O período de volta às aulas é importante, e
os vendedores querem que seja bem-sucedi-
do, mas a cada ano, parece-me que é um pouco
mais difícil se dar tão bem quanto no ano ante-
rior ”, conta Richard Jaffe, analista da Stifel. “O
pico se torna menos pontudo”.
Nos últimos dias, executivos de várias redes
de varejo, incluindo Target, Macy's e American
Eagle, têm dado sinais encorajadores, já que
seus resultados trimestrais demonstram que a
temporada de volta às aulas deste ano começou
bem. Mas muitos especialistas estão chamando
a atenção para um futuro não muito promissor.
“Antes, a gente fazia três refeições por dia,
agora a moda é ‘beliscar’”, compara Eva Chen.
“Com as compras é parecido. As pessoas vão às
lojas o ano inteiro e compram poucas coisas de
cada vez. Eu acho que isso está acontecendo
com adolescentes e mulheres – é uma tendên-
cia mais ampla”.
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