Diário do Comércio - 11/09/2014

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Página 4 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 2 0 5 São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2014 Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.205 R$ 1,40 São Paulo infartou Importante artéria do Centro, a rua Boa Vista foi entupida por menos de cem sem-teto, às 11h. Horda de pessoas sem-trânsito saíram de carros e ônibus pela ciclofaixa para o trabalho. A PM não socorreu o Centro. Isolou-o para que os sem- teto não fossem incomodados. Priscila Prado/DC A crítica é do vice- presidenciável tucano, Aloysio Nunes. Delírio e infarto, página 8. Ciclofaixas são 'delírio de Haddad' Mariana Topfstedt/Estadão Conteúdo Agora, ela é o Santander. Ana Patricia Botín foi eleita por unanimidade pelo conselho como a nova presidente do banco após a morte de seu pai, Emilio Botín. Pág. 13 Sergio Perez/Reuters No 11/09, uma planta venceu o terror Há exatos 13 anos, as torres gêmeas do World Trade Center (NY) vieram abaixo depois de atentados terroristas: 2.996 pessoas morreram. Entre os escombros, os bombeiros conseguiram salvar uma pereira carbonizada, árvore que hoje, no dia da inauguração do museu do Memorial 11 de Setembro, virou símbolo de esperança e coragem. Pág. 10. Veja em www.dcomercio.com.br o filme Árvore Sobrevivente criado pela agência BBDO. Sean Adair/Reuters-11/09/01 Reprodução Obama anuncia que EUA apoiarão aliados, mas não enviarão tropas. "E.I. não é Estado e não é islâmico." Pág.7 Nova missão: 'Destruir o Estado Islâmico'. Saul Loeb/Reuters 36% 33% A presidente cresce 1 ponto e a rival encolhe 1 ponto no Datafolha. 2º turno: Marina, 47%, Dilma 43%. Pág.5 Ueslei Marcelino/Reuters Nacho Doce/Reuters Aécio 15% SP Alckmin 49% Skaf 22% Padilha 9%

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Ano 91 - Nº 24.205 - São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2014

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Page 1: Diário do Comércio - 11/09/2014

Página 4

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24205

São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2014Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.205R$ 1,40

São Paulo infartouImportante artériado Centro, a rua BoaVista foi entupidapor menos de cemsem-teto, às 11h.Horda de pessoassem-trânsito saíramde carros e ônibuspela ciclofaixa parao trabalho. A PMnão socorreu oCentro. Isolou-opara que os sem-teto não fossemincomodados.

Priscila Prado/DC

A crítica é do vice-presidenciável tucano,Aloysio Nunes. Delírioe infarto, página 8.

C i c l o fa i x a ssão 'delíriode Haddad'

Mar

iana

Topf

stedt

/Esta

dão

Con

teúd

o

Agora, ela é o Santander.Ana Patricia Botín foi eleita por unanimidade

pelo conselho como a nova presidente do bancoapós a morte de seu pai, Emilio Botín. Pág. 13

Sergio Perez/Reuters

No 11/09,uma plantavenceu o terrorHá exatos 13 anos, astorres gêmeas doWorld Trade Center(NY) vieram abaixodepois de atentadosterroristas: 2.996pessoas morreram.Entre os escombros, osbombeirosconseguiram salvaruma pereiracarbonizada, árvoreque hoje, no dia dainauguração do museu do Memorial 11 deSetembro, virou símbolo de esperança e coragem.Pág. 10. Veja em www.dcomercio.com.br o filmeÁrvore Sobrevivente criado pela agência BBDO.

Sean Adair/Reuters-11/09/01

Reprodução

Obama anuncia que EUA apoiarãoaliados, mas não enviarão tropas. "E.I.não é Estado e não é islâmico." Pág. 7

Nova missão:'Destruir o

Estado Islâmico'.

Saul

Loeb

/Reu

ters

36%

33%

A presidente cresce1 ponto e a rival encolhe

1 ponto no Datafolha.2º turno: Marina, 47%,

Dilma 43%. Pág. 5

Ueslei Marcelino/Reuters Nacho Doce/Reuters

Aécio

15%

SP A l ck m i n49%

Skaf22%

Pa d i l h a9%

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2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014

SERÁ O FIM DA GUERRA FISCAL?

Há uma boa notícia a celebrar: conseguimos recuperar as exportações de petróleo e de alguns produtos manufaturadosRoberto Fendt

NÓS E OS AMERICANOS

Abalança comercial

de um país diz muito

sobre o estado de

sua economia. Pois

bem. O déficit comercial brasi-

leiro co m os Estados Unidos

reduziu-se de forma expressi-

va neste ano. Há alguma lição

a comemorar desse fato?

Existe sim uma boa notícia a

celebrar: conseguimos recu-

perar as exportações de pe-

tróleo e de alguns poucos pro-

dutos manufaturados. Nossa

produção de petróleo mostrou

aumento depois de um longo

período de queda na produ-

ção, seguido de estagnação.

Resta saber se continuaremos

importando derivados, agora

que as exportações do petró-

leo cru cresceram.

Há também que considerar

que as plataformas para ex-

tração de petróleo continuam

em posição de destaque no to-

tal exportado, embora não

saiam do Brasil. As exporta-

ções para os Estados Unidos,

de fato, se reduziram (-1,2%),

embora tenham aumentado

as vendas para aquele país de

petróleo em bruto e aviões.

Amá notícia é que as nos-

sas importações prove-

nientes dos Estados

Unidos mostram queda de

quase 12% em agosto. A eco-

nomia brasileira está em re-

cessão técnica e a demanda

interna, tanto de produtos na-

cionais como de produtos im-

portados, sofre retração.

Do lado americano, tudo in-

dica que aquele país reencon-

trou o caminho do crescimen-

to. Mais crescimento deman-

da mais importações, o que de

fato vem ocorrendo. Os Esta-

dos Unidos são uma das eco-

nomias mais abertas do mun-

do. Mas não aumentaram so-

mente as importações nos

EUA: também as exportações

tiveram crescimento, por con-

ta de diversos fatores.

Em primeiro lugar, os EUA

são a primeira das grandes

economias a reencontrar o ca-

minho do crescimento, depois

de um longo inverno pós-crise

de 2008. Essa primazia na re-

cuperação tem explicações

de natureza institucional.

Ajudou na recuperação a

enorme flexibilidade do mer-

cado de trabalho americano

em relação ao que ocorre na

União Europeia e no Japão, pa-

ra ficar somente com as maio-

res economias do mundo.

Sempre que a economia

se retrai, é possível ajus-

tar as empresas ou por

variação no preço do trabalho,

do salário ou por dispensa de

trabalhadores. O primeiro ca-

minho evita o doloroso de-

semprego, mas que na União

Europeia é excessivamente

longo. Ao contrário, nos EUA o

desemprego é menor e os tra-

balhadores continuam em-

pregados ao longo das diver-

sas fases do ciclo econômico.

São caminhos diferentes,

determinados em última ins-

tância pelas legislações na-

cionais que regulam os merca-

dos de trabalho. A possibilida-

de de desempregar retém os

trabalhadores nas empresas

americanas; a quase impossi-

bilidade de dispensar impede

que os trabalhadores sejam

contratados em fases de desa-

ce leração econômica na

União Europeia.

Isso explica porque é possí-

vel observar-se taxas de de-

semprego da ordem de 20%

da força de trabalho em al-

guns países da União Euro-

peia, ao passo que o aumento

das vagas no mercado de tra-

balho americano reduziu a ta-

xa de desemprego abaixo de

6,5% –o menor percentual pa-

ra os últimos cinco anos.

Um segundo fator impor-

tante é o aumento da

produtividade do tra-

balho americano em relação

ao que ocorre em outras par-

tes do mundo. Isso decorre de

inovações tecnológicas que

somente um mercado livre é

capaz de incentivar.

Ajuda muito, também, o fa-

to de as descobertas de gás de

xisto terem tornado o custo da

energia nos Estados

Unidos extremamente

competitiva com seu

similar ao redor do

mundo. Empresas

americanas intensi-

vas em energia que

haviam migrado para

a China e para outros

países estão retoman-

do sua produção no

país de origem. São

essas empresas que

aumentam a deman-

da por trabalho e man-

têm baixa a taxa de

d e s e m p re g o.

E aqui? Temos o pa-

radoxo de uma econo-

mia estagnada mas

sem grande desem-

prego. Alguns analis-

tas do mercado de tra-

balho buscam explica-

ção para o enigma em

fatores estruturais, co-

mo a mudança da pirâmi-

de laboral decorrente do

rápido envelhecimento da

população brasileira. Outros

veem a explicação para o bai-

xo desemprego no número de

adultos assistidos pelo pro-

grama Bolsa Família.

Mas não podemos des-

cartar o fato de que o

emprego c resceu

principalmente no setor de

serviços, protegido da concor-

rência de atividades seme-

lhantes no restante do mundo.

E o trabalhador, embora de

menor produtividade que no

setor industrial, permanece

e m p re g a d o.

Além disso setor de servi-

ços não demanda insu-

mos importados. Isso

explica porque mantemos o

ROBERTO MATEUS ORDINE

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

SXC

ROBERTO FENDT

emprego, reduzimos as im-

portações e exportamos de

forma crescente apenas com-

modities.

Por isso, ao estagnarmos a

economia, importamos me-

nos, exportamos cada vez

mais commodities, reduzimos

nosso déficit comercial e man-

temos o emprego com o cres-

cimento do setor de serviços.

Um quadro completamente

diferente da economia ameri-

cana em recuperação.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

Será que o Convênio

nº 70, editado pelo

Confaz e publicado

no Diário Oficial da União

do dia 30 de agosto

passado, assinado por

21 estados, conseguirá

enfim acabar com a

"guerra fiscal" no ICMS ?

Esta é a grande

pergunta que permanece

no ar. Será que os termos

do acordo contido

naquele diploma legal –

tratando sobre a remissão

e a anistia para os

contribuintes que

tiveram lavrado contra

si autos de infração

milionários, por se

beneficiarem de incentivos

fiscais concedidos por

várias unidades da

Federação, com o objetivo

de atrair empresas para

seu território – serão

suficientes para por fim a

essa guerra fiscal

que se arrasta há anos?

Se alguém esperava

uma resposta afirmativa

sobre os efeitos daquele

Convênio, firmado por

vinte e uma unidades, das

vinte e sete que compõem

a Federação Brasileira,

o melhor é aguardar os

próximos movimentos

da administração fiscal,

antes de comemorar.

Da leitura daquele

convênio, seria de

se esperar uma solução

para as pendências

dos processos fiscais que

recaíram sobre os

contribuintes envolvidos

nessa guerra fiscal.

Mas, como diz aquele dito

popular: "Na luta entre o

mar e o rochedo, quem sofre

é o marisco" (leia-se o

contribuinte), o que vale

dizer que o débito fiscal

do contribuinte continua

ativo. Nada foi resolvido.

Aquelas empresas que

se deixaram envolver

pelo canto das sereias

estaduais, transferindo

suas instalações ou abrindo

filiais no território daqueles

estados para auferir

as vantagens fiscais e, com

isso, sobreviver na guerra

fiscal, agora estão

amargando processos

fiscais gigantescos.

Isto porque os estados

destinatários dessas

operações comerciais

sentiram-se prejudicados,

uma vez que o crédito de

ICMS por eles concedidos

na entrada da mercadoria

em seu território era maior

do que o imposto pago na

operação de saída anterior.

Diante disso, os fiscos dos

estados prejudicados

lavraram autos de infração

contra as empresas

beneficiárias, exigindo a

restituição do crédito de

ICMS, acrescido de multas

punitivas, uma vez que o

imposto recolhido com os

incentivos fiscais era menor

do que o previsto em lei e,

portanto, sem base legal.

Isto porque os benefícios

fiscais concedidos por esses

estados na origem eram

ilegais, uma vez que foram

concedidos unilateralmente

sem amparo do Confaz.

Na verdade o Estado

exportador, que

abria mão de parte do ICMS

devido, estava fazendo

caridade com o chapéu

alheio, em detrimento do

estado importador, e

gerando essa guerra fiscal,

onde a maior vítima foi o

contribuinte crédulo.

Voltando ao Convênio

nº 70, verifica-se que se

trata apenas de uma carta

de intenções, já que para

produzir o efeito legal

pretendido da remissão e da

anistia para os contribuintes

autuados ainda precisam

de Resolução do Senado

Federal aprovando o

perdão. E isto, ainda, sem

considerar a contestação

dos seis estados que

não firmaram o referido

convênio. Logo, é de se

concluir que – infelizmente –

a guerra fiscal vai

continuar e o contribuinte

autuado pelo fisco ainda

continuará aguardando

uma solução para

o débito reclamado.

Opior é que o

contribuinte autuado

não poderá contar nem

com uma vitória parcial,

já que o Convênio nº 70

não passa de uma simples

carta de intenção por

parte de alguns estados

preocupados em

resolver essa grave

questão tributária.

Por tudo isto é que se

pode afirmar que o nosso

atual sistema tributário

continua na UTI!

RO B E RTO MAT E U S ORDINE É VICE

PRESIDENTE DA FAC E S P / AC S P

A má notícia paraos brasileiros éque as nossas

impor tações dosEstados Unidos

mostram uma quedade quase 12%

neste mês de agosto.

Page 3: Diário do Comércio - 11/09/2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

O segredo de Marina

PARA A C AB A R COM A PENA DE MORTE

O AMARELINHO É A LEITURA QUE O PÚBLICO DE MARINA FAZ DELA E QUE ELA FAZ DE SI MESMA.

Quando a sociedade chegouao fundo do poço da

decepção e da desesperançanão basta convencer, é preciso

entusiasmar . E quementusiasma é Marina Silva.

DANIEL LACHANCE

GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI

Para começo de con-

versa fique bem claro:

não estou na lista de

apoio à candidatura

de Marina Silva. Mas creio ser

forçoso a todo jornalista res-

ponsável tentar entender a ra-

zão de ser da chegada aos pín-

caros daquela candidata nas

intenções de voto. "Sine ira et

Studio" (sem indignação nem

p a rc i a l i d a d e ) .

Nos debates e entrevistas

mais recentes Aécio é, de lon-

ge, o melhor: jovial, articula-

do, a oratória firme adquirida

na experiência parlamentar.

Aécio convence. Mas quando

a sociedade chegou ao fundo

do poço da decepção e da de-

sesperança não basta con-

vencer, é preciso entusias-

mar. E quem entusiasma é Ma-

rina Silva, a Amarelinha.

Sua ascensão vertiginosa

após a tragédia de Eduardo

Campos não se deve exclusi-

vamente ao choque e ao vazio

emocional que se seguiu ao

desastre. Não seria justo ne-

gar que a quase unanimidade

da pretendente se irradia tam-

bém da força irresistível de

sua personalidade carismáti-

ca (forçoso lembrar ainda ter-

mo tão desgastado).

Aos olhos de um eleitora-

do cético, ferido por

tantas decepções polí-

ticas recentes, a explosão de

intenções de votos que feste-

jam a candidata se deve à sú-

bita "virada" dos céticos e indi-

ferentes, juventude à frente,

convertidos por ela da noite

para o dia. Vivemos um mo-

mento histórico que merece

ser decifrado por razões me-

nos triviais e ineptas que as

ensaiadas até agora.

Pois o fato é o seguinte: quan-

do Marina abre a boca parece

que "outro valor mais alto se

alevanta", e os ouvintes se ren-

dem, contra a vontade e indefe-

sos, ao seu discurso sereno,

sem eloquência nem crispa-

ção, voz mansa mas convicta,

própria daqueles que sabem o

que estão dizendo. O mais intri-

gante é que não dá para acredi-

tar no que ouvimos vindo de

quem vem: a voz tão feminina,

quase balbuciante, lembrando

uma professorinha de escola

rural, tomando conta do am-

biente com aquela fluência vin-

da dela mesma, e não dos mar-

queteiros, levando, com toda a

elegância, seus contendores

"até às cordas" (como disse Do-

ra Kramer).

Qual será o poder estranho

que não combina com a figura

de mulher apagada, analfabe-

ta até os dezesseis anos, que

começou a vida à sombra de

Chico Mendes? Será que ela foi

tomada pela entidade daque-

le mártir da causa ambiental?

A sociedade, a imprensa, a

política, a opinião pública es-

tão sob os efeitos de um "cho-

que térmico" provocado pela

repentina passagem do gelo

da indiferença para o calor

crescente do aplauso e da

adesão coletiva à candidata

aparentemente tão pobre de

dotes. A lógica falece, os sova-

dos padrões do politicamente

correto tremem na base junta-

mente com as expectativas

fundadas na racionalidade e

no bom senso.

Milena Áurea/A cidade

Não vamos entrar aqui na-

quela discussão obtusa e tão

frequente sobre as contradi-

ções, as ambiguidades, o fun-

do messiânico e visionário das

propostas marinianas, ou na

possível efemeridade do seu

sucesso. Vamos nos restringir,

exclusivamente, a um único

aspecto da questão: a contra-

dição do êxito superlativo de

Marina com seu público, em vi-

vo contraste com sua aparên-

cia de pessoa carente de todos

os dotes indispensáveis para

vencer, como energia psicofí-

sica, saúde, vigor, experiência

de governo, e apoio político; e

no caso da mulher, com apa-

rência destituída de maior

charme e sedução física.

Oeditor ia l de 31 de

agosto da Folha de

S.Paulo chega perto

do ponto, ao negar que o des-

taque obtido por Marina seja

devido ao seu programa-lega-

do de Eduardo Campos. Em

contrário, lemos que o êxito se

deve "mais à densidade sim-

bólica que cerca sua imagem

pessoal." Pois sim, resta saber

qual é, precisamente, a ima-

gem e a auto-imagem de Mari-

na Silva?

Encontramos a resposta

nas pesquisas do sociólogo e

antropólogo recifense Gilber-

to Freyre. Pois o autor de Casa-

Grande &Senzala resgata cer-

tos personagens marginais de

nossa formação social, como a

mulher, o escravo negro, o

moleque, a criança e um certo

Amarelinho, emprestando a

todos o maior relevo. São figu-

ras que habitam, todas, nosso

inconsciente coletivo especi-

ficamente brasileiro.

OAmarelinho vem des-

crito no folclore como

um menino franzino e

apagado a quem ninguém dá o

menor valor, mas que se revela

muito bom de briga, cheio de

coragem, astúcia e farta reser-

va de recursos estratégicos

inesperados. Seu irmão João

Grilo é uma variante de Pedro

Malasartes. Um anti-herói,

contraposto ao sertanejo de

Euclides da Cunha ("antes de

tudo, um forte"). O Amarelinho

vence por força da astúcia, da

sabedoria e da persistência.

Foi assim que derrotou o gigan-

te Nascimento Grande. Segun-

do o ator Matheus Nachterga-

le, "João Grilo, quando se pen-

sa que está subjugado, está fa-

zendo alguma coisa que você

não sabe, porque, se soubes-

se, ficaria louco."

Decida o leitor: a figura de

Marina Silva, principalmente

quando ela fala nas entrevis-

tas e nos debates, não coinci-

de com a descrição folclórica

do Amarelinho, aquele meni-

no frágil, pálido e doentio, mas

muito ladino e corajoso, bom

de briga, que todo brasileiro,

principalmente no Nordeste,

abriga no seu subconsciente

coletivo? O Amarelinho é a lei-

tura que o público de Marina

faz dela e que ela faz de si mes-

ma. O Amarelinho, que topa

qualquer parada e derruba gi-

gantes por terra.

GI L B E RTO DE MELLO KU JAW S K I É

E S C R I TO R E J O R N A L I S TA , AU TO R DO

ENSAIO "O SENTIDO DA V I DA "

Para quem se opõe

à pena de morte, os

recentes relatos de

execuções mal feitas nos

Estados Unidos e de

exonerações dos presos no

corredor da morte com base

no DNA reacenderam a

esperança de que juízes e

eleitores finalmente vejam a

pena capital pelo o que ela é:

uma afronta intolerável à

dignidade humana.

Embora tal otimismo

seja compreensível, ele é

inapropriado. O apoio à pena

de morte está em queda ,

mas isso se deve menos à

consequência de um

despertar moral da opinião

pública do que do sintoma de

um processo de mais de 40

anos de desilusão.

Em 1972, a Suprema

Corte declarou que a

pena de morte era injusta,

mas deixou a porta aberta

para os estados inventarem

novas leis para corrigir

critérios da condenação

arbitrária que a Suprema

Corte via com preocupação.

Os conservadores

aproveitaram para avançar

uma agenda com o objetivo

de retomar um governo que,

para eles, havia sido tomado

pelas elites liberais.

O momento foi acertado.

Os crimes violentos estavam

em alta desde meados da

década de 1960. Cada vez

mais americanos queriam

um governo

que vencesse o mal em

vez de gerenciá-lo.

O renascimento da pena

capital expressava uma

clareza moral poderosa que

a "redução de pena por boa

conduta" não expressava.

Além disso, em se

tratando de executar a

punição de maneira

dramática e na hora certa, a

pena de morte era eficiente:

desde 1959, a maioria dos

executados passava menos

de dois anos no corredor da

morte. Com as novas

camadas de recursos e os

novos assuntos de litígio,

porém, os presos

executados em 2012 haviam

aguardado cerca de

16 anos pela execução.

Olimbo que hoje

acompanha uma

condenação de morte é sem

precedentes. Os 3054

homens e mulheres que

definham no corredor da

morte se tornaram uma

produção interminável de

"Esperando Godot". É difícil

criar uma sensação de

solidariedade moral quando

o diabo aparece na câmara

de execução 20 anos depois,

um sujeito de meia idade ou

um homem idoso cujos

crimes há muito se foram da

memória popular.

As campanhas para

corrigir o problema através

da reforma do processo de

apelação fracassaram.

Desde então, o tempo entre

a condenação e a execução

subiu mais de 50%.

Oproblema, ao que

parece, não é o atraso

intencional por parte dos

advogados de defesa ou por

juízes de bom coração. É

dinheiro. Na Califórnia, por

exemplo, os baixos salários

pagos pelo Estado aos

advogados para assumirem

os recursos dos presidiários

indigentes causaram

escassez de profissionais.

Os presidiários esperam,

em média, de três a cinco

anos após a condenação

para que um advogado

fornecido pelo Estado cuide

do apelo. E isso é apenas o

começo do processo – que

pode levar 25 anos ou mais.

A demora é tamanha

que um juiz federal,

recentemente, disse que

isso fazia com que a pena

capital na Califórnia fosse

inconstitucionalmente cruel

e incomum.

Mais dinheiro para

advogados de defesa

reduziria os altos índices de

erros dos julgamentos de

crimes capitais e aceleraria

a apreciação dos recursos,

mas é improvável que isso

ocorra logo. Os custos

dos julgamentos de

crimes capitais e dos apelos

sobrecarregam os

orçamentos em todos os

lugares, mais ainda em

certas regiões, como no

sul, onde a vontade política

é a mais fraca. Ficou

simplesmente insustentável

ser a favor da pena de morte

e contra os impostos, como

tantos americanos são.

Passar essa mensagem

aos eleitores, em vez de uma

mensagem moralista, pode

mudar o raciocínio deles.

Um referendo para abolição

da pena de morte na

Califórnia em 2012 apelou

ao bolso dos eleitores

mais do que aos corações e

quase obteve maioria.

Omais importante é que

essa quase vitória

aconteceu após perto de

sete anos sem execuções no

estado, sinalizando que não

se tratava apenas do custo

financeiro da pena de morte,

mas do que esse dinheiro

deixou de trazer para os

contribuintes: a sensação de

controle, de encerramento e

de confiança que são a razão

de ser da pena de morte.

Os americanos de

maioria branca, que vivem

acima da linha da pobreza,

acham difícil simpatizar com

uma população indigente

no corredor da morte,

condenada por crimes

hediondos. Então, é preciso

parar de tentar converter os

convertidos e se concentrar

no fracasso da condenação

capital em cumprir a

promessa de justiça punitiva

que ela um dia teve.

Os defensores casuais

da pena de morte

podem ser convencidos a

reconhecer que ela ficou

atolada na própria

burocracia e legalismo e que

as únicas soluções para o

problema, ou seja , a

eliminação dos advogados

de recursos para os

presidiários do corredor da

morte ou o resgate

financeiro – prova velmente

sejam cpnsideradas

ilegais e impraticáveis.

Argumentar que

a pena de morte é

uma afronta à dignidade

humana não funciona. Mas

apresentá-la como outro

programa fracassado do

governo poderia funcionar.

DANIEL LACHANCE É

P RO F E S S O R A D J U N TO DE

HISTÓRIA DA UN I V E R S I DA D E EM O RY

( AT L A N TA / EUA)THE NEW YORK TIMES NEWS

SE RV I C E /SY N D I C AT E

Page 4: Diário do Comércio - 11/09/2014

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014

[email protected] 33333 33333

kkkkk

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: depois, justificouque sua dieta proibecarboidratos; proteínas,tudo bem. Ela quer perder,pelo menos, oito quilos.

MISTURA FINA

Fotos: BusinessNews

Nuvenscinzas

Japasensual

333 Sabrina Sato, 33 anos, écapa e recheio da nova edição darevista L’Officiel Brasil, fotografadapor Paulo Vainer, misturandosensualidade, fetiche, com make-

up exaltando seu lado nipônico em cima de carros raros.Olhos pintados no estilo, vestido colante e uma peruca pretacompletavam o visual, quando ela voltou a ser morena poralgumas horas. Bancos de carros levam Sabrina a seustempos de adolescente. E mais: ela é a nova embaixadorados absorventes Always (o que engorda mais seu porquinho).

Orçamentodoméstico333 O marido de Marina, FábioVaz de Lima, fica sem os R$ 18mil que vinha ganhando numasubsecretaria do governo petista

do Acre. Deixou o cargo em função dacandidatura da mulher. O orçamento domésti-

co, incluindo viagens e apartamento em SãoPaulo, ainda se segura com o faturamento das

da ex-senadora que, contudo, devereceber – o que acontece com a maioria dos

candidatos – uma espécie de pró-labore de campanha parasuas despesas pessoais, estimado em R$ 20 mil mensais. Ocasal tem quatro filhos, dois do primeiro casamento de Marina.

FashionRocks

Na Expointer, no RioGrande do Sul, Dilmaatacou salames e carneseca, lembrando seustempos de gaúcha.

333 A investida de DilmaRousseff, seguindo cartilha deJoão Santana, sobre asrelações entre Marina Silva e abanqueira Neca Setubal pode

acabar se transformando numa ferida exposta da candidata doPSB. A ex-senadora vinha vivendo de palestras (média demais de R$ 40 mil no período), cujos contratantes ela nãorevela. Os petistas acham que poderiam ser pagas até mesmopelo próprio banco de Neca Setubal. E ela já doou R$ 1 milhãopara o Instituto Marina Silva, pouco conhecido (não se sabe sepessoa física ou jurídica), que até agora não concluiu nenhumprojeto. Outro flanco aberto: o nome da empresa de Marina é paranão ser descoberto com facilidade. Chama-se M.O.M. da S.V. deLima, iniciais de Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima.

Olho no futuro333333333333333 Ex-presidente do BC e nome sonhado por Lula para oMinistério da Fazenda, caso Dilma vença, Henrique Meirelles (PSD-SP) também está nos planos de Marina Silva, se chegar ao Planalto.Aos chegados, Meirelles confidencia que não gostaria de assumirqualquer pasta da área econômica. Preferiria um super-ministériode Infraestrutura, que cuidaria de grandes obras. De quebra,lhe daria visibilidade para quaisquer futuros planos eleitorais.

“Não tenho banqueiro me sustentando.”

333 Ao lado da NY FashionWeek, o Barclays Center, emNova York, foi palco de novaedição do Fashion Rocks, quemistura, tradicionalmente,

música com moda e que, desta vez, teve como atração-extraJustin Bieber, de cueca no palco (ele é o novo contratado daCalvin Klein). Rita Ora (primeira foto à esquerda) cantouFashion, de David Bowie e até o Kiss estava lá (na segundafoto, Gene Simmons e Paul Stanley com Paris Hilton). Entreoutras, da terceira foto á esquerda para a direita, viam-se NaomiCampbell, Karolina Kurkova e a estimulante Jennifer Lopez.

Aviso prévio 2333 Depois de Guido Mantega,que já se considera de avisoprévio do Ministério da Fazen-da, também o titular de Minas eEnergia, Edison Lobão, depoisde ter ser nome incluído norol dos que, supostamente,participavam do propinoduto daPetrobras, também já sabe quenão permanecerá no posto,caso Dilma vença. Foi ministrode Minas e Energia de 2008a 2010 e voltou em 2011,primeiro ano do governo Dilma,além de participar do Conselhode Administração. A presidên-cia do Conselho, até porestatuto, deveria ser dele, sóque a presidente colocou láGuido Mantega.

SUSPENSE333333333333333 Enquanto Dilma Rousseffaguarda resposta do oficioenviado a Procuradoria-Geral daRepública querendo ter acessoaos depoimentos de PauloRoberto Costa (quando asinvestigações forem concluídas,detalhes só serão repassados aquem tiver direito de acessá-los), grande empresas e mesmoconsultorias com contratoscom a área de Abastecimentoda Petrobras permanecem emsuspense, apostando que, daquia pouco, surgirão mandadosde busca a apreensão (ou atéprisão) ordenados pelo juizSérgio Moro, do Paraná.

Contradições333 Quando Marina Silva acusaDilma Rousseff de ter estimula-do uma “Bolsa Banqueiros” ouuma “Bolsa Juros”, dá um tirono pé. Em comparação aosoito anos de Lula, a candidata-presidente até que segurou aSelic. Para os banqueiros, emmatéria de juros de títulos dadívida pública, o governo Lula“foi um maná” do qual todossentem saudades – e Marinaparticipava desse governo enunca se manifestou contra. Ehoje, quando fala que adotaráo famoso tripé econômico, écomo assinar em baixo jurosaltos, via BC, que pretendeque seja autônomo.

VELHOSAMIGOS333333333333333 O presidente nacional doPP, Ciro Nogueira, que estágarantindo que renunciarácaso seja provado que ele sebeneficiava do esquema dePaulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, é omesmo que avançou noestatuto da legenda paraapoiar Dilma Rousseff.No passado, era omentor intelectual deSeverino Cavalcanti,quando presidente (depois,renunciou sob denúncias decorrupção) da Câmara e háanos, era muito amigo dofalecido José Janene, quedeitava e rolava na diretoriade Costa na estatal.

Mais vazamentos333 Enquanto Polícia Federalanuncia que está empenhadaem descobrir responsáveis pelovazamento da primeira partedos depoimentos de PauloRoberto Costa, ex-diretor daPetrobras, há quem aposteque as próximas edições dasrevistas semanais de informa-ção deverão chegar às bancascarregadas de mais revelaçõescabeludas, contando até comcópias de extratos e planilhas.Ou até mesmo o Jornal Nacio-nal pode antecipar novos fatos:está com um esquadrão derepórteres nas ruas.

APELIDO333333333333333 O apelido de FernandoHaddad ganhou, pela quanti-dade de faixas de ônibus ebicicletas que vem espalhan-do por São Paulo, prejudican-do ainda mais o transito nacidade e aumentando oscongestionamentos, é prefeitoSuvinil: é viciado em tinta. Ehá quem diga que quem criouo apelido foi o ex-presidenteLula quando, sem helicópterose batedores como nos velhostempos, passa mal com otransito paulistano.

DILMA ROUSSEFF // sobre as relaçõesentre Marina Silva e Neca Setubal, do Itaú Unibanco.

333 QUEM acaba de reforçara cor alourada de seuscabelos para disfarçar osbrancos é o governador TarsoGenro, do Rio Grande do Sul,que poderá não ser reeleito.

333 A EDIÇÃO online da revistaThe Economist, cujos correspon-dentes no Brasil acompanhamde perto a guerra entre ascandidatas Dilma Rousseff eMarina Silva, acaba de publicarmatéria sobre a discussãoenvolvendo bancos. E diz que,pela primeira vez, as eleiçõespresidenciais brasileiras terãouma “candidata de um banco”,numa alusão às relações entre aex-senadora e a banqueira doItaú Unibanco, Neca Setubal.

333 SABRINA Parlatore, ex-modelo, ex-VJ, 39 anos, queapresenta um programa no canalpago Glitz, resolveu ser cantora.Está incursionando na áreado pop rock e também MPB,começando uma parceria com omúsico e produtor Sérgio Bello.

333 A VIDA de Elisinha MoreiraSalles, uma das mulheres maiselegantes do Brasil na décadade 60, vai ganhar um filmeassinado por seu próprio filho,João Moreira Salles, comdestaque para a viagem queela fez, na época, à China deMao Tse Tung.

333 NO CURRICULO dacandidata Marina Silva àPresidência, é lembrado que,em seus tempos de Senado,apresentou projeto para a criaçãodo Dia Nacional dos Povos daFloresta. O texto, contudo, nãoacrescenta que o projeto nuncafoi aprovado pelo plenário.

333 QUEM diria: candidato àreeleição no Senado, FernandoCollor (PTB-AL) acaba dededicar um de seus programasde TV para falar de fé, exibindoimagens suas ao lado do PapaJoão Paulo II. Aí, na legenda, dizque foi ele que levou o Pontíficea Maceió e que ele foi canoni-zado. Quem leu, ficou com aimpressão de que Collortambém teve alguma partici-pação na canonização.

IN OUTh

h

Chapéu de palha.Chapéu de feltro.

Page 5: Diário do Comércio - 11/09/2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

NOVO PRESIDENTE NO STFO ministro Ricardo Lewandowski, 66, tomouposse ontem como presidente do SupremoTribunal Federal. No mesmo dia, a ONUclassificou o judiciário brasileiro de 'ineficiente'.

Datafolha: duplo empateentre Dilma e Marina.

De acordo com o instituto, as candidatas estão tecnicamente empatadas nas simulações de 1º e 2º turnos.

Apresidente Di lma

Rousseff alavancou

nas pesquisas e Ma-

rina Silva perdeu o

fôlego. A pesquisa Datafolha

divulgada ontem à noite mos-

tra duplo empate entre a pre-

sidente Dilma Rousseff (PT) e a

candidata do PSB à Presidên-

cia, Marina Silva (PSB). Já o le-

vantamento Vox Populi, indica

Dilma Rousseff à frente de Ma-

rina no 1º turno e ambas em-

patadas no 2º turno das elei-

ções para a Presidência.

DATA F O L H ANa simulação de 1º turno,

Dilma tem 36% das intenções

de voto contra 33% de Marina.

O senador Aécio Neves (PSDB)

alcança 15%, outros candida-

tos somam 4%.

A vantagem numérica de Dil-

ma sobre Marina no 1º turno é li-

geiramente maior que a da pes-

quisa anterior (35% a 34%). O

quadro, porém, continua sendo

de empate técnico, já que a

margem de erro do levanta-

mento é de dois pontos para

mais ou para menos.

Na simulação de 2º turno, a

combinação de oscilação ne-

gativa de Marina (recuo de

dois pontos) com oscilação

positiva de Dilma (avanço de

dois pontos) gera uma nova si-

tuação de empate técnico.

Agora, no entanto, com

vantagem numérica para a

ex-ministra do Meio Ambien-

te: 47% para Marina contra

43% de Dilma.

Na simulação de embate fi-

nal entre Dilma e Aécio, a can-

didata petista vence por 49%

a 38%. Num eventual 2º turno

Marina contra o tucano, a vitó-

ria é da candidata do PSB por

54% a 30%.

Para o economista-chefe da

Gradual Investimentos, André

Perfeito, Marina estacionou.

"A onda Marina passou. Ago-

ra, a perspectiva de alternân-

cia de poder não está mais tão

clara", afirmou. O economista

também alertou que, inde-

pendente desse movimento,

o mercado também está em

um momento de entender me-

lhor as propostas de Marina.

"O mercado tende a olhar de

modo mais crítico".

O Datafolha também inves-

tigou a avaliação do governo

Dilma. Em relação ao levanta-

mento da semana passada,

não houve alteração.

Os eleitores que avaliam o

governo como bom ou ótimo

são 36%. Outros 38% julgam a

gestão como regular. E para

24%, é ruim ou péssimo.

As 10.568 entrevistas da

pesquisa foram feitas na terça

(9) e ontem. O levantamento

tem margem de erro de dois

pontos e foi encomendado pe-

la Folha de S. Paulo em parceria

com a TV Globo. O registro no

TSE é BR-00584/2014.

SÃO PAULOO Datafolha também fez

pesquisa sobre os candidatos

aos governos estaduais. Em

São Paulo, o governador Geral-

do Alckmin (PSDB) permanece

como líder isolado e com inten-

ções de votos suficientes, se a

eleição fosse hoje, para con-

quistar um segundo mandato

no 1º turno. O tucano aparece

com 49%, enquanto Paulo Skaf

(PMDB) tem 22% e Alexandre

Padilha (PT), 9%.

Apesar dos altos índices, Al-

ckmin vêm sofrendo em que-

da desde o início do horário

eleitoral gratuito. Na primeira

quinzena de agosto, o gover-

nador tinha 55% das inten-

ções de voto, índice que pas-

sou para 53% na primeira se-

mana de setembro e que ago-

ra é de 49%.

Seu adversário mais próxi-

mo, Paulo Skaf (PMDB) tinha

16% na primeira quinzena de

agosto, subiu para 22% no iní-

cio de setembro e manteve es-

se mesmo percentual na pes-

quisa atual.

VOX POPULIOutra pesquisa divulgada

ontem apontou Dilma à frente

de Marina no 1º turno e ambas

empatadas no 2º turno.

De acordo com o levanta-

mento Vox Populi, Dilma apare-

ce com 36% das intenções de

voto no 1º turno ante 28% de

Marina e 15% de Aécio Neves.

Os demais candidatos somam

2%. Brancos e nulos são 7% e

indecisos, 13%.

Na simulação de 2º turno,

Marina aparece com 42% das

intenções contra 41% de Dil-

ma. Brancos e nulos somam

Ueslei Marcelino/Reuters

Dilma parece ter recuperado alguns pontos na simulação de 2ºturno

A onda Marinapassou. Agora,a perspectiva dealternância depoder não estámais tão clara.ANDRÉ PE R F E I TO, E CO N O M I S TA

10% e indecisos, 7%. No cená-

rio em que Dilma enfrenta Aé-

cio, a petista teria 44% contra

36% do tucano. Brancos e nu-

los são 12% e indecisos, 8%.

Questionados sobre qual

candidato é o favorito à vaga,

a maior parte (49%) acredi-

tam que é Dilma. Para 31%,

Marina é a favorita na disputa

e 8% citam Aécio. No item re-

jeição, Dilma foi ultrapassada

por Aécio Neves –agora o mais

re je ita do – com 45%, contra

42% da petista. Marina é a me-

nos rejeitada, com 40%.

A pesquisa Vox Populi, com

2 mil entrevistas foi realizada

entre 8 e 9 de setembro. A mar-

gem de erro é de 2,2 pontos

porcentuais e o registro no TSE

é BR- 00588/2014. (Agências)

O mercado está emum momento deentender melhor aspropostas deMarina, de olhar demodo mais crítico.ANDRÉ PE R F E I TO, E CO N O M I S TA

Aécio rechaça a hipótese departicipar do governo Marina

Ocandidato à Presidên-

cia pelo PSDB, Aécio

Neves, ao criticar o dis-

curso de Marina Silva (PSB) de

que vai governar com os me-

lhores quadros de todos os

partidos, não cogitou a hipóte-

se de o PSDB ceder nomes pa-

ra um possível governo da ex-

ministra."Ou vencemos as

eleições e seremos governo,

ou perdemos as eleições e se-

remos oposição", afirmou em

sabatina do jornal O Globo.

O tucano reiterou a "preocu-

pação" com um possível go-

verno de Marina que dê priori-

dade a pessoas, sem levar em

conta a relação institucional

entre os partidos. E criticou

também o discurso de rejeição

ao que Marina chama de velha

política e promessa de que vai

governar com "os melhores

nomes" de vários partidos. "A

nova política será a que gover-

na com o terceiro t ime do

PSDB e do PT?", questionou.

Aécio continuou: "Se você ne-

ga os partidos e diz que vai go-

vernar com pessoas, não sei

onde vai dar".

Marina vem sinalizando

que, caso eleita, não teria pro-

blemas de se aproximar de no-

mes como José Serra, correli-

gionário de Aécio, e do petista

Eduardo Suplicy.

Sobre a reeleição, disse

que foi um mal para o Brasil.

"Fui reeleito, é uma covardia,

é desigual. Ele criticou a es-

trutura montada pela presi-

dente, quando viaja em cam-

panha. "A presidente desmo-

ralizou a reeleição."

Lembrado de que a reelei-

ção foi instituída no governo

FHC, disse que foi uma "expe-

riência que o Brasil buscou".

Questionado sobre quais

medidas amargas poderiam

ser tomadas pelo seu governo

para a retomada da economia,

respondeu que o governo

atual "já fez todas". "O meu

governo será da previsibilida-

de." Entre as primeiras ações

citou a "simplificação do siste-

ma tributário". (EC)

Marcos de Paula/Estadão Conteúdo

Aécio Neves promete: "O meu governo será o da previsibilidade".

Page 6: Diário do Comércio - 11/09/2014

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014

TOMA QUE É TEU!

Por Bob Jungmann

CONTRA-ATAQUE BANCÁRIO

CAMALEOA

SEM MANTEGA

No acirramento inevitável

dos ataques internéticos,

a militância petista e de seus

coligados passaram a investir

forte em outro

flanco para des-

b a n c a r e n t u-

siasmos mari-

nistas: sua pro-

ximidade com

os bancos, em

especial o Itaú,

cuja herdeira, Neca Setúbal,

passou a ser sua coordenado-

ra de governo.

A candidata do PSB, que

propõe em seu programa a au-

tonomia do Banco Central

(BC), sem que tenha que dar

satisfações ao governo ou ao

Congresso, acusou o PT de

Já comparada por chargistas

opositores ao ET do filme de

Steven Spielberg, a uma pre-

gadora messiânica, ao Babys-

sauro da família Dinossauro e

a outros personagens, Marina

Silva voltou a ser alvo dos tra-

ços dos manipuladores de

imagem, dessa vez por seu

fervor evangélico. Ela apare-

ceu como uma louva-a-Deus.

A contrapartida de sua equi-

pe foi a divulgação de uma foto

em que era mais jovem, des-

pojada, com os cabelos soltos,

à semelhança dos jovens da

década de 70, que retomaram

o visual mais recentemente.

Integrantes do comitê de cam-

panha da pessebista não ve-

em nenhum problema. Ao

contrário. A avaliação é a de

que quanto mais exposição,

melhor, seja como for.

Agora que a petroleira es-

tatal produz mais escân-

dalo que barris do fóssil ener-

gético, os candidatos à mesa

presidencial anunciam ur-

gências maiores no jogo elei-

toral:

1) livrar-se dos efeitos ex-

plosivos da extração dos

malfeitos na estatal, caso da

petista Dilma Rousseff;

2) repelir de qualquer ma-

neira eventuais manchas na

memória do ex-presidenciá-

vel Eduardo Campos, morto

no trágico acidente de

13 de agosto; caso de

Marina Silva;

3) ampliar a exploração

no campo recém-descober-

to da corrupção delatada e

tirar toda vantagem possí-

vel disso, caso do tucano

Aécio Neves.

Dilma, apegada ao bordão

de que não sabia de nada, sa-

cramentado por seu ante-

cessor Luiz Inácio Lula da Sil-

va, se esforça para assegu-

rar ao eleitorado que a san-

gria nos poços financeiros da

Petrobras foi estancada, en-

quanto nas redes virtuais

suas tropas se empenham

em destacar que o pivô das

denúncias, o ex-diretor Pau-

lo Roberto Costa, teria sido

indicado há 30 anos pelo ex-

pres idente José Sarney

(PMDB) e alçado ao cargo de

alto executivo pelo também

ex-presidente Fernando

Henrique Cardoso (PSDB).

Na verdade, ele entrou na

empresa em 1978 e sua indi-

cação para a diretoria de

Abastecimento e Refino foi

feita pelo deputado José Ja-

nene, migrante do PP para o

PT paranaense.

Marina, que se mantém

estrategicamente equidis-

tante dos seus adversários,

sobe o tom em relação ao dis-

curso da atual presidente e

atribui abertamente ao go-

ve rno f e-

deral a res-

po ns abi li-

dade pela

l a m a e n-

cont rada

e m l u g a r

do pet ró-

l e o , p e l a

a ç ã o d o

q u e c h a-

m o u d e

" q u a d r i-

lha" instalada na empresa.

"Eu não seria leviana em di-

zer que ela tem responsabili-

dade direta, pessoalmente",

sopra ela, depois da mordi-

da. Nem por isso deixa de ser

cobrada por seus opositores

pela inclusão do nome de

Campos feita pelo delator

Costa como beneficiário nos

custos aviltados da constru-

ção da refinaria Abreu e Li-

ma, em Pernambuco.

E Aécio, de sua parte, vis-

lumbra deixar o terceiro lu-

gar nas pesquisas apoiado

nas revelações feitas à Polí-

cia Federal pelo denunciante

em troca de um abranda-

mento em sua pena.

"Agora que a inflação está

de volta, que o país não cres-

ce e que a Petrobras é assal-

tada, sou eu quem acusa o

governo de jogar fora o patri-

mônio e a esperança do povo

brasileiro. É hora de dar um

basta em tanta corrupção e

em tanto desrespeito", aler-

tou o tucano, voltando à car-

ga em seu programa eleito-

ral na TV.

criar uma "bolsa banqueiro".

Ao reagir, a presidente Dilma

resmungou, com reforço nas

redes sociais: "Eu não tenho

banqueiro me

apo iando. Eu

não tenho ban-

queiro me sus-

t e n t a n d o " ,

completou, ar-

g u m e n t a n d o

que dar inde-

pendência ao BC significa

abrir mão de participar da de-

finição da taxa de juros e do

câmbio, o que pode influir de-

cisivamente no controle da in-

flação. O que falta é saber co-

mo as instituições percebem

esse embate e como isso pode

reverberar nas urnas.

Rifado por antecipação

por força da queda da

candidata à reeleição, o mi-

nistro da Fazenda, Guido

Mantega, despede-se do go-

verno de forma melancólica

antes de cumprir a gestão. A

presidente Dilma já havia di-

to, na semana passada, com

todas as letras: "Eleição no-

va, governo novo, equipe no-

va", num recado claro de que

estava também se apresen-

tando ao eleitor como uma

novidade, uma mudança, as-

sim como sua principal con-

corrente, Marina Silva.

Para o setor empresarial e

financeiro, no entanto, o re-

cado era outro. Seria uma si-

nalização, quase em néon,

de que a preocupação com a

inflação deixaria de existir,

após a saída dele.

"Ele comunicou que não

tem como ficar no governo no

segundo mandato por ques-

tões pessoais, que eu peço

para vocês respeitarem",

disse Dilma.

Para os combatentes dela

no Facebook, não seria só isso.

Os ascendentes índices infla-

cionários, inversamente pro-

porcionais aos dela nas últi-

mas pesquisas, justificariam a

anunciada substituição do seu

m i n i s t ro.

Saímos tranquilos de que ninguém vai ter acesso à delação.Randolfe Rodrigues, senador.

Marina: PT está'satanizando' Neca.

'Hoje é banqueira, mas quando colaborou com Haddad era educadora', disse.

Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo

Neca Setúbal (esq.), herdeira do Itaú e coordenadora da campanha, Marina, e seu vice, Beto Albuquerque.

Acandidata do PSB à

Presidência da Repú-

blica, Marina Silva,

afirmou ontem que o

PT segue uma "visão autoritá-

ria de parte da esquerda" ao se

referir ao papel de Neca Setú-

bal, sócia do Banco Itaú, na

sua campanha. A presidenciá-

vel afirmou que Neca colabo-

rou com o programa do candi-

dato a prefeito de São Paulo

pelo PT Fernando Haddad em

2012 e na época era tratada

pelo PT como "educadora".

"Há uma visão autoritária

de um setor da esquerda que

se você estiver a serviço de-

les, você está ungido pelo

manto da proteção. Se você

tem uma outra escolha, aí vo-

cê passa a ser satanizado. É só

verificar que a Neca ajudou

também no programa do Had-

dad e naquele momento ela

era tratada como educadora e

agora ela está sendo tratada

como banqueira", explicou

Marina Silva.

Na terça-feira, a presidente

Dilma Rousseff acusou, de for-

ma indireta, Marina de ser sus-

tentada por banqueiros – v i-

são que o PT difundiu na pro-

paganda eleitoral no rádio e

na TV no mesmo dia.

"Nossos advogados estão

tomando as providências so-

bre as calúnias que estão sen-

do feitas a mim e ao nosso pro-

grama de governo", avisou

Marina. A candidata do PSB

também acrescentou que o

Itaú colaborou com doações

para a campanha de Dilma em

2010. "Em 2010, quem mais

recebeu doação do Banco Itaú

foi a presidente Dilma", lem-

brou a ex-ministra, após visi-

tar uma entidade que atende

vítimas de violência domésti-

ca em São Paulo.

Marina Silva evitou falar so-

bre pesquisas eleitorais, rea-

firmando que as considera

"retratos do momento". Sobre

dados que mostraram empate

técnico com Dilma no 2º turno

e pesquisas que apontaram

que teria perdido intenções de

voto em grandes centros ur-

banos, em especial no Rio de

Janeiro, Marina comentou

apenas que a oscilação ficou

dentro das margens de erro.

(Agência O Globo)

Há uma visãoautoritária daesquerda que seestiver com eles,você está ungido deproteção. Se não,você é satanizado.MARINA SI LVA , PSB.

PT não a rotulou ao ajudar Haddad

Neca Setúbal é uma edu-

cadora com mais de 30

anos de experiência, li-

vros publicados e trabalho re-

conhecido com instituições

sem fins lucrativos, além de

herdeira do Itaú e coordena-

dora do programa da coliga-

ção liderada pelo PSB de Mari-

na Silva.

Neca contribuiu com o pro-

grama de governo do prefeito

Fernando Haddad (PT) na dis-

pu ta e l e i t o ra l em 2012 .

"Quando foi para a Neca aju-

dar o candidato Haddad, parti-

cipando de seminários, aju-

dando a fazer seu programa

de governo, eles não a des-

qualificaram. Naquele tempo

ela era tratada como educa-

dora, agora está sendo trata-

da como banqueira", disse

Marina. A candidata do PSB fez

questão ainda de frisar que

não é contra a exploração do

pré-sal, um dos principais ata-

ques da campanha petista e

que pode ter impactado seu

eleitorado no Rio. ( AG )

P E T RO B R A S

Janot nega acesso à delação deCosta: 'podem pedir 20 vezes'.

Em visita realizada à

Procuradoria Geral da

República na manhã

de ontem represen-

tantes do Congresso foram in-

formados pelo procurador-ge-

ral Rodrigo Janot que o conteú-

do da delação do ex-diretor da

Petrobras Paulo Roberto Costa

não deverá ser distribuído.

"Saímos tranquilos de que nin-

guém vai ter acesso à delação.

A CPMI (CPI Mista da Petro-

bras) pode pedir 20 vezes. A

presidente pode pedir, mas

ninguém vai ter acesso", afir-

mou o senador Randolfe Ro-

drigues (PSol-AP), após en-

contro com Janot.

O ex-diretor de Abasteci-

mento da estatal, Paulo Ro-

berto Costa, preso na Opera-

ção Lava Jato da PF, foi convo-

cado ontem pelo presidente

da CPI a depor na próxima

quarta-feira (17).

Apesar da negativa de Janot

em ceder a delação de Costa, a

CPI Mista da Petrobras conse-

guiu autorização do ministro

do Supremo Tribunal Federal

(STF), Teori Zavascki, para ter

acesso a cópias dos documen-

tos que constam em seu gabi-

nete referentes à Operação

Lava Jato. Na decisão, contu-

do, o ministro não aponta se,

entre os documentos que che-

garam ao Supremo, está o

conteúdo da delação premia-

da do ex-diretor Paulo Roberto

da Costa, mas Rodrigo Janot

informou que não.

CERVERÓA CPMI também ouviu on-

tem o ex-diretor da área inter-

nacional da Petrobras, Nestor

Cerveró. Ele afirmou que Cos-

ta não participou da gestão da

refinaria de Pasadena (EUA).

(Estadão Conteúdo)

ELEIÇÃO ESTADUALEm funk, campanha tucana diz

que Skaf quer distância de pobre.

Ao som de um funk, a

campanha do governa-

dor de São Paulo Geral-

do Alckmin (PSDB), candidato

à reeleição, procurou associar

seu principal adversário, Pau-

lo Skaf (PMDB), à imagem do

representante "dos patrões"

na disputa ao governo do Esta-

do. Na abertura da propagan-

da tucana no horário eleitoral

do rádio na manhã de ontem, a

música diz ainda que Skaf

"quer distância" de pobre.

Skaf, presidente licenciado

da Fiesp, é empresário e desde

a década de 90 se reveza em

cargos de comando de entida-

des empresariais. Ontem

mesmo, o candidato entrou

com um pedido de direito de

resposta na Justiça ao funk da

campanha de Alckmin. (EC)

Marcelo s. Camargo/Frame

Alckmin: funk para o adversário.

Page 7: Diário do Comércio - 11/09/2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

APELO EMOCIONALPremiê britânico, DavidCameron, diz que ficará de'coração partido' se Escóciavotar pela independência.

ESC ASSEZEl Impulso, o jornal maisantigo da Venezuela,suspende circulaçãopor falta de papel.

'Não há portoseguro para oterror', diz Obama.

P re s i d e n t enor te-americanoapresenta suaestratégia para'destruir' o EstadoIslâmico no Iraque ena Síria. O envio detropas paracombater osmilitantesextremistas na linhade frente estádescar tado.

Na véspera do aniver-

sário dos atentados

de 11 de setembro

de 2001, o presiden-

te norte-americano, Barack

Obama, anunciou sua campa-

nha para "destruir" a crescente

ameaça terrorista representa-

da pelo Estado Islâmico (EI). Se-

gundo ele, os Estados Unidos

vão liderar uma coalizão inter-

nacional para caçar os militan-

tes "onde quer que estejam".

"Eu não vou hesitar para agir

contra o Estado Islâmico tanto

na Síria como no Iraque. Este é

um princípio fundamental da

minha Presidência: se você

ameaça os Estados Unidos, vo-

cê não vai encontrar nenhum

porto seguro", disse Obama,

em pronunciamento à nação na

noite de ontem.

Obama explicou que o EI é

uma ameaça não só para o Ira-

que e a Síria, como para o Orien-

te Médio e até para os EUA.

"Nossa comunidade de inte-

ligência acredita que milhares

de estrangeiros - incluindo eu-

ropeus e alguns norte-ameri-

canos - se uniram a eles na Síria

e no Iraque", advertiu. "O Esta-

do Islâmico não é islâmico. Ne-

nhuma religião concorda com

a matança de inocentes, e a

maior parte das vítimas tem si-

do de muçulmanos", disse. "O

Estado Islâmico também não é

um Estado. Ele não é reconhe-

cido por nenhum governo e

nem pelo povo. O Estado Islâ-

mico é uma organização terro-

rista, pura e simplesmente",

afirmou ele.

Obama ainda garantiu que

não vai enviar tropas de com-

bate para lutar contra os mili-

tantes extremistas, mas man-

terá os ataques aéreos em

apoio à ofensiva aliada no solo.

A campanha aérea perseguirá

os radicais islâmicos não só no

Iraque como na Síria.

"Quero que os norte-ameri-

canos entendam que esse es-

forço será diferente das guer-

ras no Iraque e no Afeganistão.

Ele não envolverá tropas norte-

americanas combatendo em

solo estrangeiro. Essa campa-

nha de contraterrorismo será

travada por meio de um esforço

firme e implacável para acabar

com o Estado Islâmico onde

quer que ele exista, usando

nossa força aérea e nosso apoio

às forças aliadas no terreno",

afirmou. "Essa estratégia para

erradicar terroristas que nos

ameaçam, apoiando aliados

nas linhas de frente, é a mesma

que temos aplicado com suces-

so no Iêmen e na Somália há

anos", explicou.

O presidente revelou que

enviará 475 militares para

treinar, assessorar e equipar

as forças locais.

"Não nos deixaremos arras-

tar para outra guerra terrestre

no Iraque, mas nossos milita-

res são necessários para dar

apoio às forças iraquianas e

curdas", afirmou.

Obama explicou que seu

plano de ação possui quatro

itens principais: apoiar o go-

verno iraquiano e suas tropas

com a ampliação da campanha

Brendan Smialowski/Reuters

aérea; treinar e equipar rebel-

des moderados na Síria, com a

autorização do Congresso nor-

te-americano; prevenir ata-

ques terroristas com apoio da

comunidade internacional;

oferecer ajuda humanitária

aos civis que fugiram das re-

giões sob controle do EI.

A estratégia de Obama pas-

sa, ainda, pela formação de

uma ampla coalizão no Orien-

te Médio e na Europa - a França

declarou-se pronta a juntar-se

à campanha aérea contra o EI -

e pela consolidação do novo

governo do Iraque. O premiê

Haider al-Abadi prometeu

uma gestão de união das et-

nias e grupos religiosos, com a

criação de uma Guarda Nacio-

nal com recrutamento local,

respeitando a predominância

de xiitas, sunitas e curdos em

cada área.

Apoio- Para concretizar o pla-

no norte-americano, o secretá-

rio de Estado dos EUA, John Ker-

ry, iniciou ontem em Bagdá seu

giro no Oriente Médio para unir

apoio militar, político e finan-

ceiro à campanha.

"Esta é uma luta que o povo

iraquiano deve vencer, mas é

também uma luta que o res-

tante do mundo precisa que

eles vençam", disse Kerry aos

jornalistas. "É uma luta que os

Estados Unidos e o restante do

mundo precisam apoiar em

cada passo."

Em meio à visita de Kerry,

três carros-bomba explodi-

ram em um bairro xiita no leste

de Bagdá, matando nove pes-

soas e ferindo outras 29, disse

um policial. As explosões ocor-

reram em um intervalo de mi-

nutos de uma para outra no

bairro Nova Bagdá. (Agências)

Kerry observa Bagdádurante voo de

helicóptero (acima).Durante sua visita,

promessas de apoioàs forças locais e

explosões decarros-bomba (à dir.).

Thai

er A

l-Sud

ani/

Reut

ers

Ahmed Jadallah/Reuters

Saul Loeb/Reuters

Obama: coalizão ampla.

Putin: novas armaspara velhas ameaças.

Presidente vai assumir pessoalmente modernização da defesa russa

No mesmo dia em que a

Rússia testou um míssil

nuclear, o presidente

Vladimir Putin disse ontem

que Moscou vai desenvolver

uma série de novas armas nu-

cleares e convencionais para

conter as recentes movimen-

tações dos Estados Unidos e

da Organização do Tratado do

Atlântico Norte (Otan).

Com os laços com o Ociden-

te fragilizados por conta da cri-

se na Ucrânia, Putin também

assumiu o controle de uma co-

missão que supervisiona a in-

dústria de defesa e fez um pe-

dido para que a Rússia se torne

menos dependente de equi-

pamentos importados.

Pouco antes de Putin falar, a

Rússia testou o míssil intercon-

tinental Bulava, capaz de reali-

zar um ataque nuclear cem ve-

zes mais forte que a explosão

que devastou a cidade japone-

sa de Hiroshima em 1945.

Putin disse que o Ocidente

não deveria ficar surpreso com

os esforços de Moscou, tendo

em vista os projetos de defesa

dos EUA e outras decisões que,

segundo ele, ameaçam a segu-

rança da Rússia.

"Precisamos de uma avalia-

ção completa e confiável sobre

as potenciais ameaças à segu-

rança militar da Rússia. Para ca-

da uma dessas ameaças, uma

resposta adequada e suficiente

deve ser encontrada", disse Pu-

tin em reunião com autorida-

des de defesa no Kremlin.

Ele disse que o programa de

modernização de armamentos

para o período 2016-2025 deve

se concentrar na construção de

uma nova série de armas ofen-

sivas que forneçam uma "ga-

rantia de dissuasão nuclear",

uma estratégia de rearmamen-

to e uma aviação de longo al-

cance, criando um sistema de

defesa aeroespacial e desen-

volvendo armas convencionais

de alta precisão.

Putin não forneceu detalhes

do programa, mas ele e outras

autoridades têm falado sobre

a capacidade dos novos mís-

seis nucleares de penetrar em

qualquer escudo antimísseis.

A ênfase de Putin nas armas

de alta precisão reflete as preo-

cupações do Kremlin a respeito

dos EUA e da Otan, que desfru-

tam de uma significativa vanta-

gem na região.

O mandatário também de-

clarou que "alguém pode estar

querendo começar uma nova

corrida armamentista. Não ire-

mos participar disso, é claro".

A Rússia deve gastar 20 tri-

lhões de rublos (US$ 536,81 bi-

lhões) na modernização de seu

Exército, que ainda hoje depen-

de largamente de armas e de

tecnologia da era soviética.

Putin reiterou que Moscou

encontrar ia maneiras de

substituir as importações da

indústria de defesa perdidas

por conta de sanções impos-

tas pelo Ocidente devido à cri-

se na Ucrânia. (Agências)

Alexey Druzhinin/EFE

Para Putin, a Rússia sofre 'crescente ameaça de segurança'.

Tro p a sru s s a s

deixamUc r â n i a

Opresidente da Ucrânia,

Petro Poroshenko, dis-

se ontem que a Rússia

retirou a maior parte de suas

forças que, segundo ele afir-

mou, estavam do lado ucra-

niano, o que eleva a esperan-

ça para o processo de paz.

"De acordo com a última in-

formação que recebemos de

nossa inteligência, 70% das

forças russas foram retiradas

para o outro lado da fronteira",

disse Poroshenko em reunião

de gabinete. "Isso fortalece

ainda mais nossa esperança

de que as iniciativas de paz

têm boa perspectiva."

Segundo autoridades ucra-

nianas e ocidentais, havia mi-

lhares de soldados russos na re-

gião, que foram responsáveis

pelo grande número de baixas

ucranianas nos campos de ba-

talha no mês passado. A Rússia

nega que tenha enviado tropas

para a Ucrânia, embora reco-

nheça que "voluntários" russos

tenham se unido aos combates

que já duram cinco meses.

Do lado ucran iano , Po-

roshenko prometeu apresentar

um projeto de lei ao Parlamen-

to, já na semana que vem, que

prevê a concessão de maior au-

tonomia às regiões rebeldes.

Mas o presidente disse que

as regiões permanecerão parte

da Ucrânia e rejeitou a ideia de

federalização, algo que tanto

Rússia quanto os rebeldes con-

tinuam a defender. Segundo

ele, a concessão de território ou

a federalização não fazem par-

te do cessar-fogo assinado na

sexta-feira passada. (Agências)

Gleb Garanich/Reuters

Separatista mostra seu documento de identidade no leste ucraniano

Investigar é a melhor defesaIsrael apura ataques a crianças na praia e a escolas da ONU em Gaza

OExército de

Is rae l a f i r-

mou ontem que

abriu até agora

mais de 90 pro-

cessos de investi-

gação sobre a re-

cente ofensiva na

Faixa de Gaza, in-

cluindo a morte

de quatro crian-

ças em uma praia

no território ocu-

pado e de 14 pa-

lestinos em uma

escola da Organi-

zação das Nações

Unidas (ONU).

A investigação

faz parte da estra-

tégia de Israel pa-

ra evitar que algum de seus co-

mandantes seja julgado em tri-

bunais internacionais. A ONU

criou sua própria comissão pa-

ra investigar todos os casos de

ataques a suas escolas.

Na ofensiva, que durou 50

dias e foi a mais sangrenta na

região desde 1967, morreram

mais de 2,1 mil palestinos, sen-

do três quartos civis, segundo

estimativas palestinas e da

ONU. Israel alega que o número

de militantes mortos é maior e

acusa o Hamas de usar civis co-

mo escudos humanos. No lado

israelense, 66 soldados e seis

civis morreram. (Agências)

Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

Formandos de universidade em Gaza carregam fotos de colegas mortos em ofensiva

Suzanne Plunkett/Reuters

Page 8: Diário do Comércio - 11/09/2014

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Tática dos sem-teto é travar o CentroMenos de cem manifestantes fecham a Rua Boa Vista e levam caos à região. Eles dizem que são da Rede Extremo Sul, responsável por invasão de terreno da CDHU.

Ricardo Osman

Otrânsito parou na

manhã e tarde de

ontem no Centro de

São Paulo, o que

acarretou longos congestio-

namentos em avenidas como

a Brigadeiro Luiz Antônio e a

Santo Amaro. O responsável

pelo engarrafamento em re-

gião de intensa atividade pro-

fissional, sede de empresas e

da Bovespa, é um grupo de

sem-teto que se apresenta

com o nome de Rede Extremo

Sul. Às 11 horas, a Companhia

de Engenharia de Tráfego

(CET) registrou 76 quilôme-

tros de lentidão na cidade (aci-

ma da média para o horário).

Menos de cem manifestan-

tes desta Rede

p ro t e st a r a m

no meio da Rua

B o a V i s t a ,

diante do pré-

dio da Secreta-

ria Estadual de

H a b i t a ç ã o ,

contra "a de-

mora" em ne-

goc iação de

terreno ocupa-

do localizado

no ba i r ro do

Grajaú, na zo-

na sul.

"A Secreta-

r ia demorou

para nos dar

uma resposta.

O objetivo da manifestação é

obter uma resposta, quere-

mos saber qual alternativa de

terreno a Secretaria ou a Pre-

feitura nos apresentam", dis-

se uma das coordenadoras da

Rede Extremo Sul, Sandra

Moura. A dirigente se refere a

um terreno da Companhia de

Desenvolvimento Habitacio-

nal e Urbano do Estado de São

Paulo (CDHU) que foi ocupado

por 850 famílias de sem-teto

há mais de um ano no Grajaú e

que foi batizado como Jardim

da União. O governo já avisou

que essas famílias não pode-

rão ficar no local.

"Na verdade, o que houve

foi uma invasão de uma obra

da CDHU que está dentro do

Projeto Manancial", disse um

funcionário da Secretaria de

Habitação ligado à direção do

orgão. "Moradias irregulares

da represa Guarapiranga se-

rão desocupadas e as famílias

seguirão para esta nova habi-

tação no Grajaú. Mas a turma

da Rede invadiu", contou.

Questionada sobre os pro-

blemas causados no trânsito,

Sandra disse que este não era

o objetivo, mas sim pressionar

a Secretaria. No entanto, os

manifestantes fecharam

completamente as ruas Boa

Vista e Líbero Badaró, e depois

saíram em marcha até a Praça

da Sé. Sandra gostou do resul-

tado: "Recebe-

mos como res-

posta que há a

alternativa de

irmos para o

Minha Casa ,

M i n h a V i d a

(programa dogoverno fede-r al ) ", disse ela.

Mas o que é es-

ta Rede? No Fa-

cebook, a pági-

na da Rede de

C om un id ad es

do Extremo Sul

diz que este "é

um movimen-

t o p o p u l a r ,

criado na zona

sul, que tem como proposta a

organização autônoma do po-

vo da periferia, sem depender

de politiqueiros, nem de pa-

trões, nem da migalha de

quem quer que seja."

Sua tática de luta é a mesma

dos sem-teto liderados por Gui-

lherme Boulos e dos motoquei-

ros que reclamam do fim das

motofaixas: montar barracas

no Viaduto do Chá e fechar a

Boa Vista. Esta importante via,

que concentra agências bancá-

rias, e tem início no Pátio do Co-

légio, virou um dos endereços

preferidos dos sem-teto.

Fernando Zamora/EC

Manifestantes sem-teto, tocando bateria, interromperam o trânsito diante do prédio da Secretaria Estadual de Habitação.

Priscila Prado/DC

Bloqueio total da rua paroucarros e ônibus

Tatto: São Paulo vai ter de aprendera dividir o espaço com as ciclovias.

Mariana Missiaggia *Fabio Mendes/Hype

Tatto, à esquerda, e Edmar Cioletti: críticas devem diminuir.

Apesar das dificuldades

e reclamações, a cida-

de de São Paulo vai ter

que aprender a lidar com as

ciclovias. A afirmação é do

secretár io municipal de

Transportes, Jilmar Tatto, que

participou ontem do ciclo de

palestras da 20ª Semana de

Tecnologia Metroferroviária

da Associação dos Engenhei-

ros e Arquitetos do Metrô

(AEAMESP). Até o fim de se-

tembro, São Paulo terá 109

quilômetros de ciclofaixas.

Até o fim de 2015 estão pre-

vistos 400 quilômetros.

A polêmica que envolve as

ciclovias deve perder força

com o tempo, segundo o se-

cretário de Transportes. Para

Tatto, o assunto não deman-

da competência e engenha-

ria e sim decisão política.

“À medida que as ciclovias

forem implantadas e fecha-

rem rotas que ligam termi-

nais, faculdades, shoppings,

metrôs e outros serviços, a

população vai receber me-

lhor a proposta”, disse.

Tatto rebateu as críticas so-

bre a falta de diálogo e afirmou

que a SMT, os subprefeitos e

uma equipe técnica da Com-

panhia de Engenharia de Trá-

fego (CET) estão em diálogo

direto com comerciantes e

moradores onde as ciclovias

estão sendo instaladas.

Cartilha –Por ora, a novida-

de é que a Prefeitura prepara

uma espécie de cartilha edu-

cativa que será distribuída

para a população com o obje-

tivo de orientar pedestres e

motoristas a lidarem com os

ciclistas. “Vamos preparar

um programa para que o pe-

destre e os motoristas enten-

dam que há um novo inte-

grante na cidade”.

Ô ni bu s – O secretário tam-

bém comentou a importância

das faixas exclusivas para ôni-

bus. Hoje, 75% da população

que utiliza transporte público

usa o ônibus. O metrô recebe

28% desses usuários, seguido

do trem, com 14%. “As próxi-

mas vias a receberem corre-

dores serão a Radial Leste e a

Avenida Aricanduva”, disse

Tatto. A cidade de São Paulo

tem atualmente 130 km de

corredores. Até 2016, serão

mais 150 quilômetros.

Durante o encontro, o su-

perintendente do Banco

Santander, Edmar Cioletti

apresentou o projeto criado

pelo banco para que os cinco

mil funcionários ganhassem

mais tempo e qualidade de

vida. Com a mudança da se-

de do Santander para a ave-

nida Juscelino Kubitschek, na

zona sul, uma das avenidas

mais movimentadas e con-

gestionadas da capital pau-

lista, o banco adotou medi-

das para reduzir o impacto

sobre o trânsito da região.

A solução encontrada foi

adotar horários alternativos

para a entrada de funcioná-

rios e criar condições para que

o funcionário não precisasse

se deslocar a cada atividade.

O prédio foi equipado com

bicicletários, vestiários com

shampoo, condicionador,

sabonete e toalhas, sala de

alongamento, guarda-volu-

mes e kit primeiros socorros.

Outra alternativa são os fre-

tados, que fazem o percurso

das estações de metrô à sede

e beneficiam duas mil pes-

soas que trabalham no San-

tander. Também existe o Ca-

rona Amiga, um programa in-

terno do banco que garante

vaga exclusiva para os parti-

cipantes, pela metade do

preço da mensalidade, usa-

da por 400 funcionários.

“Nosso objetivo é tirar a

pessoa da rua na hora do rush

e, ao mesmo tempo, garantir

que ela consiga cumprir to-

dos os seus compromissos

profissionais e pessoais. Até

agora, conseguimos tirar

2.000 veículos desse trajeto,

mas queremos mais”, disse.

O prédio conta ainda com cin-

co restaurantes, academia,

salão de beleza, lojas rotati-

vas, lava-rápido, chaveiro,

cartório, bilheteria de even-

tos culturais e até um hospital

totalmente gratuito para os

funcionários. Tudo para dimi-

nuir deslocamentos.

De líri o – As ciclovias che-

garam ao debate das elei-

ções presidenciais. O sena-

dor Aloysio Nunes (PSDB),

candidato à vice-presidência

na chapa encabeçada pelo

também tucano Aécio Ne-

ves, disse no Twitter que a

criação de ciclovias em São

Paulo é um “delírio autoritá-

rio de Haddad”.

Segundo Nunes, o prefeito

de São Paulo, Fernando Had-

dad, “esparrama ciclofaixas

a torto e a direito, provocan-

do revolta nos moradores de

H ig i en óp o li s .” O senador é

um dos moradores do bairro,

região nobre de São Paulo.

(* Com agências)

OMinistério Público Estadual(MPE) pediu à Justiça a

decretação da prisão preventivade 10 supostos membros doPrimeiro Comando da Capital(PCC). A acusação é de que obando idealizou e executou oassassinato do sargento da PMArnaldo Francisco de Brito,morto a tiros no dia 14 de junhodeste ano no interior. (EC)

PCC

As chuvas mais abundantesque caem no Estado ainda

não tiveram repercussão sobreo volume de água do SistemaCantareira. Nos primeiros dezdias de setembro, o acumuladode chuva atingiu 30,1milímetros (mm), pouco paraevitar que continue baixando ovolume de água disponível paradistribuição. Ontem, haviaapenas 9,8% do total dacapacidade de operação.

Com essa marca, a reservahídrica se aproxima do volumecrítico que havia em 15 de maioúltimo (8,2%), véspera daentrada em operação dovolume morto. (ABr)

CANTAREIRA

.Ó..R B I TA

Alex de Jesus/A

OG

ACIDENTE – O rompimento de uma barragem em uma mina em Itabirito,na região central de Minas Gerais, causou a morte de pelo menos trêsoperários e deixou cinco feridos ontem de manhã. O deslizamento de terraocorreu em uma área destinada a depósito de rejeitos da MineraçãoHerculano. Outra barragem da empresa ameaça ruir.

Page 9: Diário do Comércio - 11/09/2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

Amyr Klink: 30 anos desde a travessia.É através das 30 fotografias clicadas por Marina Klink, mulher de Amyr Klink, expostas no

Conjunto Nacional até 2 de outubro, que o aniversário de 30 da travessia à remo do Oceano Atlânticoé celebrado. A expo Linha d’ Água traz fotos de 40 das viagens épicas de Amyr. Imperdível.

CINEMA

A trajetória de umrabino singular

Espaço Filmes/Divulgação

Henry Sobel: luta por direitos humanos e humor afiado.

Lúcia Helena de Camargo

T E AT RO

A Callas de ClaudiaSérgio Roveri

Fotos: Divulgação

Nove meses após a estreia

do espetáculo Callas no

Rio de Janeiro e de uma

extensa turnê que já visitou 22

cidades, a atriz Claudia Ohana,

que interpreta no palco aquela

que é considerada a maior

cantora lírica de todos os tempos,

ainda tenta convencer a diretora

Marília Pêra a deixá-la cantar,

ainda que seja por alguns

minutos. "Continuo pleiteando

isso", brinca a atriz. "Marília Pêra

é uma especialista em Maria

Callas, eu não poderia ter

encontrado uma diretora melhor.

Talvez um dia ela me autorize a

cantar em cena." O espetáculo,

que conta no elenco com o ator

Cássio Reis na pele do jornalista

John Adams, amigo e confidente

da diva, estreia amanhã, sexta-

feira, 12, no Teatro Itália.

Nascida em Nova York em

1923, Maria Callas trouxe uma

nova dimensão ao conceito de

prima-dona – durante toda a

década de 50 e parte da de 60,

não havia voz ou personalidade

que rivalizassem com as dela.

Estrela indiscutível, Callas se

apresentou nas melhores

casas de concerto do mundo

e protagonizou barracos

tão memoráveis quanto o

cristalino do seu agudo.

Ganhou e perdeu peso de

maneira assustadora, conheceu

o auge e o desprezo, criou

inimigos figadais no mundo do

bel canto (entre eles a grande

rival e também soprano Renata

Tebaldi) e manteve um

casamento tumultuado com o

milionário grego Aristóteles

Onassis – a quem muitos

atribuem o declínio de sua voz.

Morreu em Paris, aos 53 anos,

e pediu para ter suas cinzas

jogadas no Mar Egeu. "Tudo em

Maria Callas era muito rico, não

houve nada morno em sua

vida", diz Ohana. "Tive grande

cuidado para não colocar esta

personagem em um pedestal,

num lugar inacessível para

as pessoas. O espetáculo

humaniza a figura de Callas."

Escrito pelo dramaturgo

Fernando Duarte (coautor, ao

lado de Maitê Proença, da peça ÀBeira do Abismo me CresceramAsas), Callas se passa ao longo de

um dia, 15 de setembro de 1977,

véspera da morte da cantora.

Neste dia, ela vai ao encontro do

amigo John Adams, que

prometeu ajudá-la na montagem

de uma exposição sobre sua

vida e carreira. O espetáculo,

que o autor define como

um documentário biográfico,

brota a partir dos diálogos

entre jornalista e cantora.

A diva fala da carreira, da

infância difícil, do casamento

com Onassis e de seu único

filho, que morreu algumas

horas após o parto. "Neste

encontro ela também discorre

sobre a perda da voz e seu

declínio profissional. Qualquer

artista é capaz de se reconhecer

nos dilemas de Callas", diz a

atriz. "Antes de fazer este

espetáculo, eu não imaginava

que ela fosse uma pessoa tão

angustiada. Esta foi minha

maior descoberta sobre ela”.

Callas - estreia amanhã, 12,no Teatro Itália, Av. Ipiranga, 344,tel.: 3255-1979. Sexta às 21h30,sábado às 21h e domingo às 19h.Ingressos de R$ 70 a R$ 80.Classificação etária: 12 anos

Estudioso, carismático e

muito bem-humorado. Es-

sas são as principais quali-

dades do rabino Henry Sobel, de

acordo com os relatos reunidos no

documentárioA História do HomemHenry Sobel (Brasil, 2014, 90 mi-

nutos, classificação etária: livre),

estreia desta quinta (11).

A luta em prol dos direitos hu-

manos sempre fez parte da rotina

de Sobel. O maior exemplo está

no episódio ocorrido após a mor-

te do jornalista Vladimir Herzog,

em 1975. Sobel ordenou que en-

terrassem seu corpo no centro do

cemitério israelita, marcando a

posição de incredulidade na ver-

são oficial da ditadura militar de

que ele teria cometido suicídio

(os judeus suicidas são sepulta-

dos às margens do cemitério). "A

gente tem que tirar o chapéu pa-

ra a coragem de Sobel", afirma o

jornalista Juca Kfouri.

O diretor é o estreante em lon-

gas André Bushatsky, que mos-

trou altos e baixos do religioso em

uma narrativa ágil apoiada em de-

poimentos de parentes, amigos e

pessoas de dentro e fora da comu-

nidade judaica, como o a historia-

dora Anita Novinsky, Ivo Herzog,

Alisha, filha de Sobel, e outros.

Sobel nasceu em Lisboa, em ja-

neiro de 1944. Sua família foi mo-

rar nos Estados Unidos quando ele

era bebê e ali se criou, estudou e

se formou rabino, em 1970. Veio

ao Brasil aos 26 anos e aqui se ins-

talou. Foi presidente da Congre-

gação Israelita Paulista (CIP) até

outubro de 2007. Sobre o sotaque

que jamais o deixou, ele brinca:

"Eu falo português com sotaque

porque nasci em Portugal."

O episódio que marcou negati-

vamente a biografia de Sobel foi o

roubo das gravatas, em 2007. Ele

foi preso na cidade de Palm Beach,

acusado de furtar gravatas de

uma loja da rede Louis Vuitton.

Confessou e se arrependeu publi-

camente. Estava à época sob efei-

to de fortes psicotrópicos, que te-

riam provocado confusão mental.

Depois, porém, acabou nomeado

rabino emérito e jamais conse-

guiu recobrar o respeito anterior.

Segundo muitos, uma enorme in-

justiça. Desde o ano passado, vol-

tou a morar nos EUA.

"Fiz esse filme com objetivo de

mostrar a importância desse ho-

mem para o Brasil. Ele é uma ins-

piração para todos. Humano, in-

teligente e dotado do melhor hu-

mor judaico", resume o diretor.

Dançade rua em

fotosRetratos da dança de

rua chegam à Fábrica

de Cultura Vila Nova

Cachoeirinha (rua

Franklin do Amaral,

1575) através da

exposição Breaking. As

fotos são de Willian

Machado, que também

participará de um

bate-papo sobre seu

processo fotográfico no

dia 17, às 14h30, e

ficam no centro cultural

até o dia 26 deste mês.

A entrada é gratuita.

Medo epipoca nocemitério

Se você estiver à toa no

sábado (13) à noite, a

dica do DCultura é dar

um passeio no

cemitério. Isso mesmo,

a partir das 23h, três

clássicos de terror do

cinema nacial serão

exibidos no Cemitério

da Consolação. O

Cinetério é parte do

Festival da Cultura

Indepêndente e traz em

sua programação os

longas-metragens

Ninfas Diabólicas (1974),

de John Doo; Excitação(1977), e a chanchada

sinistra As Sete Vampiras(1986). As projeções

acontecerão na parte

interna do cemitério, já

do lado de fora, haverá

food trucks com direito

à pipoca gourmet.

Marília Pêra éuma especialistaem Maria Callas,eu não poderiater encontradouma diretora

melhor. Talvezum dia ela me

autorize acantar em cena.

Tive grandecuidado para

não colocar estapersonagem em

um pedestal,num lugar

inacessível paraas pessoas. Oespetáculohumaniza a

figura de Callas.CL AUDIA OHANA

Page 10: Diário do Comércio - 11/09/2014

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014

.I..NTERNET

Gmail vulnerávelUm hacker divulgou

em um fórum russo mais

de cinco milhões de

endereços do Gmail, do

Google, e as respectivas

senhas. Confira no link

se sua conta está na

lista e mude sua senha.

https://isleaked.com/en.php

.M..EIO AMBIENTE

Camada de ozônio: em recuperação.A camada de ozônio, que

protege a vida na Terra dos

raios ultravioleta do sol,

que são cancerígenos,

mostra seus primeiros

sinais de espessamento

depois de anos de

degradação, afirma um

estudo da Organização das

Nações Unidas (ONU)

divulgado ontem. Isso

significa que a camada

poderá se recuperar com o

tempo. Cientistas dizem

que o espessamento

confirma o sucesso da

proibição, em 1987, da

emissões de gases criados

pelo homem que danificam

a camada de ozônio, uma

conquista que poderia

ajudar a evitar milhões de

casos de câncer de pele e

outros males. O buraco na

camada de ozônio que

aparece anualmente sobre

a Antártida também parou

de crescer a cada ano, mas

ainda serão necessários

cerca de dez anos para que

comece a encolher, diz o

relatório da ONU.

.A..RQUEOLOGIA

Fortaleza VikingArqueólogos da

Universidade de Aarhus,

na Dinamarca, acharam

uma fortaleza viking

procurada há 60 anos. A

fortaleza, do ano 980, em

formato circular perfeito,

foi descoberta a 65 km de

Copenhague e pode ter

sido usada em um ataque à

I n g l a t e rr a .

.M..ODA

Língua de foraModelo mostra a língua

durante o desfile das

criações de Jeremy Scott

para a temporada

Primavera/Verão 2015 na

semana de moda de

Nova York.

.E..S PA Ç O

Supernova desvendadaImagem da supernova 1993J, na

galáxia M81, cuja luz chegou até nós há

21 anos graças ao telescópio Hubble.

Só agora os astrônomos identificoram

que o azul da imagem é de uma estrela

companheira da 1993J.

.L..OTERIAS

Concurso 1485 da LOTOMANIA

10 25 29 31 37

Concurso 1634 da MEGA-SENA

09 10 23 33 44 51

43 47 51 53 55

60 64 80 84 88

92 94 95 99 00

Concurso 3584 da QUINA

09 50 51 58 74

.H..ISTÓRIA

1 1 /0 9H

á 13 anos, em 11 de se-

tembro de 2001, acon-

tecia o maior atentado

terrorista sofrido pelos EUA.

Dois aviões se chocaram con-

tra as torres gêmeas do World

Trade Center (WTC), em Nova

York. Em seguida, uma tercei-

ra aeronave de passageiros foi

derrubada sobre o Pentágono,

nos arredores de Washington.

A ação terrorista resultou na

morte de 2.996 pessoas.

Para lembrar a data e a aber-

tura do Memorial 11 de Setem-

bro, a agência BBDO nos EUA

criou uma campanha baseada

em uma animação que conta a

história dos atentados de um

jeito diferente. O vídeo, que fa-

la sobre esperança e cora-

gem, mostra a trajetória de

uma pereira que ficou presa

nos escombros.

Quase um mês depois dos

ataques, as equipes de resga-

te encontraram a árvore car-

bonizada, mas decidiram cui-

dar dela. Agora, a árvore é in-

tegra o memorial como símbo-

lo da capacidade de superar

tragédias.

Na animação "Árvore So-

brevivente", com pouco mais

de dois minutos, Whoopi Gold-

berg recita um poema infantil

em inglês que conta a história

da pereira e convida os inter-

nautas a visitarem o site do

Memorial 11 de Setembro.

No site do memorial, os in-

ternautas são convidados a fa-

zer uma doação para a institui-

ção por meio da plataforma

D o n a t e - a -Tw e e t .

A plataforma permite que

qualquer pessoa faça uma

doação de US$ 0,25 por carac-

tere, digitando uma mensa-

gem sobre o 11 de setembro. O

Memorial, então, publicará a

mensagem em sua conta na

rede social e enviará ao autor o

link de sua mensagem, que

poderá ser compartilhado.

A campanha surge em um

momento delicado para os

EUA. Segundo uma pesquisa

publicada ontem pelo jornal

The Wall Street Journal e pela

Britt

a Pe

ders

en/E

FE

ENCONTRO DE RAINHAS - Rainha Margarida, da Dinamarca,

admira busto de Nefertiti, rainha do Egito, durante sua visita ao Museu

Novo, em Berlim. Margarida faz uma visita de dois dias à capital alemã.

s

Insetosurbanos

Vistos de

baixo, os

veículos que

estão todos

os dias nas

ruas

lembram

insetos. Ao

menos é esta

a inspiração

da fotógrafa

Ya s e n a

Popova em

sua nova

série de

imagens.

goo.gl/wXp0Y3

Concurso 1104 da LOTOFÁCIL

02 05 06 08 09

11 13 14 15 16

18 19 21 22 23

rede de televisão N BC , 47%

dos habitantes dos EUA estão

convencidos de que a nação

está menos segura do que an-

tes dos atentados cometidos

pela Al Qaeda.

A animação, que gerou tam-

bém um e-book infantil, é uma

tentativa de mostrar aos pais

que é possível falar com as

crianças sobre o fato histórico

sem incutir nelas esse medo.

Veja o vídeo no link.

http://youtu.be/JU1r f-481QI

DiCaprio de ternoO artista Zi Wei Tan criou

um pôster com os figurinos

de Leonardo DiCaprio nos

filmes. Nesta página você

vê: Foi Apenas um Sonho,

(Prenda - me se For Capaz, OGrande Gatsby, Django Livre,

A Origem, J. Edgar, O Lobode Wall Street e Ilha do

Medo.

http://ziweitan.com/suit-amp-tie-poste

Reprodução

Amy Dreher/911memorial.org

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entre

Page 11: Diário do Comércio - 11/09/2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

Incentivos à pequena tradingCom o reconhecimento das tradings como setor, avanço no crédito e simplificação tributária poderão expandir os negócios das PMEs.

Karina Lignelli

Ocomércio exterior

brasileiro começa a

dar os pr imeiros

passos para um no-

vo estágio: com a simplifica-

ção de tributos, a concessão

de crédito para exportações e

o reconhecimento pelo gover-

no das empresas comerciais-

exportadoras (tradings) como

setor. Esse foi o saldo positivo

do "VI Encontro do Conselho

Brasileiro das Empresas Co-

merciais Importadoras Expor-

tadoras (CECIEx) - Encurtando

Distâncias no Comércio Exte-

rior", realizado ontem na capi-

tal paulista. Rogério Amato,

presidente da Associação Co-

mercial de São Paulo (ACSP) e

da Federação das Associações

Comerciais de São Paulo (Fa-

cesp) e presidente interino da

Confederação das Associa-

ções Comerciais do Brasil

(CACB), abriu o evento, lem-

brando a todos da simplifica-

ção do processo tributário, re-

ferindo-se ao programa "Mais

Simples", do ministro da Se-

cretaria Especial da Micro e Pe-

quena Empresa (SMPE), Gui-

lherme Afif Domingos. "Esse é

o nosso próximo grande proje-

to: abrir os olhos para a sofisti-

cação através da simplicida-

de. Com ele, se arrecada mais

e melhor e se trabalha com a

força das micro e pequenas

empresas para crescer –e isso

se traduz no comércio exte-

rior", garantiu.

Em participação remota,

Afif mencionou as alterações

aprovadas na Lei do Simples, e

destacou a necessidade de

simplificar também o proces-

so no âmbito do mercado ex-

terno". "A participação delas

(pequenas empresas) ainda é

baixa (menos de 1%), mas va-

mos trabalhar para abrir esse

mercado", disse.

Para elevar a participação

das MPEs no comércio exte-

rior, que é inferior a 1%, afir-

mou Mauro Soares, diretor de

mercados da SMPE, é preciso

melhorar o ambiente de negó-

cios, pois elas não têm onde

desonerar, nem usufruir do

drawback para exportar.

"A exportação de serviços

responde por quase 10%, mas

nossa preocupação é que há

pouco ou quase nenhum apoio

ao comércio exterior. Estamos

procurando espaço na agenda

do governo para aperfeiçoar

esse tipo de exportação, e de

equipará-las para se enqua-

drar nesse processo". E esse

apoio não deve ser só por força

de lei. "A lógica é corrigir im-

perfeições de mercado para

que essas empresas possam

crescer. E com a universaliza-

ção do Simples, 500 mil em-

presas poderão participar dos

benefícios do sistema – i n c l u-

sive nas exportações", disse

S o a re s .

Durante o evento, Roberto

Ticoulat, presidente do CE-

CIEx e coordenador de Comér-

c io Exter ior da São Paulo

Chamber of Commerce da

ACSP, e Maurício Borges, pre-

sidente da Agência Brasileira

de Promoção de Exportações

e Investimentos (Apex-Brasil)

assinaram convênio entre as

duas entidades que dá ao CE-

CIEx autonomia para facilitar

o comércio principalmente

para MPEs. "Antes, já tínha-

mos parceria com a Apex, mas

éramos uma espécie de incu-

badora de projetos de expor-

tação, em conjunto com a

ACSP (o "berço" do CECIEx).

Mas passamos para outro es-

tágio. Vamos realizar encon-

tros de negócios, capacitação

e ações para trazer ou levar

empresas para o mercado ex-

terno", afirmou Ticoulat. Ele

lembrou dos próximos passos,

como gerir o cadastro dessas

empresas, e das conquistas

para o setor, como seguro de

crédito para exportação e a

possibilidade de as MPEs to-

marem crédito mediante con-

trato com as comerciais-ex-

portadoras. "A participação

do Brasil no mercado externo

é de 1,5%, mas trabalhamos

para que aumente para 2%.

Quando isso acontecer, a eco-

nomia vai crescer na casa dos

10%", ressaltou.

Fe r r a m e n t a s

João Carlos Coelho, coorde-

nador operacional do Progra-

ma de Apoio Tecnológico à Ex-

portação (Progex) do Instituto

de Pesquisas Tecnológicas

(IPT), falou sobre o programa,

que existe há 15 anos para

qualificar produtos para o ex-

terior, além de complementar

e apoiar empresas de modo a

prepará-los adequadamente.

"Trabalhamos design, ade-

quação e consultoria para

dossiê técnico", afirmou.

Já Rodrigo Cota, subsecre-

tário da Subsecretaria de Cré-

ditos e Garantias às Exporta-

ções do Ministério da Fazenda

–Secretaria de Assuntos Inter-

nacionais, destacou uma faci-

lidade para as exportadoras: o

Seguro de Crédito para Expor-

tação, concedido pelo Fundo

Garantidor de Exportações

(SCE/FGE). Ele afirmou que há

R$ 19,7 milhões, que podem

dar garantias de até cinco ve-

zes o patrimônio físico da em-

presa. "O sistema de garantia

de pós-embarque está dispo-

nível, e o de pré-embarque

passa por ajustes e deve sair

em 15 dias. Até para empresas

com menos de dois anos, o go-

verno cobre riscos extraordi-

nários – desde que a segura-

dora cubra riscos comerciais.

O objetivo é que esse processo

não seja complicado, e que ha-

ja um uso cada vez maior –

principalmente por MPEs,"

disse.

Pr o v o c a ç õ e s

Mas o encontro gerou ou-

tros debates. Um deles foi a

perda de participação dos ma-

nufaturados brasileiros no co-

mércio exterior. Segundo Fá-

bio Siccherino, diretor da As-

sociação de Comércio Exterior

do Brasil (AEB), enquanto esse

tipo de exportação está na ca-

sa dos 29% e ocupa a 30ª posi-

ção no ranking global, as ex-

portações de commodities gi-

ram em 60% – e tudo devido à

estrutura de custos de produ-

ção, logística e tributos. "As

ações promocionais eviden-

ciam a marca Brasil lá fora.

Mas enquanto crescem as ex-

portações em commodities,

elas não evoluem nos manufa-

turados", afirmou.

O "Tratamento Tributário

nas Exportações Indiretas" foi

abordado pelo advogado Ma-

theus Cherulli Alcântara Via-

na, sócio-responsável do es-

critório Alcântara Viana, Ris-

tow e Azevedo e especialista

em consultoria tributária e

aduaneira. Segundo ele, o

principal papel das tradings é

viabilizar os processos de co-

mércio exterior, inclusive re-

duzindo custos, pela lei a re-

ceita de comercialização feita

por tradings é considerada in-

terna, não de exportação –por

isso é tributada. "A intenção é

desonerar tributos de expor-

tação, mas pelo princípio de

destinação de mercadorias (e

não de origem) e para dar mais

competitividade ao mercado

nacional e menos inseguran-

ça jurídica", disse.

Já em "Negociações Inter-

nacionais e Cenários Prospec-

tivos", com a participação do

professor José Augusto Gui-

lhon de Albuquerque, da Uni-

camp, e diretor da Sobeet (So-

ciedade Brasileira de Estudos

de Empresas Transnacionais e

da Globalização Econômica),

e do professor Amâncio Jorge

Silva Nunes de Oliveira, vice-

diretor do Instituto de Rela-

ções Internacionais da USP e

coordenador científico do

Centro de Estudos das Nego-

ciações Internacionais (Cae-

ni), o mediador Marcel Soli-

meo, economista da ACSP, fez

uma "provocação". Segundo

ele, o Brasil parece de vez em

quando escolher apoios co-

merciais mais pelo viés ideoló-

gico do que pelo pragmatis-

mo. "Por isso, convivemos

com a situação internacional

de blocos se formando e o Bra-

sil ficando para trás", disse. Na

opinião de Oliveira, o Brasil

deveria seguir uma visão polí-

tica mais atuante em relação

aos blocos mais dinâmicos,

como EUA e Europa. "Mas é

preciso ver se o Brasil não quer

entrar nesses acordos por se-

rem muito intensivos em re-

gras, se as opções são de natu-

reza ideológica ou se há cons-

trangimentos internacionais

claros (para não negociar es-

ses acordos)", afirmou.

Para Guilhon, a impressão é

que pequenos arranjos regio-

nais são mais fáceis de admi-

nistrar, com parceiros de ta-

manho reduzido e próximos

de assuntos domésticos. "As

expectativas de recuperação

da economia mundial estão na

Ásia. São parcerias que demo-

ram a avançar, mas são efica-

zes. Mas onde está o Brasil?

Certamente não no comércio

exterior", concluiu.

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Amato (topo): simplificação tributária para crescer. Ticoulat eBorges (meio): convênio para facilitar a exportação. Guilhon(acima): arranjos regionais são mais fáceis de administrar.

Enquantocrescem as

exportações emcommodities,

elas nãoevoluem nos

manufaturados.FÁBIO SI CC H E R I N O, AEB

Page 12: Diário do Comércio - 11/09/2014

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Page 13: Diário do Comércio - 11/09/2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

Morre Emilio Botín, do Santander.Presidente do banco, ele foi o responsável por transformar uma pequena instituição familiar em uma das maiores marcas globais da área financeira.

Emilio Botín, um dos

homens mais podero-

sos da Espanha e que

transformou o San-

tander de um pequeno banco

doméstico no maior da zona

do euro, morreu na madruga-

da de ontem de um ataque

cardíaco aos 79 anos. Era ca-

sado com Paloma O'Shea Arti-

ñano e deixa seis filhos: Ana

Patricia, Carmen, Emilio, Ca-

rolina, Paloma e Francisco Ja-

vier. A primeira, Ana Patricia,

foi escolhida para substituí-lo

no comando do conglomera-

do financeiro.

Nascido em 1º de outubro

de 1934 em Santander, o bal-

neário no norte da Espanha

que é berço do banco, Botín

estudou Direito e Economia na

Universidade de Deusto. En-

trou em 1958 no banco; dois

anos depois subiu para o con-

selho administrativo e assu-

miu a presidência – que fora

ocupada por seu pai e seu avô

– em 1986. Chamado de "El

Presidente" pelos funcioná-

rios, foi responsável por divul-

gar a marca ao redor do mun-

do, levando-a a somar 1,4 tri-

lhão de euros (US$ 1,8 trilhão)

em fundos, tocada por cerca

de 200 mil funcionários.

"Foi um homem capaz de fa-

zer o Banco Santander se tor-

nar o banco mais importante

de nosso país", afirmou o pri-

meiro-ministro espanhol, Ma-

riano Rajoy. "Tive uma reunião

com ele na semana passada e

ele estava bem e em boa for-

ma. Foi uma surpresa e um

golpe."

Botín não tinha planos para

se aposentar. A sucessão era

um tema tabu para ele. Sempre

que questionado, respondia

com bom humor que gozava de

boa saúde e não era preciso fa-

lar a respeito. Em 2007, ele mu-

dou o estatuto do banco para

não se aposentar aos 72 anos,

como previa o regulamento.

A escolha de sua filha Ana

Patrícia para a presidência do

Santander, aprovada por una-

nimidade pelo Conselho de

Administração do banco, po-

derá provocar polêmica, em

um momento em que dinas-

tias bancárias enfrentam du-

ras críticas depois do escân-

dalo no português Banco Espí-

rito Santo, com empresas da

família fundadora sendo in-

vestigadas por irregularida-

des financeiras.

Repercussões no Brasil

Por meio de notas, a comu-

nidade financeira brasileira

manifestou pesar pelo faleci-

mento de Botín.

"Cabe a nós, do Santander

Brasil, continuar, com ainda

mais intensidade, o trabalho de

crescimento de nosso banco no

País, a maior homenagem que

podemos prestar a ele", escre-

veu o presidente do Santander

Brasil, Jesús Zabalza.

O presidente do Conselho de

Administração do Bradesco,

Lázaro de Mello Brandão, e o

presidente executivo do banco,

Luiz Carlos Trabuco Cappi, em

comunicados separados, la-

mentaram o falecimento. “El e

fez da casa bancária fundada

por sua família uma referência

mundial de prestação de servi-

ços financeiros", disse Bran-

dão. “Demonstrou e injetou

confiança no sistema bancá-

r i o”, completou Trabuco.

"Foi um dos mais destaca-

dos banqueiros do mundo, por

sua criatividade e capacidade

de liderança, além de ter sido

um amigo do Brasil, País ao

qual sempre dedicou confian-

ça e admiração", escreveu o

presidente executivo da Fede-

ração Brasileira de Bancos

(Febraban), Murilo Portugal.

Andrea Comas/Reuters

“A perda é muito grande para

todos nós, porque além dos afe-

tos e das questões humanas

envolvidas, vai-se uma lideran-

ça de envergadura global", afir-

mou Aldemir Bendine, presi-

dente do Banco do Brasil.

Também o ex-presidente

Luiz Inácio Lula da Silva emi-

tiu uma mensagem, assina-

da por ele e pela ex-primeira-

dama Marisa Letícia. Lula

chama o banqueiro de "nosso

amigo" e lembra do voto de

confiança que Botín deposi-

tou no Brasil há mais de dez

anos, ao decidir ampliar as

operações locais do Santan-

der. (Agências)

Bandeiras a meio mastro na sede da instituição, em Madri: uma homenagem ao banqueiro, que era chamado de "El Presidente" pelos funcionários.

Sucessora chega comcurrículo de êxitos

Anova presidente do

Santander, Ana Patri-

cia Botín-Sanz de Sau-

tuola y O'Shea, 53 anos, até

ontem presidia o Santander

Reino Unido.

Também nascida em San-

tander e formada em econo-

mia, começou a carreira na

concorrência, no JP Morgan,

onde trabalhou de 1981 a

1988. Depois disso, foi para

um cargo de direção no San-

tander, do qual se tornou vice-

presidente-executiva em

1992. Nessa época, foi uma

das responsáveis pela expan-

são da instituição espanhola

para a América Latina. Entre

2002 e 2010, presidiu o Banes-

to, instituição local que fora

absorvida pelo Santander. Em

seguida, foi alçada à presidên-

cia-executiva do Santander

Reino Unido.

Nesse posto, um de seus

êxitos foi transformar a filial

britânica na maior fonte de lu-

cro do banco espanhol, à fren-

te do Brasil, subsidiária que te-

ve por vários anos o título de

principal geradora de dividen-

dos para Madri.

No primeiro semestre de

2014, o Brasil gerou 19% do lu-

cro global e o Reino Unido,

20%. Um ano antes, o placar

era diferente: brasileiros com

25% e britânicos com 13%.

No plano interno, um dos

grandes feitos da executiva foi

introduzir um novo tipo de rela-

cionamento com os clientes

após o lançamento de uma con-

ta que devolve em forma de bô-

nus parte do dinheiro movi-

mentado mensalmente. De

funcionamento relativamente

simples, a iniciativa tem atraído

clientes ao Santander e gerou

alguma movimentação no seg-

mento bancário de varejo no

país.Jason Napier, analista do

setor bancário do Deutsche

Bank, diz que atualmente o

Santander é o banco que mais

credencia novos clientes e car-

tões de crédito em todo o Reino

Unido. Foi isso que permitiu o

aumento do lucro da filial.

Analistas elogiam a energia

da executiva e sua desenvol-

tura em meio à predominância

masculina na City. Ana Patricia

Botín é considerada pela im-

prensa local a segunda ou a

terceira mulher mais podero-

sa do Reino Unido. Críticos, po-

rém, dizem que a executiva

está sendo bem sucedida no

esforço de ganhar mercado

porque outros grandes con-

correntes – como Royal Bank

of Scotland, Barclays, Lloyds

Bank e HSBC – ainda se recu-

peram do tombo levado na cri-

se financeira.

Com a saída da executiva, o

Santander Reino Unido pode-

rá sofrer um vácuo de lideran-

ça. Seu sucessor natural na

operação britânica, Nathan

Bostock, 53 anos, vice-presi-

dente executivo, está no ban-

co há apenas 22 dias. Foi no-

meado em dezembro, mas só

pôde assumir agora, porque o

Royal Bank of Scotland, onde

trabalhava, exigiu o cumpri-

mento de aviso prévio

O presidente do conselho de

administração, Terry Burns,

deve se aposentar até o fim do

ano, deixando o banco britâni-

co diante de um período de

agitação. Uma opção possí-

vel, segundo fontes da City

londrina, seria adiar essa apo-

sentadoria até que um presi-

dente-executivo permanente

assuma o cargo, disseram fon-

tes familiarizadas com o tema.

Outra solução seria nomear

um presidente-executivo

temporário enquanto se con-

sidera suas opções. O Conse-

lho tem reunião marcada para

a próxima semana. (Agências)

Nacho Cobero/Reuters

Luca Piergiovanni/EFE

Ana Patricia:um dos

sucessos foitransformar afilial britânicana maior fonte

de lucro dobanco

espanhol, àfrente doBrasil.

Page 14: Diário do Comércio - 11/09/2014

14 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Page 15: Diário do Comércio - 11/09/2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

TTBRASILESTRUTURAS METÁLICASS.A.CNPJ/MFNº10.435.862/0001-09 -NIRE35300375122

AVISOAOSACIONISTASEm cumprimento ao disposto no artigo 133 da Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores, aAdministração daTTBra-silEstruturasMetálicasS.A. ("Companhia")comunicaqueosdocumentosaquesereferemos incisos Ia IVdorefe-rido artigo, relativos aos exercícios sociais encerrados nos anos de 2011, 2012 e 2013, encontram-se à disposiçãodos senhores acionistas na sede da Companhia, naAlameda dos Jurupis nº 455, 10º andar, parte, bairro Moema,Cep04.088-001,emSãoPaulo,EstadodeSãoPaulo.SãoPaulo,09desetembrode2014.ADIRETORIA.

C&A Modas Ltda, CNPJ n° 45.242.914/0159-86 e IE n° 149.246.477.110, estabelecida a Av. Giovanni Gronchi, 5819,LUC 001, Vila Andrade, São Paulo/SP, declara para os devidos fins de direito e conforme Boletim de Ocorrências n°7693/2014 emitido em 02.09.14 que extraviou de sua loja os equipamentos PDVs n° 2, 4 e 6 das marcas Itautec e ZPM,n° de fabricação IP030800000000000656, IP030800000000000233 e ZP040713874, respectivamente.

VCB Comunicações S.A.CNPJ/MF Nº 00.859.826/0001-00 - NIRE 35.300.175.603

Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária e ExtraordináriaConvidamos os Acionistas a se reunirem em AGOE, que será realizada no dia 19/9/14, 11 horas, São José dos Campos/SP, RuaAlfredo Ignácio Nogueira Penido, 300, sala 45, Jardim Aquarius, para em matéria de AGO: (i) tomar as contas dos administradores,examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras referente ao exercício social findo em 31/12/13; e (ii) analisar a propostade destinação do lucro líquido do exercício e distribuição de dividendos, se houver; e em matéria de AGE: (i) a proposta deaumento de capital social em R$24.485.356,00 mediante a emissão de 24.485.356 novas ações ordinárias nominativas, semvalor nominal; (ii) a consequente reforma do Artigo 5º do Estatuto Social; (iii) a inclusão de novas atividades no objeto social daCompanhia; (iv) a consequente reforma do Artigo 3º do Estatuto Social; (v) o pedido de renúncia de Valério Machado Dallolio docargo de Diretor Vice-Presidente; (vi) ratificar a eleição dos atuais membros de Diretoria; e (vii) a consolidação do Estatuto Social.São José dos Campos, 10/09/2014. Leandro Salatti dos Santos - Diretor Presidente. (10, 11 e 12/09/2014)

PREFEITURA MUNICIPAL DE

OURINHOS

AVISO DE LICITAÇÃOProcesso nº 3.108/2014 - Concorrência nº 07/2014

Objeto: Concessão de espaço público, destinado à exploração de diversos serviços, nasdependências do Terminal Rodoviário de Passageiros de Ourinhos. Data de recebimento dosenvelopes: 03/11/2014. Horário limite para recebimento dos envelopes: 09.00 horas. Abertura:03/11/2014 – 09.30 horas. Visita Técnica: Agendamento a partir do dia 15/09/2014 a 31/10/2014, no horário das 8h30min às 11h30min e das 14h30min às 17h00min., através do telefone(14) 3322-4655, no Terminal Rodoviário de Passageiros de Ourinhos. O Edital completo poderáser retirado através do endereço eletrônico (www.ourinhos.sp.gov.br) no link licitações ousolicitado através do e-mail ([email protected]) ou na Diretoria de Suprimento, sita àRua Euclides da Cunha, nº 522, Centro, das 08h às 12h e das 14h às 18h, ou maioresinformações pelo telefone (14) 3302-6000, ramais 6032 e 6076. Ourinhos, 10 de setembro de2.014 – Comissão Permanente de Licitação.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS - TIPO TÉCNICA E PREÇO – A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Projeto: TOMADA DE PREÇOS No - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA). 46/00284/14/02 - Execução e Coordenação de Projetos Executivos; Projeto Técnico de Segurança Contra Incêndio - E.E. Abilio Manoel - Praça Valêncio de Barros, 186 - CEP: 14700-009 - Centro - Bebedouro/SP - 120/210 - 09:30 - 14/10/2014.46/00357/14/02 - Elaboração de Projeto Executivo (Acessibilidade); Fornecimento de Projeto de Segurança Contra Incêndio - CEEJA Hernani Nobre - Rua Lucas Evangelista, 1.670 - CEP: 14700-000 - Centro - Bebedouro/SP - E.E. Oswaldo Schiavon - Rua Alfredo Gomes Areias, 1.323 - CEP: 14711-510 - Res. Pedro Maia - Bebedouro/SP - 120/210 - 10:00 - 14/10/2014. 46/00414/14/02 - Adequação da Edificação à NBR-9050 (Acessibilidade); Fornecimento de Projeto de Segurança Contra Incêndio - E.E./ETEC Dr. Paraiso Cavalcanti/Prof. Idio Zucchi, Rua Orlando F.Carvalho, 265 - CEP: 14701-070 - Centro - Bebedouro/SP - 120/200 - 10:30 - 14/10/2014. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 11/09/2014, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os invólucros contendo a Proposta Técnica, a Proposta Comercial e os documentos de Habilitação, deverão ser entregues, juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL no 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital. ANTONIO HENRIQUE FILHO - Respondendo pela Presidência da FDE - PORTARIA FDE No 138/2014

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOAs pessoas físicas abaixo identificadas, por intermédio do presente instrumento, DECLARAM suaintenção de constituir uma instituição comas características abaixo especificadas:Denominação social:LimineTrust Distribuidora deTítulos eValores Mobiliários Ltda.Local da sede:São Paulo-SP - Capital inicial:R$ 1.000.000,00 - Composição societária:Controladores: Elton César Porpino - CPF nº 246.890.958-50 -%deParticipação:75%;

Nivea MaryYoshida - CPF nº 270.550.798-10 -%deParticipação:25%.As pessoas físicas abaixo identificadas, por intermédio do presente instrumento, DECLARAM suaintenção de exercer cargos de administração na Limine Trust Distribuidora de Títulos e ValoresMobiliários Ltda. e que preenchem as condições estabelecidas no art. 2º do Regulamento Anexo II àResolução nº 4.122, de 2 de agosto de 2012:Elton César Porpino - CPF nº 246.890.958-50 - C.I.R.G.nº 23.193.823-8-SSP-SP - Diretor;Nivea MaryYoshida - CPF nº 270.550.798-10 - C.I.R.G.nº 32.549.120-3-SSP-SP - Diretora.As pessoas físicas signatárias deste instrumento ESCLARECEM que, nos termos da regulamentaçãoem vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao BancoCentral do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, pormeio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentaçãocomprobatória, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito avistas do processo respectivo.

Banco Central do BrasilDepartamento deOrganização doSistemaFinanceiro (Deorf)

Gerência-Técnica emSãoPaulo (GTSP) -Avenida Paulista, 1.804 - 5º andarCEP 01310-922 - SãoPaulo-SP - Processo nº 1401595127.

SãoPaulo, 10 de setembro de 2014.Elton César Porpino Nivea MaryYoshida

Pregão Eletrônico nº 353/2014Processo nº 23039.000217/2014-96

O Hospital Universitário de Brasília – HUB/EBSERH, inscrito no CNPJ sobo nº 15.126.437/0003-05, torna público que realizará licitação, na modalidadede PREGÃO ELETRÔNICO, sob o número 353/2014, do tipoMENOR PREÇOPOR ITEM, cujo objeto é CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADAPARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MOTORISTA, (MÃO DEOBRA), PARA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS DA FROTA OFICIAL DO HUB(AMBULÂNCIAS, VAN, CAMINHÃO, UTILITÁRIOS E CARRO PASSEIO)EM REGIME DE HORAS DEFINIDO PELO ACORDO, CONVENÇÃO OUDISSÍDIO COLETIVO DE TRABALHO DACATEGORIA PARAATENDERASNECESSIDADES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA. A aberturada sessão pública para a formulação dos lances está prevista para ocorreràs 09:00 horas do dia 23/09/2014. A DISPONIBILIZAÇÃO DO EDITAL sedará a partir do dia 11/09/2014, nos sites www.comprasnet.gov.br ou noendereço: SGAN, Quadras 604/605 Anexo III sala 19/20 - Brasília-DF.

Brasília, 10 de setembro de 2014SUSANA SOUSA CAMPOS

Pregoeiro

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO

EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

Acha-se aberta na Secretaria do Meio Ambiente, Coordenadoria de Parques Urbanos, a licitação namodalidade Concorrência nº 01/2014/CPU, Processo nº 243/2014, destinada à permissão de usode imóvel �permissão de uso para execução de projeto �Refresque-se� nas áreas internasdos Parques Villa-Lobos, Urbano Cândido Portinari. O recebimento dos envelopes de proposta ehabilitação dar-se-á em sessão pública, a ser realizada no dia 24/10/2014 às 9h00, na Secretaria doMeio Ambiente, sito à Av. Prof. Frederico Hermann Junior, 345 � prédio 6 � 2º andar � sala do reuniões,Alto de Pinheiros � São Paulo � SP. Os interessados poderão consultar o Edital completo nos siteshttp://www.e-negociospublicos.com.br ou www.ambiente.sp.gov.br. Podendo ainda ser retirado, emhorário comercial, no Centro de Licitações e Contratos, do Departamento de Suprimentos e Apoio àGestão de Contratos, da Coordenadoria de Administração, à Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345� prédio 1 � 6º andar, Alto de Pinheiros � São Paulo � SP, comparecendo munidos de CD ou pen-drive.Maiores esclarecimentos: (11) 3133-3979 ou e-mail: [email protected]. É importante oacesso frequente aos sites: www.ambiente.sp.gov.br e www.e-negociospublicos.com.br, uma vezque eventuais questionamentos sobre o edital e devidos esclarecimentos serão ali divulgados.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

Acha-se aberta na Coordenadoria de Administração, da Secretaria do Meio Ambiente, a licitação na modalidade Pregão Eletrônico nº 03/2014/CA, Processo nº 4.362/2014, destinada à contratação de serviços de recepção, com a efetiva cobertura dos postos designados, no âmbito do Gabinete do Secretário e Coordenadoria de Administração. A abertura das propostas dar-se-á no dia 24/09/2014 às 09h00, no site www.bec.sp.gov.br, através da Oferta de Compra 260117000012014OC00004. As propostas serão recebidas no site a partir do dia 11/09/2014. Os interessados poderão consultar o Edital completo nos sites http://www.e-negociospublicos.com.br; www.bec.sp.gov.br ou www.ambiente.sp.gov.br. Maiores esclarecimentos: (11) 3133-3979 ou e-mail: [email protected].

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba, por seu Setor de Licitação e Contratos, comunica que consta no site desta Autarquia (www.saaesorocaba.com.br) esclarecimento nº 05 para o Pregão Presencial nº 09/2014 - Processo nº 2965/2014, destinado à contratação de empresa para fornecimento de link de internet banda larga para o SAAE de Sorocaba. Comunica ainda que está temporariamente SUSPENSOo referido Pregão Eletrônico tendo em vista que ocorrerão adequações no edital. Sorocaba, 10 de setembro de 2014.

Priscila Gonçalves de Toledo Pedroso Leite - Pregoeira.

Declaração de Extravio de Documentos FiscaisA empresa Espelho Comunicação Ltda., inscrita no CNPJ sob nº 05.139.897/0001-52 e inscriçãomunicipal nº 32.773, com sede à Rua Meatinga, 45 – sala 13 – Centro – Santana de Parnaíba – SP, vemcomunicar o extravio de suas notas fiscais de serviços série “A”, de 001 a 200, parcialmente utilizadas,livros fiscais modelos 51 e 57 e guias de tributos municipais.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

Tomada de Preço nº 012/2014 - Processo: 089/2014RESUMO DO EDITAL

Acha-se aberta, na Prefeitura de Pereira Barreto, Processo Licitatório namodalidade de Tomada de Preço 012/2014, objetivando contratação deempresa qualificada, para execução de serviços técnicos de engenharia para aexecução de obra de Reforma do Prédio, com fornecimento de material e mãode obra, localizado na Rua Dr. Dermival Franceschi, nº 2.282 (Antigo Lions),onde funcionará o CRAS – Centro de Referência da Assistência Social, tendoem vista Convênio Termo de Responsabilidade e adesão DRADS ano 040/2014, firmado entre o município de Pereira Barreto e a Secretaria deDesenvolvimento Social. Maiores informações poderão ser obtidas pelotelefone (18) 3704-8505 pelo e-mail licitaçã[email protected] comcópia para [email protected] [email protected], ou ainda o Edital no sitewww.pereirabarreto.sp.gov.br.

Pereira Barreto, 10 de setembro de 2014.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito.

EMPRESA MUNICIPAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS – EMPROAVISO DE LICITAÇÃO – PREGÃO PRESENCIAL No 016/2014

Objeto: Aquisição de 01 (um) veículo automotivo zero quilômetro, conforme especificação técnica no Anexo I deste Edital.Edital completo na sede da Empro: Av. Romeu Strazzi, 199 – Bairro Vila Sinibaldi, São José do Rio Preto/SP, ou pelo site http://www.empro.com.br. – Fone: (17) 3201-1201/1216. Abertura: 23 de setembro de 2014, às 09h30. São José do Rio Preto/SP, 10 de setembro de 2014.

Cássio Domingos Dosualdo Moreira – Pregoeiro.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SPPROCESSO Nº 4260/2013 - LEILÃO Nº 01/2013

HOMOLOGAÇÃOObjeto: Venda de Bens Móveis e inservíveis à Administração PúblicaMunicipal, no estado em que se encontram, descritos e avaliados nos anexosintegrantes do edital disciplinador do certame. Arnaldo Shigueyuki Enomoto,Prefeito Municipal da Estância Turística de Pereira Barreto, Estado de SãoPaulo, no uso de suas atribuições legais, e de conformidade com otranscurso do procedimento deste Leilão, tendo o mesmo obedecido osditames da Lei Federal 8.666/93, RESOLVE Homologar e Adjudicar opresente certame a favor dos licitantes arrematantes dos bens, devidamentequalificados nos autos, conforme abaixo: Patr.11238, VW SANTANA, ano2000, Vr.2.250,00 - Osmar Afonso Esposito - CPF: 119.880.428-95;Patr.15960, ÔNIBUS MERCEDES BENZ, ano 1998, Vr.8.000,00 - AntonioFerreira da Silva- CPF: 015.356.138-66; Patr.15028, ÔNIBUS MERCEDESBENZ /MB OF1620, ano 1996, Vr.9.000,00 - Antonio Ferreira da Silva - CPF:015.356.138-66; Relação de Véículo Sucatas: Patr.12341, ÔNIBUSMERCEDES BENZ, ano 1982, Vr.1.593,00 - Silvio das Neves Domingues-CPF: 119902578/01; Patr.9959, MOTOCICLETA HONDA, ano 1983, Vr.6,90-Silvio das Neves Domingues - CPF: 119902578/01; Patr.14954,AMBULÂNCIA BOXER 330M-PEUGEOT, ano 2006/07, Vr.225,00 - Silvio dasNeves Domingues - CPF: 119902578/01; Patr.12372, AMBULÂNCIA BESTA/KIA, ano 2001, Vr.360,00 - Silvio das Neves Domingues - CPF: 119902578/01; Patr.16782, MICRO-ÔNIBUS, ano 1998, Vr.415,50 - José Luis Vieira-CPF:094050018/33; Patr.12916, ÔNIBUS MERCEDES BENZ, ano 1986,Vr.1.537,50 - José Luis Vieira - CPF:094050018/33; Patr.1980, ÔNIBUSMERCEDES BENZ, ano 1978, 910,50 - Maurício Reginaldo Pascucci -CPF:142253978-40; SUCATAS DIVERSAS ALMOXARIFADO: Vr.Total1.636,50 - João Luis Flores - CPF: 371.626.818-67; SUCATA BARRACÃOAGRONEGÓCIOS: Vr. Total 2.431,50 - João Luis Flores - CPF: 371.626.818-67; Patr.10235, ÔNIBUS MERCEDES BENZ, ano 1978 - FRACASSADO.

Pereira Barreto/SP, 16 de setembro de 2013.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SPTomada de Preço nº 011/2014 - Processo nº 085/2014

Resumo do EditalAcha-se aberto, na Prefeitura de Pereira Barreto, Processo Licitatório namodalidade Tomada de Preço 011/2014, objetivando Contratação de empresaqualificada para a execução da Obra de Reforma e Adaptação da UBS III, nomunicípio de Pereira Barreto, incluindo material de primeira linha e mão deobra, conforme Orçamento, projeto, memorial descritivo e cronograma físico efinanceiro, descritos nas planilhas constantes dos Anexos do Edital.Encerramento: dia 02 de outubro de 2014, às 14h00min. Os anexos serãofornecidos aos interessados, na Avenida Jonas Alves de Mello, 1.947, nacidade de Pereira Barreto. Maiores informações poderão ser obtidas pelotelefone (18) 3704-8505, pelo e-mail [email protected] comcópia para [email protected] ou ainda o Edital no sitewww.pereirabarreto.sp.gov.br.

Pereira Barreto, 10 de setembro de 2014.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - PREFEITO

(11,12,13)(11,12,13)

UnotelTelecomS.A. - CNPJ/MF 08.356.224/0001-42 -NIRE 35.300.381.343EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Ficam os SenhoresAcionistas desta Companhia convocados a reunirem-se emAGO, a realizar-se no dia 25/09/14, às 09 horas. Local:Hotel Tryp Nações Unidas,Rua Fernandes Moreira,1.264,Chácara Santo Antônio, São Paulo/SP, a fim de deliberar sobre aseguinte ordem do dia:a) Retomar as deliberações aprovadas naAta deAGO realizada em 25/04/14, sob registro na JUCESP 206.831/14-6em 28/05/14, que foi deliberado e aprovado o adiamento da análise das DF’s pelo prazo de até 150 dias contados da presenteAssembleia.Aprovada a prorrogação do mandato de todos os membros do Conselho Fiscal e Administração; e b) Outros assuntos de interesse daCompanhia.São Paulo,11/09/2014.Orlando FerreiraNeto - Diretor Presidente.

PREFEITURA MUNICIPAL DEALUMÍNIO/SP

PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº 16/2014 - PROC. 23/2014OBJETO: Contratação de serviços de manutenção preventiva, corretiva e assistência técnica para os veículos damarca Volkswagen, Fiat, Renault, Chevrolet e etc pertencentes à frota oficial da Prefeitura Municipal de Alumí-nio. Comunicamos aos interessados no Pregão retro mencionado a sessão de abertura que acontecerá no dia24/09/2014 às 9h30. O edital encontra-se disponível no site: www.aluminio.sp.gov.br ou no Paço Municipal, à Av.Eng. Antônio de Castro Figueirôa, 100, Alumínio/SP, sob custas de R$ 36,00 - Informações pelo tel. (11) 4715-5500- Lais Dias Batista Comini - Pregoeira

PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº 22/2014 - PROC. 31/2014OBJETO: Fornecimento de óleo lubrificante e fluído (óleo de freio). Comunicamos aos interessados no Pregãoretro mencionado a sessão de abertura que acontecerá no dia 29/09/2014, às 9h30. O edital encontra-sedisponível no site: www.aluminio.sp.gov.br ou no Paço Municipal, à Av. Eng. Antônio de Castro Figueirôa, 100,Alumínio/SP, sob custas de R$ 16,80 (dezesseis reais e oitenta centavos) - Informações pelo tel. (11) 4715-5500- Lais Dias Batista Comini - Pregoeira.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 264/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 264/14, referente à “Aquisição de utensílios de cozinha para atendimento às escolas da rede municipal de ensino, conforme Termo de Referência”, com encerramento dia 23/09/14, às 8h, e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obti-das no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.

Pindamonhangaba, 10 de setembro de 2014.

Requerente: Atlanta Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Multissetorial. Requerido:

Arames Cinesi Ltda. EPP. Rua Venâncio Aires, 1.091 – Vila Pompeia – 1ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram

ajuizados no dia 10 de setembro de 2014, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos

de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

SÃO PAULO TRANSPORTE S/AC.N.P.J. nº 60.498.417/0001-58

EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os Senhores Acionistas da São Paulo Transporte S/A, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará em 22/09/2014, com início às 11 (onze) horas, em sua sede social, nesta Capital, na Rua Boa Vista nº 236, no 7º andar, a fi m de tomarem conhe-cimento e deliberarem sobre os seguintes assuntos: 1. ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA: Alteração na composição do Conselho Fiscal da Empresa; 1.2 Outros assuntos de interesse social. São Paulo, 08/09/2014. JILMAR TATTO - Presidente do Conselho de Administração

Espaço para a energia solarIncentivo do BNDES estimula setor a participar de leilões; evento na ACSP mostra as oportunidades deste mercado.

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Incentivoaos usineiros

Oministro da Fazenda,

Guido Mantega, anun-

ciou ontem que o go-

verno estenderá o Programa

Reintegra para o setor su-

croalcooleiro, beneficiando os

produtores com um reembol-

so de imposto equivalente a

0,3% do valor das suas expor-

tações de açúcar e etanol ain-

da este ano. O percentual su-

birá para 3% em 2015.

Os produtores podem utili-

zar a restituição como crédito

ante o Imposto de Renda ou re-

ceberem pagamento em di-

nheiro. "Vai ajudar exportado-

res porque barateia a exporta-

ção brasileira e compensa

uma eventual valorização do

câmbio", afirmou o ministro.

Em nota, a União da Indús-

tria de Cana-de-açúcar (Uni-

ca) informou que o pacote de

medidas de ajuda ao setor de-

verá incluir a liberação de li-

nhas de financiamento em

condições diferenciadas para

a construção de armazéns de

açúcar no País. O financia-

mento ainda precisa ser apro-

vado pelo Conselho Monetário

Nacional (CMN). (Reuters)

Carlos Ossamu

aquecimento de água e a pro-

dução de eletricidade. No pri-

meiro, o coletor se aquece pela

radiação solar e transmite o ca-

lor pela água, ar ou qualquer

outro fluído que circula dentro

do equipamento. Já a tecnolo-

gia fotovoltaica converte os

raios solares em eletricidade.

“Temos casos onde aplicamos

as duas tecnologias. É inconce-

bível pensar em utilizar a ener-

gia solar fotovoltaica para ali-

mentar um chuveiro elétrico,

isso é inadmissível”, disse.

Antigamente, a eletricidade

gerada pelo sol era armazena-

da em baterias, que elevavam

os custos. Um grande salto da

tecnologia ocorreu quando

descobriram que era possível

utilizar a rede elétrica como

uma espécie de elemento ar-

mazenador. Assim, o modelo

doméstico que se usa hoje no

mundo é a produção de energia

elétrica para consumo interno

da residência e o excedente é

exportado para a rede elétrica.

O presidente da Renova

Energia, Carlos Mathias Aloy-

sius Becker Neto, apresentou

no evento um projeto híbrido

de geração de energia, combi-

nando tecnologias solar e eóli-

ca, em implantação no sudoes-

te da Bahia, no município de

Caetité. “Trata-se de um proje-

to de geração em larga escala,

com uma planta híbrida de

26,4 MW no total, composto de

4,8 MWp de energia solar foto-

voltaica e 21,6 MW de potência

eólica”, contou o executivo.

Nelson Côrtes da Silveira,

sócio-fundador e CEO da em-

presa Brasil Solair, mostrou um

estudo feito pela EPIA (Euro-

pean Photovoltaic Industry As-

sociation) chamado Sunbelt.

Nele, o Brasil está completa-

mente incluído na faixa de

grandes oportunidades de uso

da energia solar e a Europa

completamente excluída dela.

“As maiores instalações hoje

estão na Alemanha, que tem

uma insolação média de 850

KWh/KWp e o Brasil tem o do-

bro disso. Cada euro investido

lá daria o dobro se investido

aqui”, disse o executivo.

Aenergia solar pode

dar seu grande salto

no dia 31 de outubro,

quando será realiza-

do o Leilão de Energia de Reser-

va. A energia solar fotovoltaica

cadastrou 400 projetos, no to-

tal de 10.790 megawatts

(MW), para participação no lei-

lão. Ao contrário do que ocor-

reu no ano passado, quando

empreendimentos solares pu-

deram participar de dois lei-

lões, mas em nenhum deles a

energia foi vendida, este ano a

energia solar não irá competir

com outras fontes mais desen-

volvidas, como eólica e bio-

massa. Assim, a expectativa é

de que sejam leiloados entre

500 MW e 1 GW de energia so-

lar, a ser entregue em 2017.

Dentro dessa expectativa, a

Associação Comercial de São

Paulo (ACSP) reuniu ontem es-

pecialistas para o seminário “O

Desenvolvimento e Utilização

da Energia Solar”,“O potencial

a ser gerado por esses 400 pro-

jetos de energia solar que par-

ticiparão do leilão somam 10,7

mil MW, portanto, mais de uma

hidrelétrica de Belo Monte”,

disse Luiz Gonzaga Bertelli, vi-

ce-presidente da ACSP, que

presidiu o evento.

Segundo Bertelli, que tam-

bém é presidente do Centro de

Integração Empresa-Escola

(CIEE) e grande conhecedor do

setor de energia, a perspectiva

da concessão de incentivos

atraiu as empresas de energia

solar para este próximo leilão.

“Pela primeira vez, o BNDES

emprestará recursos financei-

ros para a compra de bens im-

portados, no caso painéis sola-

res e outros equipamentos, pa-

ra a instalação dos parques de

energia solar. Os juros irão va-

riar de 2,3% a 5,5% ao ano, de

acordo com o risco da empresa

que tomar o crédito, taxa abai-

xo da inflação”, observou.

Em sua palestra, o enge-

nheiro Gustavo Malagoli Buiat-

ti, diretor operacional da em-

presa Alsol, explicou as duas

soluções mais comuns que uti-

lizam a tecnologia solar: o

Page 16: Diário do Comércio - 11/09/2014

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 11 de setembro de 2014

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Elizabeth A. Harris e Rachel AbramsThe New York Times

Fotos: Hiroko Masuike/The New York Times

Caitlin (abaixo,esquerda) com oprimo Richard:

coleção decapinhas para ocelular. Nicole

(abaixo) ao sair daApple Store emManhattan: “O

telefone distrai. Émuito mais

divertido do queas roupas.”

Moda para os jovens éTECNOLOGIA

Roupas são cada vez menos objetos de desejopara os adolescentes, que direcionam suas

aspirações aos iPhones. Um problema para osvarejistas de vestuário.

Alguns adolescentes não podem nem

pensar em usar uma calça jeans da co-

leção passada. E um número cada vez

maior deles considera que mandar

uma mensagem de um celular ultrapassado é

pior ainda.

Para as lojas de varejo que vendem roupas

para esse público, o jovem obcecado pelo celu-

lar de última geração representa uma grande

ameaça durante a importante temporada de

vendas que acontece na época da volta às au-

las. Os varejistas já não conseguem mais ter

certeza de que o jeans rasgado propositalmen-

te vai ser moda nas escolas. Isso porque ter ca-

cife social hoje em dia está mais ligado a pos-

suir um celular com a mais nova tecnologia. “As

roupas não são mais tão importantes para

m im ”, avisa Olivia D'Amico, uma nova-iorqui-

na de 16 anos, enquanto compra na loja Hollis-

ter com a irmã e uma amiga. “Metade das vezes

eu não compro mais roupas de marca. Acabei

de comprar um par de sapatos Doc Martens fal-

sos porque não ligo mais para isso”.

Olivia provavelmente gasta mais em tecno-

logia porque gosta de “ficar ligada”, como ela

mesma diz. “É definitivamente mais importan-

te para a maioria dos adolescentes ter um ce-

lular novo, que consegue fazer um monte de

coisas legais, do que comprar roupas”, afirma

Nicole Myers, de 19 anos, que trabalha como

modelo em Nova York, ao sair de uma loja da Ap-

ple em agosto com um iPhone novo que custou

c e r c a d e U S $

200. “O telefone

distrai. É muito

mais divertido do

que as roupas.”

Analistas e ob-

servadores de

tendências con-

cordam que há

uma grande mu-

dança na manei-

r a d e s e r e d e

gastar dos ado-

lescentes. John

Morris, analista

de varejo da BMO

Capital Markets,

diz que, em suas

pesquisas com

grupos de ado-

lescentes sobre

tendências, as

roupas apare-

c e m c a d a v e z

menos. “A gente

t e n t a p u x a r a

conversa para

como vai ser o

próximo visual,

para o que eles

estão querendo

encontrar nas lo-

jas de roupas, e

eles sempre aca-

bam falando so-

bre o iPhone 6”, conta ele. “Os jovens comen-

tam um pouco sobre tops curtos, sobre cintura

alta, mas a conversa acaba sempre voltando

para a tecnologia”.

O setor de roupas para adolescentes das lo-

jas de varejo, cujas vendas representam cerca

de 15 % de toda a linha de vestuário, de acordo

com o grupo NPD, entrou em profunda reces-

são desde que as vendas começaram a cair nos

últimos trimestres. Além da atenção dada a

itens como celulares, aplicativos e acessórios,

alguns varejistas tradicionais têm sido dura-

mente atingidos pela concorrência de preços

de lojas de fast-fashion, como Forever 21 e

H&M, que oferecem as últimas tendências a

preços baixos.

ACESSÓRIOS NO TOPOCompras online também andam afastando

os consumidores adolescentes das lojas, e a

popularidade do Instagram renova os modis-

mos tão rapidamente que os jovens não procu-

ram mais itens duráveis.

Os consumidores mais novos são os primei-

ros a chamar a atenção para o uso de telefones

no comércio eletrônico. “Você pode comprar

roupas online pelo seu telefone”, explica Cai-

tlin Haywood, de 15 anos, estudante do ensino

médio de Nova York, no caminho para uma Hol-

lister no centro de Manhattan. Fã do “estilo ca-

l i f o rn i a n o” da loja, Caitlin comenta que possue

muitas capinhas decorativas para deixar seu

celular mais bonito.

Por si só, essa é uma demonstração de como

anda a moda. “Quando você tira fotos, as pes-

soas veem o case do seu celular”, explica Cai-

tlin.

Na verdade, acessórios como capas de celu-

lar cravejados de cristal ou fones de ouvidos

em cores neon estão no topo da lista de com-

pras dos adolescentes. “Ter um telefone mo-

derno para mostrar que você está conectado

faz parte do estilo da pessoa, é uma grande par-

te da vida nos dias de hoje”, constata Eva Chen,

editora-chefe da revista Lucky. Ela acrescenta

que os adolescentes usam os smartphones co-

mo sinal de status, da mesma maneira que os

homens faziam com os relógios chiques.

Um ponto a favor dos varejistas que vendem

para adolescentes está na própria economia

de mercado dos celulares, já que a maioria dos

jovens não tem dinheiro para comprar o último

modelo do iPhone ou do Samsung Galaxy no

m o m e n t o e m

que são lança-

dos.

S t e p h a n i e

Wissink, diretora

executiva da Pi-

per Jaffray, ava-

lia que, após vá-

rios anos de forte

crescimento, a

porcentagem do

dinheiro que os

a d o l e s c e n t e s

gastam com apa-

relhos eletrôni-

cos parece ter se

estabilizado em

torno de 8% ou

9%. Segundo ela,

o interesse pelo

celular ainda é al-

to, e as crianças

em geral têm que

esperar por um

novo lançamen-

to para trocar seu

aparelho pelo da

coleção anterior.

A tecnologia

também parece

influenciar indi-

retamente ou-

tros hábitos de

consumo, apon-

ta ela. Pela pri-

meira vez, a pesquisa semestral do Piper Jaf-

fray sobre adolescentes, feita na primavera,

mostrou que eles gastam mais dinheiro em ali-

mentos – um pouco a mais do que gastam em

roupas – do que em qualquer outra categoria.

“Existe um magnetismo nos restaurantes”,

explica Stephanie. “Conversamos com os ado-

lescentes para entender o motivo e descobrimos

que é por causa do acesso ao wi-fi gratuito”.

VOLTA ÀS AULASSou viciada em Instagram”, confessa Ann

Borrero, de 19 anos, aluna do ensino médio nu-

ma escola do Brooklyn, que frequenta uma sé-

rie de restaurantes para ter acesso à internet.

“Eu geralmente sei quais são: os McDonald's e

os pequenos cafés”.

Os principais executivos do varejio tradicional

estão sentindo o baque dos resultados decep-

cionantes trimestre após trimestre, e muitas

dessas empresas andam passando por transfor-

mações em suas principais posições de chefia.

Em agosto, o executivo-chefe da Aéroposta-

le, Thomas P. Johnson, aceitou deixar o cargo e

ser sucedido por seu antecessor, Julian R. Gei-

ger. Em janeiro, o executivo-chefe da American

Eagle, Robert L. Hanson, saiu da empresa de-

pois de apenas dois anos no emprego. No mes-

mo mês, a Abercrombie & Fitch, sob pressão dos

investidores, dividiu o papel de presidente do

conselho de administração e executivo-chefe.

Além de mudanças no comportamento es-

pecífico dos adolescentes, os comerciantes em

uma variedade de categorias estão tendo que

reaprender a administrar a temporada de volta

às aulas, que mudou significativamente nos úl-

timos anos. Apesar de ainda ser uma época

crucial para o varejo, o período de tempo se tor-

nou menos delimitado, às vezes começando

um pouco mais tarde e geralmente se prolon-

gando para além do início do ano escolar.

“O grande erro foi assumir que todos os anos

na volta às aulas o comprador iria aparecer na

época de sempre, em julho, para adquirir os

produtos exatamente naquele momento”,

avalia Morris, da BMO.

Os analistas dizem que os varejistas pare-

cem ter aprendido a lição e estão planejando

seu estoque de acordo, muitas vezes pedindo

menos itens e concentrando-se em sua mar-

gem de lucro.

“O período de volta às aulas é importante, e

os vendedores querem que seja bem-sucedi-

do, mas a cada ano, parece-me que é um pouco

mais difícil se dar tão bem quanto no ano ante-

rior ”, conta Richard Jaffe, analista da Stifel. “O

pico se torna menos pontudo”.

Nos últimos dias, executivos de várias redes

de varejo, incluindo Target, Macy's e American

Eagle, têm dado sinais encorajadores, já que

seus resultados trimestrais demonstram que a

temporada de volta às aulas deste ano começou

bem. Mas muitos especialistas estão chamando

a atenção para um futuro não muito promissor.

“Antes, a gente fazia três refeições por dia,

agora a moda é ‘beliscar’”, compara Eva Chen.

“Com as compras é parecido. As pessoas vão às

lojas o ano inteiro e compram poucas coisas de

cada vez. Eu acho que isso está acontecendo

com adolescentes e mulheres – é uma tendên-

cia mais ampla”.

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