DIAGNÓSTICO ATUAL DO SETOR MINERAL , HÍDRICO E DE RISCOS...

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO RECIFE CONIAPE Consórcio Público Intermunicipal do Agreste Pernambucano e Fronteiras DIAGNÓSTICO ATUAL DOS SETORES MINERAL, HÍDRICO E DE RISCOS GEOLÓGICOS AGRESTE PERNAMBUCANO E FRONTEIRAS ESTADO DE PERNAMBUCO Coordenação Geólogo Carlos Alberto Cavalcanti Lins Geólogo Alexandre Luiz Souza Borba Geólogo Bruno Elldorf Geólogo Carlos Alberto Cavalcanti Lins Geóloga Cleide Regina Moura da Silva Engenheira Cristiane Ribeiro de Melo Engenheira Margarida Regueira da Costa Geóloga Maria Angélica Batista Lima Geóloga Maria Angélica Fonseca Sampaio Geóloga Silvana de Carvalho Melo Geólogo Vanildo Almeida Mendes RECIFE 2016

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL

CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO RECIFE

CONIAPE Consórcio Público Intermunicipal do Agreste Pernambucano e Fronteiras

DIAGNÓSTICO ATUAL DOS SETORES MINERAL, HÍDRICO E

DE RISCOS GEOLÓGICOS

AGRESTE PERNAMBUCANO E FRONTEIRAS

ESTADO DE PERNAMBUCO

Coordenação Geólogo Carlos Alberto Cavalcanti Lins

Geólogo Alexandre Luiz Souza Borba Geólogo Bruno Elldorf

Geólogo Carlos Alberto Cavalcanti Lins Geóloga Cleide Regina Moura da Silva

Engenheira Cristiane Ribeiro de Melo Engenheira Margarida Regueira da Costa

Geóloga Maria Angélica Batista Lima Geóloga Maria Angélica Fonseca Sampaio

Geóloga Silvana de Carvalho Melo Geólogo Vanildo Almeida Mendes

RECIFE 2016

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME

Fernando Coelho Filho Ministro de Estado

Paulo Pedrosa

Secretário Executivo

Vicente Humberto Lobo Cruz Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM Serviço Geológico do Brasil

Eduardo Jorge Ledsham Diretor-Presidente

Roberto Ventura Santos

Diretor de Geologia e Recursos Minerais – DGM

Stênio Petrovich Pereira Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial – DHT

Antonio Carlos Bacelar Nunes

Diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento – DRI

Nelson Victor Le Cocq D’Oliveira Diretor de Administração e Finanças – DAF

Sérgio Maurício Coutinho Correia de Oliveira

Superintendente Regional do Recife

Ana Cláudia de Aguiar Acioly Gerente de Geologia e Recursos Minerais

Dunaldson Eliezer Gomes Alcoforado da Rocha

Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial

Douglas Silva Luna Gerente de Relações Institucionais e Desenvolvimento

Gilberto Augusto Pinto Ribeiro Júnior

Gerente de Administração e Finanças

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CRÉDITOS DE AUTORIA

EQUIPE TÉCNICA

Ana Cláudia de Aguiar Acioly Gerente de Geologia e Recursos Minerais GEREMI-RE Dunaldson E. G. A. da Rocha Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial GEHITE-RE Douglas Silva Luna Gerente de Relações Instituc. e Desenvolv. GERIDE-RE Gilberto Augusto Pinto Ribeiro Júnior Gerente de Administração e Finanças GERAFI-RE Carlos Alberto Cavalcanti Lins Coordenação do Projeto

Capítulo 8 Capítulo 9 Capítulos 1 á 3, 5 e 10 Capítulo 4 Capítulo 7 Capítulo 7 Capítulo 5 Capítulo 9 Capítulo 4 Capítulo 5

Autores

Alexandre Luiz Souza Borba Bruno Elldorf

Carlos Alberto Cavalcanti Lins

Cleide Regina Moura da Silva Cristiane Ribeiro de Melo

Margarida Regueira da Costa Maria Angélica Batista Lima

Maria Angélica Fonseca Sampaio Silvana de Carvalho Melo Vanildo Almeida Mendes

Colaboradores Engenheiro Carlos Eduardo de

Oliveira Dantas (Edição)

Solange Cavalcanti de Melo (Técnica em Hidrologia)

Analista de Informações

Bibliotecária Dalvanise da Rocha S. Bezerril

Executado pela CPRM - Serviço Geológico do Brasil

Superintendência Regional do Recife

Permitida a reprodução desde que mencionada a fonte

L759d Lins, Carlos Alberto Cavalcanti

Diagnóstico atual dos setores mineral, hídrico e de riscos geológicos. Agreste Pernambucano e Fronteiras Estado de Pernambuco / Carlos Alberto Cavalcanti Lins... [et al.]. Recife: CPRM – Serviço Geológico do Brasil / CONIAPE – Consorcio Público Intermunicipal do Agreste Pernambucano e Fronteiras, 2016.

123 p. il. color. ISBN 978-85-7499-276-1 1. Geologia. 2. Recursos Minerais. 3. Recursos Hídricos. 4. Pernambuco.

I. Lins, Carlos Alberto Cavalcanti..., et al. II. Título.

CDD – 23. ed. 558.134

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APRESENTAÇÃO

O Serviço Geológico do Brasil – CPRM vem desenvolvendo no Nordeste

brasileiro diversos programas institucionais nas áreas dos recursos minerais, hídricos e

de riscos geológicos que avaliam sistematicamente a evolução e manutenção do

conhecimento na área. Como principal repositório das informações dos recursos

minerais, hídricos e de riscos geológicos do país tem a responsabilidade de

disponibilizar estes conhecimentos contidos nas suas diversas bases de dados para a

sociedade inclusive através da unidade organizacional básica do país que é o

município.

Este é mais um trabalho que é executado pela CPRM para os municípios

pernambucanos através da Superintendência Regional do Recife. Ensejamos que este

processo continue para que consigamos colaborar com o desenvolvimento econômico

dos diversos municípios e auxiliar na melhoria do conhecimento ambiental

É desta forma, através de um persistente trabalho na busca de um maior

conhecimento sobre os recursos minerais e hídricos na região que a CPRM pretende

disponibilizar para a sociedade brasileira, as informações técnicas que possibilitem um

maior e melhor aproveitamento dos recursos minerais e hídricos em áreas do sertão

nordestino.

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Sumário

APRESENTAÇÃO .................................................................................. 1

1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 6 2. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO ................................................ 6 3. FISIOGRAFIA ..................................................................................... 7 4. CONTEXTO GEOLÓGICO DA ÁREA ................................................ 7 5. OCORRÊNCIAS MINERAIS CADASTRADAS ................................... 9

5.1 Rochas Ornamentais .................................................................................. 9

Introdução ............................................................................................. 9 Ocorrências Cadastradas .................................................................... 9 Conclusões ......................................................................................... 13

5.2 Outros Minerais ......................................................................................... 13

6. SITUAÇÃO DOS DIREITOS MINERÁRIOS OUTORGADOS ........... 17 7. ASPECTOS HIDROLÓGICOS .......................................................... 17

7.1 Bacias Hidrográficas do Estado de Pernambuco .................................. 17

Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe .............................................. 18 Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca .................................................... 18 Bacia Hidrográfica do Rio Una .......................................................... 19 Bacia Hidrográfica do Rio Goiana..................................................... 20

7.2 Análise da Disponibilidade/Aproveitamento do Uso da Água para Reservatorios acima de 1.000.000m³ ....................................................... 21

7.3 Hidrografia dos Municípios ...................................................................... 34 7.4 Fenômenos do Sistema Oceano-atmosfera ............................................ 47 7.5 Condições Climáticas das Bacias ........................................................... 48

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7.6 Potencialidade de Expansão do Uso de Tecnologias ............................ 53 7.7 Avaliação Fluviométrica ........................................................................... 56

Análise Fluviométrica das Estações ................................................. 59 Avaliação por Bacia Hidrográfica ..................................................... 69 Conclusão ........................................................................................... 70

8. ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS .................................................. 71

8.1 Informações Hidrogeológicas Gerais ...................................................... 71

Município do Bezerros ....................................................................... 74 Município de Bom Jardim .................................................................. 75 Município de Brejo da Madre de Deus .............................................. 76 Município de Caruaru ......................................................................... 77 Município de Casinhas ....................................................................... 78 Município de Frei Miguelinho ............................................................ 79 Município de João Alfredo ................................................................. 80 Município de Orobó ............................................................................ 81 Município de Riacho das Almas ........................................................ 82 Município de Santa Cruz do Capibaribe ........................................... 83 Município de Santa Maria do Cambucá ............................................ 84 Município de Surubim ........................................................................ 85 Município de São Caetano ................................................................. 86 Município de São Joaquim do Monte ............................................... 87 Município de Taquaritinga do Norte ................................................. 88 Município de Toritama ....................................................................... 89 Município de Vertente do Lério ......................................................... 90

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Município de Vertentes ...................................................................... 91

8.2 Exemplo do Bom Uso do Aluvião no Semi-árido Nordestino ............... 92 8.3 Considerações Finais e Sugestões ......................................................... 93

9. RISCOS GEOLÓGICOS ................................................................... 94

9.1 Introdução e Objetivos ............................................................................. 94 9.2 Metodologia ............................................................................................... 95

Caracterização dos Setores de Risco ............................................... 95

9.3 Municípios do CONIAPE ........................................................................... 97

9.4 Observações Finais ................................................................................ 100

10. CARTOGRAFIA MUNICIPAL ....................................................... 101 Município do Bezerros .................................................................................. 102 Município de Bom Jardim............................................................................. 103 Município de Brejo da Madre de Deus ........................................................ 104 Município de Caruaru ................................................................................... 105 Município de Casinhas ................................................................................. 106 Município de Frei Miguelinho ....................................................................... 107 Município de João Alfredo ........................................................................... 108 Município de Orobó ...................................................................................... 109 Município de Riacho das Almas .................................................................. 110 Município de Santa Cruz do Capibaribe ...................................................... 111 Município de Santa Maria do Cambucá ....................................................... 112 Município de São Caetano............................................................................ 113 Município de São Joaquim do Monte .......................................................... 114 Município de Surubim ................................................................................... 115 Município de Taquaritinga do Norte ............................................................ 116

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Município de Toritama .................................................................................. 117 Município de Vertentes ................................................................................. 118 Município de Vertente do Lério .................................................................... 119

11. BIBLIOGRAFIA ............................................................................ 120

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório foi elaborado para servir de suporte aos municípios constituintes do Consórcio Público Intermunicipal do Agreste Pernambucano e Fronteiras – CONIAPE no que se refere aos recursos minerais, hídricos e de riscos geológicos. Constituem objetivos deste trabalho o levantamento dos depósitos, ocorrências minerais, poços tubulares de água e sua plotagem em um mapa regional e em mapas individuais de cada município constituinte do consórcio. Serão consideradas também avaliações das águas superficiais e subterrâneas, e o diagnóstico dos riscos geológicos que afetam a região. O CONIAPE é constituído pelos municípios de Bezerros; Bom Jardim; Brejo da Madre de Deus; Caruaru; Casinhas; Frei Miguelinho; João Alfredo; Orobó; Riacho das Almas; Santa Cruz do Capibaribe; Santa Maria do Cambucá; São Caetano; São Joaquim do Monte; Surubim; Taquaritinga do Norte; Toritama; Vertente do Lério; Vertentes. O total de 18 municípios abrange uma população estimada de 935.470 habitantes (Amupe, 2016). No capítulo conclusivo estão disponibilizados mapas municipais onde se encontram plotadas todas as ocorrências minerais, incluindo rochas ornamentais e poços tubulares sobre uma base geológica simplificada onde estão ressaltadas as bacias sedimentares para futuras locações de novos poços tubulares.

2. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

A área do CONIAPE fica localizada na parte central nordeste do Estado de Pernambuco no limite com o estado da Paraíba na microrregião Agreste Setentrional (Figura 2.1). A área é atravessada pelas BR-232 e 104.

Figura 2.1 - Mapa de Situação – Municípios do CINDESC

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3. FISIOGRAFIA

A região está inserida na área de abrangência do Polígono das Secas, mas apresentando, um tempo de estiagem menor que a do sertão, devido a sua proximidade com o litoral. A região está situada em parte no planalto da Borborema, o que confere à região um clima mais ameno em relação ao semiárido e com maior índice pluviométrico. A região apresenta estações do ano bem definidas, em comparação ao litoral e ao oeste pernambucano. O índice pluviométrico, temperatura e umidade relativa do ar fica a cargo do relevo, pois o Agreste é a transição entre a zona da mata e o sertão, as chuvas são mal distribuídas em grande parte da região. A umidade relativa do ar fica entre 10% a 100%, as chuvas são frequentes entre abril a junho não ultrapassando os 600 mm.

4. CONTEXTO GEOLÓGICO DA ÁREA

O contexto geológico da região do consórcio CONIAPE encontra-se inserida nos Terrenos Pernambuco Paraíba (unidades Cabrobó, Belém de São Francisco, Rio Capibaribe); Terreno Rio Capibaribe (unidades Vertentes, e Serra da Taquaritinga). Estes terrenos são constituídos por rochas de idades entre Paleo e Neoproterozóico, e alguns granitoides de idade Neoproterozóica (Unidades Itaporanga e Cachoerinha e Fazenda Nova). Unidade Rio Capibaribe: aflora na porção nordeste, sendo delimitado por zonas de cisalhamento brasilianas, como o Lineamento Pernambuco que o separa do Terreno Pernambuco-Alagoas. Ortognaisses/migmatitos de natureza indiscriminada. Os ortognaisses encontram-se na fácies anfibolito, indicando recristalização de microclina e presença de hornblenda. As bandas máficas têm composição anfibolítica (essencialmente apenas anfibólio cálcico e plagioclásio; e quartzo diorítica a quartzo monzogranítica. Os ortognaisses finamente bandados apresentam um predomínio de níveis máficos/intermediários sobre os níveis félsicos. As bandas máficas têm composição diorítica a quartzo monzodiorítica, com cristais maiores de plagioclásio e anfibólio cálcico com até 1 mm numa matriz fina composta por grãos menores desses minerais, biotita, quartzo e feldspato potássico. Unidade Belém de São Francisco: Biotita ortognaisses tonalíticos/granodioríticos, leucocráticos de cor cinza, geralmente migmatizados e migmatitos com mesossoma quartzo-diorítico/tonalítico a anfibólio e/ou biotita, além de porções anfibolíticas. Relíquias de rochas paraderivadas do Complexo Cabrobó, calcários/mármores, quartzitos e rochas calcissilicáticas. Santos (1995,1998); Lima et al. (1985). Unidade Cabrobó: Seqüências de rochas metassedimentares, compostas por: biotita gnaisses quartzo-feldspáticas (podendo conter granada), moscovita gnaisses, micaxistos, metagrauvacas, paragnaisses e migmatitos, além de lentes de quartzitos, anfibolitos e calcários/mármores; metarcóseos com níveis quartzíticos. Sequências metavulcano-sedimentar: biotita gnaisses e moscovitas gnaisses e migmatitos, com

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frequentes lentes de rochas metamáficas/anfibolitos e calcissilicáticas. Lima et. al. (1985); Santos (1998). Unidade Vertente: formado por anfibólio-granada-biotita ortognaisses bandados de composição granodiorítica e biotita ortognaisses de composição monzodiorítica com intercalações decimétricas de bandas quartzo-feldspáticas de composição granítica. (Sillimanita) (granada) biotita (anfibólio) gnaisses, (granada) (muscovita) biotita gnaisses, às vezes migmatizados, subordinados paragnaisses semi-pelíticos a pasmíticos e raros micaxistos. Possuem intercalações de rochas metamáficas e, por vezes, de leucognaisses graníticos a granodioríticos, subordinados níveis de quartzitos e restritas intercalações de mármores e para anfibolitos. Metapelitos, paragnaisses, anfibólio gnaisses, metadacitos, metamáficas, metavulcânicas intermediárias, metavulcano-clásticas, rochas calcissilicáticas e, mais raramente, meta-ultramáficas (serpentinitos com mineralizações de amianto/asbesto). Santos (1998). Unidade Serra Taquaritinga: Ortognaisse Taquaritinga aflora nos municípios Belo Jardim e Santa Cruz do Capibaribe. Tem composição dominantemente sienogranítica e contém porfiroclastos de feldspato potássico com até 10 cm de comprimento numa matriz média a grossa de feldspato potássico, plagioclásio, quartzo, anfibólio e biotita. Granada formada por reação metamórfica a partir de biotita e anfibólio durante deformação é observada em vários locais. O anfibólio augengnaisses de composição sienogranítica, com porfiroclastos de K-feldspato (até 10cm) em matriz de granulação grossa. Unidade surubim: Rochas metassedimentares ocorrem em duas faixas, uma em contato com o batólito Caruaru-Arcoverde e outra englobada pelo Ortognaisse Taquaritinga. As rochas dominantes são biotita xistos e paragnaisses com granada e sillimanita. Paragnaisses incluem variedades ricas em biotita (gnaisses pelíticos) e tipos mais quartzo-fedspáticos (prováveis metarcósios). Unidade Itaporanga: biotita-anfibólio-quartzo monzodioritos a monzogranitos, anfibólio-biotita granitos, biotita granodioritos; hornblenda granitos, grossos a porfiríticos, com enclaves dioríticos; biotita granitos médios, com variações para leucomonzogranito com biotita, monzogranitos com muscovita e biotita sienogranitos, por vezes porfiríticos. Unidade Cachoerinha: biotita-anfibólio sienitos, grossos a porfiríticos, piroxênio-biotita anfibólio melassienitos e melamonzonitos, porfiríticos, leucogranitos equigranulares de granulação média, e por vezes biotita-anfibólio sienitos extremamente grossos. Xenólitos de anfibolito e enclaves de sienito máfico são comuns na fácies cinza. Unidade Fazenda Nova: A fácies porfirítica foi designada plúton Fazenda Nova no Mapa do Brasil ao Milionésimo. Melo (2002) designou a porção oeste do Batólito Caruaru-Arcoverde no munícipio de Belo Jardim de Batólito Brejo da Madre de Deus. A unidade Fazenda Nova consiste de megacristais de feldspato potássico de cor cinza com até 8cm de comprimento numa matriz média/grossa. Em ambos os casos, os principais minerais acessórios são: magnetita, titanita, alanita, apatita e zircão.

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5. OCORRÊNCIAS MINERAIS CADASTRADAS

5.1 Rochas Ornamentais

Introdução Na área correspondente aos municípios inseridos neste consórcio e de acordo com o Banco de dados da CPRM - GEOBANK são conhecidas 24 ocorrências de rochas ornamentais. Este grupo é constituído tanto por tipos considerados comuns, correspondendo a materiais de emprego imediato como revestimento de pisos e fachadas pela indústria da construção civil, quanto por granitos considerados exóticos e de larga aceitação no exigente mercado internacional de produtos pétreos. Tal assertiva é confirmada pelo contexto geológico da área constituído pelos Complexos Belém de São Francisco, Cabrobó, Vertentes e Surubim, além das rochas plutônicas granulares de idade neoproterozoica. Esta geodiversidade propicia a formação de excelentes jazimentos de rochas ornamentais incluindo tanto os tipos considerados homogêneos, quanto os ditos movimentados, portadores de foliação metamórfica e que constituem os materiais denominados de exóticos, pelo mercado de rochas.

Ocorrências Cadastradas Ao longo do território abrangido pelo consórcio foram detectados jazimentos de rochas ornamentais nos municípios de Bom Jardim, Santa Cruz do Capibaribe, Brejo da Madre de Deus, Caruaru, Toritama e São Caetano. Deste apenas o Marrom Imperial encontra-se em produção, enquanto as demais ocorrências constituem áreas em fase de pesquisa (Tabela 5.1).

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Tabela 5.1 - Relação das ocorrências de rochas ornamentais na área de abrangência do CONIAPE

NÚMERO DA

OCORRÊNCIATOPONÍMIA MUNICÍPIO SUBSTÂNCIA SIGLA

IMPORTÂNCIA DO

JAZIMENTO

ROCHA

ENCAIXANTE

UNIDADE

GEOLÓGICA

FORMA DA

OCORRÊNCIA

08 Sítio Lagoinha São CaetanoBiotita granito

grosseiroRo Mina abandonada

Granito

Porfirítico

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço

13Sítio Santa

MariaCaruaru Sienito róseo Ro Mina Abandonada Sienito

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

18 Fazenda VelhaBrejo da Madre

de Deus

Granodiorito

porfiríticoRo Mina abondonada

Granodiorito

porfirítico

cinza claro

Suíte

Intrusica

Itaporanga

Maciço e

matacões

21Lagoa da

Cidade

Brejo da Madre

de DeusMigmatito Ro Depósito

Ortognaisse

migmatizado

Complexo

Belém do

São Francisco

Maciço

22Sítio

Logradouro

Brejo da Madre

de DeusMonzonito Ro Depósito

Monzonito

porfirítico

conza

amendoado

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

24Sítio Pocinho

d'Água

Brejo da Madre

de Deus

Biotita granito

grosseiroRo Depósito

Granito

porfirítico

cinza claro

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

25Sítio Grota

FundaCaruaru Granodiorito Ro Depósito

Granodiorito

porfirítico

cinza claro

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

26Sítio Grota

FundaCaruaru Granodiorito Ro Depósito

Granodiorito

porfirítico

cinza a róseo

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

28Serra da Boa

Vista

Brejo da Madre

de Deus

Biotita granito

grosseiroRo Depósito

Granito

profirítico

amendoado

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

29 Sítio FurnasBrejo da Madre

de Deus

Biotita granito

grosseiroRo Depósito

Granito

profirítico

cinza claro

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

30Fazenda

Riacho DoceCaruaru Granito grosseiro Ro Depósito

Granito

porfirítico

róseo

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

31Perpétuo

SocorroCaruaru Biotita granito Ro Ocorrência

Biotita granito

porfirítico

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

32Serra da

Melancia

Brejo da Madre

de DeusBiotita granito Ro ocorrência

Biotita granito

grosseiro

cinza claro

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

33 Sítio Trevo II Caruaru Biotita granito Ro DepósitoBiotita granito

porfíritico

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

41 Sítio Trevo II Caruaru

Biotita

alcalisienogranito

róseo

Ro Depósito

Sienogranito

porfirítico

róseo

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

45Fazenda Boa

Vista

Brejo da Madre

de Deus

Biotita granito

grosseiroRo Ocorrência

Granito

porfirítico

róseo

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

64Fazenda Belo

Horizonte

Brejo da Madre

de DeusOrtognaisse Ro Ocorrência

Ortognaisses

graníticos a

biotita

Maciço

71 Sítio Toritama Toritama melasienito Ro Ocorrência

Quartzo-

sienito

porfirítico

Suíte

ShoshoníticaMaciço

84 Sítio Viúva Toritama Melasienito Ro Lavra abandonada

Quartzo-

sienito

porfirítico

Suíte

Shoshonítica

Maciço e

matacões

85 Sítio Viúva II Toritama Melasienito Ro Depósito

Quartzo-

sienito

porfirítico

Suíte

Shoshonítica

Maciço e

matacões

86 Sítio AmarelaBrejo das Madre

de DeusSienito grosseiro Ro Ocorrência

Sienito

porfirítico

róseo

Suíte

Intrusiva

Itaporanga

Maciço e

matacões

91Vertente do

Lério

Vertente do

Lério

Monzonito com

feldspatóideRo Ocorrência

Monzonito

cinzaMaciço

92Sítio Pedra do

NavioBom Jardim Melasienito Ro Mina em atividade

Quartzo-

sienitos

porfiríticos

Suíte

ShoshoníticaMaciço

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No município de Bom Jardim ocorre o denominado granito Marrom Imperial, o qual constitui um melasienito grosseiro, com textura porfirítica, estrutura isotrópica, de coloração marrom escuro (Figura 5.1). Mostra-se constituído por feldspatos amarronzados e por minerais máficos representados pela biotita e anfibólio (Figura 5.2). O litotipo ora mencionado encontra-se encaixado nos quartzo-sienitos hiperalcalinos da Suíte Shoshonítica e aflora nos municípios de João Alfredo e Toritama. No momento, o referido jazimento é explorado pela Minérios de Bom Jardim LTDA e cerca de 80% de sua produção é exportada sob a forma de blocos canteirados ao preço de médio de US$ 700,00/m³/FOB.

Figura 5.1 - Lavra do granito Marrom Imperial no município de Bom Jardim-PE.

Fonte: Autor

Figura 5.2 - Placa polida do granito Marrom Imperial de Bom Jardim-PE.

Fonte: Autor

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No município do Brejo da Madre de Deus afloram extensas exposições sob a forma de maciços e matacões de rocha granítica grosseira, composta por cristais de feldspatos brancos e róseos inseridos em uma matriz constituída por biotita, quartzo e feldspato. Em função de variações faciológicas apresenta coloração variando entre o róseo, róseo alaranjado, com regiões onde aflora o cinza esbranquiçado. Aflora em várias porções do município em apreço, notadamente nas serras da Boa Vista e Colônia. Em Caruaru na continuação do corpo plutônico aflorante no município acima referenciado e constituinte do Batólito Caruaru-Arcoverde afloram rochas semelhantes a anterior e também inseridas no âmbito da Suíte Intrusiva Itaporanga e constituindo localmente um tipo isotrópico. Em outros locais, por influência do cisalhamento transcorrente atuante, mostra-se foliado. No geral compõe-se basicamente de feldspatos, quartzo e biotita. Apresenta coloração cinza clara com porções de tonalidade roxa. Afloram principalmente na localidade de Carapotós e nas serras da Boa Vista e Colônia. Têm-se ainda exposições deste litotipo no Sítio Trevo e na Serra das Araras aflora fácies de um álcali granito grosseiro porfirítico conhecido no mercado nacional de produtos pétreos como Granito Rosa Nogueira, sendo similar a tipos atualmente produzidos na Espanha e Itália. Em Santa Cruz do Capibaribe afloram rochas melanocráticas de cor escura dispostas no terreno sob a forma de maciços e matacões, constituindo um quartzo diorito de coloração preto bronze, explotado pela Minérios de Bom Jardim com o nome de Preto Pernambuco (Figura 5.3). No distrito de Pão de Açúcar e no Sítio Boqueirão afloram amplos maciços de corpo granitoide, grosseiro, porfirítico cuja coloração varia de cinza esbranquiçado a rosa pálido. Os litotipos mencionados constituem tipos comuns dentre as rochas ornamentais e no momento se encontram em fase de pesquisa pelas empresas requerentes. Ainda no município em questão, mais precisamente a sul de Pão de Açúcar têm-se intrusões de charnockitos grosseiros, porfiríticos, de coloração esverdeada semelhante aos granitos comercialmente negociados como Verde Ubatuba, os quais são exportados pelo Estado do Espírito Santo ao preço médio de US$ 400,00/m³/FOB.

Figura 5.3 - Placa polida do granito Preto Pernambuco de Santa Cruz do Capibaribe.

Fonte: Autor

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No município de São Caetano, ao longo das exposições das rochas que compõem a Suíte Intrusiva Itaporanga, aflora um fácies grosseiro porfirítico, afetado pela zona de influência do Lineamento Pernambuco, o qual confere a rocha uma estrutura foliada, onde os cristais de feldspato mostram-se com formato ovalado constituindo uma estrutura augen. A área foi trabalhada pela Bricon LTDA, mas devido ao intenso fraturamento foi abandonada, pois o local não propicia a explotação de bloco entre 6 a 12m³ conforme as solicitações de mercado. Contudo, é possível a produção de bloquetes deste material visando à confecção de padronizados utilizados no revestimento de pisos e fachadas, ao preço médio de R$ 100,00m².

Conclusões No que concerne às rochas ornamentais detectadas na área abrangida pelos municípios consorciados pelo CONIAPE pode-se afiançar, que além do Marrom Imperial aflorante em Bom Jardim e do charnockito verde localizado em Santa Cruz do Capibaribe, os quais constituem tipos negociáveis no exigente mercado internacional de produtos pétreos, os demais compreendem tipos comuns passíveis de negociação no mercado interno. Estas rochas, caso sejam extraídas por empresas da região e posteriormente transformadas em chapas e padronizadas, apresentam condições de serem utilizadas como material de revestimento pela indústria da construção civil.

5.2 Outros Minerais Estudos de mapeamento geológico e de pesquisa mineral efetuados pela CPRM na região cadastraram 94 ocorrências minerais. Todas as ocorrências estão plotadas nos mapas municipais. As ocorrências minerais são de água mineral, água mineral, areia, argila, berilo, brita, calcário, caulim, feldspato, granito, mármore, quartzo, rochas ornamentais e sienito. Recentes ocorrências de minério de níquel não estão relacionadas nem plotadas tendo em vista que ainda não estão cadastradas no banco de dados da CPRM. Entretanto diversos requerimentos de área para pesquisa mineral dentro da área do CONIAPE estão dando entrada no DNPM (vide o próximo capítulo de Situação dos Direitos Minerários Outorgados). Todo o acervo plotado está mais detalhado nas bases de dados da CPRM (GEOBANK) com acesso universal no site www.cprm.gov.br. A relação destas ocorrências se encontra na Tabela 5.2

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Tabela 5.2 - Ocorrências Minerais da Área do CONIAPE (1/3)

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Tabela 5.2 - Ocorrências Minerais da Área do CONIAPE (2/3)

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Tabela 5.2 - Ocorrências Minerais da Área do CONIAPE (3/3)

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6. SITUAÇÃO DOS DIREITOS MINERÁRIOS OUTORGADOS

A listagem dos diversos processos foi dividida em dois grupos: aquele que abrange apenas um município e outro que abrange mais de um município. Ambos relacionados no Apêndice 1 (pasta anexa)

7. ASPECTOS HIDROLÓGICOS

7.1 Bacias Hidrográficas do Estado de Pernambuco

As grandes bacias hidrográficas de Pernambuco possuem duas vertentes: o rio São Francisco e o Oceano Atlântico. As bacias que escoam para o rio São Francisco formam os chamados rios interiores sendo os principais: Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó, Ipanema, além de grupos de pequenos rios interiores. As bacias que escoam para o Oceano Atlântico, constituem os chamados rios litorâneos, e os principais são: Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém, Una e Mundaú e GL’s. A maior parte das grandes bacias hidrográficas pernambucanas situa-se integralmente dentro dos limites do Estado, exceto as bacias dos rios Una, Mundaú, Ipanema e Moxotó que possuem parte de sua área de drenagem no Estado de Alagoas. Além destas, há pequenas bacias compartilhadas com os Estados do Ceará (GI-9), Paraíba (GL-6) e Alagoas (GL-5). Neste Relatório serão descritas as bacias hidrográficas dos rios: Capibaribe, Goiana, Ipojuca, e Una (Figura 7.1).

Figura 7.1 - Bacias hidrográficas dos municípios levantados.

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Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe A bacia hidrográfica do rio Capibaribe, está localizada na porção norte-oriental do Estado de Pernambuco, entre 07º 41’ 20” e 08º 19’30” de latitude sul, e 34º 51’ 00” e 36o 41’ 58” de longitude oeste. Limita-se ao norte com o Estado da Paraíba, a bacia do rio Goiana e grupo de bacias de pequenos rios litorâneos 1 - GL, ao sul com a bacia do rio Ipojuca e o grupo de bacias de pequenos rios litorâneos 2 - GL2, a leste com o Oceano Atlântico e os grupos GL1 e GL2 e, a oeste, com o Estado da Paraíba e a bacia do rio Ipojuca. Apresenta uma área de 7.454,88 km² (7,58% da área do estado), abrangendo 42 municípios pernambucanos, dos quais Brejo da Madre de Deus, Chã da Alegria, Cumaru, Feira Nova, Frei Miguelinho, Glória do Goitá, Jataúba, Lagoa do Itaenga, Passira, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Toritama, Vertentes e Vertente do Lério estão totalmente inseridos na bacia. Os municípios que possuem sede na bacia são Camaragibe, Casinhas, Limoeiro, Paudalho, Pombos, Recife, Riacho das Almas, Salgadinho, São Lourenço da Mata, Taquaritinga do Norte e Vitória de Santo Antão. Os municípios parcialmente inseridos na bacia são Belo Jardim, Bezerros, Bom Jardim, Carpina, Caruaru, Chã Grande, Gravatá, João Alfredo, Lagoa do Carro, Moreno, Pesqueira, Poção, Sanharó, São Caetano, Tacaimbó e Tracunhaém. A abrangência regional (agreste, mata e litoral) confere à bacia hidrográfica do rio Capibaribe um ambiente complexo no qual se evidenciam contrastes climáticos, de relevo, que exigem um modelo de gestão hídrico, que atenda às suas peculiaridades sub-regionais e locais. O rio Capibaribe nasce na divisa dos municípios de Jataúba e Poção. Apresenta direção inicial sudeste-nordeste, até as proximidades de Santa Cruz do Capibaribe, quando seu curso toma a direção oeste-leste, percorrendo uma extensão total de cerca de 280 km até sua foz, na cidade do Recife. Em vários trechos, serve como divisa entre municípios pernambucanos, como entre Santa Cruz do Capibaribe e Brejo da Madre de Deus. Apresenta regime fluvial intermitente nos seus alto e médio cursos, tornando-se perene somente a partir do município de Limoeiro, no seu baixo curso. Seus principais afluentes pela margem direita, são: riacho do Mimoso, riacho Tabocas, riacho da Onça, riacho Carapatós, riacho das Éguas, riacho Caçatuba, riacho Batatã, rio Cotumgubá, rio Goitá e rio Tapacurá. Pela margem esquerda, destacam-se: riacho Jataúba, riacho Doce, riacho Topada, riacho do Manso e riacho Cajaí.

Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca A bacia do rio Ipojuca, localiza-se em sua totalidade no Estado de Pernambuco, entre as latitudes de 08º 09’ 50” e 08º 40’ 20” de latitude sul, e 34º 57’ 52” e 37º 02’ 48” de longitude oeste, limitando-se: ao norte, com a bacia do rio Capibaribe e o Estado da Paraíba; ao sul, com as bacias dos rios Una e Sirinhaém a leste, com os grupos de bacias de pequenos rios litorâneos 2 e 3 - GL2 e GL3 e o Oceano Atlântico; e, a oeste, com as bacias dos rios Ipanema e Moxotó e o Estado da Paraíba.

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O percurso do rio Ipojuca, com cerca de 320 km, é preponderantemente orientado na direção oeste-leste, sendo seu regime fluvial intermitente, tornando-se perene a partir do seu médio curso, nas proximidades da cidade de Caruaru. Seus principais afluentes, pela margem direita são riacho Liberal, riacho Taquara e riacho do Mel e, pela margem esquerda, riacho do Coutinho, riacho dos Mocós, riacho do Muxoxo e riacho Pata Choca. O riacho Liberal, seu afluente mais importante, tem suas nascentes no município de Alagoinha. Drena ao longo dos seus 47 km de extensão, áreas dos municípios de Alagoinha, Pesqueira e Sanharó, e deságua no rio Ipojuca. O rio Ipojuca corta diversas sedes municipais destacando-se: Bezerros, Caruaru, Escada, Chã Grande, Gravatá, Ipojuca, Primavera, São Caetano e Tacaimbó. Seu estuário foi bastante alterado nos últimos anos em decorrência da instalação do Complexo Portuário de Suape.

Bacia Hidrográfica do Rio Una A Bacia Hidrográfica do rio Una está situada entre as latitudes 8° 17‟ 14” e 8° 55’ 28” de latitude sul, e 35° 07’ 48” e 36° 42’ 10” de longitude a oeste de Greenwich. Localiza-se em duas mesorregiões do estado de Pernambuco, na porção Sul do Litoral-Zona da Mata e no Agreste, além de ultrapassar os limites de Pernambuco, ocupando parte do Estado de Alagoas. É uma bacia de enorme relevância para o Estado, por estar entre uma das de maior potencial hídrico e por possuir uma vasta diversidade de usos das águas: abastecimento público, irrigação, pecuária, lazer e turismo. No tocante à sua área de abrangência, a presenta uma área de 6.740,31 km², dos quais 6.262,78 km² estão inseridos no Estado de Pernambuco, correspondendo a 6,37 % do total do Estado. No Estado de Alagoas, o território da bacia, localizado na sua porção Sul, compreende apenas a 477,53 km². Esta se limita ao Norte com as Bacias Hidrográficas do rio Ipojuca e do rio Sirinhaém, ao Sul com a Bacia Hidrográfica do rio Mundaú, com o Estado de Alagoas e com o grupo de pequenos rios litorâneos; a Oeste com as Bacias Hidrográficas dos rios Ipojuca e Ipanema, e a Leste com um grupo de bacia de pequenos rios litorâneos e com o Oceano Atlântico. O potencial hídrico foi condutor para o surgimento de muitos municípios, que atualmente totalizam 42 municípios na extensão da bacia do rio Una, dos quais 11 estão totalmente inseridos na bacia (Belém de Maria, Catende, Cupira, Ibirajuba, Jaqueira, Lagoa dos Gatos, Maraial, Palmares, Panelas, São Benedito do Sul e Xexéu), 15 possuem sede inserida na bacia (Água Preta, Agrestina, Altinho, Barreiros, Bonito, Cachoeirinha, Calçado, Capoeiras, Jucati, Jupi, Jurema, Lajedo, Quipapá, São Bento do Una e São Joaquim do Monte), e 16 estão parcialmente inseridos (Barra de Guabiraba, Bezerros, Caetés, Camocim de São Félix, Canhotinho, Caruaru, Gameleira, Joaquim Nabuco, Pesqueira, Rio Formoso, Sanharó, São Caetano, São José da Coroa Grande, Tacaimbó, Tamandaré e Venturosa) (BERNARDINO, 2010).

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Bacia Hidrográfica do Rio Goiana A bacia hidrográfica do rio Goiana está localizada na porção oriental norte do Estado de Pernambuco, entre 07º 22’20” e 07º 54’ 47” de latitude sul, e 34º 49’06” e 35º 41’43” de longitude oeste. Limita-se ao norte com o Estado da Paraíba e com o grupo de bacias de pequenos rios litorâneos 6 - GL6, ao sul com a bacia do rio Capibaribe e o grupo de bacias de pequenos rios litorâneos 1 - GL1, a leste com a GL6, o Oceano Atlântico e a oeste com o Estado da Paraíba. A rede hidrográfica da bacia Goiana é considerada uma bacia exorréica, ou seja, seu curso de água principal, o rio Goiana, deságua no mar. Esta tem como principais cursos d’água os rios Capibaribe-Mirim, Siriji, Tracunhaém e Goiana. O rio Capibaribe-Mirim, com extensão de aproximadamente 93 km, drena a maior parte da bacia. A nascente do rio se localiza no município de São Vicente Férrer. Até as proximidades de Timbaúba, o rio apresenta regime fluvial intermitente, a partir de onde se torna perene. Quanto ao padrão de drenagem esta é considerada uma bacia dentrítica, visto que, visto que, o desenvolvimento da rede de drenagem assemelha-se a estrutura de uma árvore, tendo o curso principal como o tronco e os tributários e sub-tributários como os galhos e folhas respectivamente, sem formar ângulos retos. Seus principais afluentes são, pela margem esquerda, riacho Banana, rio Mulungú, rio Tiúma, riacho Boqueirão, rio Água Torta e riacho També. Pela margem direita, destacam-se os riachos Seridó e Pindoba, e os rios Cruangi e Siriji, este último com extensão aproximada de 74 km onde localiza-se o reservatório homônimo. O rio Tracunhaém tem uma extensão de cerca de 127 km e seus principais afluentes são: rio Orobó, riacho Pagé, rio Ribeiro, riacho Paissandu e rio Acaú, pela margem esquerda; e riacho Gabio, rio Itapinassu e rio Caraú, pela margem direita. O rio Goiana é formado a partir da confluência dos rios Tracunhaém e Capibaribe-Mirim, apresentando uma extensão de aproximadamente 18 km até a foz no Oceano Atlântico. A bacia apresenta uma área de 2.847,53 km² correspondendo a 2,90% da área total do Estado onde engloba 26 municípios, dentre os quais 9: estão totalmente inseridos na bacia (Aliança, Buenos Aires, Camutanga, Condado, Ferreiros, Machados, Nazaré da Mata, Timbaúba e Vicência);11 possuem sede na bacia (Bom Jardim, Carpina, Goiana, Itambé, Itaquitinga, João Alfredo, Lagoa do Carro, Macaparana e Tracunhaém); e 6 estão parcialmente inseridos (Araçoiaba, Casinhas, Igarassu, Limoeiro, Paudalho e Salgadinho).

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7.2 Análise da Disponibilidade/Aproveitamento do Uso da Água para Reservatórios Acima de 1.000.000m³

Bacia do Rio Capibaribe

Os principais reservatórios da Bacia são: Jucazinho, Carpina, Tapacurá, Goitá, Poço Fundo, Engenho Gercino Pontes, Várzea do Una, Santa Luzia, Matriz da Luz, Tabocas-Piaça, Machado e Mateus Vieira. Na Tabela 7.1, foram calculados os percentuais da capacidade máxima dos reservatórios, por disponibilidade de tempo da bacia.

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Tabela 7.1 - Percentual da capacidade máxima dos reservatórios (acima de 1.000.000m³) por disponibilidade de tempo

Bacia Hidrográfica

Açude Município Capacidade Disponibilidade em Tempo

Finalidade de Uso

Máxima (m³)

80% 90% 95% 100%

Capibaribe

Jucazinho Surubim/Cumaru 327.036.000 66,6% 44,1% 42,4% 7,4%

Irrigação / Abastecimento de Caruaru, Bezerros, Cumaru, Surubim e outros

Carpina 58% 34,9% 31,1% 29,3% Controle de enchentes

Poço Fundo Santa Cruz do Capibaribe

27.750.000 26,10% 18,6% 15,7% 4,1%

Irrigação / Abastecimento de Santa Cruz do Capibaribe

Eng. Gercino Pontes

Caruaru 13.600.000 34,7% 15.8% 12.5% 0.2% Abastecimento de Caruaru e Toritama

Mateus Vieira

Taquaritinga do Norte

2.752.000 89,9% 86,3% 83,6% 81,9%

Machado Brejo da Madre de Deus

1.597.000 30.0% 4.6% 3.7% 0.6% Abastecimento de Santa Cruz do Capibaribe

Tabocas-Piaça

Belo Jardim 1.168.000 101% 100,0% 100,0% 98.2% Abastecimento de Belo Jardim

Total 37.903.000 18.4% 8.9% 7.7% 3.1%

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Observa-se: Nos reservatórios de Mateus Vieira e Tabocas-Piaça, o aproveitamento da água para abastecimento é inferior à disponibilidade, podendo vir a abastecer outras localidades. Um sub-dimensionamento para o reservatório de Tabocas-Piaça (Figura 7.2). Este manancial apresenta altos percentuais de disponibilidade em 100% do tempo com elevadas taxas de vertimento, mesmo com uso intenso. Para este reservatório, deve-se estudar a ampliação no abastecimento.

Figura 7.2 - Reservatório de Tabocas-Piaça – Estimativa de acumulação.

Os reservatórios de Machado (Figura 7.3) e Gercino Pontes (Figura 7.4) mantem aproximadamente 80% do tempo com aproximadamente 30% de seu volume, porém, o reservatório de Machado apresentou um percentual, no estudo, maior que 10% de entrar em colapso, o que mostra a necessidade de se ter outras formas de abastecimento para as localidades atendidas.

Figura 7.3 - Reservatório Machado – Estimativa de acumulação.

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Figura 7.4 - Reservatório Gercino Pontes – Estimativa de acumulação.

Como a Barragem de Carpina (Figura 7.5), faz parte do sistema de contenção de cheias da Região Metropolitana do Recife (RMR), esta é constantemente “operada” (processo de abertura de fechamento das comportas da barragem) para que se tenha o controle do volume de água despejado na calha do Capibaribe, evitando que regiões ribeirinhas sejam alagadas. Por isto, a mesma é “mantida” com baixa disponibilidade a maior parte do tempo.

Figura 7.5 - Reservatório Carpina – Estimativa de acumulação.

Outras importantes barragens que atuam na atenuação de cheias da bacia do Capibaribe são Tapacurá e Goitá.

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A barragem de Tapacuá é uma importante barragem para o abastecimento da Região Metropolitana do Recife (RMR), pois, atua como barragem de armazenamento e atenuação de cheias. Nesta (Figura 7.6) observa-se que o intervalo mais comum de acumulação foi o localizado entre 75% e 80%, mas, também se vê que os volumes mais prevalentes se encontraram no intervalo entre 60% e 95%, demonstrando a vocação para abastecimento do barramento. Por outro lado, do gráfico ainda se nota que a barragem já verteu em 4,6% das observações ([100-105] = 2,5%; [105-110] = 1,1%; [110-115] = 0,6%; [115-120] = 0,4%), mas o maior pico não excedeu 20% de sua capacidade, significando que as medidas de operação do reservatório têm sido muito criteriosas, algo difícil de ser realizar quando se conjuga a contenção das enchentes ao suprimento de água potável, protegendo-se ao mesmo tempo a RMR das cheias frequentes na bacia do rio Capibaribe enquanto se reserva o máximo possível de água para o atendimento da população.

Figura 7.6 - Reservatório de Tapacurá – Estimativa de acumulação.

O reservatório de Goitá (Figura 7.7) tem a função primordial de conter as enchentes para a RMR, isto é visto em seu comportamento regulado constantemente pela ação humana, que se traduz quase como um platô nos volumes inferiores a 60% de sua capacidade, mas seguindo-se o princípio de uso múltiplo das barragens, guarda-se sempre água, não superando-se 30hm³, ao final do período chuvoso, para ser liberada continuamente em pequenos volumes durante o período seco, com o intuito de se reforçar o abastecimento da RMR através da elevação do nível fluvial do rio Capibaribe, o que permite a máxima eficiência das captações diretas das estações de tratamento de água da Compesa ao longo do curso d’água.

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Figura 7.7 - Reservatório de Goitá – Estimativa de acumulação.

Bacia do Rio Ipojuca

A bacia do Ipojuca é a mais habitada entre as analisadas e de maior déficit hídrico per capita. Os principais reservatórios da Bacia são: Pão de Açúcar, Eng. Severino Guerra (Bitury), Manuino, Taquara, Belo Jardim, Serra dos Cavalos, Guilherme de Azevedo, Duas Serras e Jaime Nejaim. Na Tabela 7.2, foram calculados os percentuais da capacidade máxima dos reservatórios, por disponibilidade de tempo da bacia.

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Tabela 7.2 - Percentual da capacidade máxima dos reservatórios (acima de 1.000.000m³) por disponibilidade de tempo.

Bacia Hidrográfica

Açude Municípi

o

Capacidade

Disponibilidade em Tempo

Finalidade de Uso Máxima

(m³) 80% 90% 95% 100%

Ipojuca

Pão de Açúcar Pesqueira 34.231.000 20.5% 16.0% 11.2% 4.6% Abastecimento / Irrigação

Belo Jardim (Ipojuca) Belo Jardim 30.740.000 27.7% 23.1% 19.8% 15.0%

Abastecimento Sistema integrado de Belo Jardim

Eng. Severino Guerra (Bitury)

Belo Jardim 17.776.000 25.7% 20.9% 14.5% 0.5% Abastecimento de Belo Jardim

Duas Serras Porção 2.032.000 67.8% 67.2% 66.4% 65.7% Abastecimento de Poção

Manuino Bezerros 2.021.000 43.8% 33.7% 33.3% 24.0% Abastecimento de Riacho das Almas

Serra dos Cavalos Caruaru 613.000 37.3% 30.9% 27.7% 11.5% Abastecimento Rural

Guilherme Azevedo Caruaru 786.000 15.2% 11.0% 7.8% 1.5% Abastecimento Rural

Jaime Nejaim Caruaru 600.000 7.9% 6.6% 5.8% 4.8% Abastecimento Rural

Taquara Caruaru 1.347.000 76.8% 65.7% 61.4% 11.5% Abastecimento de Caruaru

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Observa-se: O reservatório de Duas Serras (Figura 7.8) apresenta altos percentuais de disponibilidade em 100% do tempo. Assim, o aproveitamento da água para abastecimento é inferior à disponibilidade, podendo vir a abastecer outras localidades.

Figura 7.8 - Reservatório Duas Serras – Estimativa de acumulação.

O reservatório Taquara (Figura 7.9) apresenta boa disponibilidade hídrica em até 95% do tempo, porém como abastece a cidade de Caruaru, chega a ficar com 11,5% da disponibilidade hídrica em 100% do tempo o que só poderia vir a abastecer pequenas comunidades.

Figura 7.9 - Reservatório Taquara – Estimativa de acumulação.

O reservatório de Manuino (Figura 7.10) poderia ser utilizado ainda para abastecer pequenos núcleos urbanos ou rurais, pois demonstra uma disponibilidade de 24% de seu volume em 100 % do tempo.

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Figura 7.10 - Reservatório Manuino – Estimativa de acumulação.

A barragem de Serra dos Cavalos (Figura 7.11) tem o seu principal intervalo de acumulação fixado entre 85% e 95%, e pode-se observar que não há registro de que esta represa tenha vertido, ou seja, provavelmente salinizará em um futuro próximo. A princípio, deve-se implantar neste reservatório um monitoramento de qualidade e quantidade mais eficiente, de modo a definir regras operativas que promovam a renovação eficaz das águas e atenuem o risco de salinização.

Figura 7.11 - Reservatório Serra dos Cavalos – Estimativa de acumulação.

A barragem Jaime Nejaim (Figura 7.12) tem o seu principal intervalo de acumulação fixado entre 5% e 15% estando assim super dimensionada ou super explorada. Pode-se observar que não há registro de que esta represa tenha vertido, ou seja, provavelmente salinizará em um futuro próximo.

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Figura 7.12 - Reservatório Jaime Nejaim – Estimativa de acumulação.

A barragem Eng. Severino Guerra (Figura 7.13) tem o seu principal intervalo de acumulação fixado entre 25% e 35%. Podem-se observar poucos registros de que esta represa tenha vertido, ou seja, provavelmente salinizará em um futuro próximo.

Figura 7.13 - Reservatório Eng. Severino Guerra – Estimativa

Bacia do Rio Una

Na bacia do rio Una pouco explorada e com baixa reservação, barragens estão sendo construídas para abastecer, irrigar e/ou conter as enchentes em alguns municípios. As barragens Igarapeba (São Benedito do Sul), Serro Azul (Palmares), Panelas II (Cupira) e Gatos (Lagoa dos Gatos); têm como principal finalidade a contenção de enchentes na

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Mata Sul, beneficiando a cerca de 150.000 pessoas em oito municípios da bacia, e contribuindo ainda com o abastecimento da população. Esse sistema de contenção de enchentes reflete a ocupação irregular urbana das margens do rio Una, que ocorre praticamente em todo o seu percurso, promovendo a retirada de mata ciliar, cada vez mais escassas nas cidades, acarretando a erosão das margens, o assoreamento do rio e as enchentes em dias de chuvas torrenciais, como ocorreu nos anos de 2010 e 2011, deixando desabrigados, desalojados e danos materiais. Os principais reservatórios da Bacia são: Brejo do Buraco, Caianinha, Gurjão, Poço da Areia, Brejo dos Coelhos e Prata (Tabela 7.3).

Tabela 7.3 - Percentual da capacidade máxima dos reservatórios (acima de 1.000.000m³) por disponibilidade de tempo.

Observa-se: No reservatório de Caianinha (Figura 7.14), o aproveitamento da água para abastecimento é inferior à disponibilidade, podendo vir a abastecer outras localidades. Este apresenta ainda um sub-dimensionamento para o reservatório apresentando altos percentuais de disponibilidade em 100% do tempo com elevadas taxas de vertimento. Para este reservatório, deve-se estudar a ampliação no abastecimento.

Bacia Hidrográfica

Açude Município Capacidade Disponibilidade em Tempo

Finalidade de Uso

Máxima (m³)

80% 90% 95% 100%

Una

Prata Bonito 42.147.000 79.4% 74.1% 8.6% 5.2% Abastecimento de Caruaru

Gurjão Capoeiras 3.847.000 12.0% 8.9% 8.6% 0.7% Irrigação

Poço da Areia Bezerros 2.363.000 49.0% 28.9% 18.5% 4.0%

Irrigação / Abastecimento de Camocim de São Félix

Caianinha

São Joaquim do Monte 1.361.000 82.1% 76.1% 73.8% 71.6% Abastecimento d'água

Brejo do Buraco

São Caetano 1.070.000 28.9% 13.0% 3.9% 0.1%

Abastecimento de Caruaru

Brejo dos Coelhos

São Caetano 357.000 28.4% 27.2% 25.8% 12.9%

Abastecimento de São Caetano

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Figura 7.14 - Reservatório Caianinha – Estimativa de acumulação.

Para o reservatório do Prata observa-se um sub-dimensionamento. A Figura 7.15 retrata bem esta questão onde observa-se elevadas taxas de vertimento, mesmo com uso intenso.

Figura 7.15 - Reservatório do Prata – Estimativa de acumulação.

Para o reservatório do Brejo do Buraco observa-se que o mesmo tem alta taxa de vertimento, o que justificaria um aumento na cota do vertedouro do mesmo (Figura 7.16).

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Figura 7.16 - Reservatório Brejo do Buraco – Estimativa de acumulação.

Bacia do Rio Goiana

Os principais reservatórios da Bacia são: Guararema, Palmeirinha, Siriji, Tiúma, Cruangi (Tabela 7.4). Nesta bacia não há problema de disponibilidade hídrica. O fator limitante no abastecimento das cidades são os sistemas de captação e adução.

Tabela 7.4 - Capacidade máxima dos reservatórios (acima de 1.000.000m³). Observa-se: O reservatório de Guararema apresenta um baixo aproveitamento da água para abastecimento onde 38,4% do tempo apresenta um volume de 95 a 100%, podendo assim vir a abastecer outras localidades. Este também apresenta elevadas taxas de vertimento no reservatório (Figura 7.17).

Bacia Hidrográfica Açude Município Capacidade

Máxima (m³)

Goiana

Guararema Itambé 18.000.000

Palmeirinha Bom Jardim 6.500.000

Siriji Vicência 17.260.000

Tiúma Timbaúba 6.109.159

Cruangi Timbaúba 4.600.000

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Figura 7.17 - Reservatório Guararema – Estimativa de acumulação.

O reservatório do Siriji apresenta elevadas taxas de vertimento (40,1%) o que mostra um subaproveitamento de suas águas (Figura 7.18).

Figura 7.18 - Reservatório Siriji – Estimativa de acumulação.

Hidrografia dos Municípios

Bacia do Rio Capibaribe Vertente do Lério

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O município de Vertente do Lério encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Seus principais tributários são os riachos: Vertente do Lério, do Capim e do Pato (Figura 7.19). Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m3. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.19 - Mapa da Hidrografia do município de Vertente do Lério.

Brejo da Madre de Deus

O município de Brejo da Madre de Deus encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Seus principais tributários são: o Rio Capibaribe e os riachos: Boi Manso, Doce ou Mulungu, das Barracas, da Jurema, Açudinho, dos Poços, Ta bocas, Quixabeira, Fundo, do Brejo da Madre de Deus, Mandacaru do Norte, Jacaré, da Cachoeira, Mandacaru do Sul, da Onça, Santana, Santo, Betume e Veado Podre (Figura 7.20). Os principais corpos de acumulação são os açudes: Machado (1.597.000m³) e Oitís. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

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Figura 7.20 - Mapa da Hidrografia do município de Brejo da Madre de Deus.

Casinhas

O município de Casinhas encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Seus principais tributários são: o Rio Caiai e os riachos: Gado Bravo e do Pato (Figura 7.21). Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m³. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.21 - Mapa da Hidrografia do município de Casinhas.

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Frei Miguelinho O município de Frei Miguelinho encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Seus principais tributários são: o Rio Capibaribe e os riachos: Salgado, Direito, do Tanque Doce, do Manso, Salitre, Doco e Topada (Figura 7.22). Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m³. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.22 - Mapa da Hidrografia do município de Frei Miguelinho.

Santa Cruz do Capibaribe

O município de Santa Cruz do Capibaribe encontra-se totalmente inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Seus principais tributários são: o Rio Capibaribe e os riachos: Pará, Travessão, dos Pombos, Mingaiú, Olho d’Água e Doce ou Mulungu (Figura 7.23). O principal corpo de acumulação é o açude Poço Fundo (27.750.000m³). Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

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Figura 7.23 - Mapa da Hidrografia do município de Santa Cruz do Capibaribe.

Santa Maria do Cambucá

O município de Santa Maria do Cambucá encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Seus principais tributários são: o Rio Caiaí e os riachos: da Macaca, dos Porcos e do Tanque (Figura 7.24). Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m³. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.24 - Mapa da Hidrografia do município de Santa Maria do Cambucá.

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Surubim

O município de Surubim encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Seus principais tributários são: os rios Capibaribe e Caiai, além dos riachos: do Brás, Maracajá, Pocoró, do Tanque Doce, Taepe e do Manso (Figura 7.25). O principal corpo de acumulação é a Represa de Jucazinho (327.036.000m³), situada no limite com o município de Cumaru. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.25 - Mapa da Hidrografia do município de Surubim.

Taquaritinga do Norte O município de Taquaritinga do Norte encontra-se totalmente inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Seus principais tributários são: o Rio Capibaribe e os riachos: Tapera, do Grude, Doce, da Cruz, Capim, Topada, Grota Funda, do Mulungu, Mingaiú e Estreito (Figura 7.26). O principal corpo de acumulação é o Açude Taquaritinga. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

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Figura 7.26 - Mapa da Hidrografia do município de Taquaritinga do Norte.

Toritama

O município de Toritama encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Seus principais tributários são: o Rio Capibaribe e o Riacho da Bica (Figura 7.27). Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m³. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.27 - Mapa da Hidrografia do município de Toritama.

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Vertentes O município de Vertentes (Figura 7.28) encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m³. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.28 - Mapa da Hidrografia do município de Vertentes.

Caruaru

O município de Caruaru encontra-se inserido nos domínios das Bacias Hidrográficas dos Rios Ipojuca e Capibaribe. Seus principais tributários são: o Rio Capibaribe e os riachos: Tabocas, Caiçara, Borba, da Onça, Olho d’Água, Mandacaru do Norte, Carapotós, São Bento, Curtume e Taquara (Figura 7.29). Os principais corpos de acumulação são os açudes: Eng°. Gercino de Pontes (13.600.000m3), Taquara (1.100.000m³), Guilherme (786.000m³), Serra dos Cavalos (761.000m³) e Jaime Nejaim (100.000m³). Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

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Figura 7.29 - Mapa da Hidrografia do município de Caruaru.

Riacho das Almas

O município de Riacho das Almas encontra-se inserido nos domínios das bacias hidrográficas dos rios Capibaribe e Ipojuca. Seus principais tributários são: o Rio Capibaribe e os riachos das Éguas e Salgado Taquara (Figura 7.30). Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m³. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

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Figura 7.30 - Mapa da Hidrografia do município de Riacho das Almas.

Bacia do Rio Ipojuca Bezerros

O município de Bezerros encontra-se inserido, parte nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca, parte nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Sirinhaém e parte nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Capibaribe. Seus principais tributários são: o Rio Ipojuca e o riacho Riachão (Figura 7.31). O principal corpo de acumulação é o açude Manuino (2.021.000m³). Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.31 - Mapa da Hidrografia do município de Bezerros.

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Bacia do Rio Goiana Bom Jardim

O município de Bom Jardim encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Goiana. Seus principais tributários são os rios: Orobó, Tracunhaém e Caiai, além dos riachos: Cachoeirinha, Modo, Câmara, Pirauá, do Tanque, Grande e Canguangue (Figura 7.32). Os principais corpos de acumulação são: o açude Palmeirinha (6.300.000m³) e a Represa do Rio Orobó. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.32 - Mapa da Hidrografia do município de Bom Jardim.

João Alfredo

O município de João Alfredo encontra-se inserido nos domínios da Bacia do Rio Goiana, que tem como principais cursos d’água os rios Capibaribe-Mirim, Siriji, Tracunhaém e Goiana (Figura 7.33). O rio Capibaribe-Mirim, com extensão de aproximadamente 93 km, drena a maior parte da bacia. A nascente do rio se localiza no município de São Vicente Férrer. A área da bacia do rio Goiana engloba 26 municípios, dentre os quais 9: estão totalmente inseridos na bacia (Aliança, Buenos Aires, Camutanga, Condado, Ferreiros, Machados, Nazaré da Mata, Timbaúba e Vicência);11 possuem sede na bacia (Bom Jardim, Carpina, Goiana, Itambé, Itaquitinga, João Alfredo, Lagoa do Carro, Macaparana e Tracunhaém); e 6 estão parcialmente inseridos (Araçoiaba, Casinhas, Igarassu, Limoeiro, Paudalho e Salgadinho).

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Figura 7.33 - Mapa da Hidrografia do município de João Alfredo.

Orobó

O município de Orobó encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Goiana. Seus principais tributários são os rios Orobó e Tracunhaém, além dos riachos: da inveja e Gado Bravo (Figura 7.34). O principal corpo de acumulação é o Açude Gravatá. Os principais cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.34 - Mapa da Hidrografia do município de Orobó.

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Bacia do Rio Una São Caetano

O município de São Caetano encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrográfica dos rios Una e Ipojuca. Seus principais tributários são: o Rio Ipojuca e os riachos: da Onça, do Coutinho, Gravatá, Caxingó e Riachão (Figura 7.35). Os principais corpos de acumulação são os açudes do Brejo (1.070.347m³), dos Brejos (356.976m³) e da Onça. Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

Figura 7.35 - Mapa da Hidrografia do município de São Caetano.

São Joaquim do Monte

O município de São Joaquim do Monte encontra-se inserido nos domínios das bacias hidrográficas dos rios Una e Sirinhaém. Seus principais tributários são os riachos: Seco e do Sapo (Figura 7.36). O principal corpo de acumulação é o açude Caianinha (1.361.000m³). Todos os cursos d’água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

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Figura 7.36 - Mapa da Hidrografia do município de São Joaquim do Monte.

7.4 Fenômenos do Sistema Oceano-Atmosfera A variação interanual da precipitação no nordeste e em Pernambuco é muito grande e depende, principalmente, de dois fenômenos do sistema oceano-atmosfera, o El Niño/Oscilação do sul (ou anti-El Niño/Oscilação do Sul) e o Dipolo do Atlântico. O El Niño é o aquecimento da água do mar no Pacífico Tropical da costa do Peru/Equador até o oeste do Pacífico. O anti-El Niño ou La Niña é o oposto, ou seja, o resfriamento da água do mar no Pacífico Tropical desde a costa da América do Sul até o oeste do Pacífico. A Oscilação do Sul é a variação anômala da pressão atmosférica tropical, sendo uma resposta aérea ao El Niño ou anti-El Niño (La Niña), associada a mudanças na circulação geral da atmosfera. Nos anos de El Niño/Oscilação do Sul, a pressão atmosférica tende a valores mais baixos no Pacífico e aumenta no restante da região tropical. Os movimentos descendentes, causados por movimentos ascendentes (função de baixas pressões, aumento da evaporação no Pacífico e a mudança dos ventos alísios), inibem a formação de nuvens e reduzem a precipitação, provocando secas no Nordeste do Brasil. Já o La Niña/Oscilação do Sul, é o oposto do El Niño/Oscilação do Sul e causa anomalias opostas.

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O Dipolo do Atlântico é uma mudança anômala na temperatura da água do mar no Oceano Atlântico Tropical. Esse fenômeno muda a circulação meridional da atmosfera (Hadley) e inibe ou aumenta a formação de nuvens sobre o Nordeste do Brasil e alguns países da África, diminuindo ou aumentando a precipitação.

7.5 Condições Climáticas da Bacia

Bacia do Rio Capibaribe Em relação às condições climáticas verifica-se que as diferentes condições climáticas reinantes na bacia, com períodos de alta pluviosidade, intercalados à deficiência hídrica dificultam o abastecimento de comunidades no período de estiagem. Em relação aos sistemas meteorológicos de circulação atmosférica que produzem chuvas e atuam no Estado de Pernambuco, apenas a zona de convergência intertropical e as ondas de leste atuam na região da bacia hidrográfica do rio Capibaribe. A Zona de convergência intertropical – ZCIT é formada pela convergência dos ventos alísios do hemisfério norte (alísios de nordeste) e os do hemisfério sul (alísio de sudeste), que sopram dos trópicos para a linha do equador, da maior pressão para a menor pressão. É facilmente identificada pela presença constante de nebulosidade, com alta taxa de precipitação, e atua sobre uma região qualquer por período de tempo superior a dois meses. É o principal sistema de produção de chuva no sertão e agreste de Pernambuco. No sertão, caracteriza um período chuvoso que vai de janeiro a março, com totais trimestrais de 500 mm (Figura 7.37), e no Agreste, um período chuvoso de maio a julho (Figura 7.38) onde o mês mais chuvoso é o de junho (Figura 7.39). Em anos muito chuvosos pode causar inundações, principalmente na Região Metropolitana do Recife - RMR e zona da mata. O trimestre mais seco varia de setembro a dezembro (Figura 7.40) onde o mês mais seco é o de novembro (Figura 7.41).

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Figura 7.37 - Mapa Indicando as isoietas dos totais trimestrais – Janeiro, Fevereiro e

Março para o período de 1977 a 2006.

Figura 7.38 - Mapa Indicando o trimestre mais chuvoso para o período de 1977 a 2006.

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Figura 7.39 - Mapa Indicando o mês mais chuvoso para o período de 1977 a 2006.

Figura 7.40 - Mapa Indicando o trimestre mais seco para o período de 1977 a 2006.

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Figura 7.41 - Mapa Indicando o mês mais seco para o período de 1977 a 2006.

As Ondas de Leste são perturbações de pequena amplitude geralmente observadas nos ventos alísios que atuam no leste de Pernambuco e do Nordeste, principalmente no período de maio a agosto. O deslocamento dessas ondas se dá de leste para oeste a partir do Oceano Atlântico até atingir o litoral da região. Apesar da sua pequena amplitude podem produzir chuvas intensas e inundações e, em alguns casos, penetrar até 300 km dentro do continente.

Bacia do Rio Ipojuca O clima da bacia hidrográfica do rio Ipojuca é caracterizado como tropical chuvoso de monção com o verão seco. O período chuvoso vai de março a julho (Figura 7.38), onde ocorre cerca de 81% da precipitação anual média. O trimestre mais seco (Figura 7.40) compreende aos meses de setembro a novembro/dezembro, com precipitações mensais médias abaixo dos 46mm. Fazendo-se as isoietas anuais médias para a bacia hidrográfica do rio Ipojuca é possível notar-se a alta variabilidade da precipitação a qual a bacia hidrográfica do rio Ipojuca está submetida. Tal variabilidade espacial de chuvas confirma a influência dos dois principais sistemas atmosféricos que ocorrem na região estudada: Zona de Convergência Intertropical e Ondas de Leste.

Bacia do Rio Una O clima da bacia hidrográfica do rio Una apresenta-se no Litoral/Zona da Mata como quente e úmido, fator que provoca totais anuais de precipitações superiores a 1.000

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mm. Por outro lado, no Agreste, área de transição entre a Zona da Mata e o Sertão, há uma alternância concernente às condições climáticas, apresentando ao longo do ano traços do clima do Sertão (quente e seco) e também do clima da Zona da Mata. Em áreas do Agreste localizadas próximas ao Sertão, o mês de março é o mais chuvoso (a precipitação anual média está entre 600 e 800 mm), embora estas precipitações sejam menos concentradas do que no Sertão. Enquanto nas áreas situadas próximas da Zona da Mata, o mês mais chuvoso é junho. Na Zona da Mata e no Litoral, o clima é quente e úmido, com totais anuais de precipitação superiores a 1000 mm; os maiores índices pluviométricos ocorrem durante os meses de maio, junho e julho. No Agreste (área intermediária entre a Zona da Mata quente e úmida e o Sertão quente e seco), o clima apresenta similaridade ora com a região da Zona da Mata ora com o Sertão. Os valores médios anuais da precipitação variam entre 600 e 800 mm, sendo março o mês mais chuvoso. O comportamento hidrológico da bacia é caracterizado por precipitações elevadas no médio e baixo curso, enquanto no alto curso as precipitações tendem a diminuir. Assim, o comportamento da precipitação é bastante heterogêneo. Isto se deve a extensão e abrangência do rio Una que ocupa área de três mesorregiões homogêneas com características fisiográficas diferentes e a atuação dos diversos sistemas meteorológicos responsáveis pelas chuvas ao longo da bacia.

Bacia do Rio Goiana Quanto à tipologia climática da Bacia do Rio Goiana Lacerda, Ferreira, Souza (2006), Santos, Galvíncio & Moura (2008b) e Santos & Galvíncio (2009b) destacam a presença do clima Úmido Sub úmido, do Seco Sub úmido e do Semiárido. O clima Úmido Sub úmido ocupa uma área que se estende do litoral até aproximadamente 35°8’ de longitude oeste e volta a aparecer na encosta setentrional do Planalto da Borborema e nas serras do Mascarenhas. A média dos totais anuais pluviométrico varia entre 2350 a 1150 mm (sentido leste-oeste). O clima Seco Sub úmido, encontrado na região central da bacia, apresenta uma média nos totais anuais de chuva variando entre 1150 a 1000 mm. O clima Semiárido, o qual ocupa uma pequena área na porção sudoeste da bacia hidrográfica, apresenta uma média nos totais pluviométricos variando entre 1150 a 850 mm (Figura 7.42).

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Figura 7.42 - Tipologia climática da bacia hidrográfica do rio Goiana.

7.6 Potencialidades de Expansão do Uso das Tecnologias Alternativas A condição técnica inicial para a seleção da alternativa de abastecimento de água a ser utilizada é a identificação de uma fonte hídrica e a verificação de sua sustentabilidade. Na análise da alternativa deve-se buscar, ainda, a otimização dos recursos hídricos disponíveis, levando-se em conta menores custos envolvidos e facilidades para a futura operação e manutenção. Em relação à construção de cisternas como uma forma alternativa para suprimento de água para consumo humano, deve ser feita uma análise da Viabilidade Técnica, tornando-se necessária a verificação da sua capacidade de suprir as demandas diárias das famílias por vários anos consecutivos, durante todos os dias do ano. Para as localidades em estudo, foram feitas a análise de pluviometria onde foram avaliadas as médias anuais históricas de precipitação dos postos pluviométricos implantados pela SUDENE, com histórico variando entre os anos de 1963 e 1985. Para a ASA (BRASIL, 2003), 500 mm é o valor estabelecido como mínimo necessário para a implantação de cisternas visando o pleno atendimento das finalidades propostas pela tecnologia. Foi então aplicada metodologia de simulação para a verificação da sustentabilidade operacional das cisternas, observando-se as falhas: o número de meses em que as mesmas ficarão vazias para os municípios em estudo, considerando um consumo padrão. O passo de tempo da simulação considerou a pluviometria mensal (média mensal).

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A simulação do volume de água possível de ser coletado seguiu a ordem cronológica dos eventos chuvosos e os dados foram acumulados em totais mensais. Por simplificação, admitiu-se que uma família de 5 indivíduos utilizaria a água da cisterna toda vez que fosse possível e necessário, independentemente da estação chuvosa e o consumo humano fosse de 20 litros por dia. Após a ponderação da influência pelo método de Thiessen dos postos pluviométricos nos municípios em estudo, foi possível estabelecer um mapeamento do potencial no tocante à implantação de cisternas. Foram consideradas três situações iniciais partindo-se com a cisterna cheia, vazia e com 50% de sua capacidade. Observou-se que, em função do grande número de dados utilizados, os resultados finais obtidos foram os mesmos, diluindo-se qualquer influência inicial das condições de acumulação das cisternas. Raciocínio análogo pôde ser observado quanto ao período inicial da simulação: início, meio ou fim do ano hidrológico. De acordo com a Tabela 7.5, para o município de Vertentes do Lério, foi observado que, o município apresenta um índice de falha de abastecimento de 61% do tempo, devendo ser colocada apenas uma cisterna por residência. Para os municípios de Cortês e Chã de Alegria, observa-se um índice de falha de abastecimento de 0,7% e de 4,1% do tempo, para retirada de 100 litros diários, o que comprova a capacidade de manutenção do padrão de consumo recomendado pela ONU devendo inclusive ser colocado mais de uma cisterna por residência nestas localidades.

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Tabela 7.5 - Simulação da capacidade de atendimento (número de cisternas) por localidade do Estado para um atendimento

de 100 litros diários.

Localidade Município Maior volume

acumulado

N° Meses vazia

% do Tempo observado

Com água até

16m³

%

Com água entre

16m³ e 32m³

%

Com água entre

32m³ e 48m³

%

Com água entre

48m³ e 64m³

%

Com mais

de 64m³

%

CORTES CORTES 600.699m³ em ago/1985

2 0.7 3 1.1 11 4.0 1 0.4 2 0.7 258 93.1

CHA DE ALEGRIA

CHA DE ALEGRIA

110.499m³ em set/1978

9 4.1 22 10.1 21 9.7 1 0.5 11 5.1 153 70.5

VERTENTES DO LERIO

VERTENTES DO LERIO

30.262m³ em ago/1924

597 61.1 350 35.8 30 3.1 0 0.0 0 0.0 0 0.0

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7.7 Avaliação Fluviométrica A área avaliada compreende as bacias hidrográficas dos rios Capibaribe e Ipojuca, todas no Estado de Pernambuco. O monitoramento hidrológico é realizado através de 03 estações fluviométricas inseridas na Rede Hidrometeorológica Nacional, operadas no âmbito da parceria entre a Agência Nacional de Águas – ANA e o Serviço Geológico do Brasil – SGB/CPRM. Os locais escolhidos para instalação dos equipamentos de medição da vazão seguem critérios como a melhor forma de representação da bacia hidrográfica e necessidades especiais de monitoramento, tais como: construção de barragem, desastres naturais, entre outros. Dos 18 municípios inseridos na área avaliada, 15 não possuem monitoramento fluviométrico realizado pela CPRM/ANA. São eles: Bezerros, Bom Jardim, Brejo da Madre de Deus, Casinhas, Frei Miguelinho, João Alfredo, Orobó, Riacho das Almas, Santa Maria do Cambucá, Surubim, São Caetano, São Joaquim do Monte, Taquaritinga do Norte, Vertente do Lério e Vertentes. A maioria das estações apresenta coleta de mais de um tipo de parâmetro hidrológico realizado pela CPRM/ANA. Os tipos e símbolos para identificação dos parâmetros são vistos na Tabela 7.6. A Tabela 7.7 apresenta a localização e o tipo das estações hidrológicas.

Tabela 7.6 - Identificação dos tipos de parâmetros medidos

Símbolo Tipo Caracterização P Pluviométrica Medida da quantidade de chuva em milímetros (mm)

F Fluviométrica Medição de níveis de água (cm)

D Descarga líquida Medição da vazão (m³/s)

Q Qualidade de água Caracterização física, química e biológica.

S Sedimento Análise granulométrica na água e no fundo do rio

A qualidade da água é avaliada, durante as campanhas de medição de vazão, através da coleta de indicadores de temperatura da amostra (°C), potencial hidrogeniônico - pH, turbidez (FTU), condutividade elétrica (uS/cm a 20°C), Demanda bioquímica de oxigênio - DBO (mg/l 02) e oxigênio dissolvido - OD (mg/l 02). A análise hidrológica aqui apresentada está restrita a análise das vazões nos rios monitorados, não havendo estudos sobre os demais parâmetros. A avaliação pluviométrica, estações do tipo P, pode ser apreciada no que diz respeito à climatologia da região.

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Tabela 7.7 - Estações pluviométricas e fluviométricas

Município Código Estação Área de

Contribuição (km²)

Rio Bacia Tipo Instalação

Caruaru 39340000 Caruaru 2.000,00 Ipojuca Ipojuca FDQ 03/1969

Santa Cruz do Capibaribe 39100000 Santa Cruz do Capibaribe 1.560,00 Capibaribe Capibaribe FDQ 04/1986

Toritama 39130000 Toritama 2.450,00 Capibaribe Capibaribe FDQ 01/1954

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Bacias Hidrográficas Bacia do Rio Capibaribe

O rio Capibaribe apresenta regime fluvial intermitente em seus alto e médio cursos. Somente a partir da cidade de Limoeiro, no seu baixo curso, torna-se perene. Este rio tem origem na Zona do Agreste, a cerca de 200 km da Cidade do Recife, percolando por vários centros urbanos, onde serve de corpo receptor de resíduos industriais e domésticos (SRHPE, 1998). A Figura 7.43 ilustra a disposição das estações fluviométricas operadas pela CPRM na bacia do rio Capibaribe. As estações fluviométricas avaliadas neste estudo se apresentam grifadas em vermelho.

Figura 7.43 - Diagrama unifilar – Bacia do rio Capibaribe

A maioria das obras hidráulicas na região hidrográfica do Capibaribe são barragens de acumulação destinadas principalmente a abastecimento publico, mas também com outras finalidades como recepção de afluentes domésticos e agroindustriais. Sabe-se que em períodos de muita chuva, as mesmas podem verter ou pode haver abertura de comportas nas grandes barragens, o que pode ocasionar mudanças significativas nos regimes dos rios estudados (CPRM, 2013).

Bacia do Rio Ipojuca Em seu percurso, o rio Ipojuca é preponderantemente orientado na direção oeste-leste, sendo seu regime fluvial intermitente. Torna-se perene a partir do seu médio curso, nas

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proximidades da cidade de Caruaru. Entretanto, o estuário foi bastante alterado nos últimos anos em decorrência da instalação do Complexo Portuário de Suape (SRHPE, 1998). A Figura 7.44 ilustra a disposição das estações fluviométricas operadas pela CPRM na bacia do rio Ipojuca. A estação fluviométrica avaliada neste estudo se apresenta grifada em vermelho.

Figura 7.44 - Diagrama Unifilar – Bacia do Rio Ipojuca

Análise Fluviométrica das Estações

A análise fluviométrica foi realizada de acordo com a inserção das estações nos limites municipais. Após a análise por município é apresentado um resumo das informações hidrológicas e a conclusão com base nos dados apresentados para a área do consórcio. As estações que compõe a Rede Hidrometeorológica Nacional na região foram instaladas nas décadas de 1950 e 1960, e ainda estão em atividade, fornecendo séries de dados com muitos anos de observação. As informações que compõe o banco de dados de cotas, perfis transversais e resumo de medições de vazão utilizados neste trabalho, encontram-se disponíveis, para acesso gratuito, no sistema Hidroweb (http://hidroweb.ana.gov.br/), no site da Agência Nacional de Águas – ANA. Tais dados foram utilizados pela CPRM para obtenção das vazões líquidas através da construção das curvas de descarga ou curvas-chave. A curva-chave para cada uma das estações foi determinada de acordo com as recomendações da Nota Técnica nº 245/2011/SGH-ANA, de 30 de setembro de 2011.

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As campanhas realizadas no campo pelos hidrotécnicos para medição de descarga líquida (vazões) nas estações fluviométricas, operadas pela CPRM/ANA, são programadas para ocorrer quatro vezes por ano. Entretanto, as medições de nível do rio (cotas) são monitoradas diariamente por observadores hidrológicos. Eventualmente, ocorrem falhas ou lacunas nos registros de dados de cotas/vazões causados por falta de leitura, que nem sempre podem ser corrigidas. Isso ocorre quando o equipamento é danificado, roubado, ou levado pelas águas durante as enchentes. Em alguns casos as estações são temporariamente extintas, o que também justifica as lacunas existentes. A análise das estações foi realizada através da vazão média de longo termo (Qmlt), vazão específica (Qesp), e probabilidade de vazão para 50%, 90% e 95%. Considerando o grande número de barramentos na região, os valores apresentados podem sofrer influências derivadas dos mesmos. A vazão média de longo termo (Qmlt) é a média de todas as médias anuais da série e através dela é possível definir o período seco e o período úmido. Quando a média mensal está abaixo da Qmlt existe a ocorrência de período seco, o inverso ocorre na determinação dos períodos úmidos. A vazão específica (Qesp) é a produtividade hídrica, ou seja, corresponde à relação entre a vazão na estação fluviométrica e a área de contribuição expressa em L/s/km². A Qesp indica se a região é mais ou menos produtora de água. As informações para outorga superficial se baseiam na permanência da vazão em um rio. A outorga é usualmente feita com base na Q90 ou na Q95, vazão mínima associada às permanências de 90% e 95% no tempo, respectivamente. O período das grandes estiagens geralmente ocorre para probabilidades superiores a 95%, pois a Q95 é utilizada como estimador da energia firme. A vazão mediana para o período úmido, ou seja, a vazão facilmente encontrada é a de 50% (Q50).

Município de Caruaru A área do município de Caruaru está inserida nas bacias hidrográficas dos rios Capibaribe, Una e Ipojuca. O rio Ipojuca apresenta regime fluvial intermitente, tornando-se perene a partir do seu médio curso, nas proximidades da cidade de Caruaru (SRHPE, 1998). O monitoramento da vazão e da qualidade da água é realizado através da estação fluviométrica de Caruaru (cód. 39340000), instalada no rio Ipojuca, na bacia de mesmo nome. Vistas da estação podem ser observadas nas Fotografias 7.1 e 7.2.

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Foto 7.1 - Vista de montante – Caruaru (cód. 39340000)

Foto 7.2 - Vista de jusante – Caruaru (cód. 39340000)

As vazões apresentadas na estação não correspondem ao comportamento natural do rio, pois as barragens de Pedro Moura e Taquara regularizam tais vazões. Dessa forma, a vazão aqui apresentada corresponde à contribuição ocorrida a partir dos barramentos. A estação de Caruaru deixou de ter suas vazões monitoradas, no período de abril de 1994 a dezembro de 1999, por motivos técnicos. A reinstalação da estação foi realizada no ano 2000. A Figura 7.45 ilustra as vazões mensais. A análise geral das séries temporais do comportamento das vazões está representada na Figura 7.46, para a série de dados entre os anos de 1974 e 2015. Observa-se uma grande variabilidade nas vazões anuais nos anos de monitoramento na estação. A Figura 7.47 ilustra as vazões médias mensais. O trimestre onde ocorrem as vazões mais altas acontece entre os meses de maio e julho, sendo o trimestre de recessão entre os meses de outubro e dezembro.

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A Qmlt, Vazão Média de Longo Termo, para todo período de observação da estação Caruaru foi de 2,35m³/s. Observa-se que a partir do ano 2000 a estação apresentou situação de escassez em aproximadamente 69% dos anos. A Qesp, vazão específica, para a estação é de 1,17L/s/km².

Figura 7.45 - Vazões mensais para a estação de Caruaru (cód. 39340000) para o

período de 1974 a 2015

Figura 7.46 - Média anual das vazões na estação fluviométrica de Caruaru (cód.

39340000) período de 1974 a 2015 A Figura 7.48 ilustra a curva de permanência das vazões para a estação fluviométrica de Caruaru. Observa-se que na maior parte do tempo a vazão disponível se apresenta nula ou muito próxima de zero.

Qmlt

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Figura 7.47 - Vazões médias mensais na estação fluviométrica de Caruaru (cód.

39340000) para o período de 1974 a 2015

Figura 7.48 - Curva de permanência para a estação Caruaru (cód. 39340000) para o

período de 1974 a 2015

Município de Santa Cruz do Capibaribe A área do município de Santa Cruz do Capibaribe está completamente inserida na bacia hidrográfica do rio Capibaribe. (SRHPE, 1998). O monitoramento da vazão e da qualidade da água é realizado através da estação fluviométrica de Santa Cruz do Capibaribe (cód. 39100000), instalada no rio Capibaribe, na bacia do rio Capibaribe. Vistas da estação podem ser observadas nas Fotografias 7.3 e 7.4.

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Foto 7.3 - Vista de montante – Santa Cruz do Capibaribe (cód. 39100000)

Foto 7.4 - Vista de jusante – Santa Cruz do Capibaribe (cód. 39100000)

Localizada a montante da estação Toritama (cód. 39130000), as vazões apresentadas na estação Santa Cruz do Capibaribe (cód. 39100000) não correspondem ao comportamento natural do rio, pois a vazão é regularizada pela barragem de Poço Fundo. Dessa forma, a vazão aqui apresentada corresponde à contribuição ocorrida a partir do barramento. A Figura 7.49 ilustra as vazões mensais. A análise geral das séries temporais do comportamento das vazões está representada na Figura 7.50, para a série de dados entre os anos de 1987 a 2015. Observa-se uma grande variabilidade anual das vazões no período de monitoramento da estação.

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Figura 7.49 - Vazões mensais para a estação de Santa Cruz do Capibaribe (cód.

39100000) para o período de 1987 a 2015 A Qmlt, Vazão Média de Longo Termo, para todo período de observação da estação foi de 0,59m³/s. Observa-se que a partir do ano 2000 a estação apresentou situação de escassez em aproximadamente 69% dos anos. A Qesp, vazão específica é de 0,38L/s/km².

Figura 7.50 - Média anual das vazões na estação fluviométrica de Santa Cruz do

Capibaribe (cód. 39100000) para o período de 1987 a 2015 O trimestre onde ocorrem as vazões mais altas acontece entre os meses de março a maio, sendo o trimestre de recessão entre os meses de setembro a novembro. A Figura 7.51 ilustra as vazões médias mensais na estação, e a Figura 7.52 ilustra a curva de permanência das vazões. Observa-se que na maior parte do tempo a vazão disponível se apresenta nula ou muito próxima de zero.

Qmlt

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Figura 7.51 - Vazões médias mensais na estação fluviométrica de Santa Cruz do

Capibaribe (cód. 39100000) para o período de 1987 a 2015

Figura 7.52 - Curva de permanência para a estação Santa Cruz do Capibaribe (cód.

39100000) para o período de 1987 a 2015

Município de Toritama A área do município de Toritama está completamente inserida na bacia hidrográfica do rio Capibaribe (SRHPE, 1998). O monitoramento da vazão e da qualidade da água é realizado através da estação fluviométrica de Toritama (cód. 39130000), instalada no rio Capibaribe, na bacia de mesmo nome. Vistas da estação podem ser observadas nas Fotografias 7.5 e 7.6.

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Foto 7.5 - Vista de montante – Toritama (cód. 39130000)

Foto 7.6 - Vista de jusante – Toritama (cód. 39130000)

A estação Toritama (cód. 30100000) está localizada a jusante da estação Santa Cruz do Capibaribe (cód. 39130000) no rio Capibaribe. A Figura 7.53 ilustra as vazões mensais para a estação fluviométrica de Toritama. A análise geral das séries temporais do comportamento das vazões está representada na Figura 7.54, para a série de dados entre os anos de 1973 a 2015. Observa-se uma grande variabilidade nas vazões. O trimestre onde ocorrem as vazões mais altas acontece entre os meses de março a maio, sendo o trimestre de recessão entre os meses de outubro a dezembro. A Figura 7.55 ilustra as vazões médias mensais na estação fluviométrica de Toritama. A Qmlt, vazão média de longo termo, para todo período de observação da estação foi de 2,72m³/s. Observa-se que a partir do ano 2000 a estação apresentou situação de escassez em aproximadamente 56% dos anos. A Qesp, vazão específica é de 1,11L/s/km².

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Figura 7.53 - Vazões mensais para a estação de Toritama (cód. 39130000) para o

período de 1973 a 2015

Figura 7.54 - Média anual das vazões na estação fluviométrica de Toritama (cód.

39130000) para o período de 1973 a 2015 A Figura 7.56 ilustra a curva de permanência das vazões para a estação fluviométrica de Toritama. Observa-se que na maior parte do tempo a vazão disponível se apresenta nula ou muito próxima de zero.

Qmlt

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Figura 7.55 - Vazões médias mensais na estação fluviométrica de Toritama (cód.

39130000) para o período de 1973 a 2015

Figura 7.56 - Curva de permanência para a estação Toritama (cód. 39130000) para o

período de 1973 a 2015

Avaliação por Bacia Hidrográfica Na área estudada, que abrange 18 municípios, o monitoramento hidrológico é realizado por 03 estações fluviométricas através da Rede Hidrometeorológica Nacional (CPRM/ANA). As estações de Santa Cruz do Capibaribe (cód. 39100000) e Toritama (cód. 39130000) estão instaladas no rio Capibaribe, e a estação de Caruaru (cód. 39340000) no rio Ipojuca. A Tabela 7.8 apresenta o resumo das vazões de longo termo (Qmlt) e vazões específicas das estações analisadas.

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Tabela 7.8 - Vazão de longo termo e vazão específica das estações

Estação Código Período Qmlt (L/s)

Qesp (L/s/km²)

Sta. Cruz do Capibaribe 39100000 1987 a 2015 592,89 0,380

Toritama 39130000 1973 a 2015 2.724,82 1,110

Caruaru 39340000 1974 a 2015 2.345,26 1,172

Buscando uniformizar o período de dados para a análise de permanência, optou-se por estabelecer um período único de dados de 2000 a 2015. A Tabela 7.9 apresenta as vazões Q50, Q90 e Q95 para as vazões mensais das estações analisadas.

Tabela 7.9 - Vazões de permanência mensais (m³/s)

Estação Código Q50

(m³/s) Q90

(m³/s) Q95

(m³/s) Santa Cruz do Capibaribe 39100000 0,00 0,00 0,00

Toritama 39130000 0,00 0,00 0,00

Caruaru 39340000 0,36 0,00 0,00

Conclusão

A avaliação de dados fluviométricos na região que compõe o consórcio foi realizada através da análise de 03 estações inseridas nas bacias dos rios Ipojuca e Capibaribe. O número excessivo de barramentos e as tomadas d’água (clandestinas ou não) são fatores determinantes para a quantificação das vazões, mesmo possuindo estações instaladas a anos na região. Conclui-se que durante a análise foi possível observar que após um período úmido de 04 anos (2007 a 2011) a área apresenta situação de seca desde o ano de 2012. Apenas a estação Toritama apresentou exceção, no ano de 2014, com vazão anual média muito próxima à vazão média anual esperada. A baixa recarga hídrica e a falta de chuvas na região colaboram para que a probabilidade dos rios monitorados apresentarem vazão média anual próxima à média esperada varia entre 20% e 10%.

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8. ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS

8.1 Informações Hidrogeológicas Gerais

Os 18 municípios que compõem o Consórcio CONIAPE estão inseridos na Mesorregião Agreste de Pernambuco, cuja característica hidrogeológica predominante é a existência de aquíferos fissurais ou fraturados oriundos de rochas cristalinas (ígneas e metamórficas), ocorrendo em menor proporção os aquíferos aluvionares provenientes de depósitos sedimentares que ocorrem nas várzeas de rios e lagos, bem como as surgências, descargas naturais de água capaz de fluir em pequenos cursos, podendo dar origem a uma fonte de acúmulo relacionada às fraturas existentes nas rochas. A capacidade produtiva dos poços tubulares construídos nas rochas cristalinas depende: _ das condições de fraturamento ou fendas existentes nas rochas, que podem ser identificas através de estudos geofísicos e mapeamentos geológicos; _ do projeto construtivo do poço – seguir as normas técnicas padrão construtiva; a capacidade da perfuração do equipamento; a profundidade; o diâmetro e o tipo do revestimento; e o equipamento de bombeamento instalado, após o devido teste de bombeamento indicativo da capacidade exploratória. A qualidade das águas é função direta da composição da rocha armazenadora. Regiões em que ocorrem sedimentos aluvionares (aluvião) é possível construir um poço misto, através do qual é possível captar, simultaneamente, água desta porção superior sedimentar e da porção da rocha cristalina, produzindo uma melhor qualidade devido à diminuição dos sais dissolvidos, além de uma maior quantidade. Construções de poços amazonas devem ser mais bem planejadas nas áreas de ocorrências de aluviões, para que estes tipos de captações possam efetivamente fazer parte de um potencial fornecedor de água de boa qualidade para as populações localizadas nas zonas rurais, bem como para a utilização na irrigação de subsistência e na criação de animais, inclusive associadas às construções, devidamente projetadas, de barragens subterrâneas. Para definir a qualidade das águas subterrâneas foi aplicada a Portaria no 1.469/FUNASA, que estabelece os padrões de potabilidade para o consumo humano, sendo o valor máximo permitido para os sólidos totais dissolvidos (STD) equivalente a 1000 mg/l:

- de 0 a 500 mg/l → água doce; - de 501 a 1.500 mg/l → água salobra; - > 1.500 mg/l → água salgada.

A CPRM (Serviço Geológico do Brasil), cuja missão é gerar e difundir conhecimento geológico, hidrológico e hidrogeológico básico para o desenvolvimento sustentável do

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Brasil, desenvolveu e publicou no ano de 2005 o “Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea no Estado de Pernambuco”, através do Ministério de Minas e Energia e do Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municípios (PRODEEM), que contemplou principalmente as regiões agreste e sertão dos estados brasileiros. As informações sobre captações subterrâneas (poços tubulares, poços amazonas e surgências) foram selecionadas diretamente do Banco de Informações do SIAGAS (Sistema de Informações de Águas Subterrâneas), desenvolvido pela CPRM, composto por uma base permanentemente atualizada, capaz de gerar relatórios e planilhas com dados hidrogeológicos que podem subsidiar, principalmente, a pesquisa e a gestão das águas subterrâneas, cujas pesquisas podem ser realizadas através do site http://siagasweb.cprm.gov.br. Ao acessar o SIAGAS através da internet, aparecerá a página principal disponível a pesquisa, indicando o número total de poços cadastrados e a respectiva data de atualização, como mostra a Figura 8.1.

Figura 8.1 - Página principal do SIAGAS WEB → quantidade de poços cadastrados

(274.354) → data da atualização (09/03/2016). Existem importantes conceitos (Tabela 8.1) quando se trata da situação em que se encontra um poço, ou seja, as condições operacionais, uma vez que diante do levantamento atualizado sobre o estado desta captação é possível subsidiar o gestor municipal para elaborar o planejamento de ações voltadas ao melhoramento do fornecimento de água, tais como:

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- distribuição espacial dos poços; - realizar manutenção/limpeza nos poços, capaz de fornecer dados sobre as

condições de funcionamento atualizadas, desde que executadas dentro das normas técnicas;

- projetar instalações de dissalinizadores efetivamente nos poços que são viáveis,

registrando as condições de manuseio e manutenções do sistema; - instalações de reservatórios de armazenamento d’água para distribuição em

locais estratégicos, capaz de serem contemplados com o reforço da captação subterrânea.

Tabela 8.1 - Conceitos adotadas para análise da situação dos poços cadastrados

no SIAGAS. Nos municípios integrantes do CONIAPE, foram cadastradas no SIAGAS 1.435 fontes de captações subterrâneas (Tabela 8.2), incluindo poços tubulares, poços amazonas e surgências, cujas características gerais são descritas a seguir, sendo as informações detalhadas por município e identificadas no Apêndice 3.

Situação dos Poços

Considerações

Equipado Poço onde foi instalado determinado equipamento de bombeamento para extração da água.

Não instalado Poço no qual ainda não foi instalado equipamento de bombeamento para extração da água.

Parado / Precário

Poço em que deve ter ocorrido algum problema no equipamento de bombeamento ou foi impedido de ser bombeado.

Seco Poço cujo teste de bombeamento indicou uma vazão insignificante ou inviável para ser equipado.

Abandonado Poço que, por decisões diversas, foi descartado para a função de fornecedor de água.

Obstruído / Fechado Poço que sofreu algum ato pelo qual danificou ou impediu a condução interna do seu revestimento.

Sem informação Poço que não foi repassada a situação e/ou impossível de verificar em campo.

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Tabela 8.2 - Municípios integrantes do Consórcio CONIAPE e as respectivas captações subterrâneas cadastradas no SIAGAS.

Município Captações

Subterrâneas Cadastradas

Bezerros 42

Bom Jardim 76

Brejo da Madre de Deus 58

Caruaru 208

Casinhas 33

Frei Miguelinho 59

João Alfredo 115

Orobó 58

Riacho das Almas 95

Santa Cruz do Capibaribe 117

Santa Maria do Cambucá 42

Surubim 82

São Caitano 60

São Joaquim do Monte 13

Taquaritinga do Norte 265

Toritama 18

Vertente do Lério 41

Vertentes 53

Município de Bezerros Domínios Hidrogeológicos - Bezerros está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 42 captações subterrâneas (poços tubulares) que aparecem com as características gerais representadas na Tabela 8.3, enquanto que a Figura 8.2 representa a situação dos poços tubulares. Tabela 8.3 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Bezerros – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água

mais Frequente

Uso da Água Situação de

Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

42 25 a 80 0,2 a 9,0

doce (17%) a salgada (83%)

doméstico, animal e irrigação

Obstruído/fechado e Sem informação

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Figura 8.2 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Bezerros – PE.

Município de Bom Jardim Domínios Hidrogeológicos – Bom Jardim está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 76 captações subterrâneas, sendo 72 poços tubulares e 4 poços amazonas, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.4, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.3. Tabela 8.4 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Bom Jardim - PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

72 3,5 a 70,0 0,3 a 10,5 salgada (5%) a doce (95%)

doméstico, animal e irrigação

Equipado e Sem informação

Poço Amazonas

4 3,5 a 6,0 0,5 doce doméstico e animal

Equipado e Não instalado

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Figura 8.3 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Bom Jardim – PE.

Município de Brejo da Madre de Deus Domínios Hidrogeológicos – Brejo da Madre de Deus está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 58 captações subterrâneas, sendo 57 poços tubulares e 1 poço amazonas, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.5, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.4. Tabela 8.5 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Brejo da Madre de Deus - PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

57 8,6 a 127,0 0,16 a 12,0

doce (0,06%) a salgada (99,94%)

doméstico, animal e irrigação

Sem informação e Obstruído/Fechado

Poço Amazonas

1 4,5 12,5 salobra doméstico Equipado

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Figura 8.4 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Brejo da Madre de Deus –

PE.

Município de Caruaru Domínios Hidrogeológicos – Caruaru está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 208 captações subterrâneas, sendo 201 poços tubulares, 3 poços amazonas e 4 surgências, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.6, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.5. Tabela 8.6 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Caruaru – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

201 6,0 a 143,0 0,1 a 17,6

doce (13%), salobra (28%) a salgada (59%)

doméstico, animal e irrigação

Sem informação, Equipado e Não instalado

Poço Amazonas

3 2,5 a 10,0 3,0 salobra a salgada doméstico e animal

Equipado, Sem informação e Obstruído/Fechado

Surgência 4 - 2,0 doce a salobra doméstico e animal

Equipada

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Figura 8.5 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Caruaru – PE.

Município de Casinhas Domínios Hidrogeológicos – Casinhas está totalmente inserida no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 33 captações subterrâneas, sendo 32 poços tubulares e 1 surgência, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.7, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.6. Tabela 8.7 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Casinhas – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular 32 22 a 60 0,3 a 13,2

salgada (100%)

doméstico, animal e irrigação

Sem informação e Parado/precário

Surgência 1 - 1,2 doce doméstico e animal

Equipada

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Figura 8.6 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Casinhas – PE.

Município de Frei Miguelinho Domínios Hidrogeológicos – Frei Miguelinho está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 59 captações subterrâneas, sendo 58 poços tubulares e 1 poço amazonas, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.8, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.7. Tabela 8.8 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Frei Miguelinho – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular 58 30 a 80 0,3 a 18,0

salgada (100%)

doméstico e animal

Sem informação e Equipado

Poço Amazonas

1 2,5 - salgada - Não instalado

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Figura 8.7 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Frei Miguelinho – PE.

Município de João Alfredo

Domínios Hidrogeológicos – João Alfredo está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 115 captações subterrâneas, sendo 114 poços tubulares e 1 surgência, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.9, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.8. Tabela 8.9 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

João Alfredo – PE.

Tipo Quantidade Profundida

de (m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

114 22 a 60 0,2 a 11,7

doce (5,26%), salobra (26,32%) e salgada (68,42%)

doméstico, animal e irrigação

Equipado e Sem informação

Surgência 1 - - doce doméstico Equipada

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Figura 8.8 - Situação dos Poços Tubulares no Município de João Alfredo – PE.

Município de Orobó Domínios Hidrogeológicos – Orobó está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 58 captações subterrâneas, sendo 43 poços tubulares, 12 poços amazonas e 3 surgências, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.10, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.9. Tabela 8.10 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Orobó – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular 43 9 a 66 0,5 a 6,9

salgada (2,94%), salobra (14,71%) e doce (82,35%)

doméstico, animal e irrigação

Equipado e Sem informação

Poço Amazonas

12 2 a 6 - doce doméstico e animal

Não instalado, Equipado e Parado

Surgência 3 - - doce doméstico e animal

Equipada e Sem informação

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Figura 8.9 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Orobó – PE.

Município de Riacho das Almas Domínios Hidrogeológicos – Riacho das Almas está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 95 captações subterrâneas, sendo 94 poços tubulares e 1 surgência, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.11, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.10. Tabela 8.11 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Riacho das Almas – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

94 7 a 75 0,12 a 10,7

salgada (19,51%), doce (24,39%) e salobra (56,10%)

doméstico, animal e irrigação

Equipado e Sem informação

Surgência 1 - - doce doméstico e animal

Equipada

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Figura 8.10 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Riacho das Almas – PE.

Município de Santa Cruz do Capibaribe Domínios Hidrogeológicos – Santa Cruz do Capibaribe está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 117 captações subterrâneas (poços tubulares), cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.12, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.11. Tabela 8.12 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Santa Cruz do Capibaribe – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

117 10 a 85 0,1 a 9,0 doce (18,75%), salgada (26,56%) e salobra (54,69%)

doméstico, animal e irrigação

Equipado e Sem informação

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Figura 8.11 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Santa Cruz do Capibaribe

– PE.

Município de Santa Maria do Cambucá Domínios Hidrogeológicos – Santa Maria do Cambucá está totalmente inserida no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 42 captações subterrâneas (poços tubulares), cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.13, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.12. Tabela 8.13 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Santa Maria do Cambucá – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionament

o mais Frequente

Poço Tubular

42 28 a 72 0,1 a 9,3

salobra (38,46%) e salgada (61,54%)

doméstico e animal

Sem informação

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Figura 8.12 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Santa Maria do Cambucá

– PE.

Município de Surubim Domínios Hidrogeológicos – Surubim está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 82 captações subterrâneas, sendo 80 poços tubulares e 2 poços amazonas, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.14, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.13. Tabela 8.14 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Surubim – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água

mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular 80 25 a 76,95 0,12 a 14,4

salobra (27,8%), doce (33,3%) e salgada (38,9%)

doméstico, animal e irrigação

Sem informação e Equipado

Poço Amazonas

2 4 a 6 1,2 a 3,0 doce doméstico e animal

Instalado

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Figura 8.13 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Surubim – PE.

Município de São Caetano Domínios Hidrogeológicos – São Caetano está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 60 captações subterrâneas (poços tubulares), cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.15, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.14. Tabela 8.15 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

São Caetano – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

60 19 a 75 0,1 a 7,23

doce (5,5%), salobra (38,9%) e salgada (55,6%)

doméstico e animal

Sem informação e Obstruído/Fechado

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Figura 8.14 - Situação dos Poços Tubulares no Município de São Caetano – PE.

Município de São Joaquim do Monte Domínios Hidrogeológicos – São Joaquim do Monte está totalmente inserido no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 13 captações subterrâneas (poços tubulares), cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.16, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.15. Tabela 8.16 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

São Joaquim do Monte – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

13 25 a 75 0,18 a 3,43

salobra (36,36%) e doce (63,64%)

doméstico

Parado/Precário e Obstruído/Fechado

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Figura 8.15 - Situação dos Poços Tubulares no Município de São Joaquim do Monte –

PE.

Município de Taquaritinga do Norte Domínios Hidrogeológicos – Taquaritinga do Norte está totalmente inserida no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 265 captações subterrâneas sendo 257 poços tubulares, 6 poços amazonas e 2 surgências, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.17, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.16. Tabela 8.17 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Taquaritinga do Norte – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular 257 4,8 a 100,0 0,15 a 10,0

doce (20,0%), salgada (27,10%) e salobra (52,9%)

doméstico, animal e irrigação

Equipado e Parado/precário

Poço Amazonas

6 3 a 10 1,8 a 3,0 doce a salobra

doméstico e animal

Não instalado e Equipado

Surgência 2 - 1,6 a 2,0 doce doméstico e animal

Equipada

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Figura 8.16 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Taquaritinga do Norte –

PE. Município de Toritama

Domínios Hidrogeológicos – Toritama está totalmente inserida no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 18 captações subterrâneas sendo 9 poços tubulares, 6 poços amazonas e 3 surgências, cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.18, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.17. Tabela 8.18 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Toritama – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular 9 50 a 100 1 a 6

salgada (33,3%) e salobra (66,7%)

doméstico e animal

Obstruído e Seco

Poço Amazonas

6 4,0 a 6,5 1,5 a 2,0

doce a salobra

doméstico Não instalado e Obstruído

Surgência 3 - 1,4 a 2,0

doce doméstico e múltiplo

Abandonada e Equipada

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Figura 8.17 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Toritama – PE.

Município de Vertente do Lério Domínios Hidrogeológicos – Vertente do Lério está totalmente inserida no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 41 captações subterrâneas (poços tubulares), cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.19, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.18. Tabela 8.19 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Vertente do Lério – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

41 30 a 60 0,2 a 10

doce (4,55%), salobra (40,91%) e salgada (54,54%)

doméstico, animal e industrial

Parado/Precário e Sem informação

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Figura 8.18 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Vertente do Lério – PE.

Município de Vertentes Domínios Hidrogeológicos – Vertentes está totalmente inserida no Domínio Hidrogeológico Fissural, formado de rochas do embasamento cristalino: rochas metamórficas e ígneas. Diagnóstico dos Poços Cadastrados – No Banco de Informações do SIAGAS foram cadastradas 53 captações subterrâneas (poços tubulares), cujas características gerais estão representadas na Tabela 8.20, sendo a situação dos poços tubulares representada na Figura 8.19. Tabela 8.20 - Características Gerais das Captações Subterrâneas Cadastradas em

Vertentes – PE.

Tipo Quantidade Profundidade

(m) Vazão (m³/h)

Qualidade da Água mais Frequente

Uso da Água

Situação de Funcionamento mais Frequente

Poço Tubular

53 15 a 80 0,2 a 9,0

salgada (33,33%) e salobra (66,67%)

doméstico e animal

Sem informação e Obstruído/Fechado

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Figura 8.19 - Situação dos Poços Tubulares no Município de Vertentes – PE.

8.2 Exemplo do Bom Uso do Aluvião no Semiárido Nordestino No Sítio Várzea Verde - Frei Martinho – PB, podemos destacar a Empresa Várzea Verde Água Potável Natural (Fotos 8.1A e 8.1B) como um exemplo do bom uso do Aluvião, uma vez que a mesma possui um poço amazonas construído em 2007 no aluvião do Riacho Várzea Verde, com 10m de profundidade, diâmetro = 3m e nível estático = 3m, Vazão = 9m³/h, equipado com bomba centrífuga de 7,5cv e produzindo água com Sólidos Totais Dissolvidos = 243,09 mg/l. Esta empresa instalou uma estação de tratamento da água com dessalinizador e ozonização capaz de produzir água com um valor de Sólidos Totais Dissolvidos = 115,12 mg/l, passando a comercializar água potável para as regiões do sertão e agreste da Paraíba. Com o rejeito são cultivados coqueiros, mangueiras, pitangueiras, goiabeiras, milho, feijão, capim, etc., bem como criação de tilápias.

(Foto 8.1A) (Foto 8.1B)

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Foto 8.1A - Detalhe do poço amazonas da empresa de água potável, equipado com bomba centrífuga, mostrando parte da área irrigada através do rejeito do

dessalinizador. Fonte: Alexandre Borba - CPRM (04/12/2012).

Foto 8.1B - Parte da estação de tratamento da água com dessalinizador e ozonização.

Fonte: Alexandre Borba - CPRM (04/12/2012).

8.3 Considerações Finais e Sugestões O Estado de Pernambuco possui leis específicas capazes de orientar os usuários das águas subterrâneas a utilizarem de maneira racional este bem mineral raro e importantíssimo: Lei No. 11.427/1997 (“Dispõe sobre a Conservação e Proteção das Águas Subterrâneas no Estado de Pernambuco e dá outras providências”) e o respectivo Decreto Regulamentador No. 20.423 /1998 e a Lei das Águas de Pernambuco No. 12.984/2005 (“Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos”). O Estado de Pernambuco possui leis específicas capazes de orientar os usuários das águas subterrâneas a utilizarem de maneira racional este bem mineral raro e importantíssimo: Lei No. 11.427/1997 (“Dispõe sobre a Conservação e Proteção das Águas Subterrâneas no Estado de Pernambuco e dá outras providências”) e o respectivo Decreto Regulamentador No. 20.423 /1998 e a Lei das Águas de Pernambuco No. 12.984/2005 (“Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos”). O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) recomendou a adoção do SIAGAS pelos órgãos gestores estaduais, secretarias dos governos estaduais, Agência Nacional de Águas (ANA) e Usuários dos Recursos Hídricos Subterrâneos, através da Moção No. 038 de 07/12/2006. Através do SIAGAS é possível selecionar informações sobre a situação em que se encontram os poços existentes numa determinada área de interesse, cujas informações sobre as características técnicas dos mesmos são capazes de orientar o gestor municipal a planejar ações voltadas ao fornecimento de água nas comunidades, através de dados imprescindíveis sobre o funcionamento dos mesmos. Outro fator indispensável é a escolha da empresa responsável pela construção e/ou manutenção de poços tubulares, podendo ser feita, por exemplo, através de consulta ao banco de informações do CREA-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco).

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9. RISCOS GEOLÓGICOS

9.1 Introdução e Objetivos

Anualmente, inúmeros desastres naturais têm ocorrido por todo o país, a exemplo das inundações de Alagoas e Pernambuco em 2010, Santa Catarina em 2011, as chuvas catastróficas ocorridas na região serrana do Rio de Janeiro, em janeiro de 2011 e as fortes chuvas que atingiram, em janeiro de 2012, os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e em fevereiro de 2012, o Acre, acarretando a perda de milhares de vidas humanas em suas totalidades e ultrapassando todas as expectativas e previsões dos sistemas de alerta existentes. Em dezembro de 2013, as chuvas de verão voltaram a fazer vítimas fatais e causaram grandes prejuízos nos estados do Espirito Santo e Minas Gerais. Em 2014, chuvas concentradas, da ordem de 360 mm em 36h, atingiram Natal – RN, causando muitos prejuízos em plena Copa do Mundo. Em 2015, chuvas concentradas atingiram os estados de RS, SC, PR, SP, RJ, MG, ES, BA, AL, PE, RN e grande parte da região norte do país, com muitas vítimas e grandes prejuízos nas áreas atingidas. Diante deste quadro, que parece evoluir negativamente nas últimas décadas, desde 2011, o Governo Federal tomou a decisão de criar um programa de prevenção de desastres naturais, visando minimizar seus efeitos sobre toda a população. O crescimento acelerado das cidades, aliado à sua ocupação desordenada, gerada pela falta de políticas eficazes de controle urbano, tem sido o principal responsável pelas consequências catastróficas das anomalias meteorológicas que se sucedem em grandes e pequenos núcleos urbanos. Ocupação de encostas sem nenhum planejamento ou critério técnico, bem como a ocupação das planícies de inundação dos principais cursos d’água que cortam a maioria dos municípios brasileiros, tem sido os principais causadores de mortes e de grandes perdas materiais. Visando uma redução geral dessas perdas, o Governo Federal, em ação coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e em consonância com os Ministérios da Integração Nacional, Ministério das Cidades, Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Defesa e o Ministério de Minas e Energia, firmaram convênios de colaboração mútua para executar em todo o país o diagnóstico e mapeamento de áreas com potencial de risco alto a muito alto. O programa está sendo executado pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM, empresa do Governo Federal ligada ao Ministério de Minas e Energia, inicialmente com duração prevista para quatro anos, tendo sido iniciado em 2011, com previsão de setorização de 821 municípios em todo o Brasil até 2014. Posteriormente, a partir de 2015, esta meta foi ampliada para 1.200 municípios. Devido às grandes demandas e ao histórico problemático de vários municípios brasileiros, iniciou-se uma ação emergencial desde novembro de 2011 em alguns municípios mais críticos, com o objetivo de setorizar, descrever e classificar as áreas com potencialidade para Risco Alto e Muito Alto. Em continuação, passou-se a setorizar cada um dos municípios da lista de 1.200 municípios mais vulneráveis aos processos de risco geológico, seguindo indicações da Defesa Civil Estadual de cada Estado Brasileiro.

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Os dados resultantes deste trabalho emergencial estão sendo disponibilizados em caráter primário à Defesa Civil de cada município estudado e os dados finais estão alimentando o banco nacional de dados do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), órgão criado pelo Governo Federal em 2011, ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia localizado atualmente em Cachoeira Paulista – SP, responsável pelo monitoramento permanente e emissão de alertas da ocorrência de eventos climáticos de maior magnitude que possam colocar em risco vidas humanas em todo o país. Paralelamente, esses dados são enviados ao CENAD (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), localizado em Brasília - DF, ligado ao Ministério da Integração Nacional, que tem como atribuições, dentre outras, o monitoramento, previsão, prevenção, preparação, mitigação e resposta aos desastres naturais, direcionando os alertas aos estados e municípios em situação de risco.

9.2 Metodologia

O trabalho é desenvolvido com a visita de campo às áreas com histórico de desastres naturais ou identificadas pelas Defesas Civis municipais como sendo de Alto ou Muito Alto risco, ainda que sem registro de acidentes. No local, observamos as condições das construções e, em seu entorno, topografia e declividade do terreno, condições de escoamento de águas pluviais e servidas, estrutura da drenagem natural e indícios de processos geológicos instalados ou em processo de instalação, que possam estar desestabilizando as encostas do terreno, com potencial para a ocorrência de escorregamentos, rolamento de blocos e outros processos, naturais ou condicionados pela ação antrópica. Em áreas com potencial apenas para inundações (áreas planas), é feita análise da drenagem, com observação de fatores como assoreamento, lançamento de lixo e detritos nas margens, pontos de retenção do escoamento e estado da mata ciliar. O trabalho é complementado com análise de imagens aéreas de setores mais amplos do terreno, definindo-se um setor de risco de acordo com um conjunto de situações de similares dentro de um mesmo contexto geográfico.

Caracterização dos Setores de Risco

Os trabalhos de setorização de risco desenvolvidos pelo Serviço Geológico do Brasil-CPRM levantam e descrevem apenas aqueles setores cujo grau de risco situa-se nos níveis Alto (R3) e Muito Alto (R4), conforme a classificação do Ministério das Cidades, 2007 (Tabela 9.1, Castro et. Al., 2007). Dessa forma, alguns dos setores indicados e visitados, não foram inseridos neste levantamento por estarem enquadrados nos níveis R1 e R2, perfeitamente administráveis por monitoramento e pequenas intervenções das prefeituras.

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Tabela 9.1 - Classificação de grau de risco (Castro et al., Ministério das Cidades, 2007).

Os polígonos definidos como setores de risco marcam as áreas com maior probabilidade de ocorrência de desastres, de acordo com avaliação feita pelos técnicos da CPRM que visitaram as áreas, considerando também os relatos dos moradores e os registros municipais de ocorrências. Destacando que os limites destes polígonos devem ser atualizados periodicamente, pois a dinâmica dos riscos evolui ou regride com a passagem do tempo, conforme a adoção ou não de políticas mitigadoras de riscos, pela prefeitura local. Com relação especificamente ao grupo de desastres relacionados com o incremento das precipitações hídricas e com as inundações, até a publicação da Lei N°12.608 (Brasil, 2012), era utilizada a CODAR (Codificação de Desastres, Ameaças e Riscos), em que se considerava dois tipos de inundação: as enchentes ou inundações graduais e as enchentes ou inundações bruscas. Após a publicação dessa lei, passou a ser adotada a COBRADE (Classificação e Codificação Brasileira de Desastres), que divide a categoria de desastres naturais em cinco grupos, sendo o Grupo 2 o que se refere aos desastres hidrológicos (inundações, enxurradas e alagamentos). Nesse grupo, as enchentes ou inundações graduais passaram a ser denominadas simplesmente inundações; e as enchentes ou inundações bruscas, enxurradas.

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De acordo com Castro et al. (2007), as inundações são características de grandes bacias de drenagem e de rios de planície, sendo nitidamente cíclicas e sazonais, com as águas elevando-se de forma paulatina e previsível, mantendo-se em situação de cheia durante algum tempo e, a seguir, escoando gradualmente. Conforme os mesmos autores, as enxurradas são provocadas por chuvas intensas e concentradas em um curto período, em regiões de relevo acidentado, caracterizando-se pela produção de súbitas e violentas elevações dos caudais, que, em seguida, escoam de forma rápida e intensa. Existem diferenças fundamentais entre a inundação e a enxurrada com relação a parâmetros como velocidade, tempo, magnitude e área de ocorrência do evento. Por exemplo: ao contrário das inundações, as enxurradas em geral ocorrem em bacias ou sub-bacias de médio e pequeno porte, sendo o fenômeno circunscrito a uma pequena área (Castro et al., 2007).

9.3 Municípios do CONIAPE: Dos 18 municípios do CONIAPE apenas cinco (05) foram setorizados para risco geológico dentro do Programa Ação Emergencial para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes e Movimentos de Massa, executado por técnicos da CPRM entre Fevereiro/2012 e Maio/2016: Bezerros, Bom Jardim, Caruaru, São Caetano e São Joaquim do Monte. Dentre os principais processos de risco identificados, citam-se: Deslizamento de Encostas, Corridas de Massa, Corrida de Detritos, Queda e/ou Rolamento de Blocos, Inundações, Enxurradas e Erosão/Ravinas/Voçorocas, entre outros. A seguir, elencamos em forma de Tabela os setores de risco R3 (Risco Alto) e R4 (Risco Muito Alto) de cada município, e disponibilizamos ao fim do relatório, em anexo, as pranchas feitas em COREL DRAW e convertidas para PDF de cada um destes setores, com fotografias, imagem do polígono de risco do setor no Google Earth, coordenadas UTM e uma breve descrição dos problemas observados e das sugestões de ações estruturais e não-estruturais para mitigação ou solução dos problemas observados.

Bezerros O município de Bezerros-PE foi setorizado em 2013, tendo sido identificados 03 (três) setores de risco geológico nas categorias Alto (R3) ou Muito Alto (R4), como pode ser visto na Tabela 9.2 abaixo:

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Tabela 9.2 - Setores de Risco Geológico de Bezerros-PE

LOCAL NUM_SETOR TIPOLOGIA GRAU DE RISCO

Setor Poção/Rio Ipojuca (Área Rural)

PE_BEZ_SR_01_CPRM Inundação R4

Setor Fazendinha-Centro/Rio Ipojuca

PE_BEZ_SR_02_CPRM Inundação R3

Setor Canal do Salgado

PE_BEZ_SR_03_CPRM Inundação R3

Bom Jardim O município de Bom Jardim-PE foi setorizado em 2015, tendo sido identificados 03 (três) setores de risco geológico nas categorias Alto (R3) ou Muito Alto (R4), como pode ser visto na Tabela 9.3 abaixo:

Tabela 9.3 - Setores de Risco Geológico de Bom Jardim-PE

LOCAL NUM_SETOR TIPOLOGIA GRAU DE RISCO

Setor Avenida José Moreira de Andrade-Bairro Centro

PE_BOMJARD_SR_01_CPRM Deslizamento Planar

R3

Setor Rua Manoel Augusto-Bairro Centro

PE_BOMJARD_SR_02_CPRM Inundação R3

Setor Travessa do Derby-Bairro Centro

PE_BOMJARD_SR_03_CPRM Deslizamento Planar

R3

Caruaru

O município de Caruaru-PE foi setorizado em 2012, tendo sido identificados 03 (três) setores de risco geológico nas categorias Alto (R3) ou Muito Alto (R4), como pode ser visto na Tabela 9.4 abaixo:

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Tabela 9.4 - Setores de Risco Geológico de Caruaru-PE

LOCAL NUM_SETOR TIPOLOGIA GRAU DE

RISCO

Setor Monte Bom Jesus

PE_CAR_SR_01_CPRM Rolamento de Blocos R3 e R4

Setor Rio Ipojuca e Riacho dos Mocós

PE_CAR_SR_02_CPRM Inundações R3

Setor Barragem Jaime Nejaim

PE_CAR_SR_03_CPRM Enxurradas/Inundações em caso de rompimento da barragem

R4

São Caetano O município de São Caetano-PE foi setorizado em 2015, tendo sido identificado apenas 01 (um) setor de risco geológico nas categorias Alto (R3) ou Muito Alto (R4), como pode ser visto na Tabela 9.5 abaixo:

Tabela 9.5 - Setor de Risco Geológico de São Caetano-PE

LOCAL NUM_SETOR TIPOLOGIA GRAU DE

RISCO

Setor Travessa Sete de Agosto-Bairro Centro

PE_SAOCAIT_SR_01_CPRM Inundações R3

São Joaquim do Monte O município de São Joaquim do Monte - PE foi setorizado em 2014, tendo sido identificados 02 (dois) setores de risco geológico nas categorias Alto (R3) ou Muito Alto (R4), como pode ser visto na Tabela 9.6 abaixo:

Tabela 9.6 - Setores de Risco Geológico de São Joaquim do Monte-PE

LOCAL NUM_SETOR TIPOLOGIA GRAU DE

RISCO

Setor Bairro Barra do Riachão

PE_SJM_SR_01_CPRM Inundações R3

Setor Rua Antônio de Carvalho, Bairro Centro

PE_SJM_SR_02_CPRM Enxurradas R3

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9.4 Observações Finais Este capítulo tem caráter informativo e, em si, não esgota a análise das áreas de risco aqui consideradas. O simples convívio com as situações de risco sem a adoção de medidas estruturadoras, não mantém o grau de risco estacionado. A evolução é natural... Portanto, faz-se necessário monitorar e manter um trabalho constante para a minimização dos efeitos, na ocorrência de Desastres Naturais.

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10. CARTOGRAFIA MUNICIPAL

A seguir são apresentados os mapas individualizados por municípios, em tamanho A3.

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11. BIBLIOGRAFIA

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BRASIL. Lei nº 12.608, de 10 de Abril de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil- PNPDEC; dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil- SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil- CONPDEC; autoriza a criação de sistema de informações e monitoramento de desastres; altera as Leis nºs 12.340, de 1° de Dezembro de 2010; 10.257, de 10 de Julho de 2001; 6.766, de 19 de Dezembro de 1979; 8.239, de 4 de Outubro de 1991; e 9.394, de 20 de Dezembro de 1996; e dá outras providências. Brasília, 2012. CASTRO, Antonio Luiz Coimbra et al. Manual de desastres: desastres naturais. Brasília: Ministério das Cidades. 2007. 182p. COSTA, Margarida Regueira da. Sustentabilidade hídrica e qualidade das águas: avaliação das estratégias de convivência com o semi-árido. Orientador: José Almir Cirilo. Recife, 2009. 374 p. il. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009. CPRM - Serviço Geológico do Brasil. Estudos de Consistência de Dados Fluviométricos das Bacias Hidrográficas Brasileiras. Bacia do Rio Capibaribe (Sub-bacia 39). Recife. Novembro, 2013. LACERDA, F.; FERREIRA, M. A. F.; SOUZA, W. M. de. Climas do Estado de Pernambuco. In: PERNAMBUCO. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Atlas de Bacias Hidrográficas de Pernambuco. Recife: A Secretaria, 2006. 104 p. p.16-17 LIMA, Mário Ivan Cardoso de et al. Projeto ferro titanado de Floresta (PE). Geologia. Salvador: Projeto RADAMBRASIL, 1985. v.1 MELO, Silvana de Carvalho. Estrutura, Petrologia e Geocronologia do Batólito Brejo da Madre de Deus (Estado de Pernambuco), relações com a Zona de Cisalhamento Pernambuco Leste, Nordeste do Brasil. Recife, 2002. 1 CD-ROM. Tese (Doutorado em Geociências) - Centro de Tecnologia e Geociências Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2002. PERNAMBUCO. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco. Recife: SRHPE/Governo do Estado de Pernambuco,1998. 2v. SANTOS, A. M.; GALVÍNCIO, J. D. O fenômeno de La Niña atuando sobre a precipitação pluviométrica do município de Timbaúba - Pernambuco. In: ENCONTRO NACIONAL DE PÓS - GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA, 8., 2009, Curitiba. Anais. Curitiba, 2009b. [CD-ROM] SANTOS, A. M.; GALVÍNVIO, J. D.; MOURA, M. S. B de. Homogeneização da precipitação pluviométrica na bacia hidrográfica do rio Goiana - PE, com método de análise de agrupamento. Revista Brasileira de Geografia Física, Recife, v.1, n.1, mai/ago, 2008b. p.14-27.

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