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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA PRAÇA PRESIDENTE TANCREDO NEVES NA CIDADE DE MARILAC-MG Moris Albert Paiva, aluno do 5º período de Tecnologia em Gestão Ambiental do IFMG, Campus Governador Valadares, [email protected] Luiz Fernando da Rocha Penna - Professor MSc. do IFMG, Campus Governador Valadares, [email protected] RESUMO Este trabalho teve como objetivo geral realizar o diagnóstico ambiental da Praça Presidente Tancredo Neves na cidade de Marilac-MG, avaliando o espaço físico e realizando os levantamentos das espécies arbóreas, arbustivas e rasteiras da Praça. Foi constatado que existem vinte espécies arbóreas, arbustivas e rasteiras diferentes no local, distribuídas em dezesseis famílias, uma fonte luminosa, banco de aço inox, uma área ampla para shows e excelente iluminação. Pode-se constatar também que a praça é bem cuidada e é frequentada pela população local. Palavras-chave: diagnóstico ambiental; meio físico; espécies arbóreas, arbustivas e rasteiras. ABSTRACT This study aimed to conduct general environmental diagnostics of President Tancredo Neves Square in Marilac-MG city, evaluating the physical space and conducting surveys of tree species, shrubs and creepers Square. Getting noticed that there are twenty species of trees, shrubs and creeping in different location, distributed in sixteen families, a light fountain, benches stainless steel, granite flooring, a large area for concerts, and excellent lighting. It can be seen that the square is well cared for and is frequented by locals. Keywords: environmental diagnosis, physical environment, trees, shrubs and trailing.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA PRAÇA PRESIDENTE

TANCREDO NEVES NA CIDADE DE MARILAC-MG

Moris Albert Paiva, aluno do 5º período de Tecnologia em Gestão Ambiental do IFMG,

Campus Governador Valadares, [email protected]

Luiz Fernando da Rocha Penna - Professor MSc. do IFMG, Campus Governador

Valadares, [email protected]

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo geral realizar o diagnóstico ambiental da

Praça Presidente Tancredo Neves na cidade de Marilac-MG, avaliando o

espaço físico e realizando os levantamentos das espécies arbóreas, arbustivas

e rasteiras da Praça. Foi constatado que existem vinte espécies arbóreas,

arbustivas e rasteiras diferentes no local, distribuídas em dezesseis famílias,

uma fonte luminosa, banco de aço inox, uma área ampla para shows e

excelente iluminação. Pode-se constatar também que a praça é bem cuidada e

é frequentada pela população local.

Palavras-chave: diagnóstico ambiental; meio físico; espécies arbóreas,

arbustivas e rasteiras.

ABSTRACT

This study aimed to conduct general environmental diagnostics of President

Tancredo Neves Square in Marilac-MG city, evaluating the physical space and

conducting surveys of tree species, shrubs and creepers Square. Getting

noticed that there are twenty species of trees, shrubs and creeping in different

location, distributed in sixteen families, a light fountain, benches stainless steel,

granite flooring, a large area for concerts, and excellent lighting. It can be seen

that the square is well cared for and is frequented by locals.

Keywords: environmental diagnosis, physical environment, trees, shrubs and

trailing.

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1. INTRODUÇÃO

Hoje, 84% da população brasileira vivem nas cidades (IBGE, 2010) e por esta

razão, há uma preocupação legítima em torná-las mais humanas de maneira que o

lazer, a recreação e a melhoria das condições ambientais tenham um importante papel

no cotidiano coletivo.

Em muitas cidades a praça pública é o espaço utilizado para festividades e é

nela que acontecem os encontros do cotidiano na maioria das cidades pequenas.

Lamas (1993) define a praça como o lugar público intencional de permanência, de

encontro, de comércio e de circulação, funcionando ainda como palco para

importantes acontecimentos festivos, comemorações e manifestações, o que faz a

gestão ambiental desses lugares assumirem um lugar de destaque.

Assim, as praças públicas tratadas de forma planejada constituem um benefício

social, podendo melhorar e equilibrar o microclima urbano, minimizar a poluição

atmosférica causada por gases e partículas (JENSEN et al., 1976; ROBERTS, 1980).

Podem também minimizar a poluição sonora e visual, harmonizar a paisagem urbana,

contribuir na organização dos espaços urbanos, auxiliar na captação das águas

pluviais, umidificar o ar, oferecer proteção aos habitantes contra os raios solares e

abrigar a fauna (REETHOF e HEISLER, 1976).

A arborização urbana das praças tem como intenção melhorar a qualidade de

vida nos centros urbanos elevando a qualidade da saúde e do lazer das

pessoas, como principal função (MALAVASI, 1994). Em se tratando de ambiente que

assume funções psicológicas, pode-se dizer que as praças desempenham este papel

graças a todos os benefícios que proporcionam ao homem, quando este entra em

contato com a natureza (POLITA, 2010).

São muitos os benefícios proporcionados por uma arborização planejada e

eficiente, porém, a arborização não é freqüentemente bem planejada nas cidades.

Quando esta é feita, é de forma inadequada e sem planejamento, deixando de

oportunizar bem estar e causando problemas como o uso de árvores incompatíveis

com espaço disposto, o uso de árvores frutíferas com risco de depredação por

vândalos, conflito de árvores de grande porte que interferem na fiação, iluminação,

calçadas, muros, etc. (VELASCO, 2006). Como conseqüência, perde-se a eficácia da

arborização em transmitir conforto físico e psíquico, acarretando infortúnios e

transtornos (MALAVASI, 1994).

A iluminação das praças tem a função de proporcionar segurança a seus

usuários, manter o valor visual e o conforto do ambiente noturno. A distribuição das

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luminárias deve ser feita de modo a proporcionar aparência homogênea a toda massa

de vegetação (DEMATTÊ, 1999 apud GIMENES et al. 2011).

Com a crescente urbanização das cidades, a preservação, recuperação e

criação de espaços verdes urbanos, são grandes as preocupações de estudiosos e

planejadores urbanos, já que tais espaços são fundamentais para a qualidade

ambiental e de vida da população (MILANO e DALCIN, 2000; SILVEIRA e BARROS,

2001 apud RESENDE e SANTOS, 2010). Embora quase todas as cidades brasileiras

tenham praças, parques e outras áreas onde a população possa ter momentos de

lazer e desfrutar da natureza, poucas possuem esses espaços organizados, tornando-

os apenas em espaços abertos ao ar livre e de uso público (GRIFFITH e SILVA, 1987;

CAVALHEIRO e DEL PICCHIA, 1992).

Para isso, os seus administradores precisam contar com avaliações e

diagnósticos permanentes do seu meio físico e biótico para subsidiar o planejamento

adequado das áreas verdes públicas urbanas, com vistas a obter melhores condições

de uso pela população para uma boa de qualidade de vida (JENSEN et al. 1976;

ROBERTS, 1980).

Este trabalho torna-se importante, uma vez que irá levantar informações sobre

o meio físico e biótico da Praça Presidente Tancredo Neves, levando ao conhecimento

do Poder Público Municipal, sugestões para que o mesmo adote medidas de melhoria

nesse espaço, objetivando sempre a melhoria da qualidade de vida da população

marilaquense e dos turistas.

Desse modo, esse trabalho tem como objetivo geral diagnosticar

ambientalmente a Praça Presidente Tancredo Neves na cidade de Marilac-MG, e

como objetivos específicos: Identificar as condições do meio físico e as espécies

arbóreas, arbustivas e rasteiras da Praça Presidente Tancredo Neves, na cidade de

Marilac-MG.

2. MATERIAIS E METODOS

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Marilac é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, de Bioma Mata

Atlântica, localizado no leste mineiro (Figura 1) com população de 4.219 habitantes

(IBGE, 2010). É uma cidade que tem a economia voltada para a pecuária e agricultura.

Situa-se à margem esquerda da rodovia BR 116, a qual é mais conhecida como Rio -

Bahia, sendo necessário trafegar 30 km pela MG 451 até chegar à cidade. O município

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fica há 384 km da cidade Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais. A cidade

de Marilac faz divisa com os municípios de Governador Valadares, Frei Inocêncio,

Mathias Lobato, Itambacuri, São José da Safira, Nacip Raydan e Coroaci. Segundo o

IBGE (2010), o município possui uma área de 159 Km².

Figura 1- Localização do espaço-geográfico do Município de Marilac-MG.

Fonte: IBGE (2013); Própria (2013).

A Praça Presidente Tancredo Neves fica localizada no centro da cidade de

Marilac com uma área de aproximadamente 7.800 m² (Prefeitura Municipal de

Marilac). Para se ter uma melhor localização da Praça Presidente Tancredo Neves foi

utilizado um GPS da marca Garmin, modelo eTrex® H, para marcar as coordenadas

geográficas, as quais foram 18º30’26.9” longitude sul e 42º04’55.0” latitude oeste, o

local de marcação do ponto foi a fonte luminosa que tem na referida praça.

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2.2 TIPO DE ESTUDO

O presente estudo é quantitativo de caráter exploratório descritivo. Segundo

Fonseca (2002), a pesquisa quantitativa se centra na objetividade e é influenciada pelo

positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise

de dados brutos, recolhidos como auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A

pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de

um fenômeno, as relações entre variáveis, e outros (FONSECA, 2002).

A pesquisa exploratória é designada como quase cientifica ou não cientifica,

que segundo Cervo, Bervian e Da Silva (2007), é normalmente o passo inicial no

processo de pesquisa pela experiência e um auxilio que traz a formulação de hipótese

significativa para posteriores pesquisas. A pesquisa exploratória não requer a

elaboração de hipótese a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir

objetivos e buscar mais informações sobre determinado assunto de estudo. A mesma

realiza descrições precisas de situação e quer descobrir as relações existentes entre

seus elementos componentes (CERVO; BERVIAN; DA SILVA 2007).

Ainda segundo os autores a pesquisa descritiva, observa, registra, analisa e

correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com

maior precisão possível, frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e

conexão com outros, sua natureza e suas características. Estudo descritivo trata-se da

descrição das características, propriedades ou relações existentes na comunidade,

grupo ou realidade pesquisada (CERVO; BERVIAN; DA SILVA 2007).

2.3 FONTE DE DADOS

Para levantar dados para o presente trabalho foram realizadas visitas à

Prefeitura Municipal e à Praça Presidente Tancredo Neves, a fim de buscar

informações e registrar os possíveis problemas existentes no meio físico que poderão

dificultar a acessibilidade dos usuários e para identificar as espécies e a quantidade

classificando as como arbórea, arbustiva e rasteiras.

Para obtenção dos dados, foram realizadas seis visitas “in loco”, sendo quatro

no ano de 2012 e duas no ano de 2013. No ano de 2012 a primeira visita na praça foi

para identificar possíveis problemas visíveis no meio físico, na segunda visita foi

realizada a contagem e identificação das espécies existentes, a terceira visita teve

como objetivo a verificação dos problemas constatados na primeira visita, a quarta

visita teve como objetivo marcar os pontos das coordenadas geográficas, sendo ainda

realizada uma visita à Prefeitura Municipal para a obtenção de alguns dados

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referentes à praça. No ano de 2013, na primeira visita foram realizados alguns

registros fotográficos na praça em dias de festividades registrando alguns problemas

que aparecem durante os eventos, e a segunda visita do corrente ano teve como

objetivo realizar registros fotográficos das espécies existentes na praça.

Assim, foi realizado um registro fotográfico na praça com o intuito de comprovar

os problemas existentes e as espécies arbóreas, arbustivas e rasteiras que tem na

praça. Para o registro fotográfico foi utilizada uma máquina fotográfica da marca GE

modelo X400.

Para o levantamento e identificação das espécies vegetais foram utilizados os

livros Plantas Ornamentais no Brasil e Árvores Brasileiras: Manual de identificação e

cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, sendo elaborada uma tabela com os

seguintes dados: nome popular, nome científico, família, quanto ao porte, quanto à

origem e a quantidade de cada espécie. A situação de cada árvore foi avaliada quanto

aos sinais de vandalismo e confronto com a rede elétrica.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA PRAÇA PRESIDENTE TANCREDO

NEVES – ESPAÇO FÍSICO

No ano de 2010 a Praça Presidente Tancredo Neves passou por uma reforma

feita em duas etapas, que custou aos cofres públicos municipais cerca de

R$ 620.768,19 (seiscentos e vinte mil setecentos e sessenta e oito reais e dezenove

centavos). Na primeira etapa foram gastos R$ 406.593,19 (Quatrocentos e seis mil

quinhentos e noventa e três reais e dezenove centavos), na segunda etapa os gastos

foram de R$214.175,00 (duzentos e quatorze mil cento e setenta e cinco reais), gastos

no piso de granito da praça (Prefeitura Municipal de Marilac-MG).

Apesar da Praça Presidente Tancredo Neves conter placa de identificação, foi

observado que o nome está escrito errado, pois o nome da praça segundo

informações obtida na Prefeitura Municipal é Praça Presidente Tancredo Neves, porém

na placa de identificação que está fixada, o nome consta como Praça Tancredo de

Almeida Neves. Observou-se que a área de estudo possui apenas uma rampa para

acessibilidade aos usuários (portadores de necessidades especiais, idosos e

crianças). Os bancos existentes são de aço inox e estão em locais não sombreados e

em dias de muito sol torna-se inviável para pessoas se assentarem, devido o

aquecimento.

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Com a reforma da praça no ano de 2010 todas as espécies existentes foram

replantadas e ainda não está oferecendo sombreamento adequado, o que virá com o

crescimento das árvores. Duas espécies arbóreas estão muito próximas o que pode

com o espaçamento inadequado prejudicar o desenvolvimento das espécies e é

necessário que uma delas seja transplantada, uma das espécies arbóreas apresenta

sinais de vandalismo, os quais provavelmente foram feitos com objetos perfuro

cortantes. Outro problema que foi constatado na praça, é que em dias de festas as

pessoas que freqüentam o local jogam resíduos sólidos por toda a praça,

principalmente por cima dos canteiros, pois as lixeiras não são suficientes para

comportar toda demanda.

A Praça conta com muitos pontos positivos que podem ser descritos, tais

como: Iluminação suficiente, sendo 15 postes ao redor, 09 luminárias, 05 refletores em

um dos canteiros para destacar uma das espécies e 11 refletores embutidos no piso.

Durante as visitas pode-se constatar que a rede elétrica da praça é toda subterrânea e

não existe conflito aéreo entre árvores e rede elétrica. Em toda a praça existem 08

lixeiras, 16 canteiros, 12 pares de bancos, os quais têm um tabuleiro de damas para

que as pessoas possam jogar e se descontraírem, conta ainda com duas tendas

cobertas para protegerem os usuários de chuvas e sol, e uma fonte luminosa para

ainda mais embelezar todo o espaço, tudo em bom estado de conservação. A Praça

Presidente Tancredo Neves, dispõe de uma excelente rede de irrigação e de uma boa

drenagem. Todos os canteiros possuem placas educativas. A referida praça recebe

manutenção diariamente e ainda conta com a presença de vigia noturno.

O presente estudo possui semelhança com a pesquisa desenvolvida por

Gimenes et al. (2011), pois os autores realizaram um trabalho na Praça Sete de

Setembro na cidade de Ribeirão Preto-SP que tem uma área 16.619,41m²,

abordaram o estado de conservação dos bancos , piso, iluminação (GIMENES et al.

2011).

As Figuras de 2 a 7 retratam alguns pontos negativos e as figuras de 8 a 10

retratam alguns pontos positivos que foram diagnosticados na Praça Presidente

Tancredo Neves durante as visitas.

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Figura 2- Erro na placa de identificação

Fonte: própria, ( Ago/2012).

Figura 3- Resíduos sólidos nos canteiros

Fonte: própria, (Jan/2013).

Figura 4- Espécies em conflito

Fonte: própria, (Jan/ 2013).

Figura 5- Vandalismo na árvore.

Fonte: própria, (Ago/2012).

Figura 6- Falta de espécie no

canteiro.

Fonte: própria (Ago/ 2012).

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3.2 IDENTIFICAÇÕES DAS ESPÉCIES ARBÓREAS, ARBUSTIVAS E

RASTEIRAS DA PRAÇA PRESIDENTE TANCREDO NEVES:

Foram identificados 285 indivíduos, sendo distribuídas em 20 espécies

diferentes, em um total de 16 famílias. Em relação às espécies identificadas, a praça

apresentou uma diversificação significativa como mostra Tabela I.

Figura 10- Lixeira e bancos em bom

estado de conservação.

Fonte: própria, (Ago/2012).

Figura 4: Tenda na praça

Fonte: própria, Ago/2012.

Figura 9- Tenda na Praça

Fonte: própria, (Ago/2012).

Figura 8- Placa Educativa

Fonte: própria (Ago/2012).

Figura 7- Árvore sendo usada como

Adornos Natalinos.

Fonte: própria ( Jan/ 2013).

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Tabela I: Espécies Identificadas na Praça Presidente Tancredo Neves na

cidade de Marilac-MG, no ano de 2012.

NOME

POPULAR

NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA PORTE ORIGEM Qtde

.

Rosas Rosa x grandiflora

hort

Rosaceae Arbustiva Nativa 104

Bulbine Bulbine frutescens Asphodelaceae Arbustiva Exótica 60

Ixoria Ixoria coccinea Rubiaceae Arbustiva Exótica 34

Virbuno Viburnum

suspensum Adoxaceae Arbustiva Exótica 33

Lampião/

Hibisco

Hibiscus rosa-

sinensis

Malvaceae Arbustiva Exótica 27

Cipreste Cupressus hartwegii Cupressaceae Arbórea Exótica 08

Sibipiruna Caesalpinia

peltophoroides

Fabaceae Arbórea Nativa 06

Cica Cycas revoluta Cycadaceae Arbustiva Exótica 05

Pau Brasil Caesalpinia echinata

Lam

Caesalpiniaceae Arbórea Nativa 02

Cipó Neve Arrabidaea florida Bigoniaceaceae Arbustiva Nativa 01

Cipó Roxo Arrabidaea

candicans

Bigononiaceae Arbustiva Nativa 01

Palmeira

Azul

Bismarckia nobilis Arecaceae Arbórea Exótica 01

Palmeira

Imperial

Roystonea

oleraceae

Arecaceae Arbórea Exótica 01

Palmeira

Vermelha

Cyrtostachys renda Arecaceae Arbórea Exótica 01

Pinheiro Araucaria

columnares

Araucariaceae Arbórea Exótica 01

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Azulzinha Evolvulus

glomeratus

Convolvulaceae Rasteira Nativa -

Coroa de

Cristo

Euphorbia milii Euphorbiaceae Arbustiva Exótica -

Grama

Esmeralda

Zoysia japonica Poaceae Rasteira Exótica -

Rabo-de-

gato

Acalypha repens Euphorbiaceae Rasteira Exótica -

Verônica Veronica protrata Scrophulariaceae Rasteira Exótica -

Total - - - - 285

Fonte: Própria, Set/2012.

Das 20 espécies catalogadas, 06 são nativas e 14 são exóticas. Os conceitos

de espécie nativa ou exótica são usados, em geral, como sinônimos de nacional e

estrangeira. Em alguns casos, esse conceito é estendido para unidades geográficas

ainda maiores, considerando-se exóticas as espécies vindas de outros países e

continentes (SANTOS et al. 2008, apud RESENDE e SANTOS, 2010).

Em relação ao levantamento e identificação das espécies arbóreas, arbustivas

e rasteiras, observou-se que a distribuição dessas espécies no interior da praça ficou

bem planejada, com exceção de duas árvores que necessitam de um espaçamento

maior entre elas.

Na cidade de Uberlândia-MG, Resende e Santos (2010), realizaram a

identificação arbórea das cinco praças do bairro Jaraguá, sendo que foi identificado

um total de 196 indivíduos arbóreos diferentes, foram identificadas também espécies

nativas e exóticas, sendo que 63,73% dos indivíduos arbóreas são de origem exótica e

vandalismo em algumas espécies arbóreas (RESENDE e SANTOS, 2010). Assim

como no trabalho de Resende e Santos, em Marilac a maioria das espécies

identificadas na praça são exóticas, sendo 30% das espécies nativas e 70% das

espécies exóticas e identificado vandalismo em uma espécie arbórea.

As Figuras de 11 a 17 mostram algumas espécies arbóreas, arbustivas e

rasteiras existentes na Praça Presidente Tancredo Neves, entre elas algumas são

nativas e outras exóticas.

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Figura 11- Pau Brasil

Fonte: própria, (Jan/ 2013).

Figura 14- Ixoria

Fonte: própria, (Jan/ 2013).

Figura 12- Sibipiruna

Fonte: própria, (Jan/2013).

Figura 13- Palmeira Imperial

Fonte: própria, (Jan/ 2013).

Figura 15- Palmeira Azul

Fonte: própria, (Jan/ 2013).

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Praça Presidente Tancredo Neves é bem freqüentada pela população local,

pois tanto o meio físico quanto o meio biótico estão bem cuidados e a quantidade das

espécies estão bem distribuídas. Isso cria um ambiente de conforto e bem estar e

torna a praça mais freqüentada.

Concluímos que o meio físico da Praça Presidente Tancredo Neves encontra-

se em bom estado de conservação, os canteiros estão bem divididos no interior da

praça, os postes de iluminação estão bem distribuídos oferecendo uma boa

iluminação, apenas há a necessidade de construção de mais rampas de acesso para

os usuários. A praça apresenta diversidade de espécies, observou-se que elas estão

bem distribuídas nos canteiros, árvores sendo utilizadas como adornos natalinos, e

uma espécie com sinais de vandalismo, havendo a necessidade revegetar um dos

canteiros.

Por fim, é preciso sensibilizar o poder público municipal sobre a importância

das áreas verdes municipais, entre elas, a praça, que proporciona uma melhoria da

qualidade de vida da população. Como sugestões e recomendações para resolver os

problemas levantados na Praça Presidente Tancredo Neves, continuar com a limpeza

diária por parte da prefeitura; Fazer mais rampas de acesso para os usuários

(portadores de necessidades especiais, idosos e crianças); Trocar a placa de

identificação da praça; Limitar alguns tipos de festividades na praça; Campanha de

educação ambiental em escolas e vias públicas; Anúncio com carro volante, rádio e

televisão para combater o vandalismo na praça e seus componentes; Fazer replantio

da grama no local que não desenvolveram; Fazer o replantio de rosas nos locais onde

Figura 16- Cipó Roxo

Fonte: própria, (Jan/ 2013).

Figura 17- Virbuno

Fonte: própria, (Jan/ 2013).

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não nasceram; Realizar o transplante de árvores que necessitam de um maior

espaçamento, e para melhorar a qualidade de vida da população local fica a sugestão

de construção de mais praças na cidade.

5. REFERÊNCIAS

CAVALHEIRO, F.; DEL PICCHIA, P. C. D.; Áreas Verdes: conceitos, objetivos e diretrizes para o planejamento. In: Congresso brasileiro sobre arborização urbana, I,. Anais I e II. Vitória/ES, 1992. CERVO, A. L.; BERVIAN P. A.; DA SILVA, R.; Metodologia Científica, 6ª edição, São

Paulo, Pearson Prentice Hall, 2007. COSTA, L. A.; HIGUCHI, N.; JÚNIOR PINHEIRO, J. D. R.; GOMES, L. N.; Avaliação de áreas verdes pública na cidade de Manaus: Situação em 1991. Caminhos da Geografia- revista on-line, Uberlândia v.6, n.19, out/2006. DEMATTÊ, M. E. S. P.; Princípios de paisagismo. 2. ed. Jaboticabal: FUNEP, 1999.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: Apostila UEC, 2002. GIMENES, R.; ROMANI, G. D. N.; BATISTA, G. S.; PIVETTA, K. F. L.; Análise do uso, dos elementos arquitetônicos e da arborização da Praça Sete de Setembro, Ribeirão Preto, SP. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba – SP, v.6, n.3, p.22-42, 2011. GONÇALVES, W.; PAIVA, H. N. de; Árvores para o Ambiente Urbano. Série: Arborização Urbana, Viçosa, MG, p.186, 2004. GRIFFITH, J. J.; SILVA, S. M. F.; Mitos e métodos no planejamento de sistemas de áreas verdes. In: Encontro Nacional Sobre Arborização Urbana, Maringá. Anais. Maringá: Imprensa da Prefeitura Municipal, 1987. HERRMANN, C. R. A.; A qualidade do sombreamento de espécies arbóreas e sua influência no microclima do entorno imediato em ambientes urbanos. 2008. 160 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia do Meio Ambiente) - Escola de Engenharia Civil, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2008. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Censo 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. Acesso em Setembro/2012. _________- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013. Disponível em: http://www.ibge.gov.br

JENSEN, K. F.; DOCHINGER, L. S.; ROBERTS, B. R.; TOWNSEND, A. M. Pollution. Responses. In: Miksche, J. P. Modern Methods in Forest Genetics. Berlim, Springer, 1976. pp.186-216.

LAMAS, J.M.R.G. Morfologia urbana e desenho da cidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, 1993.

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Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.