Dia 29/10 HUMANAS/LINGUAGENS (Segunda-feira) · 2 A fala expressa no texto é de Riobaldo. De...

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1 QUESTÃO 1 O romance Capitães da Areia, de Jorge Amado, é um documento sobre a vida dos meninos de rua de Salvador. A sua primeira edição (1937) foi apreendida e queimada em praça pública pouco depois de implantada a ditadura de Getúlio Vargas. No trecho a seguir, o narrador nos conta como Pedro Bala, aos quinze anos, assumiu a liderança de um grupo que dormia num velho armazém abandonado do cais do porto. “É aqui também que mora o chefe dos Capitães da Areia: Pedro Bala. Desde cedo foi chamado assim, desde seus cinco anos. Hoje tem quinze anos. Há dez que vagabundeia nas ruas da Bahia. Nunca soube de sua mãe, seu pai morrera de um balaço. Ele ficou sozinho e empregou anos em conhecer a cidade. Hoje sabe de todas as suas ruas e de todos os seus becos. Não há venda, quitanda, botequim que ele não conheça. Quando se incorporou aos Capitães da Areia (o cais recém-construído atraiu para suas areias todas as crianças abandonadas da cidade) o chefe era Raimundo, o Caboclo, mulato avermelhado e forte. Todos reconheceram os direitos de Pedro Bala à chefia, e foi dessa época que a cidade começou a ouvir falar nos Capitães da areia, crianças abandonadas que viviam do furto.” Jorge Amado, Capitães da Areia, 50ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1980, P. 26/7. Pela leitura do texto, pode-se concluir que o romance pretende denunciar que tipo de problema? A um problema econômico. (desvalorização do dinheiro). B um problema de identidade (sem pai e sem mãe). C um problema social (vagabundo, preguiçoso). D um problema educacional (falta de instrução). E um problema social (a questão do menor abandonado). QUESTÃO 2 Em suas apresentações, o instrumentista, compositor e cantor Luiz Gonzaga usava roupas e acessórios que faziam referência direta à indumentária dos cangaceiros, reforçando sua vinculação aos elementos que caracterizavam a chamada cultura nordestina. Suas músicas e raízes também têm essa ligação. Sobre o legado e o biotipo de Luiz Gonzaga, podemos inferir que A a alusão ao cangaço ficou marcada em sua música como forma de alusão à domi- nação dos “grandes” sobre os “pequenos”. B o legado de Luiz Gonzaga se perdeu com o tempo, sendo gradativamente substitu- ído pela música sertaneja. C a música de Luiz de Gonzaga ficou restrita ao âmbito do sertão, não atingindo a cidade grande, nem aos músicos mais populares da MPB. D Luiz Gonzaga não deixou um grande número de músicas conhecidas e muito me- nos com destaque internacional. E a musicalidade de Luiz Gonzaga atravessou o país e hoje é mais conhecida no exterior que nas cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. QUESTÃO 3 “Contraditório e paradoxal, Nelson Rodrigues dizia-se conservador, mas foi um dos mais censurados teatrólogos brasileiros; afirmava ser um reacionário, mas foi revolucionário com sua obra, um divisor de águas para o teatro brasileiro. A estrutura de suas peças, ao contrário do teatro que se fazia até então, é aberta, justapondo diversos tempos e situações para traduzir uma visão mais dinâmica da realidade. A linguagem viva e coloquial é transposta diretamente da classe média carioca, principalmente do subúrbio”. Sobre o legado teatral e cultural de Nelson Rodrigues, podemos afirmar que A suas peças tinham cunho educador e pedagógico, sendo pouco usada a linguagem amoral ou tendências comportamentais incomuns. B como escritor, Nelson foi pouco reconhecido pela imprensa de forma que suas obras tiveram pouca divulgação teatral e midiática. C o “anjo pornográfico”, como ele mesmo se intitulava, deixou uma marca profunda que alterou comportamentos da arte teatral e da formação de ideias no Brasi. D Nelson foi um transgressor da moral e dos costumes e, por isso, perseguido pela sociedade a ponto de ter que parar de escrever. E a obra de Nelson tentou ser copiada por outros escritores sem sucesso literário. QUESTÃO 4 O Quarup é um ritual de homenagem aos mortos ilustres celebrado pelos povos indígenas da região do Xingu, no Brasil. O rito é centrado na figura de Mawutzinin, o demiurgo e primeiro homem do mundo da sua mitologia. Em sua origem, o Quarup teria sido um rito que objetiva trazer os mortos de novo à vida de forma simbólica. Os irmãos Villas-Bôas idealizaram e participaram do grupo formado pelo marechal Cândido Marinho da Silva Rondon, Café Filho (então vice-presidente da República), Heloísa Alberto Torres (então diretora do Museu Nacional), o antropólogo Darcy Ribeiro, entre outros que pleitearam a criação do Parque Nacional do Xingu. Essa reserva visava preservar a fauna e a flora ainda intocada da região, assim como conservar as culturas indígenas da área. Darcy Ribeiro foi homenageado nesse ano pelos índios do Xingu no seu Quarup, sua família esteve presente, sua alma esteve lá também. Tal representação simbólica pode nos remeter a (à) A ligação profunda que os povos indígenas têm com a vida além da morte. B perpetuação dos corpos dos mortos para cerimônias antropofágicas. C rituais de magia negra enraizados nas sociedades de todos os índios da América. D adoração aos amigos e antepassados de forma a cultuá-los como seres vivos e presentes. E ligação das tribos brasileiras com a cultura meso-americana de sacrifícios humanos. QUESTÃO 5 O subtítulo da obra Macunaíma – “herói sem nenhum caráter” – expressa simbolicamente a ideia de que o povo brasileiro A obedece a um código moral próprio, particular, baseado na lei do prazer individual. B trai a sua cultura original, incorpora a cultura do colonizador, perdendo definitiva- mente a possibilidade de construir uma identidade coesa. C é volúvel, inconsequente, impulsivo, recusando qualquer limite para realização de seus anseios. D reúne atributos demasiadamente variados e contraditórios, que constroem uma identidade incoerente, indeterminada, indefinível. E não preserva sua identidade, rejeitando qualquer código moral definido, estável e perene. QUESTÃO 6 Leia o texto com atenção e responda à questão. (João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina) É possível identificar nesse excerto características A regionalistas, uma vez que há elementos do sertão brasileiro. B vanguardistas, pois o tratamento dispensado à linguagem é absolutamente original. C existencialistas, pois há a preocupação em revelar a sensação de vazio do homem do sertão. D naturalistas, porque identifica-se em Severino as características típicas do herói do século XIX. E surrealistas, já que existe uma apelação ao onírico e ao fantástico. QUESTÃO 7 Leia o texto a seguir e responda à questão. Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum. Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava por ela — já o campo! Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres, nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do redemunho... (Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.) HISTÓRIA: Profs. Airton de Farias, Ben-Hur Freitas, Carlos David, Daniel Frances, Isac do Vale e Márcio Michiles PORTUGUÊS: Profs. Bruno Maia, Élder Vidal, João Filho, Olavo Martins, Ritacy Azevedo, Vicente Júnior e Volney Ribeiro HUMANAS/LINGUAGENS Dia 29/10 (Segunda-feira) — O meu nome é Severino não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mas isso ainda diz pouco: há muito na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da Serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia. Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas, e iguais também porque o sangue que usamos tem pouca tinta. E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).

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QUESTÃO 1O romance Capitães da Areia, de Jorge Amado, é um documento sobre a vida dos meninos de rua de Salvador. A sua primeira edição (1937) foi apreendida e queimada em praça pública pouco depois de implantada a ditadura de Getúlio Vargas. No trecho a seguir, o narrador nos conta como Pedro Bala, aos quinze anos, assumiu a liderança de um grupo que dormia num velho armazém abandonado do cais do porto.

“É aqui também que mora o chefe dos Capitães da Areia: Pedro Bala. Desde cedo foi chamado assim, desde seus cinco anos. Hoje tem quinze anos. Há dez que vagabundeia nas ruas da Bahia. Nunca soube de sua mãe, seu pai morrera de um balaço. Ele ficou sozinho e empregou anos em conhecer a cidade. Hoje sabe de todas as suas ruas e de todos os seus becos. Não há venda, quitanda, botequim que ele não conheça. Quando se incorporou aos Capitães da Areia (o cais recém-construído atraiu para suas areias todas as crianças abandonadas da cidade) o chefe era Raimundo, o Caboclo, mulato avermelhado e forte. Todos reconheceram os direitos de Pedro Bala à chefia, e foi dessa época que a cidade começou a ouvir falar nos Capitães da areia, crianças abandonadas que viviam do furto.”

Jorge Amado, Capitães da Areia, 50ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1980, P. 26/7.

Pela leitura do texto, pode-se concluir que o romance pretende denunciar que tipo de problema?

A um problema econômico. (desvalorização do dinheiro). B um problema de identidade (sem pai e sem mãe). C um problema social (vagabundo, preguiçoso). D um problema educacional (falta de instrução). E um problema social (a questão do menor abandonado).

QUESTÃO 2Em suas apresentações, o instrumentista, compositor e cantor Luiz Gonzaga usava roupas e acessórios que faziam referência direta à indumentária dos cangaceiros, reforçando sua vinculação aos elementos que caracterizavam a chamada cultura nordestina. Suas músicas e raízes também têm essa ligação. Sobre o legado e o biotipo de Luiz Gonzaga, podemos inferir que

A a alusão ao cangaço ficou marcada em sua música como forma de alusão à domi-nação dos “grandes” sobre os “pequenos”.

B o legado de Luiz Gonzaga se perdeu com o tempo, sendo gradativamente substitu-ído pela música sertaneja.

C a música de Luiz de Gonzaga ficou restrita ao âmbito do sertão, não atingindo a cidade grande, nem aos músicos mais populares da MPB.

D Luiz Gonzaga não deixou um grande número de músicas conhecidas e muito me-nos com destaque internacional.

E a musicalidade de Luiz Gonzaga atravessou o país e hoje é mais conhecida no exterior que nas cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

QUESTÃO 3“Contraditório e paradoxal, Nelson Rodrigues dizia-se conservador, mas foi um dos mais censurados teatrólogos brasileiros; afirmava ser um reacionário, mas foi revolucionário com sua obra, um divisor de águas para o teatro brasileiro. A estrutura de suas peças, ao contrário do teatro que se fazia até então, é aberta, justapondo diversos tempos e situações para traduzir uma visão mais dinâmica da realidade. A linguagem viva e coloquial é transposta diretamente da classe média carioca, principalmente do subúrbio”.Sobre o legado teatral e cultural de Nelson Rodrigues, podemos afirmar que

A suas peças tinham cunho educador e pedagógico, sendo pouco usada a linguagem amoral ou tendências comportamentais incomuns.

B como escritor, Nelson foi pouco reconhecido pela imprensa de forma que suas obras tiveram pouca divulgação teatral e midiática.

C o “anjo pornográfico”, como ele mesmo se intitulava, deixou uma marca profunda que alterou comportamentos da arte teatral e da formação de ideias no Brasi.

D Nelson foi um transgressor da moral e dos costumes e, por isso, perseguido pela sociedade a ponto de ter que parar de escrever.

E a obra de Nelson tentou ser copiada por outros escritores sem sucesso literário.

QUESTÃO 4O Quarup é um ritual de homenagem aos mortos ilustres celebrado pelos povos indígenas da região do Xingu, no Brasil. O rito é centrado na figura de Mawutzinin, o demiurgo e primeiro homem do mundo da sua mitologia. Em sua origem, o Quarup teria sido um rito que objetiva trazer os mortos de novo à vida de forma simbólica.Os irmãos Villas-Bôas idealizaram e participaram do grupo formado pelo marechal Cândido Marinho da Silva Rondon, Café Filho (então vice-presidente da República), Heloísa Alberto Torres (então diretora do Museu Nacional), o antropólogo Darcy Ribeiro, entre outros que pleitearam a criação do Parque Nacional do Xingu. Essa reserva visava preservar a fauna e a flora ainda intocada da região, assim como conservar as culturas indígenas da área.

Darcy Ribeiro foi homenageado nesse ano pelos índios do Xingu no seu Quarup, sua família esteve presente, sua alma esteve lá também. Tal representação simbólica pode nos remeter a (à)

A ligação profunda que os povos indígenas têm com a vida além da morte. B perpetuação dos corpos dos mortos para cerimônias antropofágicas. C rituais de magia negra enraizados nas sociedades de todos os índios da América. D adoração aos amigos e antepassados de forma a cultuá-los como seres vivos e presentes.

E ligação das tribos brasileiras com a cultura meso-americana de sacrifícios humanos.

QUESTÃO 5O subtítulo da obra Macunaíma – “herói sem nenhum caráter” – expressa simbolicamente a ideia de que o povo brasileiro

A obedece a um código moral próprio, particular, baseado na lei do prazer individual. B trai a sua cultura original, incorpora a cultura do colonizador, perdendo definitiva-mente a possibilidade de construir uma identidade coesa.

C é volúvel, inconsequente, impulsivo, recusando qualquer limite para realização de seus anseios.

D reúne atributos demasiadamente variados e contraditórios, que constroem uma identidade incoerente, indeterminada, indefinível.

E não preserva sua identidade, rejeitando qualquer código moral definido, estável e perene.

QUESTÃO 6 Leia o texto com atenção e responda à questão.

(João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)

É possível identificar nesse excerto características A regionalistas, uma vez que há elementos do sertão brasileiro. B vanguardistas, pois o tratamento dispensado à linguagem é absolutamente original. C existencialistas, pois há a preocupação em revelar a sensação de vazio do homem do sertão.

D naturalistas, porque identifica-se em Severino as características típicas do herói do século XIX.

E surrealistas, já que existe uma apelação ao onírico e ao fantástico. QUESTÃO 7

Leia o texto a seguir e responda à questão.

Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum. Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava por ela — já o campo! Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres, nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do redemunho...

(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)

HISTÓRIA: Profs. Airton de Farias, Ben-Hur Freitas, Carlos David, Daniel Frances, Isac do Vale e Márcio MichilesPORTUGUÊS: Profs. Bruno Maia, Élder Vidal, João Filho, Olavo Martins, Ritacy Azevedo, Vicente Júnior e Volney Ribeiro

HUMANAS/LINGUAGENSDia 29/10

(Segunda-feira)

— O meu nome é Severino não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mas isso ainda diz pouco: há muito na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da Serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino

filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos,já finados, Zacarias,vivendo na mesma serramagra e ossuda em que eu vivia.Somos muitos Severinosiguais em tudo na vida:na mesma cabeça grandeque a custo é que se equilibra,no mesmo ventre crescidosobre as mesmas pernas finas, e iguais também porque o sangueque usamos tem pouca tinta.E se somos Severinosiguais em tudo na vida,morremos de morte igual,mesma morte severina:que é a morte de que se morrede velhice antes dos trinta,de emboscada antes dos vinte,de fome um pouco por dia(de fraqueza e de doençaé que a morte severinaataca em qualquer idade,e até gente não nascida).

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A fala expressa no texto é de Riobaldo. De acordo com o narrador, o diabo A vive preferencialmente nas crianças, livre e fazendo as suas traquinagens. B é capaz de entrar no corpo humano e tomar posse dele, vivendo aí e perturbando a vida do homem.

C só existe na mente das pessoas que nele acreditam, perturbando-as mesmo sem existir concretamente.

D não existe como entidade autônoma, antes reflete os piores estados emocionais do ser humano.

E é uma condição humana e não está relacionado com as coisas da natureza.

QUESTÃO 8Lúcia (estendendo o braço) — O bouquet.(Crescendo da música funeral e festiva. Quando Lúcia pede o bouquet, Alaíde, como um fantasma, avança em direção da irmã, por uma das escadas laterais, numa atitude de quem vai entregar o bouquet. Clessi sobe a outra escada. Uma luz vertical acompanha Alaíde e Clessi. Todos imóveis em pleno gesto. Apaga-se, então, toda a cena, só ficando iluminado, sob uma luz lunar, o túmulo de Alaíde. Crescendo da Marcha Fúnebre. Trevas)Essa marcação da cena final da peça destaca o caráter extremamente sugestivo de Vestido de Noiva, qual seja, o da relação entre o

A amor e a morte. sexo e o desejo. B crime e o castigo. ciúme e a vingança. C trágico e o cômico.

GEOGRAFIA: Profs. Charles Weima, Fabrício Américo e Fernandes.PORTUGUÊS: Profs. Bruno Maia, Élder Vidal, João Filho, Olavo Martins, Ritacy Azevedo, Vicente Júnior e Volney Ribeiro.

HUMANAS/LINGUAGENSDia 30/10(Terça-feira)

QUESTÃO 1A Geografia tem passado, ao longo de sua história, por avanços e recuos, sendo considerada uma ciência fundamental para analisar o espaço em seus diversos aspectos. Sobre a ciência geográfica, podemos inferir:

A O objeto da Geografia, tradicionalmente, tem sido a localização dos fatos na super-fície terrestre, a relação entre os fatos de ordem natural e as inter-relações entre os homens e o meio natural, possuindo uma visão crítica dos fatos estudados ao longo da sua história.

B O determinismo geográfico deve ser entendido como a corrente da Geografia que defende a possibilidade de a ação humana vencer as determinações do meio natural.

C A Geografia entende, por organização do espaço, o arranjo do meio ambiente ao desenvolvimento das potencialidades da sociedade, segundo a sua cultura, em que as culturas mais desenvolvidas possuem o direito de dominar esse espaço.

D Para a Geografia, os problemas da degradação ambiental passam a ter um sentido expressivo no momento em que abrange área suficiente para alterar os padrões usuais de organização do espaço.

E A Geopolítica é o ramo da Geografia Econômica que busca explicar a expansão, pela superfície terrestre, da influência dos grandes grupos econômicos e dos países a eles ligados, em função dos recursos naturais existentes.

QUESTÃO 2A opinião pública tem sido informada que o surto da fome está ligado à escassez de produtos agrícolas, que decorre das más colheitas provocadas pelo aquecimento global e pelas alterações climáticas, do aumento de consumo de cereais na Índia e na China, do aumento dos custos dos transportes e da crescente reserva de terras para a produção dos agro-combustíveis.Todas essas causas têm contribuído para o problema, mas não são suficientes para explicá-lo. Estes aumentos especulativos, tais como os preços do petróleo, resultam de o capital financeiro ter começado a investir fortemente nos mercados internacionais de produtos agrícolas depois da crise do investimento no setor imobiliário.

(Adaptado: SANTOS. B. S. Transnacionais de alimentos lucram com aumento da fome. “Carta Maior”. Economia. 7 maio 2008.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre os subtemas, assinale a alterna-tiva correta.

A A crise alimentar, outrora um problema de ordem econômica, transformou-se, no contexto da globalização, numa questão essencialmente ecológica.

B Desequilíbrios globais e “bolhas especulativas” compõem o conjunto de fenômenos na base da crise alimentar.

C Por ser de dimensão global, a crise alimentar tem garantido a inclusão mais igualitá-ria dos países em vocação agrícola no mercado mundial.

D A crise alimentar é fictícia e tem por finalidade básica permitir aos governos neolibe-rais a elevação do valor de seus produtos agrícolas.

E A escassez de alimentos é específica das economias capitalistas, uma vez que não é registrada, historicamente, em outros modos de produção.

QUESTÃO 3Observe a figura abaixo:

A charge anterior retrata uma situação inerente à sociedade contemporânea. Sobre esse assunto, assinale a opção verdadeira.

A Essa situação não teve início na sociedade atual, pois, a partir da expansão marí-tima e o desenvolvimento do capitalismo, o “progresso” vem provocando grandes impactos ambientais.

B A charge retrata uma situação que ocorre exclusivamente em áreas indígenas, que não conseguem proteger seu ecossistema natural.

C O avanço tecnológico vem modificando esse quadro, recuperando constantemente áreas que foram devastadas.

D A utilização dos recursos naturais é algo necessário para garantir o desenvolvimento da humanidade, possuindo a natureza o poder de se recuperar completamente.

E A charge retrata uma situação que ocorreu apenas nos séculos XV e XVI, pois na sociedade atual essa situação já foi contornada por causa do avanço tecnológico.

QUESTÃO 4Observe o mapa ao lado.As áreas assinaladas correspondem ao clima

A equatorial superúmido. B subtropical de altitude. C tropical semiárido. D tropical alternadamente úmido e seco. E subtropical úmido.

QUESTÃO 5É sempre bom lembrar que, no discurso improvisado, estamos todos arriscados a cometer imprecisões. Uma dessas imprecisões frequentemente presentes na fala das pessoas é denominada pleonasmo vicioso. Trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou ideia na frase. Nesse caso, não é figura de linguagem, e sim um vício (defeito) de linguagem. Podemos concluir que essa circunstância está presente em

A “Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola.” (Bradock, amigo do ex-jogador Romário, reclamando de um passe longo)

B “No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente de quinze em quinze dias.” (Ferreira, ex-ponta-esquerda do Santos)

C “Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe.” (Jardel, ex-atacante do Vasco, do Grêmio e da Seleção)

D “O juiz deverá adiar a partida para depois...” (Locutor esportivo Galvão Bueno, antes do amistoso entre Brasil e Inglaterra, durante a falha na

iluminação de Wembley)

E “Temos que subir sete degrais. O primeiro já subimos.” (Ex-jogador Cafu, para quem a escalada para ser campeão não poupa nem a gramática)

QUESTÃO 6 “Cinto de segurança também no banco de trás. Proteja a vida de quem você ama. “

Considerando esse texto como parte de uma campanha educativa, pode-se afirmar que a função principal dele é

A narrar. convencer. B descrever. desestimular. C relatar.

QUESTÃO 7

Canteiros

E eu ainda sou bem moço para tanta tristeza, Deixemos de coisa, cuidemos da vida, Senão chega a morte Ou coisa parecida E nos arrasta moço, Sem ter visto a vida.

MEIRELES, Cecília. Canteiros. In: Raimundo Fagner ao vivo. Ed. Warner Chappel, 2000.

Ao longo da sua carreira, o compositor e intérprete Fagner acrescentou música ao poema Canteiros, de Cecília Meireles, associando duas manifestações artísticas. Com isso, o compositor

A prestigiou tanto a literatura quanto a música popular. B divulgou a temática das belezas naturais do Nordeste. C valorizou aspectos ainda pouco conhecidos da história do país. D prejudicou o valor literário do poema na medida em que o popularizou. E empobreceu seu repertório.

QUESTÃO 8Leia a letra da música Ronda, que canta a desventura de um amor não mais correspondido:

De noite eu rondo a cidade Esse alguém me diria: A te procurar sem encontrar – Desiste, essa busca é inútil. No meio de olhares espio Eu não desistia... em todos os bares Porém, com perfeita paciênciaVocê não está Sigo a te buscar; hei de encontrarVolto pra casa abatida Bebendo com outras mulheres, Desencantada da vida Rolando um dadinho, jogando bilharO sonho alegria me dá - E nesse dia então vai dar nanele você está. primeira edição: Ah, se eu tivesse quem bem “Cena de sangue num bar dame quisesse avenida São João.

VANZOLINI, Paulo. In: MARLENE. Te pego pela palavra. Odeon n. SMOFB 3855, 1974. L.I.

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QUESTÃO 3Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que funciona como um interruptor automático, destinado a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis danos causados por curto – circuitos e sobrecargas elétricas. A sua função básica é a de detectar picos de corrente que ultrapassem o adequado para o circuito, interrompendo-a imediatamente antes que os seus efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica protegida.Uma das principais características dos disjuntores é a sua capacidade de poderem ser rearmados manualmente, depois de interromperem a corrente em virtude da ocorrência de uma falha. Diferem, assim, dos fusíveis, que têm a mesma função, mas que ficam inutilizados quando realizam a interrupção.No circuito elétrico de uma cozinha antiga, como mostra o desenho, uma torradeira de 1600W, um ferro de passar de 1000W e um forno de micro-ondas de 1250W são ligados ao circuito da cozinha.

Todos os eletrodomésticos estão conectados por um fusível de 20A a uma fonte de 120V. Para modernizar o circuito, o fusível será trocado por um disjuntor. Se o disjuntor utilizado for de

A 10 A, o disjuntor dispara só com o ferro de passar ligado na tomada. B 15 A, o disjuntor não dispara se ligarmos o ferro de passar e o micro-ondas. C 20 A, o disjuntor dispara com o ferro de passar e a torradeira ligados na tomada. D 25 A, o disjuntor não dispara se ligarmos os três eletrodosmésticos simultaneamente. E 32 A, o disjuntor dispara se ligarmos os três eletrodosmésticos simultaneamente.

QUESTÃO 4Recentemente, um tipo inovador de usina termossolar entrou em funcionamento na Itália. Seus espelhos refletem a luz solar, concentrando-a em um cano em que passa determinado fluido. Ao ser aquecido, esse material mantém o funcionamento de turbinas geradoras até mesmo durante a noite ou em dias nublados.

A explicação está no fato de esse fluido especial demorar bastante para diminuir sua temperatura, mantendo, assim, a operação desse tipo de usina por muito tempo. Sobre as propriedades físicas apresentadas por tal fluido, o que pode explicar essa lenta diminuição de temperatura é

A a alta densidade. B o alto calor específico. C o elevado ponto de fusão. D a elevada condutividade térmica. E o elevado coeficiente de dilatação térmica.

QUESTÃO 5Um médico atendeu um paciente e disse que se tratava de uma doença parasitária com curso clínico bifásico, cujo agente etiológico é um protozoário flagelado da família Trypanosomatadae e cujo vetor mecânico é um triatomíneo hematófago e tem um reservatório relevante, o tatu, e até modo de transmissão vetorial, oral e transfusional.O diretor do centro de saúde, na tentativa de prevenir novos casos, apresentou várias propostas e medidas de controle:Proposta 1: Controle químico do vetor onde a investigação entomológica indique triatomíneos domiciliados.Proposta 2: Realizar campanhas de esclarecimento sobre a presença de cercárias em ambientes dulcícolas.Proposta 3: Manutenção do controle da qualidade de hemoderivados transfundidos.Proposta 4: Promover campanha de educação da população em relação a noções básicas de higiene, incluindo a fervura da água.Proposta 5: Cuidados de higiene na produção e manipulação artesanal de alimentos de origem vegetal.Proposta 6: Construir rede de saneamento básico para se evitar a propagação do Diphyllobothrium latum.As propostas mais efetivas na prevenção dessa doença são

A 1, 2 e 3 1, 3 e 5 B 2, 3 e 4 2, 4 e 6 C 1, 5 e 6

Dizem que ódio e amor são sentimentos muito próximos um do outro e que pessoas que se amam podem um dia se odiar, pois a linha que os separa é muito frágil. Identifique o par de versos que exprime esse argumento popular.

A “De noite eu rondo a cidade “– Desiste, essa busca é inútil. A te procurar sem encontrar” Eu não desistia...”

B “Cena de sangue num bar da “Porém, com perfeita paciência avenida São João.” Sigo a te buscar; hei de encontrar”

C “Volto pra casa abatida Desencantada da vida”

FÍSICA: Profs. Célio Normando, David Hermann, Gilson Sombra, Ítalo Reann, João Paulo Aguiar, Renato Brito, Rodrigo Lins e Vasco Vasconcelos.BIOLOGIA: Profs. Gurgel Filho, Ivanildo Pinho, Landim, Lásaro Henrique, Morano, Régis Romero e Rodrigo Marques.

CIÊNCIAS DA NATUREZADia 31/10(Quarta-feira)

QUESTÃO 1A figura apresenta o espectro eletromagnético, composto por variadas radiações presentes em nosso cotidiano. Uma estação de rádio FM, o forno de micro-ondas, o aquecimento global, a cor das estrelas ou o perigo que corremos em caso de acidentes nucleares, como o de Fukushima, estão associados a ondas eletromagnéticas.

Entre muitas outras aplicações, ondas eletromagnéticas são usadas para a observação do interior de objetos opacos à luz visível. Isso é utilizado em aeroportos, empresas de engenharia e clínicas de diagnósticos médicos. Para tal, utiliza-se uma radiação de alta frequência chamada raio X.Outras radiações, como ocorre com o raio X, possuem energia suficiente para provocar ionização – fenômeno que consiste em retirar elétrons de átomos – e possui diversas aplicações cotidianas e benéficas. Apesar disso, quando radiações provocam ionizações no corpo humano, é possível que estes íons causem sérios problemas de saúde, como o câncer. Essa característica só não é preocupante em demasia porque podem ser consideradas ionizantes apenas radiações que possuem energias iguais ou superiores às dos raios X.A energia (E) das radiações eletromagnéticas se relaciona com a frequência (f) conforme indica a equação a seguir, sendo h uma constante. (E = h . f).Uma das inovações tecnológicas anunciadas em 2011 pela Universidade do Missouri, EUA, é a criação de uma câmera que permite “enxergar” o interior de objetos sólidos. Até aí, nada de novo. Porém, a inovação é que tal equipamento não utiliza raio X, mas sim micro-ondas. Pelo texto, pode-se concluir que

A a micro-onda tem a vantagem de não possuir energia suficiente para provocar ioni-zação e, por isso, sob este aspecto, não é nociva à saúde.

B o raio gama não pode ser considerado como radiação ionizante, pois possui energia maior que a do raio X.

C pode-se afirmar que a energia de uma onda é diretamente proporcional ao seu comprimento de onda.

D as micro-ondas possuem energia menor que a das ondas de rádio. E o infravermelho é um tipo de radiação ionizante.

QUESTÃO 2Em Física, movimento é a variação de posição espacial de um objeto ou ponto material no decorrer do tempo. A ciência física que estuda o movimento é a Mecânica. Ela se preocupa tanto com o movimento em si quanto com o agente que o faz iniciar ou cessar. Se abstraírem-se as causas do movimento e houver preocupação apenas com a descrição do movimento, ter-se-á estudos de uma parte da Mecânica chamada Cinemática (do grego kinema, movimento).Se, ao invés disso, buscar-se compreender as causas do movimento, as forças que iniciam ou cessam o movimento dos corpos, ter-se-á estudos da parte da Mecânica chamada Dinâmica.Cada ponto mostrado na figura abaixo representa a posição ocupada por um mesmo móvel. O intervalo de tempo é o mesmo entre duas posições sucessivas. A posição inicial é a posição 1.

Em relação à situação descrita, quatro estudantes fizeram as seguintes afirmações: Felipe: A resultante das forças que atuam no móvel é nula. Ubirajara: A aceleração do móvel é diferente de zero. Fabiana: A energia cinética do móvel aumenta de 1 para 4. Rafael: A energia cinética do móvel permanece constante de 1 para 4, pois o movimento é acelerado.

Fizeram afirmações corretas: A Ubirajara e Rafael. Felipe e Rafael. B Felipe e Fabiana. Fabiana e Rafael. C Ubirajara e Fabiana.

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QUESTÃO 6As relações ecológicas referem-se às interações entre os organismos de uma população ou comunidade biológica nas intricadas teias alimentares de interdependência entre os seres vivos.Os gráficos A e B adiante revelam relações ecológicas.

A análise dos gráficos sugere que A o gráfico A revela uma competição intraespecífica parcial, portanto, sem superposi-ção de nichos ecológicos.

B o gráfico B revela um mutualismo facultativo, relação benéfica para as duas espé-cies e não obrigatória para a sobrevivência de ambas, apesar de lhes facilitar a vida.

C o gráfico A revela uma predação, em que a espécie predadora mata e se alimenta de sua presa.

D o gráfico B revela um mutualismo obrigatório, relação benéfica para as duas espé-cies envolvidas e sempre obrigatória para a sobrevivência de ambas as espécies.

E o gráfico A revela um gregarismo e o gráfico B, um comensalismo.

QUESTÃO 7O garoto de 31 dedos

AnomaliaAs mãos de 15 dedos e os pés de 16 dedos do menino chinês operado

Um menino chinês de 6 anos passou por uma cirurgia na semana passada em Sheyang, nordeste da China, para a retirada de dedos a mais que possuía. Ele tinha 31 no total – 15 nas mãos e 16 nos pés. O menino tinha uma anomalia genética conhecida como polidactilia.

Fonte: Revista Época; março de 2010.

Analise o heredograma adiante que representa uma família em que há indivíduos afetados pela polidactilia.

Considerando-se as informações desse heredograma e outros conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que

A os indivíduos normais, em todas as gerações, são heterozigotos. B a ocorrência de polidactilia é uma característica holândrica. C o próximo filho do casal II-1 x II-2 será normal. D a probabilidade de o indivíduo III-2 ser heterozigoto é de 1/2. E a doença é expressa por gene que se manifesta em homozigose e em heterozigose.

QUESTÃO 8O bioma Caatinga ocupa, aproximadamente, 1 milhão de quilômetros quadrados do território brasileiro. Além da riqueza de plantas e animais, das belas paisagens e do enorme patrimônio cultural, existem muitos exemplos de sucesso da relação harmoniosa entre o homem e seu ambiente. O uso sustentável dos recursos naturais da Caatinga, atrelado ao incremento do bem-estar da população, talvez seja o maior desafio da atualidade para o desenvolvimento da região Nordeste.

Relativo ao bioma representado, analise as proposições adiante e assinale a correta: A O bioma Caatinga é um dos mais degradados por ações antrópicas, estando ame-açado pelo desmatamento que leva à desertificação.

B A Caatinga é composta apenas por angiospermas de galhos espinhosos e retorci-dos, sem folhas, em razão do clima semiárido.

C A ararinha-azul, Cyanopsitta spixii, construindo ninhos em troncos de pau d’arco (Tabebuia caraiba) e alimentando-se de sementes de faveleira, revela gregarismo e comensalismo.

D A Caatinga é homogênea, pobre em espécies e em endemismos devido às esta-ções de seca prolongada e baixo índice pluviométrico.

E A Caatinga é um bioma marginal, de solo pobre em nutrientes e rico em pteridófitas.

PORTUGUÊS: Profs. Bruno Maia, Élder Vidal, João Filho, Olavo Martins, Ritacy Azevedo, Vicente Júnior e Volney RibeiroHISTÓRIA: Profs. Airton de Farias, Ben-Hur Freitas, Carlos David, Daniel Frances, Isac do Vale e Márcio Michiles

LINGUAGENS/HUMANASDia 1º/11(Quinta-feira)

Textos para as questões 1 e 2.Texto I

AmorNo outro dia me despedi dos camaradas. O vento

balançava os campos e pela primeira vez senti a beleza ambiente. Olhei sem saudades para a casa-grande. O amor pela minha classe, pelos trabalhadores e operários, amor humano e grande, mataria o amor mesquinho pela filha do patrão. Eu pensava assim e com razão. Na curva da estrada voltei-me. Honório acenava adeus com a mão enorme. Na varanda da casa-grande o vento agitava os cabelos de Maria. Eu partia para a luta de coração limpo e feliz.

Texto IILá embaixo ficava a fábrica, a vila operária, a plebe.

A fábrica era um caixão branco cheio de ruídos e de vida. Setecentos operários, dos quais quinhentas e tantas mulheres. Os homens emigravam, dizendo que trabalhar em fiação é só pra mulher. Os mais fracos não iam e casavam e tinham legiões de filhas, que substituíam as avós e as mães quando já incapazes abandonavam o serviço. O nascimento de uma filha, recebiam-no com alegria. Mais duas mãos para o trabalho. Um filho, ao contrário, consideravam um desastre. O filho comia, crescia e ia embora ou para os cafezais de S. Paulo ou para os cacauais de Ilhéus, numa ingratidão incompreensível.

QUESTÃO 1No texto II, o autor relaciona a miséria do lugar a uma grave diferença de gênero. O trecho do texto que indica esse tipo de comparação é

A “A fábrica era um caixão branco cheio de ruídos e de vida”. B Daí o nome pitoresco que lhe haviam posto. C “Mais duas mãos para o trabalho”. D “Os mais fracos não iam e casavam e tinham legiões de filhas”. E O dentista vinha de Aracaju duas vezes por semana.

QUESTÃO 2No fragmento AMOR, pode-se dizer que a maioria dos vocábulos imprime ao texto um tom dissertativo de cunho

A poético científico B social religioso C político

QUESTÃO 3Leia. A hora da estrela

“Madama Carlota havia acertado tudo. (...) Até para atravessar a rua ela era outra pessoa. Uma pessoa grávida de futuro. Sentia em si uma esperança tão violenta como jamais sentira tamanho desespero. Se ela não era mais ela mesma, isso significava uma perda que valia por um ganho. Assim como havia sentença de morte, a cartomante lhe decretara sentença de vida. Tudo de repente era muito e muito e tão amplo que ela sentiu vontade de chorar. Mas não chorou: seus olhos faiscavam como o sol que morria. Então ao dar o passo de descida da calçada para atravessar a rua, o Destino (explosão) sussurrou veloz e guloso: é agora, é já, chegou minha vez! E enorme como um transatlântico o Mercedes amarelo pegou-a (...)”

No texto, a expressão “Uma pessoa grávida de futuro” tem relação semântica catafórica com o vocábulo

A desespero destino B esperança vida C morte

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QUESTÃO 4Licença poética é uma incorreção de linguagem ou a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para utilizar recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo. A licença poética é permitida para que o autor tenha toda a liberdade de manipular as palavras, para que ele possa passar tudo o que pensa ao leitor.Assinale abaixo o excerto em que não se evidencia o uso de licença poética.

QUESTÃO 5A partir de 1989, com a queda do Muro de Berlim, instaurou-se um novo mundo

baseado em novas relações econômicas e geopolíticas, que não mais trazia a marca da divisão leste-oeste nem mais o velho confronto entre o bloco capitalista e o socialista.

(VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo, Scipione, 1997, p.462)

A globalização, mobilizada pela eliminação do obstáculo socialista, representado pelo Muro de Berlim, passou a empreender novos estímulos como o(a)

A fechamento das fronteiras nacionais ao capital especulativo, o investimento maciço na indústria e a proteção do emprego.

B fortalecimento do “Estado de bem-estar”, o desenvolvimento de políticas públicas e a intensificação de barreiras protecionistas.

C formação de blocos econômicos supranacionais, a busca do “Estado mínimo” e a eliminação dos protecionismos.

D formação de blocos regionais, a intensificação da produção industrial e uma forte barreira ao capital especulativo.

E criação de moeda única globalizada, o fortalecimento do padrão-ouro e a ampliação do papel do Estado protecionista.

QUESTÃO 6As pirâmides a seguir representam a organização da sociedade brasileira colonial em duas regiões distintas. Analise a condição trabalhista colonial:

A Na atividade açucareira, prevalecia o latifúndio e a ruralização, a mineração favore-cia a urbanização e a expansão do mercado interno.

B O trabalho escravo era predominante na atividade açucareira e o assalariado na mineradora.

C O ouro do Brasil foi para a Holanda e os lucros do açúcar serviram para a acumu-lação de capitais ingleses.

D Gerou movimentos nativistas, como a Guerra dos Emboabas e a Revolução Farroupilha. E Favoreceu o abastecimento de gêneros de primeira necessidade para os colonos e o desenvolvimento de uma economia independente da Metrópole.

QUESTÃO 7“Meu chapéu de lado “Quem trabalha é quem tem razãoTamanco arrastado Eu digo e não tenho medo de errarLenço no pescoço O bonde São JanuárioNavalha no bolso Leva mais um operárioEu passo gingando Sou eu que vou trabalhar”Provoco e desafio (Bonde São Januário, 1940, com Ataulfo Alves)Eu tenho orgulhoDe ser tão vadio”

(Lenço no Pescoço, 1933)

Com base nas letras destas canções de Wilson Batista, assinale a alternativa que expressa corretamente uma das faces da política cultural no período do Estado Novo.

A O ambiente democrático do período getulista favorecia a livre manifestação artís-tica e o governo não se preocupava com a proliferação da vadiagem nos grandes centros urbanos.

B Toda atividade cultural deveria ser autorizada e financiada pelo governo, o que ga-rantiu a livre manifestação artística de todos os segmentos sociais, desde os mais pobres até os mais ricos.

C Os órgãos governamentais divulgavam permanentemente as diretrizes para todas as atividades culturais, não intervindo, porém, na criação artística nem na escolha dos temas a serem abordados pelos artistas.

D Através do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), o governo reprimia a malandragem e estimulava a ideia de trabalho árduo como alavanca para o progres-so individual e coletivo.

E A estrutura política do Estado Novo permitiu a diversidade artística prezando o direi-to de criação e expressão.

QUESTÃO 8Leia os textos a seguir, extraídos da obra “Memórias de Barbárie”, de Roney Cytrynowicz:

“O extermínio dos judeus começou com a invasão da União Soviética pelas tropas nazistas em junho de 1941. Mas foi a construção de seis campos de extermínio na Polônia com câmaras de gás, a partir do final de 1941, que concretizou um plano organizado de genocídio dos judeus europeus. Pela primeira vez na história da humanidade, milhões de seres humanos foram assassinados num processo industrial, numa linha de produção da morte, em que todos os aspectos de como matar seres humanos foram racionalizados e medidos em termos de economia de tempo e energia, de custo e benefício. Os nazistas queriam matar o maior número de pessoas no menor intervalo de tempo, com o menor custo e de forma que se pudesse aproveitar ao máximo os corpos como matéria-prima para a indústria (ossos e cabelos) e para acelerar o próprio processo de extermínio (a gordura dos corpos era aproveitada como combustível na sua incineração).”

“Entre as empresas alemãs que se instalaram em campos de concentração e de extermínio estão I.G., Farben, BMW, Agfa, Telefunken, Messerschmitt, Henkel e Zeiss-Ikon.”

Segundo os textos de Cytrynowicz, pode-se inferir que A o nazismo, além de utilizar métodos racionais e industriais de exploração e exter-mínio, teve forte vinculação com importantes setores da alta burguesia alemã, que, inclusive, se beneficiaram com tais práticas.

B o extermínio de judeus e de outros grupos humanos discriminados pelo nazismo ocorreu de forma desordenada e aleatória, sendo responsabilidade direta e exclusi-va dos comandantes dos campos de concentração.

C os dados historicamente apresentados pela maioria dos especialistas sobre a políti-ca de extermínio implementada pelo nazismo são evidentemente exagerados, pois, como frisado no texto, a violência nos campos de concentração ocorreu somente em casos isolados.

D o nazismo foi o projeto de uma elite político-militar, relacionado à pequena burguesia alemã, mas desvinculado do grande capital nacional.

E os critérios norteadores da política nazista de exploração de judeus, ciganos, esla-vos, comunistas e outros grupos humanos foram exclusivamente de ordem racial.

QUÍMICA: Profs. Alexandre Oliveira, Bernadete Fragoso, Hering Paiva, Jorge Luiz, Kelton Wadson, Marisleny Brito, Michel Henri, Pedro Madeira e Ubiratan Cunha.BIOLOGIA: Profs. Gurgel Filho, Ivanildo Pinho, Landim, Lásaro Henrique, Morano, Régis Romero e Rodrigo Marques.FÍSICA: Profs. Célio Normando, David Hermann, Gilson Sombra, Ítalo Reann, João Paulo Aguiar, Renato Brito, Rodrigo Lins e Vasco Vasconcelos.

CIÊNCIAS DA NATUREZADia 02/11(Sexta-feira)

QUESTÃO 1“Ar em tubulação faz conta de água disparar”

(Folha de São Paulo, 27 de agosto de 2001).

Esse fenômeno ocorre porque o ar ocupa rapidamente os espaços vazios nas tubulações fazendo o hidrômetro girar rapidamente. Quando o abastecimento de água é interrompido, a tubulação fica cheia de ar, e, quando o abastecimento é normalizado, o ar passa pelo hidrômetro (RELÓGIO) e é computado como água. Isso acontece porque o hidrômetro, aparelho que registra a quantidade de água consumida, não sabe diferenciar ar de água, registrando um falso consumo. Todavia, o consumidor paga pelo ar mesmo não consumindo água.

Contudo existem outros problemas como vazamentos que podem elevar o consumo de água. Para tanto, é necessário fazer alguns testes, caso não resolva, você pode procurar pelo IPEM (instituto de pesos e medidas), que fará uma vistoria no relógio de água.DICAS: para saber se o seu relógio de água esta funcionando corretamente:1. Tenha certeza de que a caixa d’água esteja cheia e fique algumas horas sem consumir água. 2. Observe a posição dos ponteiros do hidrômetro. Caso eles estejam se movendo,

pode ser que haja um vazamento ou que o equipamento esteja com problemas.3. Feche o registro e verifique se o relógio continua rodando. Se sim, pode haver

algum problema com o equipamento ou algum vazamento na residência.Analisando o texto e considerando que há uma pressão moderada na tubulação, assinale a alternativa correta.

A O ar é constituído de uma solução gasosa ideal, cujos componentes experimentam interações de atração que o tornam mais denso.

B O ar ocupa rapidamente os espaços vazios nas tubulações devido à sua elevada densidade, uma vez que se trata de uma mistura heterogênea.

C O IPEM deverá ser logo acionado para averiguar todas as residências. D Deve-se esperar uma redução na velocidade de rotação do hidrômetro em dias mais frios. E O único motivo pelo qual um hidrômetro pode disparar é existindo ar na tubulação de água.

A Molha eu! Seca eu! Deixa que eu seja o céu E receba O que seja seu Anoiteça e amanheça eu... Beija eu! Beija eu! Beija eu, me beija Deixa O que seja ser...

(Arnaldo Antunes e Marisa Monte)

B O Arnesto nos convidou pra um sam-ba, ele mora no Brás

Nós fumos não encontremos ninguém Nós voltermos com uma baita de uma reiva Da outra vez nós num vai mais Nós não semos tatu!

(Adoniran Barbosa)

C Eu sou dela, e ela é minha E sempre queremos mais Se me manda ir embora Eu saio pra fora e ela chama pra trás. Entre tapas e beijos É ódio é desejo É sonho é ternura O casal que se ama Até mesmo na cama Provoca loucuras

(Zezé de Camargo)

D Esta canção não é mais que mais uma canção

Quem dera fosse uma declaração de amor

Romântica, sem procurar a justa forma

Do que me vem de forma assim tão caudalosa

Te amo, te amo, eternamente te amo(Chico Buarque de Holanda)

E João e Maria Cheio de regalia Entrou no conto do canalha que fazia

e acontecia Agora é artista não se mistura cá

plebe Domingo no Faustão Terça-feira na

Hebe(Marcelo D2)

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QUESTÃO 2Saturnismo ou Intoxicação por chumbo

Em 1954, Dr. Xavier, o médico que tratava de Cândido Portinari, descobriu que as tintas tóxicas provocavam alergias em seu paciente e o proibiu de pintar. - “Estou proibido de viver...” disse o artista, que continuou a pintar, com menor frequência. Seu médico aconselhou-o então a escrever. Portinari passou a escrever versos, ilustrando-os com alguns desenhos e lamentando-se de que seria um ótimo poeta, caso fosse tão talentoso com a caneta como era com os pincéis.

A morte de Portinari aos 59 anos de idade (1962) é atribuída ao saturnismo (intoxicação por chumbo). O grande muralista brasileiro foi mais uma vítima da química contida em pigmentos como o amarelo de Nápoles, branco de prata e de alguns verdes. Os metais tóxicos dessas cores estavam na origem da hemorragia intestinal que o fez agonizar até a morte.

A intoxicação por chumbo (metal pesado) tem efeito cumulativo no organismo humano, causando neuropatias, sendo que as intoxicações crônicas podem causar fadiga, irritabilidade, anemia, cefaleia, distúrbios visuais, alterações dos rins e sensoriais, dores nos músculos e ossos. Dores abdominais, como uma sensação de uma barra no estômago, náuseas, vômitos e perda de peso também ocorrem.

As intoxicações agudas podem levar o paciente ao delírio, com forte cefaleia, que pode gerar convulsões, levando até à morte.Sobre o texto, marque o item correto.

A O chumbo é classificado como metal pesado por apresentar elevada densidade. B A cefaleia provocada pelo saturnismo pode provocar anemia. C A anemia ferropriva é consequência da contaminação por chumbo. D Apesar do chumbo ser um metal tóxico, suas aplicações industriais e comerciais explicam sua elevada importância.

E O uso de tintas contendo metais pesados, como o chumbo, deve ser feito de modo seguro e orientado.

QUESTÃO 3Com base nos dados da tabela abaixo e nos conhecimentos sobre propriedades da matéria, pode-se afirmar:

Sistema Cor Solubilidade a 20°C(em g/100 g de H2O)

Estado Físico (20°C)

Densidade (g/cm3)

água incolor — líquido 1,000ácido sulfúrico incolor infinita líquido 1,834

benzeno incolor 0,07 líquido 0,879cloreto de

sódio branco 36,00 sólido 2,100naftaleno branco desprezível sólido 1,025

A O cloreto de sódio flutua no benzeno. B O benzeno é miscível com água em qualquer proporção. C Naftaleno e água formam mistura homogênea. D Água, cloreto de sódio e benzeno, em qualquer proporção, formam mistura bifásica. E Um litro de água pode dissolver 0,36 kg de cloreto de sódio, a 20°C.

QUESTÃO 4Símbolos podem codificar informações importantes. Os losangos (rótulos de risco) são utilizados em caminhões e em outros veículos que transportam produtos químicos. Tais losangos devem ter as seguintes informações:

Pictograma ou simbolo de identificação de risco

Texto indicativo da natureza do risco

Número da classe ou subclasse de risco

Por exemplo, um caminhão que transporta o lixo de hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios deve exibir o seguinte losango:

SUBSTÂNCIAINFECTANTE

6

Com base nessas informações, pode-se concluir que um caminhão que exiba o losango

LÍQUIDOINFLAMÁVEL

3

Pode estar transportando A Cal hidratada. Caldo de cana. B Velas de parafina. Bicarbonato de sódio. C Querosene de aviação.

QUESTÃO 5Alba é uma doce coelhinha branca, nasceu na França, em abril, e vive num centro

de pesquisas em Jouy-em-Josas, Avignon. Branca? Não exatamente. Jogue-se uma luz azul sobre ela que ela fica verde. E fluorescente. A coelhinha é transgênica. Foi geneticamente modificada pela equipe do biólogo francês Louis-Marie Houbedine sob encomenda, recebendo um trecho de código genético de medusa que produz esse efeito. Por trás da encomenda, está um professor da Escola do Art Institute of Chicago, EUA, o brasileiro Eduardo Kac. Com Alba, Kac quer levantar questões e incentivar o debate. Que é diferença? Que é linguagem? A obra de arte, para ele, não é a coelhinha, mas a relação de sua família com ela. O nome, aliás, foi escolhido em conjunto com Ruth, sua mulher, e Miriam, sua filha. Excêntrico? Talvez. Polêmico com certeza. Alba foi proibida de deixar o centro de pesquisas. Alega-se que Kac não teria condições de criá-la. Kac, 38, é professor de Chicago, carioca, formado em comunicação pela PUC-Rio e cria do Instituto de Artes Visuais do Parque Lage – centro onde nasceu a Geração 80.

http://www.ekac.org/doria.html - acessado em 02/10/04.

Para a produção de Alba, foi necessário inserir o gene de medusa A nos gametas de Alba. no zigoto que originou Alba. B em todas as células de Alba. em cada célula da epiderme de Alba. C nas células do pelo de Alba.

QUESTÃO 6As bactérias diferem quanto à fonte primária de energia para seus processos metabólicos. Por exemplo:I. Chlorobium sp. utiliza energia luminosa.II. Beggiatoa sp. utiliza energia gerada pela oxidação de compostos inorgânicos.III. Mycobacterium sp. utiliza energia gerada pela degradação de compostos orgânicos

componentes do organismo hospedeiro.Com base nessas informações, indique a alternativa que relaciona corretamente essas bactérias com seu papel nas cadeias alimentares de que participam.

Chlorobium sp. Beggiatoa sp. Mycobacterium sp. A . consumidor produtor consumidor B . consumidor decompositor consumidor C . produtor consumidor decompositor D . produtor decompositor consumidor E . produtor produtor consumidor

QUESTÃO 7O ouvido consiste em 3 partes básicas

– o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. Cada parte tem uma função específica para interpretar o som. O ouvido externo serve para coletar o som e o levar por um canal ao ouvido médio. O ouvido médio serve para transformar a energia de uma onda sonora em vibrações internas da estrutura óssea do ouvido médio e finalmente transformar estas vibrações em uma onda de compressão ao ouvido interno. O ouvido interno serve para transformar a energia da onda de compressão dentro de um fluido em impulsos nervosos que podem ser transmitidos ao cérebro. As três partes do ouvido podem ser vistas ao lado.

Fonte: http://www.if.ufrj.br/teaching/fis2/ondas2/ouvido/ouvido.html

No ouvido médio existem três ossículos (martelo, bigorna e estribo). Eles transmitem a energia sonora da membrana timpânica ao fluido do ouvido interno através da janela oval. As ondas sonoras não são transmitidas facilmente do ar para o fluido, sendo a maior parte da energia sonora refletida nas interfaces entre as várias partes do ouvido. Há, portanto, necessidade de ampliação da pressão na denominada janela oval, a fim de se produzir audição adequada. A força aplicada sobre a janela oval é a força sobre o tímpano ampliada por um fator 1,3 pelos ossículos sendo a área do tímpano 17 vezes maior que a área da janela oval. Pode-se afirmar que, aproximadamente, a pressão na janela oval é maior que a pressão no tímpano:

A 22 vezes. 13 vezes. B 18,3 vezes. 1,3 vezes. C 17 vezes.

QUESTÃO 8Um corpo celeste gelado, batizado de Sedna (nome de uma deusa esquimó que, segundo aquela mitologia, deu origem às criaturas marinhas do Ártico), é o mais distante planetoide pertencente ao nosso sistema solar. Seu período de translação em torno do Sol é de cerca de 10.500 anos. Sua temperatura nunca é superior a –240ºC.

Nasa/Caltech

Ilustração do novo possível planetoide do Sistema Solar

Quando Sedna está no afélio (posição mais afastada do Sol), sua distância em relação ao Sol é de aproximadamente 900UA (Unidade Astronômica). Suponha uma disposição dos astros de acordo com o esquema:

Adotando que 1UA corresponda a 144 milhões de quilômetros e que a velocidade da luz no espaço seja 3 x 108 m/s, se fosse possível fotografar Sedna daqui de nosso planeta, a foto revelaria sua posição há

A 1 dia 7 dias B 3 dias 9 dias C 5 dias

GABARITO (de 22/10 a 26/10)

CIÊNCIAS DA NATUREZA MATEMÁTICA CIÊNCIAS DA

NATUREZACIÊNCIAS HUMANAS MATEMÁTICA

1. A2. D3. B4. B

5. D6. B7. B8. C

1. A2. D3. C4. A

5. C6. C7. E8. E

1. D2. A3. B4. C

5. D6. C7. C8. E

1. D2. E3. B4. E

5. D6. B7. B8. C

1. D2. A3. A4. D

5. C6. B7. C8. C

OSG:7137-12-Cynara/Rev.:Nay