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Classificação Decimal Dewey, Introdução INTRODUÇÃO À CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY Sobre a Introdução 1.1 Esta Introdução explica os princípios básicos e a estrutura da Classificação Decimal de Dewey. 1.2 A Introdução deve ser usada juntamente com o Glossário e o Manual. O Glossário define os termos usados na Introdução e em outras partes da Classificação. O Manual contém informações adicionais e mais detalhadas sobre áreas específicas da Clas- sificação, orienta sobre o modo de classificar áreas difíceis e explica como escolher entre números afins. Classificação: o que ela é e o que faz 2.1 A Classificação proporciona um sistema para organizar os conhe- cimentos. Pode ser usada para organizar conhecimentos represen- tados sob qualquer forma, isto é, livros, documentos ou regis- tros eletrônicos. 2.2 Notação é o sistema de símbolos usados para representar as classes de um sistema de classificação. No sistema de Classifi- cação Decimal de Dewey (CDD), a notação é expressa em algarismos arábicos. Essa notação indica o sentido exclusivo daquela classe e sua relação com outras classes. Não importa quanto possam diferir as palavras que descrevem os assuntos, a notação pro- porciona uma linguagem universal para identificar a classe a que cada assunto pertence e suas classes afins. 2.3 As bibliotecas costumam dispor seus acervos de acordo com a estrutura sistemática de uma classificação biblioteconômica. A cada item é atribuído um número de chamada (marca de estante). O número de chamada consiste na notação de Dewey para sua classe, 1

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INTRODUÇÃO À CLASSIFICAÇÃODECIMAL DE DEWEY

Sobre a Introdução

1.1 Esta Introdução explica os princípios básicos e a estrutura da Classificação Decimal de Dewey.

1.2 A Introdução deve ser usada juntamente com o Glossário e o Manual. O Glossário define os termos usados na Introdução e em outras partes da Classificação. O Manual contém informações adicionais e mais detalhadas sobre áreas específicas da Clas-sificação, orienta sobre o modo de classificar áreas difíceis e explica como escolher entre números afins.

Classificação: o que ela é e o que faz

2.1 A Classificação proporciona um sistema para organizar os conhe-cimentos. Pode ser usada para organizar conhecimentos represen-tados sob qualquer forma, isto é, livros, documentos ou regis-tros eletrônicos.

2.2 Notação é o sistema de símbolos usados para representar as classes de um sistema de classificação. No sistema de Classifi-cação Decimal de Dewey (CDD), a notação é expressa em algarismos arábicos. Essa notação indica o sentido exclusivo daquela classe e sua relação com outras classes. Não importa quanto possam diferir as palavras que descrevem os assuntos, a notação pro-porciona uma linguagem universal para identificar a classe a que cada assunto pertence e suas classes afins.

2.3 As bibliotecas costumam dispor seus acervos de acordo com a estrutura sistemática de uma classificação biblioteconômica. A cada item é atribuído um número de chamada (marca de estante). O número de chamada consiste na notação de Dewey para sua classe,

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acompanhada por um número do livro ou algum outro recurso para dispor os integrantes de uma classe. O número de chamada proporciona um código exclusivo de identificação, que é utilizado como um “endereço” da prateleira e como uma etiqueta para a manutenção dos registros da biblioteca no controle da circulação e do estoque.

História e utilização atual da Classificação Decimal Dewey

3.1 A CDD foi concebida por Melvil Dewey em 1873 e trazida a público pela primeira vez em 1876. A Classificação Decimal de Dewey é o sistema biblioteconômico de classificação mais utilizado em todo o mundo. É adotado em mais de 135 países e foi traduzido para mais de trinta línguas. Nos Estados Unidos, 95% de todas as bibliotecas públicas e escolares, 25% de todas as bibliotecas das faculdades e universidades e 20% das bibliotecas especiais utilizam a CDD.

3.2 A CDD é desenvolvida, mantida e aplicada pela Divisão de Clas-sificação Decimal da Biblioteca do Congresso (LC), onde, anualmente, mais de 110.000 números são atribuídos aos textos catalogados pela Biblioteca. Os números da CDD são incorporados em registros bibliográficos de catalogação legíveis por computador (MARC) e distribuídos às bibliotecas por meios de comunicação computadorizados, dados de Catalogação-na-Publicação [Cataloging-in-Publication] (CIP) e fichas da LC. Os números da CDD figuram nos registros MARC emitidos por países do mundo inteiro e são utilizados nas bibliografias nacionais da África do Sul, Austrália, Botsuana, Brasil, Canadá, Filipinas, Índia, Indonésia, Islândia, Itália, Namíbia, Noruega, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Paquistão, Reino Unido, Turquia, Venezuela, Zimbábue e outros países. Diversas empresas e serviços

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bibliográficos dos Estados Unidos e outros locais colocam os números da CDD à disposição das bibliotecas através do acesso a centrais de computadores [on-line] e mediante publicações e pro-dução de fichas de catalogação.

Visão geral da Classificação Decimal de Dewey

ARCABOUÇO CONCEITUAL

4.1 Na CDD, as classes fundamentais são organizadas por disciplinas ou campos de estudo. Nenhum princípio é mais fundamental para a CDD do que este: as partes da Classificação são dispostas por disciplina, e não por assunto.

4.2 A conseqüência desse princípio é que, provavelmente, não haverá nenhum lugar exclusivo para este ou aquele assunto. Um assunto poderá aparecer em qualquer disciplina. Por exemplo, “vestuário” tem aspectos que se incluem em diversas disciplinas. A influên-cia psicológica do vestuário é classificada no item 155.95 como parte da disciplina “psicologia”; os costumes associados ao vestuário classificam-se em 391, como parte da disciplina “costumes”; e, na acepção de criação da moda, vestuário clas-sifica-se em 746.92, como parte da disciplina “artes”. O Índice Relativo reúne os aspectos disciplinares do tema “vestuário” num só lugar:

Vestuário 391 artes 746.92 costura doméstica 646.4 costumes 391 couro 685.22 economia doméstica 646.3 fabricação comercial 687 peles 685.24

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forças armadas 355.81 uniformes 355.14 influência psicológica 155.95 previdência social 361.05 saúde 613.482 segurança do produto 363.19 legislação 344.042 35 ver também Segurança do produto ver o Manual em 391 vs. 646.3, 746.92

NOTAÇÃO

4.3 No nível mais geral, a DDC é dividida em dez classes principais, que abrangem, em conjunto, a totalidade do mundo do saber. Essas classes são depois divididas em dez divisões, e cada divisão, em dez seções, embora nem todos os números das divisões e das se-ções tenham sido usados. (A palavra classe pode ser usada para indicar classes principais, divisões, seções e qualquer outro nível de notação na hierarquia.)

4.4 As dez classes principais são: 000 Generalidades 100 Filosofia, fenômenos paranormais, psicologia 200 Religião 300 Ciências sociais 400 Linguagem 500 Ciências naturais e matemática 600 Tecnologia (ciências aplicadas) 700 Arte Belas-artes e artes decorativas 800 Literatura (belas-letras) e retórica

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900 Geografia, história e disciplinas afins

4.5 A classe principal 000 é a mais geral, sendo utilizada com obras que não se restrinjam a nenhuma disciplina específica, como en-ciclopédias, jornais e periódicos em geral. Essa classe também é usada para algumas disciplinas especializadas que lidam com o conhecimento e a informação, como a ciência da computação, a ci-ência biblioteconômica e da informação e o jornalismo. Cada uma das classes principais 100-900 consiste numa grande disciplina ou conjunto de disciplinas afins.

4.6 O primeiro algarismo dos números listados acima indica a classe principal. Os zeros são empregados para completar a notação até a extensão mínima obrigatória de três algarismos.

4.7 Cada classe principal consiste em dez divisões, também numeradas de 0 a 9. O número de algarismos significativos, nesse caso, são dois, e o segundo deles indica a divisão. Por exemplo, 500 é usado para obras gerais sobre ciências, 510 para a matemática, 520 para a astronomia e 530 para a física.

4.8 Cada divisão tem dez seções, também numeradas de 0 a 9. O ter-ceiro algarismo de cada número de três dígitos indica a seção. Assim, 530 é usado para as obras gerais de física, 531 para a mecânica clássica, 532 para a mecânica dos líquidos e 533 para a mecânica dos gases.

4.9 Um ponto decimal é colocado após o terceiro algarismo, depois do qual prossegue a divisão por dez até o grau específico de clas-sificação que se fizer necessário.

PRINCÍPIO DA HIERARQUIA

4.10 A hierarquia, na CDD, expressa-se através da estrutura e da notação.

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4.11 A hierarquia estrutural [structural hierarchy] significa que to-dos os tópicos (excetuadas as dez classes principais) são subor-dinados aos tópicos mais gerais acima deles e constituem parte integrante destes. Também se confirma o corolário: tudo o que é válido em relação ao todo é válido em relação às partes. Esse importante conceito é às vezes chamado de força hierárquica [hi-erarchical force]. Qualquer nota referente à natureza de uma classe aplica-se a todas as classes subordinadas, inclusive aos temas logicamente subordinados que são classificados em números coordenados. (Para uma discussão das notas dotadas de força hi-erárquica, ver os parágrafos 7.8-7.15 e 7.19-7.21.) Em virtude do princípio da força hierárquica, as notas hie-rárquicas costumam ser feitas apenas uma vez no nível mais geral de aplicação. Por exemplo, a nota de âmbito [scope note] que aparece em 700 aplica-se a 730, 736 e 736-4. As palavras “Descrição, avaliação crítica...”, encontradas na nota de âmbito em 700, também regem a avaliação crítica dos entalhes em madeira em 736.4 Madeira [gravura]. Para compreender a hierarquia estru-tural o classificador deve ler as tabelas em direção ascendente e descendente (e se lembrar de virar a página).

4.12 A hierarquia notacional [notational hierarchy] é expressa pela extensão da notação. Como mostra o exemplo abaixo, os números de qualquer nível costumam estar subordinados às classes cuja no-tação tem um algarismo a menos, coordenados com as classes cuja notação tem o mesmo número de algarismos significativos, e cos-tumam reger as classes com números que tenham um ou mais alga-rismos adicionais. Os algarismos sublinhados no exemplo abaixo demonstram essa hierarquia de notações:

600 Tecnologia (Ciências aplicadas) 630 Agricultura e tecnologias afins

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636 Criação de animais 636.7 Cães 636.8 Gatos

4.13 “Cães” e “Gatos” são mais específicos do que (estão subordinados a) “Criação de animais”; são igualmente específicos entre si (e coordenados um com o outro); e “Criação de animais” é menos específico do que (e superior a) “Cães” e “Gatos”.

4.14 Ocasionalmente, é preciso usar outros dispositivos para expressar a hierarquia, quando não é possível ou desejável fazê-lo através da notação. As relações entre os tópicos que rompem a hierarquia de notações são indicadas por cabeçalhos, notas e verbetes especiais. Usa-se um cabeçalho duplo [dual heading] quando um tema subordinado é a parte principal do assunto; o as-sunto como um todo e o tema subordinado como um todo comparti-lham o mesmo número (por exemplo, 610 Ciências Médicas Me-dicina). A referência “ver” [see reference] leva o classificador às subdivisões de um assunto que estejam localizadas fora da hierarquia de notações. O verbete centralizado [centered entry] (assim chamado porque seus números, cabeçalho e notas aparecem no centro da página) constitui um desvio significativo da hie-rarquia de notações. É utilizado para indicar e relacionar es-truturalmente um par de números que, juntos, formam um único conceito, para o qual não existe uma notação hierárquica espe-cífica. Na CDD, os verbetes centralizados são sempre tipografi-camente assinalados pelo símbolo > na coluna dos números.

Classificando com a CDD

5.1 Classificar uma obra com a CDD exige a determinação do assunto, do foco disciplinar e, conforme o caso, da abordagem ou forma. (Para obter orientação sobre a determinação do assunto e da dis-

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ciplina de uma obra, ver os parágrafos 5.2-5.9; para uma discus-são da abordagem ou forma, ver o parágrafo 8.3.)

Convém observar que as obras de ficção costumam ser clas-sificadas na CDD por sua forma literária, e não pelo assunto.

DETERMINAÇÃO DO ASSUNTO DE UMA OBRA

5.2 A classificação adequada de uma obra depende, em primeiro lugar, da determinação do assunto a que ela se refere.

(A) O título costuma ser um bom indício do assunto, mas nunca deve ser a única fonte de análise. Por exemplo, The Green- ing of America é um livro sobre as condições sociais e a mudança social, e não uma obra de ecologia.t1

(B) O índice constante da obra pode relacionar os principais assuntos discutidos. Os títulos de capítulos podem servir de substitutos, na falta de um índice ou sumário. É comum os subtítulos de capítulos revelarem-se úteis.

(C) O prefácio ou a introdução geralmente expõem o objetivo do autor. Quando há uma nota preliminar, ela costuma indicar o

tema da obra e sugerir seu lugar no desenvolvimento das idéias sobre o assunto. A sobrecapa dos livros ou outro ma- terial que os acompanhe podem incluir um resumo do assunto tratado.

(D) Um exame do próprio texto pode fornecer orientação adicio- nal ou confirmar a análise preliminar do assunto.

(E) As referências bibliográficas e os verbetes do índice remis sivo são fontes de informação sobre o assunto.

(F) A cópia catalográfica dos serviços centralizados de catalo-gação costuma ser útil, fornecendo títulos de assuntos, nú-meros de classificação e notas. Essa cópia figura no verso

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da página de rosto de muitos livros norte-americanos, aus-tralianos, britânicos e canadenses, como parte dos dados deCatalogação na Publicação (CIP). Os dados dessas fontes de-vem ser verificados tendo-se o livro à mão, uma vez que acatalogação na publicação baseia-se em informações anterio-res à publicação.

(G) Ocasionalmente, a consulta a fontes externas, como críti-cas, obras de referência e especialistas na área, pode ser

necessária para determinar o assunto da obra.

DETERMINAÇÃO DA DISCIPLINA DE UMA OBRA

5.3 Após a determinação do assunto, o classificador deve escolher a disciplina ou campo de estudos apropriado da obra em questão.

5.4 O princípio norteador da CDD é que as obras devem ser classi-ficadas na disciplina a que se destinam, e não naquela de que derivam. Isso permite que obras utilizadas em conjunto sejam encontradas juntas. Por exemplo, um texto geral de um zoólogo sobre o controle de pestes agrícolas deve ser classificado em agricultura, e não em zoologia, juntamente com outros trabalhos sobre o controle de pestes na agricultura.

5.5 Uma vez que o assunto tenha sido determinado e que se tenham ob-tido informações sobre a disciplina, o classificador experiente deverá voltar-se para as tabelas [schedules]. Os resumos são um bom meio de navegação mental para os iniciantes. Os cabeçalhos e notas das tabelas e do Manual fornecem grande orientação. O Índice Relativo pode ser útil, sugerindo as disciplinas em que um assunto é normalmente tratado. (Para uma discussão dos resumos, ver o parágrafo 7.1; para uma discussão do Manual, ver os parágrafos 10.1-10.6; para uma discussão do Índice Relativo, ver os parágrafos 11.1-11.15).

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5.6 Se for utilizado o Índice Relativo, o classificador deverá, ainda assim, pautar-se na estrutura da Classificação e em várias fontes de auxílio em toda ela, para chegar ao lugar adequado em que classificar um trabalho. Até as citações mais promissoras do Índice Relativo devem ser verificadas nas tabelas são o único lugar em que é possível encontrar todas as informações sobre o âmbito e a utilização dos números.

MAIS DE UM ASSUNTO NA MESMA DISCIPLINA

5.7 Um trabalho pode incluir múltiplos aspectos de um assunto ou mais de um assunto, do ponto de vista de uma disciplina isolada. Utilize as seguintes normas para determinar a melhor posição para a obra:

(A) Classifique as obras que versem sobre assuntos interrelacionados no assunto sobre o qual recai a ação. Essa é a chamada regra de aplicação [rule of application], que tem precedência sobre todas as demais regras. Por exemplo, classifique um texto analítico que verse sobre a influência de Shakespeare em Keats na classificação Keats.

(B) Classifique as obras sobre dois assuntos no assunto que

receber o tratamento mais completo.

(C) Se dois assuntos receberem tratamento equiparável e não fo- rem usados para introduzir ou explicar um ao outro, classi- fique a obra no assunto cujo número aparecer primeiro nas listagens da DDC. Chama-se a isso regra do primeiro de dois [first-of-two rule]. Por exemplo, um livro de história que discorra igualmente sobre os Estados Unidos e o Japão, no qual os Estados Unidos sejam abordados em primeiro lugar e apareçam primeiro no título, será classificado em história do Japão, porque 952 Japão precede 973 Estados Unidos.

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Muitas vezes, dão-se instruções específicas para o uso denúmeros que não são os primeiros a aparecer nas tabelas.

Essas instruções podem vir sob a forma de uma nota ou uma tabela sobre a ordem de preferência, de uma nota de acrésci- mo com instruções sobre a ordem de citação na construção dos números, ou de uma nota que identifique o número global do assunto. Por exemplo, em 598, a nota “classifique as obras gerais sobre vertebrados de sangue quente em 599” instrui o classificador a ignorar a regra do primeiro de dois e a clas sificar um texto sobre aves (598) e mamíferos (599) em 599, que é o número global para os vertebrados de sangue quente.

Desconsidere também a regra do primeiro de dois quando osdois tópicos forem as duas subdivisões principais de um as-sunto. Por exemplo, o abastecimento de água (628.1) e a tec-nologia do escoamento de dejetos (628.4), considerados em conjunto, compõem a maior parte da classificação 628, Enge-nharia sanitária e municipal; os trabalhos que versem sobreesses dois tópicos devem ser classificados em 628 (e não em628.1). (Para uma discussão sobre a construção de números, inclu-indo o acréscimo de subdivisões padronizadas [standard sub-divisions}, ver os parágrafos 8.1-8.20; para uma discussão das citações e da ordem de preferência, ver os parágrafos 9.1-9.5; para uma discussão sobre a regra do primeiro de dois, em contraste com a ordem de preferência, ver o pará-grafo 9.6; e para uma discussão dos números globais, ver os parágrafos 7.15 e 7.19-7.20.)

(D) Classifique as obras sobre três ou mais assuntos, todos osquais sejam subdivisões de um assunto mais geral, no primei-ro número mais elevado que inclua a todos (a menos que um

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dos assuntos seja mais plenamente abordado do que os outros). Chama-se a isto regra de três [rule of three]. Por exemplo, um livro sobre a história de Portugal (946.9), daSuécia (948.5) e da Grécia (949.5) é classificado em histó- ria da Europa (940).

(E) As subdivisões iniciadas em zero devem ser evitadas, se hou- ver uma escolha entre 0 e 1-9 no mesmo ponto da hierarquia da notação. Similarmente, as subdivisões iniciadas em 00 devem ser evitadas, se houver uma opção entre 00 e 0. Dá-se a isso o nome de regra do zero [rule of zero]. Por exemplo, uma biografia de um missionário metodista norte-americano na China começa por 266 Missões. O conteúdo da obra pode ser expresso por três números diferentes:

266.0092 biografia de missionários 266.02373051 missões estrangeiras dos E.U.A. na China 266.76092 biografia de missionários da Igreja Meto- dista UnidaUtiliza-se o último número, uma vez que ele não tem zero na quarta posição.

MAIS DE UMA DISCIPLINA

5.8 Tratar um assunto do ponto de vista de mais de uma disciplina é diferente de tratar diversos assuntos numa única disciplina. Utilize as seguintes normas para determinar a melhor classifica-ção da obra:

(A) Use o número interdisciplinar [interdisciplinary number] constante das listagens ou do Índice Relativo, se ele for

fornecido. Uma consideração importante ao usar esse número interdisciplinar é que a obra deve conter material signifi- cativo da disciplina em que ele é encontrado. Por exemplo,

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305.231 (um número da sociologia) é fornecido para as obras interdisciplinares sobre desenvolvimento infantil. Entretan- to, se um trabalho interdisciplinar referente ao desenvolvi- mento infantil der pouca ênfase ao desenvolvimento social

e muita ênfase ao desenvolvimento psicológico e físico dacriança (155.4 e 612.65, respectivamente), classifique-o em155.4 (o primeiro número das listagens das duas escolhasóbvias seguintes). Em suma, os números interdisciplinaresnão são absolutos; só devem ser usados quando forem aplicá-veis. (Para uma discussão sobre os números interdisciplina-res, ver os parágrafos 7.15, 7.19-7.20 e 11.8-11.9.)

(B) Classifique as obras que não receberem um número interdisci-plinar na disciplina que receber o tratamento mais completo.Por exemplo, um texto que verse sobre os princípios científicos e os princípios de engenharia da eletrodinâmica seráclassificado em 537.6, se os aspectos da engenharia foremintroduzidos primordialmente para fins ilustrativos, mas oserá em 621.31, se as teorias científicas básicas forem so-mente um preâmbulo para a exposição de princípios e práticas

da engenharia pelo autor.

(C) Ao classificar obras interdisciplinares, não deixe de consi-derar as possibilidades da classe principal 000 Generalida-des, como, por exemplo, 080 para uma coletânea de entrevis-tas com pessoas famosas de diversas disciplinas.

Qualquer outra situação deverá ser tratada da mesma maneira que as encontradas nas instruções de “Mais de um assunto na mesma disciplina” (parágrafo 5.7).

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TABELA DE ÚLTIMO RECURSO

5.9 Quando se encontrarem vários números diferentes para uma dadaobra e todos parecerem igualmente bons, a seguinte tabela de último recurso (por ordem de preferência) poderá ser usada como norma, na falta de outra regra qualquer:

Tabela de último recurso: (1) Tipos de coisas (2) Partes de coisas (3) Materiais de que se compõem as coisas, tipos ou partes (4) Propriedades das coisas, tipos, partes ou materiais (5) Processos dentro das coisas, tipos, partes ou materiais (6) Operações com as coisas, tipos, partes ou materiais (7) Meios para efetuar as operações indicadas

Por exemplo, a vigilância exercida pelas patrulhas de fronteira poderia ser classificada como 363.285 Patrulhas de fronteira, ou como 363.232 Patrulhamento e vigilância. Escolha 363.285, já que as patrulhas de fronteira são uma espécie de serviço policial, ao passo que Patrulhamento e vigilância são processos efetuados pelos serviços policiais.

Não utilize esta tabela nem qualquer outra norma se ela pa-recer desconsiderar a intenção e a ênfase do autor.

A disposição da CDD 21

6.1 A CDD 21 compõe-se de nove partes principais em quatro volumes, a saber:

Volume 1

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(A) Novos aspectos da Edição 21: explicação sucinta das caracte-rísticas especiais e das mudanças da CDD 21.

(B) Introdução: descrição da CDD e de como usá-la.(C) Glossário: definições sucintas dos termos usados na CDD.(D) Índice da Introdução e do Glossário.(E) Tabelas: sete tabelas de notação numeradas, que podem ser

acrescentadas aos números das classes para dar maior especi-ficidade.

(F) Listas comparativas das Edições 20 e 21: Relocações e Redu-ções; Tabelas Comparativas e de Equivalência para a antiga

União Soviética, para a Administração Pública, a Educação e as Ciências Biológicas; Números Reutilizados.

Volumes 2 e 3(G) Tabelas: a organização do conhecimento, de 000 a 999.

Volume 4(H) Índice Relativo: lista alfabética de assuntos com as dis

ciplinas em que eles são tratados, dispostas em ordem alfabé

tica em cada verbete.(I) Manual: Guia de classificação de áreas difíceis, informações

sobre novas listagens e explicação das normas e práticas da Divisão de Classificação Decimal da Biblioteca do Congresso.

As informações do Manual são dispostas conforme os númerosdas tabelas e listagens.

Características principais das listagens e tabelas

SUMÁRIOS

7.1 Os sumários fornecem uma visão geral da estrutura das classes.Três tipos de sumários aparecem na CDD:

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(A) Os sumários das listagens como um todo encontram-se no co- meço das listagens.(B) São fornecidos sumários com dois níveis para cada classe e

cada divisão principais das listagens, bem como para os nú-números principais da Tabela 2 com subdivisões que se esten-

dam por mais de 40 páginas. Ver os sumários no início daTabela 2-4 Europa Europa Ocidental e da 370 Educação paraobter exemplos de sumários com dois níveis.

(C) Os sumários com um só nível nas listagens e tabelas propor-cionam uma visão geral das classes que têm subdivisões abran

gendo 4 a 40 páginas. Por exemplo, 382 Comércio Internacio- nal (Comércio exterior) tem o seguinte sumário:

SUMÁRIO

382.01-.09 Subdivisões padronizadas .1 Generalidades do comércio internacional .3 Política comercial .4 Comércio internacional por produto e serviço .5 Comércio de importações .6 Comércio de exportações .7 Política tarifária .8 Acordos de comércio

VERBETES

7.2 Os verbetes das listagens e tabelas compõem-se de um número da CDD na coluna de números (a que fica na margem esquerda), um ca-beçalho que descreve a classe representada pelo número e, muitas vezes, uma ou mais notas. Os números da CDD são impressos em grupos de três algarismos, para facilitar a leitura e a reprodu-ção. Todos os verbetes (números, cabeçalhos e notas) devem ser

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lidos no contexto da hierarquia. (Para uma discussão do prin-cípio de hierarquia, ver os parágrafos 4.10-4.14.)

7.3 Os três primeiros algarismos dos números das listagens (classes principais, divisões e seções) aparecem uma única vez na coluna de números, ao serem usados pela primeira vez. São repetidos no alto de cada página em que prosseguem suas subdivisões. Os núme-ros subordinados aparecem na coluna de números, a começar pelo ponto decimal, ficando subentendidos os três algarismos inici-ais.

7.4 Os números das tabelas são fornecidos na íntegra na coluna de números das tabelas e nunca são usados isoladamente. Há sete tabelas numeradas na CDD 21:

T1 Subdivisões-padrãoT2 Áreas geográficas, Períodos históricos, PessoasT3 Subdivisões referentes às artes, às literaturas individuais

e a formas literárias específicas T3-A Subdivisões para obras de ou sobre autores individuais T3-B Subdivisões para obras de ou sobre mais de um autor T3-C Notação a ser acrescentada conforme instrução na Tabela

3-B, 700.4, 791.4, 808-809T4 Subdivisões de línguas individuais e famílias de línguasT5 Grupos raciais, étnicos e nacionaisT6 LínguasT7 Grupos de pessoas

Excetuadas as notações provenientes da Tabela 1 (que podem ser acrescentadas a qualquer número, a menos que haja uma instrução em contrário nas listagens ou tabelas), a notação das tabelas só pode ser acrescentada conforme as instruções das listagens e ta-

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belas. (Para uma discussão pormenorizada do uso das sete tabe-las, ver os parágrafos 8.3-8.15.)

7.5 Quando um tópico subordinado é uma parte preponderante de um número, às vezes ele é indicado como parte de um cabeçalho du-plo. Por exemplo: 72 América Central México 610 Ciências médicas Medicina

7.6 Alguns números das listagens e tabelas aparecem entre parênteses ou colchetes. Os números e notas entre parênteses fornecem al-ternativas à prática padronizada. Os números entre colchetes re-presentam tópicos que foram relocados ou descontinuados, ou que não foram atribuídos. Os colchetes também são empregados para os conceitos de subdivisões-padrão representados em outra localização. Nunca se devem usar números entre colchetes. (Para uma discussão das opções, ver parágrafos 12.1-12.7; para uma discussão das subdivisões padronizadas entre colchetes, ver o parágrafo 7.25.)

7.7 As subdivisões-padrão também podem figurar entre colchetes como um número-gancho [hook number], isto é, um número que não tem nenhum significado próprio, mas que é usado para introduzir exemplos específicos de um tópico. Os cabeçalhos dos números-gan cho freqüentemente incluem termos como “miscelânea”, “outros”, “especial” ou “específico”. Por exemplo:

652.302 Níveis específicos de habilidade [.302 01-.302 09] Subdivisões-padrão

Não use; classifique em 652.3001- 652.3009

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Alguns números com cabeçalhos que usam os termos acima indicados não são números-gancho, podendo as obras ser classificadas com esses números. Exemplo: 004.165 Microcomputadores digitais específicos Disponha alfabeticamente por nome do micro-compu tador ou microprocessador, como, por exemplo, Macintosh®

7.8 As notas são importantes, pois fornecem informações que não são evidentes, na hierarquia de notações ou no cabeçalho, com res-peito à ordem, à estrutura, à subordinação e a outras questões. As notas descritas abaixo (A) definem o que é encontrado na classe e em suas subdivisões; (B) identificam os tópicos em es-paço de espera [standing room], ou seja, os tópicos com biblio-grafia insuficiente para disporem de um número próprio; (C) des- crevem o que é encontrado nas outras classes; e (D) explicam as mudanças nas listagens e tabelas. Outras notas são descritas nas seções sobre a construção de números (parágrafos 8.1-8.20), a citação e a ordem de preferência (parágrafos 9.1-9.6), o Manual (parágrafos 10.1-10.6) e as opções (parágrafos 12.1-12.5).

7.9 As notas das categorias (A) e (C) têm força hierárquica (isto é, são aplicáveis a todas as subdivisões de determinado número). As da categoria (B) não têm força hierárquica.

(A) Notas que descrevem o que se encontra numa classe 7.10 As notas definitórias [definition notes] indicam o significado

da classe. Por exemplo: 004.7 Periféricos

Dispositivos de entrada, saída e armazenamento que trabalham com um computador, mas não fazem parte de sua unidade central de processamento ou de sua memó- ria interna.

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

7.11 As notas de âmbito [scope notes] indicam se o significado de um número é mais estrito ou mais lato do que se evidencia pelo cabeçalho. Exemplo: 700 Artes Belas-artes e artes decorativas

Descrição, avaliação crítica, técnicas, processos,

aparelhos, equipamentos, materiais das belas-artes e das artes decorativas, literárias, de espetáculo e re- creativas.

7.12 As notas sobre cabeçalhos anteriores [former heading notes] só são fornecidas quando um cabeçalho é alterado a tal ponto que o novo tem pouca ou nenhuma semelhança com o antigo. Em geral, não há mudança do significado do número. Exemplo:

983 2 Línguas quíchuas (quéchuas) e aimarás Cabeçalho anterior: Línguas andinas

7.13 As notas sobre variantes de nomes [variant-name notes] são usa-das para os sinônimos ou quase sinônimos. Exemplo:

332.32 Associações de poupança e empréstimoVariantes de nome: associações de construção e

empréstimo, associações de empréstimo habitacional, instituições hipotecárias

7.14 As notas “classifique aqui” [class-here notes] listam os tópicos principais de uma classe. Esses tópicos podem ser mais latos ou mais estritos do que o cabeçalho e podem superpor-se a ele ou definir outra maneira de examinar essencialmente o mesmo mate-rial. Considera-se que os tópicos das notas “classifique aqui” aproximam-se da totalidade da classe. Por exemplo:

371.192 Relações entre os pais e a escola

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Classifique aqui a participação dos pais nas esco- las; obras abrangentes sobre as relações entre pais e professores.

É possível acrescentar subdivisões-padrão a qualquer tópico numa

nota “classifique aqui”. (Para uma discussão detalhada sobre o uso de subdivisões-padrão para conceitos que se aproximam da totalidade de uma classe, ver os parágrafos 8.3-8.5, o início da Tabela 1 e as seções 4 e 5 da Tabela 1, nota, no Manual.)

7.15 As notas “classifique aqui” também são usadas para indicar onde se encontram classificadas as obras interdisciplinares e glo-bais. Na CDD, as obras interdisciplinares abordam os assuntos pela perspectiva de mais de uma disciplina. Por exemplo:

391 Trajes e aparência pessoalClassifique aqui as obras interdisciplinares sobre

trajes, vestuário e moda

As obras globais [comprehensive works] abordam os assuntos sob vários pontos de vista, dentro de uma mesma disciplina. Podem aparecer de maneira explícita ou implícita numa nota “classi-fique aqui”. Exemplo:

641.815 Pães e alimentos similaresClassifique aqui as obras globais sobre artigos de panificação (massas, bolos etc.) (explícita)

411 5 Região montanhosaClassifique aqui a região montanhosa da Escócia (implícita)

(B) Notas de inclusão [including notes] (notas que identificam os assuntos em espaço de espera [standing room])

7.16 As notas de inclusão identificam os tópicos que se encontram em “espaço de espera” nos números em que elas são inseridas. Os

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números em espaço de espera fornecem uma localização para assun-tos sobre os quais se escreveram relativamente poucas obras, mas cuja bibliografia poderá crescer no futuro, ocasião em que lhes poderá ser atribuído seu próprio número. Exemplo:

374.22 Grupos de educação de adultosInclusive grupos de discussão, de leitura, de auto-ajuda, de interesses especiais e de estudo

Não é possível acrescentar subdivisões-padrão para tópicos em

espaço de espera, nem tampouco são permitidas outras técnicas de

construção de números.

7.17 As notas de inclusão também são usadas para os tipos de infor-mações anteriormente encontrados nas notas de conteúdo, de exem-plos e de nomes comuns.

7.18 Os verbetes das listagens taxonômicas dos números 579-590 podem ter duas notas de inclusão. A primeira delas indica os nomes taxonômicos científicos acima do nível de famílias. A segunda contém os nomes comuns e genéricos. Por exemplo:

593.55 HidrozoáriosInclusive condróforos, hidróides, miléporas, ptero-medusas, sifonóforos, estilasterinas e traquilinos

Inclusive hidras e caravelas

(C) Notas sobre o que é encontrado em outras classes 7.19 As notas “classifique noutro lugar” [class-elsewhere notes] le-

vam o classificador a tópicos interrelacionados, ou distinguem entre números de uma mesma hierarquia de notações. São usadas para mostrar a ordem de preferência, para levar ao número global ou interdisciplinar, para contornar a regra do primeiro de dois ou para levar a tópicos mais latos ou mais restritos numa mesma disposição hierárquica, a qual, de outro modo, poderia passar

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despercebida. Elas podem apontar um número específico ou um con-ceito disperso por todas as listagens. Todas as notas iniciadas pela palavra “classifique” são notas “classifique noutro lugar”, exceto quando começam por “classifique aqui”.

719.43 Filmes cinematográficosClassifique os aspectos fotográficos dos filmes em778.53; classifique os filmes para televisão e os

videotapes de filmes em 791.45

370.15 Psicologia educacionalClassifique as obras interdisciplinares sobre psi-cologia em 150. Classifique a psicologia de um tema

específico da educação nesse assunto, acrescido da notação 019 da Tabela 1, como, por exemplo, psico- logia da educação de adultos, 374.0019

155.4 Psicologia infantilClassifique as obras interdisciplinares sobre o de-senvolvimento infantil em 305.231

7.20 As referências “ver” [see references] levam de um número global explícito ou implícito de um conceito para as partes integrantes (subordinadas) desse conceito. As referências “ver” também levam do número interdisciplinar de um conceito para a abordagem desse conceito noutras disciplinas. A referência “ver” pode apontar para um número específico ou para um conceito disperso por todas as listagens. Cada referência “ver” começa pela palavra “para” e aparece em itálico. Exemplo:

577.7 Ecologia marinhaClassifique aqui a ecologia da água salgada

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

Para ecologia dos lagos de água salgada, ver

577.639; para ecologia dos charcos de água salgada

e ecologia das áreas litorâneas, ver 577.69

305.4 MulheresClassifique aqui as obras interdisciplinares sobreas mulheres e sobre o femininoPara um aspecto específico das mulheres não

indica-

do aqui, ver o aspecto, como, por exemplo,

sufrágio

feminino 324.623, ou status legal das mulheres

346.0134

7.21 As referências “ver também” [see-also references] levam o clas-sificador aos temas afins. São lembretes de que pequenas dife-renças de formulação verbal e contexto podem implicar diferenças de classificação. Toda referência “ver também” aparece em itá-lico. Exemplo:

584.3 LiliáceasClassifique aqui as lilifloras, os líriosPara as orquidáceas, ver 584.4

Ver também nenúfares e lírios d’água em 583.29

(D) Notas que explicam mudanças ou irregularidades nas listagens

e Tabelas 7.22 As notas de revisão [revision notes] advertem os usuários de que

houve mudanças nas subdivisões de uma classe desde a edição an-terior. Uma revisão completa ou ampla é sempre introduzida por uma nota de revisão, que aparece pela primeira vez abaixo do cabeçalho da classe afetada. (Para um exemplo de uma nota de re-

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visão completa, ver 570 Ciências biológicas Biologia; para um exemplo de uma nota de revisão ampla, ver 370 Educação.)

7.23 As notas descontinuadas [discontinued notes] indicam que a tota-lidade ou parte do conteúdo de um número foi deslocada para um número mais geral na mesma hierarquia, ou foi abandonada por completo. Exemplos:

[516.363] Geometria diferencial local e intrínsecaNúmero descontinuado; classifique em 516.36

636.826 Gato abissínioO uso desse número para abarcar outros gatos depelo curto foi descontinuado; classifique em 636.42

7.24 As notas de relocação [relocation notes] informam que a totali-dade ou parte do conteúdo de um número foi deslocada ou transfe-rida para um número diferente. Por exemplo:

[370.19] Sociologia da educaçãoSociologia da educação foi relocada em 306.43

307.2 Movimentação de pessoas para, de e no interior de co- munidades

O tamanho e a composição populacional foram reloca-dos em 304.6

O número anterior costuma ser fornecido com o novo número, querno cabeçalho, quer na nota apropriada. Por exemplo:

306.43 Educação [antigo 370.19] 304.6 População

Classifique aqui o tamanho e a composição popula-cionais [ambos anteriormente também em 307.2]...

7.25 As notas “não utilize” [do-not-use notes] instruem o classifica-dor a não usar a totalidade ou parte da notação regular da sub-divisão-padrão ou de uma prescrição de tabela de acréscimo, em

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favor de uma prescrição especial ou de subdivisões padrão um número mais global. Quando não convém utilizar a totalidade de uma subdivisão-padrão,a nota aparece abaixo da subdivisão-padrão entre colchetes; quando apenas parte da subdivisão-padrão é movida, essa parte é especificada. Por exemplo:

[374.809] Abordagem da história, da geografia e de pessoasNão use; classifique em 374.9

351.09 Abordagem histórica e de pessoasNão use para abordagem por áreas, regiões e lugaresem geral; classifique em 351.1. Não use para abor-dagem por continentes, países e locais específicos;classifique em 351.3-351.9.

Construção de números

8.1 O classificador muitas vezes constatará que, para chegar ao nú-mero exato de uma obra, será necessário construir ou sintetizar um número que não estará especificamente impresso nas listagens. Esses números construídos [built numbers] permitem maior apro-fundamento da análise do conteúdo. São empregados somente quando as instruções das listagens os possibilitam (exceto nas subdi-visões padronizadas, que são discutidas nos parágrafos 8.3-8.5). A construção de números começa por um número básico (sempre ex-plicitado na nota de instrução), ao qual se acrescenta um outro número.

8.2 Existem quatro fontes de notação a partir das quais é possível construir números: (A) Subdivisões-Padrão da Tabela 1; (B) Tabelas 2-7; (C) outras partes das listagens; e (D) tabelas de acréscimo nas listagens.

(A) Acréscimo de subdivisões-padão a partir da Tabela 1

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

8.3 É possível acrescentar subdivisões-padrão da Tabela 1 a qualquer número das listagens, a menos que haja uma instrução específica em contrário. A subdivisão-padrão representa uma forma física (dicionário, periódico ou índice) ou uma abordagem (um histórico ou uma pesquisa) que se repetem, e, portanto, é aplicável a qualquer assunto ou disciplina. Eis alguns exemplos, nos quais o conceito da subdivisão-padrão aparece grifado:

150.5 Periódico de psicologia 230.003 Dicionário do cristianismo 340.02573 Catálogo de advogados dos E.U.A. 401 Filosofia da linguagem 507.8 Uso de aparelhos e equipamentos no estudo e no en-

sino da ciência, como em projetos de exposições científicas. 624.0285 Aplicação de computadores na engenharia civil 796.912092 Biografia de praticantes de patinação artística 808.0071 Ensino de retórica

O classificador nunca deve usar mais de um zero ao aplicar uma subdivisão padronizada, a menos que seja instruído a fazê-lo. Quando há necessidade de mais de um zero, o número de zeros é sempre indicado nas listagens. Ao utilizar subdivisões-padrão com números construídos mediante acréscimos das Tabelas 2-7 ou de outras partes das listagens, certifique-se de verificar as instruções especiais sobre o número de zeros na tabela ou listagem empregados no segmento precedente à subdivisão padroni-zada.

8.4 As notas sobre acréscimo de subdivisões-padrão [standard-subdivisions-are-added notes] indicam a quais tópicos de um cabeçalho de termos múltiplos podem ser acrescentadas subdivi-sões padronizadas, em virtude de os tópicos designados serem

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

considerados como aproximando-se da totalidade do assunto. Por exemplo:

639.2 Pesca comercial, pesca de baleias, pesca de focasSão acrescentadas subdivisões-padrão para apesca comercial, de baleias e de focas, em conjun-

to; e para a pesca comercial em separado

As notas sobre acréscimo de subdivisões padrão não têm força hierárquica.

8.5 A ressalva mais importante com respeito às subdivisões padrão é

que elas só são acrescentadas para obras que abrangem ou se

aproximam da totalidade do assunto a que o número se refere. Por exemplo, uma obra que verse sobre as viúvas-negras da Califórnia deve ser classificada no número referente a aranhas, 595.44 (e não em 595.4409794, número referente às aranhas da Califórnia). O classificador não deve tentar especificar a Califórnia, porque as viúvas-negras não se aproximam da totalidade do universo das aranhas nesse estado. (Para outras instruções sobre o uso da Tabela 1, ver o início da Tabela 1 e a nota da Tabela 1 no Manual.)

(B) Acréscimo a partir das Tabelas 2-7 8.6 O classificador pode ser instruído a acrescentar notações das

Tabelas 2-7 a um número básico das listagens ou a um número ex-traído de uma tabela. Segue-se um resumo da utilização de cada tabela. Outras instruções sobre o emprego das Tabelas 2-7 encon-tram-se no início de cada tabela. Ver também as notas do Manual sobre as Tabelas 2-6.

8.7 Tabela 2, Áreas geográficas, períodos históricos, pessoas. A notação da Tabela 2 é acrescentada mediante o uso de uma de várias subdivisões-padrão da Tabela 1 (09, 025, 074 etc.); por

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exemplo, o ensino de leitura nas escolas primárias da Austrália recebe o número 372.40994 (372.4 ensino de leitura em escolas primárias + 09 abordagem histórica, geográfica e de pessoas, retirada da Tabela 1, + 94 Austrália, da Tabela 2).

8.8 Por vezes, a notação da área é diretamente acrescentada aos números das listagens, mas só quando isso é especificado numa nota. Por exemplo:

373.3-373.9 Ensino secundário em continentes, países e locali-dades específicosAcrescente ao número básico 373 a notação 3-9 daTabela 2, p. ex., escolas secundárias da Austrália373.94

8.9 Tabela 3, Subdivisões sobre arte, literaturas isoladas e formas

literárias específicas. Essas subdivisões são usadas na classe 800, conforme as instruções, em geral seguindo os números refe-rentes a línguas específicas, em 810-890. As subdivisões da Ta-bela 3-C pode ser acrescentadas, conforme as instruções, à Tabe-la 3-B, 700.4, 791.4 e 808-809.

8.10 Tabela 4, Subdivisões de línguas e famílias de línguas. Essas subdivisões são usadas conforme as instruções da classe 400, seguindo os números das línguas ou famílias específicas de línguas designadas em 420-490.

8.11 Tabela 5, Grupos raciais, étnicos e nacionais. A notação da Tabela 5 é acrescentada mediante o uso da subdivisão-padrão 089 da Tabela 1 por exemplo, Artes cerâmicas de artistas chineses no mundo inteiro é 738.089951 (738 Artes cerâmicas + 089 Grupos raciais, étnicos e nacionais, da Tabela 1, + 951 Chineses, da Tabela 5).

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8.12 A notação da Tabela 5 também pode ser diretamente acrescentada aos números das listagens, mas somente quando isso for especi-ficado numa nota. Por exemplo: 155.84 Grupos raciais e étnicos específicos

Acrescente ao número básico 155.84 a notação 03-99da Tabela 5; por exemplo, etnopsicologia dos afro-

americanos 155.8496073

8.13 Tabela 6, Línguas. Os principais usos da notação da Tabela 6 são o de fornecer a base para a construção de números para línguas específicas em 490 (aos quais, vez por outra, acrescenta-se uma notação da Tabela 4) e o de fornecer a base para a construção de números de literatura específicos em 890 (aos quais às vezes é acrescentada uma notação da Tabela 3). A notação da Tabela 6 também é usada na Tabela 2, em 175 Regiões onde predominam línguas específicas, e em vários pontos das listagens.

8.14 Tabela 7, Grupos de pessoas. A notação da Tabela 7 é usada para mostrar grupos de pessoas, através de instruções específicas, em diversos pontos das tabelas e listagens. A notação da Tabela 7 é acrescentada à subdivisão-padrão 024, da Tabela 1, para mostrar a abordagem de um assunto para pessoas de ocupações específicas. Por exemplo, Aritmética para carpinteiros é 513.024694 (513 Aritmética + 024 Assunto para pessoas de ocupações específicas, extraído da Tabela 1, + 694 carpinteiros, da Tabela 7). A notação da Tabela 7 também é acrescentada à subdivisão-padrão 088, da Tabela 1, para mostrar um assunto com respeito a grupos ocupacionais ou religiosos específicos, como, por exem- plo, economistas na história canadense 971.088339 (971 História canadense + 088 Grupos ocupacionais e religiosos, da Tabela 1, + 339 economistas, da Tabela 7).

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8.15 Em alguns lugares das listagens, a notação da Tabela 7 é direta-mente acrescentada ao número da listagem, para mostrar as pes-soas conforme o grupo religioso ou ocupacional. Por exemplo: 305.909 Pessoas por ocupação

Acrescente ao número básico 305.9 a notação 09-99da Tabela 7, como, por exemplo, pessoas dedicadas

à religião 305.92, trabalhadores postais 305.9383

Noutros pontos da classificação, os tipos de pessoas podem ser indicados mediante o uso da notação 08 da Tabela 1.

(C) Acréscimos de outras partes das listagens 8.16 Existem muitas instruções para se fazerem acréscimos diretos a

números extraídos de outras partes das listagens. Por exemplo:

809.935 Literatura enfatizando os assuntos

Acrescente ao número básico 809.935 a notação 001-999: por exemplo, obras religiosas como literatura

809.9352, biografia e autobiografia como literatura809.93592

Nesse exemplo, o 2 de 809.9352 vem de 200 Religião, e o 92 de 809.93592 vem de 920 Biografia, genealogia, insígnias.

8.17 Em muitos casos, é possível acrescentar parte de um número a outro número, mediante as instruções. Exemplo:

372.011 Ensino elementar para objetivos específicosAcrescente ao número básico 372.011 os números sub-seqüentes a 370.11 em 370.111-370.119, como, p.ex.,educação do caráter 372.0114

Nesse exemplo, o 4 vem de 370.114 Educação moral, ética e do caráter. Às vezes, os números são extraídos de mais de um lugar nas listagens; nesses casos, o método referente ao segundo acrés cimo é idêntico ao do primeiro.

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(D) Acréscimos a partir de tabelas encontradas nas listagens 8.18 As tabelas de acréscimo das listagens fornecem números a serem

acrescentados aos números designados nas listagens (identifica-dos por um asterisco e pela instrução concomitante numa nota de rodapé); essas tabelas só devem ser usadas de acordo com as instruções. Por exemplo:

616.51 *Erupções papularesInclusive urticáriaClassifique aqui as dermatites

O asterisco do cabeçalho acima remete à seguinte nota de rodapé: “Acrescente conforme as instruções contidas em 616.1-616.9.” A tabela de acréscimos de 616.1-616.9 só é usada para as doenças assinaladas por um asterisco, ou para as doenças constantes das notas “classifique aqui” inseridas sob cabeçalhos assinalados por asterisco. A notação da tabela de acréscimos, como 061 Tera-pia medicamentosa, pode ser usada para 616.51 Erupções papulares (assinalada por asterisco) e para dermatites (na nota “classifi-que aqui”), mas não para urticária, porque esse tópico aparece numa nota de inclusão.

8.19 As notas de acréscimo de subdivisões [subdivisions-are-added notes] indicam a quais termos de um cabeçalho de termos múlti-plos é possível aplicar subdivisões. Por exemplo:

616.5 *Doenças do tegumento, dos cabelos e das unhasSão acrescentadas subdivisões para doenças do tegu-mento, dos cabelos e das unhas, em conjunto, e ape-

nas para doenças tegumentares

8.20 As notas de números construídos [number-built notes] identi-ficam e explicam a origem dos números construídos que são inclu-ídos nas listagens e tabelas. Vez por outra, incluem-se números

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construídos nas listagens ou tabelas, para fornecer informações adicionais ou indicar exceções às instruções de acréscimo ha-bituais. Por exemplo:

353.132 63 Serviço exterior Número construído conforme as instruções de 352- 354 Classifique aqui os serviços consulares e diplo- máticos

Ordem de citação e de preferência

9.1 A ordem de citação e de preferência deve ser considerada quando a Classificação fornece múltiplos aspectos ou características de um assunto (como idade, área, sexo, períodos históricos, origem nacional) e quando uma única obra discorre sobre mais de um deles.

ORDEM DE CITAÇÃO

9.2 A ordem de citação permite que o classificador construa ou sin-tetize um número, usando duas ou mais características (facetas), conforme especificado nas notas de instrução. O sucesso na cons-trução de um número da CDD exige que se determinem as caracte-rísticas aplicáveis a uma obra específica e, em seguida, a partir das instruções da listagem, que se determine a seqüência em que as facetas devem ser ordenadas.

9.3 A ordem de citação é sempre cuidadosamente pormenorizada nas instruções para a construção de números. Por exemplo:

909.04 História, com respeito a grupos raciais, étnicos e na- cionais

Acrescente ao número básico 909.04 a notação 03-99da Tabela 5, como em história mundial dos judeus909.04924; depois, acrescente 0 e acrescente ao re-

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sultado os números posteriores a 909 em 909.1-909.8, como em história mundial dos judeus no sécu-lo XVIII, 909.0492407

Com referência a uma obra sobre a história mundial dos judeus no século XVIII, essa nota estipula a seguinte ordem de citação pa-ra cada faceta do assunto completo: história mundial + grupo racial, étnico ou nacional específico + período histórico. O período histórico é introduzido pelo indicador de faceta [facet indicator] 0.

ORDEM DE PREFERÊNCIA

9.4 Quando não há nenhuma instrução para mostrar mais de um dos aspectos ou características, isso passa a ser uma questão de preferência (porque é preciso fazer uma escolha entre diversas características). As notas sobre a preferência fornecem uma ins-trução ou uma tabela que estabelecem a ordem em que a escolha deve ser feita. Um exemplo de instrução sobre a preferência en-contra-se em 305.9:

305.9 Grupos ocupacionais e mistos Salvo instrução em contrário, classifique os assun-

tos complexos que tenham aspectos de uma ou maissubdivisões de 305.9 no número que vier por último,como em bibliógrafos desempregados 305.9091 (e não305.906941)

Nesse exemplo, o assunto básico é um grupo de pessoas; as duas características são a situação empregatícia e a situação ocupa-cional. A ocupação de bibliógrafo (305.9091) vem depois da situ-ação empregatícia (305.906941) na hierarquia de classificação; seguindo as instruções da nota sobre a preferência, a caracte-rística a ser escolhida é bibliógrafo (305.9091). (Para um exem-

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plo de instrução sobre preferência que utiliza uma nota “classi-fique noutro lugar”, ver o parágrafo 7.19.)

9.5 Um exemplo de tabela que indica a ordem de preferência encontra-se em 305:

305 Grupos sociaisA menos que sejam fornecidas outras instruções, ob-serve a tabela de preferências abaixo; por exemplo, rapazes negros católicos romanos de classe média 305.235 (e não 305.31, 305.55, 305.62 ou 305.896):

Classes sociais 305.5

Grupos etários 305.2 Grupos por sexo 305.3-305.4 Grupos religiosos 305.6 Grupos raciais, étnicos e nacionais 305.8 Grupos de línguas 305.7 Grupos ocupacionais e mistos 305.9

(exceto 305.908)

Pessoas conforme as características físicas e mentais 305.908

9.6 Muitas vezes, os classificadores têm que distinguir entre as instruções sobre a ordem de preferência e a regra do primeiro de dois numa mesma listagem. Se a obra versar sobre dois assuntos, aplique a regra do primeiro de dois. Se ela abordar dois aspec-tos de um mesmo assunto, aplique as instruções sobre a ordem de preferência. Em alguns casos, a regra do primeiro de dois e as instruções sobre a ordem de preferência podem levar o clas-sificador a direções distintas. Por exemplo, uma bibliografia sobre jornais e folhetos que desse igual tratamento a ambos se-

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ria classificada, de acordo com a regra do primeiro de dois, em 011.33 (bibliografia de folhetos), e não em 011.35 (bibliogra-fias de jornais). Uma bibliografia de jornais em microformato [isto é, em microfilmes ou microfichas] seria classificada, de acordo com a nota sobre a preferência, em 011.1-011.7: “A menos que sejam fornecidas outras instruções, classifique os assuntos que tiverem aspectos de duas ou mais subdivisões de 011.1-011.7 no número que vier por último (...)”; assim, a bibliografia dos jornais em microformato seria classificada em 011.36 (bibliogra-fias de microformatos) e não em 011.35 (bibliografias de jor-nais). (Para uma discussão sobre a regra do primeiro de dois, ver o parágrafo 5.7.)

O Manual

10.1 O Manual orienta sobre a classificação de áreas difíceis, dá informações minuciosas sobre as revisões globais e explica a política e as práticas da Divisão de Classificação Decimal da Biblioteca do Congresso.

10.2 As referências “ver o Manual” [see-Manual references] nas lista-gens e tabelas remetem o classificador ao Manual, para que ele obtenha informações adicionais sobre determinado número, faixa de números ou escolha entre números. Em alguns casos, as refe-rências “ver o Manual” apenas remetem a uma parte de uma nota mais extensa no Manual, ou a um tópico mais restrito do que os números do cabeçalho, como, por exemplo, “Ver o Manual em 573.44 vs. 571.74: Hormônios”. A referência “ver o Manual” é repetida nos verbetes de cada número ou faixa de números referidos na nota do Manual. Por exemplo, “Ver o Manual em 657 vs. 658.1511, 658.1512” aparece nos verbetes relativos a 657, 658.1511 e 658.1512.

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

10.3 Algumas notas sucintas, no estilo das do Manual, são às vezes fornecidas diretamente na listagem ou no item da tabela. Por exemplo:

631.583 Agricultura em ambiente controladoA maioria das obras sobre uso da iluminação arti-ficial na agricultura encontra-se classificada em635.0483 e 635.9826

DISPOSIÇÃO E FORMATO DO MANUAL

10.4 A disposição do Manual segue os números das tabelas e listagens, com a gama mais global aparecendo antes dos itens de abrangência mais restrita ou dos números isolados. As notas do Manual aparecem nos números preferidos ou “quando em dúvida”. Após o número do item, os números das listagens são arrolados antes dos números de tabela em cada parte do cabeçalho.

10.5 Os termos dos títulos de notas do Manual correspondem aos termos associados ao(s) mesmo(s) número(s) nas tabelas e listagens. Os termos adicionais são acrescentados entre colchetes, para indi-car o contexto. Por exemplo:

782.1 vs. 792.5 [Aspectos musicais das] Formas vocais dramáticas Óperas vs. [Montagens de] Formas vocais dramáticas Óperas

10.6 Quando a nota do Manual é muito extensa, ou quando se concentra num tópico mais restrito do que o cabeçalho, podem-se fornecer subtítulos. Por exemplo:

004.6 vs. 621.382, 621.3981 Interface e comunicações [na ciência computacional] vs. Enge- nharia de comunicações vs. Interface [por computadores] e dispositivos de comunicação

Comunicações digitais (subtítulo)

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

O Índice Relativo

11.1 O Índice Relativo assim chamado porque relaciona os assuntos com as disciplinas. Nas listagens, os assuntos são distribuídos entre as disciplinas; no Índice Relativo, são dispostos alfabeticamente, dispondo-se também alfabeticamente abaixo deles os termos que identificam as disciplinas nas quais eles são tratados.t2 Por exemplo:

Hospitais 362.11 administração institucional647.965 1

arquitetura 725.51construção 690.551contabilidade 657.832 2criação de animais 636.083 2direito 344.032 11forças armadas 355.72Guerra Civil (Estados Unidos) 973.776

Guerra revolucionária nos Estados Unidos 973.376legislação sobre responsabilidade civil 346.031paisagismo 712.7previdência social 362.1

ver também Serviços de saúdePrimeira Guerra Mundial 940.476Segunda Guerra Mundial 940.547 6teologia pastoral 291.61 cristianismo 259.411teologia social 291.178 321 1 cristianismo 261.832 11

Em alguns casos, o termo deixa a disciplina mais implícita do que explícita. No exemplo acima, a disciplina “arquitetura” é

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listada, mas a disciplina “ciência militar” fica implícita em “forças armadas”.

11.2 O Índice Relativo é, antes de mais nada, um índice da CDD como sistema. Inclui a maioria dos termos encontrados nas listagens e tabelas, bem como termos com justificação bibliográfica para os conceitos representados pelas listagens e tabelas. O Índice Relativo não é exaustivo. Se o termo buscado não for encontrado, o classificador deverá tentar um termo mais genérico, ou consultar diretamente as listagens e tabelas. É sempre conveniente consultar as listagens e tabelas antes de usar um número encontrado no Índice Relativo.

DISPOSIÇÃO E FORMATO DO ÍNDICE RELATIVO

11.3 Os verbetes do Índice são dispostos alfabeticamente, palavra por palavra, ou seja, Birthday precede Birthday order. Os verbetes com uma mesma palavra ou expressão, mas com marcas de pontuação diferentes, são dispostos na seguinte ordem:

Termo Subtítulo do termo Termo (qualificador entre parênteses) Termo, termo qualificador invertido na seqüência verbal Termo como parte de uma expressão ou frase

As siglas e os acrônimos são grafados sem pontuação e entram na seqüência alfabética como se formassem uma palavra. Os hífens são ignorados e tratados como espaços. Os termos com entrada de parágrafo em relação à margem, abaixo dos títulos principais, são listados num grupo em ordem alfabética, mesmo que constituam uma mescla de disciplinas, subtítulos de tópicos e, até certo ponto, palavras que formem expressões, ou expressões escritas em ordem inversa, quando combinadas com o cabeçalho principal.

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11.4 Os números das classes são impressos em grupos de três algaris-mos, para facilitar a leitura e a reprodução. Os espaços não fazem parte dos números e não representam lugares convenientes para abreviar estes últimos.

11.5 As referências “ver também” são usadas para os sinônimos e para as remissões a termos mais genéricos (mas somente quando houver três ou mais números novos no sinônimo ou no termo mais genéri-co), bem como para referências a termos afins (que só podem fornecer um ou dois números novos).

11.6 As referências “ver o Manual” levam o classificador às discus-sões pertinentes no Manual.

11.7 Os números extraídos das Tabelas 1-7 recebem os prefixos T1 a T7. (Para uma lista completa dos nomes e abreviaturas das tabelas, ver o parágrafo 7.4.

NÚMEROS INTERDISCIPLINARES

11.8 O primeiro número de classe exibido num verbete do índice (o termo sem entrada de parágrafo) é o número das obras interdis-ciplinares. Quando o termo também aparece nas tabelas, os núme-ros da tabela vêm listados a seguir, sucedidos por outros as-pectos do termo. A disciplina do número interdisciplinar pode ser repetida como um subverbete, se porventura não estiver cla-ra. Por exemplo:

Educação de adultos 374 T1071 5 apoio administrativo público 353.84 apoio público 379.114 direito 344.076 85

direito 344.074

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extensão universitária 378.175

11.9 Não são fornecidos números interdisciplinares para todos os tó-picos do Índice Relativo. Eles são omitidos quando o verbete do índice é ambíguo, não tem foco disciplinar ou carece de jus-tificação bibliográfica. Nesses casos, aparece um espaço em branco ao lado do verbete, sem entrada de parágrafo. Exemplo:

Coagulação sangue 573.159 fisiologia humana 612.115 ver também Sistema cardiovascular tratamento do abastecimento de água 628.162 2

(Para maiores informações sobre os números interdisciplinares, ver os parágrafos 5.8-5.12, 7.15 e 7.19-7.20.)

TERMOS INCLUÍDOS NO ÍNDICE RELATIVO

11.10 O Índice de Relativo contém a maioria dos termos encontrados nos cabeçalhos e notas das listagens e tabelas, bem como sinônimos e termos com justificação bibliográfica referentes aos conceitos representados pelas listagens e tabelas. O Índice de Relativo contém também termos para os conceitos gerais abarcados pelas notas do Manual.

Evitam-se expressões em ordem inversa, exceto no caso de no-mes próprios de pessoas e designações geográficas (ver parágra-fos 11.12-11.13). Utilizam-se qualificadores para os homônimos, os termos ambíguos e a maioria das siglas e abreviaturas. O emprego mais comum de um determinado termo pode não ser adjeti-vado. Evitam-se os qualificadores disciplinares.

11.11 Os seguintes tipos de nomes, extraídos da Tabela 2, Áreas geo-gráficas, acham-se incluídos no Índice: (A) nomes de países; (B)

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

nomes dos estados e províncias da maioria dos países; (C) nomes dos condados dos Estados Unidos; (D) nomes das capitais e de outros municípios importantes; e (E) nomes de alguns acidentes geográficos importantes.

11.12 Também se encontram incluídos no Índice Relativo os nomes próprios dos seguintes grupos de pessoas: chefes de Estado usa-dos para identificar períodos históricos, como Luís XIV; funda-dores ou reveladores de religiões, como Maomé; iniciadores de escolas de pensamento, quando usados para identificar essas es-colas, tais como Smith, Adam.

11.13 Os topônimos e outros nomes próprios costumam ser indicados na forma especificada pela segunda edição das Anglo-American Cata-loguing Rules [Normas de catalogação anglo-americanas] (AACR2R), em sua segunda edição revista, com base nos nomes estabelecidos nos arquivos especializados da Biblioteca do Congresso. Quando a forma constante das AACR2R não corresponde ao nome comum utili-zado em inglês, inclui-se também um verbete com a forma popular do nome em questão.

As plantas e animais são listados no índice por seus nomes científicos e seus nomes comuns.

11.14 A escolha entre a forma singular e a forma plural segue as BS 3700: 1988, British Standard Recommendations for Preparing In-dexes to Books, Periodicals and Other Documents [Recomendações britânicas padronizadas para a preparação de índices de livros, periódicos e outros documentos, edição de 1988]. Os substantivos que podem ser contados geralmente aparecem no plural; os que não são contáveis e os conceitos abstratos geralmente aparecem no singular.t4 As partes do corpo só figuram no plural quando existe mais de uma no organismo, uma vez plenamente formado (p.ex., orelhas, mãos, nariz). As plantas e animais seguem a convenção

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

científica na escolha da forma singular versus a forma plural, baseando-se essa decisão em haver ou não mais de um membro na classe taxonômica considerada (por exemplo, Cavalos, Leão, Cavalo Lipizzaner). Quando o uso é variável nas diferentes disciplinas, o verbete do índice reflete a forma preferida na disciplina em que são classificadas as obras interdisciplinares.

TERMOS NÃO INCLUÍDOS NO ÍNDICE RELATIVO

11.15 Os termos que não costumam ser incluídos no Índice Relativo são:

(A) As expressões iniciadas pela forma adjetiva dos países, línguas, nacionalidades ou religiões, como Inglesa, poesia;

Francesa, culinária; Italiana, arquitetura; Indianos, livros de preces.t5 (B) As expressões que contêm conceitos gerais representados por

subdivisões padronizadas, como educação, estatística, labo- ratórios e administração, a exemplo de Educação artística, Estatística educacional, Laboratórios médicos, Administração

bancária.t6

Quando há uma forte justificação bibliográfica para que se in-clua como termo procurado algum desses cabeçalhos enunciados sob a forma de expressões adjuntivas adnominais, pode-se incluí-lo no Índice de Relações, como acontece com a expressão “Literatura inglesa”. Quando o cabeçalho em forma de expressão é um nome próprio, ou constitui a única forma de acesso ao tópico buscado, ele também pode ser incluído, como nos casos de Canal da Mancha [English Channel], trompa [French horns], Literatura amárica/etiópica [Amharic literature] etc.t7

Opções

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

12.1 São necessários alguns recursos para permitir que a classi-ficação atenda a necessidades que vão além das representadas na edição padronizada em língua inglesa. Em diversos pontos das listagens e tabelas são fornecidas opções, para dar ênfase a aspectos do acervo de uma biblioteca que não tenham recebido tratamento preferencial na notação padronizada. Em alguns casos, também são sugeridas opções para fornecer notações mais curtas para os aspectos em questão.

12.2 Em toda a Classificação são fornecidas opções para enfatizar a jurisdição; os grupos raciais, étnicos ou nacionais; a língua; o tópico; ou outras características.

12.3 As opções descritas nas notas aparecem entre parênteses e come-çam por “Opção: (...)”. As que se aplicam ao verbete inteiro aparecem no final dele; as opções quanto a alguma instrução específica do verbete aparecem com uma entrada de parágrafo na margem esquerda, abaixo da nota apropriada. Por exemplo, a seguinte opção aparece no final do verbete 420-490:

(Opção B: para dar ênfase local e atribuir um número menor auma língua específica, posicione-a primeiramente usando uma letra ou outro símbolo, como Língua árabe 4A0 [que vem antes de 420], para a qual o número básico será 4A. A opção A é descrita em 410.)

12.4 Alguns números opcionais são enumerados nas listagens e tabelas e aparecem entre parênteses na coluna dos números. Um arranjo opcional especial (222)-(224) para os livros da Bíblia, tal como dispostos no Tanakh,t8 aparece como uma subseção da nota do Ma-nual referente ao número 221.

12.5 As notas “disponha alfabeticamente” e “disponha cronologicamen-te” [arrange-alphabetically/arrange-chronologically notes] não

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

são colocadas entre parênteses, mas também constituem opções. Representam apenas sugestões; o material não precisa ser dis-posto em ordem alfabética ou cronológica. Um exemplo de nota “disponha alfabeticamente” encontra-se em 005.133 Linguagens específicas de programação: “Disponha alfabeticamente por nome da linguagem de programação, como, por exemplo, C++.”

12.6 Algumas bibliotecas nacionais e serviços centrais de catalogação atribuem certos números opcionais; por exemplo, a Biblioteca Nacional do Canadá usa os números C810 para a literatura cana-dense em inglês e C840 para a literatura canadense em francês. Os números opcionais atribuídos pela Biblioteca do Congresso são descritos no apêndice do Manual, volume 4.

12.7 Quase sempre, no entanto, a responsabilidade pela implementação de uma opção compete à biblioteca local. Quando há necessidade de opções, a biblioteca deve dar preferência às que são descri-tas na Classificação, em vez de tentar desenvolvê-las em âmbito local.

Classificação restrita e classificação genérica

13.1 A Classificação Decimal de Dewey oferece a opção fundamental entre uma classificação restrita e uma classificação genérica. A classificação restrita [close classification] significa que o conteúdo de uma obra é especificado ao máximo pela notação. A classificação genérica [broad classification] significa que a obra é incluída numa classe ampla, através do uso de uma notação que sofreu uma abreviação lógica. Por exemplo, uma obra sobre a cozinha francesa tem sua classificação restrita em 641.5944 (641.59 Culinária por local + 44 França, pela Tabela 2), ou sua classificação genérica em 641.5 (Culinária).

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

13.2 A biblioteca deve fundamentar sua opção pela classificação res-trita ou pela classificação genérica no tamanho de seu acervo e nas necessidades de seus usuários. Por exemplo, um trabalho so-bre a sociologia das relações entre irmãos na sociedade canaden-se teria sua classificação mais útil em 306.8750971 (306.875 Relações entre irmãos + 09 Abordagem geográfica, a partir da Tabela 1, + 71 Canadá, da Tabela 2), caso se estivesse conside-rando uma biblioteca de pesquisa ou uma grande biblioteca públi-ca. Uma pequena biblioteca escolar poderia preferir classificar essa mesma obra no número mais genérico (306.875), sem incluir a faceta geográfica na notação. Uma biblioteca de engenharia pode preferir uma classificação restrita das obras de engenharia, mas optar por uma classificação genérica em disciplinas que estejam fora da ciência e da tecnologia.

13.3 O classificador nunca deve reduzir a notação a menos do que o número mais específico de três algarismos (por menor que seja o acervo da biblioteca). Além disso, o número também nunca deve ser tão reduzido que termine em 0 em qualquer casa colocada à direita do ponto decimal.

13.4 Um bom auxiliar na abreviação lógica dos números da CDD é o dispositivo de segmentação fornecido pela Divisão de Classifi-cação Decimal da Biblioteca do Congresso e de alguns outros serviços de catalogação centralizados. Encontra-se uma descrição mais detalhada desse recurso no apêndice do Manual, no volume 4.

13.5 A edição condensada da Classificação Decimal de Dewey é outra fonte de classificação genérica. Destina-se às bibliotecas com acervos de 20.000 volumes ou menos.

Seleção bibliográfica

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

14.1 Os classificadores que desejarem uma introdução mais aprofundada à Classificação Decimal Dewey poderão consultar o livro Dewey Decimal Classification: A Practical Guide, de Lois Mai Chan, John P. Comaromi, Joan S. Mitchell e Mohinder P. Satija, 2a. edição, Albany, N.Y., OCLC Forest Press, 1996. A editora OCLC Forest Press também publica manuais de treinamento que acom-panham cada nova edição da CDD.

14.2 Sobre a história da CDD, até sua décima oitava edição, ver John P. Comaromi, The Eighteen Editions of the Dewey Decimal Classi-fication, Albany, N.Y., Forest Press, 1976.

14.3 Para uma lista de números de livros, consulte a Cutter-Sanborn Three-Figure Author Table, revisão de Swanson-Swift, 1969 (dis-tribuída pela Libraries Unlimited, de Littleton, Colorado). Para obras descritivas sobre números de livros, ver John P. Comaromi, Book Numbers: A Historical Study and Practical Guide to Their

Use (Littleton, Colorado, Libraries Unlimited, 1981), e Donald J. Lehnus, Book Numbers: History, Principles, and Applications (Chicago: American Library Association, 1980).

² ² ²

GLOSSÁRIO

Este glossário define os termos utilizados na Introdução e em todos as listagens e tabelas. Podem-se encontrar explicações mais completas e exemplos de muitos termos na seção pertinente da Intro-dução. Segue-se ao glossário um índice da Introdução e do Glossário.

Algarismo artificial [artificial digit]. Letra ou outro símbolo usado em caráter opcional como substituto dos algarismos 0-9, a fim de

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

proporcionar uma localização de maior destaque ou uma notação mais curta para uma jurisdição, tal como linguagem, literatura, religião, grupos raciais, étnicos e nacionais, ou outra característica. Ver também Opção.

Ampliação [expansion]. Desenvolvimento de uma classe nas listagens ou tabelas, a fim de fornecer novas subdivisões. Ver também Revisão.

Aplicação [application]. Ver Regra de aplicação.Aproximação do todo [approximate the whole]. Quando o tema de um tra-

balho é quase coextensivo ao assunto de um cabeçalho da CDD, diz-se que a obra “aproxima-se do todo”. Esse termo também é usado para caracterizar as obras que abrangem mais de metade do conteúdo do cabeçalho, bem como as obras que abrangem exemplos represen-tativos, extraídos de três ou mais subdivisões de uma classe. Quando uma obra se aproxima da totalidade de um assunto, é pos-sível acrescentar subdivisões padronizadas. Diz-se que os tópicos que não se aproximam do todo estão em “espaço de espera” no núme-ro. Ver também Nota “classifique aqui”; Nota sobre acréscimo de subdivisões padronizadas; Espaço de espera; Termo unitário.

Aspecto [aspect]. Abordagem de um assunto ou de uma característica [faceta] de um assunto.

Assunto [subject]. Objeto de estudo. Também chamado de tópico. Pode ser uma pessoa ou grupo de pessoas, uma coisa, lugar, processo, atividade, abstração ou qualquer combinação destes. Na CDD, os as-suntos são dispostos por disciplina. É freqüente um assunto ser es

tudado em mais de uma disciplina; por exemplo, o casamento é es-tudado em diversas disciplinas, como ética, religião, sociologia e direito. Ver também Disciplina.

Assunto complexo [complex subject]. Assunto complexo é aquele que tem mais de uma característica. Por exemplo, “bibliógrafos desemprega-

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

dos” é um assunto complexo, pois tem mais de uma característica (situação empregatícia e ocupação). Ver também Ordem de preferên-cia.

Atração [attraction]. Ver Classificação por atração.Cabeçalho [heading]. Palavra ou expressão usada como título de deter-

minada classe.

Cabeçalho duplo [dual heading]. Cabeçalho com dois termos separados, o primeiro dos quais é o assunto principal, enquanto o segundo é um grande tópico subordinado, como, por exemplo, 570 Ciências bioló-gicas Biologia. Utiliza-se o cabeçalho duplo quando o assunto como um todo e o tópico subordinado como um todo compartilham um mesmo número. Podem-se acrescentar subdivisões-padrão a um ou ambos os tópicos de um cabeçalho duplo.

Característica da divisão. Ver Faceta.Catálogo classificado [classified catalog]. Catálogo organizado de

acordo com a ordem de notações de um sistema de classificação.

Catálogo de assuntos [subject catalog]. Índice do conteúdo do acervo de uma biblioteca. Quando o acesso é obtido alfabeticamente, atra-vés das palavras, o índice é chamado de catálogo alfabético de as-suntos. Quando o acesso é obtido mediante a notação de um sistema de classificação biblioteconômico, dá-se ao índice o nome de catá-logo classificado. Ver também Catálogo classificado.

Classe [class] (substantivo). (1) Grupo de objetos que exibem uma ou mais características em comum, identificado por uma notação espe-cífica. (2) Um dos dez grupos principais da CDD, numerados de 0 a 9. Ver também Classe principal. (3) Subdivisão da CDD com algum grau de especificidade. Como verbo, to class [classificar] signi-

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fica atribuir um número de classe a uma obra. Ver também Classi-ficar.

Classe principal [main class]. Uma das dez grandes subdivisões da Clas sificação Decimal de Dewey, representada pelo primeiro algarismo da notação, como 3 em 300. Ver também Divisão; Seção.

Classificação [classification]. Sistema lógico para organização do co-nhecimento.

Classificação bibliográfica [bibliographic classification]. Sistema de classificação plenamente desenvolvido, que especifica as categori-as até as gradações mais minuciosas; proporciona um meio de rela-cionar as categorias e especificar nas notações todos os aspectos ou facetas de uma obra. Ver também Aspecto; Faceta.

Classificação bibliotecal [bibliothecal classification]. Ver Classifi-cação bibliotecária [library classification].

Classificação bibliotecária [library classification]. Classificação criada para organizar os itens físicos do acervo de uma biblio-teca. Também chamada de classificação bibliotecal.

Classificação cruzada [cross classification]. Inclusão de obras de um mesmo assunto em dois números de classe diferentes. Isso tende a ocorrer quando as obras versam sobre duas ou mais características de um assunto da mesma classe. As notas sobre a preferência devem impedir a classificação cruzada. Ver também Ordem de preferência.

Classificação genérica [broad classification]. Classificação de obras em categorias gerais, mediante uma abreviação lógica, mesmo quando existem números mais específicos; um exemplo consiste em classifi-car um livro de culinária com receitas mexicanas em 641.5 Culiná-ria (em vez de 641.5972 Cozinha mexicana).

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Classificação por atração [classification by attraction]. Classifica-ção de um aspecto específico de um assunto na disciplina inade-quada, geralmente por ser o assunto designado na disciplina incor-reta e não explicitamente mencionado na disciplina apropriada.

Classificação restrita [close classification]. Classificação das obras com o máximo de rigor permitido pela notação.

Classificar [to classify]. (1) Dispor um conjunto de itens de acordo com um sistema de classificação. (2) Atribuir um número de classe a uma obra.

Co-extensivo [coextensive]. Termo que descreve tópicos com o mesmo al-cance do conceito representado pelo número.

Coluna numérica [number column]. Coluna de números impressa na margem esquerda das listagens e tabelas, e à direita dos verbetes alfabé-ticos do Índice Relativo.

Construção de números [number building]. Processo de montagem de núme- ros mediante o acréscimo de notações, provenientes das tabelas ou de outras partes das listagens, a um número básico. Ver também Nú-mero básico; Ordem de citação.

Coordenada [coordinate]. Descreve um número ou tópico num nível igual ao de outro número ou tópico na mesma hierarquia.

Classificação Decimal de Dewey (CDD) [DDC Dewey Decimal Classification Disciplina [discipline]. Campo de estudo ou ramo de conhecimento orga-

nizado, como, por exemplo, 200 Religião, 530 Física, 364 Crimino-logia. Na DDC, os assuntos são dispostos por disciplinas. Ver também Assunto.

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

Divisão [division]. Segundo nível de subdivisão da Classificação, re-presentado pelos primeiros dois algarismos da notação, como 62 em 620 Engenharia e operações aliadas. Ver também Classe principal; Seção.

Espaço de espera [standing room]. Termo que caracteriza um assunto sem bibliografia suficiente para ter seu próprio número, e que tem um alcance consideravelmente mais restrito do que o número de classe no qual é incluído. Não é possível acrescentar subdivisões-padrão a assuntos que estejam em espaço de espera, nem tampouco se permitem outras técnicas de construção de números. Os tópicos listados nas notas de inclusão têm um espaço de espera no número de classe, do mesmo modo que os pequenos tópicos não denominados que se enquadram logicamente num mesmo lugar da Classificação. Estar em espaço de espera é o contrário de aproximar-se do todo. Ver também Aproximação do todo.

Faceta [facet]. Qualquer das várias categorias em que uma determinada classe pode ser dividida, como, por exemplo, a divisão da classe “pessoas” nas categorias raça, idade, instrução e língua falada. Cada categoria contém termos baseados numa única característica da divisão; por exemplo, crianças, adolescentes e adultos são carac-terísticas da divisão da categoria “idades”. Ver também Ordem de citação.

Força hierárquica [hierarchical force]. Princípio segundo o qual os atributos de uma classe, tal como definidos no cabeçalho e em algumas notas fundamentais, aplicam-se a todas as subdivisões daquela classe e a todas as outras classes às quais se faz referência.

Garantia [literary warrant]. Justificação para a criação de uma classe ou a denominação de um tópico, nas listagens, nas tabelas ou no

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

Índice Relativo, com base na existência de um corpo de textos publicados sobre o assunto.

Hierarquia [hierarchy]. Disposição de um sistema de classificação, do geral para o específico. Na Classificação Decimal de Dewey, o grau de especificidade de uma classe costuma ser indicado pela extensão da notação e pela largura correspondente da entrada de parágrafo à esquerda do cabeçalho. A hierarquia também pode ser indicada por cabeçalhos especiais, notas e verbetes centralizados.

Indicador de faceta [facet indicator]. Algarismo usado para introduzir a notação que representa uma característica do assunto. Por exem-plo, freqüentemente se usa o “0” como indicador de faceta para introduzir conceitos das subdivisões-padrão.

Índice Relativo [Relative Index]. Índice da CDD, que recebe essa denominação por relacionar os assuntos com as disciplinas. Nas listagens, os assuntos são dispostos por disciplina. No Índice Relativo, são arrolados em ordem alfabética; abaixo de cada as-sunto, com uma entrada de parágrafo, há uma lista alfabética das disciplinas nas quais ele é encontrado.

Listagem fênix [phoenix schedule]. Ver Revisão (Revisão completa).Listagens [schedules]. A série de números da CDD que vai de 000 a 999,

com seus cabeçalhos e notas.

Manual [Manual]. Guia de utilização da CDD, primordialmente composto de longas discussões sobre áreas problemáticas na aplicação da Classificação. Nas listagens e tabelas, as referências “ver o Ma-nual” indicam onde se localizam neste último as discussões perti-nentes.

Marca da obra [work mark]. Parte de um número de livro que consiste numa letra acrescentada à designação do autor (ou do biografado),

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

para mostrar a primeira letra do título (ou a primeira letra do sobrenome do biógrafo). Ver também Número do livro.

Marca de estante [shelf mark]. Ver Número de procura.Nota “acrescente” [add note]. Nota que instrui o classificador a

acrescentar algarismos encontrados noutros pontos da classificação a um determinado número básico. Ver também Número básico.

Nota “cabeçalho anterior” [former-heading note]. Nota que lista o ca-beçalho associado a um número de classe na edição anterior. Essa nota é usada quando o cabeçalho é alterado a tal ponto que passa a ter pouca ou nenhuma semelhança com o anterior, embora o signifi-cado do número permaneça essencialmente o mesmo.

Nota “classifique aqui”. Instrução que identifica os tópicos a serem classificados no número indicado e em suas subdivisões. Os tópicos identificados nas notas “classifique aqui”, mesmo quando são mais genéricos ou mais restritos do que o cabeçalho, são considerados como aproximando-se da totalidade do número, donde é possível acrescentar subdivisões-padrão aos tópicos das notas “classifique aqui”. Essas notas também podem identificar o número global ou interdisciplinar de um assunto. Ver também Aproximação do todo; Número global; Número interdisciplinar.

Nota “classifique noutro lugar”. Nota que instrui o classificador sobre a localização de tópicos inter-relacionados. A nota pode mostrar a ordem de preferência, levar ao número interdisciplinar ou global, suplantar a regra do primeiro de dois, ou levar a núme-ros mais genéricos ou mais restritos num mesmo conjunto hierár-quico, os quais, de outro modo, talvez passassem despercebidos. Ver também Número global; Número interdisciplinar; Ordem de prefe-rência.

Nota de âmbito [scope note]. Nota que indica que o uso de um número de

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Classificação Decimal Dewey, Introdução

classe é mais amplo ou mais restrito do que se evidencia pelo cabeçalho.

Nota de definição [definition note]. Nota que indica o sentido de um termo do cabeçalho.

Nota de dispersão [scatter note]. Trata-se da nota “classifique noutro lugar”, ou de referência “ver”, ou de relocação, que leva a múl-tiplos locais da Classificação.

Nota de inclusão [including note]. Nota que enumera tópicos que inte-gram logicamente uma dada classe, mas têm um alcance menor do que o conceito representado pelo número de classe. Esses tópicos não têm bibliografia suficiente para justificar um número próprio. Não é possível acrescentar subdivisões padronizadas aos números refe-rentes a esses tópicos. Ver também Garantia bibliográfica; Espaço de espera.

Nota “disponha alfabeticamente” [arrange-alphabetically note]. Nota que sugere a opção do arranjo em ordem alfabética, quando se dese-ja uma identificação por um nome específico ou por outra caracte-rística identificatória. Ver também Opção.

Nota “disponha cronologicamente” [arrange-chronologically note]. Nota que sugere a opção de se fazer uma ordenação cronológica quando se deseja a identificação por data. Ver também Opção.

Nota “não use” [do-not-use note]. Nota que instrui o classificador a não utilizar a totalidade ou parte de uma notação habitual de uma subdivisão-ádrão, ou de uma prescrição da tabela de acréscimos, em favor de uma prescrição especial ou de subdivisões padronizadas de um número mais genérico. Ver também Subdivisão padronizada substituída.

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Nota sobre acréscimo de subdivisões-padrão [standard-subdivisions-are-added note]. Nota que indica a quais tópicos de um cabeçalho com termos múltiplos é possível aplicar subdivisões-padrão. Considera-se que os tópicos assim designados aproximam-se da totalidade do número. Ver também Aproximação do todo.

Nota sobre acréscimo de subdivisões [subdivisions-are-added note]. No-ta usada quando são fornecidas subdivisões, através de instruções de acréscimo, que indicam a quais tópicos de um cabeçalho de ter-mos múltiplos é possível aplicar subdivisões. Considera-se que os tópicos designados aproximam-se da totalidade do número. Ver tam-bém Aproximação do todo.

Nota sobre variantes de nome [variant-name note]. Nota que lista os si nônimos ou quase sinônimos de um assunto, quando é possível que eles não sejam imediatamente reconhecidos.

Notação [notation]. Algarismos, letras e/ou outros símbolos usados pa-ra representar as divisões principais e subordinadas de um esquema classificatório. Na CDD, usam-se algarismos arábicos para repre-sentar as classes por exemplo, a notação 07 da Tabela 1 e a notação 511.3 das listagens.

Número de autor [author number]. Ver Número do livro.Número básico [base number]. Número ao qual são acrescentados outros

números. Ver também Nota “acrescente”.Número cognato [cognate number]. Número relacionado com outro por ter

sido construído com a mesma notação, a fim de representar um as-pecto comum a ambos. Por exemplo, 616.241075 Diagnóstico da pneu-monia e 616.3623075 Diagnóstico da hepatite são números cognatos de 616.075, pois foram construídos mediante o acréscimo da notação 075, extraída de 616.075, que é o número geral, na disciplina “me-dicina”, reservado para o diagnóstico de doenças.

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Número de classe [class number]. Notação que designa a classe a que pertence determinado item. Ver também Número de procura.

Número do livro [book number]. Parte de um número de procura que dis-tingue um item específico de outros itens num mesmo número de classe. Uma biblioteca que utilize o sistema Cutter-Sanborn pode ter o número de procura D548d para indicar David Copperfield, de Dickens (onde D representa a inicial de Dickens, 548 representa “ickens” e d representa David Copperfield). Ver também Número de chamada; Número de Cutter; Marca da obra.

Número construído [built number]. Número montado de acordo com instru-ções de acréscimo explícitas ou implícitas nas listagens e tabe-las. Ver também Construção de números.

Número de Cutter [Cutter number]. Notação do número de um livro deri-vada das tabelas de Cutter-Sanborn. Ver também Número do livro.

Número de chamada [call number]. Conjunto de letras, algarismos ou ou-tros símbolos (combinados ou isoladamente) utilizado por uma bi-blioteca para identificar um exemplar específico de uma obra. O número de chamada pode consistir no número de classe, no número de livro e em outros dados adicionais, como data, número do volume, número do exemplar e símbolo de localização. Ver também Número do livro; Número de classe.

Número descontinuado ou suspenso [discontinued number]. Número de uma edição anterior que já não é utilizado, em virtude de o conceito representado por ele haver-se deslocado para um número mais geral na mesma hierarquia ou ter sido abandonado por completo. Os núme-ros são descontinuados quando identificam conceitos que têm uma bibliografia atual insignificante, ou quando representam uma dis-tinção que já não prevalece na literatura ou na percepção comum do

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campo em questão. Os números descontinuados aparecem entre colche-tes. Ver também Redução de listagem.

Número-gancho [hook number]. Número da Classificação que não tem um significado próprio, mas é usado como um “gancho” para introduzir exemplos do tópico. Os cabeçalhos dos números-gancho podem incluir as palavras “outros”, “específico”, “especial” ou “miscelânea”. As subdivisões padronizadas figuram sempre entre colchetes abaixo dos números-gancho.

Número global [comprehensive number]. Número (freqüentemente identifi-cado por uma nota “classifique aqui as obras globais”) que abrange todos os componentes do assunto abordado numa dada disciplina. Seus componentes podem situar-se numa faixa de números consecuti-vos ou distribuir-se pela Classificação. Ver também Número inter-disciplinar.

Número interdisciplinar [interdisciplinary number]. Número (freqüente-mente identificado por uma nota “classifique aqui as obras inter-disciplinares”) a ser utilizado para obras que abordem um assunto do ponto de vista de mais de uma disciplina, inclusive a discipli-na na qual se situa o número interdisciplinar; por exemplo, o número interdisciplinar referente a casamento é 306.81, em Socio-logia. Ver também Número global.

Número opcional [optional number]. (1) Número listado entre parênteses nas listagens ou tabelas, constituindo uma alternativa à notação padronizada. (2) Número construído de acordo com uma opção. Ver também Opção.

Número reutilizado [reused number]. Número com uma mudança completa de significado de uma edição para outra. Em geral, os números só são

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reutilizados nas revisões completas, ou quando o número reutiliza-do fica vago por duas edições consecutivas.

Opção [option]. Alternativa à notação padronizada fornecida nas lista-gens e tabelas, para dar ênfase a um aspecto do acervo de uma bi-blioteca que não tenha recebido tratamento preferencial nessa notação padrão. Em alguns casos, a opção pode oferecer uma notação mais abreviada para o aspecto em questão. Ver também Número op-cional.

Ordem de citação [citation order]. Ordem em que duas ou mais caracte-rísticas (facetas) de uma classe devem ser combinadas na constru-ção de um número. Quando a construção do número não é permitida ou possível, são fornecidas instruções sobre a ordem de preferência com respeito à escolha das facetas. Ver também Faceta; Construção de números; Ordem de preferência.

Ordem de preferência [preference order]. Ordem que indica qual dentre dois ou mais números deve ser escolhido, quando não é possível mostrar plenamente as diferentes características de um assunto através da construção de números. Uma nota (às vezes contendo uma tabela de preferências) indica qual a característica a ser sele-cionada em relação às obras que abrangem mais de uma caracte-rística. Quando a notação pode ser sintetizada, de maneira a mos-trar duas ou mais características, trata-se de uma questão de ordem de citação. Ver também Ordem de citação.

Ponto decimal [decimal point]. Ponto que se segue ao terceiro algaris-mo de um número da CDD. Em sentido estrito, o uso da palavra “de-cimal” não é correto, mas, no material explicativo desta edição, segue-se o uso corrente.

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Prescrição dupla [dual provision]. Prescrição inadvertida de mais de um local para um mesmo aspecto de um assunto na Classificação.

Referência cruzada [cross reference]. Ver Notas “classifique noutro lu gar”; Referência “ver também”; Referência “ver”.

Redução de listagem [schedule reduction]. Eliminação de prescrições de uma edição anterior, que freqüentemente resulta em números descon-tinuados. Ver também Número descontinuado.

Referência “ver também” [see-also reference]. (1) Nas listagens e ta-belas, nota que leva a classes tangencialmente relacionadas com o assunto e que, por isso mesmo, poderiam ser confundidas com ele. (2) No Índice Relativo, nota que leva a um sinônimo, um termo mais genérico ou um termo correlato.

Referência “ver o Manual” [see-Manual reference]. Nota que remete a informações adicionais sobre o número em questão no Manual.

Referência “ver” [see reference]. Nota (introduzida pela palavra “pa-ra”) que leva do número global ou interdisciplinar de um conceito, esteja esse número explícito ou implícito, a partes integrantes do assunto localizadas noutros locais. Ver também Nota “classifique noutro lugar”.

Regra de aplicação [rule of application]. Regra que determina que as obras referentes à aplicação de um assunto a um segundo assunto sejam classificadas no segundo assunto.

Regra de três [rule of three]. Regra que determina que as obras que dão igual tratamento a três ou mais assuntos, todos os quais são subdivisões de um assunto mais amplo, sejam classificadas no pri-meiro número mais alto que os inclua a todos.

Regra do primeiro de dois [first-of-two rule]. Regra que instrui a classificar no número que aparecer primeiro, nas listagens ou ta-

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belas, as obras que versarem igualmente sobre dois assuntos não utilizados para introduzir ou explicar um ao outro.

Regra do zero [rule of zero]. Regra que dita que as subdivisões inici-adas em zero sejam evitadas, se houver uma alternativa entre o 0 e as subdivisões iniciadas por 1-9 na mesma posição da notação. De modo similar, as subdivisões iniciadas por 00 devem ser evitadas, se houver uma escolha entre 00 e 0.

Regularização [regularization]. Substituição de criações especiais de conceitos de subdivisão padronizada pelo uso de subdivisões-padrão comuns, encontradas na Tabela 1.

Relocação [relocation]. Numa nova edição da CDD, passagem de um tópico de um número para outro, o qual difira do antigo noutros aspectos que não a extensão.

Revisão [revision]. Resultado do trabalho editorial que altera o texto de qualquer classe da CDD. Existem três graus de revisão: a revi-são de rotina [routine revision], que se limita a atualizar a ter-minologia, esclarecer notas e fazer ampliações modestas; a revisão ampla [extensive revision], que implica uma grande reformulação das subdivisões, mas deixa intacto o arcabouço geral da listagem; e a revisão completa [complete revision], antes chamada de lista-gem fênix, que é uma nova elaboração, na qual os números básicos são mantidos como na edição anterior, mas praticamente todas as subdivisões são modificadas. As mudanças das revisões completas e amplas são exibidas através de tabelas comparativas e de equiva-lência, e não através de notas de relocação na listagem ou na ta-bela afetadas. Ver também Tabela comparativa; Tabela de equivalên-cia.

Revisão de rotina [routine revision]. Ver Revisão (revisão de rotina).Revisão ampla [extensive revision]. Ver Revisão (Revisão ampla).

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Revisão completa [complete revision]. Ver Revisão (Revisão completa).Seção [section]. Terceiro nível de subdivisão da Classificação, repre-

sentado pelos três primeiros algarismos da notação, como 625 em 625 Engenharia de ferrovias e rodovias. Ver também Divisão; Classe principal.

Segmentação [segmentation]. Indicação das quebras lógicas de um número através de recursos tipográficos, como barras ou linhas.t9 As marcas de segmentação indicam o fim de um número abreviado ou o início de uma subdivisão-padrão.

Separatas [separates]. Trechos extensos da CDD publicados entre duas edições.

Síntese de notações [notational synthesis]. Ver Construção de números.Subdivisão padronizada substituída [displaced standard subdivision].

Conceito de uma subdivisão padronizada que recebe uma notação es-pecial da listagem, em vez de sua notação costumeira, proveniente da Tabela 1. Há sempre uma nota “não use” no lugar habitual do conceito da subdivisão padronizada. Ver também Nota “não use”; Subdivisões padronizadas.

Subdivisões padronizadas [standard subdivisions]. Subdivisões encon-tradas na Tabela 1, que representam as formas físicas (dicioná-rios, periódicos) ou as abordagens (história, pesquisa) que se re-petem com freqüência, e que são aplicáveis a qualquer assunto ou disciplina. Podem ser usadas com qualquer número das listagens e tabelas para os conceitos que se aproximarem da totalidade de um número, a menos que haja instruções em contrário.

Subordinado [subordinate]. Descreve o número ou o assunto num nível inferior (mais restrito) ao de outro número ou assunto da mesma hierarquia. Ver também Superior.

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Sumário [summary]. Lista das principais subdivisões de uma classe, que fornece uma visão geral de sua estrutura. Também são fornecidos resumos das classes principais, das divisões e das seções da Clas-sificação como um todo.

Superior [superordinate]. Descreve o número ou o assunto num nível su-perior (mais amplo) ao de outro número ou assunto da mesma hie-rarquia. Ver também Subordinado.

Tabela [table]. Na CDD, tabela de números que podem ser acrescentados a outros números, a fim de tornar um número de classe apropriada-mente específico para a obra em processo de classificação. Há dois tipos de tabelas: (1) as sete tabelas numeradas (Tabelas 1-7) que representam subdivisões-padrão, áreas geográficas, línguas, grupos étnicos etc.; (2) as listas de notações especiais, encontradas nas notas de acréscimo incluídas nos números específicos de todas as listagens e, vez por outra, nas Tabelas 1-7. Essas listas são chamadas de tabelas de acréscimo.

Tabela de acréscimo [add table]. Ver Tabela (2).Tabela de preferência [table of preference]. Ver Ordem de preferência.Tabela comparativa [comparative table]. Tabela para revisão completa

ou ampla, que lista em ordem alfabética os tópicos selecionados, acompanhados por seu número anterior e seu número na edição atual. Ver também Tabela de equivalência; Revisão.

Tabela de equivalência [equivalence table]. Tabela para revisões com-pletas ou amplas, que relaciona em ordem numérica as classes da edição atual e os números equivalentes a elas na edição anterior (e vice-versa). Ver também Tabela comparativa; Revisão.

Tabela de preferência [preference table]. Ver Ordem de preferência.Termo unitário [unitary term]. Cabeçalho ou termo de uma nota com duas

ou mais palavras ligadas por “e”, cujos significados sejam tão

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coincidentes que tornem improvável que a bibliografia referente a eles seja claramente separada. Na CDD, os termos unitários são tratados como assuntos isolados. Os termos unitários que aparecem em cabeçalhos ou em notas “classifique aqui” podem ser acrescidos de subdivisões-padrão em relação ao termo inteiro ou a qualquer de suas partes; em outras palavras, cada parte de um termo unitário é considerada como aproximando-se do todo. Os termos unitários dos cabeçalhos são acompanhados por notas de acréscimo sobre subdivisões-padrão ou por notas de acréscimo sobre subdivisões.

Eis alguns exemplos de termos unitários:

Congregações e ordens religiosas Desenvolvimento e crescimento econômico Faculdades e universidades Disputas e conflitos entre Estados Testes e medidas educacionais

Os termos abaixo não são considerados unitários: Cultura e instituições Casamento e família

Juros e descontos

Ver também Aproximação do todo.Tópico [topic]. Ver Assunto.Verbete [entry]. (1) Nas listagens e tabelas, uma unidade completa,

composta de um número ou faixa de números, um cabeçalho e, muitas vezes, uma ou mais notas. (2) No Índice Relativo, termo ou ex-pressão, geralmente acompanhados de um número da CDD.

Verbete centralizado [centered entry]. Verbete que representa um as-sunto abarcado por uma faixa de números, como 372-374 Níveis espe-cíficos de educação. Diz-se que o verbete é “centralizado” porque a faixa de números aparece impressa no centro da página, e não na

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coluna de números, do lado esquerdo. Os verbetes centralizados são identificados pelo símbolo > na coluna de números.

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NOTAS DE TRADUÇÃO:

t1. O equívoco poderia ser induzido pelo greening do título, que não se refere ao tipo de maçãs de casca verde-amarelada conhecido por esse nome em inglês, nem tem o sentido de “o verdejar” da América. Nesse título do livro de autoria de C. Reich, publicado em 1970, greening corresponde a “amadurecimento”, sobretudo no sentido de compreensão das forças sociais e políticas. (N. da T.)

t2. Essa ordenação alfabética, é claro, perde-se na tradução, que res-peita apenas a seqüência dos itens do original. (N. da T.)

t3. No original, Birth order e Birthday, respectivamente, com o adje-tivo precedendo o substantivo, como é norma na língua inglesa. Daí a ordem alfabética ser o inverso do que seria a brasileira. (N. da T.)

t4. Na gramática inglesa, os count nouns denotam aquilo que é contável e pode ser precedido de artigo definido ou indefinido (dog [cão], ball [bola], idea [idéia] etc.); os mass nouns ou noncount nouns denotam abstrações ou aquilo que não é contável (boyhood [menini-ce], butter [manteiga], news [notícia]). Essa explicação e as que vêm logo a seguir atêm-se sobretudo à gramática da língua inglesa, não sendo realmente aplicáveis ao português. (N. da T.)

t5. Também nesse caso, a observação é pertinente à língua inglesa, uma vez que, em português, o adjetivo normalmente segue o substantivo (donde Poesia inglesa, Culinária francesa etc.). (N. da T.)

t6. Considerada a já citada regra da posição do adjetivo em inglês, todos os exemplos de expressões verbais mencionados pelo autor apontariam primeiro para o aspecto específico e depois para o con-ceito geral (Art education = Educação artística, Educational sta-tistics = Estatística educacional, etc.), donde não serem passí-

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veis de inclusão. Trata-se de outra regra que se inverteria em português. (N. da T.)

t7. Ver observação na nota t7. (N. da T.)t8. As Escrituras Sagradas do judaísmo; o acrônimo Tanakh é formado a

partir de tora (o Pentateuco), neviim (os Profetas) e ketuvim (os Hagiógrafos). (N. da T.)

t9. Trata-se do sinal gráfico / e das linhas simples ou dupla, ’ ou ”, inseridos após um algarismo. (N. da T.)

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Original: Dewey Decimal Classification, IntroductionTradução: Dra. Vera RibeiroRio de Janeiro, junho de 1998

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