Deus Salva Quem Ele Quer - Por Jonathan Edwards

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    Deus Salva Quem Ele Quer!

    Jonathan Edwards

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    Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.

    Romanos 9:18

    *O Texto deste e-book uma compilao do sermo A Soberania de Deus na Salvao dos Homens,

    por Jonathan Edwards, para baixar este sermo na ntegra cliqueaqui.

    *

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    Deus Salva Quem Ele Quer!

    Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer

    (Romanos 9:18)

    O apstolo, no incio deste captulo, expressa sua grande preocupao e tristeza de

    corao pela nao dos Judeus, que foram rejeitados por Deus. Isso o leva a observar a

    diferena que Deus fez por eleio entre alguns dos Judeus e outros, e entre a maior parte

    daquele povo e os Cristos Gentios. Ao falar isso, ele entra em uma discusso no ponto

    mais especfico da Soberania de Deus na eleio de alguns para a vida eterna, e rejeio

    dos outros, do que encontrado em qualquer outra parte da Bblia; no curso da qual elecita vrias passagens do Antigo Testamento, confirmando e ilustrando esta Doutrina. No

    versculo 9, ele nos remete ao que Deus disse a Abrao, mostrando a Eleio de Isaque ao

    invs de IsmaelPorque a palavra da promessa esta: Por este tempo virei, e Sara terum filho, ento o que Deus disse a Rebeca, mostrando a sua eleio de Jac ao invs deEsa; O maior servir ao menor. No verso 13, a uma passagem de Malaquias: Amei aJac, e odiei a Esa. No verso 15, para o que Deus disse a Moiss: Compadecer-me-eide quem me compadecer, e terei misericrdia de quem eu tiver misericrdia. E o versoanterior do texto, para o que Deus diz a Fara:

    Porque diz a Escritura a Fara: Para isto

    mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado

    em toda a terra. Nisto que o apstolo diz no texto, ele parece ter respeito especialmenteaos dois ltimos trechos citados: o que Deus disse a Moiss no versculo 15, e para o que

    ele disse a Fara no versculo imediatamente anterior. Deus disse a Moiss: Tereimisericrdia de quem eu tiver misericrdia. A isso o apstolo se refere na primeira partedo texto. E ns sabemos quo frequentemente dito de Fara, que Deus endureceu o seu

    corao. E assim o apstolo parece ter se referido na ltima parte do texto: e endurece aquem quer. Podemos observar no texto:

    1. O tratamento diferente de Deus para com os homens. Ele se compadece de alguns, e

    endurece a outros. Quando Deus mencionado aqui como endurecendo alguns dos filhos

    dos homens, no preciso entender que Deus por qualquer eficincia positiva endurece o

    corao de qualquer homem. No h ato positivo em Deus, como se opor a qualquer poder

    para endurecer o corao. Supor tal coisa seria fazer de Deus o autor imediato do pecado.

    dito de Deus a endurecer o corao dos homens em duas formas: atravs da reteno

    das poderosas influncias do seu Esprito, sem o qual seu corao permanecer

    endurecido, e crescendo cada vez mais em dureza; neste sentido, ele os endurece, devidoa deix-los endurecer. E, novamente, ao ordenar as coisas na Sua Providncia, que, por

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    meio do abuso de Sua corrupo, tornam-se ocasio de seu endurecimento. Assim, Deus

    envia Sua palavra e ordenanas aos homens que, pelo seu abuso, provoca uma ocasio

    de seu endurecimento. Assim, o apstolo disse, que ele era para alguns um cheiro demorte para morte[2 Corntios 2:16]. Assim, Deus representado como enviando Isaassobre esta incumbncia, para engordar o corao deste povo, e fazer-lhe pesados os

    ouvidos, e fechar-lhe os olhos; para que ele no veja com os seus olhos, e no oua com

    os seus ouvidos, nem entenda com o seu corao, nem se converta e seja sarado (Isaas

    6:10). A pregao de Isaas era, em si, de uma tendncia contrria, para torn-los melhores.

    Mas o seu abuso desta a tornava uma ocasio de seu endurecimento. Como Deus dito

    aqui endurecendo os homens, assim dito que Ele ps um esprito de mentira na boca dos

    falsos profetas (2 Crnicas 18:22). Ou seja, Ele tolerou um esprito de mentira entrar neles.

    E assim Ele se diz ter ordenado Simei amaldioar Davi (2 Samuel 16:10). No que Ele

    diretamente lhe ordenara; pois contrrio aos mandamentos de Deus. Deus probe

    expressamente amaldioar o governante do povo (xodo 22:28). Mas Ele, naquele tempo,suportou a corrupo das obras de Simei, e ordenou aquela ocasio agitada como uma

    manifestao do seu descontentamento contra Davi.

    2. O fundamento de seu diferente tratamento para com a humanidade: a saber, Sua

    Soberana Vontade e Prazer. Terei misericrdia de quem eu tiver misericrdia. Isso nosignifica, simplesmente, que Deus nunca mostra misericrdia ou a nega contra a Sua

    vontade, ou que Ele est sempre disposto a faz-lo quando Ele faz isso. Um sujeito disposto

    ou servo, quando ele obedece as ordens de seu senhor, ele pode nunca fazer qualquercoisa contra a sua vontade, mas ele pode no fazer de bom grado e com prazer; embora

    ele no possa dizer que fez a sua vontade no sentido do texto. Mas a expresso implica

    que mera vontade de Deus e Vontade Soberana, que supremamente ordena este

    acontecimento. A vontade Divina no possui restrio, limitao ou obrigao.

    Doutr ina.Deus exerce Sua Soberania na salvao eterna dos homens. Ele no somente

    Soberano e tem o direito soberano de dispor e ordenar cada acontecimento; e Ele no

    somente pode proceder de uma maneira Soberana, se quisesse, e ningum poderia acusareste Seu direito como excessivo; mas Ele realmente faz isso; Ele exerce o direito que Ele

    tem.

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    Deus realmente exerce a Sua Soberania na Salvao dos homens.

    Vamos mostrar como Ele exerce esse direito em diferentes particularidades.

    1. Ao chamar um povo ou nao, e dando-lhes os meios da Graa, e deixando outros semestes. De acordo com a determinao Divina, a Salvao oferecida em conexo com os

    meios de Graa. s vezes, Deus pode fazer uso de meios muito improvveis, e conceder

    a Salvao dos homens que esto sob mui grandes desvantagens; mas Ele no concede

    Graa sem absolutamente nenhum meio. Mas Deus exerce Sua soberania ao conceder

    esses meios. Toda a humanidade est, por natureza, em circunstncia semelhante diante

    de Deus. No entanto, Deus distingue grandemente alguns dos outros pelos meios e

    vantagens que Ele de concede. Os selvagens, que vivem em partes remotas do continente,

    e esto sob a mais grosseira escurido pag, bem como os habitantes da frica, esto,

    naturalmente, em circunstncias exatamente semelhantes para com Deus como ns nesta

    terra. Eles no esto mais alienados ou distantes de Deus em sua natureza do que ns; e

    Deus no tem mais a acusa-los. E ainda que grande diferena Deus fez entre ns e eles!

    Nisso, Ele exerceu Sua Soberania. Ele fez isso no passado, quando ele escolheu apenas

    um povo, para torn-los Seu povo da Aliana, e dar-lhes os meios de graa, e deixou todos

    os outros, e os entregou escurido pag e tirania do Diabo, a perecer de gerao em

    gerao por muitas centenas de anos. A terra que no passado estava povoada por muitas

    grandes e poderosas naes. Havia os Egpcios, um povo famoso por sua sabedoria. Havia

    tambm os Assrios e Caldeus, que eram grandes, e naes sbias e poderosas. Havia osPersas, que por sua fora e poltica sujeitaram uma grande parte do mundo. Havia as

    naes renomadas dos Gregos e Romanos, que eram famosos por todo o mundo por seus

    excelentes governos civis, por sua sabedoria e habilidade nas artes da paz e da guerra, e

    que por sua destreza militar em suas subjugaro e reinaram sobre o mundo. Aqueles foram

    rejeitados. Deus no os escolheu para serem o Seu povo, mas deixou-os por muitas eras

    em grosseira escurido pag, a perecer por falta de viso; e escolheu um nico povo, a

    posteridade de Jac, para ser o Seu prprio povo, e para dar-lhes os meios de Graa.

    Salmo 147:19-20: Mostra a sua palavra a Jac, os seus estatutos e os seus juzos a Israel.No fez assim a nenhuma outra nao; e quanto aos seus juzos, no os conhecem.

    Esta nao era um povo pequeno e desprezvel em comparao com muitas outras

    pessoas. Deuteronmio 7:7: O Senhor no tomou prazer em vs, nem vos escolheu,porque a vossa multido era mais do que a de todos os outros povos. Deuteronmio 9:6.Sabe, pois, que no por causa da tua justia que o Senhor teu Deus te d esta boa terrapara possu-la, pois tu s povo obstinado. Deus lhes d a entender, que no era por

    nenhuma outra causa, seno o Seu Livre Amor Eletivo, que O levou a escolh-los para serSeu povo. Essa razo dada: por que Deus os amava; foi porque Ele os amava (Deute-

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    ronmio 7:8). Que o mesmo que dizer que foi agradvel Sua Vontade Soberana, colocar o

    Seu Amor sobre voc.

    Deus tambm mostrou a Sua Soberania na escolha das pessoas, quando outras naes

    foram rejeitadas, que vieram dos mesmos progenitores. Assim, os filhos de Isaque foram

    escolhidos, quando a posteridade de Ismael e dos outros filhos de Abrao foram rejeitadas.

    Assim os filhos de Jac foram escolhidos, quando a posteridade de Esa foi rejeitada: como

    o apstolo observa no stimo verso, Nem por serem descendncia de Abrao so todosfilhos; mas: Em Isaque ser chamada a tua descendncia[Romanos 9:7]. E novamentenos versculos 10-13: E no somente esta, mas tambm Rebeca, quando concebeu deum, de Isaque, nosso pai; porque, no tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou

    mal (para que o propsito de Deus, segundo a eleio, ficasse firme, no por causa das

    obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servir ao menor. Como est

    escrito: Amei a Jac, e odiei a Esa. O apstolo no se refere apenas eleio daspessoas de Isaque e de Jac ao invs de Ismael e Esa; mas de sua posteridade. Na

    passagem, j citada de Malaquias, Deus tem o respeito s naes, que foram os

    descendentes de Esa e Jac; Malaquias 1:2-3. Eu vos tenho amado, diz o Senhor. Masvs dizeis: Em que nos tens amado? No era Esa irmo de Jac? disse o Senhor; todavia

    amei a Jac, e odiei a Esa; e fiz dos seus montes uma desolao, e dei a sua herana aos

    chacais do deserto. Deus mostrou a Sua Soberania, quando Cristo veio, ao rejeitar osJudeus, e chamar os gentios. Deus rejeitou essa nao que eram os filhos de Abrao

    segundo a carne, e que tinha sido seu prprio povo por tantos sculos, e que exclusiva-mente possua o nico Deus verdadeiro, e escolheu o pago idlatra ao invs deles, e os

    chamou para ser Seu povo. Quando o Messias veio e nasceu de sua nao, e a quem tanto

    esperavam, Ele foi rejeitado por eles. Ele veio para os seus, e os seus no o receberam

    (Joo 1:11). Quando a dispensao gloriosa do Evangelho veio, Deus passou pelos

    Judeus, e chamou aqueles que tinham sido pagos, para desfrutar dos privilgios do

    mesmo. Eles foram quebrados, para que os gentios fossem enxertados em seu lugar

    (Romanos 11:17). Agora chamada amada, a que no era amada. E mais so os filhos da

    mulher solitria, do que os filhos da casada (Isaas 54:1). Os filhos naturais de Abrao, sorejeitadas, e Deus levanta filhos a Abrao de pedras. Essa nao, que foi to honrada por

    Deus, tem sido agora, por muitas eras, rejeitada, e permanece dispersa por todo o mundo,

    um monumento notvel da Vingana Divina. E agora Deus distingue grandemente algumas

    naes dos gentios em relao a outras, e tudo de acordo com a Sua Vontade Soberana.

    2. Deus exerce Sua Soberania nas vantagens que Ele concede a pessoas particulares.

    Todos precisam de Salvao da mesma forma, e todos so, naturalmente, no merecedo-

    res dela; mas ele d algumas maiores vantagens para a salvao a uns do que a outros.

    Para alguns, Ele designa o seu lugar em famlias piedosas e religiosas, onde eles podem

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    ser bem instrudos e educados, e tm pais religiosos para dedicar-lhes a Deus, e fazer

    muitas oraes por eles. Deus coloca alguns sob um ministrio mais poderoso do que os

    outros, e em locais onde h mais das efuses do Esprito de Deus. Para alguns, Ele d

    muito mais dos esforos e influncias despertadoras do Esprito, do que para outros. Isto

    acontece de acordo com a Sua mera Vontade Soberana.

    3. Deus exerce Sua Soberania algumas vezes concedendo salvao aos pequenos e

    medocres, e a nega aos sbios e grandes. Cristo em Sua Soberania passa pelas portas

    de prncipes e nobres, e entra alguma casa e ali faz morada, e tem comunho com os seus

    obscuros habitantes. Deus em Sua Soberania reteve a Salvao do homem rico, que se

    regalava esplendidamente todos os dias, e a concedeu ao pobre Lzaro, que estava senta-

    do mendigando em seu porto. Deus desta forma lana o desprezo sobre os prncipes, e

    em todo o seu esplendor fulgurante. Ento, Deus s vezes passa por homens sbios,

    homens de grande entendimento, eruditos e grandes estudiosos, e d Salvao aos outrosde fraco entendimento, que s compreendem algumas das partes mais claras das Escritu-

    ras, e os princpios fundamentais da Religio Crist. Sim, parece haver poucos grandes

    homens chamados, em relao aos outros. E Deus em sua ordenao faz que assim se

    manifeste a Sua Soberania. 1 Corntios. 1:2628. Porque, vede, irmos, a vossa vocao,que no so muitos os sbios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os

    nobres que so chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para

    confundir as sbias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as

    fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezveis, e as que no so,para aniquilar as que so.

    4. Concedendo salvao em alguns que tiveram poucas vantagens. s vezes Deus vai

    abenoar meios fracos para produzir efeitos surpreendentes, quando mais excelentes

    meios no so bem sucedidos. Deus, s vezes, retm a Salvao daqueles que so os

    filhos de pais muito piedosos, e a concede a outros, que foram criados em famlias mpias.

    Assim, lemos de um bom Abias na famlia de Jeroboo, e de um piedoso Ezequias, filho de

    mpio Acaz; e de um piedoso Josias, filho de um mpio Amon. Mas, ao contrrio, de umperverso Amnon e Absalo, filhos de santo Davi, e de um vil Manasss, filho de um bom

    Ezequias. s vezes, alguns, que tiveram meios eminentes de Graa, so rejeitadas, e

    deixados a perecer, e outros, sob muito menos vantagens, so salvos. Assim, os escribas

    e fariseus, que tinham tanta luz e conhecimento das Escrituras, foram em sua maioria

    rejeitados, e os pobres publicanos ignorantes salvo. A maior parte das pessoas, entre os

    quais Cristo estava muito familiarizado, e a quem O ouviram pregar, e o viram fazer milagres

    cotidianamente, foram deixados; e a mulher de Samaria foi tomada, e muitos outros

    samaritanos, ao mesmo tempo, que s ouviram pregar Cristo quando Ele ocasionalmente

    passou por sua cidade. Assim, a mulher de Cana, que no era do pas dos Judeus, foi

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    tomada e viu Jesus Cristo uma nica vez. Ento os Judeus, que tinham visto e ouvido

    Cristo, e visto Seus milagres, e por quem os apstolos trabalharam tanto, no foram salvos.

    Mas os Gentios, muitos deles, que, por assim dizer, no ouviram as boas novas de Salva-

    o seno transitoriamente, abraando-as, foram convertidos.

    5. Deus exerce Sua Soberania em chamar alguns para a Salvao, que tm sido muito

    horrendamente mpios, e deixando outros, que foram pessoas morais e religiosas. Os

    Fariseus eram uma seita muito rigorosa entre os Judeus. Sua religio era extraordinria.

    Eles no eram como os demais homens, roubadores, injustos ou adlteros (Lucas 18:11).

    Havia moralidade neles. Eles jejuavam duas vezes por semana, e davam o dzimo de tudo

    que possuam. Eles eram religiosos. Mas ainda assim eles foram em sua maioria rejeitados,

    e os publicanos, e as meretrizes, e um tipo abertamente vicioso de pessoas entraram no

    reino de Deus diante deles (Mateus 21:31). O apstolo descreve a sua justia, enquanto

    fariseu: segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justia que h na lei, irrepreen-svel(Filipenses 3:6).

    O jovem rico veio e ajoelhou-se diante de Cristo, dizendo: Bom Mestre, que farei paraherdar a vida eterna?. Ele era uma pessoa moral. Quando Cristo ordenou-lhe guardar osmandamentos, ele disse, e em seu prprio ponto de vista, com sinceridade: Mestre, tudoisso guardei desde a minha mocidade[Marcos 10:20]. Ele, obviamente, tinha sido criadoem uma boa famlia, e era um jovem de tais maneiras amveis e conduta correta, que

    dito, E Jesus, olhando para ele, o amou [Marcos 10:21]. Ainda assim, ele foi deixado;enquanto o ladro, que foi crucificado com Cristo, foi escolhido e chamado, mesmo na cruz.

    s vezes Deus mostra Sua Soberania, mostrando misericrdia para com o principal dos

    pecadores, por aqueles que foram assassinos, profanadores e blasfemos. E mesmo quan-

    do eles esto velhos, alguns so chamados na ltima hora. Deus, por vezes, mostra a

    Soberania de Sua Graa ao mostrar misericrdia para com alguns, que passaram a maior

    parte de suas vidas a servio de Satans, e tem pouco para gastar no servio de Deus.

    6. Na Salvao de alguns daqueles que buscam a Salvao, e no outros. Alguns dos quebuscam a salvao, como se sabe, tanto a partir das Escrituras e da observao das

    Escrituras so logo convertidos; enquanto outros procuram um longo tempo, e no a obtm

    finalmente. Deus ajuda alguns a atravessarem as montanhas e as dificuldades que esto

    no caminho; ele subjuga Sat, e os livra de suas tentaes, mas os outros so arruinados

    pelas tentaes com as quais eles se encontram. Alguns nunca so completamente

    despertos; enquanto para outros, Deus tem o prazer de dar as convices completas.

    Alguns so deixados aos seus coraes inconstantes; a outros, Deus os sustenta at o fim.

    Alguns so libertos de uma confiana em sua prpria justia; outros nunca superam essa

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    obstruo em seu caminho, enquanto eles vivem. E alguns so convertidos e salvos sem

    nunca terem empregado to grandes esforos como alguns que, no obstante, perecem.

    As razes, por que Deus, assim, exerce Sua Soberania na Salvao eterna dos filhos

    dos homens.

    1. agradvel para o desgnio de Deus na criao do universo exercer cada atributo, e,

    assim, manifestar a glria de cada um deles. O Desgnio de Deus na Criao foi o de

    glorificar a Si mesmo, ou fazer manifesta a glria essencial de Sua natureza. Foi ajustado

    que Sua Infinita Glria deveria brilhar; e era o desgnio original de Deus fazer uma

    manifestao de Sua Glria, como ela . No que era Seu desgnio manifestar toda a Sua

    glria para a apreenso das criaturas; pois impossvel que as mentes das criaturas

    possam compreend-la. Mas foi o Seu Desgnio fazer uma verdadeira manifestao de SuaGlria, como representante de todos os Seus atributos. Se Deus glorifica um atributo, e no

    outro, quo defeituosa seria a manifestao da Sua glria; e a representao no estaria

    completa. Se todos os atributos de Deus no so manifestados, a glria de nenhum deles

    se manifesta como ela ; pois os atributos Divinos refletem a glria uns dos outros.

    Assim, se a sabedoria de Deus se manifestar, e no a Sua santidade, a glria de Sua

    sabedoria no iria se manifestar como ela ; pois uma parte da glria do atributo da

    Sabedoria Divina que ela uma Sabedoria sagrada. Semelhantemente, se a SuaSantidade se manifestar, e no a Sua sabedoria, a glria de Sua Santidade no iria se

    manifestar como ela ; pois uma coisa que pertence a glria da Santidade de Deus que

    ela uma Santidade sbia. Assim com relao aos atributos de Misericrdia e Justia. A

    glria da misericrdia de Deus no aparece como ele , a no ser que seja manifesta como

    uma Misericrdia justa, ou como uma Misericrdia consistente com a justia. E assim com

    respeito Soberania de Deus, ela reflete a glria de todos os Seus outros atributos. Faz

    parte da glria da Misericrdia de Deus, que Misericrdia Soberana. Portanto, todos os

    atributos de Deus refletem a glria uns dos outros.

    A Glria de um atributo no pode ser manifestada, como , sem a manifestao de outro.

    Um atributo defeituoso sem outro, e, por conseguinte, a manifestao ser defeituosa.

    Por isso, foi da vontade de Deus manifestar todos os Seus atributos. A glria declarativa de

    Deus nas Escrituras muitas vezes chamada de: o nome de Deus, porque ele declara Sua

    natureza. Mas, se o Seu nome no significar a Sua natureza como ela , ou no declarar

    qualquer atributo, ele no um verdadeiro nome. A Soberania de Deus um dos seus

    atributos, e uma parte da Sua glria. A glria de Deus eminentemente aparece em Sua

    Soberania absoluta sobre todas as criaturas, grandes e pequenas. Se a glria de um

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    prncipe est em seu poder e domnio, ento a glria de Deus a Sua Soberania absoluta.

    Aqui aparece a infinita grandeza e majestade de Deus acima de todas as criaturas.

    Portanto, da vontade de Deus manifestar a Sua Soberania. E a Sua Soberania, assim

    como seus outros atributos, manifestada nos exerccios do mesmo. Ele glorifica o Seu

    Poder no exerccio do Poder. Ele glorifica Sua Misericrdia no exerccio da Misericrdia. Da

    mesma forma, Ele glorifica a Sua Soberania no exerccio da Soberania.

    2. A mais excelente criatura est sob Deus, que Soberano; e quanto maior for a matria

    em que ela aparece, mais gloriosa a Sua Soberania. A Soberania de Deus em seu Ser

    Soberano sobre os homens, mais gloriosa do que o ser Soberano sobre as criaturas

    inferiores. E a Sua Soberania sobre anjos ainda mais gloriosa que a Sua Soberania sobre

    os homens. Pois quanto mais nobre a criatura , ainda maior e mais alto Deus se manifestou

    em Sua Soberania sobre ela. uma honra maior para um homem ter o domnio sobre os

    homens, do que de animais; e uma ainda maior honra de ter domnio sobre prncipes,nobres e reis, do que sobre os homens comuns. Ento a glria da Soberania de Deus

    aparece em que ele Soberano sobre as almas dos homens, que so criaturas to nobres

    e excelentes. Deus, portanto, vai exercer a Sua Soberania sobre eles. E quanto mais o

    domnio de algum se estende sobre um outro, maior ser a honra. Se um homem tem

    domnio sobre outro apenas em alguns casos, ele no est ali muito exaltado, como em ter

    domnio absoluto sobre sua vida e fortuna, e tudo o que ele tem. Assim, a Soberania de

    Deus sobre os homens se mostra gloriosa no que se estende a todas as coisas que lhes

    dizem respeito. Ele pode dispor delas em relao a tudo o que lhes diz respeito, de acordocom o Seu prprio prazer. Sua Soberania se mostra gloriosa no que abrange os seus assun-

    tos mais importantes, at mesmo no estado eterno e condio das almas dos homens. Aqui

    vemos que a Soberania de Deus sem obrigaes ou limites, na medida em que abrange

    a um caso de tamanha importncia infinita. Deus, portanto, assim como o seu Desgnio

    manifestar a Sua prpria Glria, ir exercer a Sua Soberania em relao aos homens, sobre

    as Suas almas e corpos, mesmo na mais importante questo de Sua Salvao eterna. Ele

    tem misericrdia de quem quer ter misericrdia, e endurece a quem quer.

    APLICAO.

    1. Assim aprendemos que somos absolutamente dependentes de Deus nesta grande

    questo da Salvao eterna de nossas almas. Somos dependentes no s da Sua

    Sabedoria para planejar uma maneira de realiz-la, e de Seu Poder para efetu-la, mas ns

    somos dependentes de Sua mera vontade e prazer no caso. Ns dependemos da Vontade

    Soberana de Deus para todas as coisas que pertencem a ela, desde a fundao at pedra

    do pinculo. Foi da Vontade Soberana de Deus, que Ele planejasse uma maneira de salvar

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    qualquer um dentre a humanidade, e nos desse Jesus Cristo, Seu Filho unignito, para ser

    o nosso Redentor. Por que Ele olhou para ns, e nos enviou um Salvador, e no aos anjos

    cados? Foi por causa da Vontade Soberana de Deus. Foi de Seu soberano prazer que

    meios empregar. O Seu oferecer-nos a Bblia, as ordenanas da religio, isto de Sua

    soberana graa. O Seu oferecimento destes meios para ns, mais do que quaisquer outros,

    o Seu oferecimento de influncias de despertamento por meio de Seu Esprito, e Sua

    concesso de Graa Divina, todos so de Seu soberano prazer. Quando ele diz: Haja luzna alma de um algum, esta uma palavra de Poder infinito e Soberana Graa.

    2. Vamos com a maior humildade adorar a Soberania terrvel e absoluta de Deus. Como

    acabamos de mostrar, um atributo eminente do Ser Divino, que Ele soberano sobre

    esses excelentes seres tais como as almas dos homens, e que, em todos os aspectos,

    inclusive no de Sua Salvao eterna. A grandeza infinita de Deus, e a Sua exaltao acima

    de ns, no aparece em nada mais, do que em Sua Soberania. Fala-se dela na Escrituracomo uma grande parte da Sua glria. Deuteronmio 32:39: Vede agora que eu, eu o sou,e mais nenhum deus h alm de mim; eu mato, e eu fao viver; eu firo, e eu saro, e ningum

    h que escape da minha mo. Salmo 115:3. Mas o nosso Deus est nos cus; fez tudo oque lhe agradou. Daniel 4:34-35: Cujo domnio um domnio sempiterno, e cujo reino de gerao em gerao. E todos os moradores da terra so reputados em nada, e segundo

    a sua vontade ele opera com o exrcito do cu e os moradores da terra; no h quem possa

    estorvar a sua mo, e lhe diga: Que fazes?.

    Nosso Senhor Jesus Cristo louvou e glorificou o Pai pelo exerccio de Sua Soberania na

    Salvao dos homens. Mateus 11:25-26: Naquele tempo, respondendo Jesus, disse:Graas te dou, Pai, Senhor do cu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sbios e

    entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim te aprouve. Vamos,portanto, dar a Deus a glria da Sua Soberania, assim como adorar Aquele, cuja soberana

    vontade ordena todas as coisas, vendo-nos como nada em comparao com Ele. Domnio

    e Soberania exigem reverncia humilde e honra. A Soberania absoluta, universal e ilimitada

    de Deus requer, que devamos ador-lo com toda a humildade possvel e reverncia. impossvel que possamos exceder em humildade e reverncia diante deste Ser, que pode

    dispor de ns por toda a eternidade, como que lhe agrada.

    3. Aqueles que esto em um estado de salvao atribuem Graa Soberana somente, e

    do todo o louvor Ele, que os faz diferente dos outros. Piedade no motivo para se gloriar,

    a no ser em Deus. 1 Corntios. 1:29-31: Para que nenhuma carne se glorie perante ele.Mas vs sois dele, em Jesus Cristo, o qual para ns foi feito por Deus sabedoria, e justia,

    e santificao, e redeno; para que, como est escrito: Aquele que se gloria glorie-se no

    Senhor. Tal no , por qualquer meio, em qualquer grau atribudo sua piedade, seu

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    estado e condies seguras e felizes, a qualquer diferena natural entre eles e os outros

    homens, ou a qualquer fora ou justia prpria. Eles no tm nenhum motivo para exaltar-

    se, no mnimo grau; mas Deus o Ser a quem eles devem exaltar. Eles devem exaltar a

    Deus, o Pai, que os escolheu em Cristo, que ps o Seu Amor sobre eles, e deu-lhes a

    salvao, antes deles nascerem e mesmo antes que o mundo existisse.

    Se perguntarem, por que Deus colocou Seu Amor sobre eles, e os escolheu, em vez de

    outros, se eles pensam que podem ver qualquer causa fora de Deus esto muito

    enganados. Eles devem exaltar a Deus o Filho, que levou seus nomes em Seu corao,

    quando Ele veio ao mundo, e foi pendurado na Cruz, e no qual somente eles possuem

    justia e fora. Eles devem exaltar a Deus, o Esprito Santo, que por Graa Soberana os

    chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz; que por Sua prpria operao imediata e

    livre, levou-os a uma compreenso do mal e do perigo do pecado, e os resgatou de sua

    prpria justia, e abriu-lhes os olhos para descobrirem a Glria de Deus, e as maravilhosasriquezas de Deus em Jesus Cristo, e os santificou, e os fez novas criaturas.

    Quando eles ouvirem da maldade dos outros, ou olharem para pessoas viciosas, eles

    devem pensar quo mpios uma vez foram, e quanto eles provocaram a Deus, e como eles

    mereciam para sempre serem deixado por ele a perecer no pecado, e que somente a

    Graa Soberana que tem feito a diferena. Em 1 Corntios 6:10 esto enumerados muitos

    tipos de pecadores: fornicadores, idlatras, adlteros, efeminados, abusadores de si

    mesmos com a humanidade. E ento, no versculo dcimo primeiro, o apstolo lhes diz: E o que alguns tm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis

    sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Esprito do nosso Deus . O povo deDeus tem o maior motivo de gratido, maior razes para amar a Deus, que tem lhes

    concedido tal grande e inefvel Misericrdia por Sua mera Vontade Soberana.

    4. Assim aprendemos por que causa temos de admirar a Graa de Deus, pois Ele

    condescendeu a se tornar vinculado a ns por Pacto; pois Ele, que , naturalmente, em

    Seu Supremo Domnio sobre ns, o nosso proprietrio absoluto, e pode fazer conosco oque lhe agrada, e no tem qualquer obrigao para conosco; pois deve, por assim dizer,

    abrir mo de Sua liberdade absoluta, e deixar de ser meramente Soberano em Suas

    dispensaes para com os crentes, quando uma vez eles tm crido em Cristo [...] Que

    condescendncia maravilhosa a de tal Ser, assim, ao tornar-se vinculado a ns, vermes

    do p, para o nosso consolo! Ele se comprometeu, por Sua Palavra, Sua promessa. Mas

    ele no estava satisfeito com isso; mas para que possamos ter consolao ainda mais forte,

    ele tem-se obrigado por Seu juramento. Hebreus: 6:13-20: Porque, quando Deus fez apromessa a Abrao, como no tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo,

    dizendo: Certamente, abenoando te abenoarei, e multiplicando te multiplicarei. E assim,

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    esperando com pacincia, alcanou a promessa. Porque os homens certamente juram por

    algum superior a eles, e o juramento para confirmao , para eles, o fim de toda a

    contenda. Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu

    conselho aos herdeiros da promessa, se interps com juramento; para que por duas coisas

    imutveis, nas quais impossvel que Deus minta, tenhamos a firme consolao, ns, os

    que pomos o nosso refgio em reter a esperana proposta; a qual temos como ncora da

    alma, segura e firme, e que penetra at ao interior do vu, onde Jesus, nosso precursor,

    entrou por ns, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.

    Vamos, portanto, laborar em nos submeter Soberania de Deus. Deus insiste, que a Sua

    Soberania seja reconhecida por ns mesmo neste grande assunto, um assunto que to de

    perto e infinitamente nos interessa, como a nossa prpria Salvao eterna. Esta a pedra

    de tropeo na qual milhares caem e perecem; e se continuarmos discutindo com Deus sobre

    a Sua Soberania, isto ser nossa runa eterna. absolutamente necessrio que nsdevamos nos submeter a Deus, como nosso Soberano absoluto, e o Soberano sobre as

    nossas almas; como algum que pode ter misericrdia de quem quer ter misericrdia, e

    endurecer a quem Ele quiser.

    5. E, por ltimo. Podemos fazer uso dessa doutrina para proteger aqueles que buscam a

    Salvao de dois extremos opostos presuno e desnimo. No presuma sobre amisericrdia de Deus, e assim incentivar-se no pecado. Muitos ouvem que a misericrdia

    de Deus infinita, e, portanto, acham que, se eles demorarem a procurar a Salvao parao presente, e busc-la-o no futuro, pois assim Deus conceder Sua Graa a eles. Mas

    considero que, embora a Graa de Deus seja suficiente, no entanto, ele Soberano, e agir

    por Seu prprio prazer se Ele ir salvar ou no. Se voc adiar a Salvao at daqui por

    diante, a Salvao no estar em Seu poder. Ser como um Deus soberano se agradar, se

    voc dever obt-la ou no. Vendo, pois, que neste caso voc est to absolutamente

    dependente de Deus, melhor seguir sua direo na busca, isto , ouvir a sua voz hoje:

    Hoje, se ouvirdes a sua voz, no endureais seu corao. Cuidado tambm com o

    desnimo. Acautelai-vos dos pensamentos de desespero, porque voc um grandepecador, porque voc tem perseverado tanto tempo no pecado, tem-se desviado, e resistido

    ao Esprito Santo. Lembre-se disto, deixe que seu caso seja o que for e voc sempre to

    grande pecador, se voc no tiver cometido o pecado contra o Esprito Santo, Deus pode

    conceder misericrdia de voc sem o menor prejuzo para a honra da Sua Santidade, que

    voc tem ofendido, ou honra de Sua Majestade, que voc tem insultado, ou de Sua

    Justia, que voc se tem feito seu inimigo, ou de Sua verdade, ou de qualquer um de Seus

    atributos. Deixe voc ser o que voc puder, pecador, Deus pode, se Ele quiser, glorificar

    grandemente a Si mesmo na Sua salvao.

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    [Compilao do Sermo IV de Dezessete Sermes Ocasionais, nas Obras de JonathanEdwards, Volume II, The Banner of Truth Trust, Reimpresso 1995, pp 849-854].

    ORAMOS PARA QUE O ESPRITO SANTO APLIQUE O QUE DELE H NESTE SERMO,

    AO SEU CORAO E AO NOSSO, POR CRISTO E PARA A GLRIA DE CRISTO.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria!

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    Fonte:www.CCEL.Org Ttulo Original: God's Sovereignty in the Salvation of Men

    As citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso ACF (Almeida Corrigida Fiel)

    Traduo e Capa por William Teixeira Reviso por Camila Almeida

    ***

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    Uma Biografia de Jonathan Edwards

    Jonathan Edwards (5 de outubro de 1703 - 22 de maro de 1758)

    Jonathan Edwards nasceu em East Windsor, Connecticut, em 5 de outubro de 1703, sendoseu pai um piedoso ministro congregacional. Jonathan Edwards, foi uma das

    personalidades religiosas mais destacadas da histria da igreja nos ltimos trs sculos.

    Os estudiosos de sua vida e obra o tem considerado o maior filsofo e telogo j produzido

    pelos Estados Unidos, e especialmente o mais importante e influente dos calvinistas

    americanos1.

    Benjamin B. Warfield cita o testemunho do filsofo francs Georges Lyon, segundo o qual,

    tivesse Edwards permanecido apenas no campo da filosofia e da metafsica, sem enveredar

    pela teologia, ele talvez viesse a ocupar um lugar ao lado de Leibnitz e Kant entre osfundadores de sistemas imortais2.

    O fato que, tendo sido inicialmente, durante a sua juventude, atrado pela filosofia,

    notadamente sob a influncia de grandes empiristas e cientistas ingleses como John Locke

    (1632-1704) e Isaac Newton (1642-1717), eventualmente as preocupaes de ordem

    religiosa tornaram-se poderosamente dominantes em sua vida e pensamento, e tais

    preocupaes o levaram ao ministrio pastoral e teologia.

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    Precoce e religioso desde a sua meninice, aos 12 anos ele escreveu a uma de suas irms:

    Pela maravilhosa bondade e misericrdia de Deus, houve neste lugar uma

    extraordinria atuao e derramamento do Esprito de Deus... tenho razes para

    pensar que agora diminuiu em certa medida, mas espero que no muito. Cerca de

    treze pessoas uniram-se igreja num estado de plena comunho3.

    Depois de dar os nomes dos convertidos, ele acrescentou: Acho que muitas vezes maisde trinta pessoas se renem s segundas-feiras para falar com o Pai acerca da condio

    das suas almas.

    O lar de Edwards estimulou de maneira poderosa a sua vida espiritual e intelectual. Ele

    comeou a estudar latim aos seis anos e aos treze tambm j havia adquirido um

    respeitvel conhecimento de grego e hebraico. Aps quatro anos de estudos no Colgio deYale, em New Haven, Edwards obteve o seu grau de bacharel em 1720. Logo em seguida,

    encetou seus estudos teolgicos na mesma instituio, obtendo o grau de mestre em 1722.

    Aps pastorear uma igreja presbiteriana em Nova York por oito meses (1722-23) e atuar

    como professor assistente em Yale por dois anos, em 1726, aos 23 anos de idade, Edwards

    passou a trabalhar como pastor-assistente do seu av, Solomon Stoddard (1643-1729), o

    famoso ministro da igreja de Northampton, Massachusetts. Essa igreja era provavelmente

    a maior e a mais influente da provncia, exceo de Boston. Houve uma poca em que

    chegou a ter seiscentos e vinte membros, incluindo quase toda a populao adulta dacidade.

    Jonathan Edwards considerava-se um jovem introvertido, tmido, quieto e de pouco falar.

    Iniciou seus estudos na faculdade aos treze anos e formou-se como orador oficial.

    Considerava que lhe faltava cordialidade.

    Em 1723, aos dezenove anos, Jonathan Edwards formou-se em Yale, e foi pastor em Nova

    York, por um ano. Quando terminou seu perodo de pastorado naquela igreja, comeou atrabalhar como professor em Yale e voltou para New Haven, onde morava Sarah

    Pierrepont, que seria sua futura esposa. Em seu retorno, em 1723, Jonathan tinha vinte

    anos e Sarah treze.

    Enquanto Sarah crescia, Jonathan tornava-se, de certa forma mais gentil, e os dois

    comearam a passar mais tempo juntos. Gostavam de caminhar e conversar juntos, e ele

    aparentemente encontrou nela uma mente que combinava com sua beleza. De fato, ela lhe

    apresentou um livro de Peter van Mastricht, o qual mais tarde muito influenciaria o

    pensamento de Jonathan. Eles ficaram noivos na primavera de 1725.

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    Em 28 de julho de 1727, Edwards casou-se com Sarah Pierrepont, ento com 17 anos, filha

    de James Pierrepont, o conhecido pastor da igreja de New Haven, e bisneta do primeiro

    prefeito de Nova York. Os historiadores destacam a grande harmonia, amor e

    companheirismo que caracterizou a vida do casal4. Eles gostavam de andar a cavalo ao

    cair da tarde para poderem conversar e antes de se recolherem sempre tinham juntos os

    seus momentos devocionais.

    Temos apenas vislumbres do grande amor entre os dois. Certa vez, Jonathan usou o

    exemplo do amor entre um homem e uma mulher para exemplificar o amor de Deus.

    Quando temos uma ideia do amor de algum por determinada coisa, se for o amor de umhomem por uma mulher [...] no conhecemos completamente o amor dele; temos apenas

    uma ideia de suas aes que so efeitos do amor [...] Temos uma leve e vaga noo de

    suas afeies.

    Relata-se sobre a amvel influncia de Sarah no ministrio de Jonathan. Ele era compa-

    rado a uma mquina de pensar, um pensador que mantinha ideias firmes em sua mente,ponderando-as, separando-as, juntando-as a outras ideias, testando-as contra outras

    partes da verdade de Deus. Tal homem alcana o auge quando as ideias separadas juntam-

    se numa verdade maior. Mas, tambm o tipo de homem que pode encontrar-se em covas

    profundas, no caminho verdade. No fcil viver com um homem assim, mas Sarah

    encontrou meios de construir um lar feliz para ele. Ela o assegurou de seu amor constantee criou uma atmosfera e rotina, nas quais ele gozava de liberdade para pensar. Ela

    entendia, por exemplo, que quando ele estava absorto em um pensamento, no gos-taria

    de ser interrompido para o jantar. Compreendia que suas sensaes de alegria ou tristeza

    eram intensas. Edwards escreveu em seu dirio: Frequentemente tenho vises muitocomoventes de minha prpria pecaminosidade e perversidade, a ponto de me levar ao

    choro alto... que sempre me fora a ficar a ss.

    Samuel Hopkins escreveu sobre Sarah: Enquanto ela tratava seu marido com acatamen -to e inteiro respeito, no poupava esforos para conformar-se s inclinaes dele e tornartudo em famlia agradvel e prazeroso, fazendo disso a sua maior glria e o modo como

    poderia melhor servir a Deus e sua gerao [e nossa, podemos acrescentar]; e isso

    tornava-se o meio de promover o benefcio e a felicidade de seu marido.

    Assim, a vida no lar dos Edwards era moldada, em sua maior parte, pelo chamado de

    Jonathan. Uma das notas de seu dirio dizia: Penso que ao ressuscitar de madrugada,Cristo nos recomendou levantar bem cedo pela manh. Levantar-se cedo era um hbito

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    de Jonathan. Durante anos, a rotina da famlia era acordar cedo, junto com ele, ler um

    captulo da Bblia luz de velas e orar, pedindo a bno de Deus para aquele novo dia.

    Com frequncia, Jonathan estudava treze horas por dia. Isto inclua muita preparao para

    os domingos, com o ensino bblico. Mas tambm inclua os momentos em que Sarah ia

    conversar, ou quando os membros da igreja paravam para uma orao ou aconselha-

    mento.

    Jonathan e Sarah tiveram 11 filhos, todos os quais chegaram idade adulta, fato raro

    naqueles dias. Em 1900, um reprter identificou 1400 descendentes do casal Edwards.

    Entre eles houve 15 dirigentes de escolas superiores, 65 professores, 100 advogados, 66

    mdicos, 80 ocupantes de cargos pblicos, inclusive 3 senadores e 3 governadores de

    estados, alm de banqueiros, empresrios e missionrios. Diz-se que a afeio de

    Jonathan e Sarah um pelo outro e a rotina devocional regular em famlia foram alicerces

    firmes para os onze filhos; o que tambm teve doce e piedoso efeito em alguns dosvisitantes da famlia Edwards, como em George Whitefield, que sobre eles comentou: Sentigrande satisfao por estar na casa dos Edwards. Ele um filho de Abrao e tem uma filha

    de Abrao como esposa. Que casal agradvel! Seus filhos no se vestiam de cetim e seda,

    mas de trajes simples, como os filhos daqueles que, em todas as coisas, devem ser

    exemplos da simplicidade de Cristo. Ela uma mulher adornada de um esprito manso e

    tranquilo, algum que fala de maneira firme e franca das coisas de Deus; parece ser to

    auxiliadora para seu marido, que isto me fez renovar aquelas oraes, as quais por muitos

    meses tenho feito a Deus, para que se agrade em me enviar uma filha de Abrao para serminha esposa. [No ano seguinte, Whitefield casou-se].

    Relata-se que quando Jonathan escrevia aos filhos, sempre os alertavano de maneiramrbida, mas como um fato de quo prxima a morte poderia estar. Para Jonathan, arealidade da morte levava automaticamente necessidade de vida eterna. Ele escreveu ao

    filho de dez anos, Jonathan Jr., a respeito da morte de um coleguinha do menino: Este um chamado altissonante para que voc se prepare para a morte [...] Nunca d a si mesmo

    at que haja uma boa evidncia de que voc convertido e nascido de novo.

    Em 1729, com a morte do seu av, Jonathan tornou-se o pastor titular da igreja de

    Northampton, na qual, atravs de sua poderosa pregao, ocorreu um grande avivamento

    cinco anos mais tarde (1734-35)5. O Grande Despertamento, que tivera os seus primor-dios

    alguns anos antes entre os presbiterianos e reformados holandeses na Pensilvnia e Nova

    Jersey, cresceu com as pregaes de Edwards e atingiu o seu apogeu no ano de 1740,com o trabalho itinerante do grande avivalista ingls George Whitefield (1714-1770)6.

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    Em 1750, aps 23 anos de pastorado, Jonathan Edwards foi despedido pela sua igreja, a

    razo principal sendo a sua insistncia de que somente pessoas convertidas participas-

    sem da Ceia do Senhor, em contraste com a prtica anterior do seu av. No seu sermo

    de despedida, depois de advertir a igreja sobre as contendas que nela havia e os perigos

    que isso representava, ele concluiu:

    Portanto, quero exort-los sinceramente, para o seu prprio bem futuro, que

    tomem cuidado daqui em diante com o esprito contencioso. Se querem ver dias

    felizes, busquem a paz e empenhem-se por alcan-la (1 Pedro 3:10-11). Que a

    recente contenda sobre os termos da comunho crist, tendo sido a maior, seja

    tambm a ltima. Agora que lhes prego meu sermo de despedida, eu gostaria

    de dizer-lhes como o apstolo Paulo disse aos corntios em 2 Corntios 13:11:

    Quanto ao mais, irmos, adeus! Aperfeioai-vos, consolai-vos, sede do mesmo

    parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz estar convosco7.

    No ano seguinte, Edwards foi para Stockbridge, uma regio remota da colnia de

    Massachusetts, onde trabalhou como pastor dos colonos e missionrio entre os ndios. Em

    1757, a sua excelncia como educador e sua fama como telogo e filsofo fizeram com

    que ele fosse convidado para ser o presidente do Colgio de Nova Jersey, a futura

    Universidade de Princeton.

    Logo que Jonathan chegou a Princeton, foi vacinado contra rubola. Este ainda era umprocedimento experimental. Ele contraiu a doena e morreu, em 22 de maro de 1758,

    enquanto Sarah ainda estava em Stockbridge, na atividade de fazer as malas da famlia

    para a mudana para Princeton. Menos de trs meses se passaram, desde que Jonathan

    se despedira dela. Durante os seus ltimos minutos de vida, seus pensamentos e palavras

    foram para sua amada esposa. Ele sussurrou a uma de suas filhas:

    Parece-me ser a vontade do Senhor que eu vos deixe em breve, por isso,

    transmita o meu amor mais sincero minha querida esposa e diga-lhe que aunio incomum, que tanto tempo houve entre ns, foi de tal natureza, que creio

    ser espiritual, e que, portanto, continuar para sempre: espero que ela encontre

    suporte sob to grande tribulao e submeta-se alegremente vontade de Deus.

    Alguns dias depois, Sarah escreveu sua filha Esther (cujo marido havia morrido apenas

    seis meses antes):

    Minha querida filha, que posso dizer? O Santo e Bom Deus nos cobriu com um

    nuvem escura. Que aceitemos a correo e fiquemos em silncio! O Senhor o

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    fez. Deus me faz adorar a Sua bondade, porque tivemos o seu pai por tanto

    tempo. Mas o meu Deus vive; e Ele possui meu corao. Oh! Que legado meu

    marido, seu pai nos deixou! Estamos todos entregues a Deus; e a estou, e gosto

    de estar.

    Edwards destaca-se por outros fatores, alm da sua notvel produo filosfica e teolgica.

    Ele foi tambm um extraordinrio pregador, cujos sermes, proferidos com a mais sincera

    convico, causavam um poderoso impacto8. Em virtude disso, ele veio a ser um dos

    protagonistas do clebre avivamento religioso americano que ficou conhecido como o

    Grande Despertamento (1735-44). Mais ainda, com sua pena habilidosa, Edwards tornou-

    se o principal estudioso e intrprete do avivamento, registrando descries e anlises sobre

    os seus fenmenos espirituais e psicolgicos que at hoje no foram superadas.

    Finalmente, Edwards impressiona por sua grande sntese entre f e razo, tanto em suavida pessoal quanto em sua produo literria. Dotado de uma mente inquiridora e

    disciplinada, e acostumado a refletir sobre um tema at as suas ltimas implicaes, ele

    tambm foi um homem de espiritualidade profunda e transbordante, que teve como a maior

    das suas preocupaes a celebrao da graa e da glria de Deus.

    No Brasil, a vida e contribuio de Edwards ainda so essencialmente desconhecidas nos

    meios evanglicos, at mesmo nos crculos acadmicos9. A nica coisa que muitos asso-

    ciam com ele o clebre sermo Pecadores nas mos de um Deus irado10, que, emboraaborde um tema importante da sua teologia, est longe de ser representativo da sua obra

    como um todo e certamente no expressa algumas das principais nfases da sua reflexo.

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    Referncias:

    [1] Jonathan Edwards passou a despertar enorme interesse entre os estudiosos a partir da incio da

    dcada de 1930, graas ao trabalho de pesquisadores como Perry Miller, que o caracterizou como omaior filsofo-telogo que j adornou o cenrio americano. Ver Paul Helm, Edwards, Jonathan, em

    The New International Dictionary of the Christian Church, gen. ed. J.D. Douglas (Grand Rapids:Zondervan, 1978).

    [2] Benjamin B. Warfield, Edwards and the New England Theology, Encyclopedia of Religion and Ethics,1912. Tambm em The Works of B.B. Warfield, Vol. 9 (Studies in Theology), 515-538.

    [3] The Earliest Known Letter of Jonathan Edwards, Christian History, Vol. IV, n 4, p. 34. Minhatraduo. A carta tambm menciona as ltimas mortes que ocorreram na cidade e d informaes sobre

    a sade dos membros da famlia, inclusive a sua prpria dor de dente.

    [4] Elisabeth S. Dodds, My Dear Companion, Church History 4, n 4, pp. 15-17. George Whitefield narra

    em seu dirio a profunda impresso que a vida familiar dos Edwards lhe causou e como isso o levou arenovar suas oraes por uma boa esposa para si mesmo. George Whitefields Journals (Londres:Banner of Truth, 1960), 476-77, citado em Edwin S. Gaustad, ed., A Documentary History of Religion in

    America: To the Civil War, 2 ed. (Grand Rapids: Eerdmans, 1993), 196.

    [5] O reavivamento ocorreu quando Edwards pregou uma srie de sermes sobre a justificao pela f.

    [6] Sobre o avivamento entre os presbiterianos, ver o artigo do Rev. Frans Leonard Schalkwijk,

    Aprendendo da Histria dos Avivamentos, em Fides Reformata II:2, 61-68.

    [7] Christian History IV, n 4, p. 4. Minha traduo.

    [8] Segundo Warfield, foi em seus sermes que os estudos de Edwards produziram seus frutos maisricos. Ibid. Os sermes de Jonathan Edwards constituem o maior conjunto de manuscritos originais

    desse autor ainda disponveis.

    [9] Uma exceo o trabalho de Luiz Roberto Frana de Mattos, Jonathan Edwards and the Criteria forEvaluating the Genuineness of the Brazilian Revival, Dissertao de Mestrado, So Paulo, CentroPresbiteriano de Ps-Graduao Andrew Jumper, 1997.

    [10] Jonathan Edwards, Pecadores nas Mos de um Deus Irado, 3 ed. (So Paulo: Publicaes

    Evanglicas Selecionadas, c.1993). Esse sermo foi pregado por Edwards na cidade de Enfield,

    Connecticut, em 1741.

    ______________

    Esta Biografia baseada nas seguintes fontes:

    MATOS, Alderi Souza de. Jonathan Edwards: telogo do corao e do intelecto. Disponvel em:

    . (Acesso em 18 de abril de 2014). Editado e Adaptado.

    PIPER, Nol. Sarah Edwards. Fiel em meio ao mundano. In: PIPER, Nol. Mulheres Fiis e seu DeusMaravilhoso. Histria de Cinco Mulheres de F. So Paulo: Editora Fiel: So Paulo, p. 17-46.

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    2 Corntios 4

    1Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,na presena de Deus, pela manifestao da verdade.

    3Mas, se ainda o nosso evangelho

    est encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4Nos quais o deus deste sculocegou os entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelhoda glria de Cristo, que a imagem de Deus.

    5Porque no nos pregamos a ns mesmos,

    mas a Cristo Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.6

    Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu emnossos coraes, para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de JesusCristo.

    7Temos, porm, este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder

    seja de Deus, e no de ns.8Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos,

    mas no desanimados.9 Persegui-dos, mas no desamparados; abatidos, mas no

    destrudos; 10Trazendo sempre por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nossocorpo, para que a vida de Jesus se manifeste tambm nos nossos corpos;

    11E assim ns,

    que vivemos, estamos sempre entregues morte por amor de Jesus, para que a vida deJesus se manifeste tambm na nossa carne mortal.

    12De maneira que em ns opera a morte,

    mas em vs a vida.13

    E temos portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, porisso falei; ns cremos tambm, por isso tambm falamos.

    14Sabendo que o que ressuscitou

    o Senhor Jesus nos ressuscitar tambm por Jesus, e nos apresentar convosco.15

    Porquetudo isto por amor de vs, para que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar

    a ao de graas para glria de Deus.

    16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nossohomem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.17

    Porque a nossaleve e momentnea tribulao produz para ns um peso eterno de glria mui excelente;

    18

    No atentando ns nas coisas que se veem, mas nas que se no veem; porque as que seveem so temporais, e as que se no veem so eternas.