Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado

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Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos Filomeno Pequicho

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Esta apresentação pretende abordar a problemática da deterioração em paredes não estruturais inseridas na envolvente dos edifícios habitacionais, constituídas por um ou mais panos de alvenaria de tijolo furado e revestidas a argamassa de reboco em ambos os lados.

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introdução

Caracterizar as patologias que hoje afectam as paredes de alvenaria de tijolofurado revestidas com argamassa de cimento terá certamente um enquadramentomais perceptível quando antecedida de um levantamento histórico-cronológicosobre os dois principais materiais de base que servem de suporte á suaconstrução: Barro e cimento.

Idade Média

10.000 aC – Manufacturação de tijolos de barro cozidos ao sol pelas civilizações Assírias e Persas.5.000 aC – Utilização de tijolos de barro cozidos ao sol pelos Reis Egípcios na construção de

muros de fortaleza aos seus monumentos.4.000 aC - Primeiros exemplos de arquitectura Egípcia e Persa com pequenas casas feitas á base

de tijolos de barro cru seco ao sol, usando-se, como argamassa de ligação, uma ligaconstituída por mistura de gesso calcinado, sendo, de certa forma, a origem do cimento. Poresta data, os europeus começaram a utilizar as primeiras tintas para a construção civil,queimando pedra calcária e misturando com água para proteger e decorar as casas feitas debarro. Nesta mesma altura, povos do sudoeste asiático desenvolviam a arte de fabricação delacas, verdadeiras antecessoras das tintas modernas.

3.000 aC – Primeiros tijolos de barro cozidos em forno.1.200 aC – Generaliza-se o fabrico do tijolo na Europa e na Ásia

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600 aC – Jardins Suspensos da Babilónia, construídos com tijolos de barro cozido.Actualidade

1758 – O inglês Smeaton consegue um produto de alta resistência, por meio da calcinação decalcários moles e argilas com vista à produção de argamassa de cimento.

1918 – O francês Vicat obtém resultados semelhantes a Smeaton com a mistura de materiaisargilosos e calcários sendo considerado o inventor do cimento artificial.

1924 – Nesta data, um outro inglês, Joseph Aspdin, construtor, queimou conjuntamente pedracalcária e argila, obtendo um pó fino a que chamou de Cimento Portland por apresentar cor epropriedades de resistência e durabilidade semelhantes ás rochas das ilhas britânicas dePortland.

1964 – Publicado em Portugal o primeiro código normativo com recomendações para a construçãoem alvenaria de tijolo – NP 80 “Tijolos para alvenaria. Características e ensaios”.

1971 – Publicado o segundo código normativo – NP 834 “Tijolos de barro vermelho para alvenaria.Formatos”.

1873 – O cimento Portland começou a ser aditivado com gesso cru e cloreto de cálcio para regularo tempo de presa. No final deste século, na Alemanha e França, misturava-se graxa de cal aocimento que actuava como plastificante e hidrofugante.

1910 – Começaram a ser comercializados aditivos impermeabilizantes, aceleradores eretardadores de presa.

Década de 40 do século XX – Surgiu, na Suécia um sistema de isolamento térmico de fachadaspelo exterior, executado com lâ-mineral revestida com reboco de cimento e cal.

Década de 50 do século XX – Utilização em grande escala, na Alemanha, de sistema deisolamento térmico pelo exterior, em silos de açúcar.

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Década de 60 do século XX - Generalizou-se neste mesmo país, a aplicação de isolamento térmicoem construções de uso doméstico.

2001 – Publicadas as normas NP EN 197:2001 “Cimento. Parte 1 – Composição, especificações ecritérios de conformidade para cimentos correntes” e a NP EN 197-2:2001 “Cimento. Parte 2 –Avaliação da conformidade”.

2003 – Publicada a norma EN 998- Especificações para argamassas de alvenaria - Parte 1:“Argamassa de reboco interior e exterior” e Parte 2: “Argamassas para assentamento”.

2007, 2008, 2010 – São publicadas as normas EN que actualmente estão em vigor e que regulamas características técnicas de fabrico a que devem obedecer alguns dos mais utilizadosprodutos para isolamentos térmicos em edifícios (EN14933:2007 para EPS; EN14934:2007para XPS; en14064-1:2010 para MW; EN13170:2008 para ICB; EN13165:2008 para PUR)

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Este levantamento, que não se pretendeu exaustivo, revela-nos três aspectospreponderantes e que certamente servirão para uma maior compreensão sobreas diversas patologias que hoje afectam as paredes de alvenaria executadascom tijolos de barro, assentes e rebocadas com argamassa de cimento.

1. A necessidade de cozer o tijolo para lhe dar maior resistência mecânica,química e biológica;

2. A necessidade de argamassar as juntas para uma maior resistência mecânicado conjunto bem como refechamento das mesmas de modo a conferir maiorestanquidade ao ar e à água.

3. A necessidade de proteger as superfícies das alvenarias utilizando argamassasfabricadas com gesso calcinado e posterior protecção superficial com tintas emcal e que ainda hoje se utilizam.

Considerando estas preocupações antigas bem como todo o processo evolutivo aolongo dos tempos, quer na execução destes elementos da envolvente quer namaior exigência funcional e de utilização a que estão sujeitos , abordaremos deseguida o fenómeno actual da deterioração das paredes de alvenaria de tijolofurado revestidas com argamassa de cimento e tinta de protecção,evidenciando igualmente as causas que lhe estarão na origem bem como osmecanismos que a desencadeiam.

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os tijolos

Tijolos de barro secando ao sol.

Tijolo de Barro Cru também conhecido como Adobe ou Adobomuito utilizado na antiguidade caindo, actualmente, praticamente em desuso devido á sua fraca resistência mecânica, química ebiológica.

Tijolo de barro maciço (burro) cozido.Dimensões disponíveis 23x11x05 cm

23x11x06 cm23x11x07 cm

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os tijolos

Tijolos de barro perfurado.As dimensões são semelhantes ás apresentadas para o tijolo maciço.

Tijolo de barro furado.Apresenta maior variedade de dimensões. Com alturaconstante de 20cm, comprimento de 30 ou 45cm e largura que varia entre os 3 e os 22cm. São os mais utilizados na construção de paredes correntes dos edifícios.

Existem ainda disponíveis no mercado outros tipos de tijolo de barro com características e funções específicas para determinados fins:Tijolos de encaixe, com furação vertical, tijolos para enchimento com betão, refractários e outros, não se enquadrando estes tipos no presente estudo.

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os tijolos

Pretende-se que os tijolos furados apresentem, como características principais:

1. Economia de fabrico e facilidade de aplicação;2. Resistência mecânica;3. Baixo peso;4. Bom comportamento térmico;5. Boa resistência aos agentes químicos e biológicos;6. Boa aderência ás argamassas;7. Estanquidade ao ar e água;8. Resistência ao fogo.

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as argamassas para assentamento e revestimento

As argamassas para assentamento e revestimento do tijolo na execução dasparedes de alvenaria deste material deverão, actualmente, obedecer á normapublicada em 2003. A EN 998, dividida em 2 partes, Especifica as condiçõestécnicas para produção de Argamassa para reboco interior e exterior (Parte 1) eArgamassas para assentamento das alvenarias (Parte 2). Refira-se que o tempode cura para as argamassas de assentamento de tijolos deverá ser de 28 dias.

Pretende-se que as argamassas de assentamento desempenhem as seguintesfunções:1. Boa resistência à compressão e flexão;2. Baixa capilaridade;3. Bom comportamento à retracção;4. Boa resistência ao corte no conjunto tijolo-junta segundo a norma EN 1052-3.

As espessuras de junta para assentamento dos tijolos em paredes de alvenariapodem variar entre os 10 e 20mm

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as argamassas para assentamento e revestimento

Analogamente ao que se referiu para as argamassa de assentamento também asargamassas de revestimento deverão desempenhar funções específicas e bemdefinidas:

1. Elevada durabilidade;2. Bom comportamento à retracção;3. Boa resistência aos sais, nomeadamente sulfatos;4. Classe de resistência ao fogo elevada (A1);5. Boa resistência á compressão;6. Boa aderência aos 28 dias, nomeadamente após os vários ciclos climáticos;7. Fraca absorção de água por capilaridade;8. Fraco coeficiente de permeabilidade ao vapor de água;9. Baixa condutibilidade térmica;10.Boa consistência;11.Boa ductilidade.

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as argamassas para assentamento e revestimento

Para que estas funções sejam garantidas, os materiais utilizados na produção dasargamassas deverão ter controlo rigoroso quer na qualidade quer nas dosagens,tais como os inertes, o cimento, os aditivos (quando necessários) bem como aágua de amassadura.

Os revestimentos de reboco poderão ser efectuados numa única camada ou porvárias camadas.

A espessura ideal por camada para um reboco em paredes de alvenaria podevariar entre os 15 e 20mm não devendo ser aplicadas 2 camadas sucessivas numintervalo de tempo abaixo de 24 horas.

Quando se exija um reboco com espessura acima dos 40mm, deverão seraplicadas redes anti-retracção, (ex. fibra de vidro) com abertura igual ou inferior a12mm.

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as argamassas para assentamento e revestimento

Reboco projectado com argamassa Reboco aplicado à colher e talochapré-fabricado com argamassa produzida em obra

Também as argamassas, nomeadamente as pré-fabricadas deverão ter marcaçãoCE. As argamassas produzidas em obra não têm qualquer tipo de controlo dequalidade e, consequentemente, não garantirão as características anteriormentemencionadas tornando a parede vulnerável a uma maior aceleração nodesenvolvimento de patologias.

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as tintas

As tintas aplicadas na construção civil e mais concretamente em paredes querinteriores quer exteriores, para além do propósito arquitectónico e visual, têm comofunção mais importante, o da protecção da superfície a pintar formando umaprimeira barreira entre os agentes atmosféricos (sol, chuva, vento) e biológicos ouquímicos, impedindo ou retardando a deterioração das argamassas de reboco.

As tintas, neste domínio, podem subdividir-se em produtos aquoso que utilizamlátex na sua composição ou de base solvente orgânica como as tintas de óleo ouesmaltes sintéticos.

As matérias primas básicas para a produção de quase todos os tipos de tinta sãoconstituídas por resinas (alquídicas, epóxi, poliéster, vinílicas, nitrocelulósicas ouacrílicas), pigmentos (substâncias insolúveis, utilizados para conferir cor oucobertura ás tintas), solventes (compostos orgânicos ou água responsáveis pelaviscosidade da tinta) e aditivos (fotoiniciadores iniciando a cura das tintas por UV,secantes, inibidores de corrosão, dispersantes, bactericidas, coalescentes entreoutros).

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as tintas

As propriedades que se exigem numa película seca de tinta para a construção civilsão:1. Boa resistência à intempérie;2. Boa aderência à base;3. Estabilidade de cor;4. Neutralidade química em relação à base e vice-versa;5. Aspecto decorativo pretendido;6. Boa resistência aos fungos.

Os requisitos especiais (segundo EN 1062) para tintas a aplicar e pinturas deparedes exteriores são:1. Resistência aos fungos e algas;2. Resistência aos alcalis (à formação de sais);3. Resistência á sujidade;4. Resistência à humidade, ao nevoeiro salino, ao SO₂ (dióxido de enxofre);

5. Durabilidade

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os isolamentos térmico-acústicos

Têm como principal objectivo aumentar a resistência térmica e acústica dasparedes.

Os materiais, pare este efeito, mais utilizados são os que apresentam umacondutibilidade térmica λ baixa (polietileno extrudido XPS, expandido EPS ouespuma de poliuretano PU com λ que varia entre os 0,055 a 0,032 W/m²/ºC, asmantas minerais com λ que varia entre os 0,040 a 0,045 W/m²/ºC e as placas deaglomerado de cortiça ICB com λ de 0,045 W/m²/ºC.

Os polietilenos e poliuretanos são materiais polímeros, não ecológicos, com umaboa resistência à passagem de vapor de água e completamente combustíveis abaixas temperaturas.As mantas minerais ou os aglomerados de cortiça são materiais orgânicos e, porisso, biodegradáveis, com fraca resistência à passagem de vapor de água masainda assim muito utilizados na construção.

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os isolamentos térmico-acústicos

São estas propriedades que conferem ao conjunto “parede” uma boa resistênciatérmica e acrescentam ao sistema um aumento do seu comportamento acústico,nomeadamente a sons que se propagam por via aérea.

Estes sistemas podem, no caso de paredes com 2 panos, ser aplicadossuperficialmente pelo interior da parede, entre os panos ou pelo exterior.

Quer seja aplicado pelo interior ou pelo exterior têm a particularidade de eliminaralgumas pontes térmicas lineares e corrigir automaticamente as pontes térmicasplanas. Quando aplicado pelo interior terá a desvantagem de diminuir a inérciatérmica da fracção.

Aplicados entre panos de parede, situação mais comum, têm a desvantagem deoriginar pontes térmicas para corrigir e a vantagem de se encontrarem maisprotegidos mecanicamente.

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os isolamentos térmico-acústicos

As propriedades térmicas de uma parede na sua zona opaca, dependem daaplicação dos isolamentos. Contudo uma parede incorpora igualmente uma parteenvidraçada com resistência térmica 3 a 6 vezes inferior ao da zona opaca. Estacaracterística diminui a resistência térmica do conjunto, em particular nas zonasenvidraçadas.

As descontinuidades na resistência térmica das envolventes (quer interiores querexteriores), na maioria dos casos, originam a formação de condensações,fenómeno que abordaremos mais adiante.

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a evolução das paredes de alvenaria de tijolo

A evolução das paredes de alvenaria de tijolo têm, no último século, evoluído quernos processos construtivos, na diversidade de materiais aplicados e nasexigências funcionais e arquitectónicas face ás diversas utilizações a que sedestinam.

A sua construção requer, caso a caso, estudos mais detalhados, efectuados emfase de projecto e que deverão prever as condições em que esta se constrói bemcomo os materiais a aplicar, face ao local onde se construa, à utilização que irá tere ao período de vida esperado.

Para tal, deverá o projecto prever, para cada caso e quando se justificar:1. Cálculos de resistência (flexão, compressão e/ou corte);2. Estudo das condições de apoio e confinamento bem como de fixação;3. Pormenorização adequada nomeadamente de ligações, reforços e resolução

de pontos frágeis;

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a evolução das paredes de alvenaria de tijolo

4. Descrição detalhada dos materiais, características destes, bem como aindicação de períodos de tempo para reabilitações e/ou inspecções.

O processo evolutivo da construção de paredes não foi acompanhado por umaevolução quer em projecto quer na execução.Apresentam-se 2 gráficos das caudas que estão na origem das patologias emparedes [ a)Portugal e b)Espanha ]

Percentagem de causas de anomalias por grupos a)Gonçalves, 2007 e b) Grupo Español del Hormigón.

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os sintomas

Aborda-se neste estudo, a problemática da deterioração das paredes de alvenarianão estruturais executadas com tijolo furado, por serem os elementos daenvolvente ou simples divisórias, mais comuns na construção de edifícios emPortugal.

Entende-se por paredes não estruturais, aquelas que não desempenham funçõesresistentes não fazendo por isso parte dos elementos principais da estruturaresistente da construção.

As suas funções são confinadas ás envolventes dos edifícios suas divisóriasinteriores e outros elementos secundários não abordados nesta apresentação.

A deterioração das paredes apresentam sintomas que podem dividir-se em 2grupos distintos:1. Patologias de ordem estrutural;2. Patologias não estruturais.

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os sintomas

As patologias de ordem estrutural afectam directamente a estrutura resistente daparede, podendo colocar em causa o seu equilíbrio quer parcial quer total.

Englobam-se dentro desta classe de patologias:1. Fissurações e perda de apoio2. Envelhecimento dos materiais;

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os sintomas

As patologias de ordem não estrutural tem origem em factores externos àestrutura da parede, colocando em risco o seu desempenho enquanto elemento daenvolvente, elemento de divisória ou elemento arquitectónico.

Englobam-se dentro desta classe de patologias:1. Fissurações das argamassas;2. Descasque ou descamação dos rebocos;3. Eflorescências ou criptoflurescências;4. Envelhecimento e degradação dos materiais;5. Presença de microrganismos ou de organismos vivos;6. Pulverulência;7. Humidades;8. Aparecimento de manchas;9. Deterioração, descasque ou bolsas de água sob pintura.

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as causas e mecanismos desencadeantes

Dos sintomas referidos anteriormente, decorrentes de factores estruturais,abordam-se, individualmente, cada um das anomalias indicadas:

�Fissuração nos panos de parede e perda de apoio

As fissurações que ocorrem nas paredes, num dos panos ou em toda a suasecção bem como a perda de apoio, podem resultar das seguintes causas:

1.Erros de projecto:i. Avaliação incorrecta das tensões de compressão nos blocos provocando

esmagamento destes elementos;ii. Deformações excessivas nos pavimentos de apoio provocando fissuração

por efeito de arco;iii. Deficiente apoio dos panos de alvenaria, nomeadamente do exterior, em

paredes da evolvente exterior provocando a ruína total ou parcial do panoexterior da parede;

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as causas e mecanismos desencadeantes

iv. Falta ou deficiente ligação entre panos de alvenaria provocando ofuncionamento separado de cada pano, contribuindo para a diminuição daresistência global quer á flexão quer ao corte, do conjunto.

v. Falta ou deficiente ligação entre as paredes e os elementos estruturaisconfinantes tais como pilares, lajes, vigas ou cunhais de parede semestrutura resistente provocando desprendimento entre estes doiselementos. O betão e o conjunto “parede” têm características térmicas emodos de vibração diferentes provocando grandes tensões superficiaisentre ambos o que facilita a fissuração na superfície de contacto;

vi. Assentamentos diferenciais de fundações sujeitando as paredes a tensõesde esmagamento e corte acima das tensões admissíveis;

vii. Abertura de roços em detrimento da projecção de coretes, para colocaçãode tubos de queda de esgotos ou outras instalações técnicas, fragilizandoa parede nessas secções;

viii.Falta de dimensionamento em panos de parede com áreas elevadas,ficando estas sujeitas a esforços de flexão superiores ao admissível poracção das pressões exteriores do vento;

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as causas e mecanismos desencadeantes

ix. Ligação incorrecta entre blocos de tijolo por falta ou incorrecta indicaçãodas argamassas de ligação podendo provocar rotura entre blocos de tijolo(ex. falta de resistência ao corte ou deficiente aderência das argamassas);

x. Má execução de vergas em vãos de portas ou janelas de grandesdimensões provocando flecha excessiva nestes elementos;

xi. Não contabilização dos efeitos diferenciais térmicos que geram tensões decompressão e tracção em superfícies opostas;

xii. Fixação de elementos não previstos em projecto gerando esforços nãocalculados.

xiii.A relaxação das armaduras das lajes de apoio ás alvenarias, a fluência eretracção do betão nestes elementos provocam flechas a longo prazo queinduzem o efeito de arco provocando fissuração.

2. Erros de execução;i. Aplicação incorrecta das argamassas de assentamento que devem

permitir um apoio uniforme do bloco na junta horizontal bem como a faltaou fraca quantidade de argamassa nas juntas verticais;

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as causas e mecanismos desencadeantes

ii. Aplicação não travada dos blocos de tijolo provocando juntas linearesverticais de grande dimensão, fragilizando a parede nomeadamente áflexão quer horizontal quer vertical;

iii. Alteração inadvertida das condições de projecto;iv. Utilização de materiais de fraca qualidade;v. Falta de verticalidade dos panos de parede;

3. Erros na utilizaçãoi. Aplicação de cargas sobre a estrutura acima das que inicialmente foram

previstas em projecto de estabilidade;ii. Alterações das condições de utilização dos espaços;iii. Alterações na estrutura da construção;iv. Abertura de roços, nichos ou vãos, provocando alterações de equilíbrio de

tensões;

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as causas e mecanismos desencadeantes

4. Desastres ou erros de causas humanas:i. Construções confinantes sem junta de encosto conduzindo à transmissão entre

edifícios, de vibrações excessivas;ii. Ampliações das construções sem projecto que as viabilizem;iii. Alteração nas condições do solo de fundação (ex. abertura de poços para

extracção de água muito perto da construção provocando uma variação bruscado nível freático conduzindo a assentamento das fundações);

iv. Fogo, explosões, colisões.

5. Acções naturais:i. Temperaturas extremas provocando variações elevadas nas tensões

tangenciais das paredes;ii. Sismos;iii. Ciclones ou tornados;iv. Avalanches, deslizamento de terras, erupções vulcânicas.

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as causas e mecanismos desencadeantes

v. A humidade excessiva do ar associada á higrospicidade dos elementosestruturais de suporte ou confinamento das paredes poderá provocar acorrosão das suas armaduras e, consequentemente o descasque dosrecobrimentos seguido da perda de secção das mesmas e, finalmente, oaparecimento de flechas não esperadas.

� Envelhecimento dos materiais

O envelhecimento dos materiais, nomeadamente dos blocos de tijolo, dasargamassas de assentamento ou revestimento bem como dos elementosde fixação ou ligação, poderão, a médio-longo prazo, colocar em risco asolidez do conjunto “parede” já que, se cada um destes elementos cumpreuma função dentro do conjunto, a diminuição das características deresistências de um deles coloca em causa a estabilidade do conjunto.Trata-se naturalmente da alteração das condições de equilíbrio de umsistema.

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as causas e mecanismos desencadeantes

Dos sintomas decorrentes de factores não estruturais, abordam-se no geral, asanomalias indicadas:

As fissurações, descasque ou descamação, aparecimento de eflorescências oucriptoflurescências, envelhecimento e degradação dos materiais, a presença demicrorganismos ou de organismos vivos, o aparecimento de pulverulência, ahumidades ou o aparecimento de manchas bem como a deterioração, descasqueou bolsas de água sob pintura, são anomalias que ocorrem nas superfícies dasparedes nomeadamente nos revestimentos como é o caso das argamassas dereboco ou nas pinturas superficiais, e podem resultar das seguintes causas:

1.Erros de projecto:i. Designação ou omissão de misturas inadequadas ás funções a

desempenhar;ii. Falta de indicação redes de reforço em zonas criticas dos rebocos;iii. Falta ou deficiente indicação de aditivos quando necessário;

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iv. Inadequação dos revestimentos ao ambiente onde se inserem;v. Cálculo insuficiente, incorrecto ou inexistente da resistência térmica das

paredes gerando condensações superficiais ou internas;vi. Escolha inadequada ou inexistente da tinta a utilizar bem como o n.º de

camadas a aplicar;vii. Não contemplação de humidades ascensionais (capilaridade) ou

higroscópicas.

2. Erros de execução:i. Deficiente fabrico das argamassas, nomeadamente nas dosagens dos

elementos;ii. Má qualidade dos materiais;iii. Deficiente preparação das superfícies;iv. Mão de obra não qualificada ou mal preparada;v. Ausência ou deficiente fiscalização;vi. Má aplicação dos materiais (argamassas, isolamentos, tintas)

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as causas e mecanismos desencadeantes

i. Deficiente fabrico das argamassas, nomeadamente nas dosagens doselementos;

ii. Má qualidade dos materiais;iii. Deficiente preparação das superfícies;iv. Mão de obra não qualificada ou mal preparada;v. Ausência ou deficiente fiscalização;

3. Erros de utilização dos espaços:i. Alterações nas condições de utilização;ii. Ausência, insuficiência ou inadequação de manutenção;iii. Degradação anormal dos materiais por desconhecimento ou incúria na

utilização;iv. Deficiente renovação do ar nos espaços;

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as causas e mecanismos desencadeantes

3. Acções físicas, químicas e biológicas:i. Variações excessivas de temperatura ou temperaturas extremas;ii. Vibrações ou desgaste provocados por acção do vento;iii. Poluição do ar ou das águas com proveniência na pluviosidade, neve,

humidade dos solos, humidade relativa em excesso, águas que poderão inclusivamente conter elementos químicos como o ácido de enxofre;

iv. Efeitos de retracção ou fluência das argamassas;v. Descolamento das camadas de tinta;vi. Oxidação ou carbonatação das argamassas;vii. Existência de sais nos elementos inertes ou na água no processo de

fabrico das argamassas;viii. Excessiva radiação ultra-violeta do sol;ix. Presença de fungos, bolores, líquenes ou raízes nas superfícies;x. Presença de insectos ou vermes;xi. Acontecimentos acidentais tais como o fogo, explosões, choque de

objectos, inundações ou deslizamento de terras.

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33|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria

Apresentam-se em seguida algumas imagens reveladoras da generalidades das ocorrências patológicas em paredes de alvenaria de tijolo com revestimento de argamassa de cimento.

a) b)

a) Corte total no pano dealvenaria para passagem decondutas técnicas.

b) Abertura de roços paraimplantação de tubagens.

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34|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria

c) Execução de juntas de ligaçãovertical com dimensõesexcessivas.

d) Fissura junto do apoio porrotação ou flexão da laje.

e) Execução das alvenarias emsimultâneo com a estrutura iráprovocar tensões na alvenariacom a retracção do betão.

f) Fissura junto dos vãos poracção de forças forças externas(vento, sismo), assentamento defundações.

e) f)

c) d)

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35|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria

g) Fissuração horizontal na basepor movimentação higroscópicadiferenciada.

h) Fissuração causada poractuação excessiva de carga.

i) Rotura localizada por cargapontual excessiva.

j) Fissura junto dos vãos poracção excessiva de cargas.

i) j)

g) h)

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36|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria

k) Fissuração por flexão do apoio.l) Fissuração por flexão do apoio.m) Fissuração por flecha da

consola.n) Fissura por corte devido a

assentamento de fundações.

m) n)

k) l)

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37|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria

o) Fissura por rotação do apoio.p) Fissura por assentamento de

aterros.q) Assentamento diferencial no

edifício menor por interferênciade pressões no terreno geradaspelo edifício maior.

r) Fissura provocada porassentamento provocada porretracção do solo face aoconsumo de água pelavegetação.

q) r)

o) p)

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38|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria

s) Fissura por corte devido áretracção da laje.

t) Fissura efeito de arco devido acarregamento excessivo.

u) Fissura por fragilização dasecção na parede devida àintrodução de tubo de queda.

v) Fissuração generalizada geradapela acção de ventos fortes.

u) v)

s) t)

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39|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem estrutural em paredes de alvenaria

w) Perda de apoio do pano exteriorda parede.

x) Fissura por flexão da consola.y) Rotura do cunhal da parede.z) Fissuração provocada por flecha

devida à remoção de pilares emfachada..

y) z)

w) x)

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40|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem não estrutural em paredes dealvenaria

a) Fissuração no reboco porretracção das argamassas..

b) Descamação do reboco por faltade aderência (notam-se 2camadas de reboco).

c) Reparação de reboco commaterial diferente.

d) Descasque da argamassa emponto singular por oxidação doperfil metálico ali aplicado.

c) d)

a) b)

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41|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

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apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem não estrutural em paredes dealvenaria

e) Junta alvenaria-betão, nãotratada..

f) Junta após aplicação de rede dereforço na argamassa derevestimento.

g) Humidade em parede.h) 1) eflorescência,

2) criptoflurescência.

g) h)

e) f)

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42|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

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apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem não estrutural em paredes dealvenaria

i) Descasque da camada dereboco.

j) Eflorescência.k) Criptoflurescência provocada

por capilaridade ascensionalexterior.

l) Eflurescência provocada porcapilaridade de água existenteno solo de fundação.

k) l)

i) j)

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43|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

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apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem não estrutural em paredes dealvenaria

m) Fissuração no reboco porretracção das argamassas ouvariações térmicas excessivas.

n) Fungos e bolores.o) Descasque da tinta por falta de

manutenção (tinta de máqualidade).

p) Humidade excessiva(aparecimento de líquenes).

o) p)

m) n)

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44|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

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apresentação de imagens reveladoras de algumaspatologias de ordem não estrutural em paredes dealvenaria apresentadas por realização termográfica.

q) Viga não corrigidatermicamente.

r) Humidade num cunhal deparede.

s) Humidade em paredeproveniente do exterior devida auma má ligação parede-laje.

t) Revelação de má execução doisolamento térmico na ligaçãosuperior de um pano de paredecom alaje confinante.

s) t)

q) r)

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45|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

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conclusões

a) Distribuição, por percentagem,dos materiais mais utilizados naconstrução de paredes emPortugal..

b) Distribuição dos materiais derevestimento das paredes.

Com estes gráficos pretende-sevalorizar o estudo apresentado,mostrando que, em Portugal, agrande maioria das paredes dosedifícios actuais, são construídascom tijolo cerâmico e revestidas areboco tradicional. (fonte INE)b)

a)

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conclusões

c) Distribuição, por percentagem,dos elementos verticais daconstrução onde se verificammais patologias em Portugal.

d) Identificação, em percentagem,dessas mesmas patologias.

Com estes gráficos identificam-se 2grandes grupos de patologias maiscorrentes em paredes de edifíciosem Portugal. A fissuração e ahumidade. (fonte INE)

d)

c)

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47|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

referências bibliográficas

1. Silva, J. Mendes – “Alvenarias não estruturais, Patologias e Estratégias de Reabilitação” -Seminário sobre Paredes de Alvenaria, P.B. Lourenço & H. Sousa (Eds.), Porto,2002 (20 páginas).

2. Santos, Pedro Henriques Coelho, Filho, António Freitas Silva – “Eflorescências: Causas e Consequências”, Brasil (16 páginas).

3. Silva, J. Mendes; Carvalhal, Mário J.; Vicente, Romeu S. – “Reforço Mecânico de Fachadas de Alvenaria de Tijolo: Reabilitação de Cunhais e Grampeamento Metálico Pós-Construção”. 3º Encontro de Conservação e Reabilitação de Edifícios (3º ENCORE), LNEC; Lisboa, Maio 2003 (10 páginas).

4. APFCA, Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Conservação –“Monografias APFAC sobre Argamassas de Construção”, Lisboa (45 páginas).

5. NANDO – Europe Commission – Enterprise – Regulatory Polici.6. Gonçalves, Adelaide; Brito, Jorge; Branco, Fernando – “Causas de Anomalias em Paredes de

Alvenaria de Edifícios Recentes” – Direcção de Infra-Estruturas da Força Aérea Portuguesa, Instituto Superior Técnico – Lisboa 2008 (18 páginas).

7. Silva, J. Mendes; Abrantes, Vitor. – “Patologias em Paredes de Alvenaria: Causas e Soluções” -Seminário sobre Paredes de Alvenaria, P.B. Lourenço & H. Sousa (Eds.), Porto,2002 (20 páginas).

8. Sousa, Vitor; Pereira, Dias Fernando; Brito, Jorge. – “Rebocos Tradicionais: Principais Causas de Degradação” Lisboa 2005 (18 páginas)

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48|Deterioração de Paredes em Alvenaria de Tijolo Furado, Sintomas, Causas e Mecanismos

Filomeno Pequicho

referências bibliográficas

9. EC6 – NP-ENV-1996-1-1 – 2000 - Estruturas de Alvenaria – Regras Gerais 10. Paiva, José Vasconcelos; Aguiar, José; Pinho, Ana – “Guia Técnico de Reabilitação

Habitacional” – Volumes I e II – INH & LNEC, 1ª edição, 2006.11. Freitas, Vasco Peixoto de Freitas; Torres, Maria Isabel; Guimarães, Ana Sofia. – “Humidade

Ascencional” – FEUP edições, 1ª edição 2008.12. Henriques, Fernando M. A. – “Humidade em Paredes”, LNEC, 4ª edição 2007.13. Aguiar, José; Veiga, Maria do Rosário; Silva, António Santos Silva; Carvalho, Fernanda –

“Conservação e Renovação de Revestimentos de Paredes de Edifícios Antigos” – LNEC, edição 2004.

14. Appleton, João Guilherme. – “Reabilitação de Edifícios “Gaioleiros” , 1ª edição, Maio 200515. Pereira, Manuel Fernando Paulo – “Anomalias em paredes de alvenaria sem função estrutural”

– Dissertação de Mestrado em Engenharia Civil – Universidade do Minho – Guimarães 2005 (489 páginas)