Desequilíbrio Hidroeletrolítico 17... · •Os sinais de desidratação começam a surgir quando...

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Desequilíbrio Hidroeletrolítico Prof.º Enfº. Esp. Diógenes Trevizan

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• Muitos pacientes que dão entrada na unidade de atendimento de urgência podem ter o

equilíbrio hidroeletrolítico comprometido em função de diferentes agravos à saúde.

Certas condições em que ocorre retenção excessiva de líquidos, como na insuficiência

cardíaca ou renal, ou que levam a perdas exageradas, como em casos de diarreia e

vômitos persistentes, pode haver desequilíbrio hidroeletrolítico.

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• Para o organismo sadio, a concentração de eletrólitos e a distribuição da água requerem processos contínuos,

que mantêm o equilíbrio entre os meios intra e extracelulares

• Dessa forma, o organismo é capaz de manter um “balanço zerado” entre a ingestão e a eliminação de

água.

• O líquido contido no espaço intracelular, isto é, dentro da célula, denomina-se líquido intracelular(LIC), sendo

fundamental no metabolismo das células. O espaço extracelular, ou seja, fora da célula, está dividido em

intersticial e intravascular, que corresponde à volemia do indivíduo (em torno de 5 litros).

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• O principal mecanismo para essa manutenção é feito por meio de regulação hormonal e

mecanismo da sede. • O hormônio hipofisário antidiurético (ADH) atua

nos rins aumentando a reabsorção de água e, consequentemente, diminui o volume urinário,

tornando a urina mais concentrada.• A aldosterona, hormônio liberado pela

suprarenal, aumenta a reabsorção de sódio nos túbulos renais e sua liberação é estimulada

quando ocorre a diminuição da volemia, queda da pressão arterial ou diminuição do nível sérico

de sódio.

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• Os eletrólitos são íons carregados de forma positiva ou negativa

• que, distribuídos de maneira desigual, fazem parte da condução da eletricidade através das

membranas celulares, mantêm a osmolaridade dos compartimentos dos

líquidos corporais e auxiliam na regulação do equilíbrio ácido-básico. Os eletrólitos de maior

relevância e que interferem na homeostase são potássio, cálcio, sódio, magnésio e fósforo.

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• A hipervolemia é uma condição em que ocorre o excessivo ganho de líquidos pela disfunção dos mecanismos homeostáticos

evidenciados na insuficiência cardíaca, renal ou hepática. As principais manifestações clínicas são edema, ingurgitamento jugular

e taquicardia. Normalmente há aumento da pressão arterial, da pressão de pulso e da pressão venosa central.

• O tratamento é direcionado à patologia de base e para a condição que desencadeou o agravo. As condutas incluem a restrição de

volume e sódio, como também o uso de diuréticos. A realizaçã ode hemodiálise ou diálise peritoneal pode ser imperativa.

• A hipovolemia é a diminuição do volume sanguíneo que ocorre na vigência de vômitos, diarreia, aspiração gastrintestinal, ingestão

diminuída de líquidos, utilização de diuréticos de maneiraexageradaou iatrogênica, transpiração excessiva, hemorragias e em grandes queimaduras. Ahipovolemia pode causar o choque hipovolêmico.• Quando há perdas em proporções iguais de água e soluto,

denomina-se isotônica; quando a perda de solutos for maior do que a de água, denomina-se hipotônica. Para perdas em que a água for

maior do que a de solutos, hipertônica.

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• Os sinais de desidratação começam a surgir quando a ingestão de líquido não for suficiente, mesmo após a

tentativa de correção do organismo. Podemos distingui-la em leve, com perda de 3% do peso

corpóreo; moderada, cerca de 5% a 8%; e grave,quando a perda atingir em torno de 10% do peso

corpóreo.• A desidratação ocorre quando há perdas exageradas de

fluido scorpóreos como líquidos gastrointestinais, em casos de diarreia e vômitos; perdas urinárias, em casos

de doença de Addison, diabetes ou uso abusivo de diuréticos; e perdas por meio da pele em casos de

queimaduras e sudorese profusa.

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• As principais manifestações clínicas são a sede, pele e mucosas secas,perda de peso, turgor

cutâneo não elástico, taquicardia, hipotensão, taquipneia, letargia e oligúria. Em casos mais severos, obnubilação, febre e morte. Após o

diagnóstico da causa básica que está ocasionando o desequilíbrio, o início do tratamento se faz com reposição volêmica. Nos casos de hiponatremiaassociada à correção do eletrólito, deve ser feita de maneira criteriosa para que não ocorra uma

iatrogenia.

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• Na hipernatremia, o valor do sódio sérico é> que 145 mEq/L. A principal causa está relacionada à

hiperosmolaridade, que provoca a desidratação das células. Normalmente é causada pela perda de água, ingestão

inadequada de água ou ganho de sódio de forma iatrogênica.

• Constitui maior risco para bebês, pacientes acamados e em coma. Pode ser pelo uso de medicamentos como diuréticos

de alça, perdas gastrointestinais, nos vômitos e diarreia, perda através da pele como nos casos de queimaduras, e

outras patologias como o diabetes .• As principais manifestações clínicas são agitação taquicardia, febre baixa, dispneia, hipertensão arterial,

rubor cutâneo, mucosas secas, oligúria, espasmos musculares, fraqueza, inquietação, letargia e confusão

mental.

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• A hipocalemia é um distúrbio frequentemente detectado em pronto-socorro. Tem inúmeras

causas, como a perda pelo trato gastrointestinal por meio de vômitos e diarreia; perdas renais

pelo uso de diuréticos não poupadores de potássio; ingestão inadequada por uma nutrição

deficitária, como nos casos de alcoolismo; distúrbios hormonais, como na Síndrome de

Cushing; e distúrbios ácido-básicos, como ocorre na alcalose metabólica por determinados

medicamentos como altas doses de penicilina e insulina, entre outras.

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• É importante que você atente para a manifestação mais relevante que é a

possibilidade de arritmias e de PCR, uma vez que o miocárdio é extremamente sensível a

alterações do potássio.

• Além da dosagem sérica do potássio, o ECG é de fundamental importância para iniciar o

tratamento adequado através da reposição de potássio.

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• As manifestações clínicas mais comuns são cólicas abdominais; diarreias; hipotensão; fraqueza

muscular, principalmente em membros inferiores; acidose metabólica; e alterações de atividade elétrica

miocárdica com potencial possibilidade de levar o paciente a óbito. O diagnóstico é feito por meio da dosagem plasmática de potássio e analise do ECG.

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• O tratamento baseia-se em diminuir o potássio plasmático, que pode ser feito pela administração de diuréticos de alça, uso de solução polarizante

(insulina e glicose) para auxiliar na entrada de potássio novamente para dentro da célula, uso de sorcal e gluconato de cálcio. Quando o paciente apresenta acidose metabólica, a correção pode

ser feita por meio da administração de bicarbonato de sódio.

• O uso de sorcal pode provocar constipação e, portanto, deve ser administrado por via oral

preferencialmente diluído com laxativo (Manitol).