DESENVOLVIMENTO DE CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO … · PPRA Programa de Prevenção de Riscos...
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UNIVERSADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO DE CRITÉRIOS PARA O
DIAGNÓSTICO DA SEGURANÇA OCUPACIONAL: UM
ESTUDO DE CASO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Dissertação submetida à Universidade Federal de Santa Catarina para obtenção do grau de
Mestre em Engenharia de Produção.
Simone Teresinha Falchetti Lopes da Costa
Florianópolis – Santa Catarina - Brasil
Fevereiro de 2004
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DESENVOLVIMENTO DE CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA SEGURANÇA OCUPACIONAL: UM
ESTUDO DE CASO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Simone Teresinha Falchetti Lopes da Costa Essa dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de Mestre o título de
Mestre em Engenheira de Produção e aprovada na sua forma final pelo Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção.
__________________________________ Prof.a Edson Pacheco Paladini, Dr.
Coordenador do Curso Banca Examinadora:
__________________________________ Prof.a Vera Lúcia D. do Valle Pereira, Dra.
Orientadora
__________________________________ Prof.o Hyppólito do Valle Pereira, Ph. D.
__________________________________ Prof.o Sérgio Fernando Mayerle, Dr.
__________________________________ Waldemar Pacheco Júnior, Msc.
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Vulgar é o ler, raro o refletir. O saber não está na ciência alheia, que se absorve, mas, principalmente, nas idéias próprias, que se geram dos conhecimentos absorvidos, mediante a transmutação, por que passam, no espírito que os assimila. Um sabedor não é um armário de sabedoria armazenada, mas um transformador reflexivo de aquisições digeridas.
de Rui Barbosa, em Orações aos Moços
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AGRADECIMENTOS Aos meus pais e aos meus avós, que me deram as bases da formação para a vida.
Ao Nuno e à pequena Laura que sempre estiveram ao meu lado, compartilhando e
alimentando meus ideais.
À Prof. Vera, minha orientadora, que além de acreditar em mim, sempre me incentivou.
Aos meus irmãos e aos meus amigos, pela amizade e pelo apoio nos momentos alegres e
nas horas difíceis.
À Universidade Federal de Santa Catarina, pela importância que representa perante a
sociedade, e pela profissional que me tornei fazendo parte desta instituição.
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SUMÁRIO
LISTAS DE QUADROS...................................................................................................... 6 LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... 7 LISTA DE SIGLAS ............................................................................................................. 8 RESUMO.............................................................................................................................. 9 ABSTRACT........................................................................................................................ 10 CAPITULO I - INTRODUÇÃO....................................................................................... 11
1.1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................................11 1.2 PROBLEMÁTICA ................................................................................................................................................12 1.3 OBJETIVOS ...........................................................................................................................................................12 1.4 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................................................13 1.5 METODOLOGIA ..................................................................................................................................................13 1.6 MÉTODO DE TRABALHO................................................................................................................................15 1.7 RELEVÂNCIA ......................................................................................................................................................16 1.8 LIMITAÇÕES ........................................................................................................................................................16 1.9 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................................................................17
CAPITULO 2 – A CONSTRUÇÃO CIVIL E A SEGURANÇA DO TRABALHO.... 18 2.1 A CONSTRUÇÃO CIVIL ...................................................................................................................................18 2.2 A SEGURANÇA DO TRABALHO...................................................................................................................26
CAPITULO 3 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS CRITÉRIOS.............................................................................................................. 49
3.1 MÉTODOS .............................................................................................................................................................49 3.2 FATORES GERENCIAS.....................................................................................................................................52 3.3 FATORES OPERACIONAIS .............................................................................................................................53 3.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA TOMADOS COMO BASE PARA A ELABORAÇÃO DESTE TRABALHO....................................................................................................................54 3.5 O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO.................................................................................................56
CAPITULO 4 – DESENVOLVIMENTO DOS CRITÉRIOS ..................................... 58 4.1 CRITÉRIOS PARA AVALIAR A SEGURANÇA .........................................................................................58 4.2 CRITÉRIOS PARA AVALIAR A SEGURANÇA A NÍVEL OPERACIONAL .....................................64
CAPITULO 5 – AS EMPRESAS EM ESTUDO ........................................................... 72 5.1 IDENTIFICAÇÃO DAS EMPRESAS .............................................................................................................72
CAPITULO 6 – ANÁLISE DOS RESULTADOS ......................................................... 75 6.1 FATORES GERENCIAIS ESPECIFÍCOS PARA PROMOVER A SEGURANÇA ................................75 6.2 FATORES OPERACIONAIS .............................................................................................................................78 6.3 COMENTÁRIOS...................................................................................................................................................83
CAPITULO 7 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS ESTUDOS........................................................................................................................... 87
7.1 CONCLUSÕES .....................................................................................................................................................87 7.2 CONTRIBUIÇÃO PARA A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO.................................................................88 7.3 RECOMENDAÇÕES ...........................................................................................................................................90
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 93 ANEXOS ........................................................................................................................... 97
ANEXO 1 - RESULTADO DA PESQUISA DE AVALIAÇÃO DOS FATORES GERENCIAIS ESPECÍFICOS PARA PROMOVER A SEGURANÇA ........................................................................................98 ANEXO 2 - RESULTADO DA PESQUISA DE AVALIAÇÃO DOS FATORES OPERACIONAIS .....106
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LISTAS DE QUADROS
Quadro 2.1: Número de acidentes de trabalho ocorridos no período 1971/1997 ........................... 37
Quadro 2.2: Acidentes de trabalho no Brasil no período entre 1998 e 2002 .................................. 38
Quadro 2.3: CNAE e grau de risco de acidente de trabalho ........................................................... 39
Quadro 2.4: Acidentes de trabalho registrados, por motivo, segundo a CNAE, no Brasil - 1999/2002 ................................................................................................................... 40
Quadro 2.5: Acidentes de trabalho registrados, por motivo, segundo a CNAE, na Região Sul - 1999/2002 .................................................................................................................. 40
Quadro 2.6: Acidentes de trabalho registrados, por motivo, segundo a CNAE, em Santa Catarina - 1999/2002 ..................................................................................................................41
Quadro 2.7: Percentual de evolução dos acidentes de trabalho registrados, por motivo, 1998/2002 ..................................................................................................................42
Quadro 2.8: Grupos com maiores incidências de acidentes em Santa Catarina em 2001 ............. 43
Quadro 2.9: Evolução dos acidentes na indústria da construção no Brasil nos anos de 1998, 1999 e 2000 .........................................................................................................................44
Quadro 2.10: Quantidade de acidentes do trabalho liquidados no Brasil e em Santa Catarina 1999/2000 ............................................................................................................... 45
Quadro 2.11: Quantidade de acidentes do trabalho liquidados no Brasil e em Santa Catarina 2001/2002 ............................................................................................................... 45
Quadro 3.1: Fatores gerenciais gerais e fatores gerenciais específicos de segurança ....................53
Quadro 3.2: Critérios de avaliação do Prêmio Shingo ..................................................................54
Quadro 3.3: Critérios de pontuação dos critérios do Prêmio Shingo segundo Hall et al. .... 55
Quadro 3.4: Critérios de avaliação de gestão de S&SO ...............................................................55
Quadro 3.5: Critérios de avaliação para verificar o estágio atual da organização ........................ 56
Quadro 4.1: Critérios de pontuação dos fatores gerenciais específicos para promover a segurança ..60
Quadro 4.2: Critérios de avaliação dos fatores gerenciais específicos para promover a segurança .. 60
Quadro 4.3: Critérios de avaliação da segurança segundo a NR 18 ............................................ 64
Quadro 5.1: Critérios das obras analisadas ...................................................................................73
Quadro 5.2: Etapas das obras ........................................................................................................73
Quadro 5.2: Etapas das obras analisadas .......................................................................................74
Quadro 6.1: Resultados da pesquisa de avaliação dos fatores gerenciais específicos para promover a segurança .............................................................................................................. 76
Quadro 6.2: Resultados da pesquisa de avaliação da segurança segundo a NR 18 .....................79
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LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1: Atitudes para o risco ..................................................................................... 28
Figura 3.1: Níveis hierárquicos e seus fundamentos teóricos inerentes ........................... 52
Figura 3.2: A estrutura variável para um estudo empírico ................................................ 52
Figura 6.1: Relação entre os fatores e a avaliação da segurança ...................................... 85
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LISTA DE SIGLAS
ABPA Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes CAT Comunicação de Acidente de Trabalho CAGED Cadastro Geral de Admitidos e Demitidos CCOHS Canadian Center of Occupational Health and Safety CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CLT Consolidação das Leis do Trabalho CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas DNIC Diagnóstico Nacional da Indústria da Construção EPC Equipamento de Proteção Coletiva EPI Equipamento de Proteção Individual FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FJP Fundação João Pinheiro HSE Health and Safety Executive IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INSS Instituto Nacional do Seguro Social ISRS International Safety Rating System MORT Management Oversight and Risk Tree MPAS Ministério da Previdência e Assistência Social MTb Ministério do Trabalho NR Norma Regulamentadora OHSAS Occupational Health and Safety Management Systems - Specification PBQP-H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente da Indústria da construção PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PIB Produto Interno Bruto PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PUC-PR Pontifícia Universidade Católica do Paraná RAIS Relação Anual de Informações Sociais RIN Risk Influence Network RPS Regulamento da Previdência Social SECONCI Serviço Social da Indústria da Construção Civil SESI Serviço Social da Indústria SFH Sistema Financeiro de Habitação SMORT Safety Management and Organisation Review Technique S&SO Segurança e Saúde Ocupacional
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RESUMO
Avaliar, desenvolver e diagnosticar a Segurança Ocupacional na Indústria da
Construção Civil, bem como em qualquer Organização Industrial, é essencial para que haja
uma melhoria neste sentido. Para tanto, será necessária uma investigação sistemática da
organização e dos procedimentos operacionais através de critérios adequados. Neste
contexto, foram gerados critérios de diagnóstico da Segurança do Trabalho à Construção
Civil. O presente trabalho mostra a aplicabilidade desses critérios em empresas desse ramo
na Grande Florianópolis/SC, nos quais incluem-se os fatores de gerenciamento para
promover a segurança ocupacional às organizações.
Palavras chaves: segurança ocupacional, construção civil, critérios, diagnóstico
10
ABSTRACT
To improve the Occupational Safety in the Civil Construction Industry, as in any
industrial organization it is essential to develop, analyze and evaluate the Occupational
Safety. To do this it will be necessary a systematic investigation of the organization and the
operational using developed and adequate criteria. In this context, we created diagnose
Safety criteria in Civil Construction. This paper shows the if the created diagnose of work
safety criteria, in which, the management factors are included, are applicable in Companies
of Civil construction located in Florianópolis (SC).
Key words: occupational safety, civil construction, criteria, evaluate
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CAPITULO I - INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
A Indústria da Construção é um dos importantes setores da economia de nosso
País, principalmente em função de empregar um grande contingente de mão-de-obra, tanto
direta como indireta (6,2% mão-de-obra nacional), SENAI (1995). No entanto, a realidade
da mão-de-obra empregada é uma característica importante do setor, onde não se encontra
especialização e, sim, um trabalho artesanal, comparado com outros setores. Suas
peculiaridades, que a diferenciam dos demais setores industriais, refletem em uma
estrutura complexa e dinâmica, na qual as condições de trabalho ainda são precárias.
Dentre as peculiaridades do setor em questão, salienta-se a descentralização das
atividades produtivas, uma vez que o produto gerado, normalmente único, é feito sob
encomenda e realizado no próprio local de seu consumo. A atividade produtiva do setor em
questão é desenvolvida nos canteiros de obras, longe da sede administrativa das empresas.
Apenas algumas empresas de grande porte possuem condições para estabelecer um
escritório próprio dentro de cada unidade produtiva.
Segundo Dalcul et al (2002), a organização e o controle do trabalho são difíceis
de serem mantidos, pelo fato de que a mão-de-obra empregada, que se movimenta ao redor
de um produto fixo (ao contrário do que acontece com a indústria de transformação), é
pouco qualificada, oriunda de vários outros setores industriais e da lavoura. Isto influencia
na rotatividade e, conseqüentemente, nas chances de promoções, o que repercute na
própria motivação do trabalhador e na qualidade do produto gerado.
A Construção Civil possui características próprias, o que torna difícil a adoção de
soluções padrões para a organização e desenvolvimento de várias atividades relativas à
proteção da integridade física dos trabalhadores, em função de diversos aspectos que são
peculiares a esse ramo da indústria. Poucas indústrias apresentam a diversidade de riscos
que a indústria da construção apresenta. Esses riscos têm maior repercussão em virtude das
condições de trabalho e dos aspectos específicos que apresenta a Construção Civil.
12
De acordo com dados publicados pelo DATAPREV (2003), 7,30% dos acidentes de
trabalho ocorridos no Brasil em 2002 foram no setor da construção. Neste mesmo ano,
este setor foi responsável por mais de 13% dos acidentes de trabalho fatais.
Os motivos acima expostos aliados a um aumento das atividades de construção têm
conduzido, muitas vezes, a um acréscimo da mão de obra, que não tem sido condizente
com as oportunidades que se apresentam para formar os trabalhadores, tanto no que se
refere a novas técnicas, como à Segurança e Saúde no Trabalho.
1.2 PROBLEMÁTICA
É possível reestruturar critérios para a diagnosticar a Segurança do Trabalho a
partir dos trabalhos de Tinmannsvik & Hovden (2002) e de Hall et al (2002), aplicando-os
à Construção Civil?
1.3 OBJETIVOS
Objetivo Geral
Este trabalho tem como objetivo geral reestruturar os critérios de diagnóstico e de
avaliação da Segurança Ocupacional no Setor da Construção Civil, a partir do enfoque
teórico apresentado por Tinmannsvik & Hovden (2002) e por Hall et al (2002) a nível
gerencial e a partir da NR 18 a nível operacional.
.
Objetivos Específicos
- Levantar os critérios “existentes” para avaliar a segurança na Construção Civil;
- Aplicar os critérios criados através de um estudo de caso em algumas empresas da
construção civil na Grande Florianópolis; e
- Analisar os critérios criados e verificar as relações existentes entre eles.
13
1.4 JUSTIFICATIVA
Este trabalho se justifica quando se analisa os dados fornecidos pelo DATAPREV
apontando o índice de acidentes de trabalho no setor formal. No ano de 2002 foram
totalizados 410.502 ocorrências, com 2.898 óbitos, sendo que 13% dos óbitos ocorreram
no setor da Construção Civil. Se for considerado a economia informal, que segundo
Carnier (2003) é desprovida de qualquer técnica estruturada de prevenção, provavelmente
o número de acidentados é muito superior aos dados conhecidos.
Além da perda irreparável de vidas, de acordo com o DATAPREV, em 2000, o
ônus aos setores públicos e privados foi de R$ 23,6 bilhões, equivalendo a 2,2% do PIB.
Deste montante, R$ 5,9 bilhões correspondem a benefícios acidentários e o restante é
despendido com assistência à saúde do acidentado, às indenizações, à recolocação no
mercado e às horas de trabalho perdidas.
Trabalhador saudável e qualificado significa empresa competitiva. Como já foi
visto anteriormente, existe queda no ritmo da produção quando não, interrupção da
produção e, conseqüentemente, queda da produtividade, custo de pessoal alocado para
investigação do acidente, contratação e capacitação de substituto, insumos e equipamentos
danificados no acidente, dentre outras conseqüências geradas em decorrência dos
acidentes.
No entanto, para reverter este quadro é necessário avaliar a Segurança
Ocupacional na Indústria da Construção Civil e, para isto, são necessários critérios de
diagnóstico e de avaliação da Segurança. Desta forma, será possível avaliar a situação da
organização e, preventivamente, adotar medidas para que o acidente possa ser evitado.
1.5 METODOLOGIA
1.5.1. Base Filosófica: Estruturalismo, no qual se busca estudar o processo em que as
variáveis estão envolvidas e, desse modo, maior importância se dá ao conhecimento do
próprio processo, em detrimento da relação entre variáveis, por exemplo, entender o
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porque da "água descer morro abaixo", estabelecendo-se uma estruturação do fenômeno
que serve de referencial para casos similares.
1.5.2. Método de Pesquisa: Descritivo, no qual se dá maior importância à descrição do
processo em que as variáveis se relacionam do que propriamente mostrar que esse
relacionamento ocorre em termos de causa(s) e efeito(s), ou seja, o foco é o de descrever o
fenômeno em si e os resultados do processo de estudo.
1.5.3. Caracterização da Pesquisa
1.5.3.1. Caráter da Pesquisa: Exploratória, na qual não se conhece muito bem sobre o
tema ou fenômeno objeto de pesquisa e, desse modo, possibilita obter-se um maior
conhecimento. Neste sentido, deve-se dizer que este tipo de pesquisa carece de maior
estruturação em termos de procedimentos técnico-teóricos, bem como de maior definição
de objetivos e clarificação de hipóteses. Os elementos norteadores da pesquisa exploratória
são questões de pesquisas, as quais são formulados com o intuito de conhecer-se os objetos
de estudo.
1.5.3.2. Tipificação da Pesquisa: Descritiva, em face de dar maior importância à
descrição do processo em que as variáveis se relacionam do que propriamente mostrar que
esse relacionamento ocorre em termos de causa(s) e efeito(s), ou seja, o foco é o de
descrever o fenômeno em si.
1.5.3.3. Profundidade da Pesquisa: Estudo de Caso, na qual tem-se como característica
principal ter baixa amplitude na coleta de dados e alta profundidade.
1.5.4. Técnicas da Pesquisa:
- Pesquisa de Literatura especializada;
- Observação;
- Entrevista; e
- Análise dos dados.
A metodologia proposta para o desenvolvimento deste trabalho é qualitativa de
caráter exploratório, com base em dados primários e secundários. Estes dados serão
levantados num estudo de caso dentro de empresas do ramo da Construção Civil.
15
O caráter qualitativo, segundo Richardson et al. (1999), difere em princípio do
quantitativo à medida que não emprega um instrumental estatístico como base do processo
de análise de um problema. A pesquisa qualitativa utiliza ferramentas lógicas e de
observação. A abordagem qualitativa do problema, além de ser uma opção do pesquisador,
justifica-se sobretudo, de acordo com Richardson et al. (1999), por ser uma forma
adequada para entender a natureza de um fenômeno social.
A Pesquisa Exploratória, segundo Gil (1995), visa proporcionar maior
familiaridade com o problema, visando torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Este tipo
de pesquisa envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema pesquisado, análise de exemplos que estimulem a
compreensão. Assume, como neste caso, as formas de pesquisas bibliográficas e estudo de
caso.
De acordo com Oliveira (2000), a Pesquisa Exploratória caracteriza-se como
ênfase dada à descoberta de práticas ou diretrizes que precisam ser modificadas e, na
elaboração de alternativas que possam ser substituídas. São utilizados neste trabalho dados
primários e secundários. Segundo Mattar (1994), os dados primários são aqueles que não
foram antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisados, e que são coletados com o
propósito de atender as necessidades específicas da pesquisa em andamento. Por outro
lado, os dados secundários são aqueles que já foram coletados e, às vezes, até analisados, e
que estão catalogados à disposição dos interessados.
1.6 MÉTODO DE TRABALHO
Este trabalho é constituído de um estudo do material bibliográfico no que se refere
à Construção Civil e Segurança do Trabalho. Artigos e estudos foram analisados em busca
de base para o desenvolvimento de critérios de análise e desenvolvimento da segurança do
trabalho.
Critérios para avaliar os fatores gerenciais específicos para promover a segurança
e fatores operacionais baseados na NR 18 foram criados. Estes critérios têm o objetivo de
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avaliar a Segurança Ocupacional no Setor da Construção e para que a partir dos resultados
então as empresas possam criar subsídios para possíveis melhorias. Os critérios em questão
foram aplicados em seis empresas de construção civil da Grande Florianópolis/SC.
Nestas seis organizações foi realizado um trabalho de entrevista e verificação de
documentos numa primeira etapa. Esta etapa foi realizada na sede de cada empresa. Na
seqüência, realizou-se a aplicação dos critérios operacionais segundo a NR 18 em uma
obra de cada uma das seis empresas em estudo, através de check list verificou-se as
condições do canteiro de obras.
Na última etapa desse trabalho, os dados foram analisados e alguns comentários
realizados com base na pesquisa.
1.7 RELEVÂNCIA
Com este trabalho se espera uma contribuição no sentido de evidenciar os
problemas com que as empresas se deparam em relação a segurança dos trabalhadores
dentro de seus canteiros de obras. Espera-se, ainda, que os objetivos traçados no projeto
tenham sido atingidos e que, de posse dos resultados obtidos através das informações
coletadas, possam ser traçadas estratégias eficazes e eficientes em benefício dos
trabalhadores e das organizações.
1.8 LIMITAÇÕES
Este trabalho não tem a pretensão de esgotar o assunto, no entanto o mesmo
apresenta as seguintes limitações:
- Base Qualitativa;
- Estudo de Caso, menor abrangência; e
- Análise de apenas uma fase de cada obra em estudo.
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1.9 ESTRUTURA DO TRABALHO
Para alcançar o objetivo proposto, o trabalho foi executado em três fases: na
primeira, aprofundaram-se as noções e especificações teóricas e históricas sobre a
construção civil e a segurança dentro dos canteiros de obras e, fez-se um estudo dos
critérios utilizados para avaliar e controlar a Segurança do Trabalho através de revisão
bibliográfica; na segunda, coletaram-se dados secundários e primários através de
levantamento de dados em empresas da Construção Civil. Por último, com auxílio das
especificações desenvolvidas inicialmente, foram analisados e interpretados os resultados
obtidos na segunda fase.
Com o objetivo de apresentar o trabalho, foi adotada a seguinte estrutura:
- capítulo 1: constituído por Introdução, Objetivos, Limitações do Trabalho,
Estrutura do Trabalho, Metodologia e Relevância;
- capítulo 2: apresenta um histórico da Construção Civil no contexto Nacional,
seguido de uma caracterização do setor, seus processos e trabalhadores. E
numa segunda parte traz a evolução da Segurança do Trabalho com seus
conceitos e por fim uma estatística dos Acidentes de Trabalho ocorridos na
Indústria da Construção registrados junto ao INSS;
- capítulo 3: apresenta uma revisão bibliográfica dos critérios utilizados para
diagnosticar a Segurança do Trabalho;
- capítulo 4: neste capítulo serão desenvolvidos e adaptados os critérios para
avaliar, desenvolver e diagnosticar a Segurança do Trabalho;
- capítulo 5: caracterização das empresas;
- capítulo 6: neste capítulo serão apresentados os resultados da aplicação, nas
empresas em estudo, dos critérios desenvolvidos no capítulo 4 e sua análise;
e,
- capítulo 7: apresentação das conclusões e recomendações para futuros
estudos. E por último finalizando a dissertação, as referências bibliográficas.
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CAPITULO 2 – A CONSTRUÇÃO CIVIL E A SEGURANÇA DO TRABALHO
2.1 A CONSTRUÇÃO CIVIL
2.1.1 A Construção Civil no Contexto Nacional
Com o crescimento capitalista no pós-guerra, o Estado brasileiro traçou uma
estratégia visando superar o subdesenvolvimento e inserir o País no sistema econômico
mundial, através da industrialização nacional e da internacionalização do capital. A partir
da crise de 1929, efetivou-se a mudança do modelo agro-exportador para o modelo de
desenvolvimento industrial através da substituição de importações e determinou um
redirecionamento do eixo da economia.
Durante a administração de Juscelino Kubistschek (1956/1961) houve uma
crescente industrialização, principalmente nos setores automobilístico, construção naval,
máquinas e equipamentos. Em relação ao espaço ocupado pelo capital nacional, neste
período de desenvolvimento industrial no Brasil, Ohlweiler (1986) salienta que a proteção
ao capital privado interno se fez sentir na forma de incentivos de bens de capital. O capital
privado ainda ficou com o domínio quase exclusivo dos setores não-manufatureiros, como
a indústria da construção pesada, e, além disso, beneficiou-se grandemente da demanda de
bens de consumo não-duráveis.
Em 1984, a Fundação João Pinheiro (FJP) realizou um Diagnóstico Nacional da
Indústria da Construção (DNIC) e ressaltou a presença do capital privado interno no setor
da indústria da construção pesada e sua subordinação às políticas e demandas públicas.
“Do mercado derivado do Programa de Metas puderam usufruir as empresas de capital
nacional do subsetor de Construção Pesada, que encontraram aí condições ideais de se
consolidarem e caminharem para a transformação em grandes empresas, capitalizando-se e
absorvendo tecnologia moderna, ficando assim, fortemente atrelados à demanda pública. O
Programa de Metas, assim, pode ser colocado, indiscutivelmente, como o grande marco da
consolidação e desenvolvimento da Indústria da Construção no Brasil, particularmente de
seus segmentos de construção pesada e montagem industrial” (FJP 1984:37/38, apud SESI
1998).
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A importância conferida ao setor da Construção Civil, enquanto espaço de
investimento e controle do capital nacional, segundo SESI (1998), pode ser observada
durante o governo Kubistschek, verificando-se o volume de obras públicas, especialmente
a abertura de estradas em direção ao interior do país e a construção de Brasília.
A crise econômica dos anos 60 teve reflexos diretos na Construção Civil, uma vez
que esgotou a capacidade financeira de investimentos do setor público para este ramo da
indústria. Segundo Ohlweiler (1986), os efeitos da crise econômica sobre a Construção
Civil foram profundos, a taxa média anual de expansão do PIB caiu para menos da metade,
entre os anos de 1962 e 1967 e, o nível de atividade da Construção Civil sofreu redução em
termos absolutos.
A Construção Civil, mesmo sofrendo as repercussões negativas da crise,
continuou desempenhando importantes funções para o reequilíbrio socioeconômico do
País. De acordo com o FJP (1984, aput SESI 1998), a desaceleração do crescimento
econômico a partir de 1962 e o aprofundamento da recessão em 1965/1966, devido à
política antiinflacionária, fez com que o subsetor de Edificações desempenhasse o papel de
absorvedor de emprego urbano e do êxodo rural, contribuindo para a retomada do
crescimento econômico.
A economia inicia sua recuperação, e mantém um processo de significativa
expansão, somente durante o período compreendido entre os anos de 1967 e 1973, no
chamado “milagre brasileiro”.
Após este período de estagnação, foram necessárias medidas de política pública
para que o sistema produtivo se ajustasse a nova realidade e que se efetivasse o
crescimento industrial. Ao longo desse processo, ocorreu a dinamização do subsetor de
Edificações garantida pelo Sistema Financeiro de Habitação - SFH, que tinha como sua
principal fonte de recursos, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS.
De acordo com SESI (1998), nos anos 80 houve uma nova desaceleração no setor
da Construção Civil. A diminuição dos investimentos dos setores públicos e privados
gerou a elevação do nível de desemprego, queda das taxas de salários reais e a retração da
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demanda para o mercado imobiliário. Situação esta que se configurou durante a primeira
metade da década. A partir de então, o quadro recessivo da nossa economia agravou-se
ainda mais, o que obrigou o governo Sarney (1986/1990) a priorizar programas de
estabilização econômica, com a aplicação de vários planos. Planos estes (Cruzado I,
Cruzado II, Bresser e Verão), que visaram conter a inflação, mas que na prática, se
mostraram ineficazes e acabaram por conduzir a economia nacional à estagnação.
Na ciranda financeira que se seguiu, observaram-se altas taxas de lucro no
mercado financeiro, ao lado de uma queda acentuada do PIB. Segundo o IBGE, no biênio
de 1989/1990, o PIB decresceu 4,60%, sendo que o conjunto dos setores industriais
registrou uma queda de 8,62%, onde a indústria de transformação decresceu 9,50% e a da
construção obteve o pior índice: 12,35%.
Diante do exposto, verifica-se que, a Construção Civil é o ramo da indústria mais
suscetível às variações da política econômica nacional. De acordo com o SESI (1998), a
Fundação João Pinheiro (FJP), em seu Diagnóstico Nacional da Indústria da Construção
editado em 1984, concluiu que “enquanto as taxas de crescimento do PIB, por exemplo,
variaram entre 1948 a 1981, dentro de uma faixa cujo limite inferior foi de –1,9%,
alcançado em 1981 e o limite superior de +14,0% atingido em 1973, a renda interna da
Construção conheceu seu pior desempenho em 1965, quando caiu 24,0% e o seu melhor
em 1969, quando cresceu 16,6%, o que significa um campo de variação de 40,6 pontos de
percentagem, muito superior ao da economia brasileira em seu conjunto, de apenas 15,9
pontos.”
Nos momentos de expansão econômica, há um crescimento considerável no nível
de empregos, aumento de salário médio e da renda per capita, e uma das conseqüências
deste processo é a elevação dos recursos captados pelo SFH, seja através dos depósitos do
FGTS, seja mediante recursos disponíveis nas cadernetas de poupança. Com isso, dá-se a
expansão da Construção Civil no subsetor de Edificações Residenciais.
Entretanto, nos momentos de crise que resultam na queda da renda per capita, da
taxa média de salários e dos níveis de emprego, dá-se o movimento inverso ao observado
no período de expansão com conseqüências diretas para a Construção Civil. Os recursos do
21
SFH dependem do nível de renda e do emprego, e são afetados. Caem os depósitos do
FGTS e aumentam os saques, os depósitos de poupança também são afetados, e com isso o
segmento de Edificações da Indústria da Construção é imediatamente afetado.
Deste modo, observa-se que a Construção Civil sofre reflexo das oscilações da
economia e das políticas públicas. Este processo vem se configurando historicamente
desde a década de 50, e adquire contornos mais profundos em virtude do agravamento da
crise econômica.
2.1.2 Caracterização da Construção Civil
O ramo da indústria comumente denominado “Construção Civil” agrega um
conjunto de atividades complexas, ligadas entre si por uma gama diversificada de produtos,
cujos processos produtivos e de trabalho mantêm elevado grau de originalidade e se
vinculam a diferentes tipos de demanda.
Em geral, o termo “Construção Civil” refere-se, na maioria dos casos, apenas ao
subsetor Edificações. A RAIS (MTb, 1987) aponta a existência dos seguintes subsetores:
1) edificações; 2) obras de saneamento e terraplenagem; e 3) obras de arte. Já o SESI
(1998) relata que o Diagnóstico Nacional da Indústria da Construção editado pela
Fundação João Pinheiro, editado em 1984, subsetoriza da seguinte forma: 1) edificações;
2) construção pesada; e 3) montagem industrial.
O subsetor Edificações refere-se à construção de edifícios residenciais, comerciais
e industriais, públicos ou privados, realizada por empresa de grande, médio e pequeno
porte. O subsetor da construção Pesada abarca a construção de infra-estrutura viária urbana
e industrial, de obras de arte, de saneamento, de barragens hidrelétricas, dutos, túneis,
superestrutura ferroviária e obras de tecnologia especial. O último subsetor apontado é o de
Montagem Industrial, ou seja, montagem de estruturas mecânicas, elétricas e
hidromecânicas para a instalação de indústria.
De acordo com Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE
(Manual de Legislação Atlas, 2000), a Indústria da Construção está subdivida em:
22
45.1 preparação do terreno;
45.2 construção de edifícios e obras de engenharia civil;
45.3 obras de infra-estrutura para engenharia elétrica, eletrônica e engenharia
ambiental;
45.4 obras de instalações;
45.5 obras de acabamentos e serviços auxiliares da construção; e
45.6 aluguel de equipamentos de construção e demolição com operários.
Esta classificação tráz mais uma sub-divisão, que servem para analisar aspectos
particulares do setor e pode ser visualizada no quadro 2.3.
2.1.3 Definição Operacional do Setor
Existem nítidas diferenças entre o setor da Construção civil e os demais setores da
produção industrial. Uma das principais características, segundo Assumpção (1999), é a
descentralização das atividades produtivas. Esta característica pode ser observada pelo
caráter “nômade” do setor. A fábrica vem, produz, deixa o produto e vai embora. Desta
maneira, as sedes das empresas desenvolvem prioritariamente, atividades administrativas, e
os canteiros apresentam-se desvinculados.
Outra característica peculiar da Construção Civil, de acordo com Assumpção
(1999), é a descontinuidade das atividades produtivas. Segundo Moraes (1986), este
processo se define pela intensa fragmentação da produção em etapas e fases
predominantemente sucessivas e que contrasta com os processos contínuos da indústria de
transformação.
Além disso, a dinâmica desta produção, a habilidade e a destreza do trabalhador
são partes fundamentais do processo. O conjunto de tarefas realizado pelo trabalho manual
se constitui na “mola mestra” do processo produtivo, mesmo onde o desenvolvimento
tecnológico foi mais incisivo e imprimiu maior dinamismo ao ritmo da produção.
A Construção Civil apresenta estágios diferenciados de desenvolvimento
tecnológico. De acordo com Grandi (1985), a natureza descontínua da produção de um
bem singular, na maioria das vezes heterogêneo e não-reprodutivo, dificulta a introdução
23
de máquinas e equipamentos a qual se realiza prioritariamente na atividade pesada. Isto é,
os produtos da Construção Civil satisfazem necessidades diferentes. Logo, torna-se
inviável a padronização do produto final, ao contrário do que ocorre com a produção em
série.
A subcontratação de empresas especializadas para a execução de certas etapas do
processo produtivo é outro elemento típico do setor. As características da Construção Civil
determinam as formas de organização da mão-de-obra empregada no setor.
2.1.4 Os Trabalhadores da Construção Civil
Sobre a mão-de-obra da construção civil, um dos trabalhos realizados é a análise
realizada por Marta Farah em sua tese de doutoramento em Sociologia. Farah (1992) cita
que a "incapacidade" da indústria da construção é vinculada ao "atraso tecnológico" do
setor. O progresso técnico é visto como um dos elementos centrais do processo histórico
que possibilitou, em outros ramos industriais, o aumento da produtividade e a redução de
custos, elementos característicos da produção de bens de consumo de massa.
Sobre isso, Farah destaca que em relação ao processo de trabalho da construção,
persiste uma produção de base manufatureira, na qual parte significativa do controle do
processo de trabalho permanece com o trabalhador. A base da organização do trabalho no
setor é a estrutura de ofícios. A forma como o desenvolvimento da construção se deu no
país acabou por comprometer o saber de ofício, articulador do processo de trabalho no
canteiro: este desenvolvimento implicou uma "desqualificação" crescente dos
trabalhadores, sem transferência deste "saber" para a gerência, para o capital, a exemplo do
ocorrido em outros setores.
Grandi (1985) afirma que a formação profissional ocorre durante a execução das
obras, em decorrência das relações de trabalho entre operários mais qualificados como
mestres e encarregados e operários menos qualificados como serventes e ajudantes. Marta
Farah, ainda, destaca, o fato de que o "saber fazer" da construção civil concentra-se nas
mãos dos operários, já que os engenheiros desempenham o papel de meros administradores
dentro da obra, que apenas apontam os defeitos, mas raramente ensinam como fazer o
trabalho de maneira melhor. Farah (1992), diz ainda: "a habilidade do trabalhador, o saber
24
de que é detentor, é adquirido no próprio canteiro de obras, o que eqüivale a dizer que a
sua formação se dá no interior da própria força de trabalho".
O problema gerado pela não absorção do "saber fazer" pelo sistema, já tem sido
notado nos canteiros de obra. Os antigos mestres e pedreiros já estão se tornando raros e
não estão deixando herdeiros, já que uma das características dos operários da construção, é
que a maioria está realizando aquele tipo de serviço por falta de opção.
O perfil da classe de trabalhadores da construção civil, segundo o Diagnóstico da
Mão-de-Obra da Construção Civil, editado pelo SESI - Departamento Nacional em 1998,
se caracteriza por:
a) apresentar trabalhadores predominantemente do sexo masculino, em sua maioria na
faixa etária de 26 a 35 anos;
b) predominância de pessoas casadas ou que vivem em união consensual estável
(60,62%). Entre os trabalhadores da Construção Civil, 36,56% afirmam não ter filhos;
c) média de 3 dependentes;
d) freqüência de migração interestadual e intermunicipal;
e) apresentar baixo grau de escolaridade - aproximadamente 60% dos operários não
completaram o primeiro grau e, em torno de 20%, não possui nenhuma instrução, uma
vez que o critério de admissão é a força física;
f) elevada rotatividade; e
g) receber baixos salários e realizar horas extras com freqüência.
Os trabalhadores da Construção Civil apresentam baixo nível de escolaridade e
precária formação profissional, vislumbrado na Construção civil o único local possível
para venda de sua força de trabalho, segundo Grandi (1985).
Na verdade, a rotatividade da mão-de-obra na Construção Civil deve ser
observada como um fenômeno que decorre, principalmente, das próprias relações de
trabalho. Outras dimensões importantes que acabam por influir na rotatividade referem-se
às condições de trabalho nos canteiros de obras e o relacionamento entre supervisores e
operários. Segundo Grandi (1985), condições de trabalho refere-se aos itens relativos à
25
qualidade de vida no canteiro de obras até o fornecimento de EPI’s e ferramentas
necessárias ao processo produtivo.
2.1.5 O Processo de Trabalho na Construção Civil
De acordo com Assumpção (1999), um aspecto observado no setor é a defasagem
tecnológica em relação a outras indústrias, ou seja, o processo de trabalho na Construção
Civil possui características de manufatura. Farah (1992) considera que ocorrem mudanças
na área tecnológica, na construção civil, mas essa não tem ocorrido com o mesmo ritmo
que em outros setores. Ou seja, a indústria da construção não se desenvolveu de forma
homogênea e linear como o setor fabril, por exemplo.
Essa modernização dos demais setores, não ocorrida na construção civil, é
decorrente de características específicas do processo de trabalho. Um exemplo é
variabilidade de produtos, o qual impõe limites à padronização, à produção em série e a
repetitividade.
O canteiro de obras, espaço onde ocorrem as etapas da construção, coincide ainda
com unidade produtiva e o produto final. Ele é planejado de forma a facilitar o controle dos
trabalhadores pela direção da empresa construtora. Misturam-se atividades hierarquizadas
e funções técnico-produtivas. O canteiro é ainda local de moradia e ainda lazer para alguns
operários, logo "locus" de produção, sofrimento e prazer, visto de forma dialética na
contradição cotidiana da vida.
Os acidentes de trabalho, freqüentes na construção civil, são vistos de várias
formas pelos operários, mas eles conseguem visualizar que estes vêm em decorrência de
um processo produtivo desgastante. Munis (1993) aponta como vários os fatores que
convergem para a ocorrência dos acidentes, entre eles: número de riscos presentes nas
etapas de uma obra; condições de vida inadequada (alimentação, moradia, transporte etc.);
o descaso das empresas com higiene e segurança. Ainda em relação aos referidos eventos,
Muniz (1993), baseado nos estudos feito por Cru e Dejours, vem nos alertar sobre as
implicações das formas rígidas de organização do trabalho, que não deixa espaço para o
uso das regras de oficio, desarticula o coletivo de trabalho, e ainda, influencia a não
26
utilização dos saberes de prudência. Isto vem contribuir para ocorrência dos referidos
acidentes.
No processo de trabalho da construção civil identificam-se diversos riscos aos
quais os trabalhadores estão sujeitos. Assumpção (1999) cita alguns desses riscos: Físicos
(calor, ruído); Químicos (partículas, vapores, líquidos); Ergonômicos (posição incômoda,
trabalho físico pesado); Biológicos (microorganismos, parasitas, tóxicos); e Psíquicos
(supervisão, periculosidade do trabalho). E também, os vários riscos presentes no processo.
Os operários são submetidos a cargas associadas, o que propicia maior gravidade e
aumento no número de riscos de acidentes, o que tem efeito imediato e/ou cumulativo. A
maioria dos agravos e patologias estão presentes em quase todas as ocupações da
construção civil, e é observado neles um desgaste acelerado, associado às próprias
condições precárias de sobrevivência, fora do trabalho.
2.2 A SEGURANÇA DO TRABALHO
2.2.1 A Segurança do Trabalho e seus Conceitos
A Segurança do Trabalho foi regulamentada em 1978, através da portaria 3214/78
do Ministério do Trabalho, e a Constituição Federa, de 1988, em seu art. 196, garante o
direito à saúde a todos os cidadãos por meio de medidas que visem a redução do risco de
doenças e outros agravos, além de acesso e ações para a sua proteção e recuperação. A
Segurança do Trabalho pode ser então definida como “o conjunto de recursos e técnicas
aplicadas preventiva ou corretivamente, para a proteção do homem dos riscos de acidentes
oferecidos num processo de trabalho ou realização de uma tarefa” (www.senado.gov.br/
bdtextual/const88/const88.htm).
Do ponto de vista prevencionista, segundo Cardoso (2000), acidente de trabalho é
toda ocorrência inesperada, que interrompe ou interfere no processo normal de uma
atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores, e/ou danos
materiais. No ponto de vista legal, de acordo com a Lei 8.213/91 e o Decreto 3.048/99,
define-se como Acidente de Trabalho aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a
serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando
27
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho, são os chamados acidentes
típicos.
De acordo com a Previdência Social (www.previdenciasocial.gov.br), equipara-se,
ainda, ao acidente do trabalho:
“I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para perda ou redução de sua
capacidade para o trabalho, ou que tenha produzido lesão que exija atenção médica para a
sua recuperação;
II – o acidente sofrido pelo segurado no local e horário de trabalho, em
conseqüência de ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho; ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de
disputa relacionada com o trabalho; ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de
terceiro, ou de companheiro de trabalho; ato de pessoa privada do uso da razão;
desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior;
III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício
de sua atividade;
IV – o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de
trabalho, na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito; em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando
financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do
segurado; no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.”
São considerados também como acidente de trabalho, para fins previdenciários, a
doença profissional e a doença do trabalho. A Doença Profissional é a produzida ou
desencadeada pelo exercício do trabalho, peculiar a determinada atividade constante do
Anexo II do Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de
06/05/1999. Enquanto que, a doença do trabalho, é a adquirida ou desencadeada em função
28
das condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
desde que constante do Anexo citado anteriormente.
Em caso excepcional, constatando-se que a doença não está incluída na relação
constante do anexo II, mas se relaciona diretamente com o trabalho executado, a
Previdência social deve equipará-la a acidente de trabalho (www.previdenciasocial.gov.br).
A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho ocorrido com seu empregado,
havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência
e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável
entre o limite mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente
aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada na forma do artigo 286 do Regulamento
da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6.5.1999.
Os riscos de ocorrência de acidentes variam para cada ramo de atividade, em
função de tecnologias utilizadas, condições de trabalho, capacitação da mão de obra,
medidas de segurança adotadas, características das atividades desenvolvidas, dentre outros.
A natureza do risco profissional, segundo Bedrikow, Baumecker e Buschinelli (1996,
apud, www.mpas.gov.br, 2003), “... compreende agentes mecânicos que em geral
produzem efeitos de forma súbita e lesões do tipo traumáticos – acidente de trabalho – e
agentes físicos, químicos e biológicos, causadores de doenças profissionais. Acrescentam-
se os riscos ergonômicos, com importância crescente, fatores psicossociais com
repercussão em especial sobre a a saúde mental dos trabalhadores. Mudanças nas
tecnologias e nas formas de organização do trabalho, informatização, descaracterização da
empresa como único local de trabalho e trabalho em domicílio, criam novas formas de
risco...”
Segundo Puybaraud et al. (1999), os riscos de ocorrência de acidentes de trabalho
podem ser minimizados a partir de algumas atitudes gerencias dentro da organização. A
figura 2.1, apresenta estas atitudes.
29
Figura 2.1: Atitudes para o Risco
Fonte: Puybaraud et al. (1999)
As conseqüências de um acidente de trabalho segundo a Previdência Social
(www.mpas.gov.br) podem ser categorizadas em:
– Simples Assistência Médica - atendimento médico seguido da pronta
recuperação do segurado para o exercício da atividade laborativa, não
gerando, portanto benefício previdenciário;
– Incapacidade Temporária - o segurado fica afastado do trabalho por um
período, até que este esteja apto para retornar a sua atividade profissional:
- com Afastamento Inferior a 15 dias - não gera pagamento de
beneficio pelo INSS, sendo que a cobertura financeira (remuneração
salarial) desse período é de responsabilidade do empregador;
- com Afastamento Superior a 15 dias - neste caso é gerado um
beneficio pecuniário, o auxilio doença por acidente de trabalho, pago
pelo INSS, a partir do 16o dia;
– Incapacidade Permanente - o segurado fica incapacitado de exercer a
atividade profissional que exercia quando sofreu o acidente:
- Parcial - o segurado recebe uma indenização pela incapacidade
sofrida, mas é considerado apto para o desenvolvimento de outra
atividade profissional;
Riscos
Segurança da Obra
Noção de Risco
Gerenciar
Ambiente de Projeto
Cultura
Monitorar a Segurança
Gerenciar os Riscos
Prevenção
Controlar os Riscos
Promover a Segurança
30
- Total - o segurado fica impossibilitado de exercer qualquer atividade
profissional e passa a receber uma aposentadoria por invalidez;
– Óbito - o segurado falece em função do acidente de trabalho.
A responsabilidade pela vida e saúde no trabalho, segundo Abreu & Cheade
(2002), recai no trinômio estado-empresa-trabalhador, uma vez que os efeitos dos
acidentes de trabalho, são decorrentes da interação dos três elementos. No entanto, o
significado dos acidentes para cada um desses elementos é diferente. Para:
- o trabalhador é o aspecto humano, que deve ser o fator fundamental para
prevenção, porque lesões, quer sejam temporárias ou permanentes causam o
sofrimento físico e moral da vítima e de seus familiares;
- a empresa é como fonte de constantes aborrecimentos, devido as
implicações legais, reclamatórias trabalhistas, deficiência na produção pela
ausência do trabalhador acidentado; e
- o estado é o entrave ao plano de desenvolvimento sócio econômico do país,
pela mutilação dos trabalhadores, pelos gastos com assistência médica e
reabilitação destes, e pelas indenizações e pensões pagas aos acidentados e
suas famílias.
Para que o trabalhador tenha condições mínimas de saúde, higiene e segurança,
são fixadas normas, como no caso da Construção, a NR 18 “Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Indústria da Construção”, que tem seu campo de atuação em todo o meio
ambiente de trabalho deste setor, e sem restrições ao tipo de obra (Segurança e Medicina
do Trabalho, 2000).
2.2.2 Evolução da Segurança do Trabalho
As atividades laborativas nasceram com o homem. Pela sua capacidade de
raciocínio e pelo seu instinto gregário, o homem conseguiu, através da história, criar uma
tecnologia que possibilitou sua existência no planeta (http:/www.geocites.com/Athens/
Troy/8084/historia.htm).
31
Uma revisão dos documentos históricos relacionados à Segurança do Trabalho
permitirá observar muitas referências a riscos do tipo profissional mesclados aos
propósitos do homem de lograr a sua subsistência. Na antiguidade, a quase totalidade dos
trabalhos era desenvolvida manualmente - uma prática que se encontra em muitos
trabalhos dos dias atuais, a exemplo da Construção Civil. Os dados a seguir foram
extraídos dos sites (http:/www.geocites.com/Athens/Troy/8084/historia.htm) e
(http://www.abho.com.br/caixa_de_ferramentas/000.htm).
Hipócrates, em seus escritos que datam de quatro séculos antes de Cristo, fez
menção à existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos (intoxicações por chumbo).
Plínio Secundus (Plínio, o Velho), que viveu antes do advento da era Cristã,
descreveu diversas moléstias do pulmão entre mineiros e envenenamento advindo do
manuseio de compostos de enxofre e zinco.
Galeno, que viveu no século II, fez várias referências a moléstias profissionais
entre trabalhadores das ilhas do Mediterrâneo.
Agrícola e Paracelso investigaram doenças ocupacionais nos séculos XV e XVI.
Georgius Agrícola, em 1556, publicava o livro "De Re Metallica", onde foram
estudados diversos problemas relacionados à extração de minerais argentíferos e auríferos,
e à fundição da prata e do ouro. Esta obra discute os acidentes do trabalho e as doenças
mais comuns entre os mineiros, dando destaque à chamada "asma dos mineiros". A
descrição dos sintomas e a rápida evolução da doença parecem indicar sem sombra de
dúvida, tratarem de silicose.
Em 1697, surge a primeira monografia sobre as relações entre trabalho e doença
de autoria de Paracelso: "Von Der Birgsucht Und Anderen Heiten". São numerosas as
citações relacionando métodos de trabalho e substâncias manuseadas com doenças.
Destaca-se que em relação à intoxicação pelo mercúrio, os principais sintomas dessa
doença profissional foram por ele assinalados.
Em 1700, era publicado na Itália, um livro que iria ter notável repercussão em
todo o mundo. Tratava-se da obra "De Morbis Artificum Diatriba" de autoria do médico
Bernardino Ramazzini que, por esse motivo, é cognominado o "Pai da Medicina do
32
Trabalho". Nessa importante obra, um verdadeiro monumento da saúde ocupacional, são
descritas cerca de 100 profissões diversas e os riscos específicos de cada uma. Um fato
importante é que muitas dessas descrições são baseadas nas próprias observações clínicas
do autor, o qual nunca esquecia de perguntar ao seu paciente: "Qual a sua ocupação?".
Devido a escassez de mão de obra qualificada para a produção artesanal, o gênio
inventivo do ser humano, encontrou na mecanização, a solução do problema. Partindo da
atividade predatória, evoluiu para a agricultura e pastoreio, alcançou a fase do artesanato e
atingiu a era industrial.
Entre 1760 e 1830, ocorreu na Inglaterra, a Revolução Industrial, marco inicial da
moderna industrialização que teve a sua origem com o aparecimento da primeira máquina
de fiar. Até o advento das primeiras máquinas de fiação e tecelagem, o artesão fôra dono
dos seus meios de produção. O custo elevado das máquinas não mais permitiu ao próprio
artífice possuí-las. Desta maneira, os capitalistas antevendo as possibilidades econômicas
dos altos níveis de produção, decidiram adquirí-las e empregar pessoas para fazê-las
funcionar. Surgiram assim, as primeiras fábricas de tecidos e, com elas, o Capital e o
Trabalho.
Somente com a revolução industrial, é que o aldeão, começou a agrupar-se nas
cidades. Deixou o risco de ser apanhado pelas garras de uma fera, para aceitar o risco
de ser apanhado pelas garras de uma máquina.
A introdução da máquina a vapor, sem sombra de dúvida, mudou integralmente o
quadro industrial. A indústria que não mais dependia de cursos d'água, veio para as grandes
cidades, onde era abundante a mão de obra.
Condições totalmente inóspitas de calor, ventilação e umidade eram encontradas,
pois as "modernas" fábricas nada mais eram que galpões improvisados. As máquinas
primitivas ofereciam toda a sorte de riscos, a as conseqüências tornaram-se tão críticas que
começou a haver clamores, inclusive de órgãos governamentais, exigindo um mínimo de
condições humanas para o trabalho.
33
A improvisação das fábricas e a mão de obra constituída não só de homens, mas
também de mulheres e crianças, sem quaisquer restrições quanto ao estado de saúde,
desenvolvimento físico passaram a ser uma constante. Nos últimos momentos do século
XVIII, o parque industrial da Inglaterra passou por uma série de transformações as quais,
se de um lado proporcionaram melhoria salarial dos trabalhadores, de outro lado, causaram
problemas ocupacionais bastante sérios.
O trabalho em máquinas sem proteção, o trabalho executado em ambientes
fechados onde a ventilação era precária e o ruído atingindo limites altíssimos, a
inexistência de limites de horas de trabalho trouxeram como conseqüência elevados índices
de acidentes e de moléstias profissionais.
Na Inglaterra, França e Alemanha a Revolução Industrial causou um verdadeiro
massacre a inocentes e os que sobreviveram foram tirados da cama e arrastados para um
mundo de calor, gases, poeiras e outras condições adversas nas fábricas e minas. Esses
fatos logo se colocaram em evidência pelos altos índices de mortalidade entre os
trabalhadores e, especialmente, entre as crianças. A sofisticação das máquinas, objetivando
um produto final mais perfeito e em maior quantidade, ocasionou o crescimento das taxas
de acidentes e, também, da gravidade desses acidentes.
De acordo com Cardoso (2000), foi devido a esta situação que se criou no
Parlamento Britânico, sob a direção de Sir Robert Peel, uma comissão de inquérito, após
longa e tenaz luta, conseguiu que em 1802 fosse aprovada a primeira lei de proteção aos
trabalhadores: a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia o limite de 12
horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavar as
paredes das fábricas duas vezes por ano e tornava obrigatória a ventilação destas. Esta lei
foi seguida por leis complementares surgidas em 1819, pouco eficientes devido à forte
oposição dos empregadores.
Em 1831, uma comissão parlamentar de inquérito elaborou um cuidadoso
relatório que concluía que os trabalhadores estavam com a vida arruinada, um quadro vivo
da crueldade do homem com o homem, uma impiedosa condenação dos que detinham o
poder e que abandonaram os fracos à capacidade dos fortes. O impacto deste relatório
34
sobre a opinião pública foi enorme, que em 1833, foi baixado o “Factory Act, 1833”, que
deve ser considerado como a primeira legislação realmente eficiente no campo da proteção
ao trabalhador.
A partir de então, outras medidas como estas foram sendo tomadas, e em 1844
instituiu-se para as mulheres jornada diária de 10 horas, e a jornada de trabalho para os
homens, foi fixada em 12 horas, em 1850.
Em 1877, na Suíça e em 1883 na Alemanha, surgiram as primeiras leis contra
acidentes de trabalho.
Pouco a pouco, a legislação foi se modificando até chegar à teoria do risco social:
o acidente do trabalho é um risco inerente à atividade profissional exercida em benefício de
toda a comunidade, devendo esta, por conseguinte, amparar a vítima do acidente.
No Brasil, pode-se fixar por volta de 1930, a nossa revolução industrial e, embora
já existisse a experiência de outros países, em menor escala, é bem verdade, o País
atravessou os mesmos percalços, o que fez com que se falasse, em 1970, que o Brasil era o
campeão mundial de acidentes do trabalho (http:/www.geocites.com/Athens/Troy/8084/
historia.htm).
Em 1943, foi promulgada a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, e já
tratava da Higiene e Segurança do Trabalho.
A importância da proteção à saúde dos trabalhadores de acordo com Cruz (1998),
não podia deixar de interessar à Organização Internacional do Trabalho (reconhecida pelas
Nações Unidas, a partir de 1946) e a Organização Mundial da Saúde. Segundo Cardoso
(2000), em julho de 1953, a Conferência Internacional do Trabalho adotou princípios,
elaborando a Recomendação no 97, sobre a Proteção à Saúde dos Trabalhadores em locais
de trabalho, e insistiu com os países membros, no sentido de que os mesmos
incrementassem a criação de serviços médicos em locais de trabalho.
35
Em 21 de junho de 1958, a 42a Conferência Internacional do Trabalho reunida em
Genebra decidiu, inscrever na ordem do dia da próxima reunião ordinária, a questão da
organização de serviços médicos na empresa, com o objetivo de estabelecer uma
recomendação sobre o assunto. Em junho de 1959, foi levado à 43a Conferência
Internacional do Trabalho, o texto final, criado a partir de um questionário enviado aos
países membros, e opiniões de uma comissão composta de empregados, empregadores e
governo destes países. O assunto foi discutido pela Conferência, e esta estabeleceu a sua
Recomendação no 112, - “Recomendação para os Serviços de Saúde Ocupacional, 1959”,
segundo Cardoso (2000).
Em junho de 1972, integrando o Plano de Valorização do Trabalhador, o Governo
Federal baixou a Portaria no 3.237, que torna obrigatória a existência não somente de
serviços médicos, mas também, de serviços de higiene e segurança em todas as empresas
onde trabalham 100 ou mais pessoas.
Em 1978, através da portaria no 3.214, foi aprovada a NR 18 com o título “Obras
de Construção, Demolição e Reparos”, que definia as regras de prevenção de acidentes de
trabalho para a indústria da construção, reformulada e publicada no Diário Oficial da
União em 07/07/1995, sob o título: “Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção”.
A Constituição Federal de 1988, através de seu art. 196, nos diz: “A saúde é
direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário
às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (www.senado.gov.br/
bdtextual/const88/const88.htm).
“A Constituição Federal de 1988 elevou o Ministério Público à condição de
instituição permanente, essencial à função jurisdicional, com a incumbência de defender a
ordem pública, o regime democrático e os interesses indisponíveis da sociedade e dos
indivíduos.
36
Ao Ministério Público do Trabalho COMPETE o exercício das seguintes
atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho:
1. Exigir o cumprimento das leis trabalhistas por parte dos empregados e
empregadores;
(...)
5. Defender os direitos difusos, como:
a) o meio ambiente do trabalho;
b) a saúde e a segurança dos trabalhadores” (http://www.prmt.mpf.
gov.br/JT_MPT.htm).
Diante do exposto, consegue-se visualizar uma preocupação crescente com a
saúde e o bem estar do trabalhador.
2.2.3 A Segurança do Trabalho em Números
O número real de acidentes ocorridos no ambiente de trabalho ou em decorrência
do exercício deste está muito longe de ser conhecido. Nos dias atuais, o trabalho informal
ainda é grande, e, além disso, muitos acidentes não são devidamente informados ao INSS.
Os dados de acidentes de trabalho hoje conhecidos são provenientes do Ministério
da Previdência e Assistência Social. Segundo Bernt (1998, aput, Cruz 1999), foi a partir de
1968 que os acidentes de trabalho passam a ser conhecidos quantitativamente e tomados
como indicadores indiretos das condições de trabalho.
37
Quadro 2.1: Número de acidentes de trabalho ocorridos período 1971/1997
ANOS NÚMERO DE SEGURADOS
NÚMERO DE ACIDENTADOS PERCENTUAL
1971 7.553.472 1.330.523 17,61 %
1972 8.148.987 1.504.723 18,47 %
1973 10.956.956 1.632.696 14,90 %
1974 11.537.024 1.796.761 15,57 %
1975 12.996.796 1.916.187 14,74 %
1976 14.945.489 1.743.825 11,67 %
1977 16.589.605 1.614.750 9,73 %
1978 16.638.799 1.551.501 9,32 %
1979 17.637.127 1.444.627 8,19 %
1980 18.686.355 1.464.211 7,84 %
1981 19.188.536 1.270.465 6,62 %
1982 19.476.362 1.178.472 6,05 %
1983 19.671.128 1.003.115 5,10 %
1984 19.673.915 961.575 4,89 %
1985 20.106.390 1.077.861 5,36 %
1986 21.568.660 1.207.859 5,60 %
1987 22.320.750 1.137.124 5,09 %
1988 23.045.901 992.737 4,31 %
1989 23.678.607 888.343 3,75 %
1990 22.755.875 693.572 3,05 %
1991 22.792.858 629.918 2,76 %
1992 22.803.065 532.514 2,33 %
1993 22.722.008 412.293 1,81 %
1994 23.016.637 388.304 1,68 %
1995 23.614.200 424.137 1,79 %
1996 24.311.448 395.455 1,62 %
1997 23.275.605 369.065 1,58 %
Fonte INSS disponível em (http:/www.geocites.com/Athens/Troy/8084/ historia.htm) Acesso em 05/07/2002.
No quadro 2.1, tem-se o número de acidentes do trabalho registrados ocorridos no
Brasil no período de 1971 a 1997, e pode-se concluir percentualmente e em números
absolutos que o número de acidentados vem diminuindo gradativa e significativamente,
principalmente, a partir de 1988. Ano em que a Constituição Federal elevou o Ministério
Público à condição de instituição permanente e lhe concedeu poderes para exigir o
cumprimento das leis trabalhistas e defender os direitos difusos, como a Saúde e a
Segurança dos Trabalhadores.
De acordo com esta estatística, pode-se observar que nestes 27 anos foram
registrados mais de 29,5 milhões de acidentes de trabalho. No período compreendido entre
1990 e 1997, 2,0775% dos trabalhadores segurados sofreram algum tipo de acidente de
trabalho. Analisando os últimos dez anos temos uma média de 397.851 acidentes no
38
período compreendido entre 1993 e 1997 e de 378.837 entre 1998 e 2002, globalmente
pode-se verificar uma queda de 4,78 pontos percentuais entre os dois qüinqüênios e de 5,90
pontos entre 2002 e 1993. No entanto em 2002, o índice de acidentes de trabalho subiu
14,00% em relação ao ano anterior, reforçando desta maneira a necessidade de maior
controle e avaliação da segurança do trabalho.
Quadro 2.2: Acidentes de trabalho no Brasil no período entre 1998 e 2002
Motivo
Ano Total Típico % Trajeto %
Doença Trabalho
%
Variação em relação ao período
anterior (%)
1998 414.341 347.738 83,92 36.114 8,72 30.489 7,36 12,27
1999 387.820 326.404 84,16 37.513 9,67 23.903 6,17 -6,40
2000 363.868 304.963 83,81 39.300 10,80 19.605 5,39 -6,18
2001 340.251 282.965 83,17 38.799 11,40 18.487 5,43 -6,49
2002 387.905 320.398 82,60 46.621 12,02 20.886 5,38 14,00 FONTE: DATAPREV, CAT. disponível em (www.mtb.gov.br) acesso em 07/07/2002 e 21/11/2003. Nota: alguns dados são preliminares, estando sujeitos a correções.
Embora, o fato de que em 1970 o Brasil era campeão mundial de acidentes de
trabalho e, esse assunto fosse pintado com cores muito sombrias, a situação que
enfrentávamos era de fato lamentável. Porém, analisando os quadro 2.1 e 2.2, pode-se
vislumbrar um futuro mais promissor, mas este só será possível se houver esforço conjunto
de toda nação: trabalhadores, empresários, técnicos e governo.
O quadro 2.3 traz a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE,
com o grau de risco de Acidente de Trabalho Associado, do Grupo da Construção Civil,
objeto de estudo deste trabalho.
39
Quadro 2.3: CNAE e grau de risco de acidente de trabalho
CÓDIGO RISCO DESCRIÇÃO 45 CONSTRUÇÃO 45.1 PREPARAÇÃO DO TERRENO
45.11-0 3 Demolição e preparação do terreno 45.12-8 3 Perfurações e execução de fundações destinados a construção civil 45.13-6 3 Grandes movimentações de terra 45.2 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS E OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL
45.21-7 3 Edificações (residenciais, industriais, comerciais e de serviços) - inclusive ampliação e reformas completas
45.22-5 3 Obras viárias – inclusive manutenção 45.23-3 3 Grandes estruturas e obras de arte 45.24-1 3 Obras de urbanização e paisagismo 45.25-0 3 Montagens industriais 45.29-2 3 Obras de outros tipos 45.3 OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA PARA ENGENHARIA ELÉTRICA, ELETRÔNICA E
ENGENHARIA AMBIENTAL 45.31-4 3 Construção de barragens e represas para geração de energia elétrica
45.32-2 3 Construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica 45.33-0 3 Construção de estações e redes de telefonia e comunicação
45.34-9 3 Construção de obras de prevenção e recuperação do meio ambiente
45.4 OBRAS DE INSTALAÇÕES 45.41-1 3 Instalações elétri cas
45.42-0 3 Instalações de sistemas de ar condicionado, de ventilação e refrigeração
45.43-8 3 Instalações hidráulicas, sanitárias, de gás, de sistema de prevenção contra incêndio, de pára -raios, de segurança e alarme
45.49-7 3 Outras obras de instala ções
45.5 OBRAS DE ACABAMENTOS E SERVIÇOS AUXILIARES DA CONSTRUÇÃO
45.51-9 3 Alvenaria e reboco 45.52-7 3 Impermeabilização e serviços de pintura em geral
45.59-4 3 Outros serviços auxiliares da construção 45.6 ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO COM OPERÁRIOS
45.60-8 4 Aluguel de equipamentos de construção e demolição com operários Fonte Manual de Legislação Atlas (2000)
Para uma melhor visualização dos acidentes de trabalho no grupo da Construção
Civil tomou-se os dados destes acidentes, segundo a Classificação Nacional de Atividades
Econômicas nos quadros 2.4, 2.5 e 2.6. A seguir, apresenta-se um comparativo entre o
Brasil, a Região Sul e o Estado de Santa Catarina, nos anos de 1999 à 2002.
40
Quadro 2.4: Acidentes de trabalho registrados, por motivo, segundo a CNAE, no Brasil - 1999/2002
QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO REGISTRADOS
Motivo Total Típico Trajeto Doença do Trabalho
CNAE
1999 2000 2001 2002 2000 2001 2002 2000 2001 2002 2000 2001 2002 Total Geral 387.820 363.868 340.251 387.905 304.963 282.965 320.398 39.300 38.799 46.621 19.605 18.487 20.886
Construção 27.835 25.536 25.446 28.335 22.637 22.557 24.911 2.112 2.154 2.526 787 735 898
4511 55 85 79 77 71 68 68 10 11 8 4 - 1 4512 426 471 414 420 432 382 373 25 24 36 14 8 11 4513 285 276 354 380 232 307 310 39 39 41 5 8 29 4521 13.528 11.981 10.559 12.775 10.534 9.234 11.264 989 916 1.043 458 409 468 4522 2.316 2.273 2.148 2.262 2.082 1.938 2.080 167 176 142 24 34 40 4523 743 482 449 648 419 417 584 35 23 49 28 9 15 4524 671 574 583 777 514 498 627 47 79 132 13 6 18 4525 1.259 905 893 1.254 802 808 1.102 59 55 112 44 30 40 4529 2.308 2.091 2.438 2.577 1.886 2.174 2.288 154 206 213 51 58 76 4531 371 564 1.388 698 542 1.366 688 16 18 6 6 4 4 4532 893 926 942 1.127 829 846 987 90 89 124 7 7 16 4533 680 864 1.158 1.005 736 965 810 112 156 146 16 37 49 4534 25 138 209 54 124 191 48 13 15 4 1 3 2 4541 792 766 709 799 668 630 689 76 67 91 22 12 19 4542 136 181 152 146 153 123 117 22 20 22 6 9 7 4543 173 146 132 164 127 112 136 15 18 26 4 2 2 4549 644 526 689 736 443 601 620 60 61 88 23 27 28 4551 183 182 178 270 164 164 239 16 11 24 2 3 7 4552 251 273 258 303 243 202 263 18 32 26 12 24 14 4559 2.054 1.744 1.642 1.784 1.557 1.469 1.551 141 133 184 46 40 49 4560 41 88 72 79 79 62 67 8 5 9 1 5 3
FONTE: DATAPREV, CAT. disponível em (www.mtb.gov.br) acesso em 07/07/2002 e em 21/11/2003. Nota: os dados são preliminares, estando sujeitos a correções. Quadro 2.5: Acidentes de trabalho registrados, por motivo, segundo a CNAE, na Região Sul - 1999/2002
QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO REGISTRADOS
Motivo Total Típico Trajeto Doença do Trabalho
CNAE
1999 2000 2001 2002 2000 2001 2002 2000 2001 2002 2000 2001 2002 Total Geral 86.605 89.029 84.411 94.015 76.541 73.116 80.855 8.496 7.995 9.399 3.992 3.300 3.761
Construção 5.281 4.964 5.131 5.356 4.458 4.606 4.829 433 416 412 73 109 115
4511 18 24 28 24 19 25 21 4 3 3 1 - - 4512 42 72 63 71 63 59 69 5 - 2 4 4 - 4513 37 45 83 105 41 75 76 3 7 6 1 1 23 4521 2.632 2.486 2.359 2.697 2.220 2.078 2.444 226 208 204 40 73 49 4522 482 493 368 366 446 334 334 43 25 18 4 9 14 4523 256 66 57 54 61 54 51 2 2 3 3 1 - 4524 121 196 202 217 185 189 206 9 13 10 2 - 1 4525 356 143 93 163 132 82 145 10 9 14 1 2 4 4529 368 285 247 290 263 222 261 20 23 27 2 2 2 4531 78 155 340 154 149 334 154 5 4 - 1 2 - 4532 172 186 258 194 168 238 170 17 19 20 1 1 4 4533 146 221 370 310 188 320 269 30 46 38 3 4 3 4534 1 9 14 12 9 12 12 - 2 - - - - 4541 131 124 181 166 117 156 147 5 18 13 2 7 6 4542 17 20 23 20 17 23 18 3 - 1 - - 1 4543 12 18 16 19 16 13 17 2 3 2 - - - 4549 41 42 88 64 29 78 58 9 10 4 4 - 2 4551 51 60 44 65 55 40 58 5 3 5 - 1 2 4552 33 40 42 45 33 34 37 7 7 8 - 1 - 4559 283 265 251 309 234 238 271 27 12 34 4 1 4 4560 4 14 4 11 13 2 11 1 2 - - - -
FONTE: DATAPREV, CAT. disponível em (www.mtb.gov.br) acesso em 07/07/2002 e em 21/11/2003. Nota: os dados são preliminares, estando sujeitos a correções.
41
Quadro 2.6: Acidentes de trabalho registrados, por motivo, segundo a CNAE, em Santa Catarina - 1999/2002
QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO REGISTRADOS
Motivo Total Típico Trajeto Doença do Trabalho
CNAE
1999 2000 2001 2002 2000 2001 2002 2000 2001 2002 2000 2001 2002 Total Geral 23.474 25.450 25.888 27.267 21.796 22.614 23.558 2.727 2.663 3.107 927 611 602
Construção 1.050 1.216 1.499 1.525 1.065 1.356 1.379 142 132 123 9 11 23
4511 1 4 3 3 1 3 2 3 - 1 - - - 4512 18 26 20 25 24 20 24 2 - 1 - - - 4513 17 16 34 31 14 31 27 2 3 4 - - - 4521 563 664 630 822 573 550 746 84 73 59 7 7 17 4522 113 88 72 72 76 63 65 12 7 5 - 2 2 4523 7 16 32 32 13 32 31 2 - 1 1 - - 4524 5 9 19 4 9 15 4 - 4 - - - - 4525 17 29 13 23 25 12 21 4 1 1 - - 1 4529 70 45 72 75 40 62 64 5 10 11 - - - 4531 22 97 302 105 97 301 105 - - - - 1 - 4532 40 26 50 44 24 48 42 1 1 2 1 1 - 4533 16 15 69 65 11 54 55 4 15 10 - - - 4534 - 1 2 1 1 14 1 - 1 - - - - 4541 28 26 41 38 22 36 32 4 5 6 - - - 4542 1 5 4 9 4 4 8 1 - - - - 1 4543 5 7 8 6 6 5 6 1 1 - - - - 4549 2 5 5 8 5 3 6 - 2 1 - - 1 4551 17 23 16 18 20 14 16 3 2 2 - - - 4552 9 10 11 6 9 10 6 1 1 - - - - 4559 99 98 96 137 86 91 117 12 5 19 - - 1 4560 - 6 2 1 5 1 1 1 1 - - - -
FONTE: DATAPREV, CAT. disponível em (www.mtb.gov.br) acesso em 07/07/2002 e em 21/11/2003. Nota: os dados são preliminares, estando sujeitos a correções.
Ao se analisar os quadros 2.4, 2.5 e 2.6, verifica-se que em 1999, a Construção
Civil representava 7,17% do total de acidentes ocorridos no Brasil, em 2002 este
percentual aumenta para 7,30%. Neste mesmo período, na Região Sul (Santa Catarina,
Paraná e Rio Grande do Sul) este percentual fica na casa dos 6 pontos. Em Santa Catarina,
este quadro é um pouco diferente, em 1999 fica em torno de 4,5%, uma diferença bastante
significativa ao se comparar com os dados anteriores. No entanto, no ano seguinte, este
percentual sobe em meio ponto.
Em 2002, os acidentes ocorridos no setor da construção no estado de Santa
Catarina representaram 5,60% do total de acidentes de trabalho ocorridos no estado, já a
nível Brasil, este índice foi de 7,30%. Desta maneira verifica-se que o setor da construção
em Santa Catarina apesar do elevado índice de acidentes encontra-se com um nível inferior
a média brasileira. No entanto, não se pode afirmar que esta diferença é significativa, com
base apenas nos dados aqui apresentados.
42
Pode-se constatar ainda, que o subgrupo 4521 – Edificações (residenciais,
industriais, comerciais e de serviços), inclusive ampliação e reformas completas é
responsável por aproximadamente 50% dos acidentes dentro do grupo da Construção, nos
anos de 1999, 2000, 2001 e 2002 tanto no Estado, quanto na Região Sul. Já no País este
índice fica em torno de 45%, seguido por 4522, obras viárias, inclusive manutenção.
Quando se analisa o quadro 2.7, pode-se constatar que o número de acidentes
vinha caindo desde 1998, no entanto, em 2002 estes índices sobem, e em Santa Catarina o
número de acidentes de trabalho vem em uma ascendente desde 2000. No ano de 2002,
Santa Catarina representa 7,029% dos acidentes ocorridos em todo o País, ao passo que em
1998 representava 5,615%.
Quadro 2.7: Percentual de evolução dos acidentes de trabalho registrados, por motivo, 1998/2002 QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO REGISTRADOS
Motivo REGIÕES Anos Total
Típico % Trajeto % Doença
Trabalho %
1998 414.341 347.738 83,92 36.114 8,72 30.489 7,36 1999 387.820 326.404 84,16 37.513 9,67 23.903 6,17 2000 363.868 304.963 83,81 39.300 10,80 19.605 5,39 2001 340.251 282.965 83,17 38.799 11,40 18.487 5,43
BRASIL
2002 387.905 320.398 82,60 46.621 12,02 20.886 5,38 1998 91.273 79.559 87,16 7.162 7,85 4.552 4,99 1999 86.605 75.384 87,05 7.355 8,49 3.867 4,46 2000 89.029 76.541 85,97 8.496 9,54 3.992 4,49 2001 84.411 73.116 86,62 7.995 9,47 3.300 3,91
REGIÃO SUL
2002 94.015 80.855 86,00 9.399 10,00 3.761 4,00 1998 23.267 20.490 88,07 2.064 8,87 713 3,06 1999 23.474 20.489 87,28 2.281 9,72 704 3,00 2000 25.450 21.796 85,64 2.727 10,72 927 3,64 2001 25.888 22.614 87,35 2.663 10,29 611 2,36
SANTA CATARINA
2002 27.267 23.558 86,40 3.107 11,39 602 2,21 Fonte: www.mtb.gov.br acesso em 07/07/2002 e em 21/11/2003
Comparando os quadros 2.4, 2.5, 2.6 e 2.7 pode-se afirmar que os acidentes tidos
como típicos, isto é, dentro do ambiente de trabalho representa mais de 80% em qualquer
uma das situações, dentro do grupo da construção ou nos números totais de acidentes
registrados.
No quadro 2.8 consegue-se verificar os grupos com maiores incidências de
acidentes no Estado.
43
Quadro 2.8: Grupos com maiores incidências de acidentes em Santa Catarina em 2001 GRUPOS Empregos Acidentes Incidência Óbito Mortalidade Letalidade
Montadoras e Autopeças 7.885 881 11,17 1 12,68 1,14
Máquinas de Escritório 160 15 9,38 0 0,00 0,00
Indústria Extrativa 5.294 367 6,93 3 56,67 8,17
Metalurgia Básica 12.629 800 6,33 1 7,92 1,25
Outros Veículos 1.258 64 5,09 0 0,00 0,00
Indústria de Móveis 29.674 1.325 4,47 3 10,11 2,26
Silvicultura e Exploração Florestal 5.596 235 4,20 3 53,61 12,77
Pesquisa 333 14 4,20 1 300,30 71,43
Fabricação de Produtos de Madeira
37.552 1.520 4,05 9 23,97 5,92
Produtos de Metais 16.196 587 3,62 4 24,70 6,81
Indústria da Construção 41.679 1.503 3,61 12 28,79 7,98
Borracha e Plástico 23.118 789 3,41 1 4,33 1,27
Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas
53.437 1.780 3,33 2 3,74 1,12
Fonte: www.mtb.gov.br acesso em 21/11/2003
Para um melhor entendimento dos dados apresentados no quadro 2.8, apresenta-se
a seguir as definições de emprego, acidente de trabalho, incidência acumulada, óbito, taxa
de mortalidade e letalidade usadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
(www.mtb.gov.br):
- Emprego: dado básico escolhido para a formulação dos indicadores foi o
EMPREGO, apurado anualmente através da RAIS – Relação Anual de
Informações Sociais e atualizado mensalmente através do CAGED – Cadastro
Geral de Admitidos e Demitidos. O número representa a quantidade de postos de
trabalho existentes num determinado momento da apuração e exclui a
rotatividade.
- Acidente de Trabalho: descritos no item 2.2.1. A Segurança do Trabalho e seus
Conceitos.
- Incidência Acumulada: representa o risco percentual médio de um trabalhador
sofre acidente de trabalho.
Incidência Acumulada = No total de Acidentes de Trabalho Registrados x 100 Emprego
- Óbito: conseqüência de acidentes fatais.
- Taxa de Mortalidade: representa o risco médio de um trabalhador sofrer um
acidente de trabalho fatal.
Taxa de Mortalidade = No total Óbitos Decorrentes de Acid. de Trabalho x 100.000 Emprego
44
- Letalidade: representa a probabilidade média de que um acidente de trabalho
seja fatal.
Letalidade= No total Óbitos+ No de Incapacidade Permanente x 1.000 Total de Acidentes Liquidados
Observando os dados disponíveis em www.mtb.gov.br verifica-se que a Indústria
da Construção em Santa Catarina, ocupa o 5o lugar em acidentes de trabalho, quando se
refere a números absolutos e, analisando o quadro 2.8, a 11a colocação em Incidência
Acumulada. No entanto, quando se parte para a taxa de mortalidade e letalidade, verifica-
se que possui uma taxa de mortalidade e letalidade menor de muitos outros setores que
consideramos bem menos perigosos. Percebe-se, no entanto, que de cada 100 acidentes de
Trabalho na Indústria da Construção ocorrem 0,80 óbitos em 2001 contra 1,44 em 2000.
Os indicadores de Acidentes de Trabalho de Referência no Brasil em 2000,
segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (www.mtb.gov.br), são os seguintes:
- Incidência Acumulada ? 1,62 por 100
- Taxa de Letalidade ? 8,22 por 1.000
- Taxa de Mortalidade ? 15,19 por 100.000
Quadro 2.9: Evolução dos acidentes na indústria da construção no Brasil nos anos de 1998, 1999 e 2000
Ano Empregos Acidentes Incidência Óbito Mortalidade Letalidade
1998 1.132.648 31.959 2,82 448 39,55 14,02
1999 1.014.223 27.835 2,74 407 40,13 14,62
2000 1.232.012 25.423 2,06 325 26,38 12,78
FONTE: RAIS-CAGED / MPAS (2001)
Deve-se destacar, contudo, que apesar dos dados apresentados não registrarem a
totalidade dos acidentes de trabalho no país, devido aos motivos anteriormente descritos,
eles demonstram uma queda considerável, ao se analisar o quadro 2.9, onde observa–se
claramente a queda na incidência de acidentes na Construção Civil no período de 1998 a
2000. Infelizmente não se pode fazer esta análise para os anos de 2001 e 2002 pois não se
tem os dados de empregos destes anos.
45
Quadro 2.10: Quantidade de acidentes do trabalho liquidados no Brasil e em Santa Catarina 1999/2000 QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO LIQUIDADOS
Conseqüência TOTAL Assistência Médica Menos de 15 dias Mais de 15 dias Incap. Permanente Óbito
C N A E
1999 2000 1999 2000 1999 2000 1999 2000 1999 2000 1999 2000 BRASIL Total
420.592 388.583 54.905 51.474 204.832 172.077 140.202 146.621 16.757 15.317 3.896 3.094
BRASIL Constr. Civil
26.791 26.341 2.140 2.229 10.618 10.944 12.060 11.465 1.566 1.378 407 325
SANTA CATAR Total
24.268 27.187 1.563 2.738 11.729 12.278 10.172 11.436 594 565 210 170
SANTA CATAR Constr. Civil
1.046 1.285 22 134 415 495 543 585 46 53 20 18
FONTE: DATAPREV, CAT. (2001) disponível em (www.mtb.gov.br) acesso em 07/07/2002 e 21/11/2003. Nota: dados de 2000, corrigidos com dados disponíveis em 07/07/2003.
Quadro 2.11: Quantidade de acidentes do trabalho liquidados no Brasil e em Santa Catarina 2001/2002 QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO LIQUIDADOS
Conseqüência TOTAL Assistência Médica Menos de 15 dias Mais de 15 dias Incap. Permanente Óbito
C N A E
2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 2001 2002 BRASIL Total
361.468 410.502 51.686 61.177 151.048 175.640 143.943 155.758 12.038 15.029 2.753 2.898
BRASIL Constr. Civil
27.432 30.490 3.463 4.011 10.144 11.886 12.337 12.760 1.106 1.451 382 382
SANTA CATAR Total
27.466 28.766 3.178 2.991 12.260 11.658 11.462 13.310 423 661 143 146
SANTA CATAR Constr. Civil
1.600 1.639 289 168 640 629 612 769 43 54 16 19
FONTE: DATAPREV, CAT. disponível em (www.mtb.gov.br) acesso em 21/11/2003. Nota: os dados são preliminares, estando sujeitos a correções.
Quando se considera, que em mais de 50% dos casos de Acidente de Trabalho na
Indústria da Construção, o trabalhador fica mais de 15 dias afastado do trabalho, conclui-se
que este afeta diretamente na produtividade da empresa.
Comparando os Acidentes de Trabalho na Indústria da Construção liquidados com
o total de Acidentes de Trabalho liquidados, tabelas 2.10 e 2.11, percebe-se que, os
acidentes que ocorrem na Indústria da Construção são mais graves, mais de 13% dos
acidentes fatais no ano de 2002 ocorreram no setor da Construção. Nos últimos anos o
índice de óbitos no setor da construção civil vem caindo, a cada 100 acidentes de trabalho
ocorridos em 1999, 1,50 acidentado morreu, em 2002 este índice caiu para 1,25 mortes
para cada 100 acidentes, no entanto, o número total de acidentes liquidados neste mesmo
período vem crescendo. Desta forma observa-se mais uma vez que a segurança do trabalho
no setor é preocupante.
Centralizando a análise no setor da Construção, observa-se que a realidade do
acidente de trabalho neste ramo da Indústria é uma das mais graves e perversas do país.
Segundo Grandi (1985), as condicionantes dos acidentes de trabalho na Indústria da
46
Construção estão muito mais ligados à estrutura e dinâmica do setor, à natureza do
processo produtivo e os mecanismos de prevenção de acidentes, do que, unicamente, às
características da mão-de-obra.
2.2.3 A NR 18
A Norma Regulamentadora n.º 18 foi aprovada pela portaria n.º 3.214, de
8/7/1978, definindo as regras de prevenção de acidentes de trabalho para a indústria da
construção.
A Portaria No 4, de 4 de julho de 1995, afirma que “a experiência demonstrou que
a Norma Regulamentadora no 18 - OBRAS DE CONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO E
REPAROS carecia de atualização para fazer frente à evolução dos métodos, dos avanços,
da tecnologia e das relações de trabalho;” e, com isso, aprova o novo texto da NR 18, que
passa a ter o seguinte título: NR-18 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO
NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Os objetivos da nova norma visam "estabelecer
diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos,
nas condições e no meio ambiente na Indústria da Construção" (Manuais de Legislação
Atlas, 2000).
Em 28 de dezembro de 1998, através da portaria No 63, o Secretário de Segurança
e Saúde no Trabalho, no uso de suas atribuições, altera o subitem 18.1.2, a redação no que
se refere a Andaimes Suspensos Mecânicos Leves. Altera, também, o subitem 18.23.3.1,
referente aos EPI´s e ainda o subitem 18.34.2, referente aos Comitês Permanentes sobre
Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção e define os códigos
de norma e infrações para os subitens que foram alterados ou acrescidos (Manuais de
Legislação Atlas, 2000).
A NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que
objetiva a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos
processo, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. Esta
47
norma está subdividida em 39 itens, que trazem as condições mínimas para que um
trabalhador trabalhe com segurança dentro da Indústria da Construção.
Em todo o canteiro de obras que envolver 20 ou mais trabalhadores, deve ser feito
um planejamento das Condições e Meio Ambiente de Trabalho – PCMAT, que contemple
todos os risco da obra, desde a fundação até sua entrega. Ele, também, deve contemplar as
exigências contidas na NR 9 – PPRA e deve ser elaborado por profissional legalmente
habilitado na área de segurança do trabalho. O PCMAT deve estar disponível no canteiro
de obras para permanente consulta e acompanhamento durante a execução das tarefas.
Este planejamento, o PCMAT é de responsabilidade do empregador, e abrange o
cumprimento das normas ambientais, a prevenção de danos nas edificações vizinhas, e
todos os procedimentos dentro do canteiro de obras que assegurem a segurança e saúde dos
trabalhadores.
A NR 18 contempla as condições e usos de EPC´s e EPI´s e, salienta que os
equipamentos de proteção individual devem ser fornecidos ao empregado exposto a riscos,
toda vez que for inviável adotar medidas de proteção coletiva. A obrigatoriedade de
fornecimento de equipamentos de segurança é do empregador.
Ainda pensando na segurança do trabalhador, esta norma faz referência a
armazenagem e estocagem de materiais, transporte de pessoas e proteção contra incêndio.
O canteiro de obras deve ser mantido limpo, organizado e desimpedido, item básico para
que as condições mínimas de higiene e segurança sejam mantidas.
Conforme já exposto, a mão-de-obra da Indústria da Construção tem baixa
qualificação. Esta qualificação não se restringe apenas à profissão em si, mas passa para o
campo da segurança. Neste sentido tem-se o item 18.28 da NR 18, onde relaciona a
periodicidade, carga horária mínima e as informações básicas que deverão ser
contempladas na qualificação do trabalhador no que tange à segurança. A sinalização de
segurança também deve existir dentro do canteiro de obras, a fim de minimizar os riscos e
alertar os trabalhadores.
48
Os dados sobre acidentes de trabalho na construção civil conforme exposto são
bastante preocupantes. A NR 18 visa estabelecer diretrizes que objetivam a implementação
de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança. No entanto, é necessário mais
do que uma Norma Regulamentadora para contornar esta situação, é necessário avaliar,
desenvolver e diagnosticar a Segurança do Trabalho, e para isso são necessários critérios.
49
CAPITULO 3 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS CRITÉRIOS
Segundo Tinmannsvik & Hovden (2002), para controlar a Segurança é necessário
planejamento e investigação sistemática da organização e dos procedimentos
administrativos. Porém, para a realização deste planejamento serão necessários critérios de
desenvolvimento e de diagnóstico da Segurança.
Os critérios para o diagnóstico da Segurança foram derivados de análises de
Segurança e Acidentes de Trabalho realizadas previamente, e foram desenvolvidos a partir
de fatores apresentados por Tinmannsvik & Hovden (2002), dos critérios usados pela
ABPA – Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes e por Hall et al (2002).
Para se verificar as condições de segurança dentro do canteiro de obras é
importante verificar os requisitos da NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção, no que se refere a EPC´s, EPI´s, conscientizações e/ou
treinamentos em Segurança dentro da Construção Civil e a limpeza e organização das áreas
de vivência.
3.1 MÉTODOS
As análises de segurança e a gerência de segurança têm-se tornado cada vez mais
importantes, segundo Tinmannsvik & Hovden (2002). Em seu trabalho Tinmannsvik &
Hovden (2002) cita alguns métodos de análises:
- MORT (Management Oversight and Risk Tree) – representa uma nova
aproximação da científica gerência de segurança, e tem formado uma base para
um desenvolvimento adicional das análises de segurança e a garantia da
metodologia da Segurança na Indústria. MORT é uma árvore lógica que
proporciona um método disciplinado de análises de acidente, e fornece um
formato para o programa de avaliação da segurança.
- SMORT (Safety Management and Organisation Review Technique) – fornece
um sistemático e sábio passo por meio de um relevante desdobramento dos
50
fatores causais começando com a identificação dos fatores de influência de
risco ao nível do lugar de trabalho e continuando através dos diversos níveis
gerenciais da organização. O método SMORT é um desenvolvimento novo da
forma sistemática de investigação da segurança nas organizações, do método
MORT, destinado para usar em auditorias de Segurança.
- ISRS (International Safety Rating System) – é um programa de auditoria para a
Segurança e Atividades da Saúde de uma Organização.
Segundo Hall et al. (2002), a “Gestão da Segurança Total, integrada a um
planejamento global da obra, deverá ser uma ferramenta potencialmente estratégica dentro
do conceito de Diferenciação, tanto para o empreendedores como para os funcionários,
uma vez que possui mecanismos capazes de orientar uma produção com prazo, qualidade e
segurança.” Em seu trabalho Hall et al. cita os critérios do Prêmio da ABPA e o Prêmio
Shingo:
- S&SO (Prêmio de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional) – concurso
anual realizado pela ABPA -Associação Brasileira para Prevenção de
Acidentes, que toma como referência os requisitos da especificação OHSAS
18001/1999 – Occupational Health and Safety Management Systems –
Specification, editado pela BSI. A ABPA optou por estes critérios pelo fato de
que várias empresas brasileiras já se encontram certificadas por este
documento. Este modelo tem como referência uma experiência bem sucedida
da Petrobrás que, desde 1996 vem utilizando o Prêmio Petrobrás de Segurança
Industrial para estímulo às ações de prevenção de suas unidades produtivas.
- Prêmio Shingo (Shingo Prize for Excellence in Manufacture) - estabelecido em
1988, pela Utah State University em parceria com a National Association of
Manufactures. Tem como filosofia o fato de que uma empresa pode ser
considerada classe-mundial se mantiver seu foco na melhoria contínua de suas
estratégias de manufatura.
Almeida et al. (2003), em seu trabalho cita o CCOHS – Canadian Center of
Occupational Health and Safety, onde utiliza-se cinco categorias de fatores para a analisar
os acidentes, pessoa, tarefa, material, ambiente e gestão. No entanto, agindo-se
preventivamente, pode-se utilizar esses fatores para analisar e avaliar a segurança do
51
trabalho. Da mesma forma, o HSE – Health and Safety Executive do Reino Unido em seu
site descreve características de uma investigação dos acidentes denominando como uma
análise de sucesso, dentre elas:
- adotar modelo sistêmico;
- envolver pessoas de diversos níveis hierárquicos;
- utilizar protocolos para estruturar e dar suporte à análise;
- desenvolver, implementar e atualizar recomendações;
- acompanhar resultados das ações implementadas; e
- desenvolver bancos de dados acessíveis.
O Prêmio Shingo, segundo Hall et al. (2002), é composto de procedimentos que
se incorporados à cultura da organização podem direcioná-la a excelência em produção e, é
uma poderosa arma no diagnóstico do grau de absorção das práticas e técnicas que podem
contribuir para este fim. No entanto, no que se pode observar, ele isoladamente, não tem
critérios para avaliar a Segurança Ocupacional, porém, através dele, consegue-se realizar
uma investigação da organização e dos procedimentos administrativos. Porém, conforme já
visto anteriormente, de acordo com Tinmannsvik & Hovden (2002), para controlar a
Segurança, é necessário planejamento e investigação sistemática da organização e dos
procedimentos administrativos. Logo, aliando os critérios do Prêmio Shingo com os
critérios do Prêmio de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional S&SO, pode-se ter uma
poderosa arma para avaliar não só a Segurança nas Organizações, mas, uma Gestão
Integrada.
Como pode-se observar nos trabalhos de Tinmannsvik & Hovden (2002), Hall et
al. (2002) e Almeida et al. (2003), de certa forma todos trabalham com os diversos níveis
hierárquicos, pois deve-se verificar as causas básicas, entendidas como políticas de
planejamento e supervisão, de avaliações de desempenho e organizações de aspectos, tais
como controles, cooperação, comunicação, desenvolvimento e competências. Desta
maneira consegue-se avaliar, desenvolver e diagnosticar a segurança ocupacional na
indústria da construção civil através de uma investigação sistemática da organização e dos
procedimentos administrativos.
52
3.2 FATORES GERENCIAS
As organizações possuem uma estrutura hierárquica com vários níveis que,
segundo Pacheco Jr. et al (2000), os fundamentos teóricos, que visam nortear e controlar
os processos organizacionais, iniciam-se pelas questões conceituais. A partir destas,
seguem-se as políticas, das quais derivam os programas e planos setoriais, e finalmente os
procedimentos e instruções de trabalho (figura 3.1).
Fonte: Pacheco Jr. et al (2000)
Figura 3.1 Níveis hierárquicos e seus fundamentos teóricos inerentes.
Da mesma forma que a organização é dividida em níveis, Tinmannsvik & Hovden
(2002), apresenta uma estrutura variável em níveis para um estudo empírico da Segurança
do trabalho conforme a figura 3.2.
Nível I
Nível II
Nível III
Fonte: Tinmannsvik & Hovden (2002)
Fig. 3.2: A estrutura variável para um estudo empírico
Nível I: Indicadores de Segurança
Nível II: Fatores gerenciais gerais e específicos de Segurança
Nível III: Variáveis dependentes
Procedimentos Instruções de Trabalho
Programas Planos
Questões Conceituais Políticas
Nível Operacional
Nível Gerencial
Nível Institucional
Grau de Freqüência de Lesões Avaliação Geral de Segurança
53
Numa organização geralmente tem-se os fatores gerenciais gerais e os fatores
gerenciais específicos de segurança. Tinmannsvik & Hovden (2002) nos apresenta esses
fatores através do quadro 3.1.
Quadro 3.1: Fatores gerenciais gerais e fatores gerenciais específicos de segurança
Fatores gerenciais gerais Fatores gerenciais específicos de segurança
Instrução e treinamento atitudes de segurança Máquinas e equipamentos técnicos equipamentos de segurança e equipamentos de proteção Manutenção preparação de emergência
Transporte e armazenamento troca de experiências em segurança Faxina ou limpeza
Procedimentos e atividades Comunicação
Liderança e administração do trabalho
atividades do programa segurança (objetivos de segurança, organização da segurança, inspeções, reuniões de segurança, investigação de acidentes e plano de ações de segurança)
Fonte: Tinmannsvik & Hovden (2002)
Os fatores de gerenciais gerais são fatores com propósitos além da segurança,
relacionados com a melhoria do sistema de produção e a organização em geral. Já os
fatores específicos de administração da segurança são condições e funções no trabalho da
organização cujo propósito é, principalmente, promover a segurança.
3.3 FATORES OPERACIONAIS
Na Indústria da Construção pelas suas características, já discutidas neste trabalho,
vê-se a necessidade da avaliação de fatores operacionais no Canteiro de Obras. Para tal
avaliação utilizou-se a NR 18. Estes critérios são para verificar como encontra-se o
canteiro de obras a nível de Saúde e Segurança Ocupacional.
A avaliação deve ser realizada em todos os níveis da organização, porque toda a
empresa deve estar disposta e comprometida a manter um programa de S&SO.
54
3.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA TOMADOS COMO BASE
PARA A ELABORAÇÃO DESTE TRABALHO
Para elaborar os Critérios de Avaliação da Segurança Ocupacional tomou-se como
referência os fatores gerenciais gerais e os fatores gerenciais específicos de segurança
apresentados por Tinmannsvik & Hovden (2002), conforme quadro 3.1, o Prêmio Shingo
e o Prêmio de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional referenciados por Hall et al
(2002).
3.4.1 Critérios do Prêmio Shingo
Os critérios do Prêmio Shingo conforme já vistos, avaliam o nível de excelência
da Organização, e são apresentados no quadro 3.2.
Quadro 3.2: Critérios de avaliação do Prêmio Shingo
Critérios Pontuação Máxima
CULTURA DE LIDERANÇA 75
CULTURA DE DELEGAÇÃO DE PODER 75
VISÃO DE ESTRATÉGIA DE MANUFATURA 50
INOVAÇÃO DE PRODUTOS E MERCADO 50
PARCERIAS COM FORNECEDORES E CLIENTES 75
OPERAÇÕES DE CLASSE MUNDIAL 250
INTEGRAÇÃO DAS FUNÇÕES 125
MEDIDAS DE QUALIDADE E CUSTOS 75
PRODUTIVIDADE E USO DE RECURSOS 75
SERVIÇO AOS CLIENTES 75
MEDIDAS DO RESULTADO DO NEGÓGIO 75 Fonte: Hall et al. (2002)
Cada critério conta com uma pontuação máxima, segundo Hall, et al. (2002). A
ponderação dos critérios pode ser feita baseada no quadro 3.3.
Quadro 3.3: Critérios de pontuação dos critérios do Prêmio Shingo segundo Hall et al.
Pontuação Estágio atual da Organização 0 Inexistência da prática ou atividade 1 Existência eventual da prática ou atividade 2 Existência rotineira da prática ou atividade, de maneira informal 3 Existência formal e documentada da prática ou atividade em toda a empresa
Fonte: Hall et al. (2002) adaptada
55
3.4.2 Critérios do Prêmio Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional
O Prêmio de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional é dividido em 5
categorias de critérios de avaliação, de acordo com o quadro 3.4.
Quadro 3.4: Critérios de avaliação de gestão de S&SO
Item Critérios e Itens Pontuação Máxima
1 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL 40
1.1 Definição da Política 10
1.2 Comprometimento com a Política 30
2 PLANEJAMENTO 200
2.1 Planejamento para identificação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos
90
2.2 Requisitos Legais e Outros Requisitos 40
2.3 Objetivos 30
2.4 Programa de Gestão 40
3 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO 250
3.1 Estrutura e Responsabilidades 30
3.2 Treinamento, Conscientização e Comp etência 60
3.3 Consulta e Comunicação 30
3.4 Documentação e Controle de Documentos e Dados 30
3.5 Controle Operacional 50
3.6 Preparação e Atendimento a Emergências 50
4 VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA 470
4.1 Monitoramento e Medição do Desempenho 350
4.1.1 Resultados de Indicadores Reativos 150
4.1.2 Resultados de Indicadores Pró-ativos 200
4.2 Acidentes, Incidentes, Não-Conformidades e Ações Corretivas e Preventivas
60
4.3 Registros e Gestão de Registros 20
4.4 Auditoria 40
5 ANÁLISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO 40 Fonte: ABPA www.abpa.org.br
Conforme pode ser observado no quadro 3.4, cada critério conta com uma
pontuação máxima. Hall et al. (2002) definiram em percentuais a forma para a avaliação.
Para verificar o nível do estágio atual da organização em relação ao quesito abordado,
aplica-se os percentuais do quadro 3.5 para cada critério da ABPA definido no quadro 3.4.
56
Quadro 3.5: Critérios de avaliação para verificar o estágio atual da organização Percentuais Estágio atual da organização
0 % Não há evidência da prática formal ou informal
20 % Existe alguma prática (formal ou informal) puramente eventual, isto é, não de forma sistemática
40 % Existe prática de maneira rotineira, porém, sem registro formal, isto é, não documentada
60 % Existe planejamento e aplicação da prática, porém, não de forma sistemática em toda a empresa e sem avaliação de resultados
80 % Existe planejamento e aplicação em toda a empresa com avaliação dos resultados
100 % Existe planejamento e aplicação da prática em toda a empresa de forma sistemática e padronizada e os resultados avaliados servem de novos parâmetros para novas melhorias (melhoria contínua)
Fonte: Hall et al. (2002)
Tinmannsvik & Hovden (2002) desenvolveram e testaram critérios para avaliar a
Segurança Ocupacional em 14 companhias de alumínio e de produção de carnes. De outro
lado, que Hall et al. (2002) avaliaram o nível de correlação entre a política de segurança e
saúde ocupacional e o processo produtivo em uma empresa de grande porte da Indústria da
Construção Civil.
3.5 O PROCESSO DA TOMADA DE DECISÃO
De acordo com Angeloni (2003), durante o processo de tomada de decisão, é
importante ter disponíveis dados, informações e conhecimentos. No entanto, estes, muitas
vezes estão dispersos, fragmentados e armazenados na cabeça dos indivíduos, e sofrem
interferência a partir da percepção de cada um. Características individuais, que formam o
modelo mental de cada pessoa, interfere na codificação/decodificação desses elementos,
acarretando muitas vezes distorções individuais que poderão ocasionar problemas no
processo de comunicação.
Segundo Davenport (1998, apud, Angeloni, 2003), uma das características da
informação consiste na dificuldade de sua transferência com absoluta fidelidade, e, sendo o
conhecimento a informação dotada de valor, conseqüentemente, a transmissão é ainda mais
difícil. No entanto, deve ser lembrado que existem diferenças entre o queremos dizer e o
que realmente dizemos; entre o que dizemos e o que os outros escutam; entre o que
entendem e lembram e entre o que lembram e retransmitem. Muitas informações os
indivíduos não percebem e não vêem; informações que vêem e não ligam, não entendem
ou não decodificam; informações que vêem e usam; informações que procuram ou que
57
adivinham. Muitas pessoas só escutam aquilo que querem e como querem, de acordo com
suas próprias experiências, paradigmas e pré-julgamentos, além de que, o estado de
espírito e humor pode afetar a maneira com que a informação é trabalhada (Lago, 2001,
Pereira & Fonseca, 1997 e Davenport, 1998, apud, Angeloni, 2003) .
A importância da informação e conseqüentemente dos indicadores, pode ser
enfatizada em qualquer organização. No entanto, “a informação exerce papéis diversos
numa fábrica de tubos e numa de produtos farmacêuticos, por exemplo” (McGee & Prusak,
1994). A constante avaliação e análise das características que causam impacto no
desempenho do produto e do processo e, a transferência das lições aprendidas resultam em
melhorias para a organização. Desta forma, pode-se utilizar indicadores para representar de
forma quantificável, as características do processo de segurança ocupacional.
Segundo Angeloni (2003), as organizações devem estar preparadas para suportar
o crescente volume e a rapidez de circulação de informações e conhecimentos,
implantando estruturas organizacionais e tecnológicas flexíveis que permitam esta
circulação, a fim de poder tomar decisões em tempo hábil e se adaptar às mudanças do
meio ambiente em que estão inseridas.
58
CAPITULO 4 – DESENVOLVIMENTO DOS CRITÉRIOS
Segundo Hall & Amorim (2002), o alto índice de acidentes do trabalho no Brasil
deve-se ao fato de que a grande maioria das empresas brasileiras de Construção Civil
apresentam um gerenciamento precário das funções que garantem a Segurança e a Higiene
do Trabalho. Os sistemas previamente nomeados no item 3.4, juntamente com a Norma
Regulamentadora NR 18, foram utilizados para a elaboração dos critérios de diagnóstico e
de avaliação da Segurança Ocupacional no Setor da Construção dentro do Canteiro de
Obras.
4.1 CRITÉRIOS PARA AVALIAR A SEGURANÇA
Os indicadores de desempenho da segurança são a base para qualquer “feedback “
do controle da Segurança, e na obtenção do nível desejado de Segurança na Organização,
segundo Tarrants & Kjellen (apud Tinmannsvik & Hovden 2002).
As análises subjetivas dos fatores da gerência de segurança têm algumas
vantagens sobre dados de acidentes como uma medição para a segurança. De acordo com
Tinmannsvik & Hovden (2002), a avaliação para adequação dos fatores da administração
da segurança pode ser feita na ausência de acidentes ou anterior a eles, de modo que a
organização possa conhecer os problemas de segurança numa fase inicial. Além disso, a
avaliação dos fatores da Administração da Segurança pode ser uma expressão mais
suscetível e exata para a segurança do que os dados de acidentes, especialmente, em
organizações pequenas e para medir os efeitos das ações corretivas. Por outro lado, os
dados de acidentes serão um “corretivo” valioso e um suplemento para uma avaliação
subjetiva dos fatores de administração da segurança, e por último, um critério para
confirmá-los.
Almeida et al. (2003) relata que a literatura sobre fatores que contribuem para
escorregões, tropeções e quedas mostra lista de aspectos organizacionais (gestão e
supervisão, procedimentos, concepções de tarefas, treinamento), humanos
(comportamento, cultura, comunicação, equipe de trabalho, percepção de risco, erros,
carga de trabalho, estresse), concepção (design, espaço físico, equipamentos de proteção
59
individual) e ambientes. No artigo “Slips, trips and falls from heigh offshore”, disponível
em www.hse.gov.uk/reserch/otopdf/2002/oto02001.pdf, é proposta uma análise de rede de
influências de risco (RIN: Risk Influence Network), onde é levado em conta
disponibilidade de recursos, ambiente de trabalho, comunicação, equipamentos, parte
organizacional (recrutamento, treinamento, comunicação, organização de trabalho,
inspeção, manutenção) corporativo (cultura da empresa, relações de trabalho, gestão da
segurança, desempenho financeiro etc.) e ambiental ( influências políticas, de legislação,
de mercado e da sociedade externa à empresa).
Ainda, Almeida et al. (2003) nos afirma que as conclusões acerca das causas
principais dos acidentes de trabalho são firmadas em termos de categorias:
?? Operacionais: falhas de componentes materiais ou equipamentos, reações
aceleradas ou inesperadas, perda de controle etc;
?? Ambientais: mudanças climáticas, falhas ou deficiências de proteções,
interferência de outro acidente etc;
?? Organizacionais: inadequações no gerenciamento da organização ou de
atitudes, falhas em procedimentos, treinamentos,
supervisão, suporte, análise de processos, construção de
instalações, sistema de isolamento de equipamentos,
manutenção etc;
?? Pessoais: erros, problemas de saúde, desobediências, intervenção
maliciosa e outras.
Diante disso, consegue-se perceber que analisar a segurança do trabalho não se
limita apenas a análise do posto de trabalho ou do trabalhador, mas da organização como
um todo.
Ante as necessidades encontradas e após exaustivas pesquisas, verificou-se a
deficiência em critérios para analisar uma organização no âmbito da Segurança e Saúde
Ocupacional. No decorrer da vida profissional desta autora, foi possível observar que, no
Setor da Construção o canteiro de obras é que está exposto ao maior risco, pelas próprias
atividades desenvolvidas, logo, é ele que deve ser analisado mais profundamente. Porém,
para analisar o canteiro de obras é necessário verificar alguns pontos gerenciais relativos a
segurança. A partir disso, decidiu-se verificar os fatores gerenciais específicos de
60
segurança. Através dos critérios do Prêmio Gestão de S&SO da ABPA, quadro 3.4, criou-
se os indicadores para avaliar os fatores gerenciais específicos para promover a segurança,
observando-se os fatores citados por Tinmannsvik & Hovden (2002). A pontuação obtida
terá como base o quadro 4.1: Critérios de Pontuação dos fatores gerenciais específicos para
promover a Segurança.
Quadro 4.1: Critérios de pontuação dos fatores gerenciais específicos para promover a Segurança Percentuais Estágio atual da Organização
0 % Inexistência 20 % Existência puramente eventual 40 % Existência de maneira rotineira informal 60 % Existência de maneira rotineira formal 80 % Existência de forma sistemática e padronizada 100 % Existência de forma sistemática e padronizada com avaliação dos resultados
Fonte: a Autora com base em Hall et al. (2002)
A partir do quadro 3.4 definiu-se dentro dos critérios apresentados, cada indicador
e sua pontuação.
Quadro 4.2: Critérios de avaliação dos fatores gerenciais específicos para promover a Segurança
Item Critérios e Indicadores Pontuação
Máxima %
Obtidos Pontuação
Obtida
1 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL
40
1.1 Definição da Política 10
1.1.1 A empresa dispõe de uma política de S&SO e esta é apropriada à empresa 5
1.1.2 O comprometimento com a melhoria contínua e a prevenção são ressaltados na política 5
1.2 Comprometimento com a Política 30
1.2.1 A direção da empresa participa da elaboração e revisão da política 15
1.2.2 A direção e os gerentes da empresa comunicam e reforçam a política de S&SO dentro do canteiro de obras de modo a abranger todos os funcionários
15
2 PLANEJAMENTO 200
2.1 Planejamento para identificação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos
90
2.1.1 Existe identificação de perigos e avaliações de riscos 30
2.1.2 As equipes que participam do processo de identificação de perigos e avaliações de riscos estão capacitadas 30
2.1.3 Existe uma sistemática para a identificação de perigos e avaliação, comunicação, registro e controle de riscos, e esta é analisada e passa por um processo de melhoria contínua
30
2.2 Requisitos Legais e Outros Requisitos 40
61
2.2.1 A empresa dispõe de PPRA, está a disposição no canteiro de obras, e este está implantado e mantido com a participação dos trabalhadores
5
2.2.2 A empresa dispõe de PCMAT, está a disposição no canteiro de obras, e este está implantado e mantido com a participação dos trabalhadores
5
2.2.3 A empresa dispõe de PCMSO, está a disposição no canteiro de obras, e este está implantado e mantido com a participação dos trabalhadores
5
2.2.4 A empresa dispõe de CIPA e esta está ativa com a participação dos trabalhadores 5
2.2.5 O profissional que elaborou o PPRA está capacitado para tal 5
2.2.6 O profissional que elaborou o PCMAT está capacitado para tal 5
2.2.7 O profissional que elaborou o PCMSO está capacitado para tal 5
2.2.8 Os componentes da CIPA estão capacitados e possuem conhecimento para exercerem tal função 5
2.3 Objetivos 30
2.3.1 A empresa tem objetivos para com a S&SO 10
2.3.2 Os objetivos estão de acordo com o tipo de organização 10
2.3.3 Estes objetivos possuem indicadores 10
2.4 Programa de Gestão 40
2.4.1 Existe um planejamento para que os objetivos sejam alcançados 8
2.4.2 Existe recursos alocados para o programa de S&SO 8
2.4.3 Existe uma projeção de metas relativas aos indicadores pró-ativos e reativos com prazos pré estabelecidos 8
2.4.4 O programa é analisado criticamente em intervalos planejados e regulares 8
2.4.5 A atribuição de responsabilidade e autoridade em cada função em nível da organização, visando atingir os objetivos está identificada
8
3 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO 250
3.1 Estrutura e Responsabilidades 30
3.1.1 A empresa adota meios para assegurar que o seu Sistema de Gestão de S&SO esteja adequadamente implementado 15
3.1.2 Os requisitos de S&SO são observados em todas as áreas 15
3.2 Treinamento, Conscientização e Competência 60
3.2.1 Conscientização de cada funcionário em relação às suas responsabilidades 12
3.2.2 Todos os trabalhadores recebem treinamento admissional e periódico (cada 6 meses) 12
3.2.3 Existem programas de treinamento em Saúde (doenças sexualmente transmissíveis, alcoolismos, drogas) e Segurança dentro do canteiro de obras
12
3.2.4 Conscientização dos funcionários quanto à importância dos EPC’s 12
3.2.5 Conscientização dos funcionários para o uso de EPI’s 12
3.3 Consulta e Comunicação 30
3.3.1 São realizadas reuniões com os funcionários para tratar assuntos de segurança e saúde no local de trabalho 15
62
3.3.2 Os funcionários são informados sobre quem são os representantes nos assuntos de S&SO 15
3.4 Documentação e Controle de Documentos e Dados 30
3.4.1 A organização estabelece e mantém informações documentadas sobre S&SO 6
3.4.2 A organização assegura que os documentos necessários estejam disponíveis em versões corretas e atualizadas nos locais onde são executadas as operações essenciais
6
3.4.3 As alterações quando necessárias são realizadas por pessoas qualificadas e capacitadas 6
3.4.4 Os documentos obsoletos são prontamente removidos e garantidos contra o uso não intencionais 6
3.4.5 Documentos retidos por motivos legais e/ou para preservação de conhecimento encontram-se devidamente identificados 6
3.5 Controle Operacional 50
3.5.1 Estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados, para abranger situações onde sua ausência possa acarretar desvios em relação à política de S&SO e seus objetivos
10
3.5.2 Estabelecimento e manutenção de procedimentos relativos aos riscos identificados de S&SO, de bens, equipamentos e serviços adquiridos e/ou utilizados pela organização
20
3.5.3
Estabelecimento e manutenção de procedimentos para o projeto de locais de trabalho, processos, instalações, equipamentos, procedimentos operacionais e organização do trabalho, incluindo suas adaptações às capacidades humanas, de forma a eliminar ou reduzir os riscos de S&SO na sua fonte
20
3.6 Preparação e Atendimento a Emergências 50
3.6.1 A empresa estabelece e mantém planos e procedimentos para identificar e atender incidentes e situações de emergência 10
3.6.2 A empresa mantém planos e procedimentos para prevenir e reduzir possíveis doenças e lesões 10
3.6.3 Existe pessoal treinado para primeiros socorros 20
3.6.4 O material mínimo para prestar os primeiros socorros está a disposição no canteiro de obras 10
4 VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA 470
4.1 Monitoramento e Medição do Desempenho 350
4.1.1 Resultados de Indicadores Reativos 150
4.1.1.1 A empresa faz um acompanhamento com estatísticas dos acidentes ocorridos 25
4.1.1.2 A empresa faz um acompanhamento com estatísticas das doenças ocupacionais ocorridas 25
4.1.1.3 A empresa mantém registros da taxa de freqüência de acidentes 25
4.1.1.4 A empresa mantém registros da taxa de gravidade dos acidentes 25
4.1.1.5 A empresa mantém registros da taxa de absenteísmo por motivos de saúde 25
4.1.1.6 A empresa mantém registros da taxa de mortalidade 25
4.1.2 Resultados de Indicadores Pró-ativos 200
4.1.2.1 Os trabalhadores recebem treinamento em segurança do trabalho quando são admitidos e periódico a cada 06 meses 20
4.1.2.2 São realizadas inspeções de segurança de acordo com a NR 18 no canteiro de obras 20
63
4.1.2.3 As recomendações realizadas devido as inspeções são implementadas 20
4.1.2.4 São determinados prazos para implementações das recomendações 20
4.1.2.5 São desenvolvidos e implementados projetos que busquem a melhoria das condições de trabalho 20
4.1.2.6 São realizados programas de promoção de saúde 20
4.1.2.7 São realizados exames médicos admissionais, periódicos e demissionais 20
4.1.2.8 São realizados treinamentos quanto ao uso dos EPI’s 20
4.1.2.9 São fornecidos EPI’s adequados para cada tipo de atividade 20
4.1.2.10 Existem padrões operacionais referente a Segurança do Trabalho implementados 20
4.2 Acidentes, Incidentes, Não-Conformidades e Ações Corretivas e Preventivas
60
4.2.1 A organização trata e investiga acidentes, incidentes e não-conformidades 20
4.2.2 A organização adota medidas para reduzir quaisquer conseqüências oriundas de acidentes, incidentes ou não-conformidades
20
4.2.3 A organização inicia e conclui ações corretivas e preventivas e confirma sua eficácia 20
4.3 Registros e Gestão de Registros (A empresa mantém) 20
4.3.1 Registros de treinamentos 3
4.3.2 Relatórios de inspeção de S&SO 3
4.3.3 Relatórios de acidentes e incidentes e de seu acompanhamento 3
4.3.4 Relatórios de exames médicos e de fiscalização sanitária 3
4.3.5 Registros de entrega e manutenção de EPI’s 3
4.3.6 Registros de identificação de perigos, avaliação e controle de riscos 3
4.3.7 Atas de reuniões de S&SO 2
4.4 Auditoria 40
4.4.1 O Sistema de Gestão da S&SO está em conformidade com o que foi planejado 10
4.4.2 O Sistema de Gestão da S&SO encontra-se adequadamente implementado e mantido 10
4.4.3 O Sistema de Gestão da S&SO é eficaz no atendimento à política e aos objetivos da organização 10
4.4.4 As informações sobre os resultados das auditorias são fornecidas à administração para futuros planejamentos 10
5 ANÁLISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO 40
5.1 A direção da empresa utiliza informações de S&SO para seu planejamento estratégico 10
5.2 Existe uma freqüência e uma metodologia de análise crítica do sistema de gestão S&SO pela Administração
10
5.3 Os dados obtidos pelas auditorias são usados para uma melhoria 10
5.4 Nota-se uma melhora no ambiente global da organização com a implementação do Sistema de gestão em S&SO 10
Fonte: a Autora baseado no Quadro 3.4
64
O quadro 4.2 traz os critérios para avaliar os fatores gerenciais específicos para
promover a segurança. Estes critérios deverão ser avaliados através de uma análise local e
comprovado através de evidências. No entanto, para uma completa avaliação da Segurança
Ocupacional dentro do Canteiro de Obras será necessário avaliar o próprio canteiro e
relacioná-lo com os resultados obtidos através dos critérios apresentados no quadro 4.2.
4.2 CRITÉRIOS PARA AVALIAR A SEGURANÇA A NÍVEL OPERACIONAL
A NR 18 é a norma que regulamenta a implementação de medidas de controle e
os sistemas preventivos de segurança dentro do canteiro de obras.
Diante da necessidade de se avaliar a Segurança Ocupacional dentro do canteiro
de obras, foram desenvolvidos critérios e indicadores derivados de um levantamento de
literatura e baseados na NR 18 a partir de suas exigências e da experiência profissional,
levando-se em conta os trabalho realizados na execução de edificações. No quadro 4.3
serão apresentados esses critérios de nível operacional para avaliar a Segurança,
verificando as condições necessárias para o cumprimento da norma.
Estes critérios podem ser usados em empresas de qualquer porte, porém, da
mesma atividade da empresa em estudo.
Quadro 4.3: Critérios de avaliação da Segurança segundo a NR 18
Item Critérios e Itens SIM NÃO Não se Aplica
1 GESTÃO DA OBRA
1.1 Houve comunicação ao MTb sobre o início da obra
1.2 O livro de inspeção encontra-se a disposição na obra
1.3 O PPRA encontra-se a disposição dentro da obra
1.4 O PPRA está implementado e é mantido com a participação dos trabalhadores
1.5 O PCMAT encontra-se a disposição dentro da obra
1.6 O PCMAT está implementado e é mantido com a participação dos trabalhadores
2 ÁREAS DE VIVÊNCIA
2.1 Existem instalações sanitárias (lavatório, vaso sanitário e mictório) em número suficiente, na proporção de 1 conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores
65
2.2 Existe recipiente com tampa, para depósito de papéis usados
2.3 Existem chuveiros aquecidos na proporção de 1 para cada 10 trabalhadores
2.4 Os chuveiros estão em local com piso cimentado e com estrado
2.5 Os vestiários contam com armários e bancos para todos os trabalhadores
2.6 Os vestiários, chuveiros e instalações sanitárias encontram-se devidamente limpos e organizados e em bom estado de conservação
2.7 O refeitório conta com mesas com tampos lisos e laváveis e assentos em número suficiente
2.8 O piso do refeitório é em material lavável
2.9 O refeitório conta com lixeiro com tampa
2.10 Existe lavatório nas proximidades do refeitório
2.11 O refeitório está limpo e organizado
2.12 Existe o fornecimento de água potável, filtrada e fresca
3 SINALIZAÇÃO DA OBRA
3.1 Existe sinalização na entrada da obra
3.2 Existe sinalização de uso obrigatório de EPI´s, específico para a atividade executada, próximo ao posto de trabalho
3.3 Existe sinalização de carga máxima e proibido o transporte de pessoas dentro do elevador de carga
3.4 Existem extintores na obra, e estes encontram-se sinalizados
3.5 As áreas de transporte e de circulação de materiais por grua, guincho ou guindaste estão isoladas e identificadas
3.6 Os acessos, circulação de veículos e equipamentos estão identificados
3.7 Locais com riscos de queda estão identificados
3.8 A comunicação é mantida através de avisos, cartazes ou similares
4 TREINAMENTO
4.1 Todos os funcionários receberam treinamento admissional e periódico, visando garantir a execução de suas atividades com segurança
4.2 Os trabalhadores que exercem funções que necessitam de treinamento especifico encontram-se devidamente treinados
4.3 O operador de elevador (guincheiro) está devidamente treinado
4.4 Existe pessoal treinado em primeiros socorros
4.5 Os componentes da CIPA realizaram curso e sabem de suas atribuições
66
5 ORDEM E LIMPEZA
5.1 O canteiro de obras apresenta-se organizado, limpo e desimpedido
5.2 Pedaços de madeira estão armazenados em local apropriado
5.3 A obra encontra-se isenta de pregos pelo chão
5.4 O local de trabalho encontra-se sem sobras de material
5.5 O local de trabalho está isento de entulho
5.6 Existe locais adequados dentro do canteiro para lixo e/ou entulho e estes encontram-se nestes locais
5.7 O lixo e/ou entulho são retirados da obra e destinados a locais apropriados
5.8 Acessos e saídas da obra encontram-se limpos e sem obstáculos
5.9 Ausência de resíduos insalubres, orgânicos, tóxicos ou perigosos
5.10 A remoção de entulhos ou sobra de materiais é realizada regularmente e de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos
6 DEMOLIÇÕES
6.1 Todas as instalações e ligações foram desligadas, retiradas, protegidas ou isoladas
6.2 As demolições são programadas e dirigidas por profissional legalmente habilitado
6.3 Os elementos frágeis foram retirados
6.4 As construções vizinhas foram vistoriadas e protegidas
6.5 Os objetos e entulhos são retirados através de dispositivo mecânico ou calhas fechadas de material resistente
6.6 São instaladas plataformas de retenção de entulhos em todo o perímetro da obra a no máximo dois pavimentos abaixo do que está sendo demo lido
7 ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS
7.1 Adotam-se medidas necessárias para evitar comprometimento da estabilidade de materiais e objetos de qualquer natureza
7.2 Para escavações com profundidade superior a 1,25 m a estabilidade está garantida e existe escadas ou rampas de acesso próximo aos postos de trabalho
7.3 Equipamentos utilizados para movimento de terra encontram-se em bom estado
7.4 A área está devidamente sinalizada
7.5 Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação estão devidamente sinalizados
7.6 O operador do bate-estacas está qualificado e tem sua equipe treinada
7.7 Nas operações de desmonte de rocha há um blaster responsável por todas as operações
67
7.8 A área de fogo está protegida contra projeção de partículas
8 CARPINTARIA
8.1 Serra circular dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e posterior, construída em madeira resistente, material metálico ou equivalente, sem irregularidades, com dimensionamento suficiente para a execução de tarefas
8.2 Carcaça do motor da serra circular aterrada eletricamente e disco travado, afiado e dotado de coifa protetora
8.3 Piso do setor de carpintaria é resistente, nivelado e antiderrapante
8.4 O setor da carpintaria possui cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra queda de materiais e intempéries
9 ARMAÇÕES DE AÇO
9.1 O corte e dobra dos vergalhões de aço em obra é feito sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e antiderrapantes afastadas da área de circulação dos trabalhadores
9.2 As armações de estruturas verticais são apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento
9.3 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação tem cobertura resistente capaz de proteger os trabalhadores contra queda de materiais e intempéries
9.4 São colocadas pranchas de madeira sobre as armações nas formas, para a circulação dos trabalhadores
9.5 As pontas dos vergalhões estão devidamente protegidas
9.6 A área é isolada durante a descarga dos vergalhões de aço
10 ESTRUTURAS DE CONCRETO
10.1 As formas são escoradas e as escoras inspecionadas antes e durante a concretagem
10.2 Durante a desforma são viabilizados meios que impeçam a queda de formas e escoras
10.3 As peças e máquinas do sistema transportador de concreto são inspecionadas antes do início dos trabalhos
10.4 Durante a concretagem apenas a equipe indispensável para a realização da tarefa permanece no local
10.5 Os vibradores tem duplo isolamento e os cabos protegidos para evitar danos, e são inspecionados antes e durante a utilização
10.6 Lajes com altura maior de 2 metros possuem guarda corpos durante a concretagem
11 ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS
11.1 A madeira utilizada para a construção de escadas, rampas e passarelas é de boa qualidade, não apresenta nós nem rachaduras e encontram-se sem pintura
68
11.2 As escadas, rampas e passarelas são sólidas e possuem corrimão e rodapé e em perfeito estado de conservação
11.3 Nas transposições de pisos com diferença de nível superior a 40cm é feita através de escadas ou rampas
11.4 As escadas provisórias de uso coletivo possuem largura mínima de 80 cm e a cada 2,90 m de altura possui um patamar intermediário
11.5 Os espaçamentos entre os degraus das escadas de mão são uniformes entre 25 cm e 30 cm e são intertravados
11.6 As rampas provisórias são fixadas no piso inferior e superior, não ultrapassando 30o de inclinação em relação ao piso e as com inclinação superior a 18o possuem peças transversais fixadas e espaçadas em no máximo 40 cm para o apoio dos pés
12 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA DE ALTURA
12.1 Existe guarda corpo em toda a periferia da laje de acordo com a NR 18
12.2 As aberturas de piso possuem fechamento provisório resistente
12.3 As aberturas utilizadas para transporte vertical de materiais são protegidas por guarda corpos
12.4 Em todo o perímetro da construção existe plataforma principal, secundária e terciária conforme a necessidade e de acordo com a NR 18
12.5 Existe tela de proteção de acordo com a NR 18
13 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PESSOAS E MATERIAIS
13.1 A montagem e a manutenção dos equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas são executados por trabalhador qualificado sob supervisão de profissional habilitado
13.2 Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas são operados por trabalhador qualificado
13.3 Durante o transporte, carga e descarga a área está sinalizada e isolada
13.4 Antes do início dos serviços os equipamentos de transporte são inspecionados
13.5 A área de operação é isolada a fim de evitar o acesso de pessoas não autorizadas
13.6 A torre do elevador está estaiada e fixada, aterrada eletricamente, protegida e sinalizada
13.7 A base onde se instala a torre e o guincho é única, em concreto e nivelada
13.8 A torre do elevador é equipada com dispositivo de segurança que impede a abertura da cancela quando o elevador não está no nível do pavimento
13.9 O transporte de pessoas e materiais é realizado não simultâneo
69
13.10 No interior do elevador de material está fixada uma placa contendo a indicação de carga máxima e a proibição de transporte de pessoas
14 ANDAIMES
14.1 A sustentação do andaime suspenso (jaú) é feita através de vigas metálicas e cabos de aço
14.2 O andaime suspenso (jaú) é dotado de guarda-corpo e tela de proteção
14.3 O guincho do andaime suspenso (jaú) é acionado por meio de alavancas ou manivelas, ou automatizado, na subida e na descida, possui dispositivo que impede o retrocesso do tambor e a catraca é dotada de capa de proteção
14.4 O sistema de sustentação e fixação do andaime suspenso (jaú) é especificado tecnicamente por profissional habilitado
14.5 Os andaimes metálicos encontram-se em bom estado de conservação, fixados e contraventados
14.6 Andaimes de madeira são confeccionados com madeira de boa qualidade, seca, sem apresentar nós ou rachaduras que afetem sua resistência
14.7 O balancim individual é sustentado por meio de cabo de aço, dotado com dispositivo de subida e descida e trava de segurança
14.8 O sistema de fixação dos andaimes suspensos é independente do cabo-guia do trava quedas
14.9 Os andaimes fachadeiros possuem escada incorporada e os montantes possuem encaixes travados
14.10 Os andaimes móveis possuem rodízios com trava e estão sendo utilizado apenas em superfície plana
14.11 Os trabalhadores em andaimes com altura superior a 2 metros estão usando cinto tipo pára-quedista ligado ao trava-queda em cabo guia independente.
14.12 Não existem trechos em balanço apoiados no estrado dos andaimes
15 CABOS DE AÇO
15.1 Os cabos de aço são em uma peça única de acordo com o especificado no dimensionamento de sustentação, íntegros e em bom estado
15.2 Os cabos de aço são fixados por meio de dispositivos que impeçam deslizamento e desgaste
16 ALVENARIA, REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS
16.1 Quadros e tomadas energizadas estão protegidos
16.2 A retirada das proteções em periferias de laje e aberturas de piso é realizada quando da execução da alvenaria, e esta executada em seguida de maneira estável
16.3 Os vidros após a instalação são prontamente marcados de maneira visível
70
17 SERVIÇOS EM TELHADO
17.1 Durante a execução de serviços em telhados está garantida a movimentação segura do trabalhador
17.2 Nos locais onde se desenvolvem trabalhos no telhado existe sinalização e isolamento de forma a evitar que trabalhadores no piso inferior sejam atingidos por queda de materiais
18 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS
18.1 Serra circular dotada de chave liga-desliga, coifa protetora, caixa coletora de serragem e aterrada
18.2 Betoneira dotada de chave liga-desliga e aterrada
18.3 Pequenas ferramentas elétricas dispõem de duplo isolamento e são adequadas para o uso que se dá
18.4 Ferramentas manuais encontram-se em bom estado
18.5 O elevador de carga encontra-se em bom estado, torre protegida contra quedas de materiais e aterrada, a cabine de comando isolada
18.6 As máquinas, equipamentos e ferramentas são submetidos a inspeção e manutenção
19 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS DA OBRA
19.1 Existe um quadro geral na obra em local seguro
19.2 Os disjuntores são de sensibilidade adequada
19.3 As tomadas e interruptores tem proteção adequada
19.4 Os bocais das lâmpadas são adequados e isolados
20 TRABALHOS EM ALTURA
20.1 São adotadas medidas necessárias para evitar quedas
20.2 Plataformas, andaimes, passarelas, jaús protegidos por guarda corpo.
20.3 Utilização de cintos de segurança e trava-quedas
20.4 Plataformas de trabalho em altura são estáveis e sólidas
21 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
21.1 A empresa fornece EPI a todos os trabalhadores
21.2 São usados EPI adequados para cada situação
21.3 Os EPI´s encontram em bom estado de conservação
21.4 Quando é solicitada a reposição de algum EPI ou de um EPI novo após a confirmação da necessidade a empresa prontamente atende a solicitação
21.5 A empresa cobra o uso do EPI
22 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
22.1 As periferias de laje estão protegidas por guarda corpo
22.2 Vãos de elevador, de ventilação e outros estão devidamente protegidos
22.3 As escadarias contam com guarda corpo em toda a sua extensão
71
22.4 As escadas de mão estão isentas de emendas e os degraus são travados
22.5 Pontas de ferro estão devidamente protegidas
23 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAL
23.1 Os materiais estão estocados de forma a não prejudicar o trânsito dentro do canteiro
23.2 As pilhas de materiais possuem forma e altura que garante a estabilidade e facilitem o manuseio
23.3 Materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosivos estão armazenados em locais isolados, apropriados e sinalizados, com acesso permitido somente a pessoas autorizadas
23.4 Madeiras retiradas de formas, andaimes, escoramento e tapumes são armazenadas após a retirada de pregos e arames
23.5 Cal, cimento e argamassas em sacos encontram-se armazenadas em local seco e arejado
24 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
24.1 Existem trabalhadores treinados para o correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao incêndio
24.2 O canteiro está provido de extintores de acordo com os riscos presentes
25 CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
25.1 A CIPA está constituída
25.2 A CIPA é atuante
25.3 Os membros estão capacitados
25.4 Existe a participação dos trabalhadores Fonte: a Autora com base na NR 18
No quadro 4.3 foram apresentados 144 indicadores o que corresponde à pontuação
máxima possível em uma obra segundo os critérios aqui apresentados. No entanto, é
praticamente impossível estar ocorrendo simultaneamente todas as etapas da obra, logo,
deve-se verificar a pontuação máxima para a obra analisada. Esta pontuação máxima para
cada obra é obtida diminuindo-se da pontuação máxima possível os itens que não se aplica
na obra naquela etapa da execução.
Para avaliar a Segurança a nível operacional através dos critérios aqui
apresentados será necessária uma avaliação in loco de modo a verificar se os indicadores
estão de acordo com a norma. Alguns dos indicadores deverão ser avaliados em todas as
etapas da obra, porém, alguns são específicos de acordo com as atividades desenvolvidas
na obra no momento da aplicação deste check list.
72
CAPITULO 5 – AS EMPRESA EM ESTUDO
5.1 IDENTIFICAÇÃO DAS EMPRESAS
5.1.1 Histórico
A Empresa “A” atua na área da construção civil há 7 anos, e tem em seu acervo
técnico 50.000,00 m2 de área construída e entregue, incluindo pontes, galpões, edifícios
para as mais diversas utilidades. A empresa trabalha com órgão públicos e atua no estado
de Santa Catarina, concentrando-se na área litorânea. Tem sede em São José/SC e conta
com 145 trabalhadores. A mão de obra é quase em sua totalidade própria, terceirizando
apenas instalações e pintura.
A Empresa “B” atua no mercado há 8 anos, e conta com 21.000,00 m2 de área
construída e entregue em estrutura convencional. Já executou pontes, galpões e reformas
em agências bancárias, no entanto hoje, constrói edifícios residenciais na área continental
de Florianópolis e São José. Sua sede está situada em Florianópolis/SC e atualmente está
com 31 funcionários próprios, terceirizando apenas as instalações.
A Empresa “C” também está no mercado há 8 anos, possui 17.000,00 m2 de área
entregue na Grande Florianópolis em estrutura convencional. Atua principalmente em São
José/SC, executando edifícios residenciais. A Empresa “C” trabalha com mão de obra
100% própria. Atualmente possui 20 colaboradores. Sua sede é em Florianópolis/SC.
A Empresa “D” está no mercado há 14 anos e entregou 40.000,00 m2 em edifícios
residenciais e comerciais. Suas obras são em estrutura convencional e todas no Município
de Florianópolis/SC, bem como sua sede. Toda a mão de obra é terceirizada, apenas o
corpo técnico e o administrativo-financeiro são funcionários da empresa. Atualmente conta
com 35 trabalhadores.
Os proprietários da Empresa “E” começaram executando instalações elétricas,
telefônicas, preventivas e hidráulicas como pessoa física, alguns anos mais tarde decidiram
em montar uma construtora. Hoje, 16 anos mais tarde a empresa entregou 12.000,00 m2 em
residências uni e multifamiliares. Atua na região de São José e Florianópolis, e conta com
mão de obra própria. A sede da empresa está situada no Município de São José/SC.
A Empresa “F” com sede em São José/SC, entregou 137.000,00 m2 de área
residencial. Atua nos municípios de São José e Florianópolis apenas com obras
73
multifamiliares. Seu quadro funcional conta com 80 funcionários próprios e 70
terceirizados.
5.1.2 Características das Obras
As obras analisadas possuem características diferentes umas das outras. Para uma melhor
visualização optou-se por apresenta-las através do quadro 5.1.
Quadro 5.1: Características das obras analisadas
Empresas Área (m2)
Número de
Pavimentos
Trabalhadores nesta Etapa
Obra Residencial
Obra Pública
Estrutura Convencional
Alvenaria Estrutural
“A” 1.843,24 3 13 X X “B” 2.588,06 9 21 X X “C” 2.004,50 6 20 X X “D” 3.100,00 7 10 X X “E” 3.270,00 8 13 X X “F” 7.500,00 10 35 X X
5.1.3 Etapa da Obra
Para melhor definir os riscos existentes na obra, deve-se conhecer as etapas da
mesma a partir do quadro 5.2. Os riscos poderão ser mapeados e prevenidos sabendo-se a
fase em que a obra se encontra.
Quadro 5.2: Etapas da obra
ETAPAS DA OBRA Escavação e Fundação: limpeza/escavação do terreno; estaquamento/ sapatas; vigas de baldrame. Estrutura: formas; ferragem; montagem e desmontagem de formas e concretagem. Alvenaria: assentamento de blocos e tijolos. Revestimento: revestimento interno e externo; instalações elétricas, hidrossanitárias, telefônicas, e preventivas; cobertura e pavimentação. Acabamento: Colocação de esquadrias; impermeabilização; regularização e assentamento de cerâmicas; pinturas; colocação de aparelhos sanitários, metais e ferragens e instalação do elevador. Serviços Complementares: Ligações de água, energia e telefone, ajardinamento e Habite-se.
74
Além de características diferentes, as obras analisadas se encontram em fases
diferentes e, estas podem ser observadas através do no quadro 5.3.
Quadro 5.3: Etapas das obras analisadas Etapas
Empresas
Escavação e
Fundação Estrutura Alvenaria Revestimento Acabamento
Serviços Complementares
“A” X X “B” X X “C” X “D” X “E” X X “F” X
A cada etapa da obra muda-se o tipo de serviço a executar e com isso mudam-se
os insumos, o perfil dos trabalhadores, bem como o risco das atividades. Portanto, é
necessário realizar uma análise diferenciada em alguns pontos, pois muitas tarefas deixam
de existir.
75
CAPITULO 6 – ANÁLISE DOS RESULTADOS
Para verificar a validade dos critérios aqui apresentados e a existência ou não de
relação entre os fatores gerenciais específicos para promover a Segurança e os fatores
operacionais foi realizada uma pesquisa em campo. Esta pesquisa consiste em duas etapas
dentro da mesma organização. Na primeira foi realizada uma pesquisa com o engenheiro
responsável ou proprietário da empresa, onde através de entrevista, verificação de
documentos e análise dos fatos, conseguiu-se verificar o percentual para cada critério
referente aos fatores gerenciais específicos para promover a Segurança. Já numa segunda
etapa, acompanhada do Proprietário da Empresa, Engenheiro ou Mestre de Obra verificou-
se em obra os fatores operacionais através de um check list.
6.1 FATORES GERENCIAIS ESPECIFÍCOS PARA PROMOVER A SEGURANÇA
Tomando-se como base o quadro 4.2: Critérios de avaliação dos fatores gerencias
específicos para promover a Segurança, realizou-se através de entrevista com o
proprietário da empresa ou com o engenheiro responsável, avaliação local e das evidências
uma análise desses critérios. Nesta análise conseguiu-se verificar a que nível a empresa
atendia o requisito.
Através destes fatores é que se consegue avaliar se a empresa está comprometida
com a Segurança e Saúde do Trabalhador. O quadro 6.1 mostra o resultado da aplicação
bem como o número total de pontos obtidos pelas empresas nesta avaliação. O resultado na
integra da pesquisa de avaliação dos fatores gerenciais específicos para promover a
segurança encontra-se no anexo 1.
Quadro 6.1: Resultados da pesquisa de avaliação dos fatores gerencias específicos para promover a Segurança % Obtido Pontuação Obtida
Item Critérios e Indicadores Pontuação Máxima “A” “B” “C” “D” “E” “F” “A” “B” “C” “D” “E” “F”
SISTEMA DE GESTÃO S&SO 1000 38,90 52,18 55,76 4,74 22,44 58,06 389,0 521,8 557,6 47,4 224,4 580,6
1 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL
40 60,0 25,0 20,0 0,0 0,0 5,0 24,0 10,0 8,0 0,0 0,0 2,0
1.1 Definição da Política 10 60,0 40,0 20,0 0,0 0,0 20,0 6,0 4,0 2,0 0,0 0,0 2,0
1.2 Comprometimento com a Política 30 60,0 20,0 20,0 0,0 0,0 0,0 18,0 6,0 6,0 0,0 0,0 0,0
2 PLANEJAMENTO 200 28,9 48,2 46,8 10,5 12,0 39,0 57,8 96,4 93,6 21,0 24,0 78,0
2.1 Planejamento para identificação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos
90 0,0 60,0 46,7 0,0 0,0 33,3 0,0 54,0 42,0 0,0 0,0 30,0
2.2 Requisitos Legais e outros Requisitos 40 47,5 90,0 65,0 52,5 60,0 90,0 19,0 36,0 26,0 21,0 24,0 36,0
2.3 Objetivos 30 60,0 13,3 53,3 0,0 0,0 13,3 18,0 4,0 16,0 0,0 0,0 4,0
2.4 Programa de Gestão 40 52,0 6,0 24,0 0,0 0,0 20,0 20,8 2,4 9,6 0,0 0,0 8,0
3 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO 250 52,9 66,9 64,9 6,7 24,2 72,1 132,2 167,2 162,4 16,8 60,4 180,2
3.1 Estrutura e Responsabilidades 30 50,0 60,0 20,0 0,0 0,0 60,0 15,0 18,0 6,0 0,0 0,0 18,0
3.2 Treinamento, Conscientização e Competência 60 88,0 96,0 76,0 28,0 84,0 96,0 52,8 57,6 45,6 16,8 50,4 54,6
3.3 Consulta e Comunicação 30 80,0 80,0 80,0 0,0 0,0 100,0 24,0 24,0 24,0 0,0 0,0 30,0
3.4 Documentação e Controle de Documentos e Dados
30 8,0 92,0 96,0 0,0 0,0 92,0 2,4 27,6 28,8 0,0 0,0 27,6
3.5 Controle Operacional 50 8,0 16,0 48,0 0,0 0,0 20,0 4,0 8,0 24,0 0,0 0,0 10,0
3.6 Preparação e Atendimento a Emergências 50 68,0 64,0 68,0 0,0 20,0 80,0 34,0 32,0 34,0 0,0 10,0 40,0
4 VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA 470 37,2 50,7 59,5 2,04 29,8 65,2 175,0 238,2 279,6 9,6 140,0 306,4
4.1 Monitoramento e Medição do Desempenho 350 36,4 54,0 53,7 0,0 36,6 69,43 124,0 189,0 188,0 0,0 128,0 243,0
4.2 Acidentes, Incidentes, Não-Conformidades e Ações Corretivas e Preventivas
60 60,0 53,3 93,3 0,0 0,0 40,0 36,0 32,0 56,0 0,0 0,0 24,0
4.3 Registro e Gestão de Registros 20 75,0 86,0 88,0 48,0 60,0 87,0 15,0 17,20 17,6 9,6 12,0 17,4
4.4 Auditoria 40 0,0 0,0 45,0 0,0 0,0 55,0 0,0 0,0 18,0 0,0 0,0 22,0
5 ANÁLISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO
40 0,0 25,0 35,0 0,0 0,0 35,0 0,0 10,0 14,0 0,0 0,0 14,0
76
Apesar de conseguir verificar quantitativamente a pontuação e o percentual
obtido, é necessário analisar qualitativamente os dados.
Nenhuma das empresas analisadas possuem uma política de Segurança e Saúde
Ocupacional e tão pouco uma Gestão em S&SO. Nas empresas “A”, “B”, “C” e “F”,
existe uma preocupação maior em relação a S&SO. Esta preocupação está explícita na
Política da Qualidade e nos seus objetivos onde mostra o comprometimento com o
cumprimento dos princípios de higiene, saúde e segurança do trabalho. A Empresa “A”,
inspeciona itens de segurança na mesma ficha que inspeciona os serviços após a conclusão.
As empresas “D” e “E”, apenas cumprem alguns requisitos legais como PPRA, PCMAT e
PCMSO e nenhuma das duas possui CIPA constituída.
Todas as empresas analisadas são assessoradas pelo SECONCI – Serviço Social
da Indústria da Construção Civil, órgão que elabora e monitora o PCMAT, PPRA e
PCMSO, através de seu Engenheiro de Segurança e de seus Técnicos de Segurança do
Trabalho. É o SECONCI também que ministra cursos de CIPA, de primeiros socorros, de
prevenção de acidentes (admissional e periódicos) e de operadores de equipamentos que
necessitam de cursos específicos como no caso de guincheiro. Isso pode ser demonstrado
pelo Critério 2 Planejamento, e os indicadores do item 2.2 Requisitos Legais e outros
Requisitos, onde, com exceção da Empresa “A” que está com o PPRA e o PCMAT
vencidos, todas as demais somaram mais de 50%.
Os profissionais da empresa devem estar conscientes da necessidade da
implementação e manutenção de procedimentos, e dispostos a regularizar as observações
efetuadas no monitoramento realizando ações corretivas e melhorando as condições de
trabalho na empresa. As empresas “A”, “B”, e “D” possuem engenheiros em seu quadro
com pós-graduação em Segurança do Trabalho e o engenheiro da empresa “C” está
cursando. No entanto, o que se nota é que os mesmos acumulam várias responsabilidades
como, execução de obra, administração dos trabalhadores e de material e ainda o sistema
da qualidade, que em três das empresas analisadas é este profissional o Representante da
Direção perante o Sistema, e diante disso, a Segurança é que acaba ficando um pouco de
lado, ou agregada à qualidade, porém, sem a integração ideal.
77
78
6.2 FATORES OPERACIONAIS
A Avaliação da Segurança Ocupacional de acordo com os critérios de Avaliação
da Segurança, segundo a NR 18, foi realizada na forma de check list dentro dos canteiros
de obras. As 6 obras analisadas foram visitadas pela autora.
Para a avaliação da Segurança a Nível Operacional foram elaborados 25 critérios
com 146 indicadores conforme o quadro 4.3. Os estágios de cada obra diferem entre si
como mostra o quadro 5.3: Etapas das Obras analisadas. Não foi possível fazer a
verificação em alguns dos itens em cada obra, devido às etapas em andamento. Os itens
verificados em cada obra estão demonstrados no quadro 6.2: Resultado da Pesquisa de
avaliação da Segurança de acordo com a NR 18 juntamente com o resultado do check list.
No quadro 6.2: Resultado da Pesquisa de avaliação da Segurança de acordo com a
NR 18, a pontuação máxima corresponde ao número total de indicadores. A pontuação
máxima possível para a obra corresponde aos indicadores que podem ser avaliados naquela
obra, isto é, o número total de indicadores menos os indicadores que se encontram na
situação não se aplica do quadro 4.3 Critérios de Avaliação da Segurança segundo a NR
18. Nas obras onde não há serviços de estrutura no período verificado não é possível
avaliar o critério 10 Estruturas de Concreto, se não existem rampas para transposição de
níveis impossibilitando a avaliação do indicador 11.6 “As rampas provisórias são fixadas
...”, logo não se aplica a verificação destes itens. A pontuação obtida corresponde ao
número de indicadores que estão em conformidade na obra analisada.
O resultado na integra da pesquisa de avaliação dos fatores operacionais encontra-
se no anexo 2.
Quadro 6.2: Resultados da pesquisa de avaliação da Segurança segundo a NR 18 Pontuação Máxima Possível
para a Obra Pontuação Obtida
Item Critérios e Indicadores Pontuação
Máxima “A” “B” “C” “D” “E” “F” “A” “B” “C” “D” “E” “F” SEGURANÇA A NÍVEL OPERACIONAL 146 78 118 111 87 105 122 64 112 95 60 81 111
1 Gestão da Obra 6 6 6 6 6 6 6 1 6 5 3 3 5
2 Áreas de Vivência 12 12 12 12 12 12 12 11 12 12 10 12 11 3 Sinalização da Obra 8 8 8 8 7 8 8 5 7 8 4 5 6
4 Treinamento 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 3 3 4 5 Ordem e Limpeza 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 9 10 10
6 Demolições 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 Carpintaria 4 0 4 0 4 4 4 0 4 0 3 4 4
9 Armações de Aço 6 0 6 0 6 0 4 0 5 0 4 0 4 10 Estruturas de Concreto 6 0 6 0 6 0 6 0 6 0 4 0 5
11 Escadas, Rampas e Passarelas 6 0 4 4 4 4 5 0 4 3 2 4 5
12 Medidas de Proteção Contra Queda de Altura 5 1 1 2 3 4 4 1 1 2 3 4 4 13 Movimentação e Transporte de Pessoas e Materiais 10 10 10 10 0 10 9 9 10 10 0 10 8
14 Andaimes 12 1 8 12 0 7 9 1 7 5 0 7 9 15 Cabos de Aço 2 0 2 2 0 2 2 0 2 2 0 2 2
16 Alvenaria, Revestimentos e Reboco 3 1 2 3 0 1 3 1 2 3 0 1 2
17 Serviços em Telhado 2 0 0 2 0 0 1 0 0 2 0 0 1 18 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas 6 4 6 6 4 6 6 3 6 5 2 5 6
19 Instalações Elétricas Provisórias da Obra 4 3 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 20 Trabalhos em Altura 4 0 4 4 0 3 4 0 4 4 0 3 4
21 Equipamentos de Proteção Individual 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
22 Equipamentos de Proteção Coletiva 5 2 5 5 5 4 5 1 5 5 4 4 5 23 Armazenamento e Estocagem de Material 5 5 4 5 0 4 4 4 4 5 0 3 4
24 Proteção contra Incêndio 2 2 2 2 2 2 2 0 1 1 0 1 0
25 CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
4 4 4 4 4 4 4 4 2 0 0 0 3
79
6.2.1 Análise dos Resultados dos Fatores Operacionais
Gestão da Obra
- Em relação a este critério foi observado que com exceção da empresa “A” que
se encontra com o PPRA e o PCMAT vencido as demais cumprem os
requisitos legais quase que na sua totalidade. No entanto, em apenas três da
obras, a implementação dos programas contam com a participação dos
trabalhadores.
Áreas de Vivência
- As áreas de vivência das seis obras analisadas encontram-se aceitáveis dentro
dos requisitos da NR 18.
Sinalização da Obra
- A sinalização em todas as obras está deixando a desejar. O uso de cartazes
alertando sobre o uso de EPI’s específicos para cada atividade reforça a
conscientização dos trabalhadores e deve ser explorado e usado, o que não está
acontecendo da forma desejada.
- Da mesma forma os acessos, circulação de veículos e equipamentos e na
entrada das obras, a sinalização em algumas obras encontra-se deficiente.
Treinamento
- As empresas procuram atender os requisitos legais quanto ao treinamento
referente a NR 18, no entanto, existe falhas em cursos de primeiros socorros e
CIPA.
Ordem e Limpeza
- No geral as obras encontram-se em condições aceitáveis de ordem e limpeza.
Demolições
- Nenhuma das empresas encontra-se nesta fase da obra.
80
81
Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas
- Nenhuma das empresas encontra-se nesta fase da obra.
Carpintaria
- Nas três obras onde estão sendo executados serviços de carpintaria os critérios
são atendidos .
Armações de Aço
- Três empresas estão executando serviço de armação de aço nesta etapa da obra,
e nenhuma delas coloca algum tipo de proteção como, pranchas de madeira,
sobre a armação de aço já montada na forma da viga, e em uma delas há
deficiência quanto ao isolamento da área de descarga dos vergalhões.
Estruturas de Concreto
- Em 50% das obras analisadas existem serviços em estruturas de concreto.
Atualmente, o problema maior aqui encontrado ocorre durante a desforma,
onde em uma das obras as formas não são amarradas impedindo desta forma a
queda das mesmas.
Escadas Rampas e Passarelas
- Neste critério existem alguns pontos a serem melhorados nas obras. As falhas
encontradas não são tão graves, no entanto merecem ajustes.
Medidas de Proteção contra Quedas de Altura
- Neste item todos os critérios estão atendidos nas seis obras analisadas.
Movimentação e Transporte de Pessoas e Materiais
- Apenas uma das obras encontra-se sem elevador, as demais possuem elevador
apenas para transporte de materiais, e este item é satisfeito em todas as obras.
Andaimes
- Em uma das obras existem várias irregularidades nos andaimes.
82
Cabos de Aço
- Nas obras onde está sendo utilizado cabo de aço estes encontram-se em
conformidade com a NR 18.
Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos
- Neste item não há considerações a serem feitas.
Serviços em Telhado
- Em duas das obras analisadas está sendo executado o telhado e a segurança do
trabalhador encontra-se garantida.
Máquinas e Equipamentos e Ferramentas Diversas
- Em uma das obras existe problemas de aterramento de máquinas e ferramentas
em estado de manutenção não muito bom. Outro fator preocupante e que em
algumas das obras não existe inspeção e manutenção preventiva das máquinas
e ferramentas. Estas são submetidas a manutenção apenas quando apresentam
problemas.
Instalações Elétricas Provisórias da Obra
- Este critério é atendido em todas as obras.
Trabalhos em Altura
- No que se refere a este item as empresas demonstram grande preocupação,
satisfazendo a NR 18.
Equipamentos de Proteção Individual
- Os trabalhadores estavam usando os EPI’s básicos como capacete e sapatão.
No entanto, alguns trabalhadores que se encontravam executando reboco ou
assentamento de cerâmica não fazia o uso de luvas. Analisando a nível macro,
o item é satisfeito em todas as obras, no entanto, quando questiona-se o uso de
luvas nestes casos, de protetor auricular na operação de guincho nota-se que
ainda existe uma certa falta de conscientização dos trabalhadores e dos
responsáveis pelos mesmos.
83
Equipamentos de Proteção Coletiva
- No que se refere a equipamentos de proteção coletiva, existem obras com
problemas de guarda corpo nas escadarias e nas periferias de laje. As fases em
que as obras analisadas se encontram existem uma menor necessidade de EPC,
uma vez que em algumas a alvenaria já foi executada eliminando assim a
necessidade de guarda corpos e bandejas.
Armazenamento e Estocagem de Material
- Em todas as obras existe pouco material estocado e na sua maioria os mesmos
encontram-se dentro de depósito evitando assim prejudicar o transito dentro do
canteiro.
Proteção contra Incêndio
- Existem extintores em algumas obras, junto da serra circular. Porém, em
nenhuma delas existe trabalhador capacitado para o primeiro combate ao
incêndio.
CIPA
- Em apenas uma das obras analisadas a CIPA é atuante, com membros
capacitados e a participação dos trabalhadores. Em outras, a CIPA existe
apenas para burlar a fiscalização e em outras ela nem existe.
A partir dos fatores operacionais pode-se verificar as condições do ambiente de
trabalho para com a Segurança no momento verificado, porém, nada garante que o
observado numa determinada fase da obra será o mesmo de outra.
6.3 COMENTÁRIOS
A Indústria da Construção Civil difere em muitos aspectos de outras indústrias,
porém o fato de que o trabalhador movimenta-se através do produto que está sendo
fabricado é o mais marcante, assemelhando-se a poucos outros processos, como construção
de aviões e navios. As fases da obra se modificam e os insumos mudam, com isso os riscos
84
de acidentes também são variáveis. Diante disto e dos critérios analisados nos dois níveis
(gerencial e operacional), verifica-se a necessidade de aprimorar os critérios e fazer um
acompanhamento mais freqüente dentro do canteiro, para poder analisar as várias fases da
obra.
A dificuldade mais significativa entrada durante o estudo de caso foi a
indisponibilidade dos dados de acidentes e incidentes ocorridos nas empresas, dados esses
que são de grande importância para a confrontação com os resultados da aplicação dos
critérios.
Apesar de apenas uma das empresas ter ficado abaixo de 70% da pontuação
máxima possível, nenhuma das obras é exemplo de organização e segurança. Existe muito
a ser feito. A principal recomendação seria a aplicação dos critérios a nível operacional
durante todo o período da obra, isto é, sempre que iniciar novos serviços aplicar os
critérios e realizar os ajustes necessários. Simplesmente seguir a norma não significa que a
obra é 100% segura, no entanto, demonstra que está caminhando para tal. Infelizmente
nem a norma é cumprida.
Verificou-se também que, as empresas apesar de terem características diferentes e
forma de administrar distintas estão caminhando de forma semelhante no que se refere aos
fatores operacionais. No entanto, nos fatores gerenciais específicos para promover a
segurança, a visão das empresas “A”, “B”, “C” e “F”, estão caminhando na mesma linha,
mas, não na mesma velocidade.
Analisando globalmente os critérios verificados pode-se observar que nem uma
das empresas possui uma Gestão em S&SO. O que se pode constatar é que em 4 das
empresas analisadas a preocupação em relação à Saúde e Segurança existe, e em muitas
vezes de forma informal e não sistemática, porém, alguns procedimentos neste sentido
estão sendo implantados mesmo que, lentamente.
Ao longo do estudo pode-se constatar que existe uma relação entre os fatores
gerenciais específicos para promover a segurança e os fatores operacionais segundo a NR
18. Nenhuma das empresas analisadas possui um sistema de gestão da segurança, no
85
entanto 5 delas estão implantando um sistema da qualidade e atrelado a este, alguns pontos
de segurança. Apesar das obras não serem nenhum exemplo de organização e segurança
consegue-se observar uma melhora significativa. Essa melhora pode ser constatada em
duas empresas por visitas anteriores as obras, em uma por atuar nela e em outra por relatos
do mestre de obras.
Então, esta relação pode ser observada com a implementação do Sistema da
Qualidade, aliando itens de segurança do trabalho com a melhoria dos canteiros de obras.
Os fatores humanos fazem parte da organização e, a relação destes com os fatores aqui
abordados e a avaliação da Segurança está representada na figura 6.1.
Figura 6.1: Relação entre os fatores e a avaliação da Segurança
Proteger a saúde e a segurança no local de trabalho é um dever fundamental de
todas as organizações e de seus funcionários. Este objetivo comum é atingido mais
facilmente se a organização estabelecer critérios de enfoque para a identificação de perigos
e para a avaliação e o controle de riscos relativos ao trabalho. O enfoque mais eficaz é
aquele em que a organização atribui à obtenção de padrões elevados de gestão de saúde e
segurança no trabalho a mesma importância dada a outros aspectos chave do seu ramo de
atividade.
Muitas características de uma gestão eficiente de saúde e segurança no trabalho
são idênticas às práticas utilizadas para obter qualidade e excelência empresarial. A
incorporação destes aspectos no sistema é fundamental para:
- identificar perigos potenciais ou reais no trabalho;
Fatores Humanos
Fatores gerenciais específicos para
promover a Segurança Fatores
operacionais
Avaliação Geral da Segurança
86
- estabelecer metas quantificáveis para eliminar ou reduzir os perigos e controlar
riscos residuais;
- implementar programas e procedimentos para atingir os objetivos; e
- medir e verificar o desempenho e a eficácia das medidas adotadas e identificar
possibilidades de melhoria contínua
Para finalizar este capítulo, deixa-se aqui a recomendação para que as empresas
estabeleçam uma política de Segurança e um comprometimento com a melhoria contínua e
a prevenção de acidentes.
A implementação de um sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
consiste no gerenciamento dos riscos presentes nas atividades laborais, através de tomada
de decisões visando minimizar os efeitos adversos que as perdas acidentais possam causar
aos trabalhadores e a organização. Cria estruturas administrativas com cultura de
planejamento para gerar uma produção segura, permitindo as ações preventivas de
conscientização, sensibilização e capacitação para a Segurança do Trabalho.
O sistema de gestão é um conjunto em qualquer nível de complexidade, de
pessoas, recursos e procedimentos, componentes estes que interagem de um modo
organizado para assegurar que a Empresa irá trabalhar com Segurança e Saúde.
Os fatores gerencias poderão ser uma ferramenta útil para o planejamento de uma
Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, uma vez que a partir dos dados levantados
através destes fatores se obtém subsídios para verificar quais os pontos críticos e que
apresentam maior risco de acidente para definir prioridades na implementação do Sistema.
87
CAPITULO 7 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS ESTUDOS
7.1 CONCLUSÕES
Este trabalho mostra a dificuldade de analisar a Segurança e Saúde Ocupacional
dentro da Indústria da Construção Civil. Está dificuldade se dá principalmente pelo fato de
que a indústria da construção é uma indústria mutante, i.e. o que se está fazendo hoje pode
não ser o mesmo de amanhã, os riscos são outros, os materiais são outros e os profissionais
também são outros.
Levando-se em consideração o fato acima citado foram gerados os critérios para
avaliar, desenvolver e diagnosticar a segurança ocupacional a partir do referencial de
Tinmannsvik & Hovden (2002) e de Hall et al (2002). Estes critérios foram aplicados em
seis empresas de construção civil. Através da aplicação dos critérios foi possível observar
que nas empresas onde se tem uma preocupação maior com os fatores gerenciais
específicos para promover a segurança existe também uma maior preocupação dentro do
canteiro de obras com o cumprimento da NR 18. Além disso, os canteiros destas empresas
encontram-se em melhores condições de organização e segurança.
A relação existente no âmbito da segurança do trabalho entre as empresas em
estudo pode ser observada no momento em que foi constatado que nas empresas com
preocupações semelhantes no nível gerencial encontra-se situações semelhantes nos
canteiros em relação a NR 18. Partindo-se deste princípio, também pode ser verificado que
as relações existentes entre os critérios criados e aplicados é um melhor cumprimento da
NR 18, trabalhadores melhor capacitados e canteiro de obras mais organizados nas
empresas onde existe preocupação com planejamento, comprometimento, implementação e
verificação dos fatores gerenciais específicos para promover a segurança.
Desta maneira pode-se afirmar que os objetivos aqui propostos foram alcançados
e que a Segurança do Trabalho em geral só é atingida unindo os dois níveis de fatores aqui
descritos, os fatores gerencias específicos para promover a segurança e os fatores de
segurança operacionais. Se não houver uma inter-relação e uma troca de informações,
88
experiências e exigências entre os dois níveis organizacionais gerencial-operacional
qualquer programa que venha a ser implementado relacionado com segurança dificilmente
terá sucesso.
Diante deste estudo, conclui-se que não é possível avaliar a Indústria da
Construção Civil detendo-se a apenas a uma etapa da obra ou aos critérios aqui
apresentados, apesar de que os critérios propostos fornecem uma medição válida. Para se
ter uma melhor representação é necessário à aplicação destes critérios em todas as etapas
da obra e esta aplicação necessita de um acompanhamento e uma análise periódica. Sente-
se ainda a necessidade de estudar todo o processo produtivo separado por etapas da obra e
a partir deste estudo aperfeiçoar os critérios aqui apresentados para avaliar e diagnosticar a
Segurança Ocupacional no Setor da Construção.
Na Indústria da Construção há muito a ser feito em relação a Segurança do
Trabalho, além de existir uma dificuldade muito grande de se estabelecer padrões a serem
seguidos, uma vez que o setor apresenta peculiaridades que refletem uma estrutura
dinâmica e complexa.
7.2 CONTRIBUIÇÃO PARA A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
O estabelecimento de controles e metas para o processo assegura a concentração
naquilo que se quer melhorar. Estabelecer controles e metas para as saídas de todas as
atividades é praticamente impossível. Segundo Harrington (1991), existem três controles
principais do processo:
Eficiência: Significa a extensão com que a demanda de recursos é minimizada e o
desperdício é eliminado, na busca da eficácia;
Eficácia: É a extensão com que as saídas do processo ou subprocessos atendem às
necessidades e às expectativas de seus clientes. É saber fazer utilizando bem os recursos; e
Adaptabilidade : É a flexibilidade do processo para atender as necessidades
especiais de hoje e exigências futuras.
89
No entanto não se pode esquecer da Efetividade que é o que garante o futuro da
organização. Quando fala-se em Efetividade pensa-se à longo prazo, fazer acontecer hoje e
amanhã.
Os acidentes de trabalho causam lesões aos trabalhadores, quer temporárias ou
permanentes causando sofrimento físico e moral; à empresa além das implicações legais,
deficiência na produção pela ausência do trabalhador acidentado e ao estado gastos com
assistência médica e reabilitação dos acidentados e com indenizações e pensões pagas. A
partir das conseqüências dos acidentes de trabalho é visível a relação deles com a
engenharia de produção. Através dos critérios de diagnóstico e de avaliação da segurança
ocupacional é possível verificar a situação da segurança dentro da organização e planejar
uma melhoria.
Os acidentes geram custos, atrasos afetando desta maneira a eficácia; muitas vezes
o tempo de processo aumenta devido a falta do trabalhador, e está é uma medida típica da
eficiência. Acidentes, atrasos, aumento dos custos são fatores que influenciam diretamente
na sobrevivência da organização, logo a organização deverá trabalhar para manter um
ambiente de trabalho seguro evitando assim os acidentes e suas conseqüências para poder
garantir o seu futuro e ser uma organização efetiva. Quanto a adaptabilidade, se a
organização apresenta problemas de segurança ocupacional como pode ajustar-se e
adaptar-se às constantes expectativas dos clientes ou aperfeiçoar continuamente o processo
para se manter adiante da concorrência? A segurança faz parte do processo e deve ser
incorporada sob esse foco.
O sucesso de uma empresa depende, geralmente, de um eficiente sistema de
produção (ou execução). Portanto, é essencial que o projeto do produto, do processo e da
programação da produção sejam integrados. Pois, todos os processos dentro da empresa,
estão ligados entre si e se relacionam direta ou indiretamente. Diante disso, pode-se
afirmar que a segurança do trabalho está diretamente relacionada com todos os processos e
deve ser planejada para que se desenvolva em sintonia com os mesmos.
90
7.3 RECOMENDAÇÕES
Segundo Pacheco Jr. (2000), o querer fazer Saúde e Segurança Ocupacional
baseia-se na obediência aos requisitos legais, no entanto deve-se ir muito além, ousar,
integrar.
Sugere-se então às empresas que com o advento dos Sistemas de Qualidade no
setor de construção onde deve existir a participação de todos os trabalhadores, implemente
integrado a este sistema, um Sistema de Gestão da Saúde e Segurança dos Trabalhadores.
Para isso, no entanto, é necessário a existência de recursos organizacionais para que haja o
querer fazer, o saber fazer e a sua efetiva realização.
Ainda, Pacheco Jr. (2000), diz que uma organização é composta por ambiente
interno e ambiente externo (ambiente de tarefa e macroambiente).
O ambiente interno envolve aspectos técnicos, produtivos, éticos e morais, sociais
e culturais, psíquicos, políticos e econômicos aliados às dificuldades da variabilidade
humana. Esses aspectos se estendem ao ambiente externo, no ambiente de tarefa têm
influência direta com fornecedores, clientes, usuários, concorrência, mão-de-obra,
tecnologia etc.. No ambiente macro (política, legislação, economia) a relação com o
ambiente interno possui influência de maneira mais indireta, quase não o afetando.
Entretanto, os objetivos organizacionais devem estar explícitos, que a organização
deve saber quem ela é como instituição e possibilitar agir de acordo com aquilo que ela diz
ser. Nesses objetivos devem estar incluídos os objetivos para com a saúde e segurança
ocupacional.
As organizações analisadas neste trabalho não possuem uma política de segurança
nem objetivos explícitos para com a segurança, no entanto, a existência destes, aliados a
um planejamento, comprometimento e implementação com a participação do nível
gerencial e operacional reflete no ambiente interno e externo da organização. No ambiente
interno, a explicitação desses elementos deve conceituar e vivenciar o por que, por quem e
de que forma existe e existirá, desta maneira dando suporte para que principalmente, os
91
indivíduos dos níveis hierárquicos abaixo do institucional adquiram capacidade para fazer,
saber fazer e fazê-lo de maneira integrativa com as partes que compõem o sistema global.
O ambiente de tarefa coloca a organização em dependência com a funcionalidade
interna, visto que muitos dos elementos externos são preponderantes à sua sobrevivência:
matéria-prima, mercado, meios de produção. Em relação ao macroambiente, a dependência
das organizações ocorre em razão da existência de normas gerais, explícitas ou implícitas,
as quais acabam por delimitar sua funcionalidade, interna e externamente.
A Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho não está integrada aos modelos
gerenciais adotados pelas empresas. Diante disso recomenda-se para um futuro estudo,
promover, em sintonia com experiências existentes quer nacionais ou internacionais,
adaptadas à realidade da Indústria da Construção Civil, ações que permitam às empresas do
setor integrarem ao seu modelo gerencial de sistemas da qualidade, a gestão de segurança e
saúde no trabalho, por meio de conscientização, sensibilização e capacitação.
Para validar a metodologia aqui apresentada é necessário confrontar os resultados
da aplicação dos critérios com os índices de acidentes de trabalho para verificar a
existência de uma correlação. A partir dos resultados deste novo estudo será possível criar
estratégias para a prevenção.
Pesquisas completas sobre saúde ocupacional, realizadas por Smallwood e Ehrlich
(1999), incluem dois levantamentos descritivos e consultas dos trabalhadores da
construção. Estas pesquisas trazem como resultado, as variáveis tempo, cronograma de
execução, variáveis relacionadas com a organização: crises de gerenciamento, pessoal
inadequado, equipe incompetente e canais impróprios de comunicação, fatores estes,
geradores de estresse. Depois disso, as variáveis individuais: complexidade do trabalho;
exaustão e apoio gerencial inadequado, aparecem de forma proeminente. Segundo
Elliehausen et al. (2003), os fatores de estresse psíquico no local de trabalho não podem
ser ignorados nas medidas de promoção de saúde e segurança. Observando-se desta
maneira que os fatores humanos possuem uma forte relação com a saúde e segurança do
trabalho e a organização. Diante disto e com base na figura 6.1: Relação entre os fatores e
92
a avaliação da Segurança, sugere-se ainda para um futuro trabalho inserir os fatores
humanos no diagnóstico da Segurança Ocupacional.
Outro estudo relevante a ser desenvolvido seria a elaboração de um Manual
dos procedimentos executivos dos serviços executados na Construção Civil contemplando
as medidas de segurança para cada um desses serviços.
A Indústria da Construção Civil tem urgência de aprimoramento das
necessidades de melhoria no gerenciamento da Segurança e Saúde Ocupacional. Porém,
somente com muito estudo, pesquisa e dedicação é que se pode melhorar a questão da
Segurança e Saúde do Trabalho.
93
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98
ANEXO 1 RESULTADO DA PESQUISA DE AVALIAÇÃO DOS FATORES GERENCIAIS ESPECÍFICOS PARA PROMOVER A SEGURANÇA
RESULTADO DA PESQUISA DE AVALIAÇÃO DOS FATORES GERENCIAIS ESPECÍFICOS PARA PROMOVER A SEGURANÇA
EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F” Item Critérios e Indicadores Pontuação
Máxima % Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
SISTEMA DE GESTÃO S&SO 1000 38,9 389 52,18 521,8 55,76 557,6 4,74 47,4 22,44 224,4 58,06 580,6
1 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL 40 60 24 25 10 20 8 0 0 0 0 5 2
1.1 Definição da Política 10 60 6 40 4 20 2 0 0 0 0 20 2
1.1.1 A empresa dispõe de uma política de S&SO e esta é apropriada à da empresa 5 60 3 40 2 20 1 0 0 0 0 20 1
1.1.2 O comprometimento com a melhoria contínua e a prevenção são ressaltados na política 5 60 3 40 2 20 1 0 0 0 0 20 1
1.2 Comprometimento com a Política 30 60 18 20 6 20 6 0 0 0 0 0 0
1.2.1 A direção da empresa participa da elaboração e revisão da política 15 60 9 20 3 20 3 0 0 0 0 0 0
1.2.2 A direção e os gerentes da empresa comunicam e reforçam a política de S&SO dentro do canteiro de obras de modo a abranger todos os funcionários
15 60 9 20 3 20 3 0 0 0 0 0 0
2 PLANEJAMENTO 200 28,9 57,8 48,2 96,4 46,8 93,6 10,5 21 12 24 39 78
2.1 Planejamento para identificação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos 90 0 0 60 54 46,7 42 0 0 0 0 33,3 30
2.1.1 Existe identificação de perigos e avaliações de riscos 30 0 0 60 18 60 18 0 0 0 0 60 18
2.1.2 As equipes que participam do processo de identificação de perigos e avaliações de riscos estão capacitadas
30 0 0 60 18 40 12 0 0 0 0 20 12
2.1.3
Existe uma sistemática para a identificação de perigos e avaliação, comunicação, registro e controle de riscos, e esta é analisada e passa por um processo de melhoria contínua
30 0 0 60 18 40 12 0 0 0 0 0 0
1
100
EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F” Item Critérios e Indicadores Pontuação
Máxima % Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
2.2 Requisitos Legais e Outros Requisitos 40 47,5 19 90 36 65 26 52,5 21 60 24 90 36
2.2.1 A empresa dispõe de PPRA, está a disposição no canteiro de obras, e este está implantado e mantido com a participação dos trabalhadores
5 0 0 80 4 80 4 40 2 60 3 80 4
2.2.2 A empresa dispõe de PCMAT, está a disposição no canteiro de obras, e este está implantado e mantido com a participação dos trabalhadores
5 0 0 80 4 80 4 40 2 60 3 80 4
2.2.3 A empresa dispõe de PCMSO, está a disposição no canteiro de obras, e este está implantado e mantido com a participação dos trabalhadores
5 80 4 80 4 80 4 40 2 60 3 80 4
2.2.4 A empresa dispõe de CIPA e esta está ativa com a participação dos trabalhadores 5 100 5 80 4 0 0 0 0 0 0 80 4
2.2.5 O profissional que elaborou o PPRA está capacitado para tal 5 0 0 100 5 100 5 100 5 100 5 100 5
2.2.6 O profissional que elaborou o PCMAT está capacitado para tal 5 0 0 100 5 80 4 100 5 100 5 100 5
2.2.7 O profissional que elaborou o PCMSO está capacitado para tal 5 100 5 100 5 100 5 100 5 100 5 100 5
2.2.8 Os componentes da CIPA estão capacitados e possuem conhecimento para exercerem tal função 5 100 5 100 5 0 0 0 0 0 0 100 5
2.3 Objetivos 30 60 18 13,3 4 53,3 16 0 0 0 0 13,3 4
2.3.1 A empresa tem objetivos para com a S&SO 10 60 6 20 2 60 6 0 0 0 0 20 2
2.3.2 Os objetivos estão de acordo com o tipo de organização 10 60 6 20 2 60 6 0 0 0 0 20 2
2.3.3 Estes objetivos possuem indicadores 10 60 6 0 0 40 4 0 0 0 0 0 0
2.4 Programa de Gestão 40 50 20,8 6 2,4 24 9,6 0 0 0 0 20 8
2.4.1 Existe um planejamento para que os objetivos sejam alcançados 8 60 4,8 0 0 20 1,6 0 0 0 0 0 0
2.4.2 Existe recursos alocados para o programa de S&SO 8 100 8 6 2,4 20 1,6 0 0 0 0 100 8
2
101
EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F” Item Critérios e Indicadores Pontuação
Máxima % Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
2.4.3 Existe uma projeção de metas relativas aos indicadores pró-ativos e reativos com prazos pré estabelecidos
8 0 0 0 0 20 1,6 0 0 0 0 0 0
2.4.4 O programa é analisado criticamente em intervalos planejados e regulares 8 40 3,2 0 0 20 1,6 0 0 0 0 0 0
2.4.5 A atribuição de responsabilidade e autoridade em cada função em nível da organização, visando atingir os objetivos está identificada
8 60 4,8 0 0 40 3,2 0 0 0 0 0 0
3 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO 250 52,9 132,2 66,9 167,2 64,9 162,4 6,7 16,8 24,2 60,4 72,1 180,2
3.1 Estrutura e Responsabilidades 30 50 15 60 18 20 6 0 0 0 0 60 18
3.1.1 A empresa adota meios para assegurar que o seu Sistema de Gestão de S&SO esteja adequadamente implementado
15 40 6 40 6 20 3 0 0 0 0 40 6
3.1.2 Os requisitos de S&SO são observados em todas as áreas 15 60 9 80 12 20 3 0 0 0 0 80 12
3.2 Treinamento, Conscientização e Competência 60 88 52,8 96 57,6 76 45,6 28 16,8 84 50,4 96 54,6
3.2.1 Conscientização de cada funcionário em relação às suas responsabilidades 12 40 4,8 80 9,6 60 7,2 20 2,4 60 7,2 80 9,6
3.2.2 Todos os trabalhadores recebem treinamento admissional e periódico (cada 6 meses) 12 100 12 100 12 80 9,6 60 7,2 100 12 100 12
3.2.3 Existem programas de treinamento em Saúde (doenças sexualmente transmissíveis, alcoolismos, drogas) e Segurança dentro do canteiro de obras
12 100 12 100 12 80 9,6 20 2,4 60 7,2 100 12
3.2.4 Conscientização dos funcionários quanto à importância dos EPC’s 12 100 12 100 12 80 9,6 20 2,4 100 12 100 12
3.2.5 Conscientização dos funcionários para o uso de EPI’s 12 100 12 100 12 80 9,6 20 2,4 100 12 100 12
3.3 Consulta e Comunicação 30 80 24 80 24 80 24 0 0 0 0 100 30
3.3.1 São realizadas reuniões com os funcionários para tratar assuntos de segurança e saúde no local de trabalho
15 60 9 80 12 80 12 0 0 0 0 100 15
3
102
EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F” Item Critérios e Indicadores Pontuação
Máxima % Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
3.3.2 Os funcionários são informados sobre quem são os representantes nos assuntos de S&SO 15 100 15 80 12 80 12 0 0 0 0 100 15
3.4 Documentação e Controle de Documentos e Dados 30 8 2,4 92 27,6 96 28,8 0 0 0 0 92 27,6
3.4.1 A organização estabelece e mantém informações documentadas sobre S&SO 6 40 2,4 100 6 80 4,8 0 0 0 0 100 6
3.4.2
A organização assegura que os documentos necessários estejam disponíveis em versões corretas e atualizadas nos locais onde são executadas as operações essenciais
6 0 0 100 6 100 6 0 0 0 0 100 6
3.4.3 As alterações quando necessárias são realizadas por pessoas qualificadas e capacitadas 6 0 0 100 6 100 6 0 0 0 0 80 4,8
3.4.4 Os documentos obsoletos são prontamente removidos e garantidos contra o uso não intencionais 6 0 0 80 4,8 100 6 0 0 0 0 80 4,8
3.4.5 Documentos retidos por motivos legais e/ou para preservação de conhecimento encontram-se devidamente identificados
6 0 0 80 4,8 100 6 0 0 0 0 100 6
3.5 Controle Operacional 50 8 4 16 8 48 24 0 0 0 0 20 10
3.5.1
Estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados, para abranger situações onde sua ausência possa acarretar desvios em relação à política de S&SO e seus objetivos
10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 2
3.5.2
Estabelecimento e manutenção de procedimentos relativos aos riscos identificados de S&SO, de bens, equipamentos e serviços adquiridos e/ou utilizados pela organização
20 0 0 0 0 60 12 0 0 0 0 20 4
3.5.3
Estabelecimento e manutenção de procedimentos para o projeto de locais de trabalho, processos, instalações, equipamentos, procedimentos operacionais e organização do trabalho, incluindo suas adaptações às capacidades humanas, de forma a eliminar ou reduzir os riscos de S&SO na sua fonte
20 20 4 40 8 60 12 0 0 0 0 20 4
4
103
EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F” Item Critérios e Indicadores Pontuação
Máxima % Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
3.6 Preparação e Atendimento a Emergências 50 68 34 64 32 68 34 0 0 20 10 80 40
3.6.1 A empresa estabelece e mantém planos e procedimentos para identificar e atender incidentes e situações de emergência
10 20 2 0 0 60 6 0 0 0 0 20 2
3.6.2 A empresa mantém planos e procedimentos para prevenir e reduzir possíveis doenças e lesões 10 20 2 60 6 20 2 0 0 0 0 80 8
3.6.3 Existe pessoal treinado para primeiros socorros 20 100 20 80 16 80 16 0 0 0 0 100 20
3.6.4 O material mínimo para prestar os primeiros socorros está a disposição no canteiro de obras 10 100 10 100 10 100 10 0 0 100 10 100 10
4 VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA 470 37,2 175 50,7 238,2 59,5 279,6 2,04 9,6 29,8 140 65,2 306,4
4.1 Monitoramento e Medição do Desempenho 350 35,4 124 54 189 53,7 188 0 0 36,6 128 69,4 243
4.1.1 Resultados de Indicadores Reativos 150 0 0 0,3 5 0 0 0 0 0 0 50 75
4.1.1.1 A empresa faz um acompanhamento com estatísticas dos acidentes ocorridos 25 0 0 20 5 0 0 0 0 0 0 40 10
4.1.1.2 A empresa faz um acompanhamento com estatísticas das doenças ocupacionais ocorridas 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 40 10
4.1.1.3 A empresa mantém registros da taxa de freqüência de acidentes 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 40 10
4.1.1.4 A empresa mantém registros da taxa de gravidade dos acidentes 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 40 10
4.1.1.5 A empresa mantém registros da taxa de absenteísmo por motivos de saúde 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 40 10
4.1.1.6 A empresa mantém registros da taxa de mortalidade 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 100 25
4.1.2 Resultados de Indicadores Pró-ativos 200 62 124 92 184 94 188 0 0 64 128 84 168
4.1.2.1 Os trabalhadores recebem treinamento em segurança do trabalho quando são admitidos e periódico a cada 06 meses
20 100 20 100 20 100 20 0 0 100 20 100 20
4.1.2.2 São realizadas inspeções de segurança de acordo com a NR 18 no canteiro de obras 20 100 20 100 20 100 20 0 0 80 16 100 20
5
104
EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F” Item Critérios e Indicadores Pontuação
Máxima % Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
4.1.2.3 As recomendações realizadas devido as inspeções são implementadas 20 60 13 100 20 100 20 0 0 80 16 80 16
4.1.2.4 São determinados prazos para implementações das recomendações 20 60 12 80 16 100 20 0 0 60 12 80 16
4.1.2.5 São desenvolvidos e implementados projetos que busquem a melhoria das condições de trabalho 20 20 4 80 16 100 20 0 0 0 0 60 12
4.1.2.6 São realizados programas de promoção de saúde 20 0 0 80 16 100 20 0 0 0 0 80 16
4.1.2.7 São realizados exames médicos admissionais, periódicos e demissionais 20 100 20 100 20 100 20 0 0 100 20 100 20
4.1.2.8 São realizados treinamentos quanto ao uso dos EPI’s 20 60 12 100 20 100 20 0 0 60 12 100 20
4.1.2.9 São fornecidos EPI’s adequados para cada tipo de atividade 20 80 16 100 20 100 20 0 0 100 20 100 20
4.1.2.10 Existem padrões operacionais referente a Segurança do Trabalho implementados 20 40 8 80 16 40 8 0 0 60 12 40 8
4.2 Acidentes, Incidentes, Não-Conformidades e Ações Corretivas e Preventivas 60 60 36 53,3 32 93,3 56 0 0 0 0 40 24
4.2.1 A organização trata e investiga acidentes, incidentes e não-conformidades 20 60 12 60 12 80 16 0 0 0 0 60 12
4.2.2 A organização adota medidas para reduzir quaisquer conseqüências oriundas de acidentes, incidentes ou não-conformidades
20 60 12 60 12 100 20 0 0 0 0 40 8
4.2.3 A organização inicia e conclui ações corretivas e preventivas e confirma sua eficácia 20 60 12 40 8 100 20 0 0 0 0 20 4
4.3 Registros e Gestão de Registros (A empresa mantém) 20 75 15 86 17,2 88 17,6 48 9,6 60 12 87 17,4
4.3.1 Registros de treinamentos 3 100 3 100 3 100 3 80 2,4 100 3 100 3
4.3.2 Relatórios de inspeção de S&SO 3 100 3 100 3 100 3 80 2,4 100 3 100 3
4.3.3 Relatórios de acidentes e incidentes e de seu acompanhamento 3 60 1,8 60 1,8 20 0,6 0 0 0 0 100 3
6
105
EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F” Item Critérios e Indicadores Pontuação
Máxima % Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
% Obtido
Pont. Obtida
4.3.4 Relatórios de exames médicos e de fiscalização sanitária 3 100 3 100 3 100 3 100 3 100 3 100 3
4.3.5 Registros de entrega e manutenção de EPI’s 3 100 3 100 3 100 3 60 1,8 100 3 100 3
4.3.6 Registros de identificação de perigos, avaliação e controle de riscos 3 0 0 60 1,8 100 3 0 0 0 0 80 2,4
4.3.7 Atas de reuniões de S&SO 2 60 1,2 80 1,6 100 2 0 0 0 0 0 0
4.4 Auditoria 40 0 0 0 0 45 18 0 0 0 0 55 22
4.4.1 O Sistema de Gestão da S&SO está em conformidade com o que foi planejado 10 0 0 0 0 60 6 0 0 0 0 60 6
4.4.2 O Sistema de Gestão da S&SO encontra-se adequadamente implementado e mantido 10 0 0 0 0 40 4 0 0 0 0 60 6
4.4.3 O Sistema de Gestão da S&SO é eficaz no atendimento à política e aos objetivos da organização 10 0 0 0 0 40 4 0 0 0 0 60 6
4.4.4 As informações sobre os resultados das auditorias são fornecidas à administração para futuros planejamentos
10 0 0 0 0 40 4 0 0 0 0 40 4
5 ANÁLISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO 40 0 0 25 10 35 14 0 0 0 0 35 14
5.1 A direção da empresa utiliza informações de S&SO para seu planejamento estratégico 10 0 0 20 2 20 2 0 0 0 0 40 4
5.2 Existe uma freqüência e uma metodologia de análise crítica do sistema de gestão S&SO pela Administração
10 0 0 20 2 20 2 0 0 0 0 20 2
5.3 Os dados obtidos pelas auditorias são usados para uma melhoria 10 0 0 20 2 20 2 0 0 0 0 20 2
5.4 Nota-se uma melhora no ambiente global da organização com a implementação do Sistema de gestão em S&SO
10 0 0 40 4 80 8 0 0 0 0 60 6
Fonte: a Autora baseado na ABPA
7
RESULTADO DA PESQUISA DE AVALIAÇÃO DOS FATORES OPERACIONAIS
Obs.: Resposta “Sim” – critério satisfeito Resposta “Não” – critério não satisfeito Resposta “Não se aplica” – Não está sendo executado o serviço na obra ou não está sendo utilizado o equipamento no momento verificado
Obs.: A pontuação máxima possível para a obra é 146 (número de critérios/indicadores) menos o total de “Não se aplica”
Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
PONTUAÇÃO MÁXIMA POSSÍVEL PARA A OBRA 79 118 111 87 105 122
PONTUAÇÃO TOTAL OBTIDA 64 112 95 60 90 111
PERCENTUAL OBTIDO 81,01 94,91 85,58 68,96 85,71 90,98
1 GESTÃO DA OBRA
1.1 Houve comunicação ao MTb sobre o início da obra Não Sim Não Sim Não Não
1.2 O livro de inspeção encontra-se a disposição na obra Sim Sim Sim Não Sim Sim
1.3 O PPRA encontra-se a disposição dentro da obra Não Sim Sim Sim Sim Sim
1.4 O PPRA está implementado e é mantido com a participação dos trabalhadores Não Sim Sim Não Não Sim
1.5 O PCMAT encontra-se a disposição dentro da obra Não Sim Sim Sim Sim Sim
1.6 O PCMAT está implementado e é mantido com a participação dos trabalhadores Não Sim Sim Não Não Sim
2 ÁREAS DE VIVÊNCIA
2.1 Existem instalações sanitárias (lavatório, vaso sanitário e mictório) em número suficiente, na proporção de 1 conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
2.2 Existe recipiente com tampa, para depósito de papéis usados Sim Sim Sim Sim Sim Sim
2.3 Existem chuveiros aquecidos na proporção de 1 para cada 10 trabalhadores Sim Sim Sim Sim Sim Sim
2.4 Os chuveiros estão em local com piso cimentado e com estrado Sim Sim Sim Sim Sim Não
2.5 Os vestiários contam com armários e bancos para todos os trabalhadores Sim Sim Sim Sim Sim Sim
1
108
Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
2.6 Os vestiários, chuveiros e instalações sanitárias encontram-se devidamente limpos e organizados e em bom estado de conservação
Sim Sim Sim Não Sim Sim
2.7 O refeitório conta com mesas com tampos lisos e laváveis e assentos em número suficiente Sim Sim Sim Sim Sim Sim
2.8 O piso do refeitório é em material lavável Sim Sim Sim Sim Sim Sim
2.9 O refeitório conta com lixeiro com tampa Sim Sim Sim Sim Sim Sim
2.10 Existe lavatório nas proximidades do refeitório Sim Sim Sim Sim Sim Sim
2.11 O refeitório está limpo e organizado Não Sim Sim Sim Sim Sim
2.12 Existe o fornecimento de água potável, filtrada e fresca Sim Sim Sim Não Não Sim
3 SINALIZAÇÃO DA OBRA
3.1 Existe sinalização na entrada da obra Não Não Sim Sim Não Sim
3.2 Existe sinalização de uso obrigatório de EPI´s, específico para a atividade executada, próximo ao posto de trabalho Sim Sim Sim Sim Não Sim
3.3 Existe sinalização de carga máxima e proibido o transporte de pessoas dentro do elevador de carga Sim Sim Sim Não se aplica Sim Não se aplica
3.4 Existem extintores na obra, e estes encontram-se sinalizados Não Sim Sim Sim Sim Sim
3.5 As áreas de transporte e de circulação de materiais por grua, guincho ou guindaste estão isoladas e identificadas Sim Sim Sim Não Sim Sim
3.6 Os acessos, circulação de veículos e equipamentos estão identificados Não Sim Sim Não Sim Não
3.7 Locais com riscos de queda estão identificados Sim Sim Sim Não Sim Sim
3.8 A comunicação é mantida através de avisos, cartazes ou similares Sim Sim Sim Sim Não Sim
4 TREINAMENTO
4.1 Todos os funcionários receberam treinamento admissional e periódico, visando garantir a execução de suas atividades com segurança
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
4.2 Os trabalhadores que exercem funções que necessitam de treinamento especifico encontram-se devidamente treinados Sim Sim Sim Sim Sim Sim
2
109
Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
4.3 O operador de elevador (guincheiro) está devidamente treinado Sim Sim Sim Sim Sim Sim
4.4 Existe pessoal treinado em primeiros socorros Sim Sim Sim Não Não Não
4.5 Os componentes da CIPA realizaram curso e sabem de suas atribuições Sim Sim Não Não Não Sim
5 ORDEM E LIMPEZA
5.1 O canteiro de obras apresenta-se organizado, limpo e desimpedido Sim Sim Sim Sim Sim Sim
5.2 Pedaços de madeira estão armazenados em local apropriado Sim Sim Sim Sim Sim Sim
5.3 A obra encontra-se isenta de pregos pelo chão Sim Sim Sim Sim Sim Sim
5.4 O local de trabalho encontra-se sem sobras de material Sim Sim Sim Sim Sim Sim
5.5 O local de trabalho está isento de entulho Sim Sim Sim Sim Sim Sim
5.6 Existe locais adequados dentro do canteiro para lixo e/ou entulho e estes encontram-se nestes locais Sim Sim Sim Sim Sim Sim
5.7 O lixo e/ou entulho são retirados da obra e destinados a locais apropriados Sim Sim Sim Sim Sim Sim
5.8 Acessos e saídas da obra encontram-se limpos e sem obstáculos Sim Sim Sim Sim Sim Sim
5.9 Ausência de resíduos insalubres, orgânicos, tóxicos ou perigosos Sim Sim Sim Sim Sim Sim
5.10 A remoção de entulhos ou sobra de materiais é realizada regularmente e de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos
Sim Sim Sim Não Sim Sim
6 DEMOLIÇÕES
6.1 Todas as instalações e ligações foram desligadas, retiradas, protegidas ou isoladas Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
6.2 As demolições são programadas e dirigidas por profissional legalmente habilitado Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
6.3 Os elementos frágeis foram retirados Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
6.4 As construções vizinhas foram vistoriadas e protegidas Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
6.5 Os objetos e entulhos são retirados através de dispositivo mecânico ou calhas fechadas de material resistente Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
3
110
Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
6.6 São instaladas plataformas de retenção de entulhos em todo o perímetro da obra a no máximo dois pavimentos abaixo do que está sendo demolido
Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
7 ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS
7.1 Adotam-se medidas necessárias para evitar comprometimento da estabilidade de materiais e objetos de qualquer natureza Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
7.2 Para escavações com profundidade superior a 1,25 m a estabilidade está garantida e existe escadas ou rampas de acesso próximo aos postos de trabalho
Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
7.3 Equipamentos utilizados para movimento de terra encontram-se em bom estado Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
7.4 A área está devidamente sinalizada Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
7.5 Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação estão devidamente sinalizados Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
7.6 O operador do bate-estacas está qualificado e tem sua equipe treinada Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
7.7 Nas operações de desmonte de rocha há um blaster responsável por todas as operações Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
7.8 A área de fogo está protegida contra projeção de partículas Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
8 CARPINTARIA
8.1
Serra circular dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e posterior, construída em madeira resistente, material metálico ou equivalente, sem irregularidades, com dimensionamento suficiente para a execução de tarefas
Não se aplica Sim Não se aplica Sim Sim Sim
8.2 Carcaça do motor da serra circular aterrada eletricamente e disco travado, afiado e dotado de coifa protetora Não se aplica Sim Não se aplica Sim Sim Sim
8.3 Piso do setor de carpintaria é resistente, nivelado e antiderrapante Não se aplica Sim Não se aplica Não Sim Sim
8.4 O setor da carpintaria possui cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra queda de materiais e intempéries Não se aplica Sim Não se aplica Sim Sim Sim
4
111
Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
9 ARMAÇÕES DE AÇO
9.1 O corte e dobra dos vergalhões de aço em obra é feito sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e antiderrapantes afastadas da área de circulação dos trabalhadores
Não se aplica Sim Não se aplica Sim Não se aplica Sim
9.2 As armações de estruturas verticais são apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento Não se aplica Sim Não se aplica Sim Não se aplica Sim
9.3 A área de trabalho onde está situada a bancada de armação tem cobertura resistente capaz de proteger os trabalhadores contra queda de materiais e intempéries
Não se aplica Sim Não se aplica Não Não se aplica Sim
9.4 São colocadas pranchas de madeira sobre as armações nas formas, para a circulação dos trabalhadores Não se aplica Não Não se aplica Não Não se aplica Não se aplica
9.5 As pontas dos vergalhões estão devidamente protegidas Não se aplica Sim Não se aplica Sim Não se aplica Sim
9.6 A área é isolada durante a descarga dos vergalhões de aço Não se aplica Sim Não se aplica Sim Não se aplica Não se aplica
10 ESTRUTURAS DE CONCRETO
10.1 As formas são escoradas e as escoras inspecionadas antes e durante a concretagem Não se aplica Sim Não se aplica Sim Não se aplica Sim
10.2 Durante a desforma são viabilizados meios que impeçam a queda de formas e escoras Não se aplica Sim Não se aplica Não Não se aplica Sim
10.3 As peças e máquinas do sistema transportador de concreto são inspecionadas antes do início dos trabalhos Não se aplica Sim Não se aplica Não Não se aplica Sim
10.4 Durante a concretagem apenas a equipe indispensável para a realização da tarefa permanece no local Não se aplica Sim Não se aplica Sim Não se aplica Sim
10.5 Os vibradores tem duplo isolamento e os cabos protegidos para evitar danos, e são inspecionados antes e durante a utilização Não se aplica Sim Não se aplica Sim Não se aplica Não
10.6 Lajes com altura maior de 2 metros possuem guarda corpos durante a concretagem Não se aplica Sim Não se aplica Sim Não se aplica Sim
11 ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS
11.1 A madeira utilizada para a construção de escadas, rampas e passarelas é de boa qualidade, não apresenta nós nem rachaduras e encontram-se sem pintura
Não se aplica Sim Sim Não Sim Sim
11.2 As escadas, rampas e passarelas são sólidas e possuem corrimão e rodapé e em perfeito estado de conservação Não se aplica Sim Sim Não Sim Sim
5
112
Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
11.3 Nas transposições de pisos com diferença de nível superior a 40cm é feita através de escadas ou rampas Não se aplica Sim Sim Sim Sim Sim
11.4 As escadas provisórias de uso coletivo possuem largura mínima de 80 cm e a cada 2,90 m de altura possui um patamar intermediário
Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
11.5 Os espaçamentos entre os degraus das escadas de mão são uniformes entre 25 cm e 30 cm e são intertravados Não se aplica Sim Sim Sim Sim Sim
11.6 As rampas provisórias são fixadas no piso inferior e superior, não ultrapassando 30o de inclinação em relação ao piso e as com inclinação superior a 18o possuem peças transversais fixadas e espaçadas em no máximo 40 cm para o apoio dos pés
Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Sim
12 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA DE ALTURA
12.1 Existe guarda corpo em toda a periferia da laje de acordo com a NR 18 Não se aplica Não se aplica Não se aplica Sim Não se aplica Sim
12.2 As aberturas de piso possuem fechamento provisório resistente Sim Sim Sim Sim Sim Sim
12.3 As aberturas utilizadas para transporte vertical de materiais são protegidas por guarda corpos Não se aplica Não se aplica Sim Sim Sim Sim
12.4 Em todo o perímetro da construção existe plataforma principal, secundária e terciária conforme a necessidade e de acordo com a NR 18
Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Sim Sim
12.5 Existe tela de proteção de acordo com a NR 18 Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Sim Não se aplica
13 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PESSOAS E MATERIAIS
13.1 A montagem e a manutenção dos equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas são executados por trabalhador qualificado sob supervisão de profissional habilitado
Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
13.2 Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas são operados por trabalhador qualificado Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
13.3 Durante o transporte, carga e descarga a área está sinalizada e isolada Sim Sim Sim Não se aplica Sim Não
13.4 Antes do início dos serviços os equipamentos de transporte são inspecionados Não Sim Sim Não se aplica Sim Sim
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Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
13.5 A área de operação é isolada a fim de evitar o acesso de pessoas não autorizadas Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
13.6 A torre do elevador está estaiada e fixada, aterrada eletricamente, protegida e sinalizada Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
13.7 A base onde se instala a torre e o guincho é única, em concreto e nivelada Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
13.8 A torre do elevador é equipada com dispositivo de segurança que impede a abertura da cancela quando o elevador não está no nível do pavimento
Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
13.9 O transporte de pessoas e materiais é realizado não simultaneo Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
13.10 No interior do elevador de material está fixada uma placa contendo a indicação de carga máxima e a proibição de transporte de pessoas
Sim Sim Sim Não se aplica Sim Não se aplica
14 ANDAIMES
14.1 A sustentação do andaime suspenso (jaú) é feita através de vigas metálicas e cabos de aço Não se aplica Sim Não Não se aplica Sim Sim
14.2 O andaime suspenso (jaú) é dotado de guarda-corpo e tela de proteção Não se aplica Sim Não Não se aplica Sim Sim
14.3 O guincho do andaime suspenso (jaú) é acionado por meio de alavancas ou manivelas, ou automatizado, na subida e na descida, possui dispositivo que impede o retrocesso do tambor e a catraca é dotada de capa de proteção
Não se aplica Sim Não Não se aplica Sim Sim
14.4 O sistema de sustentação e fixação do andaime suspenso (jaú) é especificado tecnicamente por profissional habilitado Não se aplica Não Não Não se aplica Sim Sim
14.5 Os andaimes metálicos encontram-se em bom estado de conservação, fixados e contraventados Não se aplica Não se aplica Sim Não se aplica Não se aplica Sim
14.6 Andaimes de madeira são confeccionados com madeira de boa qualidade, seca, sem apresentar nós ou rachaduras que afetem sua resistência
Sim Sim Sim Não se aplica Não se aplica Sim
14.7 O balancim individual é sustentado por meio de cabo de aço, dotado com dispositivo de subida e descida e trava de segurança Não se aplica Não se aplica Não Não se aplica Não se aplica Não se aplica
14.8 O sistema de fixação dos andaimes suspensos é independente do cabo-guia do trava quedas Não se aplica Sim Sim Não se aplica Sim Sim
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Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
14.9 Os andaimes fachadeiros possuem escada incorporada e os montantes possuem encaixes travados Não se aplica Não se aplica Não Não se aplica Não se aplica Não se aplica
14.10 Os andaimes móveis possuem rodízios com trava e estão sendo utilizado apenas em superfície plana Não se aplica Não se aplica Não Não se aplica Não se aplica Não se aplica
14.11 Os trabalhadores em andaimes com altura superior a 2 metros estão usando cinto tipo pára-quedista ligado ao trava-queda em cabo guia independente.
Não se aplica Sim Sim Não se aplica Sim Sim
14.12 Não existem trechos em balanço apoiados no estrado dos andaimes Não se aplica Sim Sim Não se aplica Sim Sim
15 CABOS DE AÇO
15.1 Os cabos de aço são em uma peça única de acordo com o especificado no dimensionamento de sustentação, íntegros e em bom estado
Não se aplica Sim Sim Não se aplica Sim Sim
15.2 Os cabos de aço são fixados por meio de dispositivos que impeçam deslizamento e desgaste Não se aplica Sim Sim Não se aplica Sim Sim
16 ALVENARIA, REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS
16.1 Quadros e tomadas energizadas estão protegidos Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
16.2 A retirada das proteções em periferias de laje e aberturas de piso é realizada quando da execução da alvenaria, e esta executada em seguida de maneira estável
Não se aplica Sim Sim Não se aplica Não se aplica Sim
16.3 Os vidros após a instalação são prontamente marcados de maneira visível Não se aplica Não se aplica Sim Não se aplica Não se aplica Não
17 SERVIÇOS EM TELHADO
17.1 Durante a execução de serviços em telhados está garantida a movimentação segura do trabalhador Não se aplica Não se aplica Sim Não se aplica Não se aplica Sim
17.2 Nos locais onde se desenvolvem trabalhos no telhado existe sinalização e isolamento de forma a evitar que trabalhadores no piso inferior sejam atingidos por queda de materiais
Não se aplica Não se aplica Sim Não se aplica Não se aplica Não se aplica
18 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS
18.1 Serra circular dotada de chave liga-desliga, coifa protetora, caixa coletora de serragem e aterrada Não se aplica Sim Sim Sim Sim Sim
18.2 Betoneira dotada de chave liga-desliga e aterrada Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
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Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
18.3 Pequenas ferramentas elétricas dispõem de duplo isolamento e são adequadas para o uso que se dá Não se aplica Sim Não Sim Sim Sim
18.4 Ferramentas manuais encontram-se em bom estado Sim Sim Sim Não Sim Sim
18.5 O elevador de carga encontra-se em bom estado, torre protegida contra quedas de materiais e aterrada, a cabine de comando isolada
Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
18.6 As máquinas, equipamentos e ferramentas são submetidos a inspeção e manutenção Não Sim Sim Não Não Sim
19 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS DA OBRA
19.1 Existe um quadro geral na obra em local seguro Sim Sim Sim Sim Sim Sim
19.2 Os disjuntores são de sensibilidade adequada Sim Sim Sim Sim Sim Sim
19.3 As tomadas e interruptores tem proteção adequada Sim Sim Sim Sim Sim Sim
19.4 Os bocais das lâmpadas são adequados e isolados Não se aplica Sim Sim Sim Sim Sim
20 TRABALHOS EM ALTURA
20.1 São adotadas medidas necessárias para evitar quedas Não se aplica Sim Sim Não se aplica Sim Sim
20.2 Plataformas, andaimes, passarelas, jaús protegidos por guarda corpo. Não se aplica Sim Sim Não se aplica Sim Sim
20.3 Utilização de cintos de segurança e trava-quedas Não se aplica Sim Sim Não se aplica Sim Sim
20.4 Plataformas de trabalho em altura são estáveis e sólidas Não se aplica Sim Sim Não se aplica Não se aplica Sim
21 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
21.1 A empresa fornece EPI a todos os trabalhadores Sim Sim Sim Sim Sim Sim
21.2 São usados EPI adequados para cada situação Sim Sim Sim Sim Sim Sim
21.3 Os EPI´s encontram em bom estado de conservação Sim Sim Sim Sim Sim Sim
21.4 Quando é solicitada a reposição de algum EPI ou de um EPI novo após a confirmação da necessidade a empresa prontamente atende a solicitação
Sim Sim Sim Sim Sim Sim
21.5 A empresa cobra o uso do EPI Sim Sim Sim Sim Sim Sim
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Item Critérios e Itens EMPRESA “A” EMPRESA “B” EMPRESA “C” EMPRESA “D” EMPRESA “E” EMPRESA “F”
22 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
22.1 As periferias de laje estão protegidas por guarda corpo Não se aplica Sim Sim Sim Não se aplica Sim
22.2 Vãos de elevador, de ventilação e outros estão devidamente protegidos Sim Sim Sim Sim Sim Sim
22.3 As escadarias contam com guarda corpo em toda a sua extensão Não Sim Sim Não Sim Sim
22.4 As escadas de mão estão isentas de emendas e os degraus são travados Não se aplica Sim Sim Sim Sim Sim
22.5 Pontas de ferro estão devidamente protegidas Não se aplica Sim Sim Sim Sim Sim
23 ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM DE MATERIAL
23.1 Os materiais estão estocados de forma a não prejudicar o trânsito dentro do canteiro Sim Sim Sim Não se aplica Não Sim
23.2 As pilhas de materiais possuem forma e altura que garante a estabilidade e facilitem o manuseio Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
23.3 Materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosivos estão armazenados em locais isolados, apropriados e sinalizados, com acesso permitido somente a pessoas autorizadas
Não Não se aplica Sim Não se aplica Não se aplica Não se aplica
23.4 Madeiras retiradas de formas, andaimes, escoramento e tapumes são armazenadas após a retirada de pregos e arames Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
23.5 Cal, cimento e argamassas em sacos encontram-se armazenadas em local seco e arejado Sim Sim Sim Não se aplica Sim Sim
24 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
24.1 Existem trabalhadores treinados para o correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao incêndio Não Não Não Não Não Não
24.2 O canteiro está provido de extintores de acordo com os riscos presentes Não Sim Sim Não Sim Não
25 CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
25.1 A CIPA está constituída Sim Sim Não se aplica Não Não Sim
25.2 A CIPA é atuante Sim Não Não se aplica Não Não Não
25.3 Os membros estão capacitados Sim Sim Não se aplica Não Não Sim
25.4 Existe a participação dos trabalhadores Sim Não Não se aplica Não Não Sim Fonte: a Autora com base na NR 18
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