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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA CURSO DE BIBLIOTECONOMIA FRANCISCA MERCIA LUCAS PEGADO DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM INSTITUIÇÕES PRIVADAS: ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS DA UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP/RN NATAL/RN 2003

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA

CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

FRANCISCA MERCIA LUCAS PEGADO

DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM

INSTITUIÇÕES PRIVADAS: ANÁLISE DOS

PROCEDIMENTOS DA UNIVERSIDADE

POTIGUAR - UNP/RN

NATAL/RN 2003

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FRANCISCA MERCIA LUCAS PEGADO

DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM

INSTITUIÇÕES PRIVADAS: ANALISE DO

PROCEDIMENTO DA UNIVERSIDIDADE POTIGUAR -

UNP/RN

Monografia apresentada à disciplina Monografia, ministrada por Professora Maria do Socorro de Azevedo Borba e orientada pela Professora Mônica Marques de Carvalho para fins de avaliação da disciplina e como requisito parcial para conclusão do curso de Biblioteconomia do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

NATAL/RN 2003i —

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025.22 P376d Pegado, Francisca Mercia Lucas

Desenvolvimento de coleções em instituições privadas: análise dos procedimentos da Universidade

Potiguar -UNP/ RN/ Francisca Mercia Lucas Pegado — Natal: UFRN, 2003.

57p. Orientadora: Mônica Marques Carvalho Monografia (Graduação em Biblioteconomia)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2003.

1.Aquisição de Materiais 2.Desenvolvimento de coleções -Instituições Privadas I. Carvalho, Mônica Marques. II.Título.

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FRANCISCA MERCIA LUCAS PEGADO

DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM INSTITUIÇÕES PRIVADAS: ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS DA UNIVERSIDADE

POTIGUAR- UNP/RN

MONOGRAFIA APROVADA EM ___ /__ /2003

BANCA EXAMINADORA

ORIENTADORA: PROF. MÔNICA MARQUES DE CARVALHO

PROFª DA DISCIPLINA: MARIA DO SOCORRO DE AZEVEDO BORBA

DIRETORA DO SIB - UNP ADRIANA CARLA SILVA DE OLIVEIRA

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DEDICATÓRIA

A todos os que hoje não têm função mas que um dia brilharam.

Aos grandes mestres, pois, "o sonho começa, a maior parte das vezes, com um Professor que acredita em você, que o puxa, empurra para o próximo estágio, às Vezes até o aguilhoando com um bastão profundo chamado verdade" (Sérgio Pinto Martins).

Aos meus filhos: Hugo Leonardo e Diego Henrique, que por muitas vezes adentramos juntos a madrugada, cada um contribuindo de alguma forma, e me dando o apoio moral que naquele instante precisava para que o meu objetivo fosse alcançado, a conclusão deste trabalho.

A minha mãe: Sebastiana Lucas Pegado, que muitas vezes reclamou minha falta de tempo, mas, soube entender e torcer e continua torcendo, rogando a Deus por todos os filhos, como uma boa mãe sabe fazer, e em especial por Mim, para que eu tenha pleno sucesso em minha nova profissão.

A Adriana Carla Silva de Oliveira, Diretora da UNP, que sempre me incentivou E colaborou para que fosse possível chegar ao final deste curso.

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AGRADECIMENTO

Primeiro a Deus que sempre foi a fonte de minha inspiração.

A Profª Mônica, minha orientadora, não apenas pela sua orientação, firme e segura, mas também pela sua dedicação, incentivo, confiança e amizade que pude sentir, neste pouco tempo de convivência acadêmica.

A todas os professores que lecionaram as disciplinas do currículo de Biblioteconomia e em especial as do Departamento do curso.

Especial agradecimento a Profª da Disciplina Monografia, Maria do Socorro de Azevedo Borba, que é um exemplo de doçura, cujo carinho dispensado aos seus alunos se assemelha ao de uma grande mãe, além de sua desenvoltura e capacidade intelectual que lhes permite ministrar tão bem esta disciplina.

A Ana Cláudia Carvalho Miranda, responsável pela Biblioteca do Tribunal de Justiça, onde trabalho e que me orientou com bibliografias direcionadas para esta pesquisa.

E a todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram para a realização deste trabalho,

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EPÍGRAFE

O livro é uma voz que se ouve, uma que Nos fala; é o pensamento vivo de uma pessoa separada de nós pelo espaço

e pelo tempo: É uma alma.

(E. Suboulaye)

“A Biblioteca é o templo do saber, e este tem libertado mais pessoas do que todas

as guerras da história".

(Carl Rowan)

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Homenagem Póstuma

Àquele que me proporcionou a vida, contribuiu com minha

formação moral e com as oportunidades que tive: meu pai,

Tácito Rocha Pegado

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PEGADO, Francisca Mercia Lucas. Desenvolvimento de Coleções: análise em

instituição privada. Natal, UFRN, 2003. 62p. (Monografia apresentada à disciplina

Monografia do Departamento de Biblioteconomia, do Centro de Ciências Sociais

Aplicadas da UFRN, ministrada pela mestre em Biblioteconomia Maria do Socorro

de Azevedo Borba e orientada pela Profª Mônica Marques Carvalho para fins de

avaliação da disciplina e obtenção parcial do grau de Bacharel em

Biblioteconomia).

RESUMO

A Informação é vista como uma força poderosa capaz de transformar o homem e

aliada as novas tecnologias proporciona poderes a quem a detém. Diante do lugar

de destaque ocupado pela Informação e pelo seu volume perante a nova

realidade, surge a necessidade de selecionar informações. Analisa-se o Processo

de Desenvolvimento de Coleções dentro de suas atividades mais importantes que

é a seleção e aquisição de materiais bibliográficos, identificando-se os pontos

fundamentais que podem influenciar na criação e aplicação da Política de Seleção

Tais como: perfil do profissional Bibliotecário, finalidade do acervo, etc,

Apresenta-se uma política de Desenvolvimento de Coleções em uma Biblioteca

de Instituição Privada, cuja importância se dar pelo fato de não existir

praticamente pesquisas especificamente neste tipo de Instituição.

Palavras-Chave

Informação; Tecnologia; Desenvolvimento de Coleções; Aquisição; Seleção; Acervo; materiais informacionais.

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ABSTRACT

Information is seen as a powerful force that is able to tranform man. Allied to the

new technologies, it offers powers for those who detain it. A need to to select

information is necessary due to the volume and the place it occupies in this new

reality. This work analyses the Process of the Collections Development within the

most important activities wich is the selection and acquisition of bibliographic

materiais. The mais points that may influence the creation and aplication of a

Selection Policy such as: the profiles of the librarian, objective of the collection are

approached. A Policy for the Collections Development in a Library of a Private

Institution is presented once there is a gap in the literature of that área.

Key Words: Information; Technolgy, Collection Development, Acquisition, Seletion, Information Materials.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................. 11-15

2 A INFORMAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA FRENTE AS NOVAS TECNOLOGlAS.......................................................................................16

2.1 CONTROLE, TRATAMENTO E DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO .............................................................................. 16-20

3 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES COMO UM PROCESSO FORMADOR DO CONTEÚDO INFORMACIONAL DE UMA UNIDADE ...................................................................................... 21-25

3.1 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES - PROCEDIMENTOS ...... 25

3.2 SELEÇÃO ...................................................................................... 26-27

3.3 AQUISIÇÃO ................................................................................... 28-36

4 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM INSTITUIÇÕES PRIVADAS: ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS DA UNIVERSIDADE POTIGUAR/RN ................................................ 37

4.1 APRESENTAÇÃO ......................................................................... 37-38

4.2 SISTEMAS DE BIBLIOTECAS/UNP .............................................. 39-41

4.3 DESENVOLVIMENTO DA COLEÇÃO/UNP ................................... 42-43

5 POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO ACERVO ....................... 44

5.1 O CONCEITO ............................................................................... 44

5.2 OBJETIVO .................................................................................... 44

5.3 PERÍODO PRÉ-SELEÇÃO .......................................................... 44

5.4 SELEÇÃO ..................................................................................... 45

5.5 RESPONSABILIDADE DA SELEÇÃO .......................................... 45

5.6 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO ....................................................... 45-47

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5.7 CONFERÊNCIA ............................................................................. 48

5.8 AQUISIÇÃO POR COMPRA .......................................................... 49

5.9 ETAPA DA AQUISIÇÃO .......................................................... 49

5.10 PRIORIDADE DE AQUISIÇÃO ...................................................... 50

5.11 DOAÇÕES E INTERCÂMBIO DE PUBLICAÇÕES .......................... 51

5.12 DESBASTAMENTO DE MATERIAL DE INFORMAÇÃO ............... 51

5.13 AVALIAÇÃO DA COLEÇÃO ........................................................ 52

5.14 REVISÃO DA POLÍTICA DE SELEÇÃO ...................................... 52

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................... 53-54

REFERÊNCIAS ............................................................................. 55-57

ANEXOS ....................................................................................... 58

ANEXO A - Modelo de Evans

ANEXO B - Formulário de solicitação de Bibliografias

ANEXO C - Formulário de solicitação de orçamento

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LISTA DE SIGLAS

APEC Associação Potiguar de Educação e Cultura

DDC Desenvolvimento de Coleções

MEC Ministério de Educação e Cultura

PDC Política de Desenvolvimento de Coleções

UNIPEC Faculdade Unificada para o Ensino das Ciências

UNP Universidade Potiguar

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11 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar-UnP/RN

1 INTRODUÇÃO

O tema abordado trata da questão da importância de formar, desenvolver

e organizar coleções, através das atividades de seleção e aquisição de materiais

bibliográficos, com a finalidade de disseminação da informação. Mediante uma

sociedade onde o volume de informações para diversos fins cresce

constantemente em uma velocidade incalculável, toma-se necessário "desenhar

políticas de informação em todos os níveis de gerência das empresas,no setor

público e no setor privado. É uma nova política (SCHWARTZ, 1997, p.2)

A informação toma-se cada vez mais uma ferramenta valiosa e útil para

os seres humanos, sendo considerada para alguns autores como um processo

dinâmico1 necessitando de ajustes no momento de selecioná-las ou rejeita-las,

pois muitos fatores devem ser levados em consideração.

Mediante o volume de informações que se obteve a partir do aumento das

produções científicas, dentro de uma velocidade sem limite, o que causou muitas

mudanças dentro de uma nova sociedade que surgia, considerada como

Sociedade da informação. Algo tinha que ser feito para filtrar as informações mais

importantes para uma comunidade, já que era inviável guardar todas. Foi com

esta finalidade que se pensou em selecionar materiais informacionais para formar

e desenvolver coleções. Muitos autores trabalham com esta questão2, porém,

não se sabe de algum que trate sobre este processo nas instituições privadas.

_____________________ ' CHRIST, Virgínia, et al. Usuário de educação: estudo comparativo de duas técnicas de pesquisa. Biblios-RG V10,p.197-208, 1998. 2 MACIEL. Alba Costa; MENDONÇA, Marília Alvarenga Rocha, Bibliotecas como organizações. Rio de Janeiro: Intertexto, 2000. ANDRADE, Diva; VERGUEIRO, Waldomiro. Aquisição de materiais de informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1996.

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Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da 12 Universidade Potiguar - UnP/ RN.

Neste sentido, para entender como acontece o fenômeno do Desenvolvimento

de Coleções é necessário uma delimitação do universo de pesquisa. Após a

identificação do universo da comunidade a ser servida, é indispensável que a

informação seja selecionada e organizada de forma a direcionar cada usuário ou

instituição na busca da informação necessária para cada fim, não deixando que estes se

percam no contexto do volume de informações. Assim como , "implementa o que está

formalizado na carta ou política de seleção (MACIEL, 2000, P. 19).

A tarefa de selecionar materiais bibliográficos para um acervo não é simples e requer

dos responsáveis uma carga de conhecimento amplo e critérios estabelecidos dentro de

uma política institucional para a tomada de decisão em relação a seleção de livros,

periódicos, discos, filmes, etc, que irão fazer parte do acervo. Pois na visão de Vergueiro

(1995, p.4)

Neste momento, em que um simples ato profissional define o universo de informações a que um grupo variado de indivíduos (usuários) terá acesso, pode-se dizer que o bibliotecário detém o poder. Ou seja, significa dizer que o bibliotecário responsável por essa tomada de decisão é um elemento que está constantemente interferindo no processo social.

A etapa que sucede a seleção é a aquisição, que segundo Maciel (2000, p.21),

pode ser considerada como o "processo que implementa as decisões da seleção, esta

função inclui todas as atividades inerentes aos

PRADO, Helooísa de Almeida . 2.ed. São Paulo: T. A. Queiroz, 1992.

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13 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar - UnP/ RN.

processos de compra, doação e permuta de documentos. O controle patrimonial

do acervo-registro das coleções também é de sua alçada.

O Desenvolvimento de Coleções em uma unidade de Informação é uma

atividade de muita relevância para formação do acervo. Entende-se por unidade

de informação, museu arquivo ou biblioteca, sendo este último o objeto desse

estudo, porém, a ênfase será dada para uma biblioteca universitária de caráter

particular, levando em consideração a riqueza do seu acervo e as diversas

particularidades inerentes para a formação do mesmo.

Esta abordagem tem o intuito de contribuir com as instituições privadas de

ensino na prática deste procedimento, haja vista na literatura existente, haver

lacuna de conhecimento a respeito do Desenvolvimento de Coleções em

instituições privadas. Cuja deficiência pôde ser constatada durante os 5 anos que

fiz parte da equipe que seleciona e faz a aquisição do acervo da Universidade

Potiguar, possibilitando dessa forma unir a teoria à prática.

Pretende-se traçar o panorama desta pesquisa voltada para os seguintes

objetivos:

a) Objetivo Geral:

• analisar o desenvolvimento de coleções em uma instituição

privada, enfatizando o procedimento da Universidade

Potiguar, com o propósito de firmar uma política de

desenvolvimento de coleções, que atenda as solicitações

das direções dos cursos dentro das exigências do MEC.

b) Objetivos Específicos

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• - Especificar as modalidades de seleção e aquisição para

o acervo das bibliotecas da UNP;

• Verificar através dos conceitos de avaliação do MEC, o

êxito das aquisições dos acervos da UNP;

• Contribuir com as instituições privadas com uma

pesquisa que sirva de referência para formação de uma

política de desenvolvimento de coleções;

• Apresentar Proposta de uma Política de Desenvolvimento

de Coleções para a UNP.

O método utilizado para desenvolver a pesquisa desta monografia será a

análise através de pesquisas em fontes bibliográficas da referida área, onde

foram coletadas informações à respeito deste procedimento, através de livros,

periódicos e acesso a documentos eletrônicos na Internet, com o respaldo de

manuais de normalização, além da experiência compartilhada dentro da citada

instituição na atuação desta atividade.

A pesquisa ora apresentada está dividida em capítulos da seguinte

forma: no primeiro capítulo foi fundamentado o conceito de Informação com um

histórico de como a mesma passou a assumir um papel preponderante dentro do

contexto político-social e no segundo trata dos procedimentos e importância do

processo de Desenvolvimento de Coleções em seu panorama geral.

No capítulo seguinte a análise de Desenvolvimento de Coleções é

procedida dentro de uma instituição privada - UNP , onde é feito um histórico da

instituição, e dentro deste, se fez um resgate também da história da Biblioteca do

Campus Salgado Filho como campo de trabalho, onde será explorado todos os

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Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da 15 Universidade Potiguar - UnP/RN.

setores de serviços existente, porém, é mostrado o funcionamento do sistema

integrado das bibliotecas desta instituição e tratado o desenvolvimento da

coleção do acervo da Universidade Potiguar dentro de sua particularidade. Terá

como contribuição institucional proposta de uma Política de Desenvolvimento de

Coleções baseada nos parâmetros de exigências do MEC - Ministério de

Educação do Brasil.

Antes de ser feita a discussão do tema em sua essência,

começaremos a fazer um relato sobre a questão que deu origem a essa

discussão, a informação.

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2 A INFORMAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA FRENTE AS NOVAS

TECNOLOGIAS

2.1 CONTROLE, TRATAMENTO E DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Entende-se que a informação é a mais poderosa força de

transformação do homem. O poder da informação, aliado aos modernos meios de

comunicação de massa, tem capacidade ilimitada de transformar culturalmente o

homem, a sociedade e a própria humanidade como um todo, tomando cada vez

mais útil, sendo considerada como

Um processo dinâmico onde métodos e critérios utilizados para selecionar ou rejeitar informações variam freqüentemente no tempo, são fortemente relacionados com hábitos pessoais do indivíduo e com as necessidades que precisam ser satisfeitas (OHIRA, 1997 apud CHIST, 1995,p.197).

Dessa forma a informação é assim componente essencial no processo de

tomada de decisão econômica e política. (ARAÚJO, 1995, p.3). Em todas as

nações, principalmente em países considerados de primeiro mundo.

Ainda de acordo com a visão de Araújo :

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17 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

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A informação, na verdade é indispensável para toda e qualquer atividade humana, sendo cada vez mais vista como uma força importante e poderosa a ponto de dar origem a expressões como: sociedade da informação, explosão da informação, era da informação, indústria da informação, revolução da informação e sociedade pós-sociedade da informação( ARAÚJO, 1991, p.37)

Reforçando os conceitos mencionados, LE Coadic (1996, p. 5) ressalta que

Informação "é o conhecimento inscrito(gravado) sob a forma escrita(impressa ou

numérica), oral ou audiovisual.

A partir do século vinte, a informação começa a ocupar um papel de grande

importância dentro do contexto do desenvolvimento científico e tecnológico das nações.

Esta importância está centrada na organização difusão e uso do conhecimento como

fonte para o surgimento de novos conhecimentos.

Mas, a Informação dentro da visão de mundo atual onde o processo produtivo

industrial toma grande vulto, não tem mais sua importância voltada só para cientistas e

tecnólogos, que são respectivamente os geradores e usuários do conhecimento, a

informação torna-se fator fundamental para a reprodução do capital influenciando

diretamente no sistema produtivo.

Porém, Lastres (1999, p. 7), dentro desta visão, associa o conceito de

Informação e conhecimento. "Informação e conhecimento são recursos intangíveis, não-

materiais e, portanto, não esgotáveis. Seu consumo não os destrói, assim como seu

descarte geralmente não deixa vestígios físicos".

Esta conotação passa a ser vista por Lastres a partir do momento em que a

informação e o conhecimento passam a assumir um papel de muito valor dentro do

contexto da produção e consumo em massa, em virtude de ser reconhecida como um

produto, passando a participar de uma nova configuração econômica, e

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Universidade Potiguar - UnP/ RN.

com a vantagem de ser um produto que quanto mais for usado maior chance de

permanecer em evidência e por está estocado em local intangível, pois o

conhecimento é próprio de um ser, podendo ser apenas repassado, porém, nunca

ser retirado de quem o detém.

Com o advento conhecido como "explosão documental", que é o

crescimento exponencial das publicações, a biblioteconomia tenta buscar uma

maneira eficiente de controlar a informação escrita e a forma mais lucrativa de

explorá-la. Surge então, a preocupação em organizar, classificar e recuperar as

informações importantes para algumas áreas do conhecimento científico e

tecnológico, dando início nesse momento a era da informatização com a produção

de computadores capazes de armazenar e recuperar milhões de informações.

Para Araújo (1991, p.38 ) "A ciência e tecnologia emergiram durante o

período do desenvolvimento do capitalismo europeu, e no decorrer do processo

de acumulação e formação capitalista", a dinâmica da produção científica e

tecnológica sentiu a necessidade de implantação de um sistema que pudesse se

comunicar em nível internacional para proporcionar a circulação e a troca de

conhecimentos como forma de gerar novos conhecimentos.

Essas inovações tecnológicas proporcionaram mudanças nos padrões

tradicionais de bibliotecas e conseqüentemente para os profissionais da

informação, tornando necessário adotar medidas e critérios de qualidade de

serviços oferecidos pelas bibliotecas para que possam se habilitar para enfrentai

essas mudanças.

Nas bibliotecas atualmente, verifica-se uma nova realidade com novas tecnologias de informação que se apresentam para os

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19 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

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usuários. O acesso eletrônico à informação, as redes de informação e a internet, ... vieram facilitar os colégios invisíveis e as redes de gate keepers na troca de Informações ... uma nova atitude deve ser adotada pelos bibliotecários no sentido de oferecer aos clientes serviços com qualidade, rapidez, precisão e atualidade, sendo para isso necessário investir no treinamento de recursos humanos e, assim, estabelecer uma nova cultura no ambiente de trabalho. (RAMOS, 1999, p. 11)

Portanto, o novo paradigma tecnológico requer maior preparo e educação

permanente para o desempenho daquelas funções que estão em constante mudança e

que exigem o emprego de técnicas organizacionais e automação, como é o caso da

Informação e os serviços oferecidos para sua disseminação. Estas mudanças

provocaram na sociedade, uma evolução que acarretou em mudanças econômicas,

informacionais e sociais que vieram formar a denominada sociedade da informação,

onde:

As cadeias da tradição são substituídas por cadeias de transferência da informação : a testemunha pelo documento e pela prova: a experiência pela experimentação ; o ancião e o viajante, pelas bibliotecas; os arquivos, os jornais , o rádio, a telecomunicação; a comunidade de interlocução da narrativa, pela solidão dos homens da informação (GOMES, 1995 APUD CASTRO, 1997, p.20)

Esta nova "sociedade da informação" que agora se apresenta, desencadeou de

maneira vertiginosa a produção e circulação do conhecimento neste final de século,

"dificultando o seu armazenamento e estoque causando

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20 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

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uma crise informacional entendida como mudanças nos paradigmas do fazer

científico" (CASTRO, 1997. p.17).

A partir daí, surge a necessidade de determinar critérios para saber o que

é importante armazenar, tornando possível de ser colocado em prática os

procedimentos desenvolvidos no processo de formação e desenvolvimento de

coleções que é a peça fundamental do presente estudo, e para este trabalho

tomamos como base o modelo sistêmico de Evans ( ANEXO 1), onde o processo

de formação e desenvolvimento de coleções é:

O Processo de identificação dos pontos fortes e fracos de uma coleção de materiais de biblioteca em termos de necessidade dos usuários e recursos da comunidade, tentando corrigir as fraquezas existentes, quando constatadas; o que vai requerer constante exame e avaliação dos recursos da biblioteca e constante estudo das necessidade dos usuários como mudanças na comunidade a ser servida. (EVANS, 1995 APUD VERQUEIRO, 1997, P.16)

A razão para adoção deste modelo é que o mesmo permite fazer um

estudo de usuário, tomando capaz de conhecer as características da comunidade

a ser servida, levando em consideração as limitações de recursos da instituição.

E neste momento quando o volume da produção científica se intensifica,

algumas providências devem ser tomadas para que não se perca o controle do

que é produzido dentro de um determinado espaço de tempo. Nesse momento a

seleção passa a assumir o seu importante papel, e para que isto aconteça, é

preciso tomar algumas medidas. Neste caso, os procedimentos passam a

funcionar a partir da criação de uma Política de Desenvolvimento de Coleções.

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3 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES COMO UM PROCESSO

FORMADOR DO CONTEÚDO INFORMACIONAL DE UMA

UNIDADE

O processo de desenvolvimento de coleções - DDC, certamente é o

primeiro passo para se formar uma biblioteca e as atividades que constituem esse

processo, a seleção e aquisição de materiais informacionais, exigem critérios que

irão ser determinados de acordo com o tipo de acervo que deverá ser formado. "A

formação do acervo deve atender às necessidades informacionais, educativas e

de lazer da comunidade" a qual é direcionado.(FUNDAÇÃO ..., 2000,p.60 ).

O Desenvolvimento de Coleções é um processo que : «

[...]tornou-se recurso fundamental para se administrarem as coleções de acordo com os interesses e o perfil daqueles que necessitam de informações específicas... esse processo funciona como um filtro do conhecimento registrado, separando o joio do trigo para consumo adequado (WEITZEL, 2002, p.63).

O Procedimento de Selecionar o que é necessário, que irá suprir os

anseios de uma determinada comunidade acadêmica, começa a ter maior

importância a partir do momento em que o volume de informações existente nas

diversas áreas do conhecimento começou a ter um crescimento desenfreado e

por isso, não ser interessante ter um acervo de obras que não estejam voltadas

para o interesse de um determinado público e que faltem outras que sejam de

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Universidade Potiguar - UnP/ RN.

extrema necessidade para este, pois, ficarão ocupando espaço as que não

forem necessárias e não serão satisfeitos os objetivos daqueles que buscam um

conteúdo de informação que não existe. Entretanto, mais uma vez percebe-se a

importância de desenvolver critérios para formar um determinado acervo.

A provisão dos recursos informacionais vai depender diretamente do

processo de desenvolvimento de coleções dentro de suas atividades de seleção

e aquisição, a grande importância em selecionar já era percebida a bastante

tempo desde os primórdios na época dos tabletes de argila, porém, talvez não

recebesse esta denominação, mas, esta é uma propriedade inerente no

momento de formar coleções. De acordo com Weitzel (2002, p.61-67)

Por muito tempo, ao longo da história do livro e das bibliotecas, as atividades técnicas que hoje constituem o processo de desenvolvimento de coleções, estiveram restritas, de maneira geral, à seleção e aquisição de materiais informacionais para formar e desenvolver coleções em bibliotecas. Em decorrência de sua função primeira, selecionar obras para constituir bibliotecas, é possível afirmar que a seleção seja uma atividade inerente às coleções. Desde os tabletes de argila ao documento eletrônico não há como formar e desenvolver coleções sem se deparar com questões próprias da natureza.

O processo de seleção é dentro do desenvolvimento de coleções, a

etapa que precede a aquisição, pois, não é possível adquirir materiais

bibliográficos sem saber primeiramente para que comunidade será direcionado o

acervo e que materiais vão ser compatíveis com as necessidades e interesses

deste público. Mas, é com a aquisição que se concretiza o interesse em formar

ou desenvolver uma coleção. Assim vemos:

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Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da Universidade Potiguar - UNP/ RN.

23

[...] Com a aquisição é que começa de fato a existir uma instituição destinada a preservar e divulgar as criações do conhecimento humano registradas em forma de livro, periódicos especializados, jornais, discos, filmes,vídeos, etc. (ANDRADE, 1996, p.5)

A identificação e localização dos materiais informacionais para formação

de acervos é uma tarefa muito mais difícil do que parece, é muito complexa, pois

existe dentro deste processo fatores diversos que influenciam os interesses

próprios da aquisição tais como: fatores políticos, econômicos, culturais e

sociais.

Na maioria das vezes esses fatores exercem influências tão forte ao

ponto dos materiais informacionais tornarem-se inacessíveis para aqueles fins

aos quais se destinavam, comprometendo o trabalho dos profissionais da

informação, cujo interesse era desenvolver ou formar um acervo com fins

informacionais que viesse atender a um público alvo. Neste sentido:

Ressalta Andrade(1996, p.6)

[...] Realizar um trabalho de aquisição assemelha-se a procurar uma agulha no palheiro, tantas são as possibilidades existentes. É uma atividade que exige perseverança e atenção a detalhes, de maneira a evitar um descompasso entre o que foi escolhido primordialmente para a aquisição e aquilo que afinal chega as mãos do usuário.

Diante da complexidade que é fazer a escolha de determinado acervo ou

melhor, de selecionar materiais informacionais, o ideal é que seja feito com muito

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cuidado, obedecendo a critérios estipulados por escrito para que o bibliotecário

ou responsável pela aquisição tenha documentos suficientes para comprovar

sua neutralidade nas tomadas de decisões quanto a suspeita de interesse

particular em relação a escolha de determinado título ou fornecedor. Para evitar

tais problemas se faz necessário a existência de uma Política de

Desenvolvimento do Acervo, que irá definir os procedimentos para seleção e

aquisição do material bibliográfico com o objetivo de manter na opinião de Borba

(2000, p. 2) "a coerência do acervo no transcorrer do tempo, para que todo

material adquirido obedeça a razões objetivas predeterminadas". De acordo com

Vergueiro (1995, p. 9)

A objetividade no processo de seleção é uma meta a ser constantemente almejada. Sem essa objetividade, existe o sério risco de favoritismo ou de ineficácia da parte de cada usuário que porventura não se sinta satisfeito com a escolha efetuada [...] a única alternativa eficiente é demonstrar que os materiais foram incluídos ou não no acervo segundo parâmetros objetivos de qualidade ou necessidade.

Esta objetividade deverá existir de maneira formal, por meio de política

de Desenvolvimento de Coleções preestabelecida, formada a partir de uma

comissão de bibliotecários, equipe administrativa, financeira, representante da

comunidade e quem mais for de interesse da instituição fazer parte desta

equipe, já que selecionar um acervo é um momento que requer muita

responsabilidade, é nas palavras de Vergueiro (1995, p.14) "um momento de

decisão" e é uma decisão

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Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da 25 Universidade Potiguar - UnP/ RN.

para um grande público, portanto não deve ser tomada por uma pessoa e sim

por uma equipe.

3.1 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES - PROCEDIMENTOS

O processo de Adquirir materiais em uma organização é, no mínimo,

submetido a uma série de procedimentos formais. Tal fato se dá, devido a sua

importância para empresa, tendo em vista que uma boa aquisição condicionará a

grandes possibilidades de uma ótima venda.

As empresas investem constantemente neste setor, tanto no aspecto

tecnológico quanto na qualificação de seus profissionais.

Como vimos anteriormente, o termo Aquisição é amplo. Pode estar

inserido na compra de móveis ou imóveis, materiais permanentes ou de consumo.

Diante dessa variedade, buscamos neste trabalho verificar o processo de

aquisição, não em âmbito geral, mas limitando-se a compra de materiais

bibliográficos por unidades de informação, analisando ainda os problemas

encontrados quanto a sua execução, ou seja, as divergências existentes entre a

teoria e a prática. Porém, para que se efetue a aquisição, uma atividade muito

importante a antecede, a Seleção.

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3.2 SELEÇÃO

Seria inviável o processo de aquisição, caso não houvesse anteriormente

um planejamento para este fim. A escolha dos materiais a serem adquiridos,

constituem-se de um procedimento de suma importância que deve ser adotado

antes da aquisição, para que o acervo seja formado por materiais que satisfaça a

carência de informação do usuário.

Trata-se da seleção dos materiais para compra. Neste momento, faz-se

uma análise sobre o que realmente é conveniente para uso na unidade de

informação, a fim de manter um padrão no nível das informações, concentrando-

se, sobretudo, nos interesses dos usuários.

A seleção consiste em um momento de decisão que muitas vezes o

bibliotecário, fará interferência na vida da comunidade por definir o universo de

informações a que terão acesso. No entanto, para este propósito deve-se

observar alguns aspectos relevantes. Pois:

"a atividade de seleção requer conhecimento e tempo, já que o papel da biblioteca é o de selecionar materiais que atraiam ou sejam dirigidos ao atendimento dos interesses e as necessidades informacionais mutáveis de usuários diferenciados" (FIQUEIREDO, 1999, p.59).

3.2.1 Aspectos a serem observados nesta seleção:

• Imparcialidade crítica do bibliotecário;

• Qualidade do acervo;

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• Impessoalidade.

No entanto, nem sempre estes aspectos são seguidos. Na prática, o

profissional da informação, em muitos casos, ignora estes procedimentos

básicos, adotando uma postura pessoal sobre as atividades descritas,

contrariando assim o que em teoria deveria ser seguido. Deixa, portanto, de ser

um agente participativo, para enquadrar-se em uma atitude individual, o que não

é recomendável. Segundo Vergueiro (1997):

O bibliotecário deverá sempre participar com seu conhecimento da coleção, propondo uma direção coerente para o acervo e garantindo, assim que os objetivos para ela estabelecidos não se percam com o passar do tempo"(VERGUEIRO, 1997, p.9).

A biblioteca precisa ter e seguir sempre sua Política de Desenvolvimento

de Coleções, e quando necessário amplia-la ou modificá-la, se isso for beneficiar

a comunidade acadêmica, para isto é preciso que o bibliotecário procure

gradativamente conhecer melhor o acervo e as necessidades dos seus usuários,

além de estar inteirada com o crescimento da produção científica, embora esta

aconteça de forma acelerada, sendo impossível se conhecer tudo, diante do

grande volume desta produção, mas, pelo menos o que está mais em evidência,

que procure se atualizar com os produtos e suportes que beneficiarão seus

usuários. Vale salientar que a política de DDC deve ser flexível suficiente para se

adaptar as constantes mudanças.

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28 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

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3. 3 AQUISIÇÃO

Como foi descrito anteriormente, o termo aquisição requer um

direcionamento mais específico, tendo em vista a sua generalidade. Neste

sentido, adotou-se um enfoque voltado para compras de materiais bibliográficos

ou materiais informacionais. Contudo, é conveniente, de início, entender o

significado desta palavra.

Será adotado a princípio a afirmação de Figueiredo (1993). No seu ponto

de vista, aquisição seria:

[...] o processo de agregar itens a uma coleção por meio de compra, doação ou permuta. Aquisição é a operação que resulta da relação, ou seja, que implementa as decisões da seleção ao incorporar à coleção os itens selecionados, (FIGUEIREDO, 1993, p.65).

Pode ainda ser uma espécie de processo que coloca em prática, as várias

etapas de compra. Como melhor define Maciel (2000), pode ser "considerada

como o processo que implementa as decisões da seleção, esta função inclui

todas as atividades inerentes aos processos de compra, doação e permuta de

documentos." (MACIEL, MENDONÇA, 2000, p. 21).

Neste contexto, entende-se que trata-se do ato de adquirir o material

selecionado de acordo com a necessidade dos usuários, este por compra, doação

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ou permuta. Entende-se que este é um processo que realmente efetivará a

formação do acervo ou o seu crescimento e para que seja realizado com êxito

deve ser seguido os critérios definidos na tomada de decisão.

3.3.1 Política de aquisição

É de extrema importância que exista uma política de aquisição nas

organizações, tendo em vista que trata-se de um instrumento indispensável pelo

qual possibilita a uma padronização das ações.

Neste caso, as aquisições não são feitas ao acaso, mas de acordo com

escolhas sucessivas. São realizadas em função de alguns elementos:

• Do orçamento e dos recursos disponíveis;

• Da especialização da unidade;

• Dos objetivos correntes e das prioridades da unidade, pois não

se pode nem se deve adquirir tudo;

• Da natureza da unidade;

• Da natureza dos serviços e do público visado;

• Das relações com outras unidades de informação.

Infelizmente, esta política de aquisição está limitada apenas a unidades

de informações de médio e grande porte. Levando-se em consideração que, uma

pequena Biblioteca logo tornar-se-á em uma grande fonte de informação, haja

vista que é um "organismo em crescimento", é indispensável a criação deste

mecanismo de compra ainda na sua formação.

3.3.2 Organização dos serviços de aquisição

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30 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

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Para este tópico, concentramo-nos na afirmação sucinta de Maciel (2000),

que diz:

O nível de complexidade das atividades de aquisição naturalmente varia conforme as características das instituições onde ocorrem. Diferentes estruturas administrativas, e diferentes objetivos, exigirão procedimentos também diferenciados" (MACIEL, 2000, p,21).

Em outras palavras, significa dizer que cada instituição forma sua própria política dentro de sua realidade administrativa e de acordo com as necessidades e exigências do seu público alvo.

3.3.3 A quem está ligado o serviço de aquisição

Este serviço de acordo com Andrade ( 1996, p. 8 ), refere-se a área dos

"serviços de Informação a que a aquisição deverá está ligada [...]as atividades de

aquisição deverão encontrar-se próximas, na estrutura organizacional, das

atividades de seleção e aquisição". Portanto: Ao processo de seleção de material,

(usuário, professores, bibliotecários, etc), e a A parte administrativa da instituição,

(setor e técnicos responsáveis por contatos com fornecedores, conhecimento de

orçamento, preparação de licitações, etc).

3.3.4 Responsabilidade da aquisição

Em muitas unidades de informação, principalmente em se tratando de

centros educacionais, o levantamento bibliográfico é da responsabilidade de

diretores e professores dos cursos, porém com o auxílio de profissionais da

informação, como os Bibliotecários.

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Esta relação, busca suprir as necessidades das diversas disciplinas

oferecidas, assim como obedecer o ementário de cada curso.

Para isso, porém, há uma necessidade da existência de alguns requisitos

básicos para estes profissionais, como:

• Conhecer bem a comunidade;

• Saber julgar o valor de cada publicação;

• Estar a par do orçamento disponível;

• Uma boa bagagem cultural;

• Conhecimento de outras línguas.

Além destes profissionais envolvidos no processo de Aquisição, é válido

ressaltar a importância de técnicos do setor de aquisição. São, geralmente,

conhecedores de todo o processo burocrático a que estarão inseridos.

É importante ainda acrescentar que, geralmente, o trabalho destes

profissionais é baseado em dois critérios básicos de seleção:

• O Qualitativo

Em que os títulos solicitados deverão atender as necessidades das

disciplinas oferecidas no semestre, assim como seguir as exigências do

ementário de cada curso;

• O Quantitativo

Onde a Biblioteca ou Unidade de informação, com base em sua política

de desenvolvimento do acervo, procederá sua seleção de acordo com o tipo de

material e necessidade de cada curso dentro de determinados critérios que para

executa-la será preciso segundo Vergueiro (1995, p. 79) que os bibliotecários

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Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da 32 Universidade Potiguar - UnP/ RN.

principalmente os que irão atuar na seleção possuam algumas habilidades e

conhecimentos básicos.

Observa-se, porém, que há uma carência de profissionais qualificados ,

além da falta de comprometimento destes em relação aos serviços a serem

executados. Ignoram, portanto, as necessidades dos usuários, não se atualizam

quanto as novas publicações existentes no mercado.

3.3.5 Diretrizes para o processo de aquisição

Em virtude da grande quantidade de documentos produzidos nas diversas

áreas do conhecimento, e do alto custo de algumas obras, torna-se impossível

para qualquer Biblioteca, adquirir todo material de informação disponível no

mercado editorial.

Neste sentido, além da prévia seleção dos itens, é de extrema

importância a adoção documentos formais, referentes aos serviços executados no

Setor de Aquisição. Consta de manuais, cartas, notas fiscais atestadas,

empenhos e cartas de cancelamento quando houver. Para uma melhor

compreensão do que foi abordado, verifica-se, ao final deste trabalho, um modelo

de uma diretriz para o processo de aquisição, pertencente a uma universidade

particular, (ver anexo 1).

3.3.6 Modalidades de aquisição

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Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da 33 Universidade Potiguar - UnP/ RN.

As modalidades de aquisição constituem-se em três categorias a saber: a

doação, a permuta e a compra, sendo esta última considerada como o mais

extenso e complexo mecanismo de aquisição de materiais bibliográficos.

A aplicação dos recursos financeiros para execução das compras, isto é,

como o dinheiro pode ser gasto, difere bastante nas organizações particulares e

nas da administração pública.

Quando se trata de pequenas quantias ou quando o trabalho de aquisição

ocorre em bibliotecas particulares, a verba pode ser aplicada de maneira menos

complexa, realizando-se compra e pagando-se o valor devido diretamente ao

fornecedor.

Naturalmente, essa facilidade maior não dispensa os responsáveis pela

aquisição de realizarem pesquisas de preços e levantamento de fornecedores,

buscando as melhores condições para compra.

Em órgãos da administração pública, a compra de quaisquer materiais

deve obedecer a uma rígida legislação, que precisa ser devidamente entendida

para sua adequação aplicada.

Na administração pública, parte-se do princípio de que as compras devem

ser precedidas de licitação, isto é, de um processo seletivo prévio junto ao

mercado, para verificar e obter as melhores condições de preço, pagamento,

qualidade do produto, prazos de entrega e outras especificações necessárias que

atendam ao interesse público.

Fora as exceções previstas por lei, essa regra deve ser seguida em todas

as aquisições. Esta decisão em si não é um mal. Ao contrário, busca introduzir o

processo competitivo na aquisição de materiais para o serviço público, evitando a

formação de monopólios e a prática de favorecimento ilícito.

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3.3.6.1 Compras por licitação

As compras efetuadas por licitação constituem-se em três modalidades:

• Convite

• Tomada De Preços

• Concorrência

• Concurso

• Leilão

Dentre elas, o convite, a tomada de preços e a concorrência são as que

dizem respeito diretamente à aquisição de material bibliográfico e é interessante

que se conheçam as definições de cada uma, conforme apresentadas no artigo

22 da lei n. 8 666/93:

• Convite - modalidade de licitação entre interessados do ramo

pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em

número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará em local

apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais

cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse

com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das

propostas.

• Tomada de preços - modalidade de licitação entre

interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as

condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do

recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

• Concorrência - modalidade de licitação entre quaisquer

interessados que, na fase inicial dá habilitação preliminar, comprovem

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possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para

execução de seu objetivo.

3.3.6.2 Compras sem licitação

A dispensa de licitação pode ocorrer em muitos casos, mas os que

interessam mais de perto às bibliotecas e serviços de informação são:

• Compras com valor inferior ao teto estabelecido, isto é,

quando o valor não alcança o limite previsto na modalidade de convite.

Quando não tiverem acudido interessados a uma licitação

anterior, mantendo-se então as demais condições preestabelecidas no

processo licitatório.

• Quando da aquisição de bens produzidos por órgãos ou

entidade que integre a administração pública (neste último item, podem ser

consideradas as publicações de universidades e órgãos públicos estaduais

e federais).

• A inexigibilidade de licitação ocorrerá quando houver

inviabilidade de competição, ou seja, inexistirem condições suficientes para

estabelecimento da livre concorrência. Na compra de material

informacional, isso ocorre quando da aquisição de materiais que somente

possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial

que detenha exclusividade do produto ou material a ser adquirido. Estão

incluídas neste caso as compras diretas de editores, publicadores ou

distribuidores exclusivos.

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3.3.6.3 Compras por adiantamento

São destinadas às aquisições que, por sua natureza ou urgência, não

possam aguardar os procedimentos normais de licitação. O adiantamento -prática

também conhecida como verba de pronto pagamento ou suprimento de fundos -é

um valor fornecido pela administração, depositado em conta bancária em nome

de servidor credenciado da biblioteca, que executará as compras e o pagamento

diretamente ao fornecedor.

Esse recurso é geralmente utilizado quando se tem urgência na aquisição

de itens de pequeno valor, para a aquisição de material de órgãos públicos ou de

material com exclusividade de distribuição. O adiantamento não dispensa a

licitação, se o valor ultrapassar o teto estabelecido para a modalidade convite.

O responsável pela aquisição deverá identificar quais são as modalidades

de compra mais adequadas para o tipo de material de informação de cada

aquisição específica, visando a obter os menores custos financeiros e

operacionais possíveis, bem como garantindo a qualidade e presteza dos serviços

de aquisição.

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Universidade Potiguar - UnP/ RN.

4 DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES EM INSTITUIÇÕES

PRIVADAS - ANÁLISE DO PROCEDIMENTO DA UNIVERSIDADE

POTIGUAR/ RN

4. 1 APRESENTAÇÃO

A Universidade Potiguar - UNP, originou-se da Faculdade Unificada para

o Ensino das Ciências - UNIPEC, e tem a Associação Potiguar de Educação e

Cultura - APEC como sua instituição mantenedora. A UNP foi fundada em 1979,

pelo seu atual Chanceler Paulo Vasconcelos de Paula. Credenciada como

Universidade pelo Decreto Presidencial de 19 de dezembro de 1996.

A graduação da Universidade deu início em 1981, com os cursos de

Administração, Ciências contábeis e Ciências Econômicas, porém, no final da

década de 80, já estava sendo inseridos em seu quadro mais três cursos:

Formação de executivos, turismo e informática. Mas, a expansão da Universidade

não para aí, os anos 90 assistiram a um crescimento incomparável, dos seis

cursos existentes até o momento, passam para um total de vinte e dois

distribuídos nas diversas áreas do conhecimento, a maior parte na área da saúde,

tais como: Farmácia, Odontologia, Fisioterapia, Terapia ocupacional e

Fonoaudiologia, além dos cursos de Direito, Engenharia, Letras, publicidade,

Arquitetura, etc. Hoje, a UnP já conta com 23 cursos de graduação e 37 cursos de

Pós-graduação no campi de Natal e 02 no campi Mossoró, além dos cursos de

Formação de docentes e Formação tecnológica. Este é o objetivo maior da

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Universidade Potiguar - UnP/ RN.

Universidade, a sua preocupação com a formação de profissionais, dentro dos

princípios de cidadania, valores éticos, sociais, culturais e profissionais,

acreditando na força transformadora da ciência e das mais avançadas tecnologias

para a realização das potencialidades humanas. Esses fatores contribuem para o

crescimento quantitativo e qualitativo da instituição que se moderniza

constantemente, incluindo-a no rol das instituições que possuem as mais

modernas e sofisticadas clínicas na área de ciências biológicas e da saúde de

todo norte e nordeste do País.

A Universidade Potiguar está organizada administrativamente da seguinte

forma: Administração Superior - formada pela Chancelaria, órgãos de natureza

deliberativa, compõem estes, o Conselho Superior Universitário - ConSUni e o

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - ConEPE e o órgão executivo

representado pela Reitoria. Administração Acadêmica de Cursos e Programas

- Distribuído da seguinte forma:a) Órgãos de planejamento - Comitê de

planejamento institucional e Comitê de Planejamento de Programas b) Órgãos de

natureza deliberativa e consultiva - Conselho didático - pedagógico - CDP e

Conselho de Curso - CC e c) Órgãos Executivos- Diretorias de cursos e

Coordenadorias de programas.

A Chancelaria é o órgão responsável em promover as condições

necessárias para a execução da Política institucional da Universidade,

conduzindo as suas relações com a mantenedora, além destas, cabe à

chancelaria as atribuições de: aprovar a política administrativa da Universidade e

o seu modelo gerencial ; aprovar o orçamento proposto pela Reitoria e

supervisionar a sua execução; designar e dar posse ao Reitor e aos Pró-Reitores,

além de presidir preferencialmente os colegiados da Universidade.

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39 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar - UnP/ RN.

A Reitoria é o órgão executivo superior responsável em dirigir e

administrar a Universidade ; representa-la interna e externamente, convocar e

presidir os colegiados superiores da Universidade;conferir grau, assinar diplomas

e certificados e outorgar títulos honoríficos; conduzir o planejamento da

Universidade; designar diretores de curso e coordenadores de programa, firmar

acordos e convênios e praticar todos os atos necessários à função de

administração da Universidade.

A Universidade Potiguar atualmente está composta por 06(seis) campi,

cinco deles estão distribuídos na grande Natal e 01(hum) em Mossoró/RN, todos

possuem uma biblioteca com excelentes acervos, porém, apresentaremos a

estrutura da Biblioteca do campus Salgado Filho, considerada a central. Os

serviços encontram-se automatizados e estão interligadas por um sistema

integrado de bibliotecas. Em sua essência a UNP é uma instituição de ensino,

pesquisa e extensão, voltada para as tendências e vocações do mundo do

trabalho e com o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte.

4.2 SISTEMA DE BIBLIOTECAS/UNP

Devido a sua importância pode-se dizer que uma Biblioteca é um dos

instrumentos essenciais ao processo de ensino-aprendizagem. Ela é uma

instituição que agrupa e proporciona o acesso aos registros do conhecimento e

das idéias do ser humano através de suas expressões criadoras.(

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40 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar- - UnP/ RN.

FUNDAÇÃO....,2000, p.17). As Bibliotecas do Sistema da Universidade Potiguar -

UNP, tem a finalidade de apoiar o processo de ensino, pesquisa e extensão

E para acompanhar a velocidade do desenvolvimento científico e

tecnológico, torna-se um centro dinâmico, buscando atuar nas necessidades

emergentes de seus usuários.

As Bibliotecas da Universidade Potiguar formam um sistema

multidisciplinar de processamento, armazenamento, transmissão, recuperação e

disseminação de culturas múltiplas .

Com esse propósito o Sistema Integrado de bibliotecas da UNP - SIB,

utiliza para processar e disponibilizar a documentação existente, um sistema

automatizado de recuperação de informações, previamente selecionadas e

analisadas por uma equipe técnica especializada, para proporcionar o

rastreamento e busca dos documentos registrados no sistema.

O acesso às informações é imediato através do terminal on-line, no qual

é possível pesquisar por autor, título e assunto os acervos dos seis campi . Os

mesmos estão organizados pela Classificação Decimal Universal (CDU) e têm

suas coleções selecionadas de acordo com as áreas de atuação acadêmica de

cada campus.

A Biblioteca do Campus Salgado Filho, tem seu acervo bibliográfico

específico formado para atender aos cursos de Odontologia, Terapia

Ocupacional, Farmácia e Bioquímica, Fisioterapia, Ciências biológicas,

Fonoaudiologia, Arquitetura e Urbanismo, Direito, Engenharia Civil, Engenharia da

Computação, Sistema de Informação, Psicologia, Química e Física, além do

acervo direcionado para as áreas afins de cada curso. Mas, isto não impede de

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41 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar - UnP/ RN.

um usuário tomar por empréstimo um livro do acervo de outro campus se assim

houver necessidade.

A estrutura física da Biblioteca do Campus Salgado Filho está distribuída

por áreas de acordo com as atividades desenvolvidas: área do acervo de livros;

área do acervo de periódicos; área para pessoal; área para chefia; área para

leitura individual; área para leitura de grupos; área para utilização de multimídia;

área para consultas à internet e base de dados.

Os setores de serviços ao usuários são: setor de referência; balcão de

empréstimos e de devoluções; setor de processamento técnico, setor de

periódicos; setor de aquisição de materiais, consulta local, videoteca e setor de

multimeios (bases de dados e internet).

A Biblioteca destina-se basicamente ao atendimento de alunos,

professores, funcionários e toda comunidade acadêmica do Estado para consulta

local. Porém, o empréstimo das obras está restrito aos alunos, professores e

funcionários da instituição.

Os prazos de empréstimo variam de acordo com a categoria do usuário e

tipo de obra. Os serviços e produtos oferecidos são: Consulta local, empréstimo,

levantamento bibliográfico, normalização bibliográfica, busca seletiva de

informações, visita orientada, sugestão de leitura, boletim de alerta, catálogo de

monografias, multimídia e internet, reserva on-line, impressão para trabalhos

acadêmicos ( gratuito até 5 folhas, cobrado R$ 0,10 por folha adicional), acesso a

bases de dados nacionais e internacionais, serviço de Comutação Bibliográfica -

COMUT, e Reprografia.

Com o intuito de disseminar a informação que é um dos principais

objetivos da Biblioteca, e proporcionar ao usuário maior satisfação na obtenção

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42 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar - UnP/ RN.

de seus objetivos, as Bibliotecas do sistema preparam o empréstimo

diferenciado. Ao professor, pela necessidade de preparação de suas aulas, foi

estipulado um prazo de quinze (15) dias para um total de 5 livros, 07 dias para 03

fitas de vídeo e 02 dias para 02 CD Rom's; Alunos até o penúltimo período tem

direito ao empréstimo de 03 livros por 07 dias , 02 CD Rom,s por dois dias e 02

fitas por três dias; alunos em fase de monografia pode levar por empréstimo 5

livros por quinze dias, dois CD Rom,s por dois dias e 02 fitas de vídeo por três

dias e funcionários tem direito a três livros por sete dias , dois CD Rom,s por dois

dias e duas fitas de vídeo por dois dias.

Se estes materiais para empréstimos não forem suficientes, os usuários

ainda dispõem de um serviço de pesquisa na Internet, para faze-lo é necessário

reservar com antecedência de no mínimo duas horas o horário que desejar ou

que esteja disponível, o tempo permitido para permanência na Internet é de 01

hora, o mesmo procedimento é utilizado para a utilização da sala de vídeo,com a

fita da biblioteca ou particular.

4.3 DESENVOLVIMENTO DA COLEÇÃO/ UNP

Para proporcionar um bom desenvolvimento dos serviços oferecidos

por uma Biblioteca, o fator primordial está na formação do acervo que terá uma

etapa antecedente de muita relevância, que é a seleção do material que o irá

compor. Isto evita que a coleção seja transformada num amontoado de

documentos "a política de seleção procura garantir que todo material seja

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43 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar - UNP/ RN.

incorporado ao acervo segundo razões objetivas predeterminadas e não segundo

idiossincrasias ou preferências pessoais" ( VERQUEIRO, 1997 APUD BORBA,

P.4, 2002).

Dentro desta linha de coerência, na obtenção de ter um acervo

atualizado, o Sistema Integrado de Bibliotecas, segue uma Política de seleção e

desenvolvimento de coleções, buscando acompanhar a renovação do ensino e o

desenvolvimento de novas áreas de atuação da instituição, determinando critérios

que possibilitam a racionalização dos recursos disponíveis, distribuindo de forma

qualitativa e quantitativa, as novas aquisições de documentos a darem entrada no

sistema.

Com isso a Política de seleção e desenvolvimento de coleções da

Universidade Potiguar objetiva atualizar a bibliografia básica dos cursos

existentes, por intermédio dos contatos com os diretores de curso; conhecer as

necessidades dos usuários e dos respectivos cursos; observar qualitativa e

quantitativamente o nível de crescimento das coleções; tornar possível através da

seleção e aquisição acompanhar o desenvolvimento de novos cursos dentro das

exigências curriculares e ainda manter estudos de novos suportes de informação

oferecidos pelas novas tecnologias dentre outros.

À política de seleção é um documento que proporcionará aos

administradores ou responsáveis pela aquisição de material bibliográfico, um grau

de segurança na determinação de tomadas de decisões a respeito da formação

ou criação de um acervo, não deixando-os agir aleatoriamente. Foi com esse

propósito e buscando atingir os objetivos citados no parágrafo anterior que o

Sistema Integrado de Bibliotecas Propõe sua Política de Desenvolvimento de

Coleções

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44 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar - UnP/ RN.

5 POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO ACERVO

5.1 CONCEITO

Consiste em acrescentar itens a uma coleção por meio de compra,

doação e permuta. É exatamente um meio para concretização das decisões da

seleção, buscando maximizar os resultados, estabelecer um fluxo administrativo,

linear e controlado.

5.2 OBJETIVO

A política de desenvolvimento de coleções da Universidade Potiguar, tem

por objetivo proporcionar o crescimento ordenado do acervo, atendendo a

necessidade de todos os cursos oferecidos pela mesma, a partir de critérios

estabelecidos para seleção, com base em exigências do MEC e prioridades

determinadas dentro da Instituição levando em consideração esses critérios.

5.3 PERÍODO PRÉ- SELEÇÃO

Este é o período onde é tomada as providências para o início desta

modalidade. Encaminha-se circular aos Diretores dos cursos de graduação e pós-

graduação, solicitando que sejam encaminhadas à biblioteca central os

formulários padrões devidamente preenchido com o tipo de material, títulos,

autores, editores e etc, (ANEXO 2 ), obedecendo os seguintes critérios:

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a) Fica estabelecido o prazo de 15(quinze) dias para a entrega dos

formulários de solicitação bibliográficas à Biblioteca;

b) Os referidos formulários deverão ser entregues através de meio

eletrônico ou disquetes;

c) O não recebimento destes formulários dentro do prazo estipulado

poderá comprometer a aquisição para o semestre em curso.

5.4 SELEÇÃO

É feita para atender à necessidade do corpo docente e discente da

Universidade Potiguar obedecendo exigências curriculares e critérios para

avaliação do MEC.

5.5 RESPONSABILIDADE DA SELEÇÃO

O levantamento bibliográfico é da responsabilidade dos Diretores e

professores dos cursos, com o auxílio dos bibliotecários e do sistema da

biblioteca. Com a finalidade de suprir as necessidades das disciplinas oferecidas

em cada semestre assim como obedecer o ementário de cada curso exigido pelo

MEC.

5.6 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO

5. 6. 1 Qualitativo

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Os títulos solicitados pela Direção dos cursos, deverão atender as

necessidades das disciplinas oferecidas no semestre, assim como seguir as

exigências do ementário de cada curso de acordo com critérios estabelecidos

pelo MEC. Leva-se em consideração as Bibliografias específicas e

complementares que contemplarão a grade curricular.

5. 6. 2 Quantitativo

A biblioteca central, com base em sua política de desenvolvimento do

acervo, procederá sua seleção de acordo com o tipo de material e necessidade

de cada curso dentro dos critérios do MEC:

5. 6. 3 Livro Nacional

A quantidade solicitada terá como base o número de alunos, para cada

grupo de 10 alunos deverá existir pelo menos 1 exemplar. Dessa forma existem

cursos que para cada disciplina é necessário adquirir no mínimo 5 exemplares de

cada título, outras 10, 20, etc.

5. 6. 4 Livro Internacional

Geralmente a quantidade de títulos exigidos pelo MEC não é muito alta é

adquirido o1(hum) exemplar para cada título, levando-se em consideração o custo

dessas obras.

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5. 6. 5 Livro de leitura complementar e/ou atualização

Existe os exigidos pelo MEC, como complementação de cada curso, para

estes são feitas a aquisição em número de 03(três) exemplares, ou dependendo

da exigência e necessidade do curso em números iguais aos específicos. Outros

títulos também são oferecidos por fornecedores quando há lançamentos ou novas

edições e sugeridos pela biblioteca às Direções, com a aprovação desta é

efetuada a aquisição.

5. 6. 6 Coleção de Referência

O material de referência (impresso ou eletrônico), é um suporte de muita

relevância para a disseminação da informação, estes podem fornecer a

informação propriamente dita e/ou indicar onde a mesma pode ser encontrada.

Na Universidade Potiguar a ênfase é dada ao material eletrônico.

5. 6. 7 Periódicos

Este tipo de material, também passa pelo mesmo procedimento de

seleção dos livros, são preenchidos formulários, com indicações dos Diretores e

professores dos cursos, dentro dos critérios e exigências do MEC, e enviados à

biblioteca para providenciar a aquisição.

Os jornais de circulação local, e outros que são considerados importantes

como fonte de informação, são adquiridos normalmente pela indicação das

bibliotecárias.

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48 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

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5. 6. 8 Multimeios

O material considerado específico de cada curso, são indicados da

mesma forma que os outros, pois,em primeiro lugar, a aquisição é direcionada a

atender a necessidade curricular. Os outros que serão importantes para

enriquecer as informações para os diversos cursos, são analisados pelos

bibliotecários e se necessário, com o aval dos Diretores.

Para seleção das Bases de dados CD,s Rom fitas de vídeos Vcd e etc,

geralmente são feitas apresentações pelos fornecedores aos bibliotecários e

diretor do curso( para o qual aquele material será importante), geralmente para

aquisição de bases de dados, temos a participação de alguém da pró-reitoria

financeira em virtude do alto custo das mesmas.

5. 6. 9 Trabalho de Conclusão de curso

São enviadas pelas Direções dos Cursos e inseridos no acervo, aqueles

trabalhos de conclusão de curso que obtiveram conceitos igual ou superior a 7

(sete), que estão dentro das normas e padrões mínimos para elaboração e

apresentação.

5.7 CONFERÊNCIA

Ao receber as relações das bibliografias, a biblioteca através do Sistema

Integrado, faz a conferência dos títulos e quantidades de exemplares existente,

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Universidade Potiguar - UnP/ RN.

pois, pode ocorrer de já existir o título solicitado em quantidade suficiente, ou

existir, mas a quantidade não ser suficiente dentro dos critérios.

5.8 AQUISIÇÃO POR COMPRA

Dentro deste processo são estabelecidos critérios que ajudarão na

viabilização do processo de compra, contribuindo para uma melhor tomada de

decisões:

a) Para viabilização da aquisição é necessário que a Universidade

Potiguar destine uma verba ao Sistema Integrado de Bibliotecas,

o qual será administrado através de um Plano de Previsão

Orçamentária Anual;

b) A distribuição dos recursos será feita dando prioridade as

necessidades bibliográficas das disciplinas do semestre de cada

curso e principalmente àqueles que receberão a visita do MEC.

5.9 ETAPAS DA AQUISIÇÃO

• Envio dos formulário de solicitação de bibliografia , através de e-mail,

disquete ou fax, juntamente com a carta de solicitação de orçamento com

seu respectivo número de pedido conforme ordem de chegada na

biblioteca, para três fornecedores;

• Recebimento dos orçamentos com preços, prazos e formas de pagamento;

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50 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

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• Segue o orçamento para a Pró-Reitoria Financeira, onde será selecionado

aquele que melhor se amoldar as condições financeira da instituição;

• Retorno à biblioteca dos orçamentos aprovados e rejeitados pela equipe

financeira, ou com sugestões de negociação;

• É enviado através de fax para o fornecedor que foi selecionado, o

formulário autorizado devidamente assinado e carimbado.(ANEXO 3 )

• Chegada e conferência do material na Biblioteca, coloca-se o carimbo de

conferido na nota fiscal.

• Distribuição do material para a biblioteca solicitante;

• Segue através de memorando a nota fiscal juntamente com o formulário de

autorização para a tesouraria efetuar o pagamento.

• Recebimento pelo setor de processos técnicos para o tratamento

adequado para inserção no acervo.

5.10 PRIORIDADES DE AQUISIÇÃO

Em virtude da grande quantidade de documentos produzidos nas diversas

áreas do conhecimento, e do alto custo de algumas obras, torna-se impossível

para qualquer biblioteca universitária adquirir todo material de informação

disponível no mercado editorial. Sendo assim, a Universidade Potiguar estabelece

algumas prioridades para aquisição:

a) Todo tipo de material que faça parte das bibliografias básicas do

currículo dos cursos de graduação e Pós-Graduação;

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51 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar - UnP/ RN.

b) Cursos que estão incluídos para serem avaliados pelo MEC

durante o semestre em curso:

c) Cursos em fase de implantação;

d) Solicitação que suprirá a deficiência de alguma disciplina que

será oferecida no semestre atual e para a qual não existe títulos

ou exemplares suficientes para atender a necessidade dos

alunos inscritos.

5.11 DOAÇÕES E INTERCÂMBIO DE PUBLICAÇÕES

A Universidade só recebe doações espontâneas. Os materiais recebidos

são separados para o campi que oferece o curso para o qual o material poderá

ser útil e neste, o bibliotecário fará a seleção do material, verificando se vale a

pena ou não incluí-lo no acervo.

É enviado ao doador uma carta de agradecimento, que é um documento

que além de agradecer o deixará ciente de que a biblioteca recebeu sua doação,

porém, só fará parte do acervo se realmente for útil ao mesmo.

A Biblioteca da Universidade Potiguar, efetua intercâmbio com algumas

instituições congêneres que nos enviam e solicitam as nossas publicações.

5.12 DESBASTE DE MATERIAL DE INFORMAÇÃO

Esse é o processo pelo qual se retira do acervo ativo, parte de coleções e

exemplares que servirão para remanejamento ou descarte. Este deve ser um

processo contínuo e sistemático que servirá para manter a qualidade da coleção.

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52 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar - UnP/ RN.

Porém, na Universidade Potiguar, este procedimento ainda não teve a

necessidade de acontecer, pois o nosso acervo ainda é considerado novo e foi

adquirido com muito cuidado para possuir obras de extrema necessidade.

5.13 AVALIAÇÃO DA COLEÇÃO

A avaliação sistemática da coleção deve ser entendida como o processo

utilizado para se determinar o valor e adequação da coleção em função dos

objetivos da instituição e da biblioteca, possibilitando traçar diretrizes quanto à

aquisição, acessibilidade e ao descarte.

A biblioteca deverá preceder a avaliação do seu acervo sempre que

necessário, empregando-se métodos quantitativos e qualitativos, cujos resultados

serão comparados e analisados, de forma a alcançar os objetivos da avaliação da

coleção.

Atualmente, o acervo da Universidade Potiguar está passando por uma

avaliação financeira, para que seja quantificado o valor monetário do mesmo.

5.14 REVISÃO DA POLÍTICA DE SELEÇÃO

A Política de Desenvolvimento do Acervo da UNP, através da Comissão

formado pelos Bibliotecários e Comissão do PDI (Plano de Desenvolvimento

Institucional), está passando por uns ajustes, isso acontece sempre que se faz

necessário acompanhar as mudanças que ocorrem, quer seja em virtude da

modernização, ou para fazer algumas acomodações conveniente a própria

Universidade ou as exigências pelo MEC.

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53 Francisca Mércia Lucas Pegado, (desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

Universidade Potiguar - UnP/ RN.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante pesquisa realizada sobre o tema Desenvolvimento de

Coleções, compreendemos que foi cumprido o objetivo principal, uma vez que o

intuito era apresentar uma Política de Desenvolvimento de Coleções em unidades

de informação, especificamente em Bibliotecas, com destaque para aquelas de

Instituições Privadas. Ressaltando a importância desse processo como fator

primordial para o direcionamento do crescimento de uma Biblioteca por meio de

uma coleção equilibrada com a finalidade de atender a demanda dos usuários.

A importância em implantar uma Política de Desenvolvimento de

Coleções é que esta obedeça a critérios que garantam a qualidade do tamanho

do acervo, atenda as finalidades para o qual foi formado e as necessidades

informacionais dos usuários. Para isto, é muito importante o papel do profissional

bibliotecário, porém, para desempenhar com qualidade e eficiência suas

atividades, o mesmo deve manter uma afinidade com o acervo e usuários, deve

ser flexível para ouvir opiniões da comunidade acadêmica e observar suas

contribuições na medida do possível. Deve estar sempre atualizado, para que ao

determinar a política de Coleções seja capaz de observar com precisão os

assuntos de interesse, os níveis de profundidade, a abrangência e cobertura das

coleções para que estejam sempre atualizadas e dentro dos padrões de

exigências de uma determinada comunidade.

A Avaliação e atualização do acervo de uma instituição são fatores

preponderantes, para que exista dados convincentes no momento de uma tomada

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54 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Análise do procedimento da

universidade Potiguar - UnP/ RN.

de decisão. Pois quando se avalia uma coleção é possível observar o que o

acervo deverá ou não possuir e a partir daí propor mudanças ou melhoria na

Política de Desenvolvimento de Coleção.

Na Instituição analisada observou-se que cada acervo específico está

direcionado para atender as necessidades do currículo acadêmico de um

determinado curso dentro das exigências do MEC. Porém , existe o acervo básico

que é selecionado de acordo com sugestões dos Diretores de Curso, Professores

e Bibliotecários dentro da Política de Seleção, para complementação do acervo e

outras obras entram como leitura complementar.

Pode-se dizer que as Bibliotecas são vistas como um Serviço de

Informação e a função de um Serviço de Informação é investigar tudo o que existe

sobre um determinado assunto e passar para o pesquisador tantas informações

quantas forem necessárias para o seu conhecimento. É fundamental se investir

num acervo bem selecionado voltado para os anseios informacionais dos seus

usuários.

O assunto Formação e Desenvolvimento de Coleções é de fundamental

importância, sendo praticamente impossível de ser esgotado e foi esta a intenção

desta pesquisa, tendo apenas a finalidade de dar uma pequena parcela de

contribuição para o referido tema. Porém, há uma necessidade de continuidade

da pesquisa assim como um aprofundamento da mesma, principalmente no que

tange as instituições privadas.

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55 Francisca Mércia Lucas Pegado. Desenvolvimento de Coleções em Instituições Privadas: Analise do procedimento da

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ANEXOS

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ANEXO A - MODELO DE EVANS

Processo de Desenvolvimento de Coleções Modelo Sistêmico de Evans -

FONTE: VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Polis, 1989.

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