Descobre o reino secreto das criaturas dos contos de...
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A Bia B regressa ao Reino de Bellua, onde o malévolo Rei lgor roubou a magia do chifre
de um unicórnio.
Somente a Bia pode preparar a poção mágica capaz de salvar
o unicórnio em apuros. Conseguirá ela encontrar
os ingredientes certos antes que seja demasiado tarde?
Descobre o reino secreto das criaturas dos contos de fadas!
CLAIRE TAYLOR-SMITH
CLA
IRE
TAYLO
R-SM
ITH
Leitura Infantil
I S B N 9 7 8 - 9 8 9 - 7 0 7 - 3 5 7 - 1
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7+9 789897 073571
Minha querida Bia,
Que bom saber que conseguiste curar o teu primeiro dragão! Eu sabia que tu és uma veteri-nária nata. As criaturas mágicas de Bellua são certamente mais invulgares do que os animais que vão ao consultório dos teus pais!
Agora mais a sério, Bia, um pequeno pássaro de fogo disse‑me que foi o Rei Igor, soberano dos Diabretes, quem roubou a voz mágica daquele jovem dragão. Isso são, realmente, más notícias e eu duvido que ele pare por aqui — as criaturas de Bellua precisam do seu Guardião mais do que nunca! Estou triste por já não poder estar lá para os ajudar, mas não há ninguém melhor do que tu para essa missão. Mantém‑te sempre alerta e confia nos teus amigos.
Faz um pouco de chá de pinha mágica quando voltares a Bellua!
Tio BP.S. Lembra‑te: não contes a ninguém sobre o Reino de Bellua — ninguém pode saber!
Montanhas Nevadas
Parquedos
Duendes
Avenida
Riacho Prateado
Caverna
Vale dos Guardiões
Prado dos Unicórnios
Vale dos Dragões
PomarEncantado
dos Elfos
Vulcão Estridente
Cascata do Arco-íris
Floresta das Fadas
Ponte dos Trolls
Deserto dos Anciãos
Lagos Geladosdas Sereias
Lago Oculto
Calafrios e Encantos .......................................................11
De Regresso a Bellua ......................................................25
Uma Criatura em Apuros ................................................37
Dividido em Dois ...........................................................49
Em Busca da Cura ..........................................................63
Mudança de Planos .........................................................83
Velhos Amigos ...............................................................97
A Canção do Dragão .....................................................121
Isa Aprende a Lição ......................................................133
Com um Splash ............................................................159
ĺndice
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Calafrios e Encantos
Os dentes da Bia Brilhante batiam enquanto ela
permanecia de pé junto à piscina. Ela tinha acaba-
do de nadar cinco comprimentos de piscina, de
bruços, e o seu fato de banho estava molhado,
o que fazia com que sentisse frio, agora que estava
fora da água.
— Vamos lá, meninas — disse a senhora Ribeiro,
a professora de natação, pegando em três arcos
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amarelos pousados ao lado da piscina e atirando-
-os para a água. — Hoje no Clube de Natação va-
mos trabalhar para obter o crachá de salvamento.
A próxima coisa que vos peço é que todas mergu-
lhem e apanhem os arcos do fundo da piscina.
Quem quer ir primeiro? — perguntou ela à fila de
meninas que tremelicavam à sua frente.
— Eu adoro mergulhar — sussurrou a melhor
amiga da Bia, a Chloe. — Tu não?
A Bia concordou com um gesto de cabeça.
Ela estava realmente ansiosa para conquistar
o seu crachá de salvamento. Adorava ajudar pes-
soas, quase tanto quanto adorava ajudar os ani-
mais doentes na clínica veterinária dos seus pais.
Ela ia para a clínica sempre que podia e todos
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sabiam que também ela queria ser veterinária
quando crescesse.
Um splash sonoro anunciou que a primeira
pessoa tinha mergulhado, mesmo sem se ter vo-
luntariado em voz alta. Logo em seguida, a Bia
avistou a Vitória Geada, provavelmente a miúda
mais malvada da escola, a subir elegantemente
para fora da piscina, com apenas um fio de cabelo
fora do lugar e nem uma ruga no seu fato de banho
cor-de-rosa cintilante. As duas melhores amigas
da Vitória, a Joana e a Luísa, mergulharam logo
a seguir, antes que alguém tivesse oportunidade.
Elas recolheram facilmente os arcos, devolven-
do-os depois à senhora Ribeiro e seguindo
a Vitória para fora da piscina, onde ela estava já
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sentada num banco, com as suas longas pernas
esticadas.
— OK, faltam apenas vocês as duas — disse
a senhora Ribeiro, atirando os arcos de novo para
a piscina, mas não sem antes levantar uma sobran-
celha de desaprovação na direção da Vitória e das
suas amigas. — Bia, mergulha tu em primeiro lu-
gar. Chloe, tu podes ir atrás dela.
A Bia aproximou-se da borda da piscina e co-
locou os pés juntos, enrolando os dedos dos pés
sobre os azulejos antiderrapantes. Mas, quando
olhou para a água azul ondulante, sentiu uma vi-
bração de nervos na barriga. Ela podia ver, no
fundo da piscina, os arcos que a senhora Ribeiro
tinha acabado de atirar. Respirou fundo, colocou
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os braços numa elegante curva acima da cabeça
e preparou-se para mergulhar.
— Está tudo bem, Bia?
A voz fez a Bia saltar. Levou um momento para
perceber que devia ser a senhora Ribeiro, que ago-
ra caminhava em direção a ela, com um olhar de
curiosidade no rosto. A Bia perguntou-se quanto
tempo teria estado ali, de pé, à espera para mergu-
lhar. Parecia ter sido apenas um breve instante,
mas depois viu a Vitória e as suas amigas a fingir
que olhavam para o relógio e a simular bocejos.
— O Clube de Natação não acaba às quatro
e meia? — questionou a Vitória, dirigindo-se
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à Luísa. — Espero que a Bia termine antes da hora
do lanche!
A Bia sentiu-se a corar com as palavras pouco
simpáticas da Vitória.
«Eu consigo fazer isto!», pensou, esticando
bem os braços acima da cabeça. Mas, então, por
que motivo podia sentir-se a tremer dos dedos das
mãos aos dedos dos pés?
Nas férias de verão, a Bia e a Chloe foram ao
novo parque de diversões fora da cidade e an-
daram em todos os divertimentos, incluindo
a Terrível Montanha-russa, duas vezes! Ela não ti-
nha ficado assustada nem uma vez… Então, por
que razão estaria tão nervosa agora? A Bia sen-
tia-se petrificada.
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A Chloe avançou e passou o braço em volta
dos ombros trémulos da amiga.
— Ei, Bia — disse ela, suavemente —, e se der-
mos as mãos e saltarmos juntas? Tu apanhas um
arco e eu apanho outro.
A Bia sabia que a Chloe estava apenas a tentar
ser gentil, mas era inútil. Tudo o que ela queria fa-
zer era fugir para bem longe da água. Por isso,
murmurou um rápido «desculpe» para a senhora
Ribeiro e, com o som dos risinhos da Vitória
e das amigas a zumbir-lhe nos ouvidos, ela fugiu
da piscina e foi para os balneários.
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Lágrimas encheram os olhos da Bia, enquanto
agarrava na toalha e a enrolava em volta do seu
corpo trémulo. Tinha acabado de se secar quando
a Chloe entrou no balneário e enrolou os braços
molhados à sua volta.
— Estás bem? — perguntou a Chloe. — Desculpa
ter demorado tanto. A senhora Ribeiro insistiu
para que eu fizesse o meu mergulho antes de vir
ter contigo.
— Eu… Eu não sei o que aconteceu — disse
a Bia, tentando sorrir com uma expressão corajo-
sa. — Senti-me tão assustada quando olhei para
a água. Não consegui saltar.
— Não te preocupes, Bia — tranquilizou-a a Chloe.
— É apenas um mergulho banal. Eu sei como tu
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costumas ser corajosa. Lembras-te daquela vez que
resgataste o papagaio que eu recebi quando fiz oito
anos? Não havia hipótese de eu trepar à enorme ár-
vore para o resgatar, mas tu subiste destemida para
que eu não me metesse em apuros com a minha mãe.
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A Bia sabia que era verdade. Ela não tinha sen-
tido qualquer medo… Então, por que motivo se
sentira tão nervosa à beira da piscina — ainda mais
agora que era dois anos mais velha.
— A Vitória e as suas amigas nunca me deixa-
rão esquecer isto — disse a Bia, abanando a cabeça
tristemente. — Aposto que elas vão falar e falar…
sobre isto na escola, amanhã!
A Chloe abraçou a Bia, num abraço ainda mais
apertado.
— Quem se importa com o que a Vitória acha?!
— comentou ela, embora soubesse que, provavel-
mente, a Bia se importava bastante. — A Vitória
é horrível. Não precisas de provar quão corajosa és,
nem a ela nem aos seus macaquinhos de imitação.
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A Bia não estava convencida.
— Não devias voltar para a piscina, Chloe? —
perguntou, enquanto tirava a touca de natação.
— A senhora Ribeiro vai andar à tua procura e de-
pois ficamos as duas em sarilhos.
— Bem, se tens a certeza de que estás bem… —
respondeu a Chloe, hesitante.
A Bia assentiu, pouco convicta, e a Chloe vol-
tou para a piscina.
Já com a roupa vestida e com o cabelo apanhado
num rabo de cavalo, a última coisa que a Bia fez foi
colocar a bonita pulseira prateada que recebeu
pelo seu décimo aniversário. Os dois amuletos
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de cristal — uma simples estrela e um pequeno
dragão — balançavam delicadamente quando
ela prendeu o fecho. Foi quando levantou
o braço para fechar a pulseira que percebeu que
ambos os amuletos tinham começado a brilhar.
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Ao início, brilhavam suavemente mas, em segun-
dos, tornaram-se num forte tom laranja, e a Bia
teve a certeza de que isso só podia significar uma
coisa…
Esquecendo tudo sobre o mergulho falhado
e o sarcasmo da Vitória, a Bia pegou na mochila
e saiu do balneário. No corredor, ela olhou atra-
vés das grandes janelas e ficou aliviada ao ver que
a mãe tinha chegado cedo para a apanhar e já tinha
o carro estacionado do lado de fora.
A Bia correu para o carro e entrou rapidamen-
te. Havia algo que precisava de fazer.
A Bia B regressa ao Reino de Bellua, onde o malévolo Rei lgor roubou a magia do chifre
de um unicórnio.
Somente a Bia pode preparar a poção mágica capaz de salvar
o unicórnio em apuros. Conseguirá ela encontrar
os ingredientes certos antes que seja demasiado tarde?
A Bia B
a poção mágica capaz de salvar
antes que seja demasiado tarde
Descobre o reino secreto das criaturas dos contos de fadas!
CLAIRE TAYLOR-SMITH
CLA
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