DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E … Britto, José Airton 2º do artigo 18 do Regimento...
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DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO
SESSÃO: 263.2.54.O
DATA: 10/10/12
TURNO: Matutino
TIPO DA SESSÃO: Extraordinária - CD
LOCAL: Plenário Principal - CD
INÍCIO: 9h
TÉRMINO: 11h42min DISCURSOS RETIRADOS PELO ORADOR PARA REVISÃO Hora Fase Orador
Obs.:
Ata da 263ª Sessão, Extraordinária, Matutina, da 2ª Sessão Legislativa
Ordinária, da 54ª Legislatura, em 10 de outubro de 2012
Presidência dos Srs.:
Marco Maia, Presidente.
Inocêncio Oliveira, 3º Secretário.
Manato, 2º Suplente de Secretário.
Roberto Britto, José Airton § 2º do artigo 18 do
Regimento Interno.
ÀS 9 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:
Marco Maia
Rose de Freitas
Eduardo da Fonte
Eduardo Gomes
Jorge Tadeu Mudalen
Inocêncio Oliveira
Júlio Delgado
Geraldo Resende
Manato
Carlos Eduardo Cadoca
Sérgio Moraes
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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I[CD1][CD2] - ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Manato) - A lista de presença registra na Casa o
comparecimento de 59 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos
trabalhos.
O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.
II - LEITURA DA ATA
O SR. ESPERIDIÃO AMIN , servindo como 2º Secretário, procede à leitura da
ata da sessão antecedente, a qual é, após pedido de retificação, aprovada.
III - EXPEDIENTE[CD3]
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[CD4] O SR. PRESIDENTE (Manato) - Passa-se às
IV - BREVES COMUNICAÇÕES
Para dar seu discurso como lido, por 1 minuto, concedo a palavra ao nobre
Deputado Domingos Dutra, do PT do Maranhão.[CD5]
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[CD6] O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
solicito a V.Exa., que preside esta sessão, que adote as providências para que a
empresa Unirio pague o salário dos servidores terceirizados e os vales-transportes.
Hoje já é dia 10 de outubro. Portanto, a empresa está devendo há 10 dias.
Esses servidores são muito simples, estão todos paralisados no Salão Verde da
Câmara. É constrangedor ver, dentro da Câmara Federal, servidores paralisados
para receberem uma miséria de salário, enquanto a Câmara paga dez vezes mais
para a empresa, que não paga o salário dessas pessoas. São pessoas simples que
precisam dessa remuneração para manter a barriga forrada.
Portanto, peço a V.Exa. que adote as providências necessárias.
O SR. PRESIDENTE (Manato) - Está feito o registro, nobre Deputado. Vamos
conversar com o Presidente.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Concedo a palavra ao Deputado Luiz Couto.
[CD7][CD8] O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
associo-me ao pronunciamento do Deputado Domingos Dutra para dizer que
funcionários são obrigados a trabalhar mesmo doentes. Não são dispensados.
S.Exa. tem razão. É preciso cuidar para que de fato as empresas
terceirizadas cumpram o que está escrito no contrato realizado com esta Casa.
Sr. Presidente, gostaria de registrar nos Anais duas matérias da revista
CartaCapital: O lixão dos repressores. Memória/Livro compila a história de Perus, a
vala de desova das vítimas da ditadura; Vítima esquecida do terror. Ditadura/Célia
Lundgerb, torturada e estuprada, depõe na Comissão da Verdade. São dois
elementos importantes.
Sr. Presidente, há outra matéria que aborda o tráfico internacional: Itália
desmantela rede que explorava transexuais recrutados em favelas do RJ. Os
transexuais eram encaminhados para Madri e Zurique.
MATÉRIAS A QUE SE REFERE O ORADOR
O lixão dos repressores
MEMÓRIA - Livro compila a história de Perus, a vala de sesova das vítimas
da ditadura
Por Willian Vieira
Foi uma resposta macabramente concreta à dolorosa questão que
acompanhara por anos a fio os familiares de tantos homens e mulheres
assassinados pela ditadura: o que havia sido feito de seus corpos? Atônitos, o País
e as famílias dos desaparecidos políticos descobriram a resposta ao mesmo tempo,
e da pior forma possível. Em um canto do Cemitério Dom Bosco, no afastado bairro
de Perus, na periferia de São Paulo, uma vala de 30 metros de comprimento por 50
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centímetros de largura e 2,7 metros de profundidade surgiu aos olhos do público, tão
escancarada quanto a tortura do período. Era 4 de setembro de 1990. Sob o olhar
da mídia, os ossos foram saindo: 1.049 ossadas encheram dezenas de sacos
plásticos, empilhados na grama um a um. Neles inexistia identificação dos corpos.
Vítimas políticas e indigentes mortos de fome e meningite, inclusive crianças,
dividiam os sacos. Em alguns, havia até três crânios. E assim, o passado dos dias
de chumbo retornou à opinião pública, exumando a ditadura na memória coletiva do
Brasil.
Muito do que se encontrou na vala de Perus continua um mistério. A maior
parte das ossadas segue sem identificação, no aguardo de um exame de DNA, de
uma descoberta, de outra perícia qualquer. Estão enterradas para sempre no
esquecimento. Mas o que foi de fato esclarecido sobre o show de horrores
perpetrado pelo governo dos militares nos anos 60 e 70, a partir da triste cena no
cemitério paulistano, está agora mais esmiuçado que nunca em Vala Clandestina de
Perus: Desaparecidos Políticos, Um Capítulo Não Encerrado da História Brasileira.
Lançado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, em parceria com o
Instituto Macuco, o livro traz um compêndio com nove artigos de figuras ligadas à
tétrica descoberta, como a ex-prefeita Luiza Erundina, a cargo de São Paulo à
época, o jornalista Ivan Seixas, coordenador da Comissão da Verdade Estadual da
Assembleia Legislativa, e a ex-presa política Maria Amélia Teles. Há ainda os
relatórios mais importantes produzidos sobre a vala, como aquele da CPI da Câmara
Municipal e o da Comissão de Acompanhamento das Investigações criada por
Erundina.
“Há mais de duas décadas, descobriu-se que naquele cemitério municipal,
construí-do em 1971 pelo então prefeito Paulo Maluf, havia uma vala clandestina
com 1.049 ossadas acondicionadas em sacos plásticos sem nenhuma identificação”,
escreve a ex-prefeita. A menção não é gratuita. Maluf fora escolhido pelos militares
para administrar a cidade quando a tortura, a morte e o desaparecimento de
opositores políticos viraram política de Estado, especialmente em São Paulo. Não há
registro documental da decisão, mas o cemitério seria utilizado não apenas para
servir de última morada para os mortos da região, mas de depósito de cadáveres de
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indigentes, vítimas da violência urbana, das ações do esquadrão da morte e para
enterrar, ou fazer “desaparecer”, os corpos de militantes de esquerda.
Ivan Seixas faz uma síntese emotiva do período e conclui que o lugar
escolhido pelo regime assassino para suas vítimas políticas era o mesmo onde
enterrava seus pobres, inclusive cerca de 500 crianças, muitas mortas por
desnutrição e meningite, à época em surto na cidade. “Seus corpos ainda em
formação tinham ossadas frágeis que não resistiram ao tempo e se desfizeram
quase todos.”
O projeto original previa a implantação de um crematório para dar fim às
ossadas, o que não ocorreu por questões legais. “Foi então tentada a mudança da
legislação para permitir a cremação”, diz o relatório da ComissãoEspecial.
“Enquanto isso, as ossadas começavam a chamar a atenção dos que passavam
pelo cemitério, visto que estavam à mostra através dos vidros das portas das salas e
exalavam mau cheiro.” A “solução final” encontrada foi a construção de uma vala
clandestina, sem registro de sua criação ou demarcação como área de sepultamento
e sequer incluída na planta do cemitério, “em área reservada em planta para a
construção de uma capela”. Nunca houve registro da transferência dos corpos
exumados. “A desorganização histórica do Serviço Funerário Municipal foi colocada
a serviço de um esquema de ocultamento dos corpos de militantes de oposição ao
regime militar, mortos sob torturas.”
Como escreve o jomnalista Luiz Hespanha, a vala era “a última ponta de um
novelo” que começava na Operação Bandeirantes (Oban), aliança empresarial e
militar criada para sustentar as operações de captura, tortura e interrogatório, e
passava pelo DOl-Codi e pelo Dops. “O Cemitério Dom Bosco de Perus era, se não
o principal, um dos destinos finais dos mortos sob tortura pela equipe de (Sérgio
Paranhos) Fleury.” Entre 1971 e 1973 ao menos 25 militantes capturados com vida
foram enterrados no cemitério. Em meio às ossadas de indigentes, foram
identificados por peritos da Unicamp os restos mortais de Dênis Antônio Casemiro e
Frederico Eduardo Mayr. Em covas comuns estavam os de Sônia Maria de Moraes
Angel Jones, Antônio Carlos Bicalho Lana, Helber José Gomes Goulart e Emanuel
Bezerra dos Santos. E isso graças à extenuante procura de seus familiares e
amigos.
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“A descoberta da vala de Perus faz parte da incansável busca dos familiares
por seus parentes”, escrevem Suzana Lisboa e Maria Amélia Teles. “A cada ossada,
catalogada ou não, levantava-se uma quase história de vida e de morte: assim foram
se construindo os personagens da vala. Gente como o casal Antônio Carlos Lana e
Sonia Maria de Moraes Jones, que “vivia a intensidade do seu amor clandestino”
quando foram capturados. “Sonia foi torturada durante 48 horas, sendo estuprada
com um cassetete da Polícia do Exército, o que lhe provocou hemorragia interna.
Novas torturas lhe foram aplicadas e seus seios foram arrancados”, diz o relatório da
Comissão. “Como intimidação e escárnio diante do sofrimento da família, o
cassetete usado paira o estupro foi depois presenteado ao pai de Sonia por um
militar.” Os Moraes lutaram até o fim para enterrar a filha. O corpo estava em Perus.
No local onde foram encontradas as ossadas, ergueu-se um memorial, de au-
toria do arquiteto Ricardo Ohtake, com os dizeres: “Os ditadores tentaram esconder
os desaparecidos políticos, as vítimas da fome, da violência do Estado policial, dos
esquadrões da morte e, sobretudo, os direitos dos cidadãos pobres da cidade. Fica
registrado que os crimes contra a liberdade serão sempre descobertos.” Mas a série
de fotos em preto e branco de Marcelo Vignaron, tiradas à época, ilustra ainda
melhor o horror do momento e dá a dimensão do efeito irrevogável que a cova
coletiva abriu na história brasileira e mesmo no imaginário popular do País.
Vítima esquecida do terror
DITADURA - Celia Lundberg, torturada e estuprada, depõe na Comissão da
Verdade
Por Cynara Menezes
O caso da mineira Maria Celia de Mello Lundberg é uma daquelas histórias
que a direita brasileira teima em ignorar quando se trata de avaliar as barbaridades
cometidas pela ditadura. Celia tinha 27 anos ao ser presa em 1971. Foi torturada e
violentada sexualmente. Seu crime: participar de reuniões da Ação Libertadora
Nacional (ALN), organização clandestina, e dar aulas de alfabetização para adultos.
Nunca participou de ações armadas, assaltos a banco ou sequestros. Nunca “matou
inocentes”, como afirmam os defensores do regime a respeito dos militantes de
esquerda que ingressaram na guerrilha. A inocente era ela.
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Hoje com 68 anos, Celia Lundberg é uma das vítimas da ditadura, cujo
processo será submetido a julgamento pela Comissão de Anistia na segunda-feira 8.
Ela pede do Estado brasileiro uma aposentadoria para que tenha a possibilidade de
voltar a viver no País. Ao sair da prisão, e com medo de ser presa novamente, a
militante fugiu para o Chile, e de lá, após o golpe militar que derrubou Salvador
Allende, em 1973, foi para a Suécia. Casou-se com um sueco que havia conhecido
na capital chilena, Karl Svante Lundberg, e teve dois filhos. Formou-se em
Fisioterapia e exerce a profissão como autônoma.
Neste meio tempo, veio algumas vezes ao Brasil, por razões de enfermidade
na família ou para enterrar parentes: a mãe, o pai. Voltar à terra natal sempre
significou abrir velhas feridas. Pelo Skype, ela interrompe várias vezes a entrevista,
sem conseguir segurar o choro. As lembranças ruins vêm à tona: os policiais
armados com metralhadoras invadindo o apartamento em que ela morava, em Belo
Horizonte, com 8 dos 11 irmãos estudantes. Os pais viviam na cidade de Salinas,
norte de Minas Gerais. Celia tinha acabado de se formar na Universidade Católica.
O irmão, Hervê, estava preso no Dops mineiro quando a levaram.
Formada em Geografia e em Educação Física, Celia Lundberg tinha entrado
na ALN por influência de Hervê, militante do grupo. Desde pequena, conta, sentia-se
indignada com as desigualdades sociais no Brasil. Seu pai, um homem conservador,
“mas justo”, como o define, era feminista, e deu oportunidade de estudo igual aos
filhos e filhas. A mineira diz que se sentia “doída” de ver que alguns pudessem ter
tudo, enquanto outros não tinham nada. Entrou para a ALN e acabou presa. Os pais
nunca souberam das torturas sofridas nos porões da ditadura.
“No Dops me falavam que eu tinha feito milhões de coisas, mas nunca
participei de nada pesado”, conta Celia, que tem uma memória confusa em relação
ao que ocorreu na cadeia. Lembra-se do tenente que era o chefe da operação, mas
não exatamente de seu rosto. Tampouco recorda a face de seus torturadores.
“Muitos de nós não somos capazes de reconhecê-los. É como os judeus que saíram
dos campos de concentração. Com certeza todos lembram perfeitamente dos maus-
tratos que sofreram, mas não do rosto dos algozes.”
As noções de tempo são inexatas. A ex-militante não sabe se foram dias ou
meses trancafiada no Dops. Quando foi promulgada a lei da anistia, em 1979, ela
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retornou ao Brasil pela primeira vez após o exílio. Com seu primeiro filho com
poucos meses de vida, foi ouvida em interrogatório. O marido ficou do lado de fora
com a criança. A brasileira saiu aos prantos, com a sensação de haver passado
horas lá dentro. Só depois Karl lhe revelaria que, na verdade, tinham sido apenas 30
minutos.
É muito difícil perguntar para um ex-torturado os detalhes dos maus-tratos. No
depoimento por escrito à Comissão de Anistia, ela conta ter sido submetida “a
interrogatórios, torturas psíquicas e físicas”. Também ouvia o irmão, Hervê, ser
espancado. “Fui removida da minha cela para outro quarto, que, provavelmente, era
a sala de ‘trabalho’ dos nossos torturadores. Em uma parede, pude ler o nome de
Dan Mitrione, o americano especialista em torturas que havia estado ali no Dops e
depois seguiu para o Uruguai, obviamente com as mesmas incumbências.”
Quando reagia aos gritos do irmão torturado, Celia ouvia dos algozes
ameaças de represálias contra sua família ou de aniquilamento de Hervê. “Havia
raros momentos esperançosos, quando se abria a porta de minha cela e, assim, eu
e meu irmão tínhamos a oportunidade de nos comunicarmos por sinais, já que as
celas davam vista uma para a outra”, escreveu.
As sequelas psicológicas são evidentes. “É uma ferida profunda. O que mais
fiz na vida foi tentar esquecer. Principalmente trabalhando, para não ficar louca.” As
marcas no corpo ela esconde com roupas de mangas compridas: manchas
causadas pelas queimaduras com brasa de cigarro nos braços e nas pernas. O
estupro resultou numa gravidez, interrompida por um aborto espontâneo. Até hoje
ela não pode escutar a água da torneira pingando, um dos clássicos métodos de
tortura. E dormir de barriga para cima a faz lembrar de ficar contando os quatro
cantos da cela para tentar acelerar os dias.
Já no exterior, a mineira ouvia com descrédito as notícias de que a ditadura
estava no fim. “Eu achava que não ia acabar nunca.” E a lei da anistia causou-lhe
revolta. “A tortura é uma coisa bestial. Os torturadores teriam de ter pagado, não
com a mesma moeda, mas com a prisão. Aquele tenente que não esqueci, do Dops
de Belo Horizonte, nunca sofreu nenhuma punição. Não acho isso justo.” Uma das
boas-novas, afirma, foi a eleição à Presidência de Dilma Rousseff, uma ex-
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guerrilheira. Celia ficou feliz. E, pela primeira vez, sentiu vontade de voltar para
casa.
“Entrei com o processo por insistência de amigos. Na realidade, eu não queria
remexer nesse assunto, cujas recordações me fazem muito mal. Mas, com esse
dinheiro, eu teria a possibilidade de regressar e viver no Brasil”, diz. “Essa
indenização, entretanto, não vai ressarcir nem um centésimo do mal que o
terrorismo de Estado brasileiro me causou. Os terroristas continuaram com seus
vencimentos normalmente, sem ter de apresentar nenhum requerimento para isso.
Nunca precisaram ter seus casos julgados por nenhuma comissão. Muitos foram
promovidos.”
Itália desmantela rede que explorava transexuais recrutados em favelas do
RJ
Brasileiros que moravam principalmente em comunidades cariocas ganhavam
passagem para trabalhar em casa de prostituição
A polícia italiana anunciou ter desmantelado nesta semana uma rede de
prostituição que levava à Itália transexuais brasileiros recrutados, principalmente, em
favelas do Rio de Janeiro.
Segundo informações de autoridades italianas, divulgadas pela agência de
notícias ANSA, 28 supostos integrantes da rede teriam sido detidos em três regiões
italianas — Lazio, Campania e Umbria.
Leia também: Brasileiras denunciam esquema de exploração de modelos na
Índia
O grupo, formado por italianos e brasileiros, foi acusado de “associação
criminosa” com a finalidade de fazer “tráfico de seres humanos” e “explorar
prostituição”.
A rede enviava a transexuais de favelas cariocas passagens aéreas para
viagens do Rio de Janeiro a cidades europeias como Madrid, Zurique, Paris,
Budapeste ou Bucareste. A ideia era encaminhar os brasileiros dessas cidades para
a Itália, segundo a polícia.
Leia também: Cafetões driblam polícia em NY com 'bordéis-móveis'
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Doze casas que seriam usadas para prostituição também foram revistadas e
interditadas.
O consulado brasileiro em Roma diz não ter sido oficialmente informado sobre
a prisão dos brasileiros. Segundo o cônsul-geral adjunto, Paulo Roberto Palm, a
polícia italiana não costuma fazer consultas a respeito de operações em curso “até
por uma questão de sigilo das investigações” e, em geral, entra em contato apenas
na hora de enviar cidadãos brasileiros de volta ao país.
Palm diz, porém, que alguns transexuais brasileiros teriam se queixado para o
consulado a respeito dessas redes, embora tenham tido medo de entrar em detalhes
“por se sentirem ameaçados”.
Em 2009, o travesti brasileiro Brenda, pivô de um escândalo que causou a
renúncia do governador da região de Lazio, Piero Marrazzo, foi encontrado morto no
apartamento em que morava, em Roma.
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[CD9][CD10] O SR. SEVERINO NINHO (PSB-PE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, registro com satisfação as vitórias do Prefeito do Recife, Geraldo Júlio,
do PSD; do Prefeito de Paulista, Junior Matuto, do PSB, e dos Prefeitos de
Itamaracá, Paulo Batista, e de Araçoiaba, Joamir Oliveira. Pessoas que com certeza
farão um belíssimo trabalho em suas cidades.
Agradeço a militância, na nossa cidade de Igarassu, dos Prefeitos que
compuseram a nossa frente e fizeram uma belíssima campanha. Foi[CD11] uma
campanha honesta, uma campanha sem calúnia, uma campanha com a verdade. A
sociedade viu como se faz uma festa democrática, uma festa saudável, um trabalho
conscientizador, enfim, um trabalho que forma e que politiza o povo igarassuano.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Com a palavra o Deputado Raimundo
Gomes de Matos.
O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB-CE. Sem revisão do orador.)
- Sr. Presidente, nobres Parlamentares, o Diário do Nordeste, que circula no Estado
Ceará e no Nordeste, traz, no seu caderno regional, ampla matéria: seca provoca
queda de 50% no rebanho e no leite. Nós, através da Comissão de Agricultura,
estamos aprovando requerimento para que possamos, aqui na Comissão de
Agricultura, debater toda essa questão da estiagem.
Nessa ampla matéria do Diário do Nordeste, nós observamos que já é grave a
situação, com a falta de água para o rebanho e também para consumo da população
do Ceará. Dos 184 Municípios, 167 já estão em estado de emergência. Nós
precisamos de ações urgentes do Governo Federal para que possamos minimizar
esse quadro, como também garantir, através da CONAB, o quantitativo de milho
necessário.
Iremos realizar uma audiência pública na próxima semana com o Ministério
da Agricultura, o Ministério da Integração Nacional, o INPI, o BNB, até porque
também precisamos da parceria do Banco do Nordeste para rever toda a questão do
endividamento do pequeno produtor rural.
Então, fica aqui o nosso alerta, a nossa solicitação para que o Governo
Federal intensifique as ações de combate à estiagem.
O SR. PRESIDENTE (Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Comissão de Agricultura, Pecuária
e Abastecimento Rural, que temos a honra de presidir nesta Casa Legislativa, já
articula a realização de um debate para tratar os problemas que se avolumam diante
da falta de milho aos produtores rurais e da oferta de água tratada para o consumo
humano. Nesse sentido, hoje, demos entrada no pedido de audiência pública, a
realizar-se até o final deste mês de outubro, tendo como convidados os Ministros da
Agricultura e da Integração Nacional, representantes do Banco do Nordeste,
Presidentes Estaduais das Federações de Agricultura, Secretários de Estado
nordestinos e representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Lembro que esta não é a primeira vez que trazemos este tema para a tribuna
e nos reunimos com os porta-vozes do Governo Federal, a fim de encontrar uma
solução rápida e urgente como requer a situação. No Estado do Ceará, por exemplo,
a falta de milho já levou a uma queda brusca na produção do leite, que passou de
1,1 milhão/dia para 600 mil litros/dia atualmente. Sem ração para o gado sobreviver,
os produtores cearenses estão sendo obrigados a vender seus animais a preços
baixíssimos. O valor de R$ 600,00 a cabeça está saindo, hoje, entre R$ 200,00 e R$
100,00.
De acordo com Maria Zilmar Diógenes, Presidente do Sindicato dos
Produtores de Leite de Icó, o milho não está chegando, e já se pense em fretar um
carro para transportar o produto de Goiás para Icó, onde a maior parte dos
produtores da região compra da CONAB, que não consegue dar conta da demanda,
podendo encarecer a saca de 60 quilos. Esta grave situação reforça o que já
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denunciamos várias vezes, e persistimos na cobrança de medidas mais eficazes por
parte do Governo Federal.
Outro ponto levantado recentemente pelo Presidente da Federação de
Agricultura do Estado do Ceará, Flávio Saboya, é que no comércio é possível
encontrar milho, porém, os preços são exorbitantes, chegando a um acréscimo de
mais de 50% do valor cobrado na CONAB. Somente no Estado do Ceará, há
necessidade de 7 mil toneladas por semana.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a imprensa vem acompanhando de
perto a estiagem que este ano castigou o País, com o Nordeste em situação
bastante crítica. O Diário do Nordeste, Caderno Regional do último dia 5 de outubro,
estampou em sua manchete que 50% da produção de leite e do número de rebanho
bovino foram perdidos. A informação teve como fonte o SINDLEITE. Ressalte-se
que a reserva de forragem armazenada em silos chegou ao fim e a de água está no
limite. Como se observa, as ações do Governo Federal não estão atendendo, de
fato, as necessidades dos produtores rurais, e os prejuízos começam a ficar
incalculáveis.
Na reportagem, o Presidente do SINDLEITE e coordenador da Câmara
Setorial do Leite, Alvaro Carneiro Júnior, ressalta que a falta de água já é notória nos
poços e açudes, que já estão secando. Em outro depoimento, o criador José
Pereira, de Icó, disse já ter vendido 18 das 40 cabeças do seu rebanho, não tendo
feito outras negociações por falta de comprador. Esse cenário foi confirmado pelo
Diretor de Sanidade Animal da Agência de Defesa Agropecuária (ADAGRI), Nélio
Morais, que prevê o crescimento da venda de bovinos por conta da estiagem.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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E com o sofrimento não só do rebanho, mas de milhares de famílias que
estão sofrendo há meses com a seca, abro um espaço aqui para enaltecer iniciativa
da Federação do Comércio do Estado do Ceará (FECOMÉRCIO), através de seu
Presidente Luiz Gastão Bittencourt da Silva, com apoio do Sistema Verdes Mares,
Cruz Vermelha e em parceria com o Sindicato das Empresas deTransporte de
Passageiros (SINDIÔNIBUS), presidido por Dimas Humberto Silva Barreira, em
abraçar a campanha Nossos irmãos não podem esperar, iniciada em agosto e
prorrogada por mais alguns meses. A solidariedade dos cearenses foi tamanha que,
até o momento, 136 toneladas de alimentos foram arrecadados. Ao todo, são 176
dos 184 Municípios atingidos pela seca no Ceará, dos quais 65 foram considerados
mais vulneráveis.
É com este exemplo, rápido para atender às necessidades das famílias
cearenses, que esperamos uma nova atitude do Governo Federal.
Era o que tínhamos a dizer.
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[CD12][CD13] O SR. JAIR BOLSONARO (PP-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, agora eu entendo por que Lula e Dilma tanto lutaram para que o
terrorista e assassino Cesare Battisti fosse posto em liberdade. Foi para que
sobrasse mais espaço na Papuda para bem acolher José Genoíno e José Dirceu.
Parabéns São Joaquim Barbosa pela sua independência.
Falando em José Genoíno, Ministro Celso Amorim, a sua estatura moral se
mede na escala da nanometria. Eu pergunto a V.Exa.: quando vai enxotar do
Ministério da Defesa o corrupto condenado pelo Supremo Tribunal Federal José
Genoíno? Constrange a cúpula das Forças Armadas, os seus oficiais generais, ter
que despachar com um corrupto e mentiroso como esse.
Genoíno e Dirceu, voto comprado é ditadura! E vocês sempre foram
ditadores.
(O microfone é desligado.)
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[CD14][CD15] O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a mobilização político-eleitoral do último
domingo foi mais uma prova de nossa solidez democrática, resultando na renovação
dos escalões dirigentes das quase 5.600 comunas do País, faltando 50 delas para
decisão em segundo turno.
Nunca as pesquisas foram tão ansiadas pelos eleitores, ávidos por conhecer
a tendência preferencial do eleitorado, a fim de identificar os postulantes mais
qualificados para administrar metrópoles e compor quadros legislativos.
Em inúmeras cidades, com a massa votante superior a 200 mil, o segundo
turno testará, entre os dois melhores, aquele que deverá ascender à chefia de tais
edilidades.
Muitas disputas começam a ser esquadrinhadas por líderes partidários e
marqueteiros qualificados, numa nova porfia para a qual, desde o último domingo,
voltaram a concentrar as atuações do eleitorado.
Fortaleza, minha bela Capital, a exemplo de outras de igual ponderabilidade,
apresta-se ainda para deliberar em torno de Elmano Freitas e Roberto Cláudio,
ambos com excelente desempenho na primeira etapa, concluída no dia 7 último.
Aproveito também, Sr. Presidente, para encaminhar pronunciamento sobre o
Dr. Aderbal Magalhães Aguiar, advogado militante no foro de Fortaleza, falecido no
último dia 25.
Muito obrigado.
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PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a mobilização político-eleitoral do
último domingo foi mais uma prova de nossa solidez democrática, resultando na
renovação dos escalões dirigentes das quase 5.600 comunas do País, faltando 50
delas para decisão em segundo turno.
Nunca as pesquisas foram tão ansiadas pelos eleitores, ávidos por conhecer
a tendência preferencial do eleitorado, a fim de identificar os postulantes mais
qualificados para administrar metrópoles e compor quadros legislativos.
Em inúmeras cidades, com a massa votante superior a 200 mil, o segundo
turno testará, entre os dois melhores, aquele que deverá ascender à chefia de tais
edilidades.
Muitas disputas começam a ser esquadrinhadas por líderes partidários e
marqueteiros qualificados, numa nova porfia para a qual, desde o último domingo,
voltaram a concentrar as atuações do eleitorado.
Fortaleza, minha bela Capital, a exemplo de outras de igual ponderabilidade,
apresta-se ainda para deliberar em torno de Elmano Freitas e Roberto Cláudio,
ambos com excelente desempenho na primeira etapa, concluída no dia 7 último.
Nos 28 comícios de que participei e em várias carreatas, que percorreram
diversas artérias de cada urbe, era visível a expectativa do eleitorado, ansioso para
ver deslindar-se uma disputa, caracterizada, formalmente, no domingo.
Enquanto são aguardadas decisões do Supremo Tribunal Federal sobre
alguns milhares de indeferimento de registro, todos confiam em que as diretrizes da
Ficha Limpa serão compatibilizadas com a jurisprudência daquela Corte
especializada.
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Nestas 3 semanas, voltaremos a peregrinar democraticamente nos bairros
das cidades, em novo confronto entre siglas que atuam no cenário nacional.
O nosso esforço, naturalmente, estará direcionado para o avigoramento
democrático, com nova pregação cívica a que nos obrigaremos em razão de nosso
comprometimento com o mais soberano dos direitos de cidadãos, que é o voto
consciente da massa votante.
Que a democracia, ainda mais indestrutivelmente sólida, desponte avigorada,
numa antevisão do grande embate de 2014, quando serão escolhidos Presidente da
República, membros do Congresso Nacional, Governadores e integrantes das
Assembleias Legislativas, tudo isso dentro de princípios éticos inarredáveis.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, causou consternação nas esferas
jurídicas de nossa Capital, o falecimento, ocorrido no último dia 25, do Dr. Aderbal
Magalhães Aguiar, advogado militante no foro de Fortaleza, quando demonstrava a
sua competência na defesa de postulações justas, de interesse de seus clientes.
Filho do ex-Deputado Manuel Vilebaldo Frota Aguiar, ex-Diretor-Geral da
Assembleia Legislativa, o extinto tinha como irmão o ex-Deputado Armando Aguiar,
além, entre outros, do saudoso Luís Carlos Magalhães Aguiar, titular do 8º
Tabelionato e figura de relevo também nos círculos sociais de nossa metrópole,
presidente que foi do tradicional Ideal Clube, que congrega a sociedade local.
Recentemente, Aderbal recebeu das mãos do Presidente do Conselho
Seccional da OAB o título de Advogado Padrão, em reconhecimento ao seu profícuo
labor como causídico talentoso, com movimentada banca, incumbida de porfiar em
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diversas áreas da árdua profissão, particularmente no ramo do Direito Civil e do
Direito Trabalhista.
Presente àquele magno evento, transmiti-lhe os meus efusivos cumprimentos,
sem pressentir que ele convalescia de insuficiências cardíacas, responsável pelo
seu prematuro desaparecimento.
Velado na Funerária Ternura, por incontáveis números de amigos e colegas,
o seu sepultamento ocorreu no Cemitério de São João Batista, no mausoléu de sua
tradicional família.
A todos os seus parentes, com este registro, manifesto as minhas
condolências, particularmente aos seus sobrinhos Cláudio Aguiar, Luiz Carlos Filho
e Annie Aguiar Benevides, descendentes de Luís Carlos Magalhães Aguiar, este
integrante de entidades notariais de âmbitos regional e nacional.
Com alguns trabalhos publicados sobre temas da Ciência do Direito, Aderbal
era conhecido por sua cultura e pela sensibilidade de fazer prevalecer nas
contendas forenses o direito dos que lhe confiavam o patrocínio de causas em via
de conspurcação, por ele evitada, com lúcida argumentação expendida nas
petições, nos embargos e nos agravos que subscrevia graças ao seu incontestado
tirocínio profissional.[CD16]
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[CD17] O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, é apenas para, com satisfação, registrar que a Secretaria da Fazenda de
Santa Catarina, atendendo a apelo deste Deputado e da Associação Catarinense
dos Produtores de Alho, determinou que o Estado fosse contemplado no mesmo
molde em que foi contemplado o Rio Grande do Sul no que se refere à
comercialização e tributação do alho catarinense.
Sem dúvida, essa decisão é motivo de grande alegria, sobretudo para o
Município de Curitibanos, o maior produtor de alho de Santa Catarina e, por
consequência, do Brasil.
De fato, a Secretaria da Fazenda de Santa Catarina praticou um ato de justiça
para com o produtor de alho catarinense, igualando a tributação do setor à que é
feita no Rio Grande do Sul.
Portanto, com muita alegria, registro a concessão desse benefício.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD18]
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[CD19] O SR. MISSIONÁRIO JOSÉ OLIMPIO (PP-SP. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, a respeito das eleições no domingo passado, gostaria de cumprimentar
Sarapuí, na região de Sorocaba e Itapetininga, e de parabenizar o Fabio pela vitória
à Prefeitura e todos os Vereadores dessa cidade.
Quero também mandar um abraço muito grande para minha cidade de Itu e
cumprimentar o Claudinho do Alvorada, que foi um guerreiro, pois fez 20 mil votos
nessa eleição, em sua primeira disputa, e a todos os seus candidatos a Vereador e
os que também foram eleitos. Faço este registro de coração.
Cumprimento também o Juvenil, na cidade de Salto, pela vitória, bem como
sua equipe, e o Natalino, o Vereador mais votado na cidade. Deixo este registro
nesta manhã.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD20]
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[CD21] O SR. PRESIDENTE (Manato) - Concedo a palavra ao nobre Deputado
Domingos Dutra, pelo PT do Maranhão, por 3 minutos.
O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, volto a esta tribuna para cobrar do
Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, que devolva, com o parecer, o
processo de cassação da Governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
Nós temos neste momento, Deputado Esperidião Amin, fatos importantes
para o País: o Cachoeira está preso; o Demóstenes renunciou ao mandato; o
Supremo está condenando a maioria dos políticos e não políticos envolvidos no
chamado mensalão, e o processo de cassação da Governadora do Maranhão está
nas mãos do Procurador-Geral da República há alguns meses.
Se por acaso a Governadora do Maranhão, que utilizou do abuso do poder
econômico e do abuso do poder político para se reeleger, escapar da cassação,
então, é melhor colocarmos o Senador Sarney, ou José “Mubarak” Sarney, como o
homem mais forte do mundo. Porque é impossível, nessa onda de moralidade,
cassar Demóstenes, manter Cachoeira preso, condenar José Dirceu e absolver
Roseana. Então, está provado que quem manda neste País é o Sr. José Sarney.
[CD22] Por isso, estou solicitando ao Procurador-Geral da República, que pediu e
está conseguindo a condenação da maioria dos políticos, banqueiros e outras
personalidades no Supremo Tribunal Federal, que devolva esse processo. É
injustificável que o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, que tem, no
Ministério Público Eleitoral, uma Procuradora com atuação efetiva na Corte Eleitoral,
tenha tido a preocupação de chamar para si unicamente o processo de cassação do
mandato da Governadora Roseana. Eu considero isso bastante estranho.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Mais estranho ainda é que o Procurador Gurgel, em vez de se desincumbir
dessa tarefa, atribuindo à Procuradora que atua na Corte Eleitoral dar o parecer,
como é de costume nos demais processos, tenha avocado esse processo e esteja
com ele há dias e não o devolva.
Espero que o Procurador Roberto Gurgel, que está com a bola toda, pelas
acusações que fez e que faz no Supremo, devolva o processo rapidamente, para
que o TSE possa colocar na pauta e apreciar esse processo de cassação da
Governadora Roseana. Comparada com Jackson Lago, Jackson Lago foi neném, foi
criança nas acusações, diante da ruma de provas de abuso de poder econômico e
de abuso de poder político praticados pela Governadora Roseana nas eleições de
2010.
Deixo aqui mais um apelo ao Procurador Roberto Gurgel de que devolva
brevemente esse processo com o parecer, qualquer que seja, para que seja
submetido a julgamento no Superior Tribunal Eleitoral.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.[CD23]
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[CD24] O SR. PRESIDENTE (Manato) - Concedo a palavra ao Deputado Otoniel
Lima, por 1 minuto.
O SR. OTONIEL LIMA (PRB-SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Srs. Deputados, fiquei surpreso ao chegar aqui e ver os funcionários da limpeza
parados, sem trabalhar, e fui perguntar o que tinha acontecido. E pasmem! Faz uma
semana que os funcionários da Casa não recebem nem o vale-transporte; os
funcionários da limpeza, aqueles que mantêm os nossos gabinetes limpos, que têm
trabalhado muito nesta Casa, o pessoal da Unirio.
Todos os Parlamentares, todos os funcionários da Casa são prova do
trabalho que esses funcionários têm exercido. É lamentável que a empresa não
tenha pago esses funcionários que dependem desse salário para pagar suas contas.
Então, Sr. Presidente, gostaria de pedir a V.Exa. que veja de quem é
responsabilidade dessa empresa para que se faça o pagamento desses funcionários
porque eles têm contas a pagar e estão esperando esse pagamento para poder
fazê-lo.
É lamentável, Sr. Presidente, que os funcionários continuem parados.
O SR. PRESIDENTE (Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado. [CD25]
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Com a palavra o Deputado Esperidião Amin.
[CD26]O SR. ESPERIDIÃO AMIN (PP-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é natural que, durante esta semana, estejamos
celebrando ou registrando opiniões acerca do processo eleitoral, que, aliás, não
terminou ainda, porque o segundo turno ocorrerá no dia 28 de outubro. Ontem,
ouvindo uma dessas observações, eu não pude me conter para lembrar que esse
aperfeiçoamento democrático, representado pela urna eletrônica, pela apuração
limpa e rápida, é fruto de uma experiência nascida e criada em Santa Catarina, há
24 anos.
Deputado Onofre Santo Agostini, que ontem acompanhou essa minha
observação, é testemunha do início tímido das eleições consideradas experimentais,
projetos-piloto dessa inovação que o mundo hoje admira.
É lógico que o aperfeiçoamento da democracia não pode ser construído
apenas com inovação tecnológica, mas com ela também. É preciso que se
aperfeiçoem as leis, é preciso que se aperfeiçoe também o sistema de elucidação de
dúvidas e pendências judiciais, haja vista o que está acontecendo em relação à Lei
da Ficha Limpa. Nós podemos resumir dizendo que três quartos, 70% ou mais, das
pendências decorrentes da interpretação da Lei da Ficha Limpa ainda remanescem.
Temos[CD27] em Santa Catarina um número inédito de eleições não acabadas,
de eleições cujos candidatos mais votados ainda estão com os votos contidos na
camada de nulos ou anulados. Nós esperamos que esse esclarecimento que
compete ao Judiciário seja também aperfeiçoado, para acompanhar a evolução que
a tecnologia — as punições devem ser criteriosas e impessoais — tem oferecido e
ensejado ao processo eleitoral brasileiro.
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Então, é para fazer esse registro, Sr. Presidente, como catarinense e, neste
momento, detentor de um mandato, que ocupo a tribuna.
Para concluir, gostaria, se V.Exa. me permitir, Sr. Presidente, de dizer que
este rápido processo de aperfeiçoamento das instituições democráticas e do aparato
da democracia no Brasil vai exigir que nós tenhamos ações efetivas para a reforma
política, que eu resumo a três: eliminação da possibilidade de coligação nas eleições
proporcionais, como condição para que se tenha partido político sólido e nacional
em nosso País; sou a favor do financiamento público das campanhas, até como
decorrência disso a que nós estamos assistindo nos julgamentos do Supremo
Tribunal Federal; e[VdAP28], finalmente, esta Casa cumprirá um desejo político e social
ao estabelecer a regra da coincidência de mandatos, sob pena de continuarmos a
assistir, Sr. Presidente, à suspensão das atividades administrativas a cada 2 anos,
ou seja, intermitentemente, ano a ano.
Com essas observações, agradeço ao companheiro Deputado Roberto a
tolerância e a oportunidade de ter ocupado esta tribuna.
O SR. PRESIDENTE (Roberto Britto) - Agradecemos ao nobre Deputado
Esperidião Amin.
Durante o discurso do Sr. Esperidião Amin, o Sr.
Manato, 2º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da
Presidência, que é ocupada pelo Sr. Roberto Britto, § 2º
do art. 18 do Regimento Interno.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD29][VdAP30]O SR. PRESIDENTE (Roberto Britto) - Concedo a palavra ao Sr.
Deputado Luiz Couto.
O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 28 de setembro, a nossa Presidenta
Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.720, de 2012, que teve como proposição de
nossa autoria, aprovada nesta Casa, o Projeto de Lei nº 370, de 2007, que tipifica o
crime de extermínio, fazendo com que possamos ter as condições efetivas para dar
um basta a essa violência praticada por grupos como o esquadrão da morte, como
as milícias armadas privadas, que estão ganhando à custa do sofrimento, da dor de
muita gente, e por grupos de extermínio.
Estamos[CD31] vendo o aumento e o crescimento dessa violência, como, por
exemplo, em São Paulo contra policiais e populares. Nesse sentido, essa lei dará
condições para que possamos julgar esses casos.
Agradeço a todos aqueles que acreditam na possibilidade de vencermos essa
chaga que acontece em nosso País dos crimes de extermínio, do esquadrão da
morte, que continua agindo, das milícias, que continuam agindo e matando pessoas
para ganhar dinheiro.
Tenho também, Sr. Presidente, a preocupação de dizer que, infelizmente, o
nosso projeto original foi modificado e alguns aspectos que consideramos
importantes foram retirados. O primeiro artigo do projeto original dizia o que é o
grupo de extermínio, o grupo paramilitar, o esquadrão da morte, e vamos
reapresentar esse projeto no sentido de fazer com que a Justiça possa tipificar quais
são os grupos, como se constituem, como atuam e como são financiados.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Vamos continuar lutando, porque temos que federalizar o crime de extermínio,
passar toda a tramitação da investigação até o julgamento para a esfera federal.
Não dá para continuar nas esferas estaduais, porque, infelizmente, a grande maioria
dos crimes que acontecem ficam na impunidade, porque são chamados crimes
misteriosos, que não são investigados nem punidos.
Sr. Presidente, encaminho o meu pronunciamento para ser dado como lido e
publicado nos Anais da Casa.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna agradecer a
todos que estiveram e ainda hoje se encontram ao meu lado, na luta travada pela
aprovação do Projeto de Lei nº 370, de 2007. Hoje esse projeto está concretizado
pela Lei nº 12.720, de 2012. No decorrer destes 5 anos, esforcei-me para que as
vitórias concedidas pela graça de Deus fossem concretizadas, a fim de que hoje a
sociedade venha a ser justiçada pelos extremos casos de violações de direitos
humanos, já mencionados nesta tribuna em anos anteriores.
Tenho, Sr. Presidente, um apreço pela Justiça em favor dos injustiçados.
Neste sentido explico que o projeto de lei convertido e sancionado pela nossa
Presidenta Dilma Rousseff, no dia 28 de setembro de 2012, em lei ordinária, teve
surgimento nos trabalhos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI do
Extermínio no Nordeste), da qual fui Relator e que investigou as ações criminosas
de grupos de extermínio e milícias privadas na Região Nordeste do Brasil.
A lei tem o objetivo de alinhar nossos dispositivos legais internos ao que está
amplamente preconizado nos acordos e protocolos internacionais já firmados pelo
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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País. Ela alcança também as chacinas promovidas por outros segmentos do crime
organizado, em que se verificam mortes de autoridades públicas, policiais e
dissidentes de quadrilhas ou ainda a eliminação de testemunhas e lideranças dos
movimentos social e sindical que perecem massacradas juntamente com seus
familiares.
Os crimes de extermínio, usualmente, são praticados por grupos formados e
liderados na maioria por policiais civis e militares, membros de grupos de vigilância
privada e ex-apenados, entre outros, que agem sob a égide justiceira ou protetores
informais da sociedade, atuando onde o Estado está ausente ou se confunde com
as ações criminosas. São exemplos de crimes de extermínio, motivo pelo qual a lei
foi sancionada: o massacre de presos no presídio Carandiru, em 1992; a chacina de
meninos de rua na Candelária, em 1993, e o massacre de trabalhadores em
Eldorado dos Carajás, em 1996, e também casos recentes em que seis policiais
mataram e torturaram um jovem na Paraíba, em 2006, e no Estado do Rio de
Janeiro ao menos 4 pessoas foram mortas na favela do Barbante, na Zona Oeste,
onde confrontos entre traficantes e milicianos disputam o controle da favela em
2012.
Nas áreas mais carentes das cidades do Brasil, os milicianos se transformam
em agentes de segurança pública, comportando-se como donos do lugar:
estabelecendo regras, como proprietários e distribuidores de serviços, como
fornecimento de gás; transporte clandestino; TV a cabo ilegal. Para intimidar, usam
fardas, distintivos e armas como instrumentos necessários para exercer o poder de
impor a ordem e até de julgar aqueles que não obedecem “à lei ditada” pela milícia.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Como o Código Penal de 1940 não previa crimes como esses, os infratores
só podiam ser condenados por outros delitos como homicídio e extorsão. Agora
formar quadrilha de milícias ou de grupos de extermínio está sujeito a penas que vão
de 4 a 8 anos de prisão.
Vejo nessa lei um avanço que permite o combate e a punição com mais
rapidez. Os grupos de extermínio, as milícias, as organizações paramilitares e os
esquadrões da morte antes não eram regidos por um tipo penal. A milícia antes era
uma montagem. Tinha-se que montar vários delitos para apresentar isso como
milícia. A partir da sanção da lei, podemos criminalizar os atos, passando a ser uma
referência ao processo judicial, que agora tem um norte formado por vários itens
para apresentação de provas.
Faço um agradecimento especial a todos os companheiros e companheiras
que votaram a favor desse projeto, que entenderam o quanto precisamos trabalhar
para que sejam reformulados os valores éticos, religiosos, políticos e sociais do
Brasil, acabando assim com as intolerâncias à diversidade de comportamento,
incorporando valores de solidariedade e igualdade entre homens e mulheres e
concluindo com um Estado Democrático de Direito.
Ressalto, porém, que no decorrer do trâmite legal no Congresso Nacional, o
projeto foi modificado, retirando a possibilidade de federalização. Afirmo que não vou
recuar e irei lutar para que esse tipo de crime seja federalizado, porque existe a
possibilidade concreta de se macular o processo desde a sua instrução, nas
instâncias estaduais. As características estruturais dos executores são semelhantes
às dos grupos armados paramilitares. Existe ainda o agravante de servirem a outros
ilícitos hediondos como o tráfico de drogas e a tortura. Daí a necessidade de
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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considerarmos esses crimes como atentados contra a ordem constitucional e, por
consequência, deslocarmos para a União a titularidade da ação penal.
Concluo, Sr. Presidente, afirmando que colho hoje, junto com a sociedade
brasileira, frutos plantados pelos nossos três mandatos exercidos com dignidade e
democracia. Reconheço que temos muito a fazer pelo povo, mas alegro-me por
saber que estamos concretizando sonhos de muitos brasileiros, para que a justiça
seja feita de forma eficaz e concreta.
Faço minhas as palavras do poeta Voltaire: “Posso não concordar com
nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de
você dizê-las”.
Deus abençoe a todos.
Durante o discurso do Sr. Luiz Couto, o Sr. Roberto
Britto, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo
Sr. Manato, 2º Suplente de Secretário.[CD32]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Concedo a palavra ao nobre Deputado
Heleno Silva, recém-eleito, com muita honra, Prefeito de Canindé de São Francisco,
Estado de Sergipe. V.Exa. dispõe de 3 minutos.
O SR. HELENO SILVA (PRB-SE. Sem revisão do orador.) - Obrigado, nobre
Presidente.
Sras. e Srs. Deputados, venho agradecer à população de Canindé de São
Francisco, por ter entendido a mensagem que levamos às ruas e os projetos que
apresentamos durante a campanha e recebido, aceitado e eleito Heleno Prefeito.
Para mim, é uma honra muito grande administrar uma cidade importante de Sergipe.
Canindé está entre as 5 principais cidades do Estado, e viverei, na condição de
Prefeito, a experiência de enfrentar grandes desafios.
O primeiro deles é o de encarar a pobreza extrema que assola aquele
Município. Cerca de 35% de sua população vive em extrema pobreza. Outro desafio
que vou enfrentar de cabeça erguida, com força e coragem, é o problema da saúde
pública.
O Município é banhado pelo Rio São Francisco, que possui a hidrelétrica de
Xingó, e não podemos deixar que seu povo sofra os mesmos problemas que vivem
outros Municípios financeiramente menos favorecidos.
Então, gostaria de agradecer às famílias, aos agricultores e à juventude que
encampou a nossa campanha, uma campanha muito bonita em que as pessoas
compravam suas próprias camisas para ir a uma caminhada, a um comício, a uma
carreata. Uma[CD33] campanha em que enfrentamos a máquina pública — fomos
candidatos de Oposição — e, junto com os partidos que nos creditaram essa força,
chegamos à vitória.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Para mim, é mais uma responsabilidade que assumirei na condição de
homem público. Entrei na vida pública em 1998, quando venci a eleição para
Deputado Estadual, fui duas vezes Deputado Federal, assumi a Secretaria de
Estado da Agricultura e, agora, vou ser Prefeito de uma cidade importante.
Quero, portanto, dizer ao povo do sertão e, em especial, ao povo de Canindé
que reafirmo os compromissos assumidos e a vontade de trabalhar.
Com certeza, contarei aqui com muitos amigos no que diz respeito às
emendas parlamentares.
A propósito, agradeço ao Deputado Valadares Filho, que esteve comigo na
convenção e é do mesmo partido que o Vice-Prefeito Avelar.
Para mim, será uma honra muito grande administrar aquela cidade,
transformá-la e contribuir para que seu povo viva um novo tempo.
Mais uma vez, agradeço à população e reafirmo o compromisso de trabalhar
por todos e pela cidade de Canindé, na condição Prefeito eleito.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.[CD34]
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[CD35] O SR. PRESIDENTE (Manato) - Concedo a palavra ao nobre Deputado Jair
Bolsonaro, do PP do Rio de Janeiro. S.Exa. dispõe de 3 minutos.
O SR. JAIR BOLSONARO (PP-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, veja como é a história em nosso País: o jornal O Globo, em sua edição
de 2 de abril de 1964, trouxe editorial de capa assinado pelo jornalista Roberto
Marinho com o seguinte título: Ressurge a democracia.
Já no primeiro parágrafo desse editorial, lemos: “Vive a Nação dias gloriosos.
(...) Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que, obedientes aos seus
chefes, demonstraram a falta de visão dos que haviam tentado destruir a hierarquia
e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável (...)”, e por aí vai.
[CD36] O jornal O Globo poderia repetir esse editorial amanhã, logicamente, fazendo
as devidas correções para a atualidade. Assim, leríamos: “Voto comprado não é
democracia: ressurge a democracia. Vive a Nação dias gloriosos. Graças a sua
decisão e heroísmo, o Supremo Tribunal Federal, tendo à frente o Ministro Joaquim
Barbosa, escravo da verdade, anima e oxigena o nosso País, para nos livrar de um
partido que tomou de assalto o Governo com mentiras, com demagogias, com
inverdades, para nos impor dias tão tristes”.
Espero, Sr. Presidente, que esse julgamento leve realmente à cadeia, em
especial a cúpula do PT: José Genoíno e José Dirceu. Que vão para a Papuda,
porque lá é o lugar deles. Lá é o lugar de corruptos, de bandidos e traidores da
Pátria. Assim, então, poderemos respirar a democracia neste Parlamento.
Aproveito para pedir — e não falo em nome das Forças Armadas, mas em
nome dos meus amigos oficiais generais — ao Ministro Celso Amorim que retire da
função de assessor especial do Ministério da Defesa esse corrupto que se chama
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José Genoíno, um homem que tentou criar uma FARC no coração do Brasil, lá no
Araguaia. Tire esse corrupto daí, Ministro, porque ele nos envergonha a todos.
Os oficiais generais — tenho certeza — se sentem constrangidos por terem
de passar por José Genoíno, corrupto condenado pelo Supremo Tribunal Federal,
para despachar com V.Exa., Ministro.
Agora[CD37], um conforto a Genoíno e a Dirceu: Presidenta Dilma Rousseff
mande a Comissão da Verdade investigar a real história desses dois. Eu tenho
certeza que eles serão absolvidos. Serão condecorados, serão ovacionados e —
quem sabe? — até ganharão mais uma “Bolsa Ditadura”, porque essa “Comissão da
Patifaria” só serve para enxovalhar as nossas Forças Armadas, que sempre
estiveram do lado da democracia. E foi o que disse também a revista Seleções de
novembro de 1964, em encarte intitulado A Nação que se salvou a si mesma. Os
militares salvaram o nosso País de uma ditadura em 64, e, em grande parte, credito
a Roberto Jefferson o fato de termos sido salvos de outra ditadura, com a denúncia
do mensalão.
O Brasil realmente é um país abençoado por Deus! Agora, com toda certeza,
também abençoado por “São Joaquim Barbosa” e pelo Supremo Tribunal Federal.
Alguns desconfiavam que o Ministro Joaquim Barbosa tivesse entrado para a mais
alta Corte por cota. Mas, seja qual tiver sido o motivo, ele demonstrou que é íntegro,
é honesto. E, inclusive, citou o meu nome por ocasião do voto do Relator, há três
semanas, quando disse que “os partidos da base aliada levaram dinheiro, exceto um
Parlamentar, o Sr. Jair Bolsonaro”.
Parabéns, Ministro Joaquim Barbosa! Leve avante esse seu propósito,
sempre ao lado da verdade, porque isso nos traz esperança em dias melhores, isso
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nos conforta e, se Deus quiser, nos levará para uma democracia de fato, não esta
ditadura petista, enganosa que está imposta a nosso País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD38]
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Enquanto o nobre Deputado Onofre Santo
Agostini se dirige à tribuna, concedo 1 minuto para o nobre Deputado Newton
Cardoso fazer um breve registro.
O SR. NEWTON CARDOSO (PMDB-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, registro a vitoriosa composição de
forças do PCdoB e do PMDB em Contagem, Estado de Minas Gerais.
Embora pareça uma composição difícil à primeira vista, ela foi vitoriosa.
Fizemos um trabalho magnífico: derrotamos o PT, derrotamos o PSDB e fomos para
o segundo turno, com a grande margem de 8% de vantagem.
Feito o registro, Sr. Presidente, aproveito para deixar uma queixa em relação
ao painel de presença: há meia hora tento registrar meu nome e não consigo. É
preciso mudar esse sistema arcaico, que não obedece aos nossos comandos.
Vamos, então, mudar urgentemente esse processo de confirmação de
comparecimento dos Deputados à Casa.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Manato) - V.Exa. vai ser atendido, porque a Câmara já
está trocando todo esse sistema. Até dezembro, todo ele será trocado.[CD39]
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Concedo a palavra ao nobre Deputado
Onofre Santo Agostini, 3 minutos na tribuna.
O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD-SC. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em 4 de setembro de 2012, este
Deputado encaminhou o seguinte expediente ao Secretário da Fazenda de Santa
Catarina:
“Com meus cordiais cumprimentos, dirijo-me à
presença de Vossa Excelência para encaminhar o Ofício
nº 019/2012, da Associação Catarinense dos Produtores
de Alho, o qual solicita atenção e medidas desta
Secretaria em relação aos pleitos de concessão de
benefícios fiscais aos produtores de alho e suas
cooperativas do Estado de Santa Catarina”.
Os produtores de alho catarinenses estavam vivendo um momento dramático,
porque não tinham como concorrer com o alho oriundo da China, que entra no Brasil
pela metade do preço do produzido no País.
[CD40] A Secretaria, atendendo ao apelo deste Deputado, respondeu nos seguintes
termos:
“Cumprimentando-o cordialmente, acusamos o
recebimento do Ofício nº 820, de 2012, datado de 4 de
setembro de 2012, solicitando concessão de benefícios
fiscais aos produtores de alho e suas cooperativas que
comercializam o produto no Estado.
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Em resposta ao pedido em apreço, encaminhando
a informação DIAT Nº 205/2012, da Diretoria
Administrativa Tributária desta Secretaria”.
A informação da DIAT, por sua vez, é a seguinte:
“Por meio do expediente citado, o Deputado Onofre
Santo Agostini encaminha Ofício nº 19/2012, da
Associação Catarinense dos Produtores de Alho, a qual
solicita concessão de benefícios fiscais, abaixo
relacionados, aos produtores de alho e suas cooperativas
que comercializam produto no Estado:
a) Alteração no percentual de redução da base de
cálculo do ICMS na comercialização do alho de 50% para
90%;
b) Elevação da pauta dos valores atuais; (...)
A ACAPA argumenta que o Estado de Santa
Catarina já foi destaque no cenário nacional e
sul-americano na produção de alho. Entretanto, a
produção atual vem decaindo, afetando vários setores da
economia regional e estadual e contribuindo para o
aumento do êxodo rural e que os atuais benefícios
concedidos pela legislação catarinense não são
suficientes para manter o produtor catarinense no
mercado nacional.
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Diante do exposto, cumpre-me informar a
publicação do Decreto nº 1.183, de 2012, com vigência a
partir de 27 de setembro (...).”
Dessa forma, Sras. e Srs. Deputados, em algumas operações internas e
interestaduais, a base de cálculo do imposto será reduzida, até 31 de dezembro, em
90%. E os produtores de alho catarinense, de modo específico os da minha terra,
Curitibanos, foram beneficiados com a redução da taxa de ICMS em até 90%.
Quero, então, agradecer ao Secretário da Fazenda de Santa Catarina e
também ao Governador do Estado, que atenderam ao apelo da Associação
Catarinense dos Produtores de Alho. Agora, por consequência, poderemos
concorrer com o alho oriundo da China, que entra no mercado catarinense ou
brasileiro pela metade do preço aqui praticado.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD41]
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Concedo a palavra ao nobre Deputado
Mauro Benevides. S.Exa. tem 3 minutos na tribuna.
O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pela ordem. Pronuncia o seguinte
discurso.) - Sr. Presidente, nobre Deputado Manato, Sras. e Srs. Deputados, na
próxima segunda-feira, o Congresso Nacional realizará sessão solene destinada a
reverenciar a memória do grande líder Ulysses Guimarães, tragicamente
desaparecido, em desastre de helicóptero, no litoral fluminense, juntamente com sua
esposa, Dona Mora, e o casal Severo Gomes.
Embora a data exata fosse o dia 12, em razão do feriado, entendeu o
Presidente José Sarney de transferir o evento rememorativo para o dia 15, às 17
horas, quando aqui se promoverá grande homenagem póstuma a esse que foi um
dos maiores líderes da vida pública brasileira.
Tendo convivido de perto com o Sr. Diretas, como Ulysses foi chamado,
posso testemunhar a sua obstinada intenção de restabelecer o Estado Democrático
de Direito, o que efetivamente ocorreu apenas a 5 de outubro de 1988, com a
promulgação da Carta Cidadã, da qual foi ele o primeiro signatário — coube-me, na
condição de Vice-Presidente da Assembleia Constituinte, subscrevê-la logo em
seguida —, num memorável acontecimento que teve por palco este augusto
plenário, então repleto de Parlamentares e convidados especiais.
No transcurso dos 20 anos da Constituição, ocorrido em 2008, o Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva promoveu concorrida reunião no Palácio do Planalto. Na
oportunidade, tive a honra de discursar em nome de todos aqueles que
subscreveram o nosso documento básico, no qual estão inseridos todos os direitos
da cidadania, espelhados nos vários segmentos da sociedade, a exemplo da
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criança, do adolescente, do idoso, da mulher, do índio, do deficiente, enfim, de todos
quantos podem albergar-se no texto de nossa lei fundamental.
Mencione[CD42]-se, por oportuno, que o jornalista Jorge Bastos Moreno, de O
Globo, fez publicar, sequenciadamente, uma série de reportagens sobre a
personalidade de Ulysses e, inclusive, um debate recentemente ocorrido na sede
daquele conceituado veículo de comunicação, com a presença de Nelson Jobim,
Luciano Coutinho e César Lafer, que expressaram aspectos da vida e obra do Sr.
Diretas.
Na condição de membro do Diretório Nacional do então MDB e, depois,
PMDB, convivi muito de perto com o eminente homem público, cujas virtudes
excepcionais espero recordar quando da sessão magna de segunda-feira vindoura.
Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.[CD43]
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Com a palavra o nobre Deputado Valadares
Filho, do PSB de Sergipe.
O SR. VALADARES FILHO (PSB-SE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna na manhã de hoje para fazer
alguns agradecimentos.
Inicialmente, agradeço ao povo aracajuano, pois cerca de 40% dos
aracajuanos, 114 mil eleitores, confiaram na nossa proposta de renovação,
demonstrando aceitação àquilo que pensamos para o futuro de Aracaju.
Do fundo do coração, agradeço ao povo de Aracaju, às 114 mil pessoas que
confiaram na nossa caminhada, na nossa luta, na nossa campanha, e fizeram com
que eu vivesse um dos momentos mais felizes de minha vida pública.
Foi uma bela campanha, uma campanha extremamente significativa, que
demonstrou a capacidade de uma geração liderar um novo processo na querida
Capital sergipana.
[CD44] Quero agradecer a todos os partidos aliados que fizeram parte da nossa
coligação, da nossa aliança, especialmente ao Senador Antônio Carlos Valadares,
também ao líder da nossa coligação; ao Governador Marcelo Déda, por quem
oramos para que tenha plena recuperação; ao Vice-Governador, Jackson Barreto,
que foi um leão, um grande companheiro; ao Prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira,
também um batalhador e companheiro de caminhada; a minha querida amiga, essa
mulher guerreira, lutadora e companheira de chapa, Vice-Prefeita Conceição Vieira;
aos Deputados Federais Márcio Macêdo e Rogério Carvalho; aos militantes dos
partidos, às juventudes partidárias, enfim, aos líderes comunitários que estiveram
em nossa campanha.
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Cabe a nós, agora, continuar em Brasília, lutando pelo Brasil, fazendo ainda
mais por Sergipe e ajudando a nossa querida Capital, Aracaju.
Ao nosso adversário, o ex-Governador João Alves, para quem tive a
oportunidade de telefonar, desejo sorte e que faça um grande governo.
Cabe a nós também fazer uma oposição construtiva, para que os interesses
de Aracaju estejam sempre em primeiro lugar. Quando for para conversar sobre o
que seja melhor para o povo aracajuano, estarei inteiramente à disposição.
Mais uma vez, obrigado ao povo de Aracaju, por ter compreendido essa nova
geração e fazer com que a política aracajuana tenha novas opções para o futuro.
Obrigado, Sr. Presidente.[CD45]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Com a palavra a Deputada Perpétua
Almeida, por 1 minuto. Em seguida, ouviremos o próximo orador inscrito, o Deputado
Arolde de Oliveira.
A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB-AC. Sem revisão da oradora.) - Sr.
Presidente, ao passar pelo Salão Verde, vi um grande número de funcionários das
empresas prestadoras de serviço desta Casa mobilizados. O que está acontecendo
com eles é uma vergonha para nós, para o Parlamento. Acredito, sinceramente, que
a Casa está mantendo os pagamentos de forma correta e que as empresas é que
não estão repassando esses recursos aos trabalhadores.
Entã[CD46]o, quero pedir que a Casa tome providências. E a sugestão que faço
é a de que, ao fazer o pagamento, exija da empresa o comprovante de sua folha de
pagamento, para certificar-se de que esse recurso está sendo corretamente
repassado aos trabalhadores.
É uma vergonha para nós, que fazemos a legislação nesta Casa, permitirmos
que trabalhadores fiquem meses e meses sem receber salário, 13º salário e
inclusive o vale-transporte. Precisamos tomar providências e fazer com que isso
sirva de exemplo para qualquer instituição do nosso País.
O SR. PRESIDENTE (Manato) - Muito obrigado, Deputada. A Casa já está
tomando providências. V.Exa. pode ficar tranquila.
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O SR. PRESIDENTE (Manato) - Com a palavra o Deputado Arolde de
Oliveira.
O SR. AROLDE DE OLIVEIRA (PSD-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, colegas Parlamentares, é com imensa alegria que trago aqui o balanço
das eleições que acabamos de realizar, em primeiro turno, constatando que as
mulheres estão, rapidamente, ocupando seu lugar na política brasileira. Foram
eleitas 621 mulheres em cidades do interior e uma na Capital, Boa Vista, e outra
está disputando em Manaus.
Isso é gratificante para nós, que defendemos direitos iguais entre homens e
mulheres. Dia virá em que esta Casa terá metade de mulheres e metade de
homens, para fazer justiça à participação proporcional na política brasileira.
Esse resultado também foi muito importante porque se consolidou, neste
quesito da participação feminina, a força do meu partido, o PSD, que elegeu 56
mulheres no Brasil, ficando na quarta posição. Na primeira posição ficou o PMDB,
com 122 mulheres eleitas; na segunda, o PSDB, com 95; em terceiro o PT, com 67;
e o PSD elegeu 56. Com isso, também confirmamos a nossa força política.
O Estado que mais mulheres elegeu proporcionalmente, duas para cada dez
Prefeituras, foi a Paraíba — o Nordeste sempre nos dando aulas e mostrando como
realmente conquistar a igualdade entre homens e mulheres.
A propósito, Sr. Presidente, dei entrada ontem no Projeto de Lei nº 4.497, que
altera o § 3º do art. 10 da Lei das Eleições, a Lei nº 9.504, de 1997. Esse projeto de
lei visa acelerar mais este processo de conquista do espaço político feminino,
aumentando o percentual de vagas destinadas às mulheres dos atuais 30% para
50%, dentro de cada partido ou coligação.
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Para não frustrar a expectativa masculina, propomos que seja dobrado o
número de vagas na nominata para as cadeiras disputadas. E não se concede
aumento do número de vagas para a disputa de candidatos simplesmente porque há
coligação. Coligação e partido terão sempre o mesmo número de vagas. Essa é a
minha proposta nesse projeto de lei.
Muito obrigado.
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O SR. ROBERTO BRITTO (PP-BA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, depois do primeiro turno em alguns Municípios, mas de
eleição definitiva na grande maioria dos Municípios brasileiros, vivemos um
momento em que devemos fazer uma reflexão sobre o que é o processo
democrático e a importância desse processo para as instituições. O Brasil já está
com a sua democracia totalmente consolidada, e hoje temos a certeza de que todos
esses processos estão garantidos.
No meu Município, Jequié, no Estado da Bahia, que tem 115 anos de
emancipação política e mais de 100 mil eleitores e do qual tive a honra de ser
Prefeito, as eleições ocorreram de forma pacífica, tranquila. Lá, graças a Deus,
evidentemente, conseguimos a vitória, com a Dra. Tânia Britto, médica que se
candidatou pela segunda vez. Com grande trabalho social realizado no Município, a
Dra. Tânia Britto foi às urnas no dia 7 de outubro e arrebatou mais de 50 mil votos.
A eleição da Dra. Tânia em Jequié é uma prova inequívoca de que as
mulheres estão em ascensão neste País. Efetivamente, as mulheres estão cada vez
mais tomando o poder. Elas estão participando dos processos eleitorais com grande
desempenho, com desempenho realmente muito favorável.
[CD47] A Dra. Tânia obteve a maior votação da história de Jequié: quase 75% dos
votos válidos. Realmente é uma votação majestosa, a maior do Estado da Bahia. E
isso nos dá a certeza de que podemos continuar nesse caminho da democracia, que
efetivamente é o caminho da verdade.
Quanto às suas propostas, analisamos e vimos que, de fato, são as melhores
possíveis. Assim, não tenho a menor dúvida de que a nova Prefeita vai satisfazer o
anseio da comunidade, daqueles que efetivamente confiaram nela.
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Parabéns ao processo democrático! Parabéns a todos nós, Deputados, que,
de alguma forma, contribuímos para que isso acontecesse! Parabéns ao Município
de Jequié pela eleição de uma mulher para a sua Prefeitura!
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Manato) - Muito obrigado, nobre Deputado.
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[CD48] [CD49] O SR. PRESIDENTE (Manato) - Para uma Comunicação de Liderança,
pelo Bloco Parlamentar PR/PTdoB/PRP/PHS/PTC/PSL/PRTB, concedo a palavra ao
nobre Líder Lincoln Portela. S.Exa. tem o tempo regimental de até 5 minutos.
O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Como Líder. Pronuncia o
seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Deputado Manato, Sras. e Srs. Deputados,
venho hoje prestar minhas homenagens e reverenciar a memória do Pastor Anselmo
Silvestre, um dos pioneiros da Igreja Assembleia de Deus no Brasil que, aos 96
anos, partiu para a glória com sua missão cumprida e deixou um legado de grandes
conquistas a ser seguido.
Exemplo[CD50] de vida dedicada a propagar os ensinamentos do Evangelho,
Pastor Anselmo dedicou 73 anos ao ministério, dos quais 51 na condição de
presidente da Assembleia de Deus de Minas Gerais.
Nascido em 1916, Silvestre desempenhou papel essencial na expansão de
templos evangélicos e da Igreja em diferentes regiões da Capital e no interior do
Estado de Minas, traçando estratégias de crescimento para a propagação do
Evangelho. Como resultado de suas ações, a Igreja logrou vertiginoso crescimento,
tornando-se em pouco tempo uma das maiores do País.
Um dos pilares do movimento pentecostal no Brasil, Silvestre deixou a direção
da Assembleia de Deus há três anos, permanecendo no cargo de presidente de
honra do Ministério e presidente da Convenção dos Ministros da Assembleia de
Deus do Estado de Minas Gerais — COMADEMG.
O Pastor Anselmo ocupou cinco vezes a vice-presidência da Convenção
Geral das Assembleias de Deus no Brasil e exerceu outros cargos na mesa diretora,
além de ter sido conselheiro em órgãos da Convenção.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Apesar da tristeza em nosso coração, o importante é termos sempre em
mente que o Pastor Anselmo Silvestre foi um grande homem e um grande líder.
Respeitado, amado e admirado, ele será sempre lembrado como um homem de
Deus que cumpriu o seu chamado e honrou Jesus em seu quase um século de vida.
Que Deus conforte os familiares e todos os membros do Ministério e da
Convenção dos Ministros da Assembleia de Deus do Estado de Minas Gerais!
Ao Pastor Anselmo, em nome do Partido da República, o mais profundo
respeito e admiração!
Muito obrigado!
Durante o discurso do Sr. Lincoln Portela, o Sr.
Manato, 2º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da
Presidência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oliveira, 3º
Secretário.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD51][CD52] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para uma breve
intervenção, concedo a palavra ao ilustre Deputado Costa Ferreira.
O SR. COSTA FERREIRA (PSC-MA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, entre as bandeiras que ostento neste
Parlamento, os direitos dos trabalhadores figuram no rol das prioritárias. O primeiro
passo foi dado na Assembleia Nacional Constituinte, quando asseguramos avanços
trabalhistas cujos princípios se irradiam na legislação infraconstitucional decorrente.
Os direitos dos trabalhadores, porém, estão sempre sob ameaças, por vezes
sutis. Uma ameaça que insiste em se interpor entre as práticas legais é a exigência
de exame de urina ou sangue, com o objetivo de detectar se o pretendente a uma
vaga de emprego é usuário de alguma droga.
Entendemos as razões de algumas empresas recorrerem a essas medidas
radicais preventivas como parte do conjunto de exigências admissionais. Trata-se de
um meio, por vezes desesperado, de proteger seu patrimônio e até mesmo
funcionários das consequências do vício. Mas é uma medida ilegal, pois não está
prevista em lei.
Por essa razão, quero parabenizar o Conselho Federal de Medicina, que, em
decisão plenária, rejeitou tal prática, orientando os médicos a não receitarem os
exames em questão. Fato decisivo na abolição dessa prática, uma vez que sem
prescrição médica, os exames não poderão ser realizados e estão fadados a
desaparecer.
A Organização Internacional do Trabalho, o Ministério do Trabalho, o
Ministério Público e os sindicatos são contrários a tal medida, afinal, todos os
procedimentos de admissão já estão previstos em lei, e a ausência de procedimento
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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legal determina sua ilegalidade. O que todos seguem são as normas legais da
legislação brasileira.
Em seu art. 5º, II, a Constituição preceitua que “ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Além deste, vários outros
princípios invioláveis de conduta ética e legal estão claramente consagrados em
nosso arcabouço jurídico.
Estabelece ainda a Carta Magna que “são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação”.
Sras. e Srs. Deputados, entre as afrontas ao trabalhador brasileiro, o fator
previdenciário é um dos temas mais significativos da nossa luta na Câmara dos
Deputados. O fator previdenciário é extremamente injusto com o trabalhador na hora
da aposentadoria, o momento em que ele mais precisa dos efeitos positivos do
trabalho e da contribuição à Previdência ao longo da vida.
Portanto, Sr. Presidente, este Parlamento e todos os setores organizados da
sociedade precisam estar alertas para coibir qualquer cerceio a direitos, bem como
para restabelecer direitos perdidos.
Muito obrigado.
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[CD53] O SR. MANATO (PDT-ES. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nós
continuamos aqui agradecendo as eleições no nosso Estado. E eu quero
parabenizar o futuro Prefeito de Anchieta, Marquinhos. O Marquinhos pertence ao
PTB, mas o vice dele, Dr. José Carlos, é do meu partido, PDT. O Dr. José Carlos é
médico, assim como V.Exa., o Deputado Paulo Foletto e eu. Então, Sr. Presidente, o
Marquinhos fez uma campanha pé no chão. Enquanto o nosso adversário foi
imposto pelo atual Prefeito, o Marquinhos veio do anseio da população. A
candidatura dele nasceu no coração do povo, e, por isso, ele foi vitorioso.
Portanto, quero dizer para Anchieta que nós estamos aqui à disposição do
Marquinhos, do povo de Anchieta. Vamos continuar colocando emenda no
Orçamento da União.
[CD54] Quero parabenizar o Dr. Jander, Sr. Presidente, que também é médico, pela
reeleição numa votação expressiva, no Município de Marataízes, para onde eu levei
a agência do Ministério do Trabalho e Emprego, que está funcionando e
disponibilizando seguro-desemprego, carteira de pescador, carteira de trabalho e os
auxílios normais. Destaco que nós apresentamos uma emenda parlamentar
objetivando a construção, naquele Município, de uma agência do INSS. Com essas
medidas, mais de 200 pessoas diariamente são atendidas e pararam de ir a
Cachoeiro, Município vizinho, localizado a 30 quilômetros.
Quero parabenizar também o meu amigo Reginaldo Quinta, Prefeito de
Presidente Kennedy, pela eleição de Amanda Quinta, uma jovem de 23 anos, a
Prefeita mais jovem eleita no Espírito Santo. Temos certeza de que ela está cheia de
boas ideias. E nós estaremos lá em Presidente Kennedy apoiando a futura Prefeita
Amanda Quinta.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Mas uma das minhas grandes alegrias foi na terra em que eu nasci. Em
Alegre nós ganhamos a eleição com o ex-Deputado Estadual, ex-Prefeito de
Ibitirama — Ibitirama foi emancipado — e agora Prefeito de Alegre, Paulo Lemos,
com o Vice Nirrô, que é um aliado meu, que tinha sido o Vereador mais votado.
Então, na minha terra natal nós ganhamos a eleição. Foi lá em Alegre que eu tive
uma votação expressiva, que fez a diferença na minha eleição. Eu ganhei a eleição
com 2.600 votos e, em Alegre, eu tive 3.200 votos. Isso fez a diferença.
Estou muito feliz. Nesta semana eu vou aproveitar agora o feriado para ir a
essas cidades agradecer o apoio e o reconhecimento que nós tivemos nessa
eleição.
[CD55] E quero parabenizar também o nosso futuro Prefeito de Aracruz, Marcelo
Coelho, que teve uma votação maciça e expressiva num dos Municípios que mais
crescem no Espírito Santo.
Na semana que vem eu volto aqui e vou continuar falando dos outros
Prefeitos.
Obrigado, Presidente.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD56][CD57] O SR. PAULO FEIJÓ (Bloco/PR-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, também ocupo a tribuna para fazer uma
avaliação das eleições no meu Estado, principalmente nas regiões norte e noroeste
do Rio de Janeiro.
O Presidente Regional do meu partido, o Deputado Anthony Garotinho, me
ofereceu a honrosa missão de coordenar a campanha do Partido da República em
16 Municípios do interior do Estado. E, passadas as eleições, a avaliação que faço é
muito positiva: nos 16 Municípios em que trabalhamos ativamente, conseguimos
vitória em 12. Nosso carro-chefe é Campos dos Goytacazes, um dos Municípios
mais importantes e estratégicos do Brasil. Lá, a Prefeita Rosinha Garotinho
conseguiu vitória com 70% dos votos válidos. Foram os votos do reconhecimento, e
isso[CD58] mostra que ainda não acabou no Brasil o voto da espontaneidade — o
político trabalha, e o reconhecimento vem por meio do voto.
Portanto, está de parabéns a Prefeita Rosinha Garotinho, que fez um
excelente trabalho nos últimos 4 anos, no Município de Campos, tirando o Município
do atraso e da perda de oportunidades.
E, nos próximos 4 anos, com certeza, a Prefeita Rosinha fará um governo
ainda melhor, porque nesse período em que governou Campos teve grande
amadurecimento. Hoje, a ex-Governadora conhece melhor o Município e seus
problemas. Com total legitimidade, com apoio de 19 dos 25 Vereadores da Câmara
Municipal, a Prefeita fará com que Campos seja uma das melhores cidades do
Brasil. Os recursos dos royalties bem aplicados, obrigatoriamente, têm de se traduzir
em melhor qualidade de vida. E é o que estamos vendo acontecer no Município de
Campos dos Goytacazes.
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Quero também, Sr. Presidente, parabenizar os Prefeitos dos Municípios de
Cardoso Moreira, Italva, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, Miracema, Laje do
Muriaé, Santa Maria Madalena, Quissamã e outros. Foram vitórias importantes que,
ao longo do dia, ainda vou detalhar aqui, para agradecer aos eleitores que
conscientemente votaram a favor de dias melhores para os seus Municípios.
Obrigado.
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[CD59]O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre
Deputado Augusto Coutinho, anteriormente chamado. Em seguida, Chico Lopes.
O SR. AUGUSTO COUTINHO (DEM-PE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Srs. e Sras. Deputados, público que nos acompanha pela TV Câmara,
venho à tribuna na manhã de hoje relatar uma preocupação que tive durante o
período eleitoral, quando percorri todo o meu Estado. É lamentável o que vi: o
abandono das rodovias federais.
Literalmente, no Estado de Pernambuco, a Polícia Rodoviária Federal está
sem efetivo. Os postos rodoviários federais, com a exceção de alguns poucos,
como, por exemplo, o da sua Serra Talhada, Sr. Presidente, estão fechados, porque
não há efetivo. É lamentável!
No último fim de semana, percorri o trecho entre Salgueiro e Recife, um
trecho de 600 quilômetros, e tive a curiosidade de contar os animais mortos ao longo
da rodovia. Contei 40 animais cujas carcaças estavam à beira das pistas. Trata-se
de um abandono completo.
Procurei a Polícia Rodoviária Federal para saber a razão disso, e fui
informado de que falta efetivo. Então, há um abandono completo por parte do
Governo Federal.
É inadmissível esse descaso a que assistimos. É lamentável que haja,
apenas em Pernambuco, 1.500 agentes de Polícia Federal aprovados em concurso
e prontos para tomar posse e assumir os seus postos, enquanto assistamos a esse
abandono completo, à falta de governo, à falta de atenção, à falta de respeito para
com o povo, principalmente com o povo pernambucano que trafega pelas rodovias
federais.
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Fica, nobres colegas, este registro e, acima de tudo, o nosso apelo ao
Governo Federal no sentido de que acabe com essa imoralidade a que estamos
assistindo, o abandono completo das rodovias federais no Estado de Pernambuco
— e sei que o mesmo ocorre em todo o Brasil.
Tenho dito, Sr. Presidente.
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[CD60][VHPL61] O SR. CHICO LOPES (PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, gostaria de destacar as Prefeituras que o PCdoB fez no Ceará:
Em Crateús foi reeleito o Dr. Carlos Felipe, o que prova a sua boa
administração. Em Farias Brito foi reeleito o Dr. Vandevelder. Em Ipu o Dr. Sergio
Rufino foi eleito contra uma máquina corrupta existente naquele Município. Em
Paracuru idem com o Dr. Sidney, que conseguiu desbancar uma oligarquia de mais
de 20 anos. Em Potengi foi eleito o Dr. Samuel. Em Santana foi eleito o Dr.
Heldinha, desbancando mais uma oligarquia. Em São Benedito foi eleito o Dr.
Gadyel. O pleito de Aquiraz está sub judice.
Em Farias Brito queremos parabenizar a Vice-Prefeita, Rejane; em Groairas,
o Vice-Prefeito, Zezé; em Miraima o Dr. Sales; em Penaforte, o Dr. Avelar; em
Cascavel, o Dr. Waltemar; e no Acarape, o companheiro Alexandre.
Fizemos[CD62] aliança com o PT e o PMDB. Queremos parabenizar todos os
nossos candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito.
Sr. Presidente, precisamos discutir o instituto da pesquisa eleitoral no País,
que, da forma como está, é um entrave à democracia. Como se concebe a
divulgação de pesquisa eleitoral no dia da eleição? É um desestímulo ao eleitor, que
vê seu candidato fora da disputa e vai às urnas apenas para cumprir uma obrigação
e escapar das penalidades impostas a quem deixa de votar.
Entendo que as pesquisas devem existir, mas devem ser regulamentadas.
Não devem ser publicadas nos 30 dias que antecedem as eleições. Se o partido
quiser saber como andam as intenções de voto, que contrate uma empresa para
fazer a pesquisa apenas para seu uso interno.
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Na manhã do dia da eleição, a imprensa divulga os possíveis ganhadores,
quem está na frente, quem deve ir para o segundo turno. Isso tira o brilho da festa
cívica. Os jovens mostraram uma apatia muito grande, pelo menos na capital do
meu Estado.
Portanto, conclamo esta Casa a apreciar o quanto antes a reforma política e
regulamentar as pesquisas eleitorais no País.
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[CD63] O SR. ELEUSES PAIVA (PSD-SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores ouvintes e telespectadores da Rádio
Câmara e da TV Câmara, os Municípios brasileiros saem renovados de sua primeira
eleição sob o princípio da ficha limpa.
Sabemos que esse processo de renovação moral e cívica não se esgota em
uma única eleição. É uma caminhada longa que o País cumprirá com determinação
e persistência, até que consigamos expurgar os interesses pessoais e os acordos
espúrios que deságuam em becos sem fim de processos corruptos e dos famosos
mensalões.
Quero aqui cumprimentar o Supremo Tribunal Federal pelas atitudes que vêm
sendo tomadas. Só assim a Política com “P” maiúsculo, soberana, vai-se consolidar
como ação permanente pelo bem comum e pelos mais elevados interesses da
nossa Nação e da nossa gente.
O meu partido, o jovem Partido Social Democrático — PSD, fez nestas
eleições municipais o seu primeiro teste de aceitação nas urnas. E o resultado nos
foi extremamente favorável. Encerrada a apuração dos votos no primeiro turno, o
jovem PSD conseguiu, em apenas 1 ano após seu registro oficial no Tribunal
Superior Eleitoral, firmar-se como a quarta força política do País.
Considerando o cenário nacional, foi o partido que elegeu o maior percentual
de seus candidatos (45,3%) e totalizou 493 Prefeitos eleitos no primeiro turno.
Além[VdAP64] disso, o PSD elegeu mais de 4.600 Vereadores em todo o País.
Mas não é só. Ainda teremos o segundo turno, e o nosso PSD estará
disputando Prefeituras em cidades importantes como Florianópolis, Blumenau,
Joinville, Ribeirão Preto e Londrina.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Diante desse resultado tão positivo, a nossa responsabilidade se torna
imensa. Mas os compromissos sérios do PSD com o País e com sua gente nos dão
a certeza de que temos plenas condições de corresponder à expectativa em nós
depositada, e mais, temos a certeza de que vamos crescer ainda mais, para ajudar
este País a pagar a imensa dívida social que nós temos com o nosso povo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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[CD65] O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, queria aproveitar a oportunidade para pedir
empenho do Presidente Marco Maia para que possamos colocar em pauta, logo
após o encerramento do segundo turno do pleito eleitoral, o projeto que trata da
alteração do fator previdenciário.
Há uma grande expectativa para que possamos encontrar uma saída e uma
solução para este maldito fator previdenciário, que prejudica o trabalhador brasileiro.
Esse trabalhador perde cerca de 40% do valor de sua aposentadoria para o resto da
vida se for homem; se for mulher, o prejuízo chega a 50%. Temos que corrigir essa
distorção. Precisamos encontrar uma saída e uma solução urgentemente.
Destaco também que, na votação do Orçamento, precisamos apresentar
emendas no sentido de garantir aumento real para os aposentados que ganham
mais de um salário mínimo e que já foram prejudicados pelo veto da Presidenta
Dilma à Lei de Diretrizes Orçamentárias — LDO. Precisamos apresentar emenda
nesse sentido.
Estaremos aqui atentos a essa matéria no sentido de cobrarmos posições
também desta Casa. Não adianta só cobrarmos do Governo. Nós também temos
nossa parcela de responsabilidade pelo que acontece com todos os aposentados e
pensionistas, que estão numa situação extremamente difícil.
Aproveito a oportunidade para mandar um abraço ao Vereador Paulo
Pinheiro, eleito Prefeito de São Caetano do Sul com uma vantagem extremamente
importante, mostrando que tinha compromissos com a cidade. Ao Vereador Paulo
Pinheiro, futuro Prefeito da cidade de São Caetano do Sul, os nossos abraços daqui
da tribuna. Um abraço também ao Vereador Chuvisco, que se elegeu Prefeito da
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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cidade de Itapecerica da Serra, mostrando, sem dúvida, um momento bastante
importante daquela cidade.
Tanto uma cidade como a outra mostram que os Vereadores, quando dão um
bom exemplo de atividade parlamentar, fazem da vereança a escola da política e
chegam à condição de Prefeito.
Esse também é o caso do Prefeito reeleito de Caieiras, Roberto Hamamoto,
juntamente com o Vice-Prefeito, Gersinho. Ambos já foram Vereadores e agora
foram reeleitos Prefeito e Vice-Prefeito da cidade, num pleito extremamente
importante.
Vários outros certamente terei oportunidade de cumprimentar desta tribuna
por terem tido êxito nessa caminhada extremamente importante.
Cumprimento o Prefeito eleito de Pindamonhangaba, Vito Ardito Lerário, que
certamente fará um grande mandato na cidade.
Aqui desta tribuna teremos oportunidade de cumprimentar aqueles que têm
compromisso com o eleitor e que terão a oportunidade de representá-los de forma
condigna.
Estaremos aqui à disposição, durante o exercício do mandato desses
Prefeitos, para, juntos ao Governo Federal, ajudar, com recursos, a administração,
pois sabemos que hoje é muito difícil administrar uma cidade. Temos certeza de que
esse trabalho é extremamente importante, e aqui na Câmara estaremos à
disposição de todos eles.
Finalmente, Sr. Presidente, quero lamentar a perda da grande apresentadora,
a primeira-dama da televisão brasileira, Hebe Camargo, falecida semana passada.
Aqui queremos deixar a nossa homenagem àquela que, sem dúvida nenhuma, por
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todos os canais de televisão por que passou, sempre fez de forma brilhante o seu
trabalho; àquela que, durante todo um período, foi a grande dama da televisão
brasileira desde a época da TV Tupi e por todas as outras emissoras por que
passou.
Então, desta tribuna, registro nossa homenagem à Hebe Camargo.
Obrigado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD66] O SR. SILVIO COSTA (PTB-PE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, queria fazer um apelo a V.Exa., porque não quero prejudicar nenhum
companheiro. Queria apelar a V.Exa. no sentido de que retire a matéria constante do
item 2 da pauta, o projeto que trata da criação de partido.
Se V.Exa. não retirar, vou ter que usar o Regimento. Há na Mesa um
requerimento de urgência, e eu vou pedir votação nominal. Há também um
requerimento de minha autoria pedindo que se retire.
Muitos companheiros registraram presença e já estão viajando, e eu não
quero prejudicar e dar falta a ninguém.
Quero fazer um apelo. Esse é um projeto que não pode ser votado da forma
como quer o Deputado Marco Maia.
Então, Sr. Presidente, por favor, retire de pauta, para que não prejudiquemos
ninguém. Senão, eu vou usar o Regimento e pedir votação nominal duas ou três
vezes.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD67] O SR. MARÇAL FILHO (PMDB-MS. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, gostaria de fazer dois registros que solicito
sejam divulgados especialmente no programa A Voz do Brasil.
Um registro que quero fazer é em relação ao desempenho que teve a minha
esposa, Keliana Fernandes, que foi candidata a Prefeita na cidade de Dourados,
Mato Grosso do Sul. Ela obteve mais de 35% dos votos válidos em uma[CD68]
campanha feita contra o atual Prefeito, portanto, contra a máquina municipal, contra
a máquina do Governo do Estado, contra a máquina do Governo Federal, contra
todos os Deputados Federais, Senadores e Vereadores.
Ela esteve ao meu lado. Enfrentou essa eleição praticamente sozinha,
somente com o meu apoio, apenas eu com mandato eletivo. As demais pessoas que
estavam ao nosso lado não possuíam nenhum mandato eletivo. Foi a primeira
eleição que ela disputou na vida e teve mais de 35% dos votos válidos.
Quero cumprimentá-la e, assim, cumprimentar todas as pessoas que
estiveram ao nosso lado na cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul, dizendo
que a luta continua e que o sonho apenas foi adiado.
Também gostaria de fazer um registro em relação ao aniversário do meu
Estado, Mato Grosso do Sul. Amanhã, nós completaremos 35 anos.
Foi exatamente no dia 11 de outubro de 1977 que o Estado de Mato Grosso
do Sul foi criado. Antigamente, havia apenas o Estado de Mato Grosso. Houve uma
divisão territorial de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foi criado no dia 11 de
outubro de 1977.
Quero cumprimentar todos os sul-mato-grossenses pelos 35 anos que vamos
comemorar amanhã.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Desta tribuna da Câmara dos Deputados quero dizer que, na condição de
Deputado Federal pelo quarto mandato, tenho lutado muito pelo nosso Estado, que
ainda precisa de muito investimento em infraestrutura. Estamos, a todo instante,
reivindicando, lutando, tentando sensibilizar o Governo Federal quanto às
necessidades de Mato Grosso do Sul, que tem tudo para ser um grande Estado,
bastante desenvolvido.
O Estado de Mato Grosso do Sul está estrategicamente bem colocado,
economicamente ativo e contribui muito para o desenvolvimento deste País. Ele
precisa[CD69], cada vez mais, que o Governo Federal o olhe com bons olhos, levando
para lá investimento em infraestrutura de uma forma geral, infraestrutura de
transporte especialmente, infraestrutura de energia; investimento em infraestrutura
que faça com que o Estado se torne verdadeiramente industrializado e possa dar
uma vida cada vez mais digna a todos os sul-mato-grossenses.
Então, parabéns a todos nós, sul-mato-grossenses, pelo dia de amanhã, pela
comemoração dos 35 anos.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD70]O SR. RENAN FILHO (PMDB-AL. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, faço nesta manhã uma breve intervenção para alertar a Casa e o País
para a importante mobilização que a Confederação Nacional dos Municípios
Brasileiros — CNM faz agora no Senado Federal, no auditório Petrônio Portela. A
CNM está discutindo a crise financeira e como ela impacta os Municípios brasileiros.
V.Exa. sabe, Sr. Presidente, que a Presidenta Dilma Rousseff tem tomado medidas
para o enfrentamento da crise mundial. É importante que o Brasil reduza impostos,
estimule o consumo, conceda crédito ao cidadão brasileiro. Entretanto, o Governo
Federal precisa refletir sobre o que tem acontecido com os Municípios. Quando se
desonera o IPI, a arrecadação dos Municípios cai drasticamente, sobretudo neste
momento em que os prefeitos estão no final dos mandatos e novos prefeitos foram
eleitos. Alguns estão concluindo os seus mandatos para cumprir sua missão e
respeitar a Lei de Reponsabilidade Fiscal.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD71] O SR. ANTONIO BRITO (PTB-BA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, na nossa última intervenção, registrei que estaria indo a
Portugal, à cidade de Porto, para a eleição na Confederação Internacional das
Misericórdias. Fui eleito Presidente Mundial das Misericórdias, representando 11
países, 4.200 entidades filantrópicas e santas casas.
Em 2015, na cidade de Salvador, será realizado o Congresso Mundial das
Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos. E em outubro de 2013, em
Macau, na China, será realizado o congresso preparatório para o mundial.
É importante registrar a grave crise mundial por que passam as santas casas
de misericórdia, mas registramos também o grande orgulho do povo português pelo
desenvolvimento do Brasil no campo das relações entre o Governo, o Congresso
Nacional e as santas casas.
Inclusive, Sr. Presidente, levaremos a Frente Parlamentar de Apoio às Santas
Casas de Misericórdia do Brasil para implementar, em Portugal, o pedido das
misericórdias.
Parabéns a todas as casas de misericórdia do mundo.
É esse o registro.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD72] O SR. NAZARENO FONTELES (PT-PI. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, ontem, a Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação — FAO apresentou um relatório da situação de
insegurança alimentar no mundo. É um texto de base para o debate que vai
acontecer no período de sessões a serem realizadas do dia 15 ao dia 20 de outubro,
em Roma, no Comitê Mundial de Segurança Alimentar, que reúne diversos
representantes. Todos os países que têm representação na ONU possuem um
conselho de experts, que já apresentaram propostas que vão ser debatidas nesse
período.
É importante salientar que, nesse relatório apresentado ontem, as políticas de
combate à desnutrição e à fome no Brasil são elogiadas e consideradas referência
para o mundo, porque conseguimos, nos últimos anos, reduzir substancialmente o
índice de desnutrição e de subnutrição crônica, que está abaixo de 7%; antes, na
década de 90, beirava os 15%.
Não há dúvida de que foram as políticas aprovadas nesta Casa, apresentadas
pelo Governo Lula e continuadas no Governo Dilma, que fizeram com que o Brasil
praticamente erradicasse a fome, combatesse fortemente a miséria e a pobreza e se
tornasse exemplo para o mundo.
Como os colegas sabem, eu continuo dirigindo a Frente Parlamentar da
Segurança Alimentar e Nutricional. Tenho participado de vários fóruns e vou
participar deste que será realizado em Roma.
Por isso, quero deixar clara, para todos os que neste momento ainda estão
envolvidos com o pleito eleitoral, a relevância das políticas públicas, aprovadas por
esta Casa, do Governo Lula e do Governo Dilma de combate à fome e à
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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desnutrição. Agora mais fortemente se pretende atingir a obesidade, o sobrepeso, a
questão da alimentação saudável e a produção ecológica dos alimentos. É a nova
etapa em que precisamos evoluir e que já é mencionada como prioridade dentro
desse relatório publicado ontem.
Nos sentimos muito gratificados por termos dado, ao longo destes 10 anos
nesta Casa, uma contribuição nessa área e podermos agora participar, em Roma,
de mais essa etapa de avaliação do mundo. Com certeza, o Brasil vai contribuir para
que os outros países possam combater a fome e a desnutrição.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
Durante o discurso do Sr. Nazareno Fonteles,
assumem sucessivamente a Presidência os Srs. José
Airton, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, e Inocêncio
Oliveira, 3º Secretário.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD73][VHPL74] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao
ilustre Deputado Fernando Ferro, do PT de Pernambuco. S.Exa. dispõe de 3
minutos na tribuna.
O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, contrariando uma série de prognósticos que davam o PT
como derrotado, alguns já falando até em fase terminal, as eleições de 2012 revelam
o crescimento do partido e desmontam completamente essas pitonisas do fim do PT.
Estamos aumentando o número de Vereadores e de Prefeitos, com vitórias
expressivas, inclusive na disputa em São Paulo, que poderá nos colocar no
comando da principal cidade do País.
Na[CD75] verdade, a intenção política inequívoca de parte da oposição e da
mídia comprometida ideologicamente em nos combater revela a disputa política que
existe neste momento no País, inclusive quando tentam se aproveitar desse
julgamento, no Supremo Tribunal Federal, do chamado mensalão, que parece não
ter tido o impacto esperado por todos os que exploraram às escâncaras esse tema.
O povo soube separar a importância do debate municipal desse julgamento.
E já vemos em São Paulo a desqualificação política do candidato José Serra
quando, no início de sua fala, apela e rebaixa o nível do debate ao tentar introduzir o
mensalão como tema central de sua campanha. Ele, amigo do Paulo Preto, é muito
pouco qualificado para falar em assuntos de ordem ética.
Mas também é visível outro sofrimento da Direita e da imprensa de direita no
Brasil, qual seja a vitória do Presidente Hugo Chávez na Venezuela, outro que era
considerado morto.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Um jornalista americano, no mês de maio, deu 2 meses de vida a Hugo
Chávez. Um jornalista da Globo, Merval Pereira, deu 3 meses de vida a Hugo
Chávez. Evidentemente, o desejo mórbido dessas pessoas revela um lado político
conservador, de direita, mas a vida não é tão simples como eles imaginam.
O fato é que o bravo povo venezuelano, mais uma vez, exercendo
democraticamente seu direito, elegeu Hugo Chávez Presidente da Venezuela.
Nossos parabéns e nossa alegria por essa vitória, muito importante para a
América Latina e para todos nós que combatemos ditaduras, regimes de terror,
repressão, governos neoliberais e entreguistas, pois a América do Sul tem no Brasil
e em outros países a força que nos faz caminhar no sentido de um continente com
independência e, principalmente, com a melhoria da qualidade de vida da sua
população e do seu povo.
Essa[CD76] é uma vitória da democracia, um avanço da cidadania na América
Latina.
Por último, quero lamentar, dentro desse espaço, desse esboço da vitória do
PT, a situação do partido em Recife. Nós tivemos uma derrota anunciada — aqui me
manifestei e sobre esse assunto voltarei a falar posteriormente. Tivemos uma
derrota política e eleitoral séria na cidade de Recife, por conta de erros cometidos
pela chapa encabeçada pelo Senador Humberto Costa e o Deputado João Paulo,
que nos levaram a uma grave e grande derrota na cidade de Recife depois de três
gestões importantes. E agora vimos, por conta dessa disputa interna no PT,
consolidar-se esse processo.
Saudamos o candidato eleito do PSB, que soube aproveitar a oportunidade,
desejando-lhe sucesso na sua empreitada.
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[CD77][VHPL78] O SR. RONALDO FONSECA (Bloco/PR-DF. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, está havendo hoje em Brasília uma greve dos agentes de atividades
penitenciárias da Papuda. O problema é sério, porque foi cortada a visita aos presos
e os familiares estão revoltados.
[CD79] Quero explicar que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito federal está
apenas cumprindo uma determinação do Ministério Público, que ordenou a
cassação dos decretos que autorizavam o porte de arma para os agentes
penitenciários.
Nós já votamos aqui na Câmara o Projeto de Lei nº 5.982, de 2009, que está
no Senado como Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 2011, legalizando o porte de
arma para agentes penitenciários. Mas, infelizmente, o Senado ainda não votou a
proposta. A Secretaria de Segurança Pública apenas cumpre uma determinação do
Ministério Público, que entende que na lei brasileira hoje vigente o agente
penitenciário não pode fazer uso de arma fora do seu local de trabalho. O agente
penitenciário vive sob risco. Dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, não pode
usar arma, e está sempre dizendo “não” para os presos, motivo por que são
ameaçados de morte.
Casos ocorridos no Distrito Federal levaram o Ministério Público a tomar essa
decisão, cumprindo sua missão de zelando pela lei. O problema é que o Congresso
Nacional não decide. O PLC 87/11 está no Senado. Os Senadores não o votam,
ocasionando essa greve em Brasília.
Portanto, Sr. Presidente, a Secretaria de Segurança Pública apenas cumpre
determinação do Ministério Público. É uma injustiça o que estamos fazendo com os
agentes penitenciários.
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[CD80] O SR. MAJOR FÁBIO (DEM-PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, eu acredito que não estamos fazendo absolutamente nada
pela segurança do nosso País. A violência cresce, os policiais morrem todos os dias,
mas parece que nada está acontecendo.
Os políticos andam como se nada estivesse acontecendo neste País. Esta
Casa, vergonhosamente, não votou em segundo turno a Proposta de Emenda à
Constituição nº 300, de 2008. É uma vergonha, Deputados e Deputadas! É uma
vergonha! É uma vergonha para todos os Deputados desta Casa que assistem à
insegurança neste País.
O Rio de Janeiro, Srs. Deputados do Rio de Janeiro, que vai sediar as
Olimpíadas e a Copa do Mundo, paga o pior salário do Brasil. Isso é uma vergonha!
A Presidenta prometeu, no seu plano de governo, criar o piso nacional e o
fundo nacional, mas até agora não cumpriu com sua palavra.
Sr. Presidente, ou fazemos alguma coisa ou o Brasil vai continuar a viver um
caos em termos de segurança.
Eu quero, neste momento, dizer que devemos declarar guerra à violência
neste País.
Muito obrigado.
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[CD81][VHPL82] A SRA. KEIKO OTA (PSB-SP. Sem revisão da oradora.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, venho a esta tribuna hoje na condição de
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência, que
completou 1 ano de atividades, com importantes conquistas.
Faço questão de destacar o papel fundamental da Frente na instalação da
comissão de juristas que elaborou a nova proposta de Código Penal, que se
encontra em análise no Senado Federal.
Por ter participado de parcela considerável desse processo, sei exatamente
dos avanços do texto que será avaliado e votado. Da mesma forma, sei que
precisamos promover importantes ajustes na proposta visando combater a
criminalidade e a impunidade. Do jeito que está, o texto não contribui para darmos
um basta a tanta violência e injustiça que vemos no dia a dia.
Sou categórica em dizer que a nova proposta de Código Penal é um tanto
quanto tímida no que se refere às penalidades previstas no caso dos crimes contra a
vida. Por isso, apoio a campanha pelo fim da impunidade, organizada pela União em
defesa das vítimas de violência, que pede ajustes no anteprojeto.
[CD83] A campanha consiste em um abaixo-assinado que será entregue a todos os
Parlamentares como forma de sensibilizá-los a promover as mudanças necessárias
no Código Penal. Há até um site, o www.pelofimdaimpunidade.com.br, onde as
pessoas podem assinar, imprimir e compartilhar o documento em suas redes de
relacionamento eletrônico. Os movimentos, entidades, ONGs e famílias de vítimas
de violência têm auxiliado nessa campanha.
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Reitero que reconheço os importantes avanços que há no texto, mas, se ele
for votado e aprovado da forma como está, teremos um Código muito aquém do que
se quer para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Precisamos de uma legislação realmente atualizada com os nossos tempos,
de modo a valorizarmos a vida e combatermos a violência e a impunidade.
Queremos justiça, paz e direitos humanos que valham para todos.
Muito obrigada.
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[CD84] O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Deputado Inocêncio Oliveira, há uma dúvida do Partido da República.
Estamos hoje com duas matérias na pauta. Uma matéria é de extrema
importância, uma medida provisória que tem relação com o PAC. Nós queremos
votar essa matéria, mas está surgindo uma dúvida muito grande em relação à
urgência para o projeto de criação de novos partidos.
A[CD85]cabou acontecendo no partido uma discussão interna muito grande. O
Partido da República hoje se encontra com dificuldades para votar a urgência para
este projeto de criação dos partidos. Algumas dúvidas aconteceram principalmente
no que concerne à fusão e à incorporação.
O partido quer digerir esse texto com um cuidado maior. Até a semana que
vem ou o fim do mês, após a bancada ter-se reunido, os Vice-Líderes terem-se
reunido, poderemos estudar o projeto com um pouco mais de cuidado.
Por causa dessas dúvidas que surgiram, eu, como Líder do partido, ouvindo o
Deputado Anthony Garotinho, o Deputado Ronaldo Fonseca e outros Parlamentares,
percebi uma dificuldade grande. Não gostaríamos que a urgência para esse projeto
fosse colocada em votação. Mas para preservarmos a Medida Provisória nº 573,
seria bom que o Presidente achasse por bem retirar o requerimento de pauta.
Quanto ao projeto da criação de novos partidos, está havendo uma dúvida
muito grande. Na outra semana, após conversarmos, poderemos votar o projeto.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Quando o Presidente Marco Maia
vier presidir a Ordem do Dia, levarei a posição do Líder do Bloco que constitui o PR.
Eu acho que, mesmo assim, como se trata de urgência, pelo art. 155 do
Regimento Interno, tem que haver 257 votos a favor. Se houver apenas um que não
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concorde, o requerimento será submetido à votação, e o quorum está muito baixo.
Até agora, na Casa, há apenas 254 Deputados e, no painel eletrônico, 225. Então,
não há possibilidade de aprovar hoje essa matéria em regime de urgência.
O SR. LINCOLN PORTELA - Sr. Presidente, há outros Parlamentares de
outros partidos que, individualmente, também estão com dúvidas e por certo pedirão
votação nominal, e a sessão cairá.
Então, pelo bom andamento dos trabalhos, principalmente em relação à MP
573, já deixo a sugestão do Partido da República para que a urgência seja retirada
de pauta.
Obrigado, Sr. Presidente.
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[CD86][VHPL87]O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao
ilustre Deputado Sibá Machado, do PT do Acre.
O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
passo a ler nota de José Dirceu:
“No dia 12 de outubro de 1968, durante a
realização do XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, fui
preso, juntamente com centenas de estudantes que
representavam todos os Estados brasileiros naquele
evento. Tomamos, naquele momento, lideranças e
delegados, a decisão firme, caso a oportunidade se nos
apresentasse, de não fugir.
Em 1969 fui banido do País e tive a minha
nacionalidade cassada, uma ignomínia do regime de
exceção que se instalara 5 anos antes.
Voltei clandestinamente ao País, enfrentando o
risco de ser assassinado, para lutar pela liberdade do
povo brasileiro.
Por 10 anos fui considerado, pelos que usurparam
o poder legalmente constituído, um pária da sociedade,
inimigo do Brasil.
Após a anistia, lutei, ao lado de tantos, pela
conquista da democracia. Dediquei a minha vida ao PT e
ao Brasil.
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Na madrugada de 1º de dezembro de 2005, a
Câmara dos Deputados cassou o mandato que o povo de
São Paulo generosamente me concedeu.
[CD88] A partir de então, em ação orquestrada e
dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo, fui
transformado em inimigo público nº 1 e, há 7 anos, me
acusam diariamente pela mídia de corrupto e chefe de
quadrilha.
Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu
benefício, a presunção de inocência.
Hoje, a Suprema Corte do meu País, sob forte
pressão da imprensa, me condena como corruptor,
contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e
registram, para sempre, a ausência de provas e a minha
inocência. O Estado de Direito Democrático e os
princípios constitucionais não aceitam um juízo político e
de exceção.
Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de
viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei.
Continuarei a lutar até provar a minha inocência. Não
abandonarei a luta. Não me deixarei abater.
Minha sede de justiça, que não se confunde com o
ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que
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meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos,
será minha razão de viver.”
Leio também a nota de José Genoíno:
“Sou inocente. Estou indignado com essa
condenação injusta e cruel. É a sensação de estar numa
noite escura, de ser inocente e estar condenado.
A coragem me dá sentido à luta pela liberdade.”
Sr. Presidente, para encerrar, quero dizer que aceitamos a decisão do
Supremo Tribunal Federal, porém, vamos lutar incansavelmente para provar que o
que houve no Brasil foi um linchamento político, uma decisão que caminha muito
pelas veredas da política.
Temos[CD89] a obrigação de lutar por justiça no Brasil, respeitando
principalmente os processos da Justiça, mas ressaltando que ela própria tem que ter
cuidado ao lidar com eles.
Assim sendo, estarei nesta tribuna firme para prestar a minha singela
solidariedade aos companheiros e minha contribuição ao País neste momento
complicado da sua história.
Muito obrigado.
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[CD90] O SR. IZALCI (Bloco/PR-DF. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, peço a
palavra para uma breve comunicação.
Eu gostaria de fazer um apelo aos Deputados que estão nos gabinetes e
também aqui no Plenário para que participem da Comissão de Trabalho, onde está
prevista agora a votação de um requerimento de audiência pública sobre a questão
do Hospital das Forças Armadas.
Eu quero fazer um apelo aqui aos Parlamentares da Comissão de Trabalho
para que estejam agora na Comissão votando o requerimento. Precisamos de 14
Deputados para obter quorum e tratar de um assunto de suma importância, pois o
Hospital é referência em Brasília, atende o Corpo Diplomático, atende todos os
Ministérios, atende a Presidência da República, e os seus servidores estão com os
salários superdefasados, ganhando menos da metade do que ganha o servidor do
GDF.
O Hospital não tem condições de suprir as vagas inclusive de médicos e
enfermeiros que estão sendo exonerados, pois estão pedindo demissão por causa
dos salários.
Era isso, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
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[CD91][CD92] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao
ilustre Deputado Ivan Valente, do PSOL de São Paulo. S.Exa. dispõe de 3 minutos
na tribuna.
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP e como Líder. Sem revisão do orador.) -
Obrigado, Sr. Presidente. Eu gostaria também de adendar ao meu tempo nas
Breves Comunicações o tempo de Liderança do PSOL neste momento.
Em primeiro lugar, eu gostaria de me referir ao julgamento da Ação Penal nº
470, chamada mensalão, que ontem passou por uma fase decisiva, quando houve a
condenação dos réus José Dirceu, Genoíno, Delúbio Soares, além dos outros do
núcleo operacional e financeiro, etc.
[CD93] O que chamou a atenção nesse julgamento, para além de todo o impacto
político que ele tem — e é essa a atenção que quero chamar aqui agora —, é que,
se o Supremo Tribunal Federal decidir que houve compra de votos naquele
momento para votar projetos do Congresso Nacional — eu quero aqui rever a
reforma da Previdência —, se houve compra de votos, então, aquelas votações que
foram feitas aqui no Governo Lula em determinado período devem ser anuladas,
devem ser anuladas. E particularmente este Deputado, naquele momento, era do
Partido dos Trabalhadores. Vários Deputados foram punidos por isso, inclusive este
Paramentar, por ter votado contra a reforma da Previdência do Governo Lula.
Naquele momento, a votação no painel eletrônico conferiu 326 votos. A reforma da
Previdência precisava de 308 votos.
Se houve compra de votos, como assim estão deliberando os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, então é passível de anulação não só a reforma
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previdenciária do Governo Lula como também vários outros projetos que passaram
em determinado período.
[CD94] Eu já percebi que a grande imprensa já começou a se mobilizar para tentar
evitar que a reforma da Previdência seja anulada. Por quê? Milhares de
trabalhadores, particularmente do setor púbico, foram afetados. Foram-lhes tirados
direitos sociais e políticos. Eles foram prejudicados por essa medida.
Então quero, desta tribuna, anunciar que o Partido Socialismo e Liberdade
está preparando uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para anular a reforma da
Previdência, votada no ano de 2003, no primeiro ano do Governo Luiz Inácio Lula da
Silva. Vamos mobilizar a sociedade para isso. Uma vez publicado o acórdão do
Supremo Tribunal Federal e confirmada a tese de que houve a compra de votos,
precisa-se anular essa legislação.
Era isso o que eu queria dizer inicialmente, Sr. Presidente, que o PSOL
prepara uma ADIN para anular a reforma da Previdência feita durante o Governo
Lula.
[CD95] Em segundo lugar, quero anunciar, cumprimentar e saudar o desempenho
bastante satisfatório do Partido Socialismo e Liberdade em todo o Brasil, um partido
que tem três Deputados nesta Casa e um Senador, Randolfe Rodrigues, e nossos
Parlamentares são responsáveis por pequeno fundo partidário e pouco tempo em
televisão.
Quero cumprimentar a todos pelo desempenho do Partido Socialismo e
Liberdade, que sem recursos financeiros e com pouquíssimo tempo na televisão
conseguiu ter resultados bastante expressivos.
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Quero me referir especialmente ao desempenho dos nossos candidatos em
Belém do Pará, Edmilson Rodrigues, em primeiro lugar no segundo turno; e Clécio
Luís Vieira, em Macapá, Amapá, que serão possivelmente os futuros Prefeitos da
entrada da Amazônia, de Belém do Pará e de Macapá, um partido pequeno, mas
que tem inserção e tradição política.
Quero cumprimentar especialmente o companheiro Marcelo Freixo pelo
excepcional desempenho do PSOL na cidade do Rio de Janeiro, com 28% dos
votos, tendo apenas 1 minuto de televisão e pouquíssimos recursos, galvanizando a
sociedade civil organizada e a juventude do Rio de Janeiro, elegendo uma bancada
de quatro Vereadores, que nós saudamos também naquela cidade.
Cumprimento o nosso partido pelo desempenho em várias capitais deste
País, especialmente Florianópolis, com 14%, Fortaleza, com 12%, e Boa Vista, com
10% dos votos. O PSOL saiu do patamar pequeno para competir e se afirmar em
várias capitais deste País.
Refiro-me, mais uma vez, Deputado Jean Wyllys, a um substantivo aumento
das bancadas de Vereadores, particularmente nas capitais dos Estados, onde o
PSOL conseguiu eleger 41 Vereadores, implantando-se de norte a sul, de Porto
Alegre a Macapá.
O[CD96] PSOL elegeu Vereadores importantes. Elegeu seu primeiro Vereador
na cidade de São Paulo, com as imensas dificuldades que se tem; e com bancadas
expressivas particularmente no Pará, mas também em Fortaleza, em Maceió, em
Natal, onde nós elegemos dois Vereadores. Já falei do Rio de Janeiro, do Rio
Grande do Sul, de Santa Catarina, onde nós elegemos o nosso ex-Presidente
Estadual do partido, o companheiro Afrânio Boppré, Vereador muito bem votado na
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Capital, onde tivemos o desempenho de 14%. Também, em Goiânia, elegemos um
Vereador.
Por isso, Sr. Presidente, apesar de este País não realizar uma reforma
política decente, no sentido de implantar o financiamento público exclusivo de
campanha, que seria muito importante para o Brasil, para acabar com a corrupção
que nós vemos por aí, financiamento público e fim do financiamento privado,
destaco que o desempenho do nosso partido em todo o País, esse crescimento se
deve ao trabalho generoso, voluntário e consciente de milhares de militantes do
PSOL em nosso País. E, em nome da Presidência do PSOL, quero saudar todos os
ativistas, militantes, candidatos e os nossos concorrentes.
Um abraço a todos os militantes do PSOL pela vitória em todo o Brasil!
Obrigado, Sr. Presidente.
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[CD97][VHPL98] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra à nobre
Deputada Luciana Santos, para uma Comunicação de Liderança, pelo PCdoB.
S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
A SRA. LUCIANA SANTOS (PCdoB-PE. Como Líder. Sem revisão da
oradora.) - Sr. Presidente, Deputado Inocêncio Oliveira, Sras. e Srs. Deputados,
ocupo a tribuna para fazer um breve balanço do resultado parcial das eleições, visto
que temos eleições muito importantes no segundo turno em cidades estratégicas. É
bom dizer que, de fato, as eleições são sempre um momento muito rico para o
debate de ideias e a afirmação da democracia. E o nosso partido, com muita alegria,
comemora esse resultado parcial com a afirmação do caminho que estamos
percorrendo no Brasil. É a afirmação do projeto político comandado pelo ex-
Presidente Lula e pela Presidenta Dilma Rousseff, visto que as eleições, mesmo
sendo locais, constituem, de certa forma, o julgamento do projeto político em curso
no País.
O Brasil vive uma situação complexa em razão dos reflexos da crise
econômica por que o mundo está passando. E, em plena campanha eleitoral, nós
assistimos ao julgamento do mensalão, que é mais um julgamento político do que de
qualquer outra natureza. Estamos vendo a nossa base de apoio, a base de
sustentação ao Governo Dilma navegar positivamente, porque o resultado das
eleições no primeiro turno afirma a presença dos partidos políticos que dão
sustentação ao Governo no Congresso.
É importante dizer que não há nos resultados da eleição clara hegemonia de
nenhum partido político. A eleição se deu de maneira pulverizada, refletindo a
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diversidade, a pluralidade, a representação da base social do povo brasileiro, com
uma diversificação muito grande de forças.
[VdAP99] O PCdoB se alegra por disputar o comando de capitais importantes, como foi
o caso de Porto Alegre, onde lideramos as pesquisas por muito tempo; da nossa
Deputada Estadual Angela Albino[VdAP100], em Florianópolis; e da nossa Senadora
Vanessa Grazziotin, que chega ao segundo turno das eleições com grande chance
de reverter o quadro e conquistar uma grande vitória em Manaus.
É um quadro de forte presença do PCdoB na cena política nacional, com uma
participação feminina muito ativa, muito presente nas disputas eleitorais, afirmando a
justeza das nossas ideias e os caminhos que temos percorrido rumo ao crescimento
do País e à garantia das reformas estruturantes de que o País precisa.
É isso, Sr. Presidente. Muito obrigada.
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[CD101][VdAP102]O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao
ilustre Deputado José Airton, do PT do Ceará. S.Exa. dispõe de 3 minutos na
tribuna.
O SR. JOSÉ AIRTON (PT-CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
queria ressaltar aqui o importante e extraordinário desempenho do nosso candidato
a Prefeito de Fortaleza, Elmano de Freitas. Ele, que era desconhecido do eleitorado
do Ceará, mas que aos poucos começou a ser conhecido em função das ações que
foram realizadas, inclusive pela gestão municipal da nossa querida Prefeita
Luizianne Lins, que mais uma vez mostrou ser uma mulher guerreira, de luta. E o
povo de Fortaleza começou a conhecer melhor as suas ações na educação, na
saúde, na moradia, melhorando a qualidade de vida da habitação popular, inclusive
com obras importantes, como a Vila do Mar, que restaurou e deu dignidade ao povo
de Fortaleza, ali do Grande Pirambu, da Barra do Ceará.
E[CD103] foi com esse trabalho e com o apoio das ações do Governo Federal,
da Presidenta Dilma, que nós conseguimos levar o Elmano para o segundo turno e
ter um extraordinário desempenho. Esperamos que o povo de Fortaleza possa
reconhecer esse trabalho e elegê-lo Prefeito da Capital para continuar essa obra
importante, que é valorizar os mais pobres, os mais carentes, os mais necessitados,
melhorando a qualidade de vida e diminuindo a desigualdade social que nós temos
na nossa Capital.
Por isso, é tão importante a eleição de Elmano de Freitas para ser o futuro
Prefeito de Fortaleza, continuando esse trabalho, numa aliança com o Governo da
Presidenta Dilma, para que Fortaleza possa ser uma cidade bela e muito mais justa.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Quero também, Sr. Presidente, aproveitar esta oportunidade para lamentar o
ocorrido na cidade de Camocim, no Ceará. Camocim é uma cidade bela,
maravilhosa, governada pelo nosso Prefeito Chiquinho Vaulino, mas que,
infelizmente, foi uma cidade sitiada, dominada pelas forças do poder político do
Estado do Ceará, onde, infelizmente, houve um processo violento de intimidação, de
agressão, de prisões em cima das nossas lideranças, dos nossos Vereadores, que
foram presos de forma abusiva. Só aqueles que eram nossos aliados foram
intimidados, presos, com a força policial a serviço do Governo do Estado, a serviço
da candidatura governamental do Estado, do PSB.
[CD104] Por isso, nós aqui viemos repudiar essa ação extremamente prejudicial à
democracia e à vontade do povo, que livremente queria continuar o trabalho com
Chiquinho do Peixe, nosso candidato a Prefeito. Tomaram a eleição de forma
abusiva, intimidatória, contando com o aparato policial, a ponto de o próprio Juiz da
comarca, sem força para comandar as ações eleitorais, apelar para que
intercedêssemos junto ao Presidente do Tribunal Regional Eleitoral e ao
Comandante da Polícia Militar no sentido de que não houvesse tanta intimidação,
tanta agressão, como a que ocorreu na cidade de Camocim.
Por isso, lamento essa atitude do aparato policial, que foi aparelhado de
forma acintosa a serviço de uma candidatura na cidade de Camocim.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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[CD105][CD106] O SR. PROFESSOR VICTÓRIO GALLI (PMDB-MT. Pronuncia o
seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a disseminação do
consumo de drogas já não nos permite adiar o enfrentamento do problema nem
passar apenas a iniciativas isoladas. É necessário, entre outras medidas, um grande
esforço nacional envolvendo todos os segmentos responsáveis da sociedade para
assegurar atendimento ao elevado número de usuários que fazem do Brasil o maior
mercado mundial de crack e o segundo maior de cocaína.
[CD107] A sensação que muitos de nós já tínhamos sobre o rápido crescimento do uso
de drogas no País foi confirmada recentemente por um estudo do Instituto Nacional
de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas —
INPAD. Divulgado no início do mês de setembro, o 2º Levantamento Nacional de
Álcool e Drogas, focado no uso de cocaína e crack, entrevistou mais de 4.600
pessoas de 14 anos de idade ou mais, em todos os Estados, e chegou a números
impressionantes.
Conforme a pesquisa, quase 6 milhões de brasileiros, representando 4% da
população adulta, já experimentaram pelo menos uma vez na vida algum tipo de
cocaína — em pó ou nas formas para serem fumadas, como o crack, a merla e o óxi.
Só nos 12 meses anteriores à pesquisa, 2,6 milhões de adultos e 244
mil[CD108] adolescentes brasileiros usaram a droga, e um em cada 100 adultos fumou
crack no último ano. Nesse período, 27% utilizaram alguma forma de cocaína, mais
de duas vezes por semana, e 78% dos usuários disseram que é fácil conseguir a
droga, apesar da proibição legal.
Infelizmente, há muitos outros dados assustadores. O estudo indica que 45%
dos usuários experimentaram cocaína pela primeira vez antes dos 18 anos de idade.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
100
Entre os consumidores, praticamente a metade foi identificada com dependência
química, mas apenas 30% dos dependentes relataram a intenção de interromper o
uso da droga, enquanto só 10% dos usuários já procuraram tratamento
especializado.
Para propiciar uma percepção mais completa da dimensão do problema, o
INPAD fez também uma comparação do Brasil com outros países. [CD109]Enquanto
nas nações mais desenvolvidas o consumo de cocaína está diminuindo
gradativamente, isso não ocorre entre as emergentes. No Brasil, há 30 anos, a
droga era quase desconhecida. Mas hoje temos aqui, como afirmei de início, o
segundo maior mercado de cocaína — atrás apenas dos Estados Unidos — e o
maior mercado mundial de crack.
Embora o uso dessas drogas seja três vezes mais presente em áreas
urbanas do que em rurais, os dados mostram que está espalhado por todo o País.
Em números absolutos, o Sudeste concentra o maior contingente de usuários,
registrando 1,4 milhões de pessoas (ou 2,2% dos adultos) que usaram a droga no
último ano. Mas isso se deve ao tamanho da população, pois, proporcionalmente, a
situação é pior no Centro-Oeste, onde 300 mil pessoas, correspondendo a 2,6% dos
adultos, usaram a droga no último ano.
Chocado com essas informações, o jornalista e professor Carlos Alberto Di
Franco declarou, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, que “o
hediondo mercado das drogas está, de fato, dizimando a juventude”. Para ele, o
poder corruptor do tráfico anula, na prática, estratégias meramente repressivas, ao
passo que “a prevenção e a recuperação, únicas armas eficazes no médio e no
longo prazos, reclamam um apoio mais efetivo do Governo e da iniciativa privada às
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instituições sérias e aos grupos de autoajuda que lutam pela reabilitação de
dependentes”.
Concordo com essa opinião, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. Creio
que só um esforço conjunto dos governos, das empresas, das entidades sociais e
das instituições que já se dedicam ao tratamento dos dependentes pode trazer
resultados efetivos. Não é tarefa fácil, mas é uma missão na qual todos precisamos
nos engajar, para tirar o Brasil da triste condição de responsável por 20% do
consumo mundial de cocaína.
As novas gerações merecem esse esforço.
Muito obrigado.
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[CD110][CD111] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Pela ordem, tem a palavra o
Deputado Silvio Costa.
O SR. SILVIO COSTA (PTB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, são 263 Parlamentares em plenário. Por favor, V.Exa. poderia começar
a Ordem do Dia, dentro do Regimento?
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - O Presidente avisou que está se
dirigindo ao Plenário para abrir a Ordem do Dia.
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[CD112]O[CD113] SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra para
uma breve intervenção, por 1 minuto, ao ilustre Deputado Anthony Garotinho, do PR
do Rio de Janeiro.
O SR. ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, eu apresentei ontem projeto de lei que visa proibir os Estados de aplicar
substituição tributária sobre aquelas empresas que aderiram ao SIMPLES Nacional.
O que está ocorrendo? O Governo Federal, acertadamente, ampliou a tabela
do SIMPLES. Esse era um desejo das micro e pequenas empresas do Brasil inteiro.
Para isso foi muito importante a medida provisória que nós aprovamos aqui.
Espertamente, alguns governos estaduais passaram então aplicar substituição
tributária em cima dessas empresas.
Então o nosso projeto visa proibir que os Estados apliquem substituição
tributária sobre as empresas que optaram pelo regime do SIMPLES Nacional.
Obrigado, Sr. Presidente.
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[CD114][CD115] O SR. CELSO MALDANER (PMDB-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, venho à tribuna neste instante para mostrar
a nossa preocupação. Ao mesmo tempo em que elogiamos a nossa Presidente
Dilma pelas decisões que ela vem tomando para enfrentar essa crise internacional,
que tem afetado nosso País, por outro lado nós estamos muito preocupados com
todos os Municípios do Brasil.
Os senhores sabem que qualquer desoneração, principalmente referindo-se
ao Imposto sobre Produtos Industrializados — IPI e também ao Imposto de Renda,
que são os dois impostos que formam o Fundo de Participação dos Estados e o
Fundo de Participação dos Municípios...
Estão todos os prefeitos reunidos aqui, seus representantes na Confederação
Nacional dos Municípios, no Auditório Petrônio Portela, no Senado, discutindo essa
questão, a queda do FPM, do Fundo de Participação dos Municípios.
Então nós queremos trazer aqui essa nossa grande preocupação, do
municipalismo brasileiro, para encontrarmos uma saída também, porque, quando se
mexe no Imposto de Renda e se mexe também no IPI, é afetada a arrecadação de
todos os Municípios do Brasil.
Essa é uma preocupação muito grande, pois os prefeitos terão dificuldades de
honrar os seus compromissos no exercício deste ano.
Era o que tinha a dizer.
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[CD116][CD117] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Pela ordem, concedo a
palavra ao Deputado Ivan Valente.
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Presidente, questão de ordem. Em relação ao Projeto de Lei 4.470, que tem a
urgência colocada neste Plenário, o PSOL quer anunciar que é contrário à votação
dessa urgência hoje e também do projeto no mérito numa sessão tão esvaziada.
Essa é uma discussão muito mais séria, que está envolvida na reforma
política. Então, se for colocado o projeto em pauta, nós vamos pedir a votação
nominal. Estou colocando a posição do nosso partido.
Obrigado, Presidente.
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[CD118][CD119] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao
ilustre Deputado Silas Câmara, do PSD do Amazonas.
O SR. SILAS CÂMARA (PSD-AM. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
companheiros, companheiras, Deputados e Deputadas Federais, quero aproveitar
esta oportunidade para fazer um registro importante.
A eleição acaba de ser concluída em primeiro turno, e no Estado do
Amazonas, Sr. Presidente, o Governador Omar Aziz, que goza de uma popularidade
sem precedentes no nosso Estado, até pela sua competência de fazer um governo
voltado para as pessoas, um governo voltado para as oportunidades, para promover
o ser humano, sai dessa eleição com mais de 60% do eleitorado do Estado votando
na sigla que recentemente S.Exa. organizou no Estado do Amazonas, o PSD.
Para que se tenha uma ideia, dos 61 Municípios, Sr. Presidente, 24 Prefeitos,
incluindo os das cidades mais importantes do Estado, foram eleitos pela legenda do
PSD. E [CD120]mais de 60% da população votou sem sequer S.Exa. o Governador ter
ido aos Municípios, o que é uma prova inconteste dessa grande liderança que tem
governado o Estado do Amazonas, com a capacidade de ter compromisso com o ser
humano.
Portanto, fica aqui, Sr. Presidente, este meu registro. Agradeço a Deus e a
todos os que nesse período estiveram ao nosso lado, fazendo uma campanha que,
sem precedentes também, trouxe à nossa base política uma vitória fenomenal. Dos
61 Prefeitos eleitos, 32 foram da nossa base política.
Portanto, a Deus toda a honra, toda a glória e toda a adoração!
E muito obrigado ao povo do Amazonas por esse reconhecimento.
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[CD121] O SR. GONZAGA PATRIOTA (PSB-PE. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Deputado Inocêncio Oliveira, Sras. e Srs. Deputados, quero apenas
registrar os 70 anos do Instituto de Tecnologia de Pernambuco. Nós entendemos
que esse instituto tem ajudado muito o Estado e o Brasil, como também o fazem a
EMBRAPA e tantos outros órgãos.
Obrigado.
PRONUNCIAMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, por ocasião do aniversário de 70
anos, que será comemorado hoje, quarta-feira (10/10), o Instituto de Tecnologia de
Pernambuco (ITEP) vai relembrar sua história homenageando seus ex-dirigentes
com a inauguração da Galeria dos Presidentes, e também congratular-se com
instituições e personalidades com as quais o ITEP mantém importantes parcerias,
concedendo o Prêmio Pelópidas Silveira 2012.
O ITEP foi criado no dia 13 de outubro de 1942, como fruto de um movimento
encabeçado por professores e engenheiros oriundos da Escola de Engenharia
(UFPE), para instalar no Estado um instituto voltado para o aprimoramento
tecnológico nas áreas de Solos e Fundações, Química Industrial e de Materiais de
Construção, baseando-se no exemplo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),
de São Paulo. Entre estes profissionais estavam o ex-Prefeito Pelópidas Silveira,
Antônio Baltar, Murilo Coutinho e Sizenando Carneiro Leão, então Presidente do
Sindicato dos Engenheiros do Estado.
Receberão o Prêmio Pelópidas Silveira 2012 o SEBRAE, na categoria
empresa; o Presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes, na categoria
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personalidade; na categoria Governo, o Complexo Industrial Portuário Governador
Eraldo Gueiros — Suape; e, na categoria gestor, a Superintendente de Inovação
Tecnológica da instituição, Márcia Maria Pereira Lira, que coordena a área de
Educação Profissional e Tecnológica do ITEP.
O evento acontecerá a partir das 18 horas, no auditório Pelópidas Silveira,
com a saudação do Presidente do ITEP, Frederico Montenegro, e a premiação aos
vencedores do I Concurso de Fotografia — 70 anos do ITEP, voltado para
colaboradores e ex-colaboradores. Em seguida, acontecerão a entrega do Prêmio
Pelópidas Silveira e a inauguração da Galeria dos Presidentes. Haverá ainda
apresentação do grupo Majê Molê, de Peixinhos, seguida de coquetel.
Oficialmente, o ITEP foi criado no dia 13 de outubro de 1942, em plena
Segunda Guerra Mundial, mas suas atividades começaram em 1943. A primeira
sede ocupou prédio na Avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife. Aos
poucos, a instituição foi ampliando sua área de atuação e também realizou serviços
em vários Estados do País, realizando análises em obras nas barragens de Orós
(CE) e nos aeroportos de São Luís (MA) e Teresina (PI).
Ao longo de sua trajetória, o ITEP teve 26 presidentes (sendo quatro
mulheres), dos quais três dirigiram a instituição em dois períodos. Os primeiros
presidentes do ITEP foram: Murilo Domingues Coutinho (março de 1943 a fevereiro
de 1946), João Holmes Sobrinho (fevereiro a agosto de 1946) e Almir Fernandes
Barros (agosto de 1946 a agosto de 1948). Por ocasião do aniversário dos 30 anos
do ITEP, o então Presidente Saul Zaverucha apresentou o projeto de construção da
nova sede na Várzea, num terreno de 12 hectares cedido pelo Ministério da
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Agricultura. A nova sede foi inaugurada em 1986, na gestão do Presidente Roldão
Gomes Torres.
Nestes 70 anos, o ITEP passou por diversas mudanças jurídicas, tendo sido
autarquia e fundação pública. Em 2003, o Governo do Estado implementou uma
nova estrutura na máquina administrativa e extinguiu a Fundação ITEP, tendo sido
criada a Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP) por então
colaboradores da fundação, uma entidade civil sem fins econômicos para prestação
de serviços ao Estado.
Este novo ITEP, qualificado como organização social pelo Governo do
Estado, mantém contratos de gestão com a administração estadual em diversas
áreas: Educação Profissional e Tecnológica, Meio Ambiente, Tecnologia e
Comunicação Digital, Inovação e Empreendedorismo, Construção Civil e
Tecnologias Ambientais, Recursos Hídricos, entre outras. Também presta serviços
tecnológicos a empresas privadas e instituições públicas nestas áreas e outras como
Química e Biotecnologia, Segurança Alimentar, Engenharia Civil, Biocombustíveis,
Ciência e Tecnologia de Materiais, Metrologia e Automação, Normalização e
Certificação.
Vida longa ao ITEP.
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[CD122] O[CD123] SR. VANDERLEI SIRAQUE (PT-SP. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Deputadas, cidadãos e cidadãs que nos assistem, hoje
estou com uma preocupação especial com a área de segurança pública no Estado
de São Paulo.[CD124]
O que nós estamos observando, pelas notícias veiculadas pela imprensa e
pelos fatos que estão ocorrendo no Estado de São Paulo, é que o Governador
Geraldo Alckmin, do PSDB, está perdendo o controle sobre a segurança pública no
Estado para o crime organizado. Então isso gera uma preocupação com a
segurança das pessoas, com a segurança do patrimônio, com a segurança da vida
das pessoas e com a ordem pública. Estamos vendo o crime organizado atacando e
matando policiais no Estado de São Paulo. O número de homicídios no Estado de
São Paulo também tem aumentado assustadoramente nos últimos 3 meses.
Eu penso que é necessário que o Governador de São Paulo requisite ao
Ministro da Justiça a Força Nacional de Segurança Pública. Tem que ser humilde.
Se o Governador Geraldo Alckmin, do PSDB, não está dando conta da segurança,
peça ajuda para o Governo Federal, porque a Força Nacional de Segurança Pública
foi criada exatamente para os momentos de crise na área da segurança pública. A
Força Nacional de Segurança Pública é composta de pessoas — homens e
mulheres — bem treinadas...
(O microfone é desligado.)
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[CD125] O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Pela ordem, tem a palavra o
Deputado Eduardo Cunha.
[CD126] O SR. EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, atingido o quorum, peço a V.Exa. que passe à Ordem do Dia.
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[CD127] O[CD128] SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao
ilustre Deputado Edinho Bez, do PMDB de Santa Catarina.
O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
meus colegas Parlamentares, na qualidade de Presidente do Grupo Parlamentar
Brasil/Espanha, composto por Deputados e Senadores, tomo a palavra nesta
oportunidade para parabenizar a Embaixada da Espanha no Brasil, em nome do seu
Embaixador Manuel de la Cámara, pelas comemorações da data nacional da
Espanha, que nos presenteou na data de ontem com um concerto com a Orquestra
Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, sob a regência do Maestro espanhol Alexis
Soriano, com a participação do tenor brasileiro Juremir Vieira. Lembro que o teatro
estava lotado e que foi uma grande festa. Valeu! Parabenizo, mais uma vez, o
Embaixador da Espanha.
Estive presente naquele concerto no Teatro Nacional, acompanhando a
apresentação ao lado do Embaixador da Espanha, que antes do início do evento
registrou e agradeceu a presença deste Deputado, Presidente do Grupo
Parlamentar Brasil/Espanha.
Foi com enorme alegria que recebi o convite do Embaixador da Espanha para
participar daquele concerto e continuar estreitando as relações entre os dois países.
O Dia Nacional da Espanha é comemorado oficialmente na próxima sexta-
feira, 12 de outubro, mas as celebrações em Brasília começaram no último sábado,
dia 6, com o espetáculo de música e dança flamenca intitulado Más que palabras.
A data relembra a chegada de Cristóvão Colombo à Ilha de Guanahani,
Bahamas. O navegador acreditava que tivesse chegado à Índia, mas descobriu um
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novo continente – posteriormente chamado de América, em referência ao navegador
italiano Américo Vespúcio.
No dia 18 de abril deste ano, recebi o Embaixador D. Manuel em meu
gabinete em uma vista de cortesia, visando à nossa integração e à abertura de um
novo diálogo, voltado para interesses comuns entre Brasil e Espanha.
Este Parlamentar visitou a Espanha juntamente com o Deputado Leonardo
Quintão, do PMDB de Minas Gerais, e Jaime Martins, do PR de Minas Gerais.
Visitamos Madri, Málaga e Barcelona. Fizemos contatos e participamos de palestras
com a Universidade de Madri e empresas que têm interesse de investir no Brasil. Em
Barcelona, visitamos e ficamos impressionados com a estrutura portuária do Porto
de Barcelona, entre os melhores do mundo.
Parabenizo a Embaixada da Espanha no Brasil pelas comemorações do dia
Nacional da Espanha, extensivo a todos os espanhóis residentes no Brasil, deixando
os meus cumprimentos a todos os que fazem parte dessa nação tão calorosa e
cheia de cultura.
Lembro que, em conversa ontem com o Embaixador, no Teatro Nacional aqui
em Brasília, agendamos para o primeiro trimestre do ano que vem uma visita oficial
à Espanha com integrantes do Grupo Parlamentar Brasil-Espanha.
Ainda em continuação às comemorações da data nacional da Espanha,
estarei presente hoje, logo mais às 19 horas, em um jantar na Embaixada da
Espanha, atendendo ao convite feito pelo Embaixador Manuel de La Cámara e sua
esposa, Faraday de Lá Cámara.
Era o que tinha a dizer.
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[CD129] O[CD130] SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, pela
ordem, ao Sr. Deputado Eduardo Cunha.
O SR. EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, peço apenas um esclarecimento. Quando V.Exa. pretende dar início
à Ordem do Dia, já que foi atingido o quorum?
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - O Presidente Marco Maia ligou
para a Mesa dizendo que está chegando para iniciar a Ordem do Dia.
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[CD131][CD132]O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Com a palavra o
Deputado Waldenor Pereira, por 2 minutos.
O SR. WALDENOR PEREIRA (PT-BA. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com alegria que registramos da tribuna da
Câmara dos Deputados o crescimento do Partido dos Trabalhadores no Estado da
Bahia. Elegemos 92 Prefeitos, um crescimento de 50% em relação ao pleito anterior.
Quero parabenizar os Prefeitos e Prefeitas eleitos no sudoeste e na Serra
Geral da Bahia, que contaram com o apoio do nosso mandato. Registro as eleições
da companheira Andréa, em Anagé; Guto, em Condeúba; Dr. Alcides, em
Encruzilhada; Gil Rocha, em Guajeru; Neto, em Ibiassucê; Paulo da Yonara, em
Carinhanha; Dr. Vaguinho, em Iuiú; Edcarlos, em Maetinga; Josefina, em Coaraci;
Sr. Gimmy, em Malhada; Ceará, em Malhada de Pedras; Heráclito, em Mortugaba;
Cloves, em Planalto; Luís Soares, em Potiraguá; Léo Gambá, em Jânio Quadros; e
Márcio Ferraz, em Tremendal.
Quero destacar ainda que, no Município de Vitória da Conquista, onde o PT já
governa por quatro mandatos, saímos vencedores no primeiro turno, com a eleição
do companheiro Guilherme Menezes. E participaremos[CD133] do segundo turno com
todo empenho e esforço, para que o PT, em Vitória da Conquista, eleja, por cinco
mandatos consecutivos, o seu Prefeito, neste caso particular o companheiro
Guilherme Menezes, ex-Deputado Federal, que inaugurou, naquele Município, o
modo petista de governar, realizando grandes feitos, grandes realizações, a ponto
de se destacar nacionalmente como uma das administrações mais exitosas do
Partido dos Trabalhadores em todo o Brasil.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Destaco ainda que elegemos Vice-Prefeitos do PT em Firmino Alves, a
companheira Graça; em Sebastião Laranjeiras, Cláudio; em Macaúbas, Gilbertinho;
em Cordeiros, Delci; em Poções, Bonfim; e em Pindaí, Gildásio.
Portanto, parabéns a todos os Prefeitos e Prefeitas eleitas! Saímos
extremamente vitoriosos com o Partido dos Trabalhadores no Estado da Bahia.
Muito obrigado.
Durante o discurso do Sr. Waldenor Pereira, o Sr.
Inocêncio Oliveira, 3º Secretário, deixa a cadeira da
Presidência, que é ocupada pelo Sr. Marco Maia.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O[CD134][CD135] SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Concedo a palavra ao
Deputado Otavio Leite.
O SR. OTAVIO LEITE (PSDB-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Srs. Deputados, sendo certo que somos o País do futebol e que cultivar a história é
sempre algo bem-vindo, eu queria, nesta oportunidade, cumprimentar pelos 114
anos o São Cristóvão de Futebol e Regatas, no Rio de Janeiro, na pessoa do seu
Presidente, Alfredo Maciel Filho, e de toda a diretoria. O São Cristóvão é um clube
de tradição. Foi campeão carioca em 1926 e ainda reúne grandes personagens da
nossa história, da história do futebol.
Recentemente esteve na iminência de sofrer um ataque feroz da especulação
imobiliária, mas uma lei municipal houve por bem proteger aquele espaço do futebol
do Rio de Janeiro. Orgulho[CD136]-me muito de, como Vereador na ocasião, ter sido
autor dessa proposta.
No fundo, deixo uma palavra de apreço, de consideração a essa agremiação
esportiva do Rio de Janeiro que tanto fez pelo futebol e que ainda o fará, com
certeza.
Queria deixar o meu abraço a todos da torcida do São Cristóvão, o meu
respeito, a minha consideração a uma agremiação de futebol que merece todo o
nosso aplauso.
Parabéns pelos 114 anos! Não é qualquer um que completa essa idade.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD137][CD138] O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Concedo a palavra, pela ordem,
ao Deputado Silvio Costa.
O SR. SILVIO COSTA (PTB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, eu quero mais uma vez fazer um apelo a V.Exa. Eu não quero prejudicar
nenhum companheiro aqui; muitos companheiros inclusive já viajaram porque havia
a informação de que existia um acordo. Então, queria apelar a V.Exa. para que, de
ofício, retirasse o Item 2 da pauta.
Se V.Exa. não o retirar, vou ter que exercer o meu direito constitucional e
regimental de pedir votação nominal — e aí prejudicarei outros companheiros. Estou
com dois requerimentos de retirada de pauta, requerimento contra a urgência. O PR
e o PSOL já se posicionaram contra.
Então, se V.Exa., de ofício, pudesse retirar o projeto, seria importante para
que o discutíssemos mais à frente, em outra ocasião.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD139][CD140] O SR. ANTHONY GAROTINHO - Sr. Presidente, pela bancada do PR.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Pois não, Deputado Garotinho. V.Exa.
tem a palavra pela ordem.
O SR. ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR-RJ. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, na mesma direção do Deputado que nos antecedeu,
falando em nome do PR, nossa bancada se reuniu e entendeu que este não é o
momento oportuno para se votar essa questão, até correta, que trata de fundo
partidário e tempo de televisão.
[CD141] Porém, nós não queremos atrapalhar a votação da Medida nº 573, medida
importante que trata de equipamentos agrícolas que o Governo quer comprar para
beneficiar produtores do Brasil inteiro.
Então, o pedido que fazemos a V.Exa., para evitarmos aqui a obstrução,
verificação de quorum, é que V.Exa. de ofício retirasse essa questão e nós
pudéssemos votar com consenso a Medida Provisória nº 573.
Não tem cabimento, depois de o PSD ter se constituído dessa maneira como
se constituiu, fazermos agora uma mudança enquanto se está discutindo a reforma
política no geral no Brasil. Nós somos contra. Nós somos contra o que ocorreu.
Somos a favor de uma reforma política ampla, mas não é o momento oportuno entre
o primeiro e o segundo turno da eleição, até porque V.Exa. sabe, é um político
experiente, um homem que vem de longa trajetória sindical, política, que um novo
quadro político vai se estabelecer após as eleições. Então, não é o momento
oportuno.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Pediríamos a V.Exa. — V.Exa. às vezes até me critica porque eu atrapalho
votação, peço verificação —, para não acontecer nada disso, que votemos a Medida
Provisória nº 573 e retiremos esse item da pauta.[CD142][CD143]
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Primeiro, eu quero informar a V.Exas.
que esse tema foi fruto de debate e discussão no Colégio de Líderes. Na tarde de
ontem houve um acordo de todos os Líderes que estavam na reunião do Colégio de
Líderes, inclusive com um requerimento de urgência que foi apresentado na hora,
naquela oportunidade, para a votação e aprovação desse projeto.
[CD144] Portanto, ele não foi um projeto de iniciativa do Presidente da Casa, teve
proposição que foi formulada, articulada pelos Líderes que estavam presentes na
reunião que aconteceu na tarde de ontem.
O projeto é meritório, porque trata de uma situação a que nós assistimos
durante este último ano, na constituição e na criação de partidos políticos, que
acabou trazendo, em alguma medida, situações inevitáveis em função da legislação
presente, mas que tiveram impacto no funcionamento da Câmara dos Deputados, no
funcionamento do Senado, no processo eleitoral como um todo. Esse projeto, em
alguma medida, tem a intenção de amenizar, ou solucionar, ou evitar que isso venha
acontecer ou se reproduzir em outras oportunidades.
Não se trata, é óbvio, no projeto, de impedir a criação ou a constituição de
partidos políticos, até porque isso é democrático, faz parte da nossa cultura, da
história política do Brasil. Nós estamos aqui apenas tentando regulamentar e regular
uma questão que, ao acontecer da forma como aconteceu, tem impacto de forma
decisiva no funcionamento das duas Casas do Parlamento brasileiro e, ao mesmo
tempo, no funcionamento da estrutura partidária no País.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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[CD145] Volto a alertá-los de que hoje no Brasil já há algo em torno de 27 ou de 28
agremiações partidárias.
Estão me dizendo que tem 30. A última informação que eu tinha era de 27 ou
de 28 agremiações partidárias.
O SR. ANTHONY GAROTINHO - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Só um pouquinho, Deputado.
O SR. ANTHONY GAROTINHO - Nós não estamos discutindo o mérito,
V.Exa. tem razão. É só a oportunidade.
O SR. SILVIO COSTA - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Deixem-me concluir a minha fala. Eu
acho que o tema é meritório. Nós precisamos discuti-lo, debatê-lo aqui neste
Parlamento. Como o tema chegou ontem, eu estou aqui percebendo que não houve
um debate, uma discussão dos Líderes com as suas bancadas. Já há dois
Deputados que estão questionando a aprovação dessa matéria. Eu vou retirá-la de
ofício da pauta.
O SR. ANTHONY GAROTINHO - Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. SILVIO COSTA - Parabéns, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Eu vou propor que retomemos a
discussão dessa matéria na próxima reunião de Líderes ou, quem sabe, logo depois
das eleições, para que ela possa ser melhor debatida dentro do Parlamento.
O SR. SILVIO COSTA - Sr. Presidente, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - A matéria está retirada de ofício. Nós
vamos passar à Ordem do Dia.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Concedo a palavra, pela ordem, ao
Deputado Silvio Costa.
O SR. SILVIO COSTA (PTB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, primeiro, do mesmo jeito que eu lhe critiquei ontem, parabenizo-o pela
atitude.
Segundo, quero fazer um pedido. Como bem colocou o Deputado Anthony
Garotinho, as eleições municipais provocaram efeitos colaterais. Eu estou muito
satisfeito com o meu partido. Mas aqui há 80 companheiros com problema no
partido. Vamos fazer um acordo com os Líderes. Colocaremos esse projeto em
votação, desde que junto com ele venha um projeto da janela para que possamos
ter mobilidade de mudança de partido sem risco de perder o mandato. Esse[CD146] é
o acordo. Qual é o acordo? Votar esse projeto, desde que se coloque também um
projeto permitindo a janela para que possamos mudar de partido.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
123
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Concedo a palavra, pela ordem, ao
Deputado Anthony Garotinho.
O SR. ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR-RJ. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, quero parabenizar V.Exa. e dizer que a posição do PR é só
quanto à questão da oportunidade. Nós entendemos que ele, no mérito, é
importante, mas o momento não é oportuno.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
124
V[CD147][CD148] - ORDEM DO DIA
PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - A lista de presença registra o
comparecimento de 283 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.
Passa-se à Ordem do Dia.[CD149]
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O SR. IVAN VALENTE - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Com a palavra o Deputado Ivan Valente.
Se for sobre a matéria, ela já está superada, Deputado.
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, eu não quero debater isso agora, porque eu já tinha feito uma questão
de ordem ao Presidente Inocêncio, quando ele exercia a presidência. É só para dizer
que não é o momento nem a hora de votar, nessas condições, um projeto desse
tipo. Nós temos um projeto de reforma política aqui. Está aqui o Relator Fontana
esperando há 2 anos para ser votado o projeto de reforma política. Antes das
eleições, nós não vamos discutir isso, e não vamos discutir de forma pragmática e
de forma aleatória. Isso precisa ser discutido, inclusive, nas Comissões, e não direto
em plenário, com urgência.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Muito obrigado, Deputado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
127
O SR. FELIPE MAIA - Sr. Presidente...
O SR. ALFREDO SIRKIS - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Sobre esse tema não vamos falar mais,
já está superado. Vamos para a Ordem do Dia.
O SR. ALFREDO SIRKIS (Bloco/PV-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.)
- Sr. Presidente, isso aqui é uma variante da chamada legislação de pânico. Quando
acontece um crime horripilante, muitas vezes aparecem propostas que são
legislação de pânico. Essa é a legislação de pânico dos políticos. Na verdade, é um
casuísmo votar isso agora. Nós temos que retomar o rumo da reforma política, o
rumo da Comissão da Reforma Política, cujo Relator, Henrique Fontana, tem-se
esgoelado, tentado insistentemente alguma coisa que seja, de fato, transformadora
na política brasileira. Então, essa reforma política vem sendo sistematicamente
boicotada, e, de repente, nós temos um casuísmo 1 dia depois das eleições.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Obrigado, Deputado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Deputado Felipe Maia, sobre o tema que
nós estamos discutindo agora.
O SR. FELIPE MAIA (DEM-RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, é sobre o tema. Eu sei que V.Exa. entende que essa matéria está
vencida. Agora, apenas o Democratas retirou um kit obstrução da 573 em função do
acordo feito no Colégio de Líderes. E aqui se volta atrás daquela posição tomada.
Eu só peço a V.Exa. que retome, na próxima terça-feira, no Colégio de Líderes, esse
assunto.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Com certeza.
O SR. FELIPE MAIA - Nós viemos ao plenário acordados para votar a Medida
Provisória nº 573 e esse projeto do fundo partidário. E aqui alguns partidos que
tinham acertado em votar dão um passo atrás. Nós ficamos sem segurança sobre o
que vai ser votado. Então, peço a V.Exa. que retome, na terça-feira, a discussão,
para que paute essa matéria de fundamental importância.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Obrigado, Deputado Felipe. Felipe Maia.
Às vezes ele é chamado de Rodrigo Maia, mas é tudo da família.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Passa-se à apreciação da matéria sobre
a mesa e da constante da Ordem do Dia.
Item 1.
Medida Provisória nº 573, de 2012
(do Poder Executivo)
Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº
573, de 2012, que abre crédito extraordinário em favor
dos Ministérios da Justiça, da Educação, da Saúde, dos
Transportes, do Planejamento, Orçamento e Gestão, do
Desenvolvimento Agrário, da Defesa, da Integração
Nacional e das Cidades, no valor global de R$
6.843.701.650,00, para os fins que especifica; tendo
parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização, pelo atendimento dos
pressupostos constitucionais de relevância, urgência e
imprevisibilidade das despesas constantes, pela
adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela
aprovação desta; e pela inadmissibilidade das emendas
apresentadas (Relator: Dep. João Paulo Lima e Relatora
Revisora: Sen. Ana Rita).
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
130
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Passa-se à discussão.
Não há oradores inscritos para discutir.
Depois eu vou dar 3 minutos aqui para o Deputado Felipe Maia e para o
Deputado Domingos Sávio, que estava inscrito para falar.
Nós vamos votar.[CD150]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
131
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Encerrada a discussão, passa-se à
votação.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
132
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Em votação o parecer da Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização na parte em que manifesta
opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de
relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do
art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
133
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADO.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
134
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Em votação o parecer da Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização na parte em que manifesta
opinião favorável quanto ao não atendimento dos pressupostos constitucionais de
relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do
art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
135
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADO.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Passa-se à votação do mérito.
Nos termos do § 6º do art. 189 do Regimento Interno, esta Presidência não
submeterá a voto as Emendas de nºs 1 a 32, por terem recebido parecer de
inadmissibilidade da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Em votação a Medida Provisória nº 573,
de 2012.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
138
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADA.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Há sobre a mesa e vou submeter a votos
a seguinte
REDAÇÃO FINAL :
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
140
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Aqueles que forem pela aprovação
permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal, incluindo o processado.
Está encerrada a Ordem do Dia.[CD151]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Com a palavra o Deputado Domingos
Sávio. S.Exa. está no plenário? (Pausa.)
O SR. ARLINDO CHINAGLIA - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Já lhe dou a palavra, Deputado.
O SR. ARLINDO CHINAGLIA (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, eu quero agradecer publicamente à Liderança do Democratas, na
figura do Deputado Ronaldo Caiado e agora também na figura do Líder Felipe Maia,
em função de terem retirado os requerimentos que levariam a uma demora nessa
votação, independentemente do mérito. Então eu quero agradecer e cumprimentar
todos os Líderes, especialmente os Democratas.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
142
O[CD152] SR. RUBENS BUENO - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Pois não, Deputado Bueno.
O SR. RUBENS BUENO (Bloco/PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do
orador.) - Sr. Presidente, quero apenas registrar que essa medida provisória, por
mais relevante que seja, não é urgente. Daí aqui fazer a crítica ao Ministério do
Planejamento, que não planeja nem de curto, nem de médio e nem de longo prazos.
Fica aqui o registro: apesar de nós termos aqui uma medida boa de apoiar os
Municípios, isso tem que ser enviado com tempo e dentro do Orçamento da
República.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Pois não.[CD153]
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Com a palavra o Deputado Felipe Maia,
pelo tempo de 3 minutos.
Se não quer falar agora, pode falar depois.
À tarde, nós teremos sessão ordinária de debates.
O SR. FELIPE MAIA (DEM-RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, inicialmente, quero esclarecer e botar meu
ponto de vista sobre a Medida Provisória nº 573, na ausência dos requisitos
constitucionais. Ela está muito distante de atender aos requisitos de relevância e
urgência. Essa medida provisória nada mais é do que eleitoreira, criada no momento
eleitoral para fazer benesses aos Municípios do Brasil.
O Congresso Nacional está dando autorização ao Palácio do Planalto para
gastar 6 bilhões de reais do Orçamento, exatamente 6 bilhões e 800 milhões de
reais, em obras e benefícios, que nada mais são do que ações que deveriam ser
executadas pelos Deputados e Senadores.
A medida provisória, dentre tantas outras ações, busca a aquisição de ônibus
escolares, ambulâncias, patrulhas mecanizadas, retroescavadeiras, unidade
odontológica móvel e motocicletas para a Polícia Rodoviária Federal.
[CD154] Não resta dúvida de que todas essas ações são altamente previsíveis e, mais
do que isso, são ações que deveriam ser executadas e implementadas através de
emendas parlamentares, que hoje — é uma realidade — não estão sendo
empenhadas e pagas.
O que essa medida provisória busca é fazer um elo entre o Palácio do
Planalto e os Municípios, passando por cima do Poder Legislativo, fazendo com que
esta Casa e o Senado Federal se apequenem, se tornem menores, sem relevância,
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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sem importância, fazendo com que os Prefeitos, a partir deste momento, possam ter
suas obras, suas melhorias concedidas pela Presidente, não mais pelos Deputados
e Senadores, que tinham, através das emendas parlamentares, Deputado Miro
Teixeira, um mínimo de ação executiva. Além de legislarmos, sermos fiscalizadores
das leis e dos atos do Poder Executivo, nós tínhamos um mínimo de ação executiva
através das emendas parlamentares, onde colocávamos ambulâncias, patrulhas
mecanizadas, unidades odontológicas móveis, retroescavadeiras.
A partir da aprovação dessa medida provisória eleitoreira, nós teremos essa
ação feita pelo Palácio do Planalto. Ou seja, com a aprovação dessa medida
provisória, o Congresso Nacional é diminuído na sua importância e nas suas
atividades.
[CD155] Só para concluir, Sr. Presidente, retiramos a obstrução, por entendermos que
o acordo estabelecido na última terça-feira seria cumprido, votaríamos essa Medida
Provisória nº 573, mas também o projeto de lei que estava na pauta do fundo
partidário.
Alguns partidos deram um passo atrás, roeram a corda, e nós, num gesto de
compromisso e de palavra, mantivemos a nossa postura de retirar a obstrução da
Medida Provisória nº 573, mas deixamos aqui a nossa posição firme e concreta de
indignação pela edição dessa medida provisória eleitoreira, que vai diminuir a
importância do Congresso Nacional.
Era com essas palavras que queria deixar claro e estabelecido o nosso
posicionamento dos Democratas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.[CD156]
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O SR. EDINHO ARAÚJO - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Pois não, Deputado. Vou ouvir V.Exa. e
encerrar a sessão.
O SR. EDINHO ARAÚJO (PMDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -
Sr. Presidente, o projeto que estava previsto para ter a urgência votada, o Projeto de
Lei nº 4.470, de 2012, considero importante e urgente para esta Casa debater. Ele
veda a transferência dos recursos do fundo partidário e do horário de propaganda
eleitoral no rádio e na televisão no caso de migração partidária, ressalvadas as
hipóteses de fusão e incorporação dos partidos políticos, considerando-se
exclusivamente os votos dos partidos fundidos ou incorporados.
Entendo, Sr. Presidente, que é urgente que esta Casa debata essa matéria. O
projeto fortalece os partidos e respeita a vontade do eleitor, vai ao encontro da
fidelidade partidária. O projeto institui, portanto, regras, já que a Constituição Federal
estabelece que esta matéria será disciplinada por lei. É disso que se trata, Sr.
Presidente.
Portanto, espero que esta Casa possa debater esse assunto, através dos
seus Líderes, para que possamos fortalecer os partidos. É disto que se trata:
fortalecer os partidos e respeitar a vontade do eleitor.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Muito obrigado, Deputado.
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o primeiro turno das eleições
municipais comprovou a força do nosso partido, o PMDB, tão bem conduzido pelos
nossos líderes nacionais, o Presidente Nacional do partido, o Senador Valdir Raupp;
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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o Vice-Presidente Michel Temer, nosso Líder Henrique Alves, futuro Presidente
desta Casa.
O PMDB obteve em todo o Brasil 16 milhões e 700 mil votos e elegeu 1.025
prefeitos. Conquistamos duas capitais no primeiro turno, com Eduardo Paes, no Rio,
e Tereza Surita em Boa Vista. Estamos no segundo turno em mais três capitais.
Em São Paulo, Estado que percorri de ponta a ponta ao lado do Presidente
Estadual do PMDB, deputado Baleia Rossi, melhoramos ainda mais nossa
presença. Estamos no segundo turno em três importantes cidades, Sorocaba,
Guarujá e Mauá.
Aumentamos o número de prefeitos no Estado de 68 parta 88. O número de
vices eleitos subiu de 56 para 78. Elegemos ainda 689 vereadores. O PMDB, partido
que é forte no Brasil, passou a ser forte também em São Paulo, com destaque para
o importante desempenho de Gabriel Chalita, que obteve 14% dos votos na capital
paulista.
Os números, Sr. Presidente, mostram a vitalidade do PMDB, que emerge
destas eleições mais forte do que entrou, graças ao comando firme de nossas
lideranças nacionais e estaduais.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, está em análise nesta Casa o Projeto
de Lei nº 4.470/12, de minha autoria, com apoio de outros nove colegas Deputados
— Rubens Bueno (PPS do Paraná), Bruno Araújo (PSDB de Pernambuco), Jilmar
Tatto (PT de São Paulo), o nosso Líder do PMDB Henrique Alves, do Rio Grande do
Norte; Antonio Bulhões (PRB de São Paulo), Arthur Lira (PP de Alagoas), André
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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Figueiredo (PDT do Ceará), Lincoln Portela (PR de Minas Gerais) e Givaldo
Carimbão (PSB de Alagoas).
Nossa proposta é que os novos partidos que vierem a ser criados só tenham
direito a verba do fundo partidário e ao tempo no rádio e na TV após disputarem a
primeira eleição.
Entendemos que não deverão ser consideradas quaisquer mudanças de
filiação partidária entre os Deputados para o cálculo das cotas do fundo e do tempo
de rádio e TV.
A lei hoje não é clara, o que faz com que situações desse tipo acabem sendo
decididas na Justiça. Um exemplo é o que ocorreu nesta eleição, após a criação do
Partido Social Democrático, que hoje é a quarta maior bancada da Câmara,
resultado da migração de Parlamentares de várias outras legendas.
Ressalvo que nada temos contra esta nova legenda, mas a forma de imprimir
segurança institucional e jurídica é regular claramente essa questão. O Parlamentar
que migra de partido, seja qual for o motivo, não levará consigo os recursos do
fundo nem o horário eleitoral do partido pelo qual foi eleito. Assim, valorizam-se os
partidos e evitam-se distorções e casuísmos.
Na condição de Vice-Presidente da Comissão Especial da Reforma Política,
peço o apoio dos nobres colegas para a aprovação desta importante matéria.
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PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS À MESA PARA
PUBLICAÇÃO
O SR. JEFFERSON CAMPOS (PSD-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta tribuna serve como palco de honra a
grandes causas e brasileiros e brasileiras tão importantes para o contexto nacional.
Hoje, faço uso deste espaço para homenagear uma figura de dignidade igualmente
singular.
Brasília recebeu recentemente, no dia 8 de novembro de 2011, vários homens
e mulheres de grande valor, ao realizar uma sessão solene no Congresso Nacional
em comemoração aos 60 anos da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Na ocasião, contamos com a presença do Presidente Nacional da IEQ e
Deputado Federal Mario de Oliveira, que direcionou as comemorações diante de
pastores convidados, vindos de todo Brasil.
Atualmente a Igreja Quadrangular conta com pouco mais de 40 mil pastores
em todo o território nacional. Não é fácil ser um homem de Deus. O ministério do
Senhor é acometido por muitas lutas, perseguições, uma série de dificuldades e —
por que não dizer? — preconceitos àquele que responde ao chamado de Deus.
Diante disso, no Dia 7 de outubro comemoramos o Dia do Pastor
Quadrangular. É uma data marcante, emocionante, onde verdadeiros pais na fé
podem sentir de uma forma especial o carinho e o respeito de seus filhos espirituais,
ovelhas do Senhor.
Este é um dia em que esses servos do reino de Deus remetem ao fato de que
intercedem, jejuam por centenas e até milhares de vidas todos os dias e muitas
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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vezes se esquecem de apresentar diante do Pai celestial seus próprios sonhos ou
aflições.
Convém lembrar sim, ainda neste dia, que nossos pastores e pastoras
possuem aflições, muitas vezes sofrem calados, sempre transmitindo força e
encorajamento e configurando, assim, uma figura de super-herói.
São homens e mulheres comuns, servindo a Deus e ao seu próximo
humildemente, mas dotados da unção que provém do alto céu e que lhes garante o
poder sobrenatural que faz transparecer a glória divina e o amor incondicional do
Supremo Criador de todas as coisas.
É motivo de muita alegria para mim nascer em uma família sacerdotal, ter um
círculo de amizades formado basicamente por colegas de ministério a quem admiro
e com quem compartilho experiências e adquiro sabedoria a cada dia. Quero prestar
essa homenagem, rendendo graças a Deus por essas pessoas tão especiais que
fazem toda diferença não só na minha vida ou para a comunidade Quadrangular,
mas para toda sociedade brasileira e também no mundo em que vivemos.
Solicito, Sr. Presidente, que este meu pronunciamento seja divulgado nos
meios de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PAULO WAGNER (Bloco/PV-RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vimos de sediar há pouco a Rio+20. Ouvindo
ainda o eco das discussões, subo à tribuna para, mais uma vez, pôr em relevo a
questão ambiental no Brasil. E começo por uma triste constatação: se não
avançamos na ocasião da Conferência, muito menos temos avançado fora dela.
Seja no plano das políticas públicas, seja nas atitudes dos indivíduos — e uma coisa
decorre da outra, evidentemente —, ficamos sempre aquém do que podemos e
devemos fazer. Estamos passando ao largo da tarefa de corrigir os erros do
passado e preparar um futuro limpo, saudável e rico, mesmo sabendo que a
economia sustentável não é, definitivamente, hoje, uma quimera. Pode ser uma
realidade, vez que as commodities verdes são, sim, viáveis, assim como são viáveis
as metas de redução do desmatamento e dos gases estufa, desde que se criem as
condições para tal.
O desenvolvimento brasileiro, baseado em indústrias convencionais, continua
sendo estimulado ao uso de combustíveis fósseis. Veja-se, por exemplo, a medida
recentemente adotada pelo Governo, para neutralizar os impactos dos reajustes dos
preços da gasolina e do diesel, anunciados pela PETROBRAS, atendendo, por
tabela, aos reclamos do setor automobilístico. As alíquotas da Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), incidente na comercialização desses
combustíveis, foram reduzidas a zero. É a chamada economia marrom, tomando o
lugar da economia verde, não obstante todas as justificativas. Com isso, fica ainda
mais difícil para os carros com motores flex rodarem a etanol, que, diga-se, já vem
perdendo de longe para a gasolina, em face da baixa produtividade dos canaviais,
da competição com o açúcar, da falta de investimentos na indústria de
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biocombustíveis.
Eis, Sras. e Srs. Deputados, tipicamente, um jogo de curto prazo, que não
preenche, em absoluto, a lacuna histórica de uma política de transportes de massa.
No Brasil, o ir e vir diário de milhões de pessoas, em especial os moradores dos
grandes centros urbanos, é uma verdadeira tragédia, o contrário do que se vê no
mundo civilizado, onde os cidadãos circulam em veículos eficientes, rápidos,
baratos, seguros e confortáveis, com menos poluição do meio ambiente e menos
sobrecarrega das vias públicas.
Se estendemos nosso olhar para as florestas brasileiras, o quadro é também
desolador. Há um risco real de que desapareçam, levando consigo a riquíssima
biodiversidade, que não resistirá à sistemática comercialização de espécies animais
e vegetais, queimadas para dar lugar a áreas de pastagem e exploração ilegal dos
recursos, entre eles a madeira.
Esse processo, Sr. Presidente, segue em marcha batida. Na Amazônia o
desmatamento atinge 13% da cobertura original, e o caso da Mata Atlântica é ainda
mais trágico, pois apenas 9% dela sobreviveram aos séculos de devastação. No
decênio 2001-2010, o Brasil apresentou o maior índice de desmatamento na
América Latina — 45% do total de perdas.
Os dados remetem a um assunto que permanece na ordem do dia de nossas
preocupações: a mudança do Código Florestal para estabelecer uma regra
escalonada de recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs),
derrubadas ilegalmente nas beiras dos rios até 22 de julho de 2008.
Está aberto novo ciclo de negociações. Aprovada na Comissão Mista, a
norma, que diminui a área a ser recuperada nas propriedades maiores, se retificada
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pelo Plenário, passará a representar os interesses mais retrógrados e nocivos do
agronegócio brasileiro, com muitas consequências negativas, a curto, médio e longo
prazos. Sua face mais cruel estará inexoravelmente voltada ao pequeno produtor,
enquanto que, para os grandes, a busca da produtividade será desestimulada.
Muitos não terão escrúpulo em aumentar as zonas de plantio. Sob o manto da lei,
alguns setores da agropecuária extensiva, aqueles que não se preocupam com o
próprio atraso, tomarão em definitivo florestas e Áreas de Proteção Permanente,
porque é assim que trabalham: atropelando o bom senso, investindo com ímpeto,
inexoravelmente, gananciosamente, sobre a mata, o Cerrado e a floresta,
desrespeitando os Manguezais e demais ecossistemas.
Se nada for feito, em vez de conquista, estaremos a braços com um vexame,
um acinte e um fracasso, dos maiores jamais praticados neste País.
Não somos contra o agronegócio. Tampouco queremos demonizá-lo. Ao
contrário: percebemos sua importância para o consumo interno, para a geração de
empregos no campo, para a balança comercial. O fulcro do problema, no entanto,
está além da questão econômica e se projeta na consciência social e visão de
futuro, das quais nem empresários nem governo devem afastar-se.
A proposta original do Código Florestal trabalhou sobre evidências científicas,
considerando a importância dos diversos ecossistemas brasileiros e das matas
ciliares, que estão agora no centro dos debates. Foram considerados os
microclimas, os regimes de chuva, os diversos tipos de solo, os riscos de erosão e
de desastres climáticos. Não é razoável que todo o esforço agora se perca.
As próximas gerações, nobres colegas, dependem, em grande parte, do que
for decidido nesta Casa. A Câmara dos Deputados precisa ter a coragem de se
comprometer com a mudança e a modernidade.
Muito obrigado.
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A SRA. ALINE CORRÊA (PP-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o 15 de outubro é data consagrada a uma das
mais nobres profissões. Nesse dia, rendemos honras àqueles que se dedicam a
ensinar, formar, educar e capacitar cidadãos, dos mais novos aos de idade
avançada. Celebrar, pois, o Dia do Professor é ocasião oportuna para
manifestarmos nosso apreço, respeito e reconhecimento aos profissionais que,
mesmo diante das adversidades impostas por um sistema injusto, que não oferece à
educação o seu devido valor, se dedicam empenhadamente a ofício tão elevado.
Recentemente, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou dados referentes
a 2011 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Apesar do grande número
de empregos gerados, refletindo o bom desempenho econômico do Brasil frente à
crise que abate o cenário internacional, o levantamento mostra que houve redução
do número de professores em relação ao total de trabalhadores do País. Em 2003,
os professores representavam 8,1% de toda a mão de obra brasileira. Nos relatórios
sucessivos, esse percentual veio caindo: 7,5%, em 2007; 6,8%, em 2010; e agora,
6,7%.
A primeira leitura que podemos fazer desses dados é que estamos perdendo
professores — verdadeiro contrassenso em uma sociedade que se quer próspera e
desenvolvida.
Buscando as causas da redução da participação de professores entre o total
de trabalhadores, certamente chegaremos à conclusão de que a desvalorização do
magistério tem desmotivado o ingresso de jovens na carreira. Os salários baixos, as
escolas em más condições estruturais, a falta de estímulo ao aperfeiçoamento e
qualificação dos docentes e a violência crescente no ambiente escolar são motivos
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verdadeiramente fortes para afugentar novos aspirantes ao mercado de trabalho.
A comparação com outros países, infelizmente, apenas reforça a triste
realidade do magistério no Brasil. Dos membros da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil está entre aqueles com menor
investimento anual por aluno do grupo, sendo o terceiro que menos investe por
aluno na pré-escola e no ensino médio e o quarto colocado no ensino fundamental.
Sr. Presidente, chegamos à situação limite! Não é tolerável a situação de
desprestígio e alijamento a que estão submetidos os professores brasileiros. Ou
reaprendemos a valorizar a profissão ou estaremos condenados a um futuro de
mediocridade e empobrecimento cultural.
Na iniciativa privada ou na rede pública de ensino, o reconhecimento dos
professores deve começar pela oferta de melhores salários.
Temos já aprovada legislação moderna que ampara o magistério nacional
com piso salarial e regras claras para evitar que, ao longo dos anos, a remuneração
dos professores volte a ser achatada. No entanto, muitos Estados e Municípios
ainda descumprem a lei que aqui aprovamos.
Novo horizonte se apresenta também com o Plano Nacional de Educação,
aprovado na Câmara dos Deputados e enviado à apreciação dos Senadores da
República. A matéria prevê incremento significativo dos investimentos em educação
até 2020, lançando sopro de esperança em todo o sistema educacional brasileiro,
com perspectivas de boas mudanças para os docentes e educadores e,
principalmente, para os níveis de qualidade das escolas e do aprendizado.
Para que o magistério volte a ser atrativo aos jovens e às pessoas de
destaque no percurso formativo e para que ex-professores que migraram para
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outras áreas adentrem novamente as salas de aula, é preciso que sejam oferecidas
outras condições, além de salários melhores.
A valorização do professor requer também gestão de qualidade nas escolas e
no sistema educacional, planos de carreira justos e sustentáveis e investimentos na
qualificação do corpo docente.
Contrariando o gosto de parte da classe política, os resultados dessa
valorização seriam palpáveis em longo prazo, mas certamente seriam os melhores e
mais benéficos para toda a população!
Sras. e Srs. Deputados, ao celebrar o Dia do Professor, tenhamos em mente
a importância desse profissional para a educação das futuras gerações e para o
progresso do nosso País. Dediquemos aos abnegados trabalhadores que enfrentam
as agruras da educação brasileira o empenho e a prioridade que merecem em
nossas atividades parlamentares.
Aos professores de todo o Brasil expresso minha admiração e meus
cumprimentos pela escolha profissional que fizeram. Que o dia 15 de outubro possa
ser sempre ocasião para celebrar conquistas e avanços, bem como para renovar a
confiança na missão de tornar possível o sonho dos outros.
Parabéns a todos os professores!
Era o que tinha a destacar.
Muito obrigada.
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O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (Bloco/PR-PE. Pronuncia o seguinte discurso.)
- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as pessoas que apresentam algum tipo de
deficiência representam 24% da população brasileira, segundo o IBGE. São mais de
45 milhões de cidadãos, que precisam ter seus direitos garantidos e respeitados. O
Brasil tem avançado muito nessa área nos últimos anos. No último dia 7 de agosto,
a Agência Nacional de Transportes Terrestres — ANTT publicou resolução que
assegura a essas pessoas direito a tratamento prioritário e diferenciado nos ônibus,
de forma a terem segurança e autonomia, total ou assistida, sem que seja
necessário pagarem tarifas ou que haja acréscimo no preço das passagens.
Entre as novas medidas, os ônibus interestaduais, com características
urbanas, devem ter 10% dos assentos disponíveis para o uso de pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida.
A resolução também estabelece que sejam garantidos pelo menos dois
assentos, preferencialmente localizados próximo à porta de acesso, para esses
usuários.
As transportadoras deverão avisar, com dispositivo sonoro, visual ou tátil, os
pontos de parada entre a origem e o destino das viagens, de forma a garantir as
condições de acessibilidade. As empresas de ônibus é que devem providenciar as
instalações e serviços acessíveis, os recursos materiais e o pessoal qualificado para
atender aos passageiros e divulgar, em local de fácil visualização, o direito ao
atendimento prioritário de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida,
inclusive com deficiência visual e auditiva.
Os empresários do setor terão até o dia 2 de dezembro de 2014 para a
completa adequação às novas regras. Até lá, as exigências só serão cobradas dos
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veículos fabricados a partir de 2008, quando utilizados exclusivamente para o
serviço de fretamento. Após essa data, as condições de acessibilidade serão
exigidas da totalidade da frota. As empresas que não observarem a resolução da
ANTT podem ser multadas e ter os veículos descadastrados do Sistema
Informatizado da agência.
Considero essa medida fundamental para que os portadores de algum tipo de
deficiência possam se locomover com dignidade e de modo fácil. Um país sério
respeita a cidadania plena de todos os seus habitantes. Esse é um passo
importante, mas apenas um dos avanços necessários para que os portadores de
necessidades especiais vivam felizes no local em que nasceram, possam frequentar
escolas, trabalhar, levar uma vida normal.
É preciso também, Sras. e Srs. Deputados, adequar os espaços urbanos, os
prédios, as calçadas, para que os portadores de necessidades especiais se
desloquem por todo canto sem dificuldade. É necessário que as escolas se
preparem adequadamente para receber as crianças que têm alguma deficiência. Os
restaurantes, bibliotecas, museus, cinemas, shoppings, parques, enfim, todos os
espaços públicos e privados devem ter ambientes acessíveis para que todo e
qualquer cidadão brasileiro exerça plenamente o direito de ir e vir, previsto na
Constituição Federal.
É importante lembrar que o conceito de acessibilidade vai além das pessoas
portadoras de deficiência: engloba idosos, gestantes, recém-operados, enfim,
qualquer pessoa com restrição de movimentos. Por isso é tão importante facilitar o ir
e vir em todo o território nacional. O número de beneficiados é enorme, sem contar a
satisfação das famílias ao visualizarem seus entes queridos tendo apoio e facilidade
para enfrentar suas limitações.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
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O SR. SANDES JÚNIOR (PP-GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, utilizo hoje este espaço para reverenciar a
figura de um auxiliar da Presidenta Dilma Rousseff que se tem destacado como um
de seus mais importantes Ministros. Falo do titular do Ministério das Cidades,
Aguinaldo Ribeiro.
Com seu jeito simples, eficiente e com humildade no atendimento pessoal a
Deputados e Senadores, Aguinaldo Ribeiro mostra que a cortesia pode andar ao
lado da competência. Tem sido constantemente elogiado pelos membros do
Legislativo, que aqui representam os interesses de seus Estados e de seus
habitantes.
Nascido em Campina Grande, Aguinaldo Ribeiro, de 42 anos, teve uma
trajetória meteórica desde que desembarcou em Brasília, há pouco mais de 1 ano.
Deputado Federal em primeiro mandato, assumiu a Liderança do partido na Câmara
em agosto e, com a saída do ex-Ministro Mário Negromonte, viu-se como o único a
conseguir unir os progressistas na indicação, pela legenda, de um nome para a
Pasta.
O Ministro das Cidades nasceu em uma família de políticos da Paraíba, que
sempre tiveram Campina Grande como principal referência eleitoral. O pai, Enivaldo
Ribeiro, Presidente estadual do PP na Paraíba, governou a cidade de 1977 a 1983 e
foi Deputado Constituinte entre 1987 e 1991. A mãe, Virgínia Velloso Borges, é
Prefeita de Pilar, também no sertão paraibano. A irmã Daniella Ribeiro é Deputada
Estadual e disputou recentemente a Prefeitura de Campina Grande.
Estimulado pelo pai, o Ministro Aguinaldo Ribeiro começou cedo na política.
Foi Presidente do Comitê Jovem do PP e coordenou a campanha do pai à Prefeitura
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de Campina Grande no final dos anos 1980.
Seu primeiro cargo público foi a presidência da Companhia de Habitação e
Planejamento de João Pessoa, em 1986, quando tinha apenas 23 anos. Foi eleito
Deputado Estadual três vezes consecutivas, em 1998, 2002 e 2006, e integrou o
secretariado dos governos da Paraíba e de João Pessoa.
Em agosto do ano passado, o paraibano foi eleito líder da bancada do PP na
Câmara. Foi considerado, em uma lista de 60 nomes, o 55º Parlamentar mais
influente do Congresso, em levantamento realizado pelo Departamento Intersindical
de Assessoria Parlamentar — DIAP no ano de 2011.
Todos esses dados reforçam, com a experiência que acumulou ao longo de
sua carreira política, a qualidade de nosso jovem Ministro. Um membro do Executivo
oriundo desta Casa, mas que vem dando atendimento rápido às demandas a ele
encaminhadas.
Mostra ainda, no trato diário, que o poder não lhe subiu à cabeça. Prestativo,
busca atender aos Parlamentares e Governadores até mesmo fora de seu gabinete,
deslocando-se, sempre que possível, para conceder audiências em gabinetes de
Deputados e Senadores.
A Presidenta Dilma Rousseff sabe que o Partido Progressista sempre foi um
de seus mais fieis aliados nesta Casa. Os resultados das votações mostram
exatamente isso. E o PP demonstra, ao colocar à disposição do Governo e do Brasil
um político das qualidades de Aguinaldo Ribeiro, seu compromisso com o País e
com o projeto politico-administrativo iniciado pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e brilhantemente continuado pela atual gestão.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.
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O SR. MARCOS ROGÉRIO (PDT-RO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Brasil viveu neste fim de semana mais uma
grande festa da democracia. As eleições municipais mobilizaram milhares de
candidatos e a população brasileira, num grande movimento de cidadania pela
escolha dos Prefeitos e Vereadores.
As eleições municipais são, sem dúvida, as mais importantes eleições da
democracia brasileira. Digo isso porque são os Prefeitos e Vereadores que cuidam
da rua, da praça, do bairro e do Município em que moramos. São os Prefeitos e
Vereadores que cuidam das creches, das escolas básicas, onde as nossas crianças
recebem os primeiros ensinamentos fora do núcleo familiar.
São eles que cuidam dos postos de saúde, do saneamento, das estradas, do
urbanismo, do apoio ao homem do campo e do desenvolvimento da cidade como um
todo. Por isso, uma boa administração pública municipal pode fazer uma grande
diferença na vida de milhares de pessoas.
É por isso que eu sou um Deputado Federal municipalista. As pessoas vivem
nos Municípios e dependem da administração municipal para muitas coisas. Por
isso, além de exercer as minhas atividades legislativas, de fiscalização do Poder
Executivo nacional e de defender os interesses de Rondônia junto à União, dedico
um grande tempo de meu trabalho aqui em Brasília e lá em Rondônia para atender
as demandas dos Municípios rondonienses. Os Prefeitos e Vereadores de Rondônia
sabem muito bem que procuro atender a todos, sem distinções partidárias.
Para mim, que fui Vereador em Ji-Paraná, maior Município da região central
de Rondônia, é uma alegria muito grande participar de uma eleição municipal. Foi
com satisfação que pude ajudar e compartilhar o sonho de muitos colegas da
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vereança, na renovação de seus mandatos, ou de amigos que participaram pela
primeira vez de um pleito político.
Também compartilhei o sonho de muitos candidatos a Prefeito nos 52
Municípios de Rondônia, o sonho de pessoas que estiveram ao nosso lado em
algum momento de nossa trajetória política ou que compartilham com a gente o
desejo de ver os Municípios de Rondônia se desenvolverem, oferecendo, assim,
mais qualidade de vida para a população.
Diz o poeta: “Sonho que se sonha só é apenas um sonho, mas sonho que se
sonha junto torna-se realidade”. Graças a Deus, tivemos a felicidade de compartilhar
o nosso sonho com milhares de rondonienses elegendo correligionários em quase
todos os Municípios de Rondônia.
O meu partido, o PDT, participou de 23 coligações vitoriosas em cidades que
concentram 70,34% da população do Estado Rondônia, elegendo 41 Vereadores,
num crescimento de 115% em relação aos atuais. Elegemos 4 Vice-Prefeitos (Ji-
Paraná, Cacoal, Nova Mamoré e Pimenta Bueno) e dois Prefeitos: José Lima, de
Theobroma, e Zé Barroso, de Monte Negro.
A maior vitória do partido neste primeiro turno ocorreu na aliança com o PSB
em Ji-Paraná e Porto Velho. Em Ji-Paraná, minha cidade, participamos da aliança
vitoriosa com o PSB, elegendo o Deputado Estadual Jesualdo Pires para Prefeito,
com 73,12% dos votos válidos, tendo como Vice-Prefeito o nosso companheiro
pedetista Marcito Pinto.
Em Porto Velho, a Capital do Estado, o PDT tem o jornalista Dalton Di Franco
como Vice-Prefeito na chapa que irá disputar o segundo turno, tendo como
candidato a Prefeito o Dr. Mauro Nazif, do PSB.
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Enfim, o PDT conquistou um bom resultado nestas eleições, mantendo o
número de Prefeituras, aumentando de forma expressiva o número de Vereadores e
participando de coligações vitoriosas em 23 cidades importantes. Esses resultados
fortalecem o partido e demonstram sua capacidade de articulação com outras
legendas, o que também é importante para a democracia e para a pluralidade de
forças na administração municipal.
Estamos na torcida e trabalhando para que a dobradinha entre PDT e PSB,
vitoriosa em Ji-Paraná, possa repetir-se na Capital, elegendo o Deputado Federal
Mauro Nazif, candidato a Prefeito. O Deputado Mauro Nazif tem demonstrado aqui
nesta Casa e ao longo de sua vida política que está preparado para governar Porto
Velho. O mais importante é que o Deputado Mauro Nazif já tem um histórico positivo
de serviços prestados à comunidade porto-velhense e a todo o Estado de Rondônia
e, com certeza, será um grande Prefeito de Porto Velho.
Também quero demonstrar a minha satisfação e alegria com os resultados
conquistados pelo PDT em todo o Brasil. O partido fundado por Leonel Brizola e
João Goulart, em 1979, consolidou-se como a quinta maior força política do País
elegendo 308 Prefeitos, no primeiro turno, e 3.563 Vereadores, recebendo 6,9% dos
votos válidos em todo o Brasil. O PDT mantém-se como uma força política
expressiva, honrando sua história e tradição, o que é muito positivo para a
democracia brasileira, que se fortalece a cada eleição.
É bom lembrar que esta foi a primeira eleição em que a Lei da Ficha Limpa
teve sua aplicação plena, barrando cerca de 1,2 mil candidatos com ficha suja. O
trabalho da Justiça Eleitoral e o resultado das urnas demonstram que o brasileiro
está votando de forma consciente, eliminando os corruptos e políticos mal-
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intencionados da vida pública. O resultado das urnas está demonstrando que a
democracia brasileira está cada vez mais madura, e isso é muito bom para o nosso
País.
Muito obrigado.
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O SR. ANTONIO BULHÕES (PRB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em 1982, em um encontro nacional de
organizações e de indivíduos comprometidos com a causa da inclusão social dos
deficientes, criou-se, no Brasil, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência,
a ser comemorado em 21 de setembro. Não é por acaso que a data coincide com o
Dia da Árvore e com a proximidade da primavera. A intenção dos participantes do
encontro, ao escolher tal data, era simbolizar a determinação de se promover o
florescimento, no País, das ações voltadas à inclusão social das pessoas com
deficiência.
Hoje, há exatos 30 anos desse importante marco do movimento de luta dos
deficientes pelo exercício pleno de seus direitos de cidadania, podemos dizer que
aquela semente não só germinou como transformou-se em uma árvore frondosa,
que se fortalece a cada dia. De lá para cá, diversas leis foram promulgadas com o
objetivo de proporcionar uma vida digna às pessoas com deficiência, e atualmente o
Brasil pode orgulhar-se de ser reconhecido como o País com uma das mais
avançadas legislações sobre inclusão social de portadores de deficiência no mundo.
Em 24 de outubro de 1989 foi promulgada lei federal dispondo sobre a
responsabilidade do Poder Público em relação às pessoas com deficiência nas
áreas da educação, saúde, formação profissional, trabalho, recursos humanos e
acessibilidade aos espaços públicos, além da criminalização do preconceito. Dois
anos depois, em 24 de julho de 1991, consagrou-se outra conquista de enorme
relevância e impacto na vida desses indivíduos: foi promulgada uma lei de cotas
dispondo que as empresas com cem ou mais empregados deveriam empregar de
2% a 5% de pessoas com deficiência.
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Em 20 de dezembro de 2000 mais uma lei federal reconheceu a importância
de se promover a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência ao dispor
sobre a necessidade de assegurar a acessibilidade nos edifícios públicos ou de uso
coletivo, nos edifícios de uso privado, nos veículos de transporte coletivo e nos
sistemas de comunicação e sinalização.
Em 24 de abril de 2002 lei federal dispôs sobre o reconhecimento da Língua
Brasileira de Sinais — LIBRAS para os surdos. Esse dispositivo legal é de enorme
significação, pois determina que os sistemas educacionais federal, estaduais e
municipais devem incluir o ensino de LIBRAS nos cursos de formação de educação
especial, de fonoaudiologia e de magistério. Essa providência, quando plenamente
implantada, irá mudar muito o ensino dos alunos com surdez, pois hoje a carência
de professores capazes de utilizar a Língua Brasileira de Sinais representa enorme
barreira à inclusão desses alunos no ensino regular.
Sr. Presidente, nobres colegas, como podemos constatar, o aparato jurídico
de proteção à pessoa com deficiência no Brasil já é bastante avançado, graças,
sobretudo, à competente atuação de organizações e de indivíduos comprometidos
com essa causa. Precisamos, no entanto, continuar a luta para que essas leis sejam
amplamente implantadas. É preciso que nossa sociedade mude na direção de
acolher bem todos os seus membros, entre eles os indivíduos portadores de
deficiência.
Foi com grande satisfação, portanto, que acompanhamos o lançamento, em
novembro do ano passado, pela Presidenta Dilma Rousseff, do Viver sem Limites —
Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O plano, que tem como
objetivo promover a inclusão social e a autonomia da pessoa com deficiência, tem
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metas a serem alcançadas até 2014, com previsão orçamentária de 7,6 bilhões de
reais.
É um plano ambicioso, que certamente vai mudar para melhor a vida de
parcela dos 45,6 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, número que
corresponde a 23,91 % da nossa população. São dezenas de ações previstas para
serem executadas em conjunto por 15 órgãos do Governo Federal, sob a
coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Meu tempo é curto para discorrer sobre tudo o que está previsto para ser feito
no âmbito do Viver sem Limites. Mas faço questão de destacar uma ação que
certamente significará uma verdadeira revolução na vida dos deficientes por ela
alcançados: o BPC Trabalho.
O BPC — Benefício de Prestação Continuada garante a transferência mensal
de um salário mínimo à pessoa com deficiência, de qualquer idade, com base no
entendimento de que a pessoa com deficiência não pode trabalhar e precisa,
portanto, do auxílio do Estado para sobreviver.
O BPC Trabalho foi criado com a finalidade de quebrar esse paradigma. O
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome pretende visitar, até 2014,
cem mil pessoas com deficiência que recebem o BPC e oferecer a elas a chance de
se qualificarem para o mundo do trabalho.
A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho contribui para
elevar a confiança e a autoestima desses indivíduos. Ao incluí-los, não se lhes
assegura apenas um salário, mas também a oportunidade de se reabilitarem social e
psicologicamente.
O exercício profissional possibilita a interação com outras pessoas, o
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sentimento de ser um cidadão produtivo, a possiblidade de fazer amigos, de
encontrar um amor, de pertencer a um grupo social. Até o status adquirido junto à
própria família muda para melhor. Sem contar que a presença de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho contribui para humanizar a empresa e enriquecer
o ambiente corporativo com visões e experiências diversificadas.
Sr. Presidente, nobres colegas, é motivo de enorme alegria para mim
constatar que nossa sociedade está se articulando para promover a inclusão social
dos portadores de deficiência.
Neste Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, pois, saúdo todos
os que têm dedicado esforços e trabalho, tempo e energia para que o Brasil possa,
um dia, acolher plenamente todos os seus cidadãos que portam algum tipo de
deficiência.
Era o que tinha a dizer.[CD157]
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VI - ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Nada mais havendo a tratar, vou
encerrar a sessão.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - COMPARECEM MAIS OS SRS.:
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
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DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 263.2.54.O Tipo: Extraordinária - CD Data: 10/10/2012 Montagem: 4176/1966
171
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Encerro a sessão, antes lembrando que
foi convocada sessão para hoje, quarta-feira, 10 de outubro, às 14 horas, com a
seguinte
ORDEM DO DIA
(Debates e trabalho de Comissões)