Delson Cerqueira De Souza

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  O LEGADO DOS JOGOS COOPERATIVOS COMO MEIO SOCIALIZADOR NOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I DE ESCOLA PÚBLICA EM UMBUZEIRO/MUNDO NOVO-BA. DELSON CERQUEIRA DE SOUZA PIRITIBA-BA 2014 Universidade de Brasília

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  • O LEGADO DOS JOGOS COOPERATIVOS COMO MEIO

    SOCIALIZADOR NOS ALUNOS DO 5 ANO DO ENSINO

    FUNDAMENTAL I DE ESCOLA PBLICA EM

    UMBUZEIRO/MUNDO NOVO-BA.

    DELSON CERQUEIRA DE SOUZA

    PIRITIBA-BA

    2014

    Universidade de Braslia

  • DELSON CERQUEIRA DE SOUZA

    O LEGADO DOS JOGOS COOPERATIVOS COMO MEIO

    SOCIALIZADOR NOS ALUNOS DO 5 ANO DO ENSINO

    FUNDAMENTAL I DE ESCOLA PBLICA EM

    UMBUZEIRO/MUNDO NOVO-BA.

    Trabalho Monogrfico apresentado como requisito final para aprovao na disciplina Trabalho de Concluso de Curso II do Curso de Licenciatura em Educao Fsica a distncia da Universidade de Braslia FEF EAD/UNB. Orientador: OSMAR RIEHL

    PIRITIBA-BA

    2014

  • TERMO DE APROVAO

    DELSON CERQUEIRA DE SOUZA

    O LEGADO DOS JOGOS COOPERATIVOS COMO MEIO

    SOCIALIZADOR NOS ALUNOS DO 5 ANO DO ENSINO

    FUNDAMENTAL I DE ESCOLA PBLICA EM

    UMBUZEIRO/MUNDO NOVO-BA.

    Trabalho Monogrfico defendido e aprovado como requisito final para aprovao na disciplina Trabalho de Concluso de Curso II e no Curso de Licenciatura em Educao Fsica a distncia da Universidade de Braslia FEF EAD/UNB.

    ________________________________________________ Guilherme Eckhardt Molina

    ________________________________________________ Osias Guimares de Castro

    CONCEITO FINAL:____________

    PIRITIBA-BA

    2014

  • DEDICATRIA

    Dedico este trabalho a minha famlia e a todos que contriburam direto ou

    indiretamente para meu sucesso.

  • AGRADECIMENTOS

    A Deus por ter me dado sade e fora para superar as dificuldades

    encontradas.

    A esta universidade, seu corpo docente, direo e administrao que

    oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela

    acendrada confiana no mrito e tica aqui presentes.

    Agradeo todos os professores por me proporcionar conhecimento

    no apenas racional, mas manifestao do carter afetividade da educao

    no processo de formao profissional, por tanto que se dedicaram mim, no

    somente por terem me ensinado, mas por terem me feito aprender. palavra

    mestre, nunca far justia aos professores dedicados aos quais sem nominar

    tero os meus eternos agradecimentos.

    Aos tutores presenciais que ao longo dessa jornada estiveram presentes

    de maneira harmoniosa mediando o conhecimento adquirido.

    Ao meu orientador Osmar Riehl, pelo suporte no pouco tempo que lhe

    coube, pelas suas correes, orientaes e incentivos.

    Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

    Aos meus colegas de curso que durante esses quatro anos estivemos

    juntos nessa luta para almejarmos esse to precioso sonho.

    A minha esposa e a minha filha que muitas das vezes no lhes dei a

    ateno necessria, devido ao empenho, dedicao e responsabilidade com os

    estudos.

    E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formao,

    o meu muito obrigado.

  • Toda fora ser fraca, se no estiver unida. Jean de La Fontaine

  • SUMRIO

    1. INTRODUO................................................................................................. 10

    1.1 Objetivo geral............................................................................................ 13

    1.2 Objetivos especficos................................................................................ 13

    2. REFERENCIAL TERICO.............................................................................. 14

    2.1 Jogos cooperativos: conceitos e contexto histrico.................................. 14

    2.2 Jogos cooperativos nas aulas de educao fsica escolar...................... 15

    2.3 Jogos cooperativos como meio de interao e socializao.................... 17

    2.4 Cooperao X competio........................................................................ 17

    2.5 Jogos cooperativos como meio inclusivo.................................................. 21

    2.6 Jogos cooperativos contraposto ao bullying............................................. 23

    3. METODOLOGIA.............................................................................................. 26

    4. RESULTADOS E DISCUSSO ..................................................................... 28

    6. CONSIDERAES FINAIS............................................................................. 36

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................... 38

    LISTA DE APNCICES........................................................................................ 40

    LISTA DE ANEXO................................................................................................ 45

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura n 1 Situao Cooperativa e Situao Competitiva............................................................................... 18

    Figura n 2 - Respostas das atividades que os alunos mais gostaram. Fonte: Pesquisa de Campo (2014)........................................... 29

    Figura n 3 - Respostas da questo 1. Fonte: Questionrio da Pesquisa de Campo (2014)........................................................................... 30

    Figura n 4 - Respostas da questo 2. Fonte: Questionrio da Pesquisa de Campo (2014)........................................................................... 31

    Figura n 5 - Respostas da questo 3. Fonte: Questionrio da Pesquisa de Campo (2014)........................................................................... 32

    Figura n 6 - Respostas da questo 4. Fonte: Questionrio da Pesquisa de Campo (2014)........................................................................... 34

  • RESUMO

    Os jogos cooperativos foram organizados de maneira a atenderem necessidade de promoo de habilidades interpessoais e de autoestima, possuindo uma estrutura que favorece o jogo com o outro e no contra o outro. Os jogos cooperativos como meio socializador so propostas inerentes para o desenvolvimento humano e social, partindo desses princpios o presente estudo tem por objetivo identificar o legado dos jogos cooperativos como meio socializador nos alunos do 5 ano do ensino fundamental I em escola pblica de Umbuzeiro/Mundo Novo-BA, uma vez que esses alunos no tm aulas de Educao Fsica e suas atividades recreativas so voltadas para o lado competitivo. A amostra foi composta por 14 alunos, de ambos os sexos devidamente matriculados no 5 ano do ensino Fundamental I da Escola Municipal Elpdio Lopes Guimares, no Povoado de Umbuzeiro, municpio de Mundo Novo-BA., foi realizada uma pesquisa experimental utilizando-se os jogos competitivos e os jogos cooperativos, os resultados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa, discutidos e confrontados com o referencial terico atravs de um questionrio aplicado com quatro questes fechadas e uma aberta. Foram aplicadas diversas atividades competitivas e cooperativas em seguida a aplicabilidade do questionrio. Os resultados obtidos no trabalho diante da pesquisa foi que os alunos apesar de no estarem acostumados com o tipo de jogo cooperativo conseguiram assimilar as propostas e os reais objetivos diante de valores e atitudes incutidos nos mesmos, bem como uma aprendizagem significativa a ser empregada dentro e fora do ambiente escolar em meio ao seu cotidiano e na sua jornada de vida. Palavras chaves: Educao Fsica, Jogos Cooperativos, Jogos Competitivos, Socializao,

  • 10

    1. INTRODUO

    Atualmente com o grande aumento da violncia presente nos mais

    distintos lugares, a sociedade vem cada vez mais procurando formas e

    preceitos de combater e inibir tais atos violentos, atos estes que afetam o lado

    fsico e emocional dos envolvidos, gerando traumas irreversveis e frustraes

    ao longa da vida.

    Nas aulas de educao fsica e at mesmo em atividades ldicas e

    recreativas presenciamos muitos casos semelhantes, onde muitos desses atos

    acontecem em meio a jogos competitivos onde a prioridade vencer, seja de

    qual forma for, diante disso os atos indisciplinares acontecem de forma

    sarcstica. Berger (2003, p. 202) inicialmente fala sobre o comportamento

    antissocial destas a partir da idade pr-escolar e como isso se desenvolve ao

    longo dos anos podendo afetar seu comportamento na vida adulta e,

    posteriormente, dos diferentes tipos de agresso que homens e mulheres

    podem apresentar.

    Segundo Chaves (2008), na era da Pedagogia da Incluso ainda

    constatamos no contexto escolar vrios tipos de excluses, discriminaes,

    rejeies e perseguies permeando as relaes interpessoais, definidos como

    bullying.

    No mundo contemporneo, o individualismo, a discriminao e a

    excluso so termos comuns encontrados no cotidiano, com isso, muitas

    pessoas tm dificuldade de lidar e conviver com a sociedade. Esta ao

    causada em diversos e diferentes ambientes incluindo no contexto escolar

    (FAUSTO et al. 2009). Diante desses paradigmas que assola a sociedade e

    acreditando nas reais possibilidades de que haja uma harmonia presente nas

    atividades desenvolvidas em meio ao contato fsico, como so evidenciados

    nos jogos competitivos entrelaando suores e rumores os jogos cooperativos

    nas suas reais possibilidades um grande aliado diante desses propsitos, que

    caracterizado para o desenvolvimento pessoal e a convivncia social. Brown

    (1994, p. 42) relata que a competio um fato, mas a experincia nos

    mostrou que se pode oferecer alternativas ante essa situao. J sabemos

  • 11

    competir; necessitamos por em prtica a cooperao como alternativa para

    enfrentar os problemas e juntos buscar solues.

    Os jogos cooperativos tm como sua principal caracterstica integrao

    de todos participantes para se cumprir determinado objetivo utilizando a

    cooperao. No Brasil cada vez mais os jogos cooperativos esto sendo

    conhecidos, como um meio de melhorar as relaes humanas em adultos,

    crianas, adolescentes e idosos (MARINHO et al., 2007).

    Os jogos cooperativos como meio socializador so propostas inerentes

    para o desenvolvimento humano e social, partindo desses princpios resolvi

    investigar como os jogos cooperativos podem contribuir na socializao dos

    alunos do 5 ano da Escola Municipal Elpdio Lopes Guimares, do ensino

    fundamental I de Umbuzeiro/Mundo Novo - BA., considerando que estes alunos

    em sua grade curricular no so beneficiados com aulas regulares de

    Educao Fsica, onde por sua vez realizam apenas recreaes em meio ao

    intervalo que lhes propiciado, entretanto, so atividades realizadas a modo

    espontneo sem orientaes e sem acompanhamento, pois diante das normas

    que rege a educao os alunos deveriam ser atendidos na hora do intervalo

    com recreio dirigido, sob a superviso de seus professores, contudo os

    mesmos no o realizam, onde poderiam estar desenvolvendo e enfatizando

    atividades recreativas com propostas inerentes ao desenvolvimento humano e

    social de cada ser, em meio ao demais de forma socivel e dinmica

    O desenvolvimento social um fator de extrema importncia em todos

    os segmentos da vida. Especialmente no que tange criana e seu processo

    de aprendizagem, o fator da qualidade do relacionamento interpessoal

    primordial para o sucesso ou o fracasso de seu envolvimento no mbito da

    escola.

    Os Jogos Cooperativos podem ser uma alternativa para uma proposta

    integrativa nas aulas de Educao Fsica, pois tem como princpios

    fundamentais a incluso (participao de todos nas atividades realizadas) e a

    cooperao. Quando jogamos cooperativamente podemos nos expressar

    autntica e espontaneamente, como algum que importante e tem valor,

    essencialmente, por ser quem , e no pelos pontos que marca ou resultados

  • 12

    que alcana. (BROTTO, 1999). Brotto (1999) tambm relata que podemos

    aprender que o verdadeiro valor do Jogo e do Esporte, no est em somente

    vencer ou perder, nem em ocupar os primeiros lugares no pdio, mas est,

    tambm e fundamentalmente, na oportunidade de jogar juntos para

    transcender a iluso de sermos separados uns dos outros, e para aperfeioar

    nossa vida em comum-unidade.

    Os jogos cooperativos foram organizados de maneira a atenderem

    necessidade de promoo de habilidades interpessoais e de autoestima,

    possuindo uma estrutura que favorece o jogo com o outro e no contra o outro,

    conforme evidencia Brotto (2001). Onde a principal caracterstica destes o

    aperfeioamento das habilidades de relacionamento e, com estas, a

    possibilidade de afetar toda a sociedade, transformando atitudes, uma vez que

    a vida em sociedade representa um grande exerccio de solidariedade e de

    cooperao (Orlick, 1989; Brotto, 2001).

    Com base nestas perspectivas, tal ao investigativa objetiva identificar

    o legado e as contribuies desses jogos para alunos do ensino fundamental I,

    aes estas que possibilitaro uma mudana significativa na vida, tanto escolar

    como social dos alunos envolvidos, possibilitando assim que propostas

    semelhantes sejam adotadas priorizando alm dos aspectos motores e

    cognitivos que os jogos cooperativos tambm desenvolvem como tambm o

    lado social, ressignificando atravs de atitudes e valores para uma vida plena e

    socialmente cooperativa.

    Portanto, as propostas integrativas nesta pesquisas visam a

    proporcionar experincias significativas diante de atividades e jogos com

    nfase na competitividade e na cooperao, onde por meio dos mesmos os

    alunos se expresso de forma autntica evidenciando seus interesses e suas

    aprendizagens diante das conotaes existenciais em cada tipo de atividade.

  • 13

    1.1 Objetivo Geral

    Identificar o legado dos jogos cooperativos como meio socializador

    nos alunos do 5 ano do ensino fundamental I em escola pblica de

    Umbuzeiro/Mundo Novo-BA.

    1.2 Objetivos Especficos

    Identificar e caracterizar dificuldades de relacionamento entre os alunos;

    Analisar a diferena de comportamento dos alunos nos jogos

    competitivos em contraponto aos jogos cooperativos;

    Verificar o interesse dos alunos pelos jogos cooperativos.

  • 14

    2. REFERENCIAL TERICO

    2.1 Jogos cooperativos: conceitos e contexto histrico

    O jogo uma atividade ou ocupao voluntria, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espao, seguindo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatrias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tenso e de alegria e de uma conscincia de ser diferente da "vida quotidiana". (Huizinga, 1996, p. 33).

    Os Jogos Cooperativos representam uma prtica da vida em

    comunidade. Por isso sua histria teve incio h milhares de anos, quando

    membros das comunidades tribais se uniram para celebrar a vida (ORLICK,

    1982). Percebe-se, que os jogos cooperativos sempre existiram, pois os povos

    tm o hbito de manifestar-se atravs de ritos cooperativos. Porm,

    atualmente, surgiram da reflexo sobre o quanto a cultura ocidental valoriza

    excessivamente o individualismo e a competio exacerbada.

    Os primeiros jogos cooperativos segundo Orlick (1978) identificados em

    outras culturas so relatados em regies remotas do rtico canadense e com o

    povo aborgene em remotas regies de Papua Nova Guin. Essas experincias

    influenciaram na construo dos jogos cooperativos para uma nova jornada,

    mais atual.

    Os jogos cooperativos tm como sua principal caracterstica integrao

    de todos participantes para se cumprir determinado objetivo utilizando a

    cooperao. No Brasil cada vez mais os jogos cooperativos esto sendo

    conhecidos, como um meio de melhorar as relaes humanas em adultos,

    crianas, adolescentes e idosos (MARINHO et al., 2007).

    Sobel (apud BROTTO, 1999), define os jogos cooperativos como jogos e

    atividades em que todos participam juntos e a diverso o principal objetivo,

    no visa a comparar resultados, marcas ou habilidades. Atravs dos jogos

    cooperativos, aprende-se a trabalhar em grupo, pois os jogadores esto

    jogando com e no contra o outro.

    proposto por Scalon (2004) que novas formas de jogo podem diminuir

    a agressividade de indivduos, resgatar atitudes de solidariedade, sensibilidade,

  • 15

    cooperao, comunicao e alegria. Assim, entende-se que estes jogos agem

    diretamente no processo educativo baseando na resoluo de problemas de

    forma pacfica.

    Orlick (1989) e outros autores apresentam estratgias para iniciar um

    processo de reestruturao a partir dos esportes e jogos tradicionais,

    introduzindo paulatinamente os valores e princpios dos jogos cooperativos. Ele

    prope comear essas mudanas modificando a estrutura vitria/derrota dos

    jogos tradicionais pela vitria-vitria (p. 116). Os jogos devem ser criados ou

    reestruturados de forma que terminem sem perdedores, ou seja, que todos

    possam ser reconhecidos como vitoriosos.

    Para Brotto (1999) necessrio que o ser humano aprenda a conviver

    em sociedade para aperfeioamento de suas habilidades. Desta forma,

    utilizam-se os jogos cooperativos como exerccio de convivncia, fazendo do

    jogo um meio extremamente rico para o desenvolvimento pessoal e social do

    individuo.

    No jogo cooperativo a busca est em superar desafios e no derrotar

    algum, a pessoa que esta envolvida no jogo toma conscincia de seus

    prprios sentimentos, colocando-se no lugar do outro, priorizando o trabalho

    em equipe, onde se procura jogar com um parceiro e no com um adversrio,

    jogar por gostar e pelo prazer de estar com os demais. Por meio destes jogos o

    individuo consegue perceber que todos so importantes para alcanar

    determinados objetivos, no priorizando habilidades ou performance

    anteriores(THOMAZ e SILVA, 2006).

    2.2 Jogos cooperativos nas aulas de educao fsica escolar

    Os jogos cooperativos so timas ferramentas para serem utilizados em

    aulas de Educao Fsica, por meio destes muitos valores surgem em

    situaes que envolvam a cooperao fazendo assim com que estas atividades

    se tornem importantes na formao do individuo enquanto pessoa e cidado

    (SOLER, 2006).

  • 16

    Silva et al., 2012, afirmam que situaes voltadas construo de

    valores ligados a motivao, atitudes e valorizao de resultados, mostraro se

    o aluno entendeu o verdadeiro sentido dos jogos cooperativos.

    Tanto professores quanto alunos puderam perceber e concordaram que

    as aulas de jogos cooperativos favorecem a reflexo de como respeitar os

    demais, e a importncia da colaborao de todos. A diminuio da

    agressividade e o aumento da ajuda mtua um aspecto de importante

    destaque.

    No estudo de Moura (2008), os alunos por meio dos jogos cooperativos,

    alm de aprender e divertir-se com suas prprias potencialidades e deficincias

    tambm melhoraram a autoestima e autoconfiana.

    A violncia, o individualismo, a agressividade e a competio

    exacerbada geram excluso e indisciplina em nossas escolas. A competio

    tornou-se um fenmeno social e est presente em diversas atividades do dia-a-

    dia.

    Orlick (1989) cita o fato de existirem sociedades onde a competio e a

    agresso praticamente no existem, bem como outras em que a competio

    cruel e a destrutividade so as normas.

    Os jogos so um dos elementos mais utilizados pela Educao Fsica

    Escolar, seja como objetivo, contedo ou estratgia das aulas. Porm, seu

    carter extremamente competitivo, influenciado pelo pensamento existente na

    sociedade, acaba por excluir alunos, desfocar o sentido da atividade e afast-

    los de uma relao significativa e positiva com a prpria atividade fsica em

    geral.

    Alm disso, observou-se a contribuio na transformao individual dos

    alunos quanto ao modo de participar e praticar os Jogos Cooperativos nas

    aulas, valorizando diversos aspectos e no apenas o resultado, levando a

    reflexo sobre como os princpios Cooperativos podem contribuir para a

    formao de um aluno mais ativo, autnomo, reflexivo e participativo

    objetivos da Educao e da Educao Fsica. Outra meta indireta foi buscar

    amenizar os conflitos e aprimorar as habilidades de convivncia, possibilitando

    um ambiente favorvel ao respeito pela singularidade de cada um.

  • 17

    2.3 Jogos cooperativos como meio de interao e socializao

    Orlick (1989, p.123) afirma que o objetivo primordial dos jogos

    cooperativos criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e a

    interao cooperativa prazerosa, visando uma atividade onde a cooperao, a

    aceitao, o envolvimento e a diverso devem ser primordiais, podendo ter

    uma atitude cooperativa, amigvel e prestativa dentro de uma atividade

    competitiva, nunca permitindo que a busca pela vitria seja mais importante

    que a pessoa.

    Segundo Martinelli (1996), necessrio uma renovao da

    compreenso do homem, do mundo e das cincias exatas e humanas para se

    pr em prtica uma mudana de comportamento social.

    Uma vez que os jogos praticados pelos alunos comumente so

    competitivos deixando de lado os jogos cooperativos e os valores inerentes

    cooperao. O jogo transformado em contedo pedaggico se aproxima do

    trabalho, o que confirma o papel desse contedo como meio de preparar a

    criana para a vida adulta (FREIRE, 1997).

    Soler (2006), acrescenta que os jogos cooperativos so atividades onde

    existe pouca preocupao com o fracasso ou com o sucesso, porque todos

    jogam uns com os outros de maneira autntica, onde as metas coletivas

    potencializam a alegria e o divertimento, em detrimento de metas individuais,

    minimizando a agressividade.

    2.4 Cooperao X competio

    Cooperao um processo onde os objetivos so comuns e as aes

    so benficas para todos.

    Competio um processo onde os objetivos so mutuamente

    exclusivos e as aes so benficas somente para alguns.

  • 18

    SITUAO COOPERATIVA

    SITUAO COMPETITIVA

    Percebem que o atingimento de seus

    objetivos, em parte, consequncia

    da ao dos outros membros.

    Percebem que o atingimento de seus

    objetivos incompatvel com a

    obteno dos objetivos dos demais.

    So mais sensveis s solicitaes

    dos outros.

    So menos sensveis s solicitaes

    dos outros.

    Ajudam-se mutuamente com

    frequncia.

    Ajudam-se mutuamente com menor

    frequncia.

    H maior homogeneidade na

    quantidade de contribuies e

    participaes.

    H menor homogeneidade na

    quantidade de contribuies e

    participaes.

    A produtividade em termos

    qualitativos maior.

    A produtividade em termos

    qualitativos menor.

    A especializao de atividade maior. A especializao de atividade

    menor.

    Figura n 1 - Situao Cooperativa e Situao Competitiva (modificado por Brotto, 1997.)

    Competio colocada por Brotto e Waldow como algo que remete os

    alunos a uma infinidade de valores que apenas reproduzem os ideais de vitria

    e rendimento que so exaltados pela sociedade. Para a resoluo dos conflitos

    e para inculcar, a nvel escolar, valores como solidariedade, respeito e unio

    surge proposta em favor dos jogos cooperativos.

    Para transformar essa realidade e tornar a escola num ambiente alegre,

    agradvel de estar e aprender necessrio mudar a prtica pedaggica

    utilizando os jogos cooperativos que ao propiciar atividades que valorizam as

    experincias, fantasias e desejos dos alunos criam oportunidades para seu

    desenvolvimento fsico, moral, intelectual e emocional garantindo a formao

    de uma conscincia social, crtica, criativa, solidria e democrtica.

  • 19

    Os jogos cooperativos so importantes na escola para a educao

    integral dos educandos, desenvolvimento da autoestima, sentimento de

    aceitao e para proporcionar oportunidades das crianas confiarem em si

    mesmas. Dessa forma os jogos cooperativos na escola podem colaborar na

    formao de seres pensantes, criativos e crticos, no perdendo de vista a sua

    principal caracterstica que consiste em eliminar qualquer forma de competio.

    Como diria Orlick (1987), os jogos verdadeiramente cooperativos eliminam a

    eliminao e rechaam a ideia de dividir os jogadores em ganhadores e

    perdedores.

    Correia (2006) direciona seu estudo para a importncia de rever o

    paradigma da competio em nossa sociedade e na Educao Fsica escolar.

    Partindo disso, apresenta a proposta dos jogos cooperativos como sendo a

    mais adequada para desmistificar o paradigma da competio dominante. Essa

    proposta vista como transformadora, mas que precisa ser mais estudada e

    contextualizada para assumir os desafios e possibilidades de romper com a

    dominncia do paradigma da competio e de levar a cooperao alm da

    escola.

    A competio realmente inerente ao homem, isto posto no queremos

    reneg-la e/ou retir-la do convvio de nossos alunos, temos sim que repensar

    os contedos e estratgias nas aulas de Educao Fsica... (Kemmer, 2000, p.

    13).

    Darido (2001) apresenta os jogos cooperativos como uma nova

    tendncia na Educao Fsica e afirma que eles se constituem numa proposta

    diferente das demais (p. 8) ao valorizar a cooperao em lugar da competio.

    Mendes, Paiano e Filgueiras (2009), relatam que os jogos cooperativos

    surgiram da preocupao com a excessiva valorizao do individualismo e da

    competio na cultura ocidental. Foram criados com o objetivo de promover a

    autoestima e o desenvolvimento de habilidades interpessoais positivas. Sua

    insero na Educao relaciona-se s preocupaes constantes com a

    formao para a cidadania e convivncia social construtiva.

  • 20

    Brotto (2001) afirma que praticar os Jogos Cooperativos como uma

    proposta Pedaggica , antes de qualquer coisa, exercitar a Cooperao na

    prpria vida.

    Amaral (2007, p. 27) afirma que o jogo Cooperativo traz uma alternativa

    ao jogo de competio, onde, algumas vezes, o outro passa a ser o obstculo

    ao qual tenho que passar a qualquer custo para atingir o meu objetivo.

    Brotto (2001, p. 27) considera a cooperao um processo onde os

    objetivos so comuns, as aes so compartilhadas e os resultados so

    benficos para todos. A competio caracterizada por ele como um processo

    onde os objetivos so mutuamente exclusivos, as aes so individualistas e

    somente alguns se beneficiam dos resultados.

    Normalmente nas atividades no se valoriza as pessoas que jogam, e

    sim o jogo, tornando-o mais importante que as pessoas, quando deveria ser

    justamente ao contrrio (SOLER, 2002).

    Nesse sentido, Correia (2006) de opinio que os jogos cooperativos

    podem ser um aliado muito importante nas aulas de Educao Fsica, pois a

    cooperao pode ser aprendida e desenvolvida assim como a competio o foi.

    Competio e cooperao so aspectos que no se opem, no entanto

    se compe. Estes so processos sociais e valores humanos presentes no jogo,

    esporte e na vida, o qual se apresenta no contexto da existncia humana. So

    processos distintos, porm pode-se aproxim-los de modo a encontrar uma

    competio cooperativa e em outra forma uma cooperao competitiva

    (BROTTO, 1999).

    Brotto (1999) compreende que pela variabilidade de situaes e da

    populao tornou-se necessrio categorizar os jogos cooperativos e suas

    diferentes formas de aplicao, na busca pelo integrar dos jogos cooperativos

    em diferentes contextos.

    Segundo os Parmetros Curriculares Nacionais (1998) a predisposio,

    a cooperao e a solidariedade ajudam um ao outro, dando segurana e

    contribuindo para um ambiente favorvel durante a aula.

  • 21

    Dentre as atitudes trazidas pelos jogos, pode se dizer que os mesmo

    auxiliam no respeito a si e ao outro. Trs predisposio para experimentar

    novas situaes ou que envolvam aprendizagens novas fazendo o indivduo

    reconhecer o desempenho do outro como subsdio para a prpria evoluo,

    como parte do processo de aprendizagem (PARMETROS CURRICULARES

    NACIONAIS, 1998).

    Moura (2008), diz que as aulas de educao fsica quando modificadas

    de carter competitivo para cooperativo, e ao retorno a metodologia

    competitiva, nota-se que mesmo em atividades competitivas, um ajuda ao

    outro, pois tal modificao fez com que os estudantes conseguissem

    internalizar a cooperao.

    2.5 Jogos cooperativos como meio inclusivo

    Dentro das novas abordagens, a cooperao, a incluso social, a

    participao efetiva dos alunos, a criatividade, a adversidade cultural,

    aprendizagem e lazer, prazer e qualidade de vida, so os temas mais

    discutidos nas aulas de educao fsica (VOSE e GIUSTI, 2007).

    Os jogos cooperativos possibilitaram a incluso e interao social de

    todos os alunos, valorizando a diversidade cultural, fsica, cognitiva, afetiva,

    entre outras.

    Mendes, Paiano e Filgueiras (2009), concluram que os jogos

    cooperativos na escola tambm podem possibilitar aos participantes uma

    maneira diferente de jogar e aprender com o outro, mostrando o quanto pode

    ser divertido quando todos jogam juntos, o qual possibilita o relacionamento de

    carinho e espontaneidade das crianas com o professor e vice-versa, criado

    juntos um ambiente de confiana e amizade.

    No estudo de Moura (2008), os alunos por meio dos jogos cooperativos,

    alm de aprender e divertir-se com suas prprias potencialidades e deficincias

    tambm melhoraram a autoestima e autoconfiana.

  • 22

    Silva et al., 2012,nas suas concluses afirmam os jogos cooperativos

    possuem muitas opes e categorias, o que facilita seu desenvolvimento como

    formas de trabalho e atividades adequadas para cada grupo em qualquer

    carter social. Pode-se trabalhar com crianas, jovens e adultos utilizando dos

    jogos cooperativos como alternativa criativa e positiva quebrando esse

    paradigma de vencer e perder.

    Conforme afirma Mendes; Paiano e Filgueiras (2009), os jogos

    cooperativos tm um potencial para contribuir com a formao integral dos

    alunos, sobretudo, com relao dimenso atitudinal.

    Esses jogos so importantes para se conscientizar sobre a importncia

    de se estar bem consigo mesmo e com o outro, alm de ser um meio de

    expressar qualidades humanas. Por isso Atravs dos jogos cooperativos nos

    sentimos confortveis e confiantes para liberar nossos bloqueios. Expressamos

    livremente o poder que existe dentro de ns e compartilhamos qualidades

    humanas essenciais (BROTTO, 1995, p. 39).

    Para Brotto (1999), o jogo uma manifestao em constante

    transformao e a luz do enfoque filosfico o enxerga como meio de

    desenvolvimento integral do ser humano, alm de acreditar que jogo e vida se

    confundem no sentido em que so reflexos um do outro.

    Freire (1997), afirma que jogo a mesma coisa que brinquedo e

    brincadeira; contudo, o jogo dotado de regras e de vencedores e perdedores.

    Nesta perspectiva, brincadeira, luta, dana, ginstica, jogo e esporte so

    manifestaes muito prximas.

    Brotto (1999), relata que quando jogamos cooperativamente podemos

    nos expressar autntica e espontaneamente, como algum que importante e

    tem valor, essencialmente, por ser quem , e no pelos pontos que marca ou

    resultados que alcana, e que a excessiva valorizao da competio se

    manifesta nos jogos atravs da nfase no resultado numrico e na vitria. Os

    jogos tornaram-se rgidos e organizados, dando a iluso que s existe uma

    maneira de jogar.

    Conforme Soler (2002), as aulas de Educao Fsica so espaos

    privilegiados para desenvolverem-se relaes desse tipo. Nesse sentido, os

  • 23

    jogos cooperativos podem ser um aliado fundamental, pois a cooperao pode

    ser aprendida assim como a competio o foi. O autor afirma que os jogos

    cooperativos tm um grande potencial no trabalho com alunos portadores de

    necessidades especiais. Esses jogos tm como caracterstica integrar todos, e

    ningum se sente discriminado (p. 55).

    preciso lembrar e afirmar que a cooperao abrange uma dimenso

    muito alm da simples modificao e alterao dos jogos, bem como alm da

    mera inteno de proporcionar momentos de alegria e descontrao. Bertrand

    (2001) alerta para isso: no se deve fazer a cooperao somente pelo prazer

    da cooperao (p. 231).

    A cooperao na educao vai muito alm dos jogos cooperativos

    (Brown, 1995, p. 20). preciso fazer o aluno perceber nas estruturas

    cooperativas, encontradas e vividas nos Jogos Cooperativos, uma relao

    contextualizada com o seu trabalho, a sua atuao e a sua vida numa

    sociedade marcada pela competitividade do capitalismo. preciso entender os

    jogos cooperativos como um exerccio de oposio competio,

    dominao, s injustias e s desigualdades nas relaes sociais a que as

    pessoas esto submetidas na sociedade dita civilizada.

    2.6 Jogos cooperativos contraposto ao bullying

    Atualmente no contexto escolar apresenta-se um fato preocupante na

    relao entre os alunos, o fenmeno denominado bullying; trata-se de

    brincadeiras utilizadas para evidenciar o constrangimento e a falta de respeito

    e limites entre as pessoas.

    O bullying considerado toda forma de agresso repetitiva, seja ela

    fsica ou verbal, sem motivo aparente, causando em suas vtimas

    consequncias que vo desde o mbito emocional at a aprendizagem (Fante,

    2005).

    Segundo Chaves (2008), na era da Pedagogia da Incluso ainda

    constatamos no contexto escolar vrios tipos de excluses, discriminaes,

  • 24

    rejeies e perseguies permeando as relaes interpessoais, definidos como

    bullying.

    Por tratar-se de um fenmeno social, pode surgir em diversos contextos,

    em funo das relaes interpessoais de crianas, jovens e adultos, tais como:

    trabalho, prises, orfanatos, famlia, escolas, clubes, reas de lazer, internet e

    outros meios de comunicao (Chaves, 2008).

    No contexto escolar, Teixeira (2006) afirma que os alunos-vtimas

    podem apresentar, dependendo da gravidade dos fatos, transtornos

    comportamentais associados, como: fobia social, depresso, transtornos

    invasivos do desenvolvimento (sndrome de Asperger e autismo infantil),

    transtornos disruptivos (transtorno desafiador opositivo, transtorno de conduta),

    transtorno de dficit de ateno/hiperatividade, transtorno bipolar do humor,

    depresso infantil e fobia escolar. Esses casos devem ter acompanhamento de

    um profissional habilitado para que possam ser identificados e tratados

    devidamente.

    As formas de excluso e violncia ocasionadas pelo bullying podem

    contribuir para diversos problemas psicolgicos e sociais graves. Segundo

    Chau (2000), a utilizao desigual da fora fsica e da chantagem emocional,

    contrria ao corpo e conscincia, pode causar "danos profundos e

    irreparveis, como a morte, a loucura, a autoagresso ou a agresso aos

    outros".

    Tavares e Bastos evidenciaram que a escola tem a funo de propiciar

    contedos e valores pautados na tica, que possui como elementos

    constitutivos o respeito mtuo, a justia, o dilogo, a solidariedade, a

    cooperao, a sinceridade e a autenticidade. A Educao Fsica no pode se

    eximir da responsabilidade de colaborar com esses valores na formao dos

    alunos, e relatam tambm que os profissionais da educao (independente de

    seu componente curricular) sejam comprometidos a realizar um trabalho

    articulado entre todas as reas do conhecimento. Desse modo, o profissional

    de Educao Fsica dever estar sempre atento sua proposta de aula, para

    que no inclua jogos ou brincadeiras que possibilitem a excluso de alguns

  • 25

    participantes, como os jogos cooperativos, nos quais permite a participao de

    todos e prioriza a ao conjunta para a conquista de um objetivo comum.

  • 26

    3. METODOLOGIA

    A presente pesquisa se deu de modo experimental. Esse tipo de

    pesquisa visa aplicao de um trabalho a fim de se avaliar os resultados,

    sendo estes positivos ou no, dependentes das variveis, compreendendo a

    aplicao de jogos e atividades competitivas e cooperativas de modo a

    observar o comportamento dos alunos em ambas s atividades desenvolvidas

    atravs dos objetivos propostos que foi identificar o legado dos jogos

    cooperativos como meio socializador para os alunos nessa faixa etria da

    educao bsica, como tambm partindo para um propsito mais especfico

    que era de identificar e caracterizar dificuldades de relacionamento entre os

    alunos, analisar a diferena de comportamento dos mesmos nos jogos

    competitivos em contraponto aos jogos cooperativos e verificar o interesse dos

    mesmos pelos jogos cooperativos.

    A pesquisa foi realizada na Escola Municipalizada Elpdio Lopes

    Guimares, localizada no Povoado de Umbuzeiro, municpio de Mundo Novo,

    no Estado da Bahia, no perodo de dez a vinte e quatro de setembro do ano e

    dois mil e quatorze, compreendidas em trs aulas de 50 minutos cada, sendo

    uma aula semanalmente, com um pblico participante de quatorze alunos com

    idade mdia de dez anos, ambos devidamente matriculados no 5 ano

    vespertino do ensino fundamental da educao bsica. Foi escolhida esta

    turma, pois os mesmos no possuem aulas de Educao Fsica, sendo de

    fundamental importncia a dinamizao desse contedo nessa investigao,

    principalmente pelos mesmos estarem acostumados com os jogos

    competitivos, sem nenhum conceito e fundamentao da cooperao mediante

    atividades e jogos, foi observada a participao, aceitao, reao e

    mudanas atitudinais.

    Em primeiro momento em sala de aula foi dinamizado todo o processo

    conceitual e investigativo da pesquisa, onde o trabalho iria consistir em trs

    momentos o primeiro com jogos competitivos, o segundo momento com jogos

    cooperativos e o terceiro e ltimo a aplicao de um questionrio com

  • 27

    perguntas fechadas e abertas, diante da objetividade e subjetividades da

    compreenso dos alunos mediante comparao dos jogos.

    As anlises dos resultados, as respostas efetuadas pelos alunos no

    questionrio foram analisadas de forma quantitativa e qualitativa, de modo que

    os seus contedos foram tabulados. No que se refere ao questionrio, este foi

    retirado da monografia de GERINZ (2011). O questionrio foi reduzido, sendo o

    mesmo composto por quatro questes fechadas, onde as respostas das

    mesmas esto expressas atravs de grficos e uma questo aberta onde os

    alunos expressaram-se subjetivamente, sendo estas relevantes para o contexto

    do trabalho.

    Os jogos competitivos aplicados foram a queimada e o futebol

    tradicional.

    Os jogos e atividades cooperativas foram queimada com curinga,

    queimada cooperativa, futebol cooperativo, n humano, passando o bambol,

    protegendo o colega, pique-pega com bola e o jogo dos 10 passes.

  • 28

    4. RESULTADOS E DISCUSSO

    Sero apresentados os relatos obtidos atravs de observao relevante

    das intervenes aplicadas, em sequncia sero apresentados os resultados

    do questionrio aplicado aos alunos do 5 ano do ensino fundamental I ao final

    das intervenes, nesta sequncia ser apresentado a questo, os resultados

    percentuais representados atravs de grfico e a discusso dos mesmos.

    Mediante s trs intervenes realizadas pode se observar que os

    alunos diante dos jogos competitivos deixam fluir muito esse espirito da

    competio, caracterizando em xingamentos, falta de respeito mtuo,

    agresses fsicas e verbais, h tambm a questo do ganhar e perder,

    portanto, devido existncia da competio presente nas mais variadas

    atividades realizadas por eles, seja, no ambiente escolar ou na rua, os mesmos

    j dominam essas caractersticas que seja algo nato do ser humano, onde

    Brown (1994, p. 42) relata que j sabemos competir, necessitamos por em

    prticas outras aes, aes estas como a cooperao, sendo uma alternativa

    para enfrentar os problemas e juntos buscar solues.

    Nos jogos cooperativos os alunos comearam as atividades ainda sem

    certa noo, onde esta foi se desenvolvendo ao longo da aplicao das

    atividades. Os alunos por estarem acostumados e influenciados pela

    competio demoraram a compreender de fato o real objetivo dos jogos

    cooperativos, entretanto, assim que se despertaram mediante a ter que ajudar

    o outro, respeitar, estabelecer a unio, cooperar em funo de um objetivo

    comum, as atividades comearam a fluir beneficiando aos mesmos diante de

    todo o processo de aplicabilidade. Orlick (1989, p.123) afirma que o objetivo

    primordial dos jogos cooperativos criar oportunidades para o aprendizado

    cooperativo e a interao cooperativa prazerosa, visando uma atividade onde

    a cooperao, a aceitao, o envolvimento e a diverso devem ser primordiais,

    podendo ter uma atitude cooperativa, amigvel e prestativa dentro de uma

    atividade competitiva, nunca permitindo que a busca pela vitria seja mais

    importante que a pessoa. S teve uma atividade que no deu certo, o futebol

  • 29

    cooperativo, onde os meninos tinham que est de mos dadas em duplas e o

    gol s valeria das meninas, essa atividade ficou difcil pra eles, pois tinham que

    correr atrs da bola em dupla e muitas das vezes soltavam as mos,

    acreditando nas possibilidades da cooperao e da dificuldade da atividade a

    mesma no fluiu, frustrando os alunos, no por ser uma atividade cooperativa,

    mas devido s dificuldades impostas. As outras atividades e jogos cooperativos

    dinamizados aconteceram de forma satisfatria.

    Mendes, Paiano e Filgueiras (2009), relatam que os jogos cooperativos

    surgiram da preocupao com a excessiva valorizao do individualismo e da

    competio na cultura ocidental. Foram criados com o objetivo de promover a

    autoestima e o desenvolvimento de habilidades interpessoais positivas. Sua

    insero na Educao relaciona-se s preocupaes constantes com a

    formao para a cidadania e convivncia social construtiva.

    Ao trmino da aplicabilidade das atividades e jogos competitivos e

    cooperativos foram questionados aos alunos sobre seus interesses pelos jogos

    com uma nica pergunta direcionada a todos. QUAIS ATIVIDADES VOCS

    MAIS GOSTARAM?. Dos 14 alunos que participantes da pesquisa 4 gostaram

    mais das competitivas, representado por 29% dos alunos e 10 gostaram mais

    das cooperativas, representado por 71% dos alunos, como representado na

    figura n 2.

    Figura n 2: respostas das atividades que os alunos mais gostaram. Fonte:

    Pesquisa de Campo (2014).

  • 30

    O questionrio respondido pelos alunos refere-se ao entendimento e aos

    sentimentos caracterizados pelos mesmos a respeito dos jogos cooperativos

    realizados.

    A primeira questo perguntava se houve diminuio das brigas quando

    foram aplicadas as atividades e jogos cooperativos, 7 alunos correspondente a

    50% responderam sim, nenhum aluno correspondente a 0% respondeu no e 7

    alunos correspondente a 50% responderam s vezes, como representado na

    figura n 3.

    Figura n 3: respostas da questo 1. Fonte: Questionrio da Pesquisa de Campo (2014).

    proposto por Scalon (2004) que novas formas de jogo podem diminuir

    a agressividade de indivduos, resgatar atitudes de solidariedade, sensibilidade,

    cooperao, comunicao e alegria. Assim, entende-se que estes jogos agem

    diretamente no processo educativo baseando na resoluo de problemas de

    forma pacfica.

    Soler (2006), acrescenta que os jogos cooperativos so atividades onde

    existe pouca preocupao com o fracasso ou com o sucesso, porque todos

    jogam uns com os outros de maneira autntica, onde as metas coletivas

    potencializam a alegria e o divertimento, em detrimento de metas individuais,

    minimizando a agressividade.

    Gerinz (2011), ao fazer essa pergunta em sua pesquisa, evidenciou que

    a maior parte do alunado correlacionou o jogo cooperativo com a diminuio

  • 31

    das brigas, provando que esta questo provocou uma reflexo acerca da

    correlao existente entre os jogos cooperativos e a diminuio das brigas.

    Analisando os dados obtidos atravs da figura n 3, observa-se que

    metade dos alunos compreendeu a coeso dos jogos cooperativos com a

    diminuio das brigas e da agressividade, bem como tambm afirma os

    autores citados.

    A segunda questo perguntava se houve mudana no relacionamento

    da turma durante a execuo das atividades. 9 alunos representando 64% das

    respostas responderam sim, 5 alunos representando 36% responderam no,

    como representado na figura n 4.

    Figura n 4: respostas da questo 2. Fonte: Questionrio da Pesquisa de Campo (2014).

    Sassi (2009), citada por Silva, Dohms, Cruz e Timossi, indicou que os

    jogos cooperativos nas aulas de Educao Fsica, tm uma tendncia a

    melhora no relacionamento interpessoal, apontando a relevncia das atividades

    ldicas cooperativas nas mudanas axiolgicas dentro do contexto escolar.

    Mendes, Paiano e Filgueiras (2009), concluram que os jogos

    cooperativos na escola tambm podem possibilitar aos participantes uma

    maneira diferente de jogar e aprender com o outro, mostrando o quanto pode

    ser divertido quando todos jogam juntos, o qual possibilita o relacionamento de

    carinho e espontaneidade das crianas com o professor e vice-versa, criado

    juntos um ambiente de confiana e amizade.

  • 32

    Aprimorando nossas Habilidades de Relacionamento, criamos condies

    para tratar dos diferentes desafios com mais economia e melhor qualidade,

    gerando solues benficas a todos, inclusive para as futuras geraes

    (BROTTO, 1999).

    Diante dos dados analisados percebe se que a maioria dos alunos

    compreenderam que houve sim uma mudana no relacionamento entre eles,

    onde 64% dos alunos assimilam essa mudana mediante aplicabilidade dos

    jogos cooperativos.

    Na terceira questo, questionou os alunos se as atividades e os jogos

    cooperativos leva a pensar sobre respeitar o colega e em trabalho em grupo.

    12 alunos responderam sim representando 86% e 2 alunos responderam no

    representando 14% dos alunos, como podemos ver na figura n 5,

    representada a seguir:

    Figura n 5: respostas da questo 3. Fonte: Questionrio da Pesquisa de Campo (2014).

    Dentre as atitudes trazidas pelos jogos, pode se dizer que os mesmo

    auxiliam no respeito a si e ao outro. Trs predisposio para experimentar

    novas situaes ou que envolvam aprendizagens novas fazendo o indivduo

    reconhecer o desempenho do outro como subsdio para a prpria evoluo,

    como parte do processo de aprendizagem (PARMETROS CURRICULARES

    NACIONAIS, 1998).

  • 33

    No jogo cooperativo a busca est em superar desafios e no derrotar

    algum, a pessoa que esta envolvida no jogo toma conscincia de seus

    prprios sentimentos, colocando-se no lugar do outro, priorizando o trabalho

    em equipe, onde se procura jogar com um parceiro e no com um adversrio,

    jogar por gostar e pelo prazer de estar com os demais. Por meio destes jogos o

    individuo consegue perceber que todos so importantes para alcanar

    determinados objetivos, no priorizando habilidades ou performance anteriores

    (THOMAZ e SILVA, 2006).

    Para Brotto (1999) necessrio que o ser humano aprenda a conviver

    em sociedade para aperfeioamento de suas habilidades. Desta forma,

    utilizam-se os jogos cooperativos como exerccio de convivncia, fazendo do

    jogo um meio extremamente rico para o desenvolvimento pessoal e social do

    individuo.

    Tanto o respeito mtuo como o trabalho em grupo so fatores

    preponderantes nos jogos cooperativos, principalmente onde podemos

    perceber atravs das respostas dadas pelos alunos, onde a maioria deles

    responderam positivamente que tais jogos e atividades levam sim a pensar

    sobre respeitar e trabalhar de forma coletiva, entretanto, os jogos cooperativos

    caracterizam-se diante de um poder extremamente valioso, levando a crer nas

    suas potencialidades de transformao social, seja ela coletiva ou individual.

    Na questo quatro os alunos responderam se receberam ou no ajuda

    de algum em algum momento das aditividades. 11 alunos responderam sim

    representando 79%, 1 aluno respondeu no representando 7% e 2 alunos

    responderam branco representando 14% das respostas dadas neste

    questionamento.

  • 34

    Figura n 6: respostas da questo 4. Fonte: Questionrio da Pesquisa de Campo (2014).

    Atravs da representao da figura n 6, a maioria dos alunos

    responderam positivamente que sim, que receberam ajuda mediante s

    atividades e os jogos propostos.

    Segundo os Parmetros Curriculares Nacionais (1998) a predisposio,

    a cooperao e a solidariedade ajudam um ao outro, dando segurana e

    contribuindo para um ambiente favorvel durante a aula.

    Para Neto (2010), as atividades e jogos cooperativos podem contribuir

    efetivamente na transformao individual e coletiva dos alunos, valorizando

    diversos aspectos e no apenas o resultado do jogo, despertado nos alunos o

    companheirismo, a conscientizao de que um ajudando o outro, brincando

    junto e tendo maior unio, a aula se tornava mais prazerosa e divertida.

    Havendo tambm a transformao de comportamentos e atitudes de alunos,

    onde utilizariam a cooperao, compartilhando e unindo-se a um bem comum.

    Entretanto, para que haja cooperao h de ter ajuda e colaborao em

    prol de um objetivo em comum, compreendidos que tal aprendizagem seja ela

    proporcionada na escola rompendo barreira para alm dela, enfatizando uma

    aprendizagem atravs de valores e atitudes que permeie os alunos a

    dinamizarem pela sociedade que esto inseridos.

  • 35

    A ltima questo foi totalmente aberta com o intudo de que os alunos se

    expressassem e descrevessem o que achou de mais importante nas atividades

    e nos jogos cooperativos. As respostas foram analisadas e somente as mais

    relevantes foram transcritas.

    Dos quatorze alunos que responderam a ltima questo trs foram

    selecionadas para serem transcritas, pois muitos dos alunos confundiram a

    questo e responderam relacionando-a s ltimas atividades, entretanto,

    destaco as respostas mais equivalentes:

    Ajudar os colegas e o importante participar.

    Ajudar um ao outro.

    A aprender cooperar e a ajudar o colega.

    Brotto (2001, p.105) citado por Neto e Waldow (2010), afirma que assim

    como na vida, uma das nicas garantias que podemos ter em Jogos

    Cooperativos a incerteza dos resultados, da ousadia das tentativas e da

    aventura da descoberta de si mesmo e dos outros. Apenas uma certeza

    possvel: a certeza de estarmos todos no mesmo jogo... juntos.

    Segundo Neto e Waldow (2010), quando possibilitamos vivncias de

    formas alternativas, no caso, cooperativas, elas foram entendidas, pois foram

    aes, alm de palavras. E estas foram percebidas por cada aluno. Notaram

    que pode haver outras formas de convivncia que no sejam violentas e

    competitivas.

    Seguindo os pensamentos desses autores posso afirmar que as

    palavras expressadas em um pedao de papel no significam muito diante da

    prtica realizada e vivida, pois mediante s atividades propostas foi

    notoriamente identificada as diversas possibilidades e benefcios que os jogos

    propiciaram queles alunos, consequentemente foram abertas portas e

    caminhos para um novo horizonte que os mesmos iro enfrentar nos anos

    seguintes nas aulas de educao fsica e na vida.

  • 36

    6. CONSIDERAES FINAIS

    A presente pesquisa teve por objetivo abordar sobre a temtica dos

    jogos cooperativos, procurando identificar os benefcios dos mesmos como

    meio socializador entre as crianas, visto que segundo Orlick (1989, p.123) o

    objetivo primordial dos jogos cooperativos criar oportunidades para o

    aprendizado cooperativo e a interao cooperativa prazerosa.

    Os problemas sociais que presenciamos a cada momento,

    principalmente a violncia so atributos muito importantes nesse dilogo, pois

    se no cuidarmos e direcionarmos nossos alunos e fomentarmos e edificarmos

    questes como solidariedade, cooperao, respeito, autoestima e valorizao

    do prximo no ambiente escolar, a sociedade a cada dia se deflagrara com

    pessoas que por sua vez s vo pensar em si, no valorizando o prximo.

    Diante disso foi realizado na pesquisa uma experimentao utilizando-se

    de jogos competitivos e cooperativos onde os quais possibilitaram estabelecer

    as devidas concluses, principalmente por se tratar de alunos do 5 ano do

    ensino fundamental I, pois estes nunca tiveram a oportunidade de participar e

    vivenciar de aulas de e Educao Fsica Escolar, sabendo-se que tal disciplina

    no contemplada nessa faixa de ensino no municpio investigado, minha

    investigao partiu nesse sentido, principalmente para investigar se os jogos

    cooperativos iriam surgir efeito e proporcionar benefcios queles alunos.

    De antemo os objetivos propostos foram alcanados, pois foi possvel

    identificar diversos benefcios dos jogos cooperativos com a aplicabilidade das

    atividades propostas, tendo os como um meio socializador para essa prtica,

    como foi possvel tambm identificar as dificuldades de relacionamento,

    analisar o comportamento nos jogos competitivos contrapondo-os aos jogos

    cooperativos e verificar o interesse dos mesmos pelos jogos cooperativos.

    As respostas evidenciam-se nos resultados obtidos atravs do

    instrumento de pesquisa, que proporcionam uma fcil compreenso

    respondendo positivamente aos anseios e objetivos propostos. Contudo,

    apesar da pouca quantia de respostas qualitativas em relao pergunta

    aberta, onde os alunos iriam se expressar poucos compreenderam de fato a

  • 37

    questo, relacionando-a s ultimas atividades impossibilitando uma gama

    maior de respostas.

    Silva, Dohms, Cruz e Timossi (2012) em suas pesquisas consideram

    que notvel que estes jogos de carter cooperativo, aplicado no ambiente

    escolar, proporcionam diversos princpios e valores relacionados ao dia a dia,

    dentre os quais o companheirismo, respeito, trabalho em equipe criando um

    vnculo afetivo entre os envolvidos, fazendo com que os mesmo adquiram

    autonomia, autoconfiana, oportunizando habilidades de cunho interpessoal,

    sendo de extrema relevncia.

    Nessas perspectivas citadas pelos autores conclui-se que apesar dos

    alunos no serem contemplados com aulas regulares de Educao Fsica,

    onde os mesmos s tempo um pequeno tempo de trinta minutos e um pssimo

    espao para a recreao os resultados dos jogos cooperativos em relao aos

    jogos competitivos foram excelentes possibilitando aos educando uma

    aprendizagem significativa de atitudes e valores a serem empregadas dentro e

    fora do ambiente escolar em meio ao seu cotidiano.

    Silva, Dohms, Cruz e Timossi (2012), cita Neto (2010), onde o mesmo

    afirma que as aulas de carter cooperativo despertaram nos alunos o

    companheirismo e a conscientizao, e que ajudando um ao outro, as aulas se

    tornavam mais divertidas e prazerosas, fazendo com que todos se unam

    objetivando o grupo a um bem comum.

    Este trabalho desenvolvido foi muito relevante para meu desenvolvimento

    acadmico e pessoal, onde atravs dos jogos cooperativos pude estabelecer

    uma melhor compreenso diante da aplicabilidade de atitudes e valores que

    por sua vez estavam esquecidos no meu eu, alm de me permitir aperfeioar

    minhas competncias de investigao, bem como me aprofundar em futuros

    estudos na rea, dando continuidade em outras diversas pesquisas cientficas

    na mesma temtica ou prevalecendo para outras temticas da rea afim.

  • 38

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    1. BALIULEVICIUS, N. L. P.; MACRIO, N. M. Jogos cooperativos e valores humanos: perspectiva de transformao pelo ldico. Fitness & Performance Journal, Rio de Janeiro, v. 5, n 1, p. 50-56, 2006.

    2. BROTTO, Fbio Otuzi. JOGOS COOPERATIVOS: O jogo e o esporte como um exerccio de convivncia. 1999. 209 f. Dissertao (Mestrado), Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educao Fsica, Campinas, 1999.

    3. CORTEZ, Renata do Nascimento Chagua. Sonhando com a magia dos

    jogos cooperativos na escola. Motriz, v.2, n.1, jun. 1996.

    4. CORREIA, Marcos Miranda. Jogos Cooperativos: Perspectivas, possibilidades e desafios na Educao Fsica Escolar. Revista Brasileira de Cincia do Esporte, Campinas, v. 27, n. 2, p. 149-164, jan. 2006.

    5. GERINZ, Rafael Souza. JOGOS COOPERATIVOS: a aceitao dos

    jogos cooperativos pelos escolares matriculados nas sries iniciais do ensino fundamental do municpio de Itarar - SP. 2011. 42 f. Trabalho de Concluso de Curso (graduao) curso de Educao Fsica, Departamento de Educao Fsica, Faculdades Integradas de Itarar FAFIT FACIC, Itarar, 2011.

    6. MENDES, Ligia Calandro. PAIANO, Ron. FILGUEIRAS, Isabel Porto.

    Jogos Cooperativos: eu aprendo, tu aprendes e ns cooperamos. Revista Mackenzie de Educao Fsica e Esporte 2009,8 (2): 133-154

    7. NETO, I.B.; WALDOW, J.C.N. Jogos Cooperativos Numa 5 Srie do

    Ensino Fundamental. Caderno de Educao fsica. Marechal Cndido Rondon. v.9, n.16, 2010, p.85-96, 1.sem., 2010.

    8. SILVA, Jhonny Kleber Ferreira da; DOHMS, Fernando Cesar; CRUZ,

    Leandro Marcondes; TIMOSSI, Luciana da Silva. JOGOS COOPERATIVOS: contribuio na escola como meio socializador entre crianas do ensino fundamental. Motrivivncia. Florianpolis, SC. Ano XXIV, N 39, P. 195-205 Dez./2012. Disponvel em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2012v24n39p195/23405. Acesso em: 20 de maro de 2014.

    9. TAVARES, Michel da Silva; BASTOS, Rogrio Rosinha. Bullying:

    indisciplina e abuso no contexto da Educao Fsica. Publicado em 29/11/2011. Disponvel em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao_fisica/0012.html. Acesso em: 29 de novembro de 2014.

  • 39

    10. http://www.tccmonografiaseartigos.com.br/agradecimentos-tcc-monografia-trabalho. Acesso em: 15 de novembro de 2014.

  • 40

    LISTA DE APNDICES

    Apndice A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE (alunos)...............................................................................

    41

    Apndice B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE (Escola)...............................................................................

    43

  • 41

    APNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE (alunos)

    TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

    DE PARTICIPAO NA PESQUISA

    Voc est sendo convidado (a) para participar, como voluntrio, em uma pesquisa. Ser garantido o sigilo total da identidade de todos os pesquisados envolvidos neste estudo, lhe assegurando (a) que seu nome no aparecer, sendo mantido o mais rigoroso sigilo atravs da omisso total de quaisquer informaes que permitam identific-lo(a). Aps ser esclarecido (a) sobre as informaes a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine o documento de consentimento de sua participao, que est em duas vias. Uma delas sua e a outra do pesquisador responsvel. Em caso de recusa voc no ser penalizado de forma alguma, bem como se ficar constrangido em responder alguma das perguntas feitas na entrevista ter todo direito de no respond-la. Em caso de dvida voc pode entrar em contato pessoalmente com o estudante atravs do e-mail:______________________, por telefone: ou procurar a Secretaria de Graduao a Distncia da Faculdade de Educao Fsica da Universidade de Braslia pelo telefone (61)3107-2544.

    INFORMAES SOBRE A PESQUISA:

    Ttulo do Projeto:

    Orientador:

    Descrio da pesquisa:

    Observaes importantes:

    A sua participao ocorrer atravs de uma tarefa (DESCREVER) pela qual os dados sero coletados (descrever). A pesquisa no envolve riscos sade, integridade fsica ou moral daquele que ser sujeito da pesquisa. No ser fornecido nenhum auxlio financeiro, por parte dos pesquisadores, seja para transporte ou gastos de qualquer outra natureza. A coleta de dados dever ser autorizada e poder ser acompanhada por terceiros. O resultado obtido com os dados coletados sero sistematizados e posteriormente divulgados na forma de um Trabalho de Concluso de Curso, que ser apresentada em sesso pblica de avaliao e disponibilizado para consulta atravs da Biblioteca Digital da UnB. As dvidas com relao assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos atravs do telefone: (61) 3107-2544.

  • 42

    TERMO DE CONSENTIMENTO DA PARTICIPAO NA PESQUISA

    Eu,_____________________________________, RG__________________,

    responsvel pela criana/adolescente:

    ________________________________________________

    autorizo sua participao na para utilizao de fins acadmicos e cientficos de

    ttulo: _________________________________. Fui devidamente esclarecido

    pelo estudante ___________________________sobre a pesquisa, os

    procedimentos nela envolvidos, assim como os seus objetivos e finalidades.

    Foi-me garantido que poderei desistir desta autorizao em qualquer momento,

    sem que isto leve a qualquer penalidade. Tambm fui informado que os dados

    coletados durante a pesquisa, sero divulgados para fins acadmicos e

    cientficos, atravs de um Trabalho de Concluso de Curso (Licenciatura em

    Educao Fsica) que ser apresentado em sesso pblica de avaliao e

    posteriormente disponibilizado para consulta atravs da Biblioteca Digital de

    Trabalhos de Concluso de Curso da UnB.

    _________________, ____ de ______________de _________

    _______________________________________ Assinatura do Responsvel

    _______________________________________

    Pesquisador Responsvel

  • 43

    APNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE (Escola)

    TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DE PARTICIPAO NA PESQUISA

    Voc est sendo convidado (a) para participar, como voluntrio, em uma pesquisa. Ser garantido o sigilo total da identidade de todos os pesquisados envolvidos neste estudo, lhe assegurando (a) que seu nome no aparecer, sendo mantido o mais rigoroso sigilo atravs da omisso total de quaisquer informaes que permitam identific-lo(a). Aps ser esclarecido (a) sobre as informaes a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine o documento de consentimento de sua participao, que est em duas vias. Uma delas sua e a outra do pesquisador responsvel. Em caso de recusa voc no ser penalizado de forma alguma, bem como se ficar constrangido em responder alguma das perguntas feitas na entrevista ter todo direito de no respond-la. Em caso de dvida voc pode entrar em contato pessoalmente com o estudante ________________________atravs do e-mail:-__________________________________, por telefone: ______________ou procurar a Secretaria de Graduao a Distncia da Faculdade de Educao Fsica da Universidade de Braslia pelo telefone (61)3107-2544. INFORMAES SOBRE A PESQUISA:

    Ttulo do Projeto:

    Orientador:

    Descrio da pesquisa: Observaes importantes: A sua participao ocorrer atravs de uma tarefa (DESCREVER) pela qual os dados sero coletados (descrever). A pesquisa no envolve riscos sade, integridade fsica ou moral daquele que ser sujeito da pesquisa. No ser fornecido nenhum auxlio financeiro, por parte dos pesquisadores, seja para transporte ou gastos de qualquer outra natureza. A coleta de dados dever ser autorizada e poder ser acompanhada por terceiros. O resultado obtido com os dados coletados sero sistematizados e posteriormente divulgados na forma de um Trabalho de Concluso de Curso, que ser apresentada em sesso pblica de avaliao e disponibilizado para consulta atravs da Biblioteca Digital da UnB. As dvidas com relao assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos atravs do telefone: (61) 3107-2544.

  • 44

    TERMO DE AUTORIZAO DA ESCOLA OU EMPRESA

    Eu, ____________________________, R.G.____________________,

    responsvel pela escola/empresa __________________________________no

    exerccio do cargo de_____________, autorizo a realizao da pesquisa para

    fins acadmicos e cientficos de ttulo:

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________. Fui devidamente esclarecido pelo estudante

    _________________________________sobre a pesquisa, os procedimentos

    nela envolvidos, assim como os seus objetivos e finalidades. Foi-me garantido

    que poderei cancelar a autorizao em qualquer momento, sem que isto leve a

    qualquer penalidade. Tambm fui informado que os dados coletados durante a

    pesquisa, sero divulgados para fins acadmicos e cientficos, atravs de um

    Trabalho de Concluso de Curso (Licenciatura em Educao Fsica) que ser

    apresentado em sesso pblica de avaliao e posteriormente disponibilizado

    para consulta atravs da Biblioteca Digital de Trabalhos de Concluso de

    Curso da UnB.

    ____________________, ____ de ______________de _______

    _________________________________ Diretor

    __________________________________

    Pesquisador Responsvel

  • 45

    LISTA DE ANEXOS

    Anexo A - Questionrio..................................................................................... 46

  • 46

    ANEXO A QUESTIONRIO

    CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA/2014 ACADMICO: Delson Cerqueira de Souza

    Prof. Osmar Hiehl Questionrio de pesquisa de campo para Trabalho de Concluso de Curso

    O questionrio no requer identificao

    1. Houve diminuio das brigas quando foram aplicadas as atividades e jogos

    cooperativos?

    ( ) sim ( ) no ( ) s vezes

    2. Houve mudana no relacionamento da turma durante a execuo das

    atividades?

    ( ) sim ( ) no

    3. Este tipo de aula com atividades e jogos cooperativos leva a pensar sobre

    respeitar o colega e em trabalho em grupo?

    ( ) sim ( ) no

    4. Voc recebeu ajuda de algum em algum momento das atividades?

    ( ) sim ( ) no ( ) branco

    5. O que voc achou mais importante nas atividades e jogos cooperativos?

    R:_____________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________

    _______________________________________________________________