Definição de Ética 2

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TICA PROFISSIONALCAPTULO 2Definio de tica

Prof. Pe. Josinaldo Pereira2. 1ETIMOLOGIA tica provm do grego ethos, significa costume, maneira habitual de agir.Moral provm do latim moris e tem sentido semelhante ao de tica.

2.2 DefinioA tica a parte da filosofia que estuda a moralidade dos atos humanos, enquanto livres e ordenados a seu fim ltimo.De modo natural, a inteligncia adverte a bondade ou a malcia dos atos livres, haja visto o remorso ou satisfao que se experimenta por aes livremente realizadas.2.2 DefinioDiferena entre:Atos humanos: so as aes livres em que o homem decide fazer ou omitir, da forma que queira, porque procedem da vontade livre e deliberada (amar, desejar, falar);Atos dos homens: no so aes livres, seja por falta de conhecimento ou voluntariedade (deficiente mental), seja porque escapem ao domnio direto da vontade (crescimento, digesto, etc).2.3 tica como cinciaObjeto de estudo: os atos humanos uma cincia prtica, mas no na sua totalidade; no se detm no conhecimento da verdade em si, mas em sua aplicao na conduta livre do homem, fornecendo-lhe as normas necessrias para o reto agir., por esse aspecto, uma cincia normativa.2.3 tica como cinciaAristteles: no se estuda tica para saber o que a virtude, mas para aprender a ser virtuoso e bom; de outra maneira, seria um estudo completamente intil.A tica tem dois campos de estudo:Moral geral: analisa os princpios bsicos da moralidade dos atos humanos (o fim ltimo, a conscincia, as virtudes);Moral especial ou social: aplica tais princpios vida do homem na sociedade.2.4 Fontes e mtodos da ticaFonte principal: a realidade humana, na qual a razo encontre e conhece os princpios morais, universais e certos.Fontes secundrias: a psicologia, a sociologia, a histria, j que a experincia moral desenvolve-se na sociedade e na histria.

2.4 Fontes e mtodos da ticaMtodos: a tica segue mtodo emprico especulativo, tomando por ponto de partida a experincia moral.Baseia-se no que acontece na conscincia e na sociedade, em termos de atos humanos, valores e ideais do homem, seu sentido e explicao ltima de tal experincia ou ato, recorrendo aos princpios universais e certos que a razo humana descobre.2.5 AntropologiaLei: tudo que regule um ato ou operao, seja qual for sua espcie.Tipos de lei:a) Lei fsica: determina o comportamento de um agente puramente natural (lei da gravidade);b) Lei tcnica: ordena um ato humano para um fim restrito;c) Lei moral: regula os atos humanos enquanto humanos, ou seja, de acordo com seu valor absoluto;2.5Antropologiad) Lei natural: no mais do que a luz da inteligncia infundida por Deus em ns. Graas a ela, conhecemos o que se deve cumprir e o que se deve evitar. Esta luz e esta lei, Deus concedeu-a ao homem na criao (Toms de Aquino).- A lei natural uma participao racional em vista do fim ltimo da obra da criao.- Portanto, a lei deve dizer respeito ordem para a felicidade.2.5 Antropologiae) Lei civil: origina-se na necessidade de organizar a sociedade em que o homem vive, pois a isso ele est destinado em funo da prpria lei natural.A lei civil , portanto, uma determinao dessa exigncia de organizar uma sociedade, porm elaborada livremente pelo homem.Uma lei civil que contrarie a ordem natural moralmente ilcita, desobrigando, por isso, qualquer cidado de seu cumprimento.2.6 Critrios de eticidadeDetermina-se a moralidade ou eticidade dos atos humanos com base na considerao de seu objeto, das circunstncias e da finalidade. fundamental conhecer o objeto, a realidade perseguida.H diversos fatores que afetam o ato humano, as circunstncias: quem age, onde, como, por que, quando, com que meios. Dependendo das circunstncias, pode-se agravar ou atenuar a moralidade de um ato,2.6 Critrios de eticidadeA finalidade ou o fim a inteno que move o agente a realizar o ato.Para que um ato seja tico devem ser bons o objeto e o fim.As circunstncias no modificam nem o objeto, nem o fim da ao, mas imprimem a ela maior ou menor gravidade. Se o objeto ou o fim forem caracterizados como maus, o ato tambm ser mau.O roubo de dinheiro do caixa da empresa, feito com a boa inteno de dar dinheiro aos pobres, configura um ato no tico, uma vez que o fim bom, mas o objeto a ao de roubar mau.

2.6 Critrios de eticidadeA inteno fundamental para caracterizar a ao tica, e de outro, que o fim no justifica os meios.O critrio da moralidade permite definir uma hierarquia de fins, apoiada na ordem essencial da prpria natureza humana, em que atribudo um lugar a cada fim existencial concreto. Todos os fins orientam-se para o fim ltimo do homem, que a posse do bem supremo, sua plena realizao como ser humano.2.7 Cenrios para discussoa) O amianto, ou asbestos, foi um dos minerais mais utilizados pela indstria durante o sculo passado. Est em caixas dgua, lonas e pastilhas de freio dos carros, telhas e pisos, tintas e tecidos antichama. To resistente quanto o ao, imune ao fogo. Contudo, o mineral, cancergeno, foi banido de 21 pases. No Brasil, quarto produtor mundial, est proibido em vrias cidades, e o Ministrio do Meio Ambiente chegou a anunciar que at 2003 a fibra seria proibida em todo o territrio nacional, porm, a deciso foi transferida para o Congresso Nacional. Os interesses em jogo movem tanto empresrios do setor quanto quanto polticos, como o caso do governo de Gois, que abriga a nica mina de amianto da Amrica Latina. 2.7 Cenrios para discussoO presidente de uma grande indstria de produtos base de amianto afirma: Nossa posio determinada pela legislao vigente e nosso objetivo foi assegurar o bem estar e a vida dos funcionrios. No vamos nos omitir, a empresa caminha dentro da lei, e tem sido o mais tica possvel. O que oferecemos uma ajuda financeira, no uma indenizao. O presidente de outra grande indstria orgulha-se do pioneirismo da companhia na oferta de instrumento de compensao aos ex-trabalhadores: reconhecemos que existem doentes, mas so casos antigos. Hoje, a empresa trabalha dentro das normas de seguranas vigentes. Nossa produo com amianto no vai acabar enquanto existir demanda e a legislao permitir (Revista poca. Edio 152, 16-4-2001).Tudo que legal tico?2.7 Cenrios para discussob) Em So Paulo, na sala do cafezinho da filial de uma das maiores empresas do mundo nos ramos de alimentao e limpeza, o pessoal do escritrio tem uma televiso sintonizada o tempo todo num reality show. As estrelas so os integrantes de uma famlia de classe mdia, com destaque para a dona de casa em seus afazeres: lavar, passar e cozinhar. Cmeras instaladas pela empresa na casa de uma consumidora transmitem ao vivo essa programao. H outras residncias em que o mesmo tipo de vigilncia exercido cara a cara por um funcionrio de um grande grupo de supermercados que acompanha a famlia do caf da manh ao futebol pela TV, noite, anotando cada item consumido, toda referncia a algum produto, a emissora de rdio sintonizada, qualquer movimento que se relacione com compras.2.7 Cenrios para discussoEssas bisbilhotices com o consentimento dos bisbilhotados so duas tcnicas coordenadas pelos departamento de marketing de grandes empresas na tentativa de mapear os hbitos do consumidor, para depois ter ideias sobre como vender com maior eficincia.Discuta os critrios de eticidade dessas aes.